Tópicos | Estadão

Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira mostra uma recuperação da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, diante de sua principal adversária, Marina Silva (PSB), em uma situação de empate técnico entre as duas. Dilma subiu de 34% para 37% e Marina foi de 29% para 33%. O candidato do PSDB, Aécio Neves, tem 15%, ante 19% na pesquisa anterior, da semana passada.

O pastor Everaldo (PSC) tem 1% dos votos e os outros candidatos, somados, têm 2%. Brancos e nulos são 7%, mesmo patamar anterior, e indecisos baixaram de 8% para 5%. Na pesquisa espontânea, em que não são apresentados os nomes dos candidatos, Dilma aparece com 31% das intenções de voto, seguida de Marina, com 25%, e Aécio, com 11%. Outros somam 1%, brancos e nulos são 9% e não sabem ou não responderam, 23%.

##RECOMENDA##

Segundo turno

A pesquisa Ibope também mostrou que a diferença entre as candidatas mais bem colocadas no primeiro turno oscilou de 9 para 7 pontos num eventual segundo turno, da semana passada para cá. Marina tem 46% das intenções de voto contra 39% da candidata do PT. No levantamento anterior, Marina tinha 45% contra 36% de Dilma. Brancos e nulos oscilaram de 9% para 8% e indecisos caíram de 11% para 6%.

Num outro cenário, em que o candidato do PSDB enfrenta a presidente Dilma, a diferença em favor da petista aumentou de 6 para 13 pontos. Dilma passou de 41% para 47% e o tucano oscilou de 35% para 34%. Brancos e nulos oscilaram de 12% para 11% e indecisos caíram de 12% para 8%.

A pesquisa Ibope foi realizada entre 31 de agosto e 2 de setembro, por encomenda do jornal O Estado de S. Paulo e da Rede Globo. Foram feitas 2506 entrevistas em 175 municípios de todo o País. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, em um nível de confiança estimado de 95%. Ou seja, se fossem feitas 100 pesquisas idênticas a esta, 95 deveriam apresentar resultados dentro da margem de erro. A pesquisa foi registrada na Justiça eleitoral com o número BR-00514/2014.

A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, foi irônica ao responder ontem, na série Entrevistas Estadão, à propaganda da presidente Dilma Rousseff que comparou a adversária a Jânio Quadros e Fernando Collor de Mello por se apresentar como "salvadora da Pátria". Tanto Jânio quanto Collor não concluíram seus mandatos: o primeiro renunciou e o segundo foi alvo de impeachment no Congresso. Marina disse que, por não ter sido eleita nem vereadora antes de chegar ao Planalto, Dilma é que poderia ser comparada a Collor.

"A sociedade brasileira me conhece. Conhece os valores que eu defendo, a luta que eu tenho há mais de 30 anos. Eu comecei como vereadora, fui eleita deputada, senadora por 16 anos, ministra do Meio Ambiente. Imagina se eu dissesse que uma pessoa que nunca foi eleita nem vereadora fosse eleita presidente do Brasil? Aí sim poderia parecer Collor", afirmou Marina.

##RECOMENDA##

Depois que as pesquisas de intenções de votos apontaram o empate entre Marina e Dilma, o PT e a própria presidente passaram a tentar desqualificar o discurso político de Marina.

Uma das principais críticas é que a candidata não teria apoio para governar.

Questionada sobre o tamanho de sua base, já que é a candidata da menor coligação entre as três principais chapas presidenciais, Marina afirmou que sabe negociar. Ao ser confrontada com as dificuldades para conseguir a maioria na Câmara e no Senado apenas apresentando bons projetos, Marina brincou com o jornalista do Estado: "Você tem uma visão bem pessimista do Congresso".

A candidata citou exemplos de quando foi ministra do Meio Ambiente do governo Luiz Inácio Lula da Silva e disse que, mesmo sem o apoio do PT, conseguiu aprovar leis negociando diretamente com lideranças partidárias.

Perguntada se a intenção de governar sem o apoio de partidos, apenas com o suporte das "pessoas de bem" de cada legenda, não era antidemocrático, Marina respondeu que esses políticos representam as siglas pelas quais foram eleitos. "Antidemocrático é governar apenas para os partidos, como está sendo feito hoje. Temos uma governabilidade canhestra. Governar com Pedro Simon (PMDB-RS), que foi da resistência democrática deste País, um senador do quilate de Cristovam Buarque (PDT-DF), não prescindir de apoio de pessoas como Eduardo Suplicy, que é do PT, e até mesmo, tendo posição diferente do ponto de vista político, se ele for eleito, o José Serra. Não acho que ele vá se furtar a dar o apoio ao governo", afirmou.

Menos pastas

Marina reafirmou a intenção exposta pelo seu companheiro de chapa, Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo no dia 13, de cortar o número de ministérios. Não disse, porém, quais pastas seriam fechadas. "Há, no meu programa, o compromisso de reduzir ministérios. Quantos vão ser cortados depende da discussão dos critérios estabelecidos."

De acordo com ela, os 39 ministérios do governo Dilma representam concessões para partidos da base governista. "Hoje temos 39 ministérios que servem para alocar aliados. Cada um quer ter um ministério para chamar de seu".

