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Uma estudante, de 24 anos, foi vítima de estupro ao sair de uma festa realizada em Fortaleza, no Ceará. O caso foi registrado no dia 23 de julho. Segundo a Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Fortaleza apura as circunstâncias do crime.

De acordo com informações do G1, ao acordar, em um local desconhecido, a jovem estava com o homem que se ofereceu para levá-la para casa de táxi e outros três indivíduos. A reportagem ainda cita que exames realizados na jovem revelaram que ela foi vítima do golpe conhecido como "boa noite, Cinderela", quando substâncias são colocadas na bebida da pessoa.

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Conforme as investigações, a vítima, que é do Estado da Paraíba, registrou um boletim de ocorrência, por meio da Delegacia Eletrônica da PC-CE, relatando o ocorrido.

Em seguida, o Departamento de Polícia Judiciária de Proteção aos Grupos Vulneráveis do Ceará entrou em contato com a Polícia Civil da Paraíba (PC-PB). "A vítima voltou para seu Estado de origem logo após o ocorrido, onde também registrou boletim de ocorrência", disse a PC-CE.

A Polícia Civil do Ceará ainda realiza diligências para esclarecer os fatos da ocorrência. Procurada, a PC-PB ainda não confirmou quantas pessoas estão envolvidas com o abuso sexual cometido contra a jovem nem se ela chegou a ser dopada antes de ter estuprada.

O Projeto de Lei 3.422/2023, apresentado pelo senador Wilder Morais (PL-GO) altera o Código Penal para prever a perda automática de cargo ou função pública ou mandato eletivo em caso de condenação por estupro de vulnerável, sem a necessidade de declaração escrita (ou qualquer outra forma expressa) e motivação na sentença. O projeto foi enviado para a análise da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). 

O PL 3.422/2023 insere a previsão no Código Penal (Decreto-Lei 2.848, de 1940), que define e tipifica o estupro de vulnerável como a conjunção carnal ou ato libidinoso com quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato ou não pode oferecer resistência.

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Segundo Wilder Morais, a perda do cargo, função ou mandato já é prevista como um dos efeitos da condenação para penas aplicadas superiores a quatro anos (exceto quando o crime é contra a administração pública, que exige pena superior a um ano), mas dependente de motivação na sentença.

"A sociedade não pode aceitar que o criminoso condenado por crime tão vil e covarde permaneça em suas funções de agente público, manuseando interesses da coisa pública", afirma o senador na justificação do projeto.

*Da Agência Senado

O padre Airton Freire, acusado de violência sexual, se tornou réu após a Justiça aceitar as denúncias do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que haviam sido recebidas pela Vara Única da Comarca de Buíque. As informações foram confirmadas nesta segunda-feira (7). 

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) informou por meio de nota que “os processos de apuração dos crimes contra a dignidade sexual devem correr integralmente em segredo de justiça, preservando-se a intimidade da própria vítima.” 

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Entenda o caso 

Em maio deste ano, uma mulher acusou o padre de ter sido o mandante do estupro do qual foi vítima, durante um retiro espiritual em agosto de 2022. Após sua denúncia, outras vítimas se pronunciaram, entre elas um homem. Dos cinco inquéritos abertos para investigar o caso, dois foram concluídos, resultando na prisão do padre e no mandado contra outros três funcionários, Jailson Leonardo da Silva, Landelino Rodrigues da Costa Filho e outro homem cujo nome não foi divulgado pela polícia. Landelino foi preso no final de julho. 

Além do padre Airton, os três funcionários também são mencionados pela Justiça, considerados réus nos casos.

Um pastor evangélico foi preso, na última sexta-feira (4), acusado de estuprar uma adolescente de 13 anos no Rio de Janeiro. Jesse de Oliveira Cardoso, de 47 anos, foi detido no bairro Nova Aurora, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Informações preliminares apontam que o religioso praticou o crime dentro do gabinete.

À polícia, ele teria alegado que a motivação foi porque Deus teria o autorizado a tocar no corpo da menina, que frequentava a mesma igreja. "A todo instante, durante toda a violência sexual, ele disse que mataria a mãe dela, que mataria o irmão", contou a delegada titular da DEAM de Belford Roxo, Ana Carla Rodrigues Moura Nepomuceno em entrevista ao site G1.

