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Depois de três dias na fase vermelha do plano de combate à Covid-19, os centros comerciais da cidade de São Paulo retomaram ontem suas atividades, com ruas cheias, lojas sem totem de álcool em gel e muita gente com máscara no queixo. Entre as desculpas de quem saiu de casa para enfrentar lugares como o Brás e a região da 25 de Março, no centro de São Paulo, estava principalmente a necessidade de trocar presentes de Natal.

Ao redor do Largo da Concórdia, no Brás, a segunda-feira parecia um dia normal de uma vida pré-covid. Apesar de um movimento menor do que o visto durante a semana do Natal, as ruas da região estavam bem movimentadas. "Não estou me sentindo segura, mas precisava vir para comprar algumas coisas e trocar uns presentes", disse a cabeleireira Edijane Gomes, de 46 anos. "Achava que após o Natal seria tranquilo, mas me enganei."

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A ilusão de que o pós-Natal seria de mais tranquilidade não enganou apenas Edijane. A dona de casa Deise Alves Souza, 34 anos, também apostou em um Brás vazio. "Cheguei cedo, no primeiro dia de abertura, pensei que não teria atropelo. Me enganei, troquei os presentes e já estou indo embora."

Amiga de Deise, Priscila Fernandes, de 29 anos, disse ter decidido enfrentar o Brás por um motivo inadiável. "Precisava comprar algumas coisas para o meu casamento. Eu caso esta semana e precisava vir aqui de qualquer jeito", revelou.

Assim como parte dos consumidores, lojistas também relaxaram nas medidas de proteção. Na região central, as lojas que gabaritam nos quesitos de controle de entrada dos clientes, medição de temperatura e oferta de álcool em gel (ao menos de forma visível) podem ser contadas nos dedos das mãos.

O mais comum é nenhum controle na entrada. Ter totens de álcool em gel é uma prática das lojas maiores (ou redes). Nas menores, eles não são encontrados ou estão quebrados. A medição de temperatura também é raridade. Mas o que chama mais a atenção são os "laçadores" - os profissionais que ficam nas portas das lojas anunciando ofertas e convencendo potenciais clientes a entrarem. Os "laçadores" continuam não usando máscara porque, segundo eles, elas atrapalham o trabalho.

De acordo com atendentes de lojas que preferiram não se identificar, o movimento observado ontem era esperado - e não diferiu do registrado no mesmo período em outros anos. Sobre os cuidados com a pandemia, a resposta mais comum citava o uso da máscara e muita oração.

25 de Março

Na região da 25 de Março, o cenário era parecido. O movimento nas lojas e ao redor dos ambulantes foi intenso. Rogério Silva, de 32 anos, deu "graças a Deus" pela retomada do movimento e dos negócios. "Rezo pela vacina, mas, enquanto ela não vem, preciso trabalhar." Para ele, a preocupação com a Covid já não é a mesma entre os ambulantes. "Quase não se vende mais álcool em gel ou máscara por aqui."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As prefeituras do litoral norte paulista decidiram nesta segunda-feira (28) permanecer na fase amarela do Plano São Paulo, liberando o comércio e as praias na virada do ano. O plano estadual de reabertura econômica prevê a volta de todo o Estado para a fase vermelha, a mais restritiva, a partir de 0h do dia 1.º, até 3 de janeiro. Conforme o governo paulista, a medida é necessária para conter a transmissão do vírus. A gestão João Doria (PSDB) notificou ontem 19 cidades que descumpriram a determinação de fechar lojas e restaurantes no feriado de Natal.

As decisões de não seguir a regra estadual foram anunciadas ontem pelas prefeituras de Ubatuba, São Sebastião, Ilhabela e Caraguatatuba. "Cada município decidiu de forma individual levando em conta a sua realidade. Nós temos números baixos de covid-19 e apenas 12% de ocupação de leitos de UTI", disse o prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB), correligionário do governador.

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A cidade já havia rejeitado as recomendações do governo estadual, permanecendo na fase amarela entre 25 e 27 de dezembro. Por causa do descumprimento, São Sebastião foi uma das 19 cidades paulistas notificadas pela Secretaria de Desenvolvimento Regional, com pedido de providências ao Ministério Público Estadual (MPE).

"Estamos aguardando a notificação e vamos responder. Neste momento não temos números (de casos) para fechar tudo, mas, se o quadro mudar, fechamos", afirmou Augusto. O Estadão não conseguiu contato com o MPE ontem à tarde.

Além de São Sebastião, Caraguatatuba e Ubatuba, foram notificadas Mogi das Cruzes e Cotia (Grande São Paulo), Bauru e Olímpia, Socorro e França (interior) e Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente (Baixada Santista).

O prefeito de Ubatuba, Délcio Sato (PSD), anunciou a permanência na fase amarela depois de se reunir com a prefeita eleita, Flávia Pascoal (PL). O comércio vai funcionar até as 23 horas. "Não há previsão de fechamento das praias, mas voltamos a lembrar que, como se trata de uma doença contagiosa, depende do bom senso das pessoas em colaborar para evitar sua disseminação, evitando aglomerações", disse o prefeito. A cidade tem 40% dos leitos de UTI ocupados. No sábado foi registrada a 47ª morte.

A prefeitura de Caraguatatuba informou que a comissão de retomada econômica entendeu ser ideal limitar o funcionamento do comércio apenas entre as 20 horas do dia 31 de dezembro às 12 horas do dia 1º. Nos demais dias, os estabelecimentos vão funcionar durante 12 horas diárias, até as 23 horas. Pelo plano estadual, só funcionariam serviços essenciais, como supermercados e farmácias.

As praias ficarão liberadas, mas os shows e a tradicional queima de fogos da virada continuam cancelados. "Nossas decisões, desde o início da pandemia, têm sido de cunho técnico e vamos manter dessa forma. Devemos tranquilizar a população de que não mediremos esforços para continuar mantendo o equilíbrio entre salvar vidas e fortalecer o comércio da cidade", informou a prefeitura.

Ação policial

No litoral sul, as prefeituras de Praia Grande e de Peruíbe também anunciaram a liberação das praias no réveillon, apesar de recomendação contrária do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb) e do governo estadual. Os municípios alegam não ter recursos para barrar a entrada dos turistas sem apoio da Polícia Militar. A partir da meia-noite do dia 31, a região deveria retornar para a fase vermelha.

A prefeitura de Peruíbe informou que suas praias são extensas e a formação de barreiras para impedir o acesso só seria possível com apoio da Polícia Militar, o que não teria sido garantido pelo governo estadual. O mesmo argumento foi usado pela prefeitura de Praia Grande. Conforme o município, novas medidas devem ser anunciadas nos próximos dias. A queima de fogos continua suspensa.

Em Santos, São Vicente e Guarujá, os acessos às praias serão bloqueados nos dias 31 e 1º. Conforme o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), a medida visa a evitar o turista do Réveillon que vai à praia na virada do ano. Em São Vicente, o estacionamento na orla também será proibido. As cidades também terão barreiras sanitárias nos principais acessos para evitar a entrada de vans e ônibus com turistas de um dia.

Governo estadual

O secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, disse que a prerrogativa de abrir ou fechar a orla é municipal, mas as regras em relação ao comércio devem ser cumpridas. "Estamos com 2,3 mil homens da segurança pública no litoral com contingente para apoiar as ações das prefeituras", disse, sobre as queixas de falta de apoio policial para as barreiras em Praia Grande e Peruíbe. A secretaria ainda informou que medidas de contenção foram baseadas "em critérios técnicos e de saúde", com aval do Centro de Contingência, comitê de especialistas do governo estadual.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O feriado de Natal foi de movimento nas cidades da Baixada Santista. Mesmo com as medidas de contenção adotadas pelas prefeituras, como barreiras sanitárias para orientação e aferição de temperatura em pessoas que chegavam ao litoral, muitos turistas e moradores ocuparam calçadões e restaurantes. Na Praia de Pitangueiras, em Guarujá, a faixa de areia foi tomada por guarda-sóis.

Segundo a prefeitura da cidade, houve orientação para que fossem evitadas aglomerações, com pelo menos 400 abordagens de fiscais na manhã desta sexta-feira, 25. "A equipe tem atuado principalmente junto a condomínios e ambulantes, que estão com limitações para a disponibilização de guarda-sóis e cadeiras", afirmou o diretor municipal de Operações Especiais e Fiscalização de Taxas, Ricardo Tobar.

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"O clima é pacífico e a previsão é de que se mantenha assim até o domingo, em razão do trabalho de conscientização feito pela prefeitura, com a divulgação de campanhas educativas e barreiras sanitárias nas principais entradas da cidade, além da intensificação das barreiras destinadas a coibir a entrada de ônibus e vans turísticos, que está vedada desde o início de dezembro. Isso tem ajudado a controlar a vinda do turista de um dia, por exemplo", explicou Tobar.

Em Santos, a circulação era maior nos calçadões, principalmente de esportistas praticando atividade física ou familiares caminhando pela orla da praia. O pouco movimento na praia atingiu diretamente os comerciantes, que lamentaram a situação.

"Fomos muito prejudicados devido ao governador ter colocado a região na fase vermelha. O movimento está muito baixo para todos os comerciantes devido a esta situação que estamos enfrentando", disse Roberto Dias, 47 anos, que trabalha com um carrinho de bebidas. O vendedor de milho, Essivaldo Silva, 55 anos, disse que mesmo com o mau tempo, a situação poderia ser outra. "Era para a praia estar lotada, como todo ano. Mesmo chovendo, costuma ter gente na praia, então é difícil".

Prefeitos contrariam governo estadual

Na terça-feira, 23, a gestão João Doria (PSDB) determinou que todo o Estado de São Paulo fique na fase vermelha, a mais restritiva, nos dias 25, 26 e 27 de dezembro e 1º, 2 e 3 de janeiro. O anúncio ocorreu após uma alta no número de casos e mortes por coronavírus em cidades paulistas. Nesse estágio, podem funcionar apenas serviços essenciais.

Contrariando o governo do Estado, o Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb) decidiu em reunião manter a região na fase amarela, sob justificativa da falta de tempo para as prefeituras adequarem equipes e estruturas ao cumprimento de regras mais rígidas. Com a resolução, lojas, bares e restaurantes foram liberados a abrir. Em contrapartida, as prefeituras se comprometeram a fechar o acesso às praias na virada do ano-novo.

"Essas medidas foram comunicadas sem que houvesse possibilidade de planejamento para a administração pública preparar a fiscalização. Precisamos de organização, o que seria impossível nesse tempo tão curto. Assim, a capacidade de fiscalização dos municípios fica comprometida", disse o prefeito de Santos e presidente do Condesb, Paulo Alexandre Barbosa, PSDB.

Em nota, o governo do Estado informou que os decretos e ações municipais precisam observar a classificação dada pelo Plano São Paulo, que se baseia no panorama da evolução da doença e capacidade hospitalar dos Departamentos Regionais de Saúde (DRS). O Plano SP estabelece regra comum para os 645 municípios paulistas, com base em critérios científicos e de saúde.

No texto, a gestão estadual reforçou que a fiscalização de estabelecimentos comerciais, assim como de praias e demais espaços turísticos municipais, é de responsabilidade das prefeituras. O governo também confirmou o apoio aos municípios da Baixada Santista para ações conjuntas sobre a importância do distanciamento social, uso obrigatório de máscaras e evitar aglomerações para conter o contágio do coronavírus.

Natal e ano novo são sinônimos de festa, reunião familiar com mesa farta, abraços e conversas longas madrugada adentro. Mas com a pandemia do novo coronavírus que atingiu o mundo inteiro, e ainda faz vítimas todos os dias, esse momento tradicional pode custar caro. Especialistas não recomendam reuniões nesse período, ao mesmo tempo em que sabem que muita gente não deixará essa tradição de lado. Por isso, saiba o que fazer para reduzir ao máximo os riscos de ir a uma celebração de fim de ano e sair de lá contaminado pela Covid-19.

Máscara, álcool e distanciamento

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Infectologistas ouvidos pela Agência Brasil foram taxativos: apenas um meio de proteção não é eficaz. Então, não adianta usar máscara e não higienizar as mãos com frequência. Tampouco resolve tomar essas providências mas sair abraçando, apertando mãos e se aglomerando em rodas de conversa.

“A pessoa deve tentar restringir o risco de infecção, saindo o menos possível. Manter a máscara e retirar apenas na hora de se alimentar. Todas as estratégias são falhas, mas a soma delas ajuda, diminui o risco”, afirma Joana D'arc Gonçalves, médica infectologista e professora de medicina do UniCeub, em Brasília.

Ela também ressalta a importância de manter distância das outras pessoas e não compartilhar objetos como copos e talheres. Joana D'arc vai além e recomenda que dias antes da festa de natal ou réveillon, caso seja possível, a pessoa faça o teste RT-PCR, que identifica a presença do vírus no organismo e confirma a Covid-19.

De acordo com os especialistas, a maioria das pessoas tem transmitido o vírus sem sequer apresentar sintomas. Por isso, estar assintomático no dia da festa não garante que a pessoa esteja sem o vírus no organismo.

Sem abraços na virada do ano

O próximo ano já chegará exigindo um esforço de todos. Quando o relógio marcar zero hora do dia 1º de janeiro de 2021, evite dar o tradicional abraço de feliz Ano Novo. “O contato próximo, de abraçar, beijar e apertar as mãos, deve ser evitado”, diz Marcus Antônio Cyrillo, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

“Porque a gente sabe que esse vírus se propaga por gotículas respiratórias, secreções. E abraçando outras pessoas, colocando a mão no rosto delas, ou mesmo no seu rosto, você tem a possibilidade de transmitir o vírus”, completa Cyrillo. “Este momento é sofrido, mas a gente não recomenda”, acrescenta Joana D'arc.

Ambientes abertos e arejados

A Organização Mundial da Saúde (OMS) não se posicionou em relação às festas de Natal e Ano Novo, apenas deu diretrizes para que os órgãos sanitários, como o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Brasil, orientem os governos locais sobre como a população deve se prevenir.

Em meio às recomendações e protocolos, não há meias-palavras: reuniões devem ser evitadas. “A OMS não recomenda aglomeração. E quando você fala em celebração, você fala em aglomeração. Aqui no Brasil a gente está relaxando demais e podemos ter consequências ruins”, afirma a infectologista.

Caso a reunião da família no fim do ano seja inevitável, os anfitriões devem promover ambiente o mais seguro possível para os convidados. A festa deve acontecer, se possível, ao ar livre. No quintal ou na varanda de casa, por exemplo. Nesses ambientes bem arejados, o vento tende a levar o vírus para longe. Outra possibilidade é um ambiente fechado, mas arejado, com portas e janelas abertas.

“Em lugares fechados existem condições de umidade, temperatura, de matéria orgânica onde o vírus pode se depositar. Ao ar livre essas condições são menos propícias para o vírus se multiplicar ou ser transmitido para alguém. Mas se você estiver em um ambiente fechado, mas arejado, com portas e janelas abertas, a chance diminui”, explica Cyrillo.

Para Joana D'arc e Cyrillo, o número de convidados não é tão importante quanto as medidas de segurança. Ou seja, é mais seguro estar em uma festa com muita gente, mas todas se prevenindo em um espaço adequado, do que em uma festa com dez pessoas, sem máscara, sem ventilação e sem cuidados prévios.

Embora pareça uma obviedade, não custa reforçar: se você tem sintomas do novo coronavírus, como tosse, dor de cabeça, nariz  escorrendo, dor de garganta, febre, diarreia, seu lugar é longe das festas. O mesmo vale para pessoas do grupo de risco. Idosos, diabéticos, obesos ou portadores de doença imunossupressora.

A Baixada Santista fechará o acesso a praias nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro, virada do ano-novo, como forma de evitar aumento de turistas e aglomerações durante a pandemia. A decisão foi tomada em reunião nesta quarta-feira, 23, entre os prefeitos de Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente.

A ação ocorre um dia depois de o governo João Doria (PSDB) determinar que todo o Estado de SP fique na fase vermelha no Natal (dias 25, 26 e 27 de dezembro) e ano-novo (1º, 2 e 3 de janeiro). A área de Presidente Prudente, no interior, entrou nesse estágio de controle do novo coronavírus ontem e deve permanecer até 7 de janeiro.

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"A fase do réveillon é a mais crítica com a maior número de turistas. Vamos ter as barreiras sanitárias e os bloqueios sob a responsabilidade do Estado. A população precisa estar consciente. Nós tivemos um ano diferente e portanto temos que ter um fim de ano diferente, principalmente em respeito às vidas que foram perdidas", explicou o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).

Para conter o aumento de número de turistas na Baixada Santista neste período, o Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb) irá solicitar à Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) para se posicionar e solicitar à Ecovias a suspensão da inversão de pistas, Operação Descida, nas rodovias Anchieta/Imigrantes neste período.

A prefeitura de Santos vai realizar barreira sanitária nos pontos de acesso à cidade para impedir a entrada de vans, ônibus e micro-ônibus de turismo que não tenham autorização prévia da Secretaria de Turismo, nos dias 24 e 31, das 10h às 18h. O acesso dos demais veículos é liberado normalmente.

Nas praias, está sendo verificado o cumprimento das regras de distanciamento social e de uso de máscaras. Em estabelecimentos comercias, além do distanciamento e do uso de máscaras, é exigido o controle de temperatura na entrada do local.

Com a chegada das festas de final de ano, a prefeitura de Belém tem reforçado as medidas de proteção junto à população, empresários, órgãos públicos e demais instituições neste período em que há uma tendência a aglomerações para as comemorações de Natal e Ano-Novo.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), em todo o Pará já são 287.535 os casos de covid-19, com 7.069 mortes. O detalhamento está disponível aqui.

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A prefeitura de Belém publicou no Diário Oficial do Município (DOM) alterações no decreto que dispõe sobre as medidas de distanciamento social controlado, de acordo com parecer da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). 

Entre as recomendações estão o horário especial de funcionamento de centros comerciais no período do dia 15 até 30 de dezembro. Para os shoppings centers fica autorizado o funcionamento das 10h às 23 horas. Nos dias 24 e 31 poderão funcionar até às 18 horas.

Já o comércio em geral poderá funcionar no período do dia 15 até 30 de dezembro, das 8h às 22h. No dia 24 de dezembro, os estabelecimentos poderão funcionar das 8h às 18h, e no dia 31 até às 18h. Os estabelecimentos comerciais deverão divulgar amplamente informações sobre a possibilidade de realizar compras antecipadas por meio de canais não presenciais.

O decreto estabelece que a partir das 18 horas do dia 24, até 11 horas do dia 25, e 18 horas do dia 31 até às 11 horas do dia 01 de janeiro, ficam proibidas as atividades de bares, restaurantes, lanchonetes, barracas, casas noturnas, boates e similares, assim como a realização das festas de Natal, réveillon e confraternizações de qualquer natureza em clubes, condomínios, espaços públicos, hotéis, além de shows musicais e pirotécnicos, em ambientes abertos ou fechados, com ou sem cobrança de ingresso. Também fica proibido o consumo de alimentos e bebidas em estabelecimentos comerciais autorizados a funcionar ininterruptamente, como conveniências e supermercados.

Todas as medidas estão embasadas nos dados epidemiológicos, que apontam a evolução da doença na capital e estão disponíveis no portal da Covid-19, aqui.

Com informações da Agência Belém e Sespa.

O governo estuda colocar todo o Estado na fase vermelha do Plano São Paulo nos dias 25, 26 e 27 de dezembro e nos dias 1, 2 e 3 de janeiro para tentar conter o avanço de casos de covid-19, destaca o Estadão. A decisão final será tomada em uma reunião do Centro de Contingência com o secretários, na manhã desta terça-feira (22), no Palácio dos Bandeirantes. Com a medida, somente comércios essenciais (como padarias, mercados e farmácias) poderão funcionar nesses dias entre o Natal e o réveillon. Bares e restaurantes, por exemplo, não poderão abrir as portas.

Já está definido, e será anunciado hoje, que a região de Presidente Prudente retornará amanhã para a fase vermelha, a mais restritiva, por causa do avanço nos casos e da falta de leitos de UTI. Só ontem houve a confirmação de mais nove casos na cidade de Presidente Prudente - há ainda 73 pessoas hospitalizadas e um total de 182 mortes. Também será anunciado que durante o mês de janeiro haverá uma "trava" que impedirá que as regiões passem para a fase verde, que é mais branda nas medidas de isolamento. Além disso, o governo estadual destaca que os prefeitos poderão ser mais restritivos, com base na situação local e seguindo decisões do Supremo Tribunal Federal.

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A decisão demonstra a preocupação da área da Saúde com o avanço de registros. Entre março e junho, as restrições estaduais só aumentaram, até que houve o início de uma flexibilização. Em 21 de agosto, o Estado comemorou o fato de não ter nenhuma área no vermelho nos 645 municípios paulistas. Mas a partir de setembro houve nova mudança no quadro. Nos bastidores, a ala mais política se mostra, desde o mês passado, receosa quanto a ampliar restrições. Já a área da Saúde e o Centro de Contingência defendem retomar vetos, para tentar mudar a curva de óbitos e registros, que é ascendente.

O Estado de São Paulo registrou até ontem 45.136 óbitos e 1.388.043 casos do novo coronavírus - com 1.222.776 pessoas recuperadas. Oficialmente, as taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 66,9% na Grande São Paulo e de 61,8% no Estado. O número de pacientes internados é de 10.856, sendo 6.146 em enfermaria e 4.710 em unidades de terapia intensiva. Já no País, foram relatadas mais 549 mortes, chegando ao total de 187.322 óbitos na pandemia, conforme dados do consórcio da imprensa. A média móvel de mortes é de 769, igualando 18 de setembro.

Litoral

Também devem ser anunciadas hoje medidas de apoio a prefeitura litorâneas. Como o Estadão mostrou no sábado, os municípios solicitaram ao governo estadual ajuda logística para impedir aglomerações e desencorajar turistas a fazer o "bate e volta" na virada. "A proposta das prefeituras é criar barreiras sanitárias nos acessos às cidades e o fechamento da orla dia 31", afirmou Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional do governo paulista. É prevista a medição de temperatura dos visitantes na entrada da cidade, mas não a exigência de comprovante de imóvel na região ou teste de covid com resultado negativo.

Cidades como Guarujá e Santos costumam receber centenas de milhares de turistas nesta época. Segundo Vinholi, a prerrogativa de organizar as barreiras será das prefeituras, com apoio do Estado. Elas é quem devem medir eventuais reflexos no trânsito, que costuma ficar congestionado na região durante feriados. Os prefeitos do litoral norte, por sua vez, pediram ajuda ao governador para reforçar o atendimento no Hospital Geral de Caraguatatuba, que é referência na região. Em Ilhabela, foi montado hospital de campanha para receber pacientes sem covid e liberar leitos hospitalares.

Nesta segunda-feira, a Secretaria da Segurança Pública lançou a Operação Verão + Seguro 2020/2021, que contará com o reforço de 2.938 policiais militares em 16 municípios do litoral sul e norte. "Além de proteger as pessoas pelo aumento da ação de presença policial e das ações de resgate e salvamento, típicas de bombeiros, como faz todos os anos, a Polícia Militar continuará sua ação eminentemente humanitária, orientando as pessoas em relação às medidas de prevenção ao coronavírus", afirmou oficialmente o coronel Fernando Alencar Medeiros, comandante-geral da Polícia Militar.

Coronavac

O governador João Doria confirmou ontem que o Estado de São Paulo vai receber 5,5 milhões de doses da vacina Coronavac nesta quinta-feira, véspera de Natal. De acordo com o governo, será o maior carregamento de vacinas já recebido pela América Latina.

Novos lotes já estão agendados, informou o governador. Serão 400 mil doses no dia 28 e mais 1,6 milhão no dia 30. Considerando os 3,1 milhões já armazenados no Instituto Butantan, Doria esperar somar 10,8 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus até o dia 30 de dezembro.

O governador não participa hoje do anúncio das novas restrições, no Instituto Butantan, que ficará a cargo dos responsáveis pela Saúde, mas deverá anunciar amanhã, em coletiva, os dados sobre a eficácia da Coronavac, vacina chinesa feita em parceria com o Instituto Butantan. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mesmo com avanço de novos casos de Covid-19, áreas de comércio popular em São Paulo registram aglomerações às vésperas do Natal. Por ruas e calçadas, pessoas circulam sem máscara e desrespeitam medidas de distanciamento. Apesar da alta circulação nas vias, lojistas da 25 de Março e do Brás (na área central) afirmam que as vendas ainda estão abaixo da expectativa e cobram fiscalização contra ambulantes.

Com a cidade em fase amarela no plano de combate ao coronavírus, a gestão Bruno Covas (PSDB) diz autuar locais que excedem o horário permitido ou descumprem medidas de segurança. Segundo a Prefeitura, só no último fim de semana, sete estabelecimentos foram interditados na cidade: dois deles na Sé, no centro, quatro em Pinheiros, na zona oeste, e o último em Santo Amaro, na zona sul.

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Na região da 25 de Março, no entanto, parece que não existe mais pandemia. Desde a Ladeira Porto Real, centenas de pessoas tomavam a via e passeios nesta segunda-feira, 21, carregando sacolas plásticas ou caixas de papelão com lembrancinhas para a família. Sem guardar a devida distância, vários andam com máscara no queixo. Quando não, no bolso.

Os ambulantes são muitos e colocam seus produtos sobre o asfalto, às vistas de clientes e da Polícia Militar que também circula pelo local. Para gritar melhor, e assim tentar atrair mais compradores, alguns preferem abrir mão das recomendações médicas e manter boca e nariz descobertos.

Quando os vendedores informais tentam armar uma banqueta, os PMs interferem. À tarde, a reportagem flagrou abordagem que impediu um grupo de improvisar uma mesa expositora com papelão.

Há mais gente nas ruas do que nas lojas. Diante do cenário, comerciantes em situação regular culpam os informais por aglomerações e descuidos sanitários. "Só tem camelô nesta porcaria, são os únicos que ganham dinheiro", reclama um lojista.

Gerente da loja Puppets, Valter Vidal afirma ter se preparado para atender até 500 pessoas por dia, mesmo com a alta transmissão do vírus na cidade. "Seguimos todos os protocolos, com álcool em gel e aferição de temperatura na porta", diz. As vendas no comércio, contudo, ficaram aquém do esperado. "A gente até conta o número de pessoas no dedo antes de deixar entrar, mas a verdade é que, com esse movimento, nem precisava", afirma Vidal. "Fazemos uns 200 atendimentos por dia, mais ou menos."

Há bloqueio para veículos entre a Rua Carlos de Souza Nazaré e a Ladeira Porto Geral e o trânsito é monitorado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Também foram feitas restrições de acessos em transversais (Ruas Afonso Kherlakian, Lucrécia Leme e Ladeira da Constituição), além da Porto Geral com a Rua Boa Vista.

Espremidos

Conhecida pelo comércio popular, a região do Brás também têm convivido com cenas de aglomeração nos dias que antecedem as festividades de fim de ano. Nesta tarde de segunda, a sensação era de que havia ainda mais gente do que na 25 de Março.

Conselheiro executivo da Associação de Lojistas do Brás (Alobrás), Lauro Pimenta diz que a grande quantidade de pessoas nas ruas não tem refletido na venda dos comércios. "Com o empobrecimento das pessoas, este Natal virou de presentinho, de lembrancinha, e não de grandes compras para a família toda", afirma. "Certamente, o faturamento vai ficar abaixo do ano passado. A gente estima uma perda de 10 a 15%."

Na visão de Pimenta, a maioria das lojas tem seguido os protocolos, mas o mesmo não acontece da porta para fora. "Muitos lojistas só permitem entrar de máscara, distribuem álcool em gel, põem fita na porta para evitar aglomeração", diz. "Na rua é que não dá para transitar direito. Há excesso de ambulantes, embora a gente saiba que muitos migraram para informalidade por causa da crise. O que a gente não entende é por que a Prefeitura não cria uma alternativa: dá diretriz a esses comerciantes e garante acessibilidade das pessoas."

Em nota, a gestão Covas afirma que, de janeiro a novembro, foram realizadas mais de 138 mil apreensões nas Subprefeituras Sé e Mooca, responsáveis pela 25 de Março e Brás, respectivamente. "Desde o início da quarentena, 1.311 estabelecimentos foram interditados por descumprirem as regras vigentes, destes, 885 são bares, restaurantes, lanchonetes e cafeterias."

Também diz que, desde o dia 1º de julho, equipes de vigilância em saúde orientam moradores e comércios sobre o correto uso de máscaras e medidas preventivas contra a doença. Segundo a administração municipal, a ação foi feita com mais de 13,8 mil cidadãos e 7,4 mil estabelecimentos em "grandes centros comerciais". "A Prefeitura tem optado por ações educativas,(...) não fazendo desta uma ação punitiva, com multas."

"Os protocolos de reabertura gradual da economia foram firmados em comum acordo com entidades representativas dos setores, que se comprometeram a cumprir as regras e auxiliar na fiscalização por meio de autotutela", diz a nota. "A Prefeitura de São Paulo reforça que a cidade continua em quarentena e todos os protocolos de biossegurança precisam ser respeitados para garantir a saúde e proteção da população."

Alison é, em geral, otimista, mas confessa que chorou quando seu voo de retorno para o Reino Unido por ocasião das festas de fim de ano foi cancelado, com apenas alguns dias de antecedência.

"Achava que seria um descanso merecido e também sinto um pouco de saudade", disse à AFP esta britânica de 30 anos que trabalha como babá em Roma.

Ela é uma das muitas pessoas que se viram entregues à própria sorte, no momento em que países ao redor do mundo suspendem as viagens para o Reino Unido depois que uma nova cepa da covid-19 foi descoberta no território e está se espalhando de forma incontrolável.

Alison reservou sua passagem de avião, mesmo sabendo que seria obrigada a ficar dez dias em isolamento ao chegar ao apesar de saber que seria forçada a se isolar por 10 dias ao chegar ao Reino Unido e se submeter a um teste antes de voltar para Roma.

"Ainda assim, valia a pena ver minha família por alguns dias. Meus pais são idosos e têm problemas de saúde que me preocupam", completou.

Ela não teve escolha a não ser se resignar a permanecer na Itália, reconhecendo que sua situação poderia ser ainda pior.

"Meus empregadores foram muito legais, mas para eles também vai ser incômodo ter um convidado inesperado no que deveria ser uma reunião familiar íntima" para o Natal, acrescenta Alison.

No sábado, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou novas restrições, por causa da rápida propagação da nova cepa da covid-19, uma medida que rapidamente desencadeou uma onda de proibições de viagens.

Cenas caóticas foram registradas em aeroportos alemães, com passageiros dos últimos voos do Reino Unido detidos por longas horas enquanto eram testados para o coronavírus.

Vários outros países europeus seguiram o exemplo, bem como Hong Kong, Índia, Israel e Turquia.

Julian Elliott, um fotógrafo britânico especializado em viagens, que mora na França, irritou-se por ficar bloqueado depois de viajar para o Reino Unido para o enterro de sua avó.

"Isso é algo simplesmente ridículo", disse ele à AFP, falando da casa de seu pai, em Salisbury (sudoeste da Inglaterra).

"É uma reação extrema. Por que eles não testam as pessoas no aeroporto? Existem muitas maneiras melhores de lidar com isso", acrescenta Julian.

A tradicional festa de réveillon na capital paulista, que reúne todos os anos cerca de 1 milhão de pessoas na avenida Paulista, está cancelada nesta virada de ano, de 2020 para 2021. A decisão do prefeito Bruno Covas, anunciada em julho, tem o objetivo de evitar a aglomeração de pessoas e a propagação da covid-19.

Como a realização da virada de ano na Avenida Paulista requer uma organização de, pelo menos, três meses, o cancelamento ocorreu com essa antecedência. Na ocasião, Covas declarou: “não tem como a gente solicitar que as pessoas evitem aglomeração e a Prefeitura colocar recursos em um evento que junta um milhão de pessoas”.

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Não foi apenas a versão presencial que foi cancelada no município. A festa da virada virtual que estava planejada também foi integralmente cancelada. Segundo informa o governo em nota, “com esta medida, a cidade de São Paulo espera enfatizar a importância de manter o distanciamento social e as medidas de prevenção à COVID-19 durante as festas de fim de ano.”

Segundo a prefeitura, a fiscalização na virada será a mesma que está sendo realizada nos demais dias do ano. Bares e restaurantes poderão funcionar de acordo com as restrições impostas na ocasião. Atualmente, todo o estado está na Fase Amarela do Plano São Paulo, em que os estabelecimentos funcionam com capacidade limitada a 40% da ocupação para todos os setores, com funcionamento limitado a dez horas por dia e até as 22h.

Nessa fase, também ficam proibidos eventos com público em pé. Espaços culturais nos quais o público fique sentado com distanciamento social e controle de fluxo continuam funcionando. A nova reclassificação do Plano São Paulo será anunciada no dia 4 de janeiro.

Salvador

O Festival Virada Salvador, que seria transmitido online e sem público, também acabou cancelado. A prefeitura informou que vai fechar o calçadão e praia da Barra, local que costuma reunir milhares de pessoas na virada do ano. A queima de fogos em diversos pontos da cidade, em locais que não serão divulgados por questões de segurança sanitária, estão mantidos.

Além disso, na data, o município informou que vai aumentar a fiscalização do cumprimento dos decretos municipais em espaços privados e o governo do estado já proibiu a realização de qualquer tipo de festa. A prefeitura pede que as pessoas comemorem a virada do ano em casa, com seus familiares, respeitando as medidas sanitárias em vigor na cidade.

“As coisas pioraram muito nos últimos 15 dias e, diante desse aumento expressivo, a entrada de 2021 não será de celebração, mas sim de preocupação. Essa é uma medida necessária para que todos fiquem atentos para o risco que estamos correndo de a segunda onda ser pior que a primeira. Por isso, sacrificar um projeto que a própria prefeitura desenvolveu, de realizar a live da Virada Salvador mesmo com todos os protocolos sanitários e de segurança, é um recado de que nada poderá atrapalhar as medidas de proteção à vida”, declarou o prefeito ACM Neto. 

A abertura dos bares, restaurantes e lanchonetes está permitida atualmente das 12h até as 0h, com limite de oito pessoas por mesa, segundo informou a prefeitura. Cinemas, teatros e demais casas de espetáculo, assim como das atividades sociais como festas, bares e lanchonetes nos clubes sociais, recreativos e esportivos, estão com as atividades suspensas até uma nova revisão das condições sanitárias locais.

Florianópolis

A queima de fogos em comemoração à virada do ano em Florianópolis foi cancelada em outubro. Em relação a medidas específicas para evitar aglomerações durante o réveillon na cidade, prefeitura informou que elas estão sendo discutidas e dentro dos próximos dias a administração municipal irá divulgá-las.

A capital catarinense, tradicionalmente, faz a queima de fogos na virada do ano em balsas na Beira-Mar Norte e também nas imediações da Ponte Hercílio Luz, que liga Florianópolis ao continente. Os fogos podem ser visto de várias praias da ilha. As principais pontos são na Avenida Beira-Mar Norte, onde costumam ocorrer shows musicais de artistas e na Beira-Mar Continental, que também tem shows.

Distrito Federal

A tradicional festa de réveillon com queima de fogos na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, também foi cancelada, juntamente com o Carnaval. O decreto, publicado no Diário Oficial do DF em 18 de novembro, não impede, entretanto, atividades coletivas realizadas em estacionamentos, “desde que as pessoas permaneçam dentro de seus veículos, devendo ser observada a distância mínima de dois metros entre cada veículo estacionado.”

Para o comércio, as medidas que permitem a abertura em horários especiais continuam vigorando. Os shopping centers da cidade continuarão recebendo clientes, e podem extender o funcionamento de acordo com os alvarás.

Atividades audiovisuais ao ar livre, como o Cine Drive-In, também permanecem disponíveis durante o final de ano, respeitadas as regras sanitárias e de distanciamento.

Rio de Janeiro

O réveillon da praia de Copacabana, que costuma reunir mais de 2 milhões de pessoas, também foi cancelado pela Prefeitura do Rio de Janeiro. O poder municipal já havia anunciado que o modelo da festa neste ano seria diferente: sem queima de fogos e com palcos cercados para evitar a aglomeração de público. A ideia era que os espetáculos fossem acompanhados pela internet ou televisão, mas, mesmo assim, a prefeitura anunciou nesta semana o cancelamento da programação devido ao cenário epidemiológico da cidade.

A prefeitura também anunciou que estão proibidas festas, shows ou venda de ingressos para cercadinhos em quiosques da orla do Rio de Janeiro. O cancelamento da festas também se deu em razão da prevenção à covid-19.  

O governo do Estado do Rio de Janeiro determinou no início do mês que o Corpo de Bombeiros atue na fiscalização do cumprimento das medidas de prevenção à covid-19 no estado. A corporação também é responsável por aprovar a realização de eventos.

"Os estabelecimentos/produtores devem seguir o que prevê o decreto 47.345 de 5 de novembro, que determina lotação máxima de 50% da capacidade total. Eventos privados em imóveis residenciais ficam isentos de autorização, desde que mantida a destinação residencial privativa e atendidas as medidas de segurança", informa o Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro.

Recife

Em Pernambuco, festas e shows estão proibidos desde o dia 8 de dezembro. A medida se deu após análise do momento epidemiológico por parte do Gabinete de Enfrentamento à Covid-19, e inclui as comemorações de Natal e réveillon.

A proibição vale para espaços públicos ou privados, como condomínios, clubes, hotéis e estabelecimentos afins, com ou sem cobrança de ingresso,  independente do número de participantes. As únicas exceções são casamentos, formaturas e eventos sociais semelhantes.

A Prefeitura do Recife não realizará a queima de fogos da Praia de Boa Viagem e planeja um show de luzes, que serão projetadas de cima de prédios localizados em pontos estratégicos da cidade, para garantir visibilidade ao maior número possível de pessoas, da janela e da varanda de casa. Simultaneamente, a Frei Caneca FM vai tocar a trilha sonora da festa, que será executada na frequência 101.5 FM, à meia-noite.

Fortaleza

No caso do Ceará, as medidas restritivas para a prevenção da covid-19 vem sendo analisadas semanalmente em uma reunião conjunta que congrega governo do estado, Prefeitura de Fortaleza e órgãos de outros poderes. Na semana passada, o governo fez um decreto específico para o período de 15 de dezembro a 4 de janeiro, em que proíbe a realização de celebrações públicas de ano novo, autorizando apenas que as cidades façam transmissões ao vivo sem a presença de público.

No decreto, também consta a proibição de eventos sociais e corporativos em espaços públicos ou privados, ainda que abertos. Áreas comuns de condomínios também não podem receber eventos, e festas residenciais ficam limitadas a 15 pessoas, incluindo os moradores.

Em entrevista concedida à Rádio Jangadeiro Band News no último dia 14, o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, afirmou que a réveillon na Praia de Iracema é inviável e disse que a prefeitura planeja gravar um programa especial com performance de artistas cearenses para transmitir na TV.

Encerrando um ano de grandes desafios para a humanidade, o Ciclo Natalino preparado pela Prefeitura do Recife começa neste sábado (19), semeando cores e luzes, música e tradições culturais populares pela cidade e pela internet, para convidar a população a gestar e celebrar um novo tempo que se anuncia. A programação, realizada pela Secretaria de Cultura, pela Fundação de Cultura Cidade do Recife, e pela Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, contará com 23 apresentações virtuais e volantes só neste fim de semana.

No sábado (19), seis pastoris abrem alas para as celebrações, apresentando-se no Teatro do Parque, de onde serão transmitidos dois dias de lives natalinas para um público exclusivamente virtual. Outros quatro pastoris ganharão as ruas nas Freviocas, que vão virar Nataliocas para distribuir a alegria natalina em todas as regiões da cidade. No aeroporto, mais dois pastoris receberão os visitantes que desembarcarem no Recife, confirmando a cidade como terceiro destino mais procurado do país para as festas de fim de ano, segundo levantamento da MaxMilhas, plataforma de venda de passagens aéreas.

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No domingo (20), 11 pastoris ganharão a internet e as ruas da cidade, desfilando a alegria azul e encarnada da cultura popular nordestina.Também no domingo, a decoração natalina preparada pela Prefeitura do Recife encherá a Avenida Rio Branco e o Cais da Alfândega de luzes e cores para receber 2021.

O Ciclo Natalino se estende até a Queima da Lapinha, no próximo dia 6 de janeiro, desdobrando-se em celebrações que irão aglomerar somente bons presságios para 2021.

NATAL NO PARQUE

Para celebrar o Natal com a força das tradições culturais populares do Nordeste, o Teatro do Parque recebe 11 pastoris nos próximos dias 19 e 20, com transmissão pela internet. Com início às 16h, a programação será transmitida no canal do Youtube da Prefeitura do Recife (youtube.com/prefrecife). Os internautas também poderão acompanhar as apresentações pelo Facebook da Prefeitura ou pelo Portal do Turismo (visit.recife.br).

Lives Teatro do Parque 

Dia 19

A partir das 17h

Bandinha Natalina Som Brasil

Guerreiros do Deveras

Pastoril Estrela Brilhante

Guerreiro do Balé Popular do Recife

Boi Bumbá - Matulão de Dança

Encontro dos Velhos

Dia 20

A partir das 17h

Banda 90 Graus

Pastoril Jardim da Alegria

Guerreiros do Sol Nascente

Pastoril Giselly Andrade

Bandinha Natalina Veneno

RECEPTIVO

Tradição festiva que virou um dos mais concorridos cartões postais da cidade nos últimos anos, o Réveillon se confirma forte atrativo mesmo em tempos tão difíceis. De acordo com dados da Unidade de Estudos e Pesquisas da Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco e da Empetur, o turismo no Estado se mantém em crescimento. Para a chegada de 2021, a taxa de ocupação geral do Estado hoje gira em torno de 80,6%, com a permanência média também de três dias.

Para receber os turistas que desembarcam no Aeroporto Internacional do Recife, a Seturel fará receptivo com pastoris, anunciando os festejos do Ciclo Natalino, entre os dias 19 e 23 de dezembro, das 14h às 18h.

Receptivo aeroporto 

Dia 19

14h às 16h - Pastoril Luz do Amanhecer

16h às 18h - Pastoril Giselly Andrade 

Dia 20

14h às 16h - Pastoril Guerreiros do Deveras

16h às 18h - Pastoril Guerreiro do Balé Popular do Recife

Dia 21

14h às 16h - Pastoril Lindas Ciganas

16h às 18h - Pastoril Boi Bumbá - Matulão de Dança 

Dia 22

14h às 16h - Pastoril Estrela Guia do Cabo

16h às 18h - Pastoril Guerreiros do Sol Nascente 

Dia 23

14h às 16h - Pastoril UR3 Ibura

16h às 18h - Pastoril Jardim da Alegria

NATALIOCAS

Também nos dias 19, 20 e no feriado natalino de 25 de dezembro, as tradicionais Freviocas ganham as ruas de todas as Regiões Político Administrativas (RPAs) da cidade, sob a alcunha festiva de Nataliocas, para semear alegria e celebrar as tradições da cultura popular referentes ao período, com a apresentação de 12 pastoris.

Nataliocas

Dia 19

Natalioca 1

16h às 18h - Pastoril Tia Mariza

18h às 20h - Pastoril Estrela de Belém

Natalioca 2

16h às 18h - Pastoril UR3 Ibura

18h às 20h - Pastoril Estrela do Mar

Dia 20

Natalioca 1

16h às 18h - Pastoril Tia Nininha

18h às 20h - Pastoril Viver a Vida - 3ª idade 

Natalioca 2

16h às 18h - Pastoril Angel de Brasília Teimosa

18h às 20h - Pastoril Estrela Guia do Cabo

Dia 25

Natalioca 1

16h às 18h - Pastoril Achyles

18h às 20h - Pastoril Vovó Alzira

Natalioca 2

16h às 18h - Pastoril Sonho de uma Adolescente

18h às 20h - Pastoril Campinas Alegres

RÉVEILLON

A chegada de 2021 será celebrada com generosas doses de esperança e criatividade. Em vez dos tradicionais espetáculos de música e fogos de artifício na orla de Boa Viagem e em outros pontos da cidade, a festa vai ter que ser dentro de casa, para evitar a disseminação do vírus. Mas a Prefeitura do Recife não vai deixar de fazer brilhar os olhos dos recifenses, tão ansiosos para testemunhar tempos de saúde e alegria, beleza e leveza.

No lugar dos tradicionais fogos de artifício, o céu ganhará um show de luzes, que serão projetadas de cima de prédios localizados em pontos estratégicos da cidade para garantir visibilidade ao maior número possível de pessoas, da janela e da varanda de casa. Até a música está garantida. Para embalar o espetáculo luminoso, a Frei Caneca FM preparou uma trilha sonora, que será executada na frequência 101.5 FM à meia-noite.

*Via assessoria de imprensa

A uma semana do Natal, em meio ao novo aumento de casos de Covid-19 e ao registro, em dois dias consecutivos, de mais de 900 mortes pela doença em todo o País, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lança uma cartilha com orientações para as festividades de fim de ano. Segundo o documento, a maneira mais segura de celebrar o Natal e o réveillon é ficando em casa com os familiares que já moram juntos, mas caso decidam comemorar com outras pessoas, algumas medidas podem ser tomadas para evitar a contaminação.

A cartilha, que traz orientações para convidados e anfitriões, também reforça que nenhuma ação é capaz de impedir totalmente a transmissão do novo coronavírus. Entre as principais recomendações estão evitar apertos de mão e abraços, usar a máscara quando não estiver comendo ou bebendo - e levar uma extra caso seja necessário trocar -, e lavar as mãos com frequência.

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A Fiocruz tem divulgado cards informativos nas redes sociais para facilitar o compartilhamento das recomendações entre familiares e amigos. Confira:

Quem não deve participar de comemorações

A Fiocruz recomenda que pessoas que façam parte de um desses grupos mantenham o isolamento domiciliar, não façam visitas ou frequentem eventos.

- Pessoas com sintomas relacionados à Covid-19 ou que ainda estão no período de 14 dias desde os primeiros sintomas;

- Quem está aguardando resultado de teste molecular para a covid-19;

- Pessoas que tiveram contato com alguém que teve a doença nos últimos 14 dias;

- Quem faz parte ou mora com alguém do grupo de risco para a doença: portadores de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, asma, imunodepressão provocada pelo tratamento de doenças autoimunes, como lúpus ou câncer; pessoas acima de 60 anos de idade, fumantes, gestantes, mulheres em resguardo e crianças menores de 5 anos

Ambiente

Para quem vai receber familiares e amigos em casa, a recomendação é fazer pequenas adaptações ao ambiente. É indicado também levar em consideração o tamanho do espaço disponível na hora de montar a lista de convidados, para que seja possível manter a distância de dois metros entre eles.

- Evite música alta: quanto maior o esforço para falar alto ou gritar para ser ouvido, maior a chance de liberar partículas do vírus no ar;

- Escolha ambientes abertos ou bem ventilados; evite ar condicionado;

- Oriente os convidados a não se sentarem todos juntos. Organize espaços separados para pessoas que moram juntas;

- Disponibilize álcool gel nos ambientes;

- Não deixe que os convidados formem filas para serem servidos;

- Tenha sabão e papel para secagem de mãos disponíveis no banheiro. Evite o uso de toalhas de pano;

Alimentos

Tradicionalmente, a ceia de Natal é posta em uma mesa para que cada um dos convidados se sirva. Neste ano, a recomendação é apostar em pratos individuais para evitar que várias pessoas toquem nos mesmos objetos.

- Use máscara durante o preparo da comida;

- Se possível, peça aos convidados para levar sua própria comida e bebida;

- Caso ofereça bebidas, escolha embalagens individuais (latas ou garrafas);

- Ofereça condimentos e temperos embalados individualmente, sempre que possível;

- Evite o compartilhamento de utensílios para servir a comida. Pratos e bebidas em recipientes não individuais devem ser servidos por uma única pessoa.

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio da Promotoria de Justiça de Icoaraci, recomendou à Prefeitura de Belém e ao Governo do Estado o cancelamento da festa de réveillon realizada na orla de Icoaraci e fiscalização de praias, igarapés e outros locais turísticos nos distritos e ilhas de Belém que possam gerar aglomeração durante as festas de fim de ano. Os gestores deverão responder ao MPPA sobre as medidas tomadas.

Segundo a Secretaria de Esyado de Saúde (Sespa), o Pará já tem 281.667 casos de covid-19, com 7.013 mortes. O detalhamento está disponível aqui.

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A recomendação do MPPA foi expedida por Síntia Nonata Neves de Quintanilha Bibas Maradei, titular da 5ª Promotoria de Justiça Cível de Icoaraci. A promotora explica que, desde outubro, a cidade apresenta aumento expressivo na quantidade de pessoas infectadas e na procura por atendimento médico. Ela pontua ainda que as festas de fim de ano podem elevar ainda mais a quantidade de pessoas infectadas. 

A Promotoria requer também que seja dada ampla divulgação ao cancelamento de eventos públicos que possam gerar aglomeração. Além disso, os gestores devem informar a população e donos de bares, restaurantes, casas de show e similares sobre a rígida fiscalização que será realizada, bem como para que cumpram os protocolos sanitários e horários de funcionamento determinados pelo poder público.

"O MPPA recomenda o cumprimento do Decreto Municipal nº 97653, de 29 de outubro de 2020, durante as festas de final de ano nas praias, igarapés, balneários, trapiches e locais com atividades turísticas, bem como em todo o Distritos de Icoaraci, Outeiro e Ilhas, com o objetivo de coibir a transmissão e contaminação pelo novo coronavírus", enfatizou a promotora Síntia Maradei.

Do site do MPPA.

Os Estados Unidos têm batido recordes de infecções e mortes pela Covid-19, semanas após o feriado de Ação de Graças, em que milhões de americanos se deslocaram pelo País e fizeram encontros familiares. De 3 a 10 de dezembro, foram registrados um total de 1,4 milhão de novos casos e 15.966 óbitos. Especialistas alertam para o risco de o Brasil, que já assiste a uma nova piora da pandemia, repetir esse cenário de explosão de doentes após as festas de Natal e ano-novo.

O número médio de mortes por dia nesta semana ficou acima de 2 mil, ultrapassando a maior média que havia sido notificada. Mais de 109 mil pessoas estão atualmente hospitalizadas com Covid-19 nos EUA. As hospitalizações pela Covid nos EUA também registram recorde nacional na sexta-feira, 11, pelo quarto dia consecutivo, chegando a 68.516, conforme o Covid Tracking Project. O número mais que dobrou em cinco semanas.

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Segundo relatório de mobilidade do Google, em 26 de novembro, data do feriado, houve aumento de 23% no deslocamento entre residências americanas, em comparação ao valor de referência utilizado (de 6 de janeiro a 3 de fevereiro de 2020). Durante o fim de semana de Ação de Graças, a Administração de Segurança do Transporte (TSA - sigla em inglês) rastreou 1,18 milhão de passageiros de companhias aéreas no domingo, o maior desde meados de março.

Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas americano, previu a alta de hospitalizações logo no dia seguinte ao feriado, em função dos deslocamentos. E ele alertou sobre os próximos feriados e disse "que pela primeira vez em 30 anos não vai passar o Natal com as filhas", para evitar chance de contágio.

Na semana passada, circulou nas redes sociais de Rebecca Karb, de um hospital de Rhode Island. "Na noite passada, uma dos (muitos) pacientes com a Covid-19 me contou que teve um grande jantar de Ações de Graças com a família - 22 pessoas. No dia seguinte, um parente testou positivo. Desde então (segundo a paciente), TODOS desenvolveram sintomas, alguns deles severos", escreveu.

Para o pesquisador do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica do Hospital Universitário da USP, Marcio Bittencourt, o que se vê nos EUA é apenas o início do pico do Dia de Ação e Graças, começando após duas semanas, "mas os valores mais intensos devem se dar por volta de quatro semanas".

Ele ainda diz que "para nós a consequência mais intensa de possíveis grandes reuniões devido ao Natal e Ano Novo deve chegar no final de janeiro ou mesmo no início de fevereiro". Os reflexos vistos nos EUA, afirma, "devem ocorrer de forma parecida aqui no Brasil".

O diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) braço da OMS para as Américas, Marcos Espinal, recomendou que a população evite deslocamentos. "Quem puder evitar de viajar nos feriados, que o faça. É muito melhor viver vários outros feriados do que ter problema neste", alertou.

Questionado sobre o uma possível segunda onda nos países das Américas, Espinal citou o Brasil como exemplo em que os números estão crescendo nas últimas semanas: "Como vimos na Europa, em que países passam por uma segunda onda, também estamos vendo em países das América Latina um aumento de casos, sinais de uma segunda onda. Entre eles o Brasil, que já está reportando mais de 50 mil casos, quando há um mês reportava em torno de 20 mil. Não se deve baixar a guarda. A população tem de fazer a sua parte", afirmou. (Com agências internacionais).

Organizadores de festas clandestinas têm driblado a fiscalização das autoridades de saúde e de segurança graças às redes sociais e estruturas cada vez mais elaboradas para manter secreto o local do evento. Maria Cristina Megid, diretora da Vigilância Sanitária do Estado, reconheceu que não está sendo fácil coibir festas e aglomerações, hoje proibidas em São Paulo.

"Tem tido muita dificuldade para identificar esses locais. Temos recebido algumas denúncias e pedido apoio da segurança pública. Conseguimos desmobilizar algumas, mas outras não. Quem tem consciência do momento e sabe que essas festas sãos de risco, denuncie. A identidade será preservada", disse ao Estadão.A população pode denunciar festas clandestinas e outras aglomerações por telefone (3065-4666) e e-mail (secretarias@cvs.saude.sp.gov.br).

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Os métodos são semelhantes. O convite fica disponível para visualização de qualquer um no Instagram e no Facebook, com data, horário, preço e o lineup de quem vai tocar. A única informação restrita é o endereço, divulgado só horas antes.

O local que aparece no convite nem sempre é o certo. Um promotor de eventos, que pediu anonimato, foi no mês passado à festa LGBT Indústria, realizada duas vezes por mês - uma em SP e outra no Rio. Cada edição ocorre em um local, geralmente longe do centro.

A edição de novembro em São Paulo foi em um sítio próximo da Represa do Guarapiranga, zona sul. "Fomos ao endereço, paramos no estacionamento. Ali havia organizadores espalhados dando informações divergentes. Numa tentativa de despistar a fiscalização, acredito. Indicavam um lugar errado, você se perdia e voltava. Aí indicavam o certo", contou. "Devia ter 4 a 5 mil pessoas. Todas já chegavam sem máscara e não havia distanciamento nenhum. Lá dentro, todo mundo junto, se abraçando, beijando. Como se não existisse o coronavírus."

Na festa da Indústria do dia 6, os organizadores enviaram o endereço falso. Nesse local, um funcionário dizia o lugar certo. O DJ Yan Goedertt divulgou no Instagram vídeo da festa. É possível ver milhares de pessoas aglomeradas, sem máscaras.

Na mensagem, o DJ agradece ao organizador Paulo Galdino. Nos materiais de divulgação, há o nome de Galdino, telefone e dados bancários, para depósito do dinheiro do ingresso. O Estadão não conseguiu contato com o organizador.

O promotor de eventos destacou que, por ser clandestina, há uma precariedade nos serviços. "Me informei sobre as pessoas que trabalhavam no evento. Era uma rede de amigos e parentes que estava ali para colaborar. Não eram profissionais. Em um momento, duas pessoas passaram mal em um camarote. Uma amiga, médica, tentou entrar para ajudar e não conseguiu. Depois, apareceram os bombeiros e essas pessoas foram levadas para o que deveria ser um ambulatório. Era uma tenda, com alguns colchões no meio de um gramado, e mais nada."

'Celebrar a vida'

A festa Rolezera, que já acontecia eventualmente antes da pandemia, teve edição marcada para o último dia 5. Não informou o local e havia um site, com acesso por senha, para vender ingresso. No WhatsApp, a mensagem dizia: "Não podíamos deixar de juntar nossos amigos pra nos despedir desse ano atípico, né? Celebrar a vida e a amizade, com muita música e energia boa." O organizador e o dono do local estão sujeitos a penas de um mês a um ano de detenção e multa. Já houve no Estado 1,2 mil autuações por aglomeração ou não uso de máscara no comércio.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em nove meses desde a primeiro caso de Covid-19 em Pernambuco, as autoridades retrocederam com o plano de flexibilização diante das 22 suspeitas de reinfecção e do aumento exponencial de pacientes contaminados. Celebrações do Natal e Réveillon foram suspensas no estado, que ainda luta contra o negacionismo e cobra ao Governo Federal pela imunização da população.

Desde a primeira notificação, no dia 12 de março, Pernambuco foi um dos estados mais acometidos pela doença e apostou no fechamento temporário de setores comerciais para controlar o índice de proliferação. Porém, o agravamento da pandemia foi evidenciado no boletim emitido nessa sexta-feira (11), que confirmou mais 15 mortes e 1.945 casos. Ao todo, 197.063 pessoas foram diagnosticadas com o vírus, sendo 168.519 casos leves e 28.544 de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), e 9.244 não resistiram à doença.

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Na terça (8), o secretário de Saúde André Longo informou que 88% da capacidade de ocupação dos leitos de UTI está preenchida. Do total de 1.646 leitos disponíveis, entre 839 de UTIs e 807 de enfermarias, 78% da capacidade já foi ocupada por pacientes da Covid-19.

No mesmo dia, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) anunciou a proibição de festas e eventos para frear a taxa de contaminação. O setor realizou uma série de protestos antes de ser autorizado em setembro, mas bares e casas de shows acabaram notificados e interditados por descumprir as medidas de distanciamento social, horário de funcionamento e higiene local.

Após reunião com o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ainda na terça (8), o governador Paulo Câmara cobrou por um melhor planejamento do Plano Nacional de Imunização e pediu mais agilidade na autorização de um imunizante eficiente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O prazo para o início da campanha de vacinação segue indefinido.

Nesta sexta (11), a Prefeitura do Recife informou que não haverá a tradicional queima de fogos no Réveillon da orla de Boa Viagem. Neste ano, o show pirotécnico vai dar espaço a um show de luzes, que serão projetadas de prédios em pontos estratégicos da cidade com o objetivo de garantir visibilidade para a maior quantidade de pessoas.

Embora o cancelamento do Carnaval não ainda tenha sido confirmado oficialmente, agremiações e clubes carnavalescos - dentre eles a Pitombeira, o Ceroula e o Homem da meia-noite - já se posicionaram contra a realização da festa.

 

Devido ao aumento de casos de infecção por Covid-19, inclusive aumento de mortes, neste final de ano, e pela divulgação de um grande número de festas, shows e eventos similares com a expectativa de gerar aglomerações de pessoas, o procurador-geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros, recomendou aos promotores de Justiça de todo o Estado, com atribuição na defesa da saúde e criminal, que adotem as providências necessárias para que sejam cumpridas as normas sanitárias definidas pelos governos Federal, Estadual e Municipal, notadamente as medidas de distanciamento social já impostas pelo Estado de Pernambuco.



Assim, faz-se necessário que sejam apurados e coibidos shows, festas e similares, com ou sem comercialização de ingressos, em ambientes públicos ou privados, inclusive em clubes sociais e hotéis, independentemente do número de participantes.



A recomendação se baseia no Decreto 49.891 do Governo de Pernambuco, divulgado nesta segunda-feira (7), o qual sistematiza as regras relativas às medidas temporárias para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do novo coronavírus, conforme previsto na Lei Federal nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020. O Decreto também foi elaborado devido à preocupação com os eventos anunciados para as festas de fim de ano.



Segundo o documento do Governo do Estado, permanecem autorizados casamentos, formaturas e eventos sociais similares, observada a limitação de 30% da capacidade do ambiente, com até no máximo 300 pessoas, bem como as normas sanitárias relativas à higiene, ao distanciamento mínimo e ao uso obrigatório de máscara, conforme protocolo específico editado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico.



“Mesmo diante da vedação da realização de eventos corporativos, e sociais, devem ser coibidas ações daqueles que insistem no descumprimento das regras sanitárias, conforme amplamente divulgado na mídia”, citou Francisco Dirceu Barros em sua recomendação. “Trata-se de fato público e notório o recrudescimento do número de casos e mortes de pessoas infectadas com a Covid-19, inclusive com o aumento da ocupação de leitos na rede pública e privada, pelo que se mostra necessário garantir que as medidas até agora adotadas sejam efetivamente cumpridas”, explicou o procurador-geral de Justiça.



A recomendação também menciona o art. 268 do Código Penal, que define como infração de medida sanitária preventiva, “infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa”, com pena de detenção de um mês a um ano e multa. Sendo assim, cabe ao MPPE alertar àqueles que insistirem em descumprir as normas sanitárias sobre aglomeração de pessoas e distanciamento social que responderão pelo desrespeito ao Código Penal.

*Da assessoria

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta segunda-feira, 23, que a "aposta mais segura" para algumas famílias será não realizar reuniões familiares neste Natal e ano-novo para impedir a disseminação do coronavírus. Festas de Ano Novo, com aglomeração, também não são recomendadas.

Na semana passada, o Brasil chegou a mais de 6 milhões de casos de infecção por coronavírus e países da Europa vivem uma segunda onda. O anúncio foi feito no mesmo dia em que a OMS saudou os esforços da Universidade de Oxford e do laboratório AstraZeneca "para tornar a vacina acessível e fácil de armazenar".

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Em uma reunião virtual em Genebra, a líder técnica da OMS, Maria Van Kerkhove, para a covid-19 disse que "em algumas situações, a difícil decisão de não ter uma reunião familiar é a aposta mais segura". Mais cedo, a cientista-chefe da organização Soumya Swaminathan afirmou que as notícias sobre os resultados da vacina para covid-19 da Universidade de Oxford e do laboratório britânico AstraZeneca são "encorajadoras e esperamos ver os dados, como fazemos com outros resultados promissores das últimas semanas".

A AstraZeneca informou nesta segunda-feira que sua vacina para covid-19 pode ser cerca de 90% eficaz, dando à luta mundial contra a pandemia global uma nova arma, mais barata de produzir, mais fácil de distribuir e mais rápida de expandir do que suas rivais.

O fim de ano se aproxima e com ele o período das festas, que reúnem familiares e amigos. Há sempre a expectativa de organizar as noites de Natal e Réveillon, onde os consumidores movimentam os centros das cidades e os supermercados em busca de enfeites e ingredientes para as tradicionais ceias. Porém, em 2020, as festividades pedem maior cautela por causa da pandemia de coronavírus (Covid-19).

Diante de crise sanitária, a reunião de pessoas para os festejos torna-se um impasse. "O ideal é que as comemorações sejam feitas apenas pelos residentes da casa", recomenda o médico epidemiologista José Geraldo Leite Ribeiro, do Grupo Pardini. "Se esta não for uma opção viável, é imprescindível que todas as medidas de segurança sejam atendidas", complementa.

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As medidas precisam seguir a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das autoridades de saúde, com o uso de máscaras, manter o distânciamento e usar álcool em gel, entre outras. "É preciso pensar que a partir do momento que você se aproxima de alguém sem máscara, você se expõe à possibilidade de contágio", diz Ribeiro. O epidemiologista afirma que para casas de praia, hotéis e clubes este não é o melhor momento de atender os eventos de fim de ano, que costumam aglomerar convidados.

Marizete Santana (no centro) com as amigas, na festa de fim de ano de 2019 | Foto: Arquivo Pessoal

A autônoma Marizete Santana, 50 anos, é a anfitriã das festas de Fim de Ano na casa de praia que tem no litoral norte de São Paulo. Este ano, ela não poderá reunir os familiares e amigos como de costume. "Acredito e tenho a consciência de que este momento pede maior reclusão. Dessa vez, precisaremos ser mais seletivos por conta da doença [coronavírus], enquanto comemoramos apenas com as pessoas que moram em casa", comenta.

Segundo o epidemiologista Ribeiro, a prevenção é ainda o único método contra a Covid-19. "Ainda não temos vacina, e também ainda não foi comprovada a eficácia da Coronavac [vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac Biotech)", finaliza.

 

Faz dois meses que o oftalmologista Rubens Belfort Neto não dorme direito. Uma casa noturna que dá de frente para seu quarto voltou a funcionar de quinta a sábado e virou o principal assunto na reunião de condomínio. Os moradores do prédio já tentaram reclamar no telefone 156 da Prefeitura de São Paulo, registraram boletim de ocorrência, mandaram e-mail para o prefeito Bruno Covas e para o governador João Doria e nada.

"Tentamos até chamar a atenção com vídeos nas redes sociais, mas não adianta. Piora, porque tem sempre um que comenta: ‘Obrigado pela dica, vou lá'. Esqueceram que estamos na pandemia. Um monte de gente ainda está morrendo e o povo que frequenta a balada parece não ter vergonha desse papelão", disse Rubens.

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A Prefeitura informou que recebeu o total de 3.050 reclamações com o termo "festa" durante a pandemia. Os dados são da Secretaria das Subprefeituras, de 23 de março a 18 de outubro.

Segundo o levantamento, 1.244 estabelecimentos foram interditados por descumprirem regras vigentes na quarentena. Desses, 829 são bares, restaurantes, lanchonetes e cafeterias. A multa é de R$ 9.231,65, aplicada a cada 250 m². Atividades com aglomeração, como festas, casas noturnas e shows continuam proibidos em todos os 645 municípios de São Paulo.

Para Belfort Neto, a reclamação enviada à gestão municipal não funcionou. "Liguei e pediram o prazo de 75 dias para vistoriar. E como faço para dormir enquanto isso? Meu vizinho de cima colocou o apartamento à venda por causa do barulho. Não está certo."

O oftalmologista mora com o filho, adolescente, em um prédio na Alameda Tietê e a casa noturna fica na Rua Augusta, na região central paulistana. Por ser uma região com muitos bares e restaurantes, o médico instalou janelas antirruído para tentar amenizar o barulho. Mas não foi o suficiente. O som grave da música rompe a barreira, ele explica. "Meu filho acaba indo dormir na sala, que fica do outro lado da casa."

O Estadão tentou contato com o dono da casa noturna, que não respondeu até as 15 horas de ontem. A Prefeitura informou que "fiscaliza diariamente os estabelecimentos que excedem o horário permitido pela legislação, com apoio da GCM (Guarda Civil Metropolitana) e da PM (Polícia Militar)".

Treta

No domingo, a casa de shows Treta Bar, em Pinheiros, na zona oeste paulistana, ganhou destaque nas redes sociais por desrespeitar protocolos de segurança determinados pela lei. Os vídeos mostram o local cheio, com pessoas dançando próximas umas das outras, ignorando as regras de isolamento, sem uso de máscaras.

O professor de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Thiago Amparo, questionou pelo Twitter a realização do evento e marcou os perfis de Covas, Doria e da PM. Um dos sócios do estabelecimento, Guilherme Acrízio, se manifestou nas redes sociais ironizando as reclamações: "Se te incomoda fica em casa querido".

Acrízio enviou comunicado ao Estadão no qual informa que a edição da festa Treta aconteceu "em formato de bar, seguindo todas as regras referentes a distanciamento da Organização Mundial de Saúde, onde o público compareceu usando máscaras de proteção e com distribuição de álcool em gel no estabelecimento", informou.

"Infelizmente na euforia de rever amigos, alguns clientes tiraram as máscaras e chegaram a gravar stories, o que motivou esses tipos de comentários." A nota finaliza informando que a Prefeitura de São Paulo orientou fechar o evento, "o que foi atendido de imediato para evitar problemas maiores".

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