Durante a entrevista, Marina também fez críticas ao tucano Aécio Neves, terceiro colocado nas pesquisas. Em uma provocação velada, disse que é temeroso divulgar nomes da equipe de governo antes das eleições - o candidato do PSDB anunciou o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga como ministro da Fazenda. "Acho temerário andar de salto alto nomeando ministros antes de ser eleito. Primeiro tem que ser nomeado pelo povo", disse. "Se existe insegurança do que está fazendo, é preciso utilizar esse tipo de recurso", provocou a candidata.

Em uma crítica a tucanos e petistas, Marina disse que os dois partidos "fulanizam" as conquistas obtidas pela sociedade. Ela prometeu que nunca dirá - como o fez o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que tal coisa foi criada por seu governo. Marina repetiu seu discurso contra a polarização tradicional da política brasileira nos últimos 20 anos. "PT e PSDB foram para um distanciamento tão predatório, que a polarização prejudica o futuro do País", afirmou.

A ex-ministra elogiou conquistas do PSDB, em especial a estabilidade econômica, e do PT, destacando os programas de distribuição de renda que ajudaram na inclusão social de milhões de pessoas.

Sobre a possibilidade de governar com apoio tanto de Lula quanto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, voltou a dizer que poderia ter um diálogo de governabilidade com ambos. Marina afirmou que o PSDB ficou dependente do antigo PFL e o PT, do PMDB. "Tenho certeza de que seria muito melhor conversar com FHC e Lula do que ter que conversar com como Antônio Carlos Magalhães, José Sarney, Collor, (Paulo) Maluf ou Renan Calheiros."

Nessa hora, Marina foi lembrada que Renan já está fazendo campanha para ser reeleito presidente do Senado e questionada que, nessa situação, terá de conversar com o senador do PMDB de Alagoas. "Conversaremos, mas não com a ideia de que ele será subordinado ao Executivo", disse a presidenciável, ao dizer que respeita a autonomia do Congresso.

Subir gasolina é com Dilma

A candidata do PSB voltou a jogar para Dilma a responsabilidade pelo reajuste dos preços administrados no País, a exemplo dos combustíveis. Segundo Marina, a política do governo de segurar os preços da gasolina e outros derivados do petróleo para controlar a inflação tem um custo alto para a sociedade, e cabe à presidente assumir esse problema.

"Eu espero que a presidente Dilma, que tem a responsabilidade de fazer isso (o reajuste de preços), o faça. Quem está no governo deve assumir suas responsabilidades", afirmou. A candidata condenou o que chama de uso político da Petrobrás, assim como, segundo Marina, acontece com as instituições financeiras estatais.

Como exemplo, a candidata citou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que teria emprestado mais de R$ 500 bilhões para empresas sem critérios claros e transparência. "Esse dinheiro não passou pelo Parlamento ou por discussão que os brasileiros tenham tido acesso", afirmou.

A presidenciável voltou a desferir críticas ao atual governo pelo baixo crescimento econômico e a alta da inflação. "Ela (Dilma) está entregando o governo pior do que encontrou", disse, repetindo um bordão criado por Campos. "Ela (Dilma) prometeu que ia abaixar juros, fazer o País crescer e reduzir inflação, mas nada disso aconteceu."

Marina também reiterou o seu compromisso com o tripé econômico - meta de inflação, superávit primário e câmbio flutuante. Defendeu novamente a independência do Banco Central. O modelo dessa independência, explicou, ainda está sendo estudado com base em casos ao redor do mundo. Para Marina, o BC brasileiro perdeu a autonomia por causa das intervenções do governo na entidade.

Código Florestal

Em resposta a uma pergunta das redes sociais, Marina disse que seu governo vai colocar em prática as diretrizes do Código Florestal, caso seja eleita. Segundo a candidata, a legislação não foi aprovada como ela gostaria - na época da votação, a ex-ministra foi contra o projeto - mas que, uma vez aprovado pelo Congresso, o código deve ser respeitado. "Não foi a lei que eu queria, mas foi a lei aprovada e ela deve ser implementada."

A candidata também falou sobre regularização de terras indígenas e de conservação ambiental e a relação com produtores rurais. De acordo com Marina o que as pessoas envolvidas em conflitos por terras desejam é segurança jurídica. Marina afirmou que, no caso de áreas reclamadas por populações indígenas, tanto eles quanto agricultores presentes nesses locais estão dispostos ao diálogo para resolver a questão. "Acho injusto dizer que agronegócio é oposição às populações indígenas e ao meio ambiente", afirmou Marina.

Ela disse ainda que, em um eventual governo, o procedimento para a obtenção de licenciamento ambiental terá "qualidade, sem perder agilidade".

Pré-sal

Sobre a matriz energética do Brasil, Marina disse não ter qualquer preconceito com a fonte hidrelétrica nem com o pré-sal. "O pré-sal é fundamental e fundamental é também investir em outras matrizes de energia." Questionada se pretenderia reduzir os investimentos no pré-sal, como acusam adversários políticos, respondeu: "Não, muito pelo contrário".

