Tópicos | Festival de Cinema de Triunfo

O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), divulga a lista de curtas e longas-metragens selecionados para o 13º Festival de Cinema de Triunfo – marcado para acontecer na segunda quinzena de novembro, no Cineteatro Guarany, em Triunfo.

Nesta edição, o festival contará com 38 filmes em competição, representando 13 estados brasileiros em suas mostras competitivas. Ao todo, a Secult-PE recebeu 193 inscrições. Os realizadores dos filmes selecionados serão, em breve, contatados pela coordenação do evento. A programação completa, com mostras especiais e ações de formação, será divulgada nas próximas semanas.

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Este ano, o Festival de Cinema de Triunfo contará com uma novidade: a Secult-PE está preparando uma programação artística especial para compor o evento, que é um dos mais importantes de Pernambuco no segmento do audiovisual, sendo de muita relevância para impulsionar a economia da cultura do Sertão do Estado. Os filmes concorrerão a R$ 24 mil em prêmios.

"O Festival de Cinema de Triunfo joga luzes sobre o cinema e o audiovisual de Pernambuco, que é uma referência para o Brasil e para o mundo. Neste ano, além das mostras, oficinas e conversas, o Governo de Pernambuco, por meio da Secult-PE, está incrementando o festival, com uma programação artística que tem como objetivo agregar potencial turístico ao evento, atraindo visitantes de todas as partes do estado, e também do país", diz o secretário de Cultura Oscar Barreto.

Luciana Poncioni, coordenadora de Audiovisual da Secult-PE, emenda: "Apesar da pandemia, que nos forçou a dar uma pausa nas produções audiovisuais, poderemos assistir, em Triunfo, filmes que foram feitos/finalizados bravamente nestes dois últimos anos. Isso demonstra a força da cadeia audiovisual brasileira e também dos nossos profissionais de cinema". As produções selecionadas estão disponíveis no site da secretaria de cultura de Pernambuco.

Troféus

Além dos valores distribuídos entre os vencedores de cada categoria, as produções vão concorrer a diversos prêmios, incluindo o troféu “Os Caretas”, concedido aos filmes escolhidos pelos júris oficial (formado por professores, produtores audiovisuais e curadores) e popular.

O troféu faz referência às tradicionais figuras dos caretas, personagens do carnaval pernambucano que andam pelas ruas da cidade com chicotes, chocalhos, figurinos típicos e mensagens satíricas. Os filmes serão exibidos no Cineteatro Guarany, que atualmente passa por uma reforma.

Reforma no Guarany

Comemorando seu centenário em 2022, o Cineteatro Guarany segue fechado para visitação enquanto recebe novas poltronas e passa por serviços de requalificação e manutenção da edificação. O valor estimado das obras é de cerca de R$ 1,2 milhão, montante que também inclui a climatização do cinema.

"Com a série de reforma que estamos empreendendo em nossos equipamentos culturais, o público voltará a frequentar esses espaços e conferir novamente a excelente programação que eles oferecem, como é o caso do Festival de Cinema de Triunfo, que é uma grande vitrine não só para as produções pernambucanas, como de todo o Brasil", reforça Oscar Barreto.

Da assessoria

As inscrições para o 12º Festival de Cinema de Triunfo foram prorrogadas. Cineastas de todo o Brasil podem inscrever curtas e longas-metragens, até a próxima segunda (13), para participar da Mostra Competitiva do evento. O festival acontece entre os dias 29 de julho e 10 de agosto, no Cineteatro Guarany, em Triunfo, no Sertão do Pajeú.

Pela primeira vez, as inscrições estão sendo feitas completamente através da internet, na plataforma do Mapa Cultural de Pernambuco. Os realizadores deverão acessar a página para se cadastrarem como agentes culturais e preencher o formulário eletrônico. Serão aceitas inscrições de filmes brasileiros de quaisquer formatos, desde que tenham sido finalizados entre janeiro de 2017 e os meses vigentes de 2019, além de terem cópia de exibição no formato digital FullHD.

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Serão selecionados cerca de 36 filmes e a lista dos contemplados será divulgada no portal Cultura PE, até o dia 21 de junho. Os títulos serão avaliados por uma Comissão de Mérito, composta por representantes da Gerência de Política Cultural da Secult-PE e por profissionais da área. O Festival de Cinema de Triunfo é promovido pelo Governo de Pernambuco por meio da Secretaria Estadual de Cultura e Fundarpe.

Por meio do Facebook, o Movimento Mulheres no Audiovisual Pernambuco postou uma carta de repúdio direcionada ao curta metragem ‘Embaraço’ (2015), dirigido pelo paulista Fernando Rick e que foi exibido no 10º Festival de Cinema de Triunfo

“O filme apresenta a história de uma mulher branca, de classe média, que tenta interromper uma gravidez indesejada. Ao longo de toda a narrativa, a construção da personagem se dá através de fetiches relacionados a um perfil psicológico estereotipado e ainda mais a um olhar estigmatizado sobre o corpo da mulher”, diz o primeiro parágrafo da carta.

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Ao longo do texto, as principais críticas apontam que o filme busca castigar a protagonista por sua decisão de interromper a gravidez ao mostrar cenas dela definhando enquanto tenta abortar. É citado também que também ocorre a fetichização do seu corpo em alguns momentos, como na abertura, quando ela está transando com um homem cujo rosto não é mostrado, e até mesmo na primeira tentativa de aborto, em que a publicação acusa o diretor de erotizar o copo da mulher durante seu sofrimento. 

Além disso, há também o repúdio ao estereótipo na retratação de um homem negro que surge com “características que se assemelham ao universo das religiões de matrizes africanas de forma demonizada, preconceituosa e racista”, segundo o texto.

Assista ao trailer de 'Embaraço':

Em uma entrevista ao site Boca do Inferno, em 2016, Fernando Rick explicou sua visão ao ter a ideia de fazer um filme tratando de um aborto induzido, e se mostrou a favor da causa. “Acho que esse tipo de questão óbvia, não vai ser resolvida tão cedo no nosso país retrógrado onde as pessoas têm saído as ruas pedindo volta da ditadura, fazendo manifestações contra casamento gay, apoiam políticos fascistas e ideias obsoletas. A saúde pública deveria ser o foco do governo, mas ao invés disso, eles preferem por em risco a vida de milhares de mulheres em prol de um fundamentalismo religioso e interesses políticos financeiros”, disse o diretor.

Na mesma entrevista, Rick relatou que já soube de pessoas que passaram mal ao ver algumas cenas do curta-metragem: "Uma garota chegou a desmaiar durante o filme, e deu um bafafá legal lá. [...] O filme mexe muito com as pessoas, principalmente as mulheres. Já aconteceu de garotas assistirem o filme aqui em casa e chorarem, algumas passam mal, etc. Já ouvi de caras que passam mal também".

Leia a carta de repúdio das Mulheres no Audiovisual PE na íntegra:

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A 10ª edição do Festival de Cinema de Triunfo anunciou a lista dos 35 filmes selecionados para a mostra competitiva, marcado paracomeçar no dia 7 agosto. As produções escolhidas representam nove Estados do Brasil e concorrerão ao valor de R$ 24 mil. No total, foram recebidas 394 inscrições.

Na lista, constam 15 títulos pernambucanos entre curtas e longas-metragens. São eles:

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Alumiar, de Bersa