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As investigações também apotaram que o acusado já respondia a outros inquéritos por violação sexual mediante fraude. "Uma das vítimas noticiou que, a pretexto de curá-la de um câncer, pegou azeite de oliva e passou no corpo dessa jovem. Ele se aproveitava da credulidade dessas jovens mulheres", afirmou a delegada ao veículo. 

Quatro novas vítimas de abusos sexuais praticados por um líder religioso em Lucas do Rio Verde, no interior do Mato Grosso, surgiram após a prisão do suspeito, realizada pela Polícia Civil, na última quarta-feira (2). O homem está preso preventivamente desde quinta-feira (3), quando passou por audiência de custódia. Nove mulheres, vítimas dos abusos, já foram identificadas. 

Em depoimento, o religioso negou as denúncias, revelando que realizava os atendimentos espirituais nas cidades de Lucas do Rio Verde, Sinop e Alta Floresta. A delegada responsável pelas investigações, Ana Carolinne Mortoza Terra, acredita que, com o avanço dos trabalhos, devem aparecer novas denúncias de outras vítimas dessas cidades. 

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As investigações iniciaram após denúncias de três vítimas de Lucas do Rio Verde. A primeira denúncia foi registrada no ano de 2020 e as outras duas nos meses de junho e julho de 2023. Outras duas vítimas foram identificadas na cidade de Sinop. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito agia por meio de manipulação psicológica, sob argumentos de conexão e troca energética, colocando de forma fraudulenta na mente das vítimas a necessidade de realização de um ritual espiritual. 

Acreditando que receberiam uma cura espiritual, as vítimas deixavam que o suspeito realizasse toques corporais, chegando em um dos casos ao ato sexual, após ingestão de um chá. 

Segundo a delegada, todas as vítimas identificadas, até o momento, são mulheres, algumas passando por momento de fragilidade, tendo o suspeito aproveitado dessa condição para ludibriá-las. “Temos vítimas que foram abusadas desde o primeiro atendimento e outras, que frequentavam o centro por um longo período, gerando até mesmo uma dependência emocional do tratamento realizado pelo suspeito e das substâncias por ele utilizadas”, disse a delegada. 

 

Uma jovem de 22 anos foi estuprada na madrugada de domingo, 30, em Belo Horizonte, após ser deixada na calçada do prédio onde morava por um motorista de aplicativo. A mulher estava voltando de um show de Thiaguinho, no Mineirão, onde havia bebido com amigos. Um homem de 47 anos foi preso acusado de estupro de vulnerável.

A jovem foi encontrada desacordada na manhã de domingo em um campo de futebol no bairro Santo André, na região noroeste da capital mineira. Moradores acionaram o Samu, e a mulher disse aos socorristas que não se lembrava do que havia ocorrido. Posteriormente, ela foi por conta própria ao Hospital Odilon Behrens, no bairro São Cristóvão, onde foi constatada a violência sexual.

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A mulher relatou ter ingerido grande quantidade de bebida alcoólica durante o show, e que um amigo solicitou um carro de aplicativo para que ela voltasse para casa. O motorista levou a jovem até o endereço, tocou o interfone e telefonou para o número de celular, mas ninguém atendeu. Ele pediu ajuda para um homem e deixou a mulher sentada na calçada.

Pouco depois, segundo imagens de câmeras de monitoramento a que a Polícia Militar teve acesso, um homem passou pelo local, colocou a jovem nos ombros e saiu do local. Ele foi identificado e preso na noite de domingo.

Segundo a TV Globo, os policiais ouviram o motorista de aplicativo e o irmão da vítima. O familiar disse que pegou no sono e não ouviu quando o interfone e seu celular tocaram.

O suspeito, que deverá responder, por estupro de vulnerável, foi encaminhado ao sistema prisional na manhã desta segunda. O caso é investigado pela Delegacia Especializada de Combate à Violência Sexual de Belo Horizonte.

Um homem de 49 anos foi detido em flagrante, em Uberaba, no interior de Minas Gerais, após denúncias de maus-tratos e estupro de vulnerável contra a própria mãe, uma idosa de 79 anos. Ele foi levado à delegacia para prestar depoimento e liberado por “ausência de estado flagrancial”, segundo o delegado.

A vítima é acamada, não fala nem anda, e usa fralda geriátrica, após ter sofrido dois acidentes vasculares cerebrais (AVCs).

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A denúncia anônima chegou à Polícia Militar, que foi à residência do sujeito, que vive com a mãe. Ao chegar no local, o grupo tático móvel do 67º Batalhão encontrou o homem deitado com sua mãe em um colchão no chão da casa. Ele vestia apenas uma cueca, e a abraçava pela parte das costas, com a genitália encostando nas nádegas da genitora. A vítima, que estava imóvel em posição fetal, tinha a fralda geriátrica folgada, como se tivesse sido removida.

A Perícia Técnica foi acionada ao local para colher evidências. A idosa foi levada ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) por uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Um inquérito policial foi aberto para investigar o caso.

 

A Polícia Civil de Pernambuco realizou, nesta quinta-feira (27), o cumprimento de mandado de prisão de Landelino Rodrigues da Costa Filho, de 34 anos, um dos suspeitos de ser cúmplice dos estupros cometidos pelo padre Airton Freire. Ele foi encaminhado para audiência de custódia, realizada pela comarca de Arcoverde, no Sertão.  

A ação contou com o apoio de equipes da 8ª Delegacia de Polícia de Repressão ao Narcotráfico (DPRN –DENARC), da 22ª Delegacia de Polícia de Homicídios (DPH) e Malhas da Lei da 18ª Delegacia Seccional de Polícia (DESEC) de Garanhuns.  

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Na última quarta-feira (26), a Polícia Civil informou que concluiu dois dos cinco inquéritos abertos para investigar os casos de abuso sexual cometidos pelo líder religioso. Ainda há um terceiro suspeito foragido, Jailson Leonardo da Silva, apontado como um dos funcionários do padre, que o ajudava a abusar das vítimas.  

Airton Freire estava detido em uma cela isolada no Presídio Advogado Brito Alves, em Arcoverde, município no Agreste do estado, mas foi transferido para um hospital no Recife por questões de saúde. 

A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), em conjunto com o Departamento de Polícia da Mulher, informou, nesta quarta-feira (26), que dos cinco inquéritos abertos para investigar as acusações de estupro e de violência sexual cometidos pelo padre Airton Freire, dois foram concluídos.

Como resultado dos inquéritos, foi o realizado o indiciamento de quatro pessoas. A justiça também emitiu o mandado de prisão contra Jailson Leonardo da Silva e Landelino Rodrigues da Costa Filho, suspeitos de envolvimento nos casos relatados pelas vítimas. Eles ainda não foram encontrados, e já são considerados foragidos.

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Estiveram presentes na coletiva a Delegada Andreza Gregório, titular da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher de Afogados da Ingazeira; Delegada Fabiana Leandro, gestora do Departamento da Mulher; Delegado Mauro Cabral, subchefe da PCPE; e a Delegada Morgana Alves, gestora interina da DIRESP - Diretoria Integrada Especializada.

Investigações

Segundo o delegado Mauro Cabral, a primeira denúncia foi recebida pela polícia no final de 2022. “No curso dessa investigação, foram surgindo outras vítimas. A partir do momento desse acréscimo de denúncias, a Polícia Civil achou por bem instituir uma força-tarefa para fazer a apuração para que todas as denúncias fossem devidamente investigadas e apuradas. Até o momento, nós chegamos com cinco vítimas, e dessas cinco, dois inquéritos já foram devidamente concluídos, inclusive com representação por prisão preventiva”, adiantou Cabral.

Após a representação, o Ministério Público deu parecer favorável, deferindo os mandados de prisão contra o padre Airton, Jailson e Landelino pelo Poder Judiciário. Os outros três inquéritos ainda estão em curso, sob sigilo de justiça.

Operação Amnom

No dia 14 de julho, a polícia deflagrou a operação Amnom (figura bíblica, ele era considerado filho de Davi e ficou conhecido por ter estuprado a própria meia-irmã), “para dar cumprimento aos três mandados de prisão preventiva expedidos em desfavor do líder religioso”, explicou a delegada Morgana Alves. Dos três mandados, apenas o do padre foi cumprido, quando ele foi detido e levado para o Presídio Advogado Brito Alves, em Arcoverde, no Agreste do estado. Por motivos de saúde, ele foi transferido para um hospital no Recife no último dia 22.

Canal de comunicação em aberto

O Departamento de Polícia da Mulher abriu um canal de comunicação com a população para receber denúncias e qualquer outra informação que possa ajudar a polícia a resolver os inquéritos em aberto e encontrar os suspeitos foragidos. O número fornecido é (81)994887082.

 

Em Maceió, um homem suspeito de abusar sexualmente de uma menina de 7 anos de idade, foi perseguido e agredido por moradores em frente ao terminal de ônibus do bairro de Ipioca, na noite do último domingo (23).

De acordo com o Batalhão de Polícia Militar do estado de Alagoas, a equipe foi acionada para verificar o possível crime de estupro. Os agentes ao chegarem na comunidade, se depararam com suspeito, de 44 anos, deitado no chão, com vários ferimentos devido às agressões.

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A vítima e sua madrasta, assim como o autor, foram conduzidos para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) localizada em  Jacintinho para o recebimento de atendimento médico.

A mulher contou que o homem tentou beijar a boca da criança, e a menina também afirmou que teve as partes íntimas tocadas pelo suposto criminoso. A médica que consultou a garota constatou que a região íntima da menor de idade estava avermelhada.

Após o atendimento médico, o suspeito foi conduzido para a Central de Flagrantes, onde foi autuado pelo crime de estupro de vulnerável.

Policiais civis do Rio de Janeiro prenderam, nesta segunda-feira (24), um padre, de 33 anos, suspeito de abusar sexualmente de duas crianças​, de 11 e 12 anos.

De acordo com a polícia, as vítimas frequentavam uma paróquia em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (capital), onde o autor exercia o sacerdócio. Ele foi afastado das funções em razão de uma ordem judicial.

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O autor se apresentou na delegacia com seu advogado após o mandado de prisão preventiva ser decretado pela Justiça. Caso seja condenado, ele pode pegar mais de 20 anos de prisão.

Com informações da PCRJ

O padre católico Airton Freire, de 63 anos, acusado de estupro, foi transferido para o Real Hospital Português, no Recife, na manhã deste domingo, 23, por causa do agravamento de suas condições de saúde. Preso preventivamente desde o último dia 14, ele já havia sido levado na tarde de sábado, 22, para o Hospital Memorial Arcoverde, em Arcoverde, no sertão de Pernambuco, após uma crise de hipertensão.

A assessoria do Real Hospital Português confirmou a transferência do padre, mas informou não ter autorização para divulgar o seu estado de saúde. Segundo informou a assessoria do padre a veículos de imprensa locais, a transferência para a capital foi decorrente de "um princípio de acidente vascular cerebral que requer cuidados especializados".

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O padre foi acusado de estupro por uma fiel de sua igreja em Arcoverde, a personal stylist Sílvia Tavares de Souza. Segundo a vítima, o crime teria ocorrido em agosto do ano passado, na sede da Fundação Terra, uma instituição criada pelo religioso para atender pessoas socialmente vulneráveis. Segundo o Ministério Público de Pernambuco, que pediu a prisão preventiva do padre no último dia 14, há cinco inquéritos policiais abertos contra ele.

Na denúncia, Sílvia afirma que um motorista e segurança do padre a ameaçou com uma faca e a forçou a ter relações sexuais com ele, por ordem do religioso, que se masturbou enquanto assistia à cena. Moradora do Recife, ele contou ter conhecido o padre em 2019, quando buscava ajuda para tratar uma depressão.

O MP, que pediu a prisão do suspeito, disse que a medida cautelar é necessária para garantir a continuidade da investigação, afastar o risco de novos delitos e assegurar a proteção às vítimas que procuraram a tutela do Estado. Três promotores foram designados para acompanhar o caso, que é tratado como sigiloso pela Justiça.

A Diocese de Pesqueira, a qual o padre Airton é vinculado, afastou o clérigo do exercício da função sacerdotal.

Os casos de estupro e estupro de vulnerável notificados no ano passado às autoridades policiais chegaram a 74.930 (205 por dia, em média), o que representa 36,9 em cada grupo de 100 mil habitantes. O número é 8,2% maior do que o registrado em 2021, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira (20), no Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Os casos de estupro somaram 18.110 vítimas em 2022, crescimento de 7% em relação ao ano anterior, e os de estupro de vulnerável, 56.820 vítimas, 8,6% a mais do que no ano anterior. 

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Segundo os dados, 24,2% das vítimas eram homens e mulheres com mais de 14 anos, e 75,8% eram capazes de consentir, fosse pela idade (menores de 14 anos), ou por qualquer outro motivo (deficiência, enfermidade etc.). Apenas 8,5% dos estupros no Brasil são reportados às polícias e 4,2% pelos sistemas de informação da saúde. Assim, conforme a estimativa, o patamar de casos de estupro no Brasil é de 822 mil casos anuais. 

A pesquisa revela que as crianças e adolescentes continuam sendo as maiores vítimas da violência sexual: 10,4% das vítimas de estupro eram bebês e crianças com idade até 4 anos; 17,7% das vítimas tinham entre 5 e 9 anos e 33,2% entre 10 e 13 anos. Ou seja, 61,4% tinham no máximo 13 anos. Aproximadamente 8 em cada 10 vítimas de violência sexual eram menores de idade. Pela legislação brasileira, uma pessoa só passa a ser capaz de consentir a partir dos 14 anos. 

De acordo com o anuário, no ano passado, 88,7% das vítimas eram do sexo feminino e 11,3%, do masculino; 56,8% eram pretas ou pardas (no ano anterior. eram 52,2%); 42,3%, brancas; 0,5%, indígenas; e 0,4%, amarelas. 

“Embora não tenhamos pesquisas sobre o tema no Brasil, é comum ouvir relatos de profissionais de educação, ou mesmo de policiais, que indicam que foi o professor ou a professora que notou diferenças no comportamento da criança e primeiro soube do abuso. Assim, a escola tem papel fundamental para identificar episódios de violência, mas, principalmente, em fornecer o conhecimento necessário para que as crianças entendam sobre abuso sexual e sejam capazes de se proteger”, diz o anuário. 

Ainda segundo o anuário, é comum a criança não ser capaz de reconhecer o abuso, seja por falta de conhecimento, seja por vínculo com o agressor. “É compreensível que a criança tenha algum sentimento de amor, ou mesmo lealdade, pelo agressor, já que em geral o abuso é praticado por pais, padrastos, avós e outros familiares. Além disso, o abusador tende a manipular a criança com ameaças ou subornos, o que garante o silêncio da vítima. O sentimento de culpa ou vergonha costuma estar presente na criança, que acaba não revelando nada a familiares.” 

Conforme os registros 82,7% dos abusadores são conhecidos das vítimas e 17,3%, desconhecidos. Entre as crianças e adolescentes com idade até 13 anos, os principais autores são familiares (64,4% dos casos) e 21,6%, conhecidos da vítima, mas sem relação de parentesco. Entre as vítimas de 14 anos ou mais, chama a atenção que 24,4% dos abusos foram praticados por parceiros ou ex-parceiros íntimos da vítima, 37,9% por familiares e 15% por outros conhecidos. Apenas 22,8% dos estupros de pessoas com mais de 14 anos foram praticados por desconhecidos. 

A residência é o local que aparece com mais frequência, já que em média, 68,3% dos casos somados de estupro e estupro de vulnerável ocorreram na casa da vítima. A proporção dos estupros de vulnerável que ocorrem em casa é de 71,6% e nos estupros, de 57,8%. A via pública foi o local apontado em 17,4% dos registros de estupro e em 6,8% dos de vulnerável. A maioria dos casos de violência sexual (53,3%) ocorre à noite ou na madrugada (entre 18h e 5h59). Quanto às ocorrências de estupro de vulnerável, que atingem principalmente crianças, a maioria (65,1%) foi ao longo do dia, entre 6h e 11h59, ou entre o meio-dia e as 17h59, período em que a mãe ou cuidadora em geral está fora. 

Segundo Juliana Brandão, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o número de casos de estupros é o maior desde que a instituição começou a acompanhar tais ocorrências, e é difícil atribuir o aumento a um único fator, principalmente porque é um crime extremamente complexo, que tem suas especificidades. “Neste caso, estamos falando de crianças com até 13 anos, consideradas vulneráveis. Esse aumento dos números é apenas o aumento das notificações, porque o crime de estupro por si só já é um crime que, pela natureza que carrega, já tem muita subnotificação. Quando estamos olhando para esse universo mais de crianças e adolescentes, é mais difícil ainda imaginar que crianças e adolescentes foram responsáveis por notificar a grande violência que sofreram”, afirmou. 

Para Juliana, é possível que esse resultado seja fruto de um conjunto de fatores que pode ser explicado, em parte, pelo maior empoderamento das vítimas, mas não se pode esquecer de analisar que há pessoas que estão sendo os vetores dessa comunicação oficial para as autoridades, os adultos. “E são esses adultos que conseguiram, de alguma forma, funcionar fazendo essa mediação, ouvindo o relato das crianças e adolescentes e levando para a polícia para que o registro fosse efetivado”, acrescentou.

A Polícia Civil do Paraná prendeu um homem, de 45 anos, por estupro contra a esposa, de 42. A captura aconteceu na sexta-feira (14), no bairro Cajuru, em Curitiba, mas foi divulgada nesta quarta (19).

Ele ainda é suspeito de cometer outros crimes contra a vítima como lesão corporal, injúria, ameaça, dano, perseguição e descumprimento de medidas protetivas de urgência. 

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De acordo com as investigações, o indivíduo foi noticiado em pelo menos sete boletins de ocorrência envolvendo a mesma vítima.

- No dia 26 de junho, o suspeito a agrediu fisicamente a vítima, com puxões de cabelo e socos. Além de ter danificado pertences da esposa. 

- Já no dia 2 de julho, o indivíduo ameaçou matar a vítima e os pais dela.

- Ainda no início de julho, ele descumpriu a medida protetiva e ligou para ela, enviando áudios e pedindo desculpas pelas agressões anteriores. 

“Houve o registro, entre os anos de 2019 a 2021, de outros boletins de ocorrência na Delegacia da Mulher em Curitiba por crimes de estupro, ameaça, injúria, perseguição, lesão corporal e dano. Em dezembro de 2020, teria agredido a vítima com barra de ferro e forçado ela a praticar relações sexuais", afirma o delegado da PCPR Emanuel Almeida.

Com informações da assessoria da PCPR

A Polícia Civil de Goiás prendeu um enfermeiro, nesta terça-feira (18), em Santa Helena de Goiás, investigado pelo crime de estupro de uma paciente que estava inconsciente.

A vítima foi submetida a atendimento médico no Hospital Municipal de Rio Verde, em 2022 e, no momento em que estava sedada, sob influência de forte medicação e sem a possibilidade de oferecer qualquer forma de resistência, o enfermeiro, que estava responsável pelo atendimento, abusou dela sexualmente.

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Foram realizados exames de DNA que pudessem comprovar que o material localizado na mulher pertencia ao homem. O enfermeiro foi preso pelo crime de estupro de vulnerável, por equiparação, que prevê pena de oito e quinze anos, e se encontra à disposição do Poder Judiciário.

 

 

A criminalista Maira Pinheiro, que há quase quatro anos está à frente do caso de estupro no qual o arquiteto e ex-BBB Felipe Antoniazzi Prior foi condenado pelo crime sexual, tornou públicas algumas das mensagens de ódio e ameaças que tem recebido nas redes sociais, desde que se tornou representante da vítima. “Vagabunda” e “vadia” fazem parte dos xingamentos deixados pelos fãs do empresário, que se tornou famoso após a passagem pelo Big Brother Brasil 2020.
“Porque é isso que nós mulheres somos quando desagradamos o patriarcado. E como a gente estava indo para cima de um criminoso em série, que tem um padrão de predação de mulheres, a gente desagrada o patriarcado. Mas não é algo que nos intimide”, disse a advogada em entrevista ao G1, que recebeu a nova denúncia com exclusividade.


Mensagens diretas com xingamentos no Instagram da criminalista
Arquivo Pessoal

O teor das ameaças ficou mais violento desde que a denúncia contra Prior voltou a ter repercussão, na última semana. O empresário foi condenado pela Justiça de São Paulo a seis anos de reclusão pelo crime de estupro. A decisão de primeira instância definiu o regime inicial de cumprimento de pena como semiaberto, e ele poderá recorrer em liberdade. Ele foi condenado por um crime ocorrido em 2014. Os advogados de Prior pretendem entrar com um recurso de apelação ao TJSP.
As advogadas da vítima informaram que o condenado foi denunciado por outras três mulheres. Os delitos teriam acontecido em 2015, 2016 e 2018 — o arquiteto se tornou réu em um deles e é investigado nos outros dois. Desde então, as redes sociais da criminalista Maira Pinheiro têm sido bombardeadas por novos comentários, mensagens diretas e até ligações anônimas.
“Os fãs dele são muito virulentos. Minhas redes sociais chegaram a ter mais de 100 mensagens, todas de ataque, de ódio, me xingando com palavras machistas, me atacando no exercício da profissão. A minha imagem foi muito explorada. Mas isso faz parte do jogo né? A gente não tem medo de fanático”, continuou.
Algumas das palavras usadas para definir a advogada foram vagabunda, bandida, pilantra, rata, nojenta, segundo prints divulgados. A criminalista ainda garantiu que os profissionais homens que trabalharam com ela no caso não passaram pelos mesmos episódios.
Após a condenação, Prior publicou uma nota nas redes sociais dizendo ser inocente e que vai recorrer da decisão. Os comentários da postagem foram limitados e apenas os de apoio foram mantidos.

 

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O nome de Felipe Prior está entre os mais comentados da internet, mas não é por um bom motivo. Isso porque, no último domingo (16), a mulher que denunciou o ex-BBB por estupro se pronunciou pela primeira vez e contou detalhes do episódio traumatizante ao Fantástico.

Em julho de 2023, Prior foi condenado a seis anos de prisão em regime semiaberto, contudo, o caso aconteceu em 2014, quando eles faziam faculdade de arquitetura em São Paulo.

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Segundo a vítima, eles se conheceram através de uma amiga em comum e, certa vez, combinaram caronas, já que todos moravam próximos. No dia 8 de agosto de 2014, a mulher tinha 22 anos de idade e acabado de sair de uma festa da Universidade de São Paulo. Quando ambos estavam indo embora, ela e a amiga aceitaram a carona de Prior.

Primeiro, o ex-BBB deixou a amiga em casa e depois foi levar a vítima. No meio do caminho, ele parou o carro e começou a beijá-la.

"À medida que as coisas iam acontecendo, ele se tornava cada vez mais agressivo comigo. Eu falei: Felipe, eu não quero, não quero. Comecei a tentar resistir fisicamente e ele começou a puxar meu cabelo, começava a me segurar pelos braços, pela cintura, proferiu umas frases muito... Ele começou a falar pra eu parar de me fazer de difícil, que é claro que eu queria, que agora não era hora de falar que não, e começou a forçar penetração", disse.

E completou:

"Quantas vezes eu preciso falar não para a pessoa entender que ela está me machucando? Que está me violentando? E ele é muito mais forte que eu. Eu não tinha como sair dessa situação. Foi bem doloroso. Eu gritei, começou a sair muito sangue. Foi o susto que ele teve que levar para parar a situação, porque fez uma poça de sangue no carro dele, nele, ele perguntou se eu queria ir para o hospital, aí eu falei que não, que eu só queria ir para minha casa. Quando eu cheguei, fui direto para o banheiro, fiquei no chuveiro tentando estancar o sangue sozinha, mas minha pressão já estava muito baixa. Fui acordar minha mãe e pedi para ela me ajudar, e aí ela deu uma olhada no machucado, levantou e falou: A gente vai para o hospital".

Após ver que sangramento não iria parar de forma natural, a mulher se dirigiu ao hospital e a médica diagnosticou que houve laceração de primeiro grau. Prior chegou a mandar mensagem para saber como ela estava, e a moça respondeu que continuava muito machucada, mas pediu que ninguém soubesse o que tinha acontecido.

"Eu estava com medo dele falar para as outras pessoas e eu ficar marcada por essa situação. Eu não queria que as pessoas me vissem, me enxergassem e pensassem nisso. Fui escondendo de mim mesma, fui evitando lidar com essa situação. Eu achava que ia conseguir apagar isso da minha vida e seguir em frente como se nada tivesse acontecido, mas isso não aconteceu".

A vítima ainda entregou que teve crise de ansiedade ao vê-lo no BBB20 e o motivo de querer denunciá-lo após anos do ocorrido.

"Vi o rosto dele pela primeira vez em muitos anos. Eu só decidi denunciar tudo o que aconteceu depois que eu comecei a receber das minhas amigas prints de tweets de outras mulheres falando que tinham sido abusadas e violentadas por ele".e

Vinícius Júnior foi às redes sociais manifestar apoio ao francês Benjamin Mendy, inocentado na última sexta-feira (14) de acusações de estupro e assédio sexual as quais o fizeram ser preso e afastado do elenco do Manchester City, clube pelo qual atuava na época. O atacante brasileiro, além de defender o colega de profissão, também criticou a "cultura de destruir reputações".

Em janeiro deste ano, o lateral-esquerdo já havia sido absolvido de seis acusações e, com os mais recentes vereditos, não tem mais denúncias em seu nome. Segundo a advogada de Mendy, os esforços se voltarão para a reconstrução de sua carreira, já que perdeu o contrato com o antigo clube e estava inativo no esporte.

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No Twitter, Vinícius citou os anos "perdidos" pelo jogador e disse que, além do prejuízo em seu futebol, ele também terá que lidar com questões psicológicas. "Com certeza sua vida nunca mais será a mesma. A cultura de destruir reputações fez mais uma vítima", escreveu o brasileiro. "Até quando seremos acusados e condenados sem direito à defesa básica?"

Junto a isso, ele criticou o sensacionalismo e a proliferação de informações sem checagem: "As notícias falsas são criadas e espalhadas sem verificar nenhum fato (algo que eu pessoalmente senti muito nessas férias), e aí a situação só piora. Ser responsável seria o mínimo para qualquer profissional, mas hoje em dia o trabalho sério virou exceção. Não há limites para obter mais cliques e engajamento."

"Minha pergunta é: o que será feito para reparar os danos?", finalizou Vinícius, que recebeu apoio da maioria de seus seguidores na resposta, ainda que alguns o tenham criticado. No Brasil, usuários republicaram a postagem contrários à atitude.

Mendy foi revelado pelo Le Havre, da França, onde rapidamente ganhou destaque e foi contratado pelo Olympique de Marselha em 2013 para posteriormente chegar ao Monaco, em 2016. Um ano depois, foi contratado pelo Manchester City por quase 60 milhões de euros, em uma das negociações mais caras da história do futebol. Ele ainda atuou em dez partidas pela seleção francesa.

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Um brasileiro de 30 anos de idade que mora em Trento, no norte da Itália, foi detido por tentativa de estupro, informaram as autoridades locais neste sábado (15).

O caso ocorreu na última quarta-feira (12), quando uma mulher, cuja identidade não foi revelada, voltava para casa na via Suffragio e foi abordada pelo brasileiro, que propôs um encontro sexual.

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No entanto, a italiana de 56 anos conseguiu se desvencilhar e entrar em sua residência, onde imediatamente ligou para a polícia para pedir ajuda.

Enquanto isso, o brasileiro, que já havia sido denunciado por assédio, ateou fogo em alguns jornais em frente à porta de entrada da casa da mulher, forçando-a abrir assustada por causa da fumaça.

Na sequência, segundo a imprensa local, ele a agrediu e a jogou no sofá para tentar estuprá-la, mas a polícia chegou no mesmo momento e impediu a violação. O brasileiro foi detido e levado para a prisão de Spini di Gardolo.

Já a italiana, que sofreu alguns hematomas após o ataque, foi acompanhada ao hospital para ser examinada.

Da Ansa

Benjamin Mendy, lateral-esquerdo campeão do mundo com a França e ex-Manchester City, foi considerado inocente em um novo julgamento referente a duas acusações de agressão sexual. O jogador de 28 anos começou a chorar quando ouviu o veredicto nesta sexta-feira após três semanas se defendendo na corte de Chester Crown, no noroeste da Inglaterra.

O jogador francês, cujo contrato com o City terminou em 1º de julho, foi inocentado da tentativa de estuprar uma mulher - que tinha 29 anos na época - em sua casa, em outubro de 2018. Ele também foi considerado inocente de uma segunda acusação de estupro de uma outra mulher, de 24 anos, em 2020, também em seu endereço residencial. Mendy negou as acusações e disse que os incidentes foram encontros consensuais. O júri de seis homens e seis mulheres considerou os veredictos por mais de três horas.

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No início deste ano, Mendy foi inocentado por um júri de seis acusações de estupro e uma acusação de agressão sexual, relacionadas a quatro mulheres jovens ou adolescentes, após um julgamento de seis meses. Os jurados não conseguiram chegar a veredictos em duas acusações, de estupro e tentativa de estupro, levando a um novo julgamento.

"Já se passaram quase três anos desde que a polícia começou a investigar esse assunto. Mendy tentou permanecer forte, mas o processo, inevitavelmente, teve um sério impacto sobre ele", disse Jenny Wiltshire, advogada de Mendy, fora do tribunal. "Ele agradece a todos que o apoiaram durante esta provação e agora pede privacidade para que ele possa começar a reconstruir sua vida".

Ao deixar o tribunal, Mendy foi cercado por microfones da imprensa. Ele não respondeu às perguntas dos jornalistas e disse apenas "Alhamdulillah", frase em árabe que significa "Louvado seja Deus". O lateral-esquerdo passou mais de quatro meses em prisão preventiva, entre agosto de 2021 e janeiro de 2022.

Mendy entrou em campo pela última vez em 15 de agosto de 2021, em partida contra o Tottenham, pelo Campeonato Inglês. Ele chegou ao Manchester em 2017, após se destacar pelo Monaco, da França. Com a camisa do City, foi campeão inglês três vezes e vencedor da Copa da Liga Inglesa por duas

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