Ela argumentou que as receitas do pré-sal serão fundamentais para o País investir em educação e em tecnologia que irão subsidiar o desenvolvimento de novas fontes de energia.

Rede

Marina disse que o projeto de criar a Rede Sustentabilidade, partido que ela tentou tirar do papel no ano passado e não conseguiu por falta de assinaturas, é maior que ela e que, por isso, será oficializado independentemente da sua vontade. "A Rede já é uma realidade, não é o partido da Marina."

Sobre sua posição pessoal no PSB, após a morte de Campos, Marina repetiu que foi "acolhida" pelo partido e que é solidária à legenda. "Tenho uma solidariedade profunda com o PSB", afirmou a candidata. (Colaboraram Ana Fernandes e Wladimir D’andrade)

Pesquisa Ibope encomendada pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela Rede Globo mostra uma diminuição da diferença entre o governador e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB), e seus adversários. Mesmo assim, Alckmin venceria no primeiro turno se o pleito fosse hoje.

Alckmin caiu de 50% para 47% das intenções de voto da última pesquisa, feita entre 23 e 25 de agosto, para cá. O candidato do PMDB ao governo paulista, Paulo Skaf (PMDB), subiu de 20% para 23% das intenções de voto. O candidato do PT, Alexandre Padilha, oscilou de 5% para 7%.

##RECOMENDA##

Os candidatos Gilberto Natalini (PV), Laércio Benko (PHS) e Walter Ciglioni (PRTB) têm 1% cada. Raimundo Sena (PCO), Wagner Farias (PCB) e Gilberto Maringoni (PSOL) somam 1%. Os votos brancos e nulos são 8% e indecisos, 11%. No levantamento do fim de agosto, brancos e nulos eram 10% e indecisos, 11%.

O Ibope ouviu 1.806 eleitores entre 30 de agosto e 1º de setembro, em 87 municípios paulistas. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) sob número SP-00021/2014. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%, ou seja, se fossem feitas 100 pesquisas idênticas a esta, 95 deveriam apresentar resultados dentro da margem de erro.

Pesquisa Ibope encomendada pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela Rede Globo mostra liderança da candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, em São Paulo, com 39% das intenções de voto. Na pesquisa anterior, feita entre 23 e 25 de agosto, Marina aparecia com 35% das intenções de voto.

No maior colégio eleitoral do País, a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) se manteve em 23% das intenções de voto. O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, oscilou de 19% para 17% das intenções de voto no Estado.

##RECOMENDA##

O levantamento divulgado nesta terça-feira (2) também mostra que o pastor Everaldo manteve 2% de intenções de voto entre os eleitores paulistas. Eduardo Jorge (PV) ficou igualmente em 1%. Brancos e nulos somam 7% e indecisos, 10%. No fim de agosto, brancos e nulos eram 9% e indecisos, 10%.

A pesquisa ouviu 1.806 eleitores em 87 municípios de São Paulo entre 30 de agosto e 1º de setembro. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais e o nível estimado de confiança, de 95%. Ou seja, se fossem feitas 100 pesquisas idênticas a esta, 95 deveriam apresentar resultados dentro da margem de erro. O levantamento foi registrado junto ao Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo BR-0492/2014.

O Instituto Ibope registrou na Justiça Eleitoral duas pesquisas de intenção de voto para presidente da República, uma com aferição no Estado de São Paulo e outra, no Brasil inteiro. De acordo com registro no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a equipe do instituto está nas ruas desde ontem para entrevistar 1.806 eleitores no Estado paulista e 2.506 em todo o território nacional.

As sondagens foram contratadas pela Globo Comunicação e Participações e pelo jornal O Estado de São Paulo. O resultado deverá ser divulgado na próxima terça-feira, dia 2. As pesquisas foram protocoladas sob o registro BR-00492/2014, no caso da pesquisa em São Paulo, e BR-00514/2014 na sondagem de abrangência nacional.

##RECOMENDA##

Em sabatina realizada nesta quarta-feira no Grupo Estado, na série "Entrevistas Estadão", o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, admitiu, pela primeira vez, que se for eleito neste pleito cortará cerca de sete mil cargos comissionados. O tucano evitou entrar em detalhes sobre sua proposta de redução da máquina pública, como vem defendendo nesta campanha. Indagado sobre quais ministérios iria cortar, o tucano disse que está desenhando essa proposta com o ex-governador mineiro e candidato ao Senado pelo PSDB de Minas Gerais, Antonio Anastasia, um de seus principais colaboradores na formulação de seu programa de governo.

Aécio não entrou em detalhes com relação aos ministérios, mas criticou o loteamento de cargos que, segundo ele, toma conta da Esplanada dos Ministérios na gestão da presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, dizendo que até ele sabe colocar uma minhoca no anzol melhor do que o atual ministro dessa pasta (numa referência ao atual titular do Ministério da Pesca, o senador Eduardo Lopes, do PRB do Rio de Janeiro, que entrou no lugar de Marcelo Crivella, que disputa o governo fluminense). Contudo, com relação ao número de cargos comissionados, destacou que dos 22 mil postos existentes hoje no governo Dilma, "um terço é dispensável". Questionado se cortaria então cerca de 7 mil vagas, Aécio confirmou: "É alguma coisa em torno disso."

##RECOMENDA##

E fez questão de ressaltar, mais uma vez, que o "desenho" desses cortes ainda está sendo feito. Ao falar do número de ministérios, voltou a dizer que acredita que o País pode ter "metade" dos atuais 39 ministérios. "Metade desse número de ministérios seria uma coisa razoável", afirmou. Para Aécio, não há como ser eficiente com um número tão alto de ministros. "Tem ministros que são chefes de ministros", disse. "Alguns só veem a Dilma nos debates, na TV. Não encontram no dia a dia. Não acho nem que seja má vontade dela, é que é humanamente impossível (lidar diariamente com tanto ministro)".

Petrobras

Ele criticou a condução da política econômica, a "criminosa omissão" na área da segurança pública e problemas em outros setores, incluindo as gestões de empresas como Petrobras e Eletrobras. Ao falar da proposta de reforma tributária, Aécio disse estar "convicto" que vencerá as eleições e implantará as reformas necessárias ao crescimento do País. "Este ano tivemos um aumento de 15% dos gastos correntes do governo", disse, ressaltando que tem o compromisso de simplificar a área tributária e vai reduzir os gastos do governo.

Maconha

Ele disse que respeita as opiniões do ex-presidente FHC sobre a descriminalização do uso da maconha, mas se disse contrário à proposta, afirmando que não acha que o Brasil deva ser cobaia neste sentido. "FHC pode falar o que ele quiser, mas sou contrário à proposta."

Na sabatina, Aécio defendeu a proposta do senador e seu candidato a vice, Aloysio Nunes Ferreira, de redução da maioridade penal. "A utilização do menor em crime virou uma verdadeira indústria", justificou, destacando que é preciso ser proativo nesse tema.

Mercosul

Sobre o Mercosul, o presidenciável tucano criticou o alinhamento estratégico promovido pelo governo petista. "O artigo mais valioso da política é o tempo", frisou, destacando que a atual gestão perdeu muito tempo e não fez acordos comerciais com parceiros estratégicos. "A incapacidade do atual governo de ter uma política externa pragmática nos trouxe enorme prejuízo."

No final da sabatina, disse que o PT teve acertos e citou dois principais: a manutenção dos pilares macroeconômicos e a ampliação dos programas sociais de transferência de renda. Nos elogios, dirigidos à gestão Lula, lembrou que essas conquistas foram iniciadas no governo tucano de Fernando Henrique Cardoso. O candidato voltou a dirigir críticas à gestão Dilma Rousseff, dizendo que o atual modelo está esgotado e é preciso mudar a condução do País.

O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse nesta quarta-feira, na série 'Entrevistas Estadão', que seu partido construiu um projeto para o Brasil, ao ser indagado sobre as recentes pesquisas eleitorais, que mostram o crescimento da adversária do PSB, Marina Silva.

Ele disse que avalia com "serenidade" o atual quadro, com Marina Silva como cabeça de chapa do PSB, no lugar do falecido governador Eduardo Campos. E disse que ainda não sabe quais são os projetos de Marina Silva para o Brasil. "Somos oposição ao atual modelo que está aí, não uma oposição circunstancial, não mudamos de lado."

##RECOMENDA##

Aécio aproveitou para focar suas críticas na adversária do PT, Dilma Rousseff, dizendo que o governo fracassou na condução da economia. O tucano classificou de "criminosa" a atuação do governo federal na área da segurança.

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, participará nesta quarta-feira, 27, da série Entrevistas Estadão, no auditório do Grupo Estado. O tucano é o quarto concorrente ao Planalto a ser ouvido pelos jornalistas do jornal O Estado de S. Paulo.

A entrevista, de uma hora de duração, terá transmissão ao vivo pelo estadao.com.br e pelo canal do jornal no YouTube a partir das 16h. As inscrições para o público assistir ao vivo, no auditório, estão encerradas. Internautas vão poder fazer perguntas a Aécio através do Twitter e das redes sociais.

##RECOMENDA##

Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) participam das Entrevistas Estadão na sexta, 29, e na terça-feira, 2, respectivamente.

Pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira, 26, mostra que a candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, lidera a corrida presidencial no Estado de São Paulo, com 35% das intenções de voto, seguida da presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, com 23% e do candidato do PSDB, Aécio Neves, com 19%. Na mesma mostra, Pastor Everaldo (PSC) tem 2% das intenções de voto e Eduardo Jorge (PV), 1%. Brancos e nulos somam 9% e não sabe e não respondeu, 10%.

O Ibope, encomendada pela Rede Globo, ouviu 1.512 eleitores em 79 municípios de São Paulo entre 23 e 25 de agosto. A margem de erro da mostra é de três pontos porcentuais para mais ou para menos e o nível de confiança, de 95%. A pesquisa está registrada no TRE sob o número SP-00017/2014 e no TSE sob o número BR-00419/2014.

##RECOMENDA##

Pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira, 26, mostra que a candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, está empatada tecnicamente com a presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, no Estado de Pernambuco, terra natal do então candidato do PSB Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo no último dia 13. Marina tem 41% das intenções de voto contra 37% da petista. O candidato do PSDB, Aécio Neves, tem apenas 3% e o Pastor Everaldo (PSC) aparece com 1% das intenções de voto. Brancos e nulos somam 7% e não sabe e não respondeu, 11%.

A pesquisa Ibope, encomendada pela Rede Globo, ouviu 1.512 eleitores em 69 municípios de Pernambuco, entre os dias 23 e 25 de agosto. A margem de erro da mostra é de três pontos porcentuais para mais ou para menos e o nível de confiança, de 95%. A pesquisa está registrada no TRE sob o número PE-00019/2014 e no TSE sob o número BR-00424/2014.

##RECOMENDA##

Duas horas após a divulgação da pesquisa Ibope, nesta terça-feira, 26, apenas o site oficial da campanha de Marina Silva comemorou o resultado do levantamento. No primeiro turno, Marina está em segundo lugar e abriu 10 pontos porcentuais em relação ao terceiro colocado, o tucano Aécio Neves. Num eventual segundo turno, Marina bate a presidente Dilma Rousseff por 45% a 36%.

O site de Marina (marinasilva.org.br) cita o fato de que Dilma e Aécio perderam quatro pontos porcentuais cada um com a entrada da nova candidata do PSB, que substitui Eduardo Campos, morto há duas semanas em acidente aéreo. A página destaca ainda que Marina tem a menor rejeição entre os candidatos.

##RECOMENDA##

Os endereços de Dilma (dilma.com.br) e de Aécio (aecioneves.com.br) não fizeram qualquer menção à sondagem. O site "Muda Mais" (mudamais.com), que apoia a candidatura de Dilma, faz uma citação parcial do resultado: afirma que Dilma está na frente no primeiro turno (a petista tem 34%, a candidata do PSB, 29% e Aécio, 19%), mas não faz menção ao segundo turno, quando Marina bate Dilma.

O "Muda Mais" cita que a avaliação positiva do governo cresceu dois pontos percentuais (de 32% para 34% de bom ou ótimo), enquanto o porcentual dos que acham que o governo é ruim ou péssimo caiu de 31% para 27%. Entre os que acham o governo regular, o aumento foi de 1 ponto porcentual, de 35 para 36%.

Pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira, 26, mostra o ex-governador José Roberto Arruda (PR) na liderança da corrida ao governo do Distrito Federal, com 37% das intenções de voto. Em segundo lugar, aparecem empatados o governador e candidato à reeleição pelo PT, Agnelo Queiroz, e o senador Rodrigo Rollemberg (PSB), com 16%. Toninho do PSOL tem 4% e o deputado federal Luiz Pitiman (PSDB) 3%. A candidata Perci Marrara (PCO) não pontuou na pesquisa.

Nas projeções de segundo turno, Arruda venceria o atual governador do PT por 45% contra 23%. Na disputa contra Rollemberg, o candidato do PR também venceria a corrida eleitoral por 39% a 30%.

##RECOMENDA##

Rejeição

O Ibope avaliou também a taxa de rejeição dos concorrentes ao governo do Distrito Federal. O atual governador Agnelo Queiroz (PT) registrou a maior taxa, com 43%, seguido de José Roberto Arruda com 29%, Toninho do PSOL com 6%, Luiz Pitiman com 8%, Perci Marrara com 8% e Rodrigo Rollemberg com 5%.

A pesquisa foi realizada entre os dias 23 e 25 de agosto. O instituto ouviu 1.204 eleitores em todo o Distrito Federal. A margem de erro é de três pontos porcentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral com o número DF-00034/2014 e no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-00425/2014.

A pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira, 26, no RJTV da TV Globo aponta que o deputado federal Anthony Garotinho (PR) tem 28% das intenções de voto para a disputa do governo do Rio de Janeiro. O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) aparece com 18%, seguido pelo senador Marcelo Crivella (PRB) com 16% e Lindbergh Faria (PT), com 12%.

Tecnicamente, Pezão e Crivella e Pezão estão empatados, já que a margem de erro máxima do levantamento é de 3 pontos porcentuais. O candidato Tarcísio Motta (PSOL) soma 3% das intenções de voto. Já Dayse Oliveira (PSTU) Ney Nunes (PCB) têm 1% cada. Os votos em branco ou nulos somam 15% e 6% não souberam informar ou não responderam.

##RECOMENDA##

O Ibope ouviu 1.204 eleitores de 23 a 25 de agosto, em 38 municípios. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) sob número RJ 0022/2014. A margem de erro é de três pontos porcentuais, para mais ou para menos.

Segundo turno

A pesquisa simulou um segundo turno entre os candidatos Garotinho e Crivella. Nesse cenário, Garotinho tem 34% das intenções de voto e Crivella, 33%. Os votos brancos e nulos somam 27% das intenções de voto. Entre os pesquisados, 5% não souberam responder ou não responderam.

No cenário em que a disputa no segundo turno fosse entre Garotinho e Pezão, o candidato do PR tem 38% das intenções de voto e Pezão tem 31%. Os votos em branco ou nulos seriam 25%, enquanto 5% dos entrevistados não responderam ou não souberam responder.

Já em um segundo turno entre Garotinho e Lindberg, o candidato do PR ficou com 37% das intenções de voto e Lindberg, com 29%. Os votos brancos ou nulos somariam 27%, enquanto 6% dos entrevistados não souberam ou não responderam.

Taxa de rejeição

Garotinho tem a com maior rejeição entre os eleitores. Do total de entrevistados, 35% afirmaram que não votariam nele. Em seguida, vem Pezão (20%), Crivella (19%) e Lindbergh (19%), Ney Nunes (11%), Tarcísio (9%) e Dayse (7%).

Avaliação do governo

A pesquisa também avaliou a gestão de Pezão, que assumiu o governo do Rio em abril, substituindo Sérgio Cabral (PMDB), que renunciou. Sua administração é considerada ótima por 3% dos entrevistados, boa por 17% dos consultados; regular, por 39%; ruim, por 11% e péssima por 15%.

Pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira, 26, encomendada pelo jornal O Estado de S.Paulo e pela Rede Globo, aponta o governador Geraldo Alckmin (PSDB) com 50% das intenções de voto, no mesmo patamar da pesquisa anterior, na corrida eleitoral pelo governo paulista. O candidato do PMDB, Paulo Skaf, subiu de 11% para 20%. Alexandre Padilha (PT) se manteve em 5%.

Os candidatos Gilberto Natalini (PV), Raimundo Sena (PCO) e Laércio Benko (PHS) ficaram com 1%. Wagner Farias (PCB), Gilberto Maringoni (PSOL) e Walter Ciglioni (PRTB) não pontuaram. Os votos brancos e nulos somaram 10% e 'não sabem', 11%

##RECOMENDA##

O Ibope ouviu 1.512 eleitores de 23 a 25 de agosto, em 79 municípios. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral do São Paulo (TRE-SP) sob número SP-00017/2014 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob protocolo número BR-00419/2014. A margem de erro é de três pontos porcentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

Taxa de rejeição

De acordo com a pesquisa, o petista Alexandre Padilha tem o maior índice de rejeição, de 26%. Alckmin vem em seguida, com 19%, e Skaf tem 12%. A rejeição dos demais candidatos é: Sena (9%), Benko (8%), Natalini (7%), Maringoni (7%), Farias (7%), Ciglioni (5%).

Avaliação do governo

A pesquisa também avaliou a gestão de Alckmin à frente do governo. Sua administração é considerada ótima ou boa por 41% dos consultados; regular, por 36%; e ruim ou péssima por 19%. Outros 4% não souberam ou não quiseram responder.

Pesquisa Ibope encomendada pelo Estadão e pela TV Globo mostra uma melhora na avaliação do governo Dilma Rousseff (PT). Para 34% dos eleitores, a atual gestão é ótima ou boa - ante 32% no levantamento anterior, do início de agosto. A avaliação regular está em 36%, ante 35%. E a avaliação ruim ou péssima diminuiu de 31% para 27%.

A pesquisa também mostra uma melhora discreta na aprovação da maneira como Dilma governa o País: 48% aprovam a atual gestão, ante 47% do levantamento anterior. Hoje, 46% desaprovam a maneira de Dilma governar, ante 49%. A nota atribuída ao governo também subiu para 5,6, ante 5 da mostra mais recente. Ainda assim, 48% acreditam que o País está no rumo errado, 43% consideram que o rumo está certo e 10% não sabem ou não responderam à questão.

##RECOMENDA##

A pesquisa Ibope foi realizada entre 23 e 25 de agosto, por encomenda da Rede Globo e do jornal O Estado de S. Paulo. Foram feitas 2506 entrevistas em todo o País. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, em um nível de confiança estimado de 95%. Ou seja, se fossem feitas 100 pesquisas idênticas a esta, 95 deveriam apresentar resultados dentro da margem de erro. A pesquisa foi registrada na Justiça eleitoral com o número BR-428/2014.

Pesquisa Ibope encomendada pelo Estadão e pela TV Globo mostra que a nova candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, venceria a presidente Dilma Rousseff (PT) num eventual segundo turno se as eleições fossem hoje. Nesse cenário, Marina tem 45% das intenções de voto contra 36% da petista. Brancos e nulos são 9% e indecisos, 11%.

Em um eventual segundo turno contra Aécio Neves (PSDB), a presidente teria 41% das intenções de voto contra 35% do tucano. Brancos e nulos são 12% e indecisos, 12%.

##RECOMENDA##

No levantamento anterior do Ibope, feito entre 3 e 7 de agosto, ainda com Eduardo Campos como candidato do PSB, Dilma vencia seus dois principais oponentes. Quando o adversário era Aécio Neves, a petista tinha 42% contra 36% do tucano. Na simulação contra Campos, Dilma tinha 44% das intenções contra 32% do pessebista.

Na primeira pesquisa a considerar Marina como candidata, feita pelo Datafolha entre 14 e 15 de agosto, Marina aparecia à frente de Dilma, mas dentro da margem de erro: 47% a 44%. Quando o adversário da presidente era Aécio, a petista tinha 47% das intenções ante 39% do tucano.

A pesquisa Ibope foi realizada entre 23 e 25 de agosto, por encomenda da Rede Globo e do jornal O Estado de S. Paulo. Foram feitas 2506 entrevistas em todo o País. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, em um nível de confiança estimado de 95%. Ou seja, se fossem feitas 100 pesquisas idênticas a esta, 95 deveriam apresentar resultados dentro da margem de erro. A pesquisa foi registrada na Justiça eleitoral com o número BR-428/2014.

Pesquisa Ibope encomendada pelo Estadão e pela Rede Globo mostra que a presidente Dilma Rousseff (PT) estaria à frente da nova candidata do PSB, Marina Silva, se o primeiro turno da eleição fosse hoje. Dilma Rousseff (PT) aparece com 34% das intenções de voto ante 29% de Marina, diferença fora da margem de erro máxima, de 2 pontos porcentuais. O candidato do PSDB, Aécio Neves, soma 19%. Pastor Everaldo (PSC) e Luciana Genro (PSOL) têm 1% das intenções cada e os outros candidatos somam 1%. Brancos e nulos são 7% e indecisos, 8%.

No levantamento anterior do Ibope, feito entre 3 e 7 de agosto, quando o cenário considerava Eduardo Campos como candidato do PSB, Dilma tinha 38% das intenções de voto, Aécio, 23% e Campos, 9%. Brancos e nulos somavam 13% e indecisos, 11%. Na primeira pesquisa a incluir Marina Silva como candidata, feita pelo Datafolha entre 14 e 15 de agosto, a ex-senadora aparecia com 21%, empatada tecnicamente com Aécio, com 20%. Dilma tinha 36% das intenções de voto. Brancos e nulos eram 8% e indecisos, 9%.

##RECOMENDA##

Espontânea

Na pesquisa espontânea, em que os nomes dos candidatos não são apresentados aos entrevistados, Dilma aparece em primeiro, com 27% das intenções de voto. Marina vem em segundo, com 18%, seguida de Aécio, com 12%. Outros somam 2%, brancos e nulos são 12% e 28% não souberam ou não responderam.

No levantamento Ibope mais recente, Dilma aparecia com 25%, Aécio com 11% e o então candidato Eduardo Campos com 4%. Brancos e nulos eram 15% e 43% não sabiam ou não responderam.

A pesquisa Ibope foi realizada entre 23 e 25 de agosto, por encomenda da Rede Globo e do jornal O Estado de S. Paulo. Foram feitas 2506 entrevistas em todo o País. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, em um nível de confiança estimado de 95%. Ou seja, se fossem feitas 100 pesquisas idênticas a esta, 95 deveriam apresentar resultados dentro da margem de erro. A pesquisa foi registrada na Justiça eleitoral com o número BR-428/2014.

Pesquisa Ibope feita apenas com eleitores do Paraná mostra Marina Silva (PSB), Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) em situação de empate técnico no Estado. Marina aparece com 29% das intenções de voto, Dilma Rousseff com 28% e Aécio Neves tem 24%. A margem de erro da pesquisa, a primeira feita pelo instituto no Estado depois do registro das candidaturas, é de 3 pontos porcentuais.

Candidato do PSC, Pastor Everaldo tem 2% e é seguido por Eduardo Jorge (PV), que tem 1%. Juntos, Eymael (PSDC), Levy Fidélix (PRTB), Luciana Genro (PSOL), Mauro Iasi (PCB), Rui Costa Pimenta (PCO), e Zé Maria (PSTU) somam 1%. Brancos e nulos somam 8% e 8% não responderam.

##RECOMENDA##

A pesquisa foi contratada pela RPC TV, afiliada da Rede Globo. Foram ouvidos 1008 eleitores em 59 municípios do Estado entre os dias 21 e 25 de agosto. O registro na Justiça Eleitoral é BR-00411/2014 e o índice de confiança é de 95%.

O candidato à Presidência da República pelo PV, Eduardo Jorge, afirmou nesta segunda-feira que mantém a sua proposta de fusão das duas casas parlamentares do Brasil, o Senado e a Câmara. De acordo com ele, essa seria uma das medidas para mudar a forma de fazer política no País, assim como o fortalecimento dos municípios no foco das políticas públicas. Eduardo Jorge também reafirmou, como está no seu programa de governo, reduzir de 39 para 14 os ministérios do governo federal, caso seja eleito.

O candidato criticou as regalias que os políticos têm atualmente. "Cada vez mais o político se afasta do povo com suas mordomias. Isso tem que acabar, porque atrapalha", afirmou, durante entrevista da série Entrevistas Estadão. "Para que deputado precisa de tantos assessores como hoje? Ele precisa é estudar, porque a maioria não estuda, não sabe quais são os projetos mais importantes", disse.

##RECOMENDA##

Eduardo Jorge ainda reclamou da situação dos homens públicos atualmente, que, segundo ele, fizeram da política uma espécie de carreira. "Política não é profissão", afirmou. "Política no Brasil virou negócio."

Ele também disse que existe a necessidade de reforma no Partido Verde. "É verdade que o PV foi enferrujado pela política brasileira. O PV também sofreu esse processo de corrosão da política de representação. Ele precisa ser democratizado e seguir a reforma que eu estou propondo ao Estado Brasileiro e a política representativa do País", disse, durante entrevista da série Entrevistas Estadão. "O PV precisa ser reformado e se depender de mim essa campanha serve para isso", completou.

Jorge afirmou que esse processo de corrosão na política acontece em todos os partidos e defendeu uma forma nova de governo. "É necessário se adaptar a um novo tipo de política no Brasil, que aproxime a política de representatividade com uma maior participação da população. Mas não substituir pela política participativa direta, e sim uma contribuição", afirma.

Programa

O candidato disse ser natural que seu programa de governo tenha algum distanciamento de algumas posições do Partido Verde, mas minimizou essas diferenças. "Eu sou novo no PV, ainda aprendiz no ambientalismo. E tudo que está no programa, desde março deste ano, foi pesquisado nos programas de fundação do PV, nos congressos internacionais, apenas com alguma atualização minha", disse.

Ainda nesta semana serão entrevistados os candidatos do PSC, Pastor Everaldo, na quarta-feira, 20, e do PSOL, Luciana Genro, na sexta, 22. Os outros candidatos serão entrevistados nas semanas seguintes.

O candidato do PHS ao governo de São Paulo, Laércio Benko, rechaçou nesta terça-feira (12) que a instalação da CPI da Sabesp na Câmara dos Vereadores tenha caráter eleitoral. "Sob hipótese nenhuma (tem cunho eleitoral). Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Não será uma CPI de caça às bruxas", afirmou, ao participar da série 'Entrevistas Estadão'. O parlamentar foi o autor do protocolo que pediu a instalação da CPI da Sabesp e presidirá a comissão que investigará se a companhia cumpre o contrato de abastecimento de água firmado com a Prefeitura de São Paulo.

Segundo o candidato, não há um viés eleitoral porque o objetivo é investigar o contrato da Sabesp com a Prefeitura. "Vamos investigar porque o problema (de falta d'água) existe", afirmou. "Não é uma CPI do partido A, contra A, B ou C. É um problema que nós vereadores temos que avaliar", afirmou. Benko disse que, se eleito, não terá problemas em manter as investigações em relação à Sabesp. "O alvo não é o governo do Estado de São Paulo, é o contrato da Sabesp com o Estado. Temos que prezar pela independência entre o Legislativo e o Executivo. A alvo é entender o problema. Essa CPI vai trazer subsídios importantes para quem for eleito para os próximos quatro anos", afirma Benko.

##RECOMENDA##

Apesar de reconhecer a limitação dos poderes dos vereadores na atuação da empresa - que tem capital aberto e tem o governo do Estado como sócio majoritário - o candidato criticou o modelo atual de gestão e afirmou que o problema da empresa foi pensar "nos dividendos aos acionistas". "Ela (Sabesp) distribui dividendos ao invés de distribuir água", afirmou.

"Se eu for eleito, não vai mais ter distribuição de lucros se não estiver tudo certinho", reforçou, destacando que não é contra o mercado financeiro, mas não concorda que a empresa tenha ações na Bolsa. "Água é vida, não posso tratar da água com interesse mercadológico", disse. O candidato disse ainda discordar que a questão de dividendos fuja do poder político. "Não concordo. Os acionistas terão que entender que em primeiro lugar é (preciso atender) a população".

Questionado se implementaria um rodízio de água no Estado, Benko afirmou que o rodízio "já existe" e que "sem dúvida" o atual governador e candidato à reeleição Geraldo Alckmin (PSDB) está escondendo o fato da população. "Eu não disfarçaria, mesmo porque o rodízio hoje já existe, não há outra opção", afirmou. "Não importa que queiram chamar de redução de pressão, o fato é que as torneiras já estão sem água".

Benko disse ainda que o trabalho da CPI vai questionar o alto desperdício de água e a falta de investimento em mão de obra. "Queremos entender por que não existe investimento em mão de obra, por que não existe investimento em infraestrutura, por que não existe comunicação entre sistemas", afirmou. O candidato afirmou também não ver nenhum conflito de interesse entre propor e presidir a CPI e concorrer ao cargo de governador. "Não vejo conflitos de interesse. Não tenho nada contra nem mesmo o governador Geraldo Alckmin. Estou ligado à Marina Silva e ao Eduardo Campos, que prega uma nova política, sem ranço", afirma. Benko disse ainda que, se eleito, vai querer governar "com o que há de melhor no PSDB, no PT e em todos os partidos".

Benko encerrou a participação dos principais candidatos ao Palácio dos Bandeirantes na série 'Entrevistas Estadão'. Participaram o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e os candidatos Gilberto Natalini (PV), Gilberto Maringoni (PSOL), Alexandre Padilha (PT) e Paulo Skaf (PMDB). A série também vai receber no decorrer da campanha eleitoral os principais candidatos a presidente, a vice, além dos postulantes a uma vaga no Senado por São Paulo. Ontem, foi entrevistado o senador Eduardo Suplicy (PT), candidato à reeleição. Amanhã será a vez do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD).

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando