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A informação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de que as vendas do varejo recuaram 1% em maio na comparação com abril, com os dados dessazonalizados, deu um banho de água fria nas expectativas dos analistas do mercado que já projetavam alguma melhora no desempenho do setor. A avaliação é do assessor econômico da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (FecomercioSP), Fábio Pina.

Pelo levantamento feito pelo Broadcast Projeções, as expectativas em relação às vendas restritas (exceto automóveis e materiais de construção) indicavam um intervalo que ia de uma queda de 0,5% a uma alta de 1%. Para as vendas no conceito ampliado (inclusive automóveis e materiais de construção), as expectativas eram de uma alta de 0,10% a 2,70%.

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De acordo com Pina, até mesmo a FecomercioSP foi surpreendida pelo mau desempenho das vendas em maio. A entidade, segundo ele, apostava em alguma melhora tendo em vista que indicadores como os de confiança melhoraram e os indicadores de inflação registraram variações menores dos preços aos consumidores. "O problema é que a renda acompanha os demais indicadores no curto prazo", disse Pina.

O economista destaca ainda a queda de cerca de 10% nas vendas ampliadas no acumulado do primeiro semestre. "É muito significativa. Em abril a queda foi de um dígito e por algum momento achávamos que a situação pudesse melhorar. Mas os dados de maio não confirmam isso", lamentou Pina. Ele acredita que os números podem até ser um pouco melhor no segundo semestre, mas não se pode perder de vista que no ano passado o primeiro semestre foi muito fraco.

A notícia menos ruim é que o mercado de trabalho já dá mostras de que não fechará o ano tão ruim como se esperava no começo do ano. Em função do primeiro trimestre péssimo para o emprego, diz Pina, chegou-se a cogitar demissões ao redor de 2,5 milhões de pessoas. "Agora a tendência é o desemprego ficar no mesmo patamar do ano passado, com demissão de 1,5 milhão de pessoas", disse o economista, indicando a estreita relação do mercado de trabalho com o desempenho do varejo.

A FecomercioSP, em função desta percepção de que serão demitidas menos pessoas que o esperado inicialmente, está revisando a projeção de vendas para São Paulo de uma queda de 3% a 5% para uma estabilidade. "Estabilidade para nós pode ser de uma queda de 0,1% a uma alta de 0,1%", disse Pina.

Os paulistanos seguem receosos em tomar empréstimos e o índice de intenção apurado pela Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), elaborado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), atingiu seu menor patamar desde 2012 em março: 15,5 pontos. Esse resultado foi decorrente da diminuição da quantidade de consumidores que pretendem contrair empréstimos nos próximos três meses, de 9,9% em fevereiro para 7,5% em março. Ante março de 2015, a retração do indicador foi de 38,7%.

Conforme a assessoria econômica da FecomercioSP, o cenário macroeconômico e político atual não deixa os consumidores confortáveis em começarem um financiamento. "Ao mesmo tempo, houve redução da segurança de crédito após dois meses de melhora, indicando menor capacidade das famílias de poupar", explica, em nota.

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O Índice de Segurança de Crédito, que mede a capacidade do consumidor de pagar dívidas, registrou queda de 2,8% na comparação com fevereiro, passando de 84 para 81,6 pontos em março. Em relação a março de 2015, a retração foi de 1,7%. Entre os endividados, a queda mensal foi de 1,5%, enquanto entre os não endividados o índice recuou 3%. No comparativo anual, o índice de segurança de crédito dos endividados caiu 6%, enquanto o dos não endividados aumentou 5,9%.

Ainda segundo a FecomercioSP, a poupança se manteve como a principal aplicação dos consumidores paulistanos, representando 69,1% do total ante 70,2% em fevereiro e 76,9% em março de 2015. Mas a tendência é que, enquanto os juros se mantiverem muito altos, haja migração para aplicações de renda fixa. A opção pela renda fixa ficou em 18,8% frente a 18,6% em fevereiro e 10,4% de março do ano passado. Já os consumidores que usam a previdência privada como principal aplicação representaram 7,3% ante 6,6% de fevereiro e 4,3% de março de 2015.

O estudo da FecomercioSP tem o objetivo de acompanhar o interesse dos paulistanos em contrair crédito e a evolução da proporção de famílias endividadas na capital paulista que possuam aplicações financeiras, o que gera um índice de risco inerente a essas operações. Os dados que compõem a PRIE são coletados em 2,2 mil entrevistas mensais realizadas na cidade de São Paulo.

As vendas no varejo do Estado de São Paulo caíram 10,2% em outubro de 2015 ante igual mês do anterior, informou nesta terça-feira (12) a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações de arrecadação da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).

Com a baixa, o faturamento real do setor no mês foi de R$ 46,1 bilhões, o menor para o período desde 2010. O volume representa perda de R$ 5,3 bilhões em relação ao alcançado em outubro de 2014.

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Na avaliação da assessoria econômica da entidade, a queda se deve à deterioração da confiança do consumidor, em meio à redução da renda dos trabalhadores, ao aumento do desemprego, à alta da inflação e ao endividamento das famílias. "Quedas acima de 10% historicamente jamais foram atingidas", afirma a FecomercioSP.

"A queda expressiva observada no primeiro mês do trimestre mais forte para o varejo (outubro) mostra que o comércio atravessa uma crise aguda de deterioração de suas vendas, influenciada pelas circunstâncias econômicas e políticas negativas do País que se agravaram de forma rápida e intensa em 2015", diz a entidade. No acumulado de janeiro a outubro, a retração é de 6,1%. Já na comparação entre outubro e setembro, houve alta de 7,8%.

Das nove atividades analisadas, sete registraram recuos de dois dígitos. Os mais acentuados foram nos segmentos de concessionárias de veículos (-22,9%, com impacto de -3,1 pontos porcentuais sobre o resultado geral) e materiais de construção (-21,4% e contribuição de -1,7 ponto porcentual). Por outro lado, o segmento de supermercados avançou 7,1% e contribuiu com 2 pontos porcentuais para o resultado total.

Capital

Na cidade de São Paulo, a retração foi mais leve do que na média do Estado. No entanto, as vendas da capital paulista tiveram, em outubro de 2015, a maior baixa do ano em relação ao mesmo mês do ano anterior, de 7,7%. Com faturamento real de R$ 14,4 bilhões, o volume de outubro ficou R$ 1,2 bilhão abaixo da receita registrada em igual mês de 2014. No acumulado do ano, a retração é de 4%, perda de R$ 5,8 bilhões na comparação com igual período do ano anterior.

A receita com as vendas de Natal em 2015 caiu 14,7% (R$ 8,69 bilhões) em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com estimativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e da Boa Vista SCPC. Na semana do Natal de 2015, o comércio brasileiro teve receita de R$ 50,551 milhões. No ano passado, o volume havia sido de R$ 59,244 milhões.

Para a assessoria econômica da FecomercioSP, o resultado confirma o cenário econômico de crise já antecipado por estimativas anteriores. "A inflação elevada, os juros altos e a piora no mercado de trabalho derrubaram a confiança do consumidor para o menor nível em 12 anos. A menor confiança vem se traduzindo em um comportamento mais cauteloso por parte do consumidor, que compra menos e evita novas dívidas", diz a nota técnica da FecomercioSP, que estima que 2016 deve continuar sendo um ano difícil para o varejo brasileiro.

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O cálculo do volume de vendas para esta data é baseado em uma amostra das consultas realizadas no banco de dados da Boa Vista. Para este Natal, foram consideradas as consultas realizadas no período de 18 a 24 de dezembro de 2015 comparadas às consultas realizadas no mesmo intervalo em 2014. A variação no faturamento, por sua vez, é estimada com base na variação das consultas, nos dados da Pesquisa Anual do Comércio (PAC) e da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), ambas divulgadas pelo IBGE.

A intenção de contratações do varejo de São Paulo impulsionou o resultado de novembro do Índice de Expansão do Comércio (IEC), que subiu 3,2% ante outubro para 68,9 pontos. A alta, no entanto, não representa uma inversão da tendência de queda apresentada nos últimos 12 meses, avalia a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), responsável pela pesquisa. "A prova disso é de que, na comparação com novembro do ano passado, o IEC registrou recuo de 35,6% e o subíndice de Expectativa para Contratação de Funcionários, queda de 35,5%", diz a instituição, em nota.

A FecomercioSP pondera que o avanço de 5,9% do índice de expectativas para contratações na passagem de outubro para novembro é menor que o registrado em anos anteriores e reflete o pagamento do 13º salário e as compras de Natal, que garantem um fluxo maior de consumidores nas lojas, mesmo com o mau momento da economia. "Portanto, a alta do indicador em novembro, após dez meses de queda e estabilidade em outubro, não pode ser interpretada como uma retomada, mas sim como simples resposta sazonal dos empresários", ressalta a federação.

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De acordo com a FecomercioSP, a onda de pessimismo no setor ainda não passou, já que 65,2% ainda pretendem reduzir o quadro de funcionários nos próximos meses.

Já o segundo componente do IEC, que mede o nível de investimento das empresas, recuou 0,2% entre em novembro na comparação com outubro. O resultado reforça, de acordo com a pesquisa, que o ciclo negativo do comércio ainda não chegou ao fim e que não se vislumbra nenhuma recuperação.

Além disso, 76% dos cerca de 600 empresários paulistanos entrevistados estão investindo menos. Segundo a FecomercioSP, o nível de investimentos é um indicador antecedente que pode mostrar uma eventual retomada do consumo e, portanto, apontar o final do período de deterioração econômica.

Pelos resultados de novembro, "o IEC aponta que há apenas um incentivo momentâneo às contratações temporárias, mas nenhuma indicação de que isso venha a resultar em algo mais consistente e gere efetivamente aumento da propensão a investimentos", comenta a FecomercioSP.

A percepção dos empresários da Região Metropolitana de São Paulo em relação aos estoques teve alta em novembro, aponta pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O Índice de Estoques (IE), calculado pela entidade, atingiu 94,6 pontos, alta de 2,9% ante o resultado de outubro (91,9 pontos) e recuo de 15,4% em relação a novembro do ano passado (111,8 pontos).

O movimento foi puxado pelo aumento do porcentual de comerciantes que consideram o volume de mercadorias estocadas como adequado, de 45,8% em outubro para 47,2% em novembro. Por sua vez, 37,8% dos empresários ouvidos pela FecomercioSP consideraram seus estoques acima do adequado, o mesmo número do mês anterior e o segundo maior da série histórica, iniciada em junho de 2011. Já o montante de empresários com estoques abaixo do esperado passou de 16,0% em outubro para 14,9% em novembro. Ainda assim, a assessoria econômica da entidade ressalta que o patamar é maior do que o observado no mesmo mês do ano passado, quando marcou 13,3%.

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"A razão pode ser a estratégia que alguns empresários adotaram de reduzir o mix de produtos para garantir maior giro de mercadorias e menores custos de estoques", diz a nota técnica da FecomercioSP. A entidade acredita que, neste fim de ano, os pedidos dos varejistas aos fornecedores devem ter sido bem menores do que em 2014, já que as expectativas de vendas para 2015 são de 5% a 10% inferiores em relação ao mesmo período do ano passado.

Desta forma, com os estoques ainda elevados às vésperas Black Friday e do Natal, a FecomercioSP acredita que pode haver promoções e liquidações neste final de ano. "Com isso, os assessores econômicos da entidade acreditam que o ciclo de estoques paulistano tende a se equilibrar mais adequadamente no início de 2016, resultado das vendas de fim de ano e do conservadorismo cada vez maior dos empresários", afirma a nota da entidade.

Metodologia

O IE é apurado mensalmente pela FecomercioSP por meio da entrevista com cerca de 600 empresários do comércio e varia de 0 (inadequação total) a 200 pontos (adequação total), sendo a marca dos 100 pontos o limite entre inadequação e adequação.

Pela análise dos números, é possível identificar se os empresários estão com sensação de estoques "acima", ou seja, com excesso de mercadorias, ou "abaixo", isto é, com falta de itens disponíveis para suprir a demanda em curto prazo.

Um dos poucos dados positivos da economia brasileira atualmente é a taxa de inadimplência permanecer "comportada" em meio à deterioração de outros indicadores. Esta é a avaliação do assessor econômico da FecomercioSP Vitor França a respeito das informações da Nota de Crédito do Banco Central (BC), sobre política monetária e operações de crédito do sistema financeiro.

"O único bastião da macroeconomia que nos deixa confortável em termos de segurança de crédito é a inadimplência. É um dos únicos que têm resistido à crise", resumiu. Segundo o especialista, este movimento é reflexo do fato de as famílias estarem mais cautelosas ao tomar empréstimos e os bancos, mais seletivos na concessão de crédito.

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Considerando este cenário, França estima que a taxa de inadimplência seguirá em uma tendência de alta, mas dificilmente subirá rapidamente nos próximos meses. "Não vejo possibilidade de estouro da inadimplência. O avanço deve ser gradual", projetou.

O assessor econômico da FecomercioSP destaca ainda que o detalhamento dos dados da autoridade monetária permite perceber que quem atrasa as contas tem conseguido quitar as dívidas em menos tempo. "A inadimplência para Pessoa Física entre 15 e 90 dias passou de 5,1% para 5,5% entre setembro de 2014 e 2015, mostrando uma tendência de alta. Já o atraso superior a 90 dias avançou bem menos, de 5,6% para 5,7%", observou.

O especialista ressalta ainda que pesquisas da FecomercioSP dão conta que o avanço da inadimplência tem sido mais intenso nas famílias com renda mais baixa. O reflexo deste movimento é que elas têm recorrido a crédito mais caro para quitar as contas em atraso.

"Pelo dados do BC, o que cresce em termos de concessão para pessoa física são os empréstimos emergenciais, das linhas de rotativo do cartão de crédito e de cheque especial, que já têm um limite pré-aprovado", observou. Ele destaca que a inadimplência das pessoas físicas no cartão de crédito passou de 7,2% para 8,0% entre setembro de 2014 e setembro de 2015.

O mesmo raciocínio, explica França, se aplica às empresas. "O tipo de concessão de crédito que sobe é a conta garantida. A empresa pega um recurso com crédito mais caro para garantir o fluxo de caixa", disse, ressaltando ser o equivalente às linhas de crédito emergenciais para os consumidores.

A proporção de paulistanos endividados caiu para 53,3% em julho, de 54% em junho, segundo pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Em julho do ano passado, o índice estava em 50%. Em números absolutos, a capital paulista tem 1,936 milhão de famílias endividadas.

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o consumidor está cada vez mais cauteloso e tem dado prioridade ao gasto com bens essenciais, o que ajuda a explicar a queda no endividamento nos últimos dois meses, após fortes altas entre março e maio. Já a alta na comparação com julho de 2014 é justificada pela inflação elevada, o aumento nos juros e a deterioração do mercado de trabalho.

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O principal tipo de dívida é o cartão de crédito, utilizado por 70,4% das famílias analisadas. Em seguida, estão financiamento de carro (18,9%), carnês (16,3%), financiamento de casa (12,6%), crédito pessoal (11,8%) e cheque especial (7,7%). Na comparação entre junho e julho, houve alta expressiva nos itens de carnês e financiamento de carro, ao subirem 2,1 pontos porcentuais e 1,4 ponto, respectivamente.

O endividamento é menor entre famílias com renda superior a dez salários mínimos, que passou para 42,8% em julho, de 41,5% em junho. Nas famílias com renda inferior a dez salários mínimos, o índice caiu para 57%, de 58,3%. Do total de endividados, 51,1% têm entre 11% a 50% da renda comprometida com o pagamento de dívidas. Para 23,2% dos consumidores, o comprometimento é menor que 10%, enquanto para 21,9% as dívidas superam 50% da renda total.

Das famílias endividadas da capital paulista, 14,5% estavam inadimplentes em julho, ou seja, possuíam contas em atraso. Em junho, esse nível era de 15,2%, enquanto em julho do ano passado estava em 13,5%. Em números absolutos, são 521 mil famílias nessa situação. Mais uma vez, a ocorrência de atraso é maior entre as famílias de renda mais baixa. Para as que ganham até dez salários mínimos, esse porcentual é de 18,2%, enquanto para as que ganham acima desse nível é de 5,9%.

Ainda de acordo com a FecomercioSP, 5,6% dos entrevistados acreditam que não terão condições de pagar total ou parcialmente suas contas no próximo mês, o que aponta para um crescimento em relação à taxa apresentada em julho de 2014 (4,9%).

Após encerrar 2014 com uma queda esperada de 1,6% em relação ao ano passado, o comércio varejista do Estado de São Paulo deverá apresentar um crescimento real do faturamento de 1,2% em 2015, estima a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). De acordo com projeções da Federação, a receita real de vendas do varejo paulista poderá atingir R$ 528,3 bilhões neste ano, passando para R$ 534,9 bilhões em 2015.

Diante da retração ao longo do ano e da expectativa de um Natal fraco, a FecomercioSP avalia que o comércio paulista sofreu com a alta da inflação e as incertezas em relação à condução da política econômica que "minaram a confiança dos consumidores". A federação analisa que o varejo no Estado foi caracterizado por "nítidas retrações" nas vendas de bens duráveis, dependentes de crédito, e pelo aumento de consumo de bens essenciais de primeira necessidade.

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"A queda de vendas das concessionárias de veículos (-16,4%) e de lojas de eletrodomésticos e eletrônicos (-20,8%) teve como contraponto o crescimento de vendas das farmácias e perfumarias (8%) e dos supermercados (6,4%)", cita a entidade em nota enviada à imprensa. Segundo a FecomercioSP, das 16 regiões do Estado analisadas, nove devem registrar queda nas vendas neste ano, sendo os piores desempenhos no ABCD (-8,2%) e na capital paulista (-3,8%).

"O resultado pode ser atribuído ao menor número de dias úteis decorrentes dos feriados decretados em razão da Copa do Mundo, além do receio de manifestações", explica a federação na nota. No sentido contrário, a instituição destaca que as vendas reais do comércio varejista das regiões de Taubaté e Jundiaí devem apresentar os melhores desempenhos no Estado este ano, com expansões de 1,8% e 5,3%, respectivamente.

2015

Já em 2015, a FecomercioSP prevê que apenas São Paulo (-1,1%) e Campinas (-0,8%) deverão apresentar um nível anual de vendas inferior ao observado em 2014. A federação estima que o faturamento real do varejo em Osasco poderá crescer 6% no próximo ano, alta considerada "fundamental" para o resultado geral no Estado, na medida em que a região apresenta a segunda maior participação no varejo estadual, com 10,5% do total, atrás apenas da capital (30%).

Outras regiões que também deverão apresentar bom desempenho são Ribeirão Preto e Araraquara, para as quais a FecomercioSP prevê crescimento de 4% e 3,5%, respectivamente. A FecomercioSP pondera que as projeções para 2015 consideram que os ajustes esperados na economia brasileira deverão recompor "parcialmente" a confiança das famílias e permitir "algum crescimento nas vendas".

As vendas do varejo no Estado de São Paulo somaram R$ 39,4 bilhões em junho deste ano, recuo de 9,2% ante maio e de 7,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os números são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), apresentada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Segundo a entidade, o recuo ante junho de 2013 foi a quarta queda mensal consecutiva neste ano. Com o resultado, o faturamento acumulado do comércio no ano deixou de registrar aumento em relação ao mesmo período do ano passado e apresenta, agora, variação zero.

Contribuíram fortemente para o resultado negativo ante junho de 2013 a baixa nas vendas nas concessionárias de veículos (-28,2%) e nas lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos (-20,2%). Também recuaram os faturamentos das lojas de materiais de construção (-17,4%); vestuário, tecidos e calçados (-10%); autopeças e acessórios (-3,8%) e de móveis e decoração (-2,7%). No sentido contrário, farmácias e perfumarias apresentaram o maior crescimento em vendas (5,8%) no período, apesar de ter sido o segmento de supermercados o que mais contribuiu para atenuar a queda mensal, ao manter a trajetória positiva no ano, com aumento de 2,9% em junho.

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A FecomercioSP destaca que o resultado de junho confirma as projeções da entidade, divulgadas no final de 2013, de que em 2014 o setor encontraria dificuldades para igualar o volume de receita registrado no ano passado. "O crescimento nulo apurado nesses seis meses mostra nítida tendência de enfraquecimento no consumo", afirmam economistas da entidade em nota à imprensa. Analistas destacam ainda que a "gradativa e sistemática" deterioração nos índices de desempenho varejista em São Paulo é consequência direta da insegurança e instabilidade geradas pelos principais indicadores econômicas, "que claramente contaminam a confiança dos consumidores".

Metodologia

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista não é um levantamento por amostragem. Ela utiliza dados da receita mensal informada pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) e a FecomercioSP. As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e dez setores. Os dados brutos são "tratados tecnicamente" de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região.

O número de empregados formais no varejo da Região Metropolitana de São Paulo ficou praticamente estável ao apresentar queda de 0,02% em maio, em relação a abril. Durante o mês foram fechadas 216 vagas, totalizando 1.007.160 empregos com carteira assinada. Em comparação com maio do ano passado, no entanto, o total de postos de trabalho representou uma alta de 0,96%. Os dados do setor foram divulgados nesta quarta-feira, 16, pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nas informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

No período acumulado de janeiro a maio, a taxa média de crescimento do emprego formal no varejo ficou em 0,9% na comparação com igual período do ano passado. A FecomercioSP destaca, no entanto, que nos cinco primeiros meses de 2013, a expansão era quase o dobro, de 1,7% ante o mesmo intervalo de 2012.

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"Esse comportamento pode ser justificado pela perda de confiança por parte dos agentes econômicos, potencializada pela persistente pressão inflacionária e também pela estagnação da economia brasileira", explica em entidade em seu relatório.

Ainda sobre o mês de maio, a instituição diz que o "leve recuo" em maio deste ano ante o mês anterior é consequência da contratação de 48.607 profissionais e da dispensa de 48.823 empregos, de acordo com a FecomercioSP. Os três segmentos que mais puxaram o indicador para baixo foram os setores de eletrodomésticos e eletroeletrônicos (-111 vagas), de concessionárias de veículos (-358) e de vestuário, tecidos e calçados (-508). Outras atividades do comércio varejista, com destaque para os postos de combustíveis, cortaram 41 postos de trabalho formal em maio.

Também fecharam postos de trabalho os setores de autopeças e acessórios (-14), de materiais de construção (-25), de lojas de departamentos (-27) e de móveis e decoração (-54), segundo a FecomercioSP. Apenas dois dos dez segmentos avaliados pelo estudo, no comparativo mensal, apresentaram contratações no período: o de supermercados (523) e o de farmácias e perfumarias (399).

O índice que mede a Intenção de Consumo das Famílias paulistanas caiu 2% em março ante fevereiro, para 122,9 pontos, informou nesta segunda-feira (7), a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Na comparação com março do ano passado, o recuo foi de 5,2%.

De acordo com a Federação, o fim do período de promoções de eletrodomésticos, eletrônicos e móveis está entre as justificativas para a redução do interesse de compra. "Outra razão importante seria a permanência da inflação em níveis elevados, comprometendo o orçamento das famílias para novas aquisições de produtos e contratação de serviços", afirmou a FecomercioSP, por meio de nota.

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Em março, o item renda atual teve decréscimo de 6,2%, enquanto a percepção dos entrevistados sobre a perspectiva profissional caiu 1% e sobre emprego atual recuou 0,7%. Já a perspectiva de consumo subiu 0,4%, acesso ao crédito avançou 0,6% e nível de consumo atual teve alta de 5%. Segundo a FecomercioSP, foi o comportamento desses três últimos itens que impediu uma redução ainda maior do índice.

A confiança do consumidor paulistano piorou. Na passagem de fevereiro para março, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), apurado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), caiu 7,8% e alcançou 125,8 pontos, a pior marca desde janeiro de 2009, quando atingiu 125,2 pontos. Em relação aos 160 pontos registrados em março de 2013, a queda é ainda maior, de 21,4%.

A escala do ICC varia de 0 a 200 pontos, em que 0 reflete pessimismo e 200, otimismo total. Mensalmente, o indicador é apurado com base em dados de 2,1 mil consumidores da capital paulista.

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Para os economistas da FecomercioSP, o resultado de março evidencia uma elevação no nível de apreensão do consumidor em relação ao aumento das taxas de juros para linhas de crédito e à manutenção da inflação em patamares altos, comprometendo a renda. Ainda de acordo com a entidade, voltou a pesar a incerteza entre os paulistanos sobre o crescimento da economia brasileira.

Dentro do indicador geral, o Índice das Condições Econômicas Atuais (Icea), que mede as expectativas futuras, recuou de 142,6 pontos em fevereiro para 132,4 pontos em março. Já o Índice de Expectativas do Consumidor (Iec), que procura avaliar a perspectiva futura, caiu de 132,2 pontos para 121,4 pontos.

A retração do indicador em março acontece após uma ligeira alta, de 3,5%, entre janeiro e fevereiro. Para a FecomercioSP, o leve crescimento registrado no mês passado pode ser analisado como um breve "suspiro" ou uma pausa na trajetória negativa do índice.

Se fosse um país, a cidade de São Paulo seria o quinto maior mercado da América do Sul. À sua frente estariam apenas o próprio Brasil, Argentina, Colômbia e Venezuela. Levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), desenvolvido para o aniversário de 460 anos da capital paulista, no próximo dia 25, aponta que a riqueza da metrópole é 66,2% maior do que a soma do Produto Interno Bruto (PIB) do Paraguai, do Uruguai e da Bolívia. Se fosse um país, São Paulo estaria no 37º lugar na lista das maiores economias do mundo.

O PIB da cidade, de acordo com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), chega a R$ 477 bilhões, maior que o de países como Chile, Hong Kong e Portugal, de acordo com o levantamento. Só a capital responde por 35,3% do PIB do Estado e por 11,5% da riqueza do País. Entre as regiões, o levantamento aponta que o PIB paulistano é 23,9% maior que o do Centro-Oeste e representa 2,13 vezes o do Norte.

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O levantamento da FecomercioSP utiliza dados da pesquisa de PIB dos municípios do IBGE e informações do Fundo Monetário Internacional (FMI). O varejo da cidade, em 2013, movimentou R$ 156 bilhões, de acordo com a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) da entidade, o que representa 31% do faturamento do setor em todo o Estado.

Estão concentradas na cidade - que recebe 10 milhões de turistas por ano, a maioria para negócios - 63% das multinacionais instaladas no País e 38 das 100 maiores empresas privadas. Como estrutura para receber o turista e realizar mais de 90 mil eventos por ano, a capital paulista conta com 410 hotéis, 12,5 mil restaurantes, 160 teatros, 110 museus e 37 mil táxis.

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) na capital paulista subiu 0,4%, ao passar de 118,7 pontos em novembro para 119,1 pontos em dezembro. A escala do indicador apurado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) varia de 0 a 200 pontos, em que 0 representa pessimismo total e 200 pontos, otimismo total.

Para a FecomercioSP, o resultado aponta pequena recuperação da confiança em relação ao momento atual e à propensão para novos investimentos. No entanto, segundo a entidade, mostra uma evolução negativa quanto às expectativas futuras do empresário.

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"Os varejistas se mostram mais otimista principalmente pelas vendas de fim de ano, porém demonstram preocupação quanto à manutenção do ritmo das vendas devido ao cenário de incertezas da economia brasileira, principalmente para 2014", disse a instituição em nota enviada à imprensa.

O avanço do ICEC ocorreu pela evolução do subíndice das condições econômicas atuais, quesito que vem registrando o menor nível de confiança. Em dezembro, esse subíndice teve alta de 3,1%, chegando a 90,3 pontos, contra 87,5 em novembro. De acordo com a FecomercioSP, o que explica essa elevação são as vendas de Natal, que aumentam a percepção positiva dos varejistas.

No entanto, o subíndice que analisa a expectativa dos comerciantes registrou queda de 1%, ao passar de 155,4 pontos em novembro para 153,8 pontos em dezembro. "Apesar de a percepção atual estar sendo influenciada pelas vendas sazonais, isso não tem levado a um aumento das expectativas com relação ao futuro", observa a instituição.

Caso seja sancionado pela presidente Dilma Rousseff, o novo salário mínimo de R$ 724 deve representar um acréscimo de R$ 46 bilhões na economia brasileira no ano que vem, de acordo com estimativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O novo salário foi aprovado, na madrugada desta quarta-feira (18), pelo Congresso Nacional. O reajuste de 6,6% representa aumento real de 0,8%, o menor verificado nos últimos anos. Em 2013, o salário mínimo teve aumento real de 2,7% e em 2012, de 7,6%.

A presidente Dilma confirmou na manhã desta quarta-feira, em entrevista para emissoras de rádio de Pernambuco, que o novo salário mínimo, vigente a partir de 1º de janeiro de 2014, ficará entre R$ 722 e R$ 724, o que representaria uma alta de 6,5% a 6,78% sobre os R$ 678 atuais. "A regra da correção do salário mínimo depende do fechamento do PIB (Produto Interno Bruto) e da inflação, mas dá para sabermos que ficará entre R$ 722 e R$ 724. Se tivermos perto de R$ 724 arredondamos para cima, damos uma força", disse. "O pessoal pode ficar satisfeito antecipadamente", completou a presidente.

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A FecomercioSP ressaltou, por meio de nota, que o salário mínimo foi a mola propulsora da economia nos últimos anos - com exceção de 2013 - e isso não ocorrerá em 2014. "Por isso, o ciclo de manutenção do aumento do PIB por meio do consumo e do incremento do consumo devido a faixas emergentes de renda se esvaiu", disse. Para a entidade, o crescimento dependerá da "melhora do ambiente de negócios e do aumento do investimento para manutenção do nível de emprego no País".

13º salário - Segundo a FecomercioSP, a injeção de recursos na economia brasileira com o 13º salário de 2014 vai representar R$ 156,9 bilhões, por conta da expectativa de aumento de 2% no número de trabalhadores com remuneração vinculada ao reajuste do salário mínimo. Deste montante, cerca de R$ 32,7 bilhões deverão ser destinados a compras. No Estado de São Paulo, o pagamento do 13º salário em 2014 vai representar R$ 45,9 bilhões, sendo R$ 9,6 bilhões destinados a compras.

O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), divulgado nesta sexta-feira (18) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), subiu 2,7% em setembro ante agosto e chegou a 123,9 pontos. O índice vai de 0 a 200 pontos e números abaixo de 100 indicam insatisfação e acima, satisfação.

Para a entidade, a variação positiva indica que as famílias paulistanas estão mais confiantes em relação à economia e mais propícias a consumir num cenário de "queda da inflação, dos ainda tímidos sinais de crescimento econômico e do fim dos protestos em massa nas ruas". A FecomercioSP destaca que, apesar da alta, o indicador ficou 11,6% abaixo do apurado em setembro do ano passado.

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O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) na capital paulista subiu 2,7% em setembro, para 113,1 pontos, informou nesta segunda-feira, 14, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Em agosto, o indicador registrou 110,1 pontos. A escala varia de 0 (pessimismo total) a 200 (otimismo total).

O índice teve percepções mais otimistas em dois dos seus três componentes. Para a FecomercioSP, a confiança do empresário mostra sinais de recuperação. "Entretanto, há indícios de menor disposição para investir, o que reforça o fato de os empresários ainda estarem cautelosos em relação ao nível de atividade econômica, bem como do ciclo de consumo."

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O subíndice Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec) subiu 12,4%, de 78,4 pontos em agosto para 88,2 em setembro. O avanço foi influenciado pelo item que mede a percepção dos comerciantes em relação às Condições Atuais da Economia (CAE), com alta de 19,2% no mês.

O subíndice que analisa a expectativa do empresário registrou avanço 1%, de 144,4 pontos, em agosto, para 145,9, em setembro. Quando se avalia o item da percepção em relação à economia, a alta foi de 2,8%.

Em contrapartida, o subíndice que mede a propensão a novos investimentos dos comerciantes apresentou queda de 2,1%, de 107,5 pontos em agosto para 105,2 em setembro. A influência negativa mais expressiva foi apurada no quesito de novos investimentos, com baixa de 3,7%.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) anunciou nesta segunda-feira que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) registrou queda de 5,7% em julho, ao passar de 145 pontos em junho para 136,7 pontos. Na comparação com julho de 2012 (160,6 pontos), o recuo foi de 14,8%. O ICC mede o humor do consumidor paulistano e varia numa escala de 0 (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).

Os ICC é formado por dois quesitos - e os dois indicaram retração em julho. O Índice de Condições Econômicas Atuais (Icea) recuou 7,5%, passando de 147,5 para 136,4 pontos. Já o Índice de Expectativa ao Consumidor (IEC) teve queda de 4,5% e chegou aos 136,9 pontos em julho. Em nota, a FecomercioSP avaliou que a persistência da inflação causa impacto negativo na renda real do consumidor e foi "o principal fator da queda apurada pelo indicador mês após mês". Além disso, a entidade avalia que o sentimento de insatisfação visto nos protestos de rua em todo o País "tende a mexer com as percepções do consumidor".

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Após cinco quedas consecutivas, o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 1,19% em junho ante maio, para 130,6 pontos, divulgou nesta terça-feira a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). No entanto, houve redução de 6% na comparação com junho de 2012.

Em nota, a FecomercioSP avalia que, apesar de a ICF registrar alta, o cenário ainda é de cautela e postura defensiva do consumidor. "Há facilidade de crédito com taxa de juros para pessoa física em nível historicamente baixo, mas as famílias estão contraindo crédito para pagar outras dívidas ou para complementar a renda a fim de manter o ritmo de consumo, principalmente com produtos básicos."

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De acordo com a federação, as manifestações que aconteceram em São Paulo ainda não foram captadas no resultado de junho, mas devem causar impacto no indicador de julho. A ICF é apurada, mensalmente, pela FecomercioSP desde agosto de 2009, com cerca de 2.200 consumidores na capital paulista. É composta por sete itens: emprego atual, perspectiva profissional, renda atual, acesso ao crédito, nível de consumo atual, perspectiva de consumo e momento para duráveis. O índice vai de 0 a 200 pontos. Quando abaixo de 100, aponta insatisfação. Acima de 100 pontos, indica satisfação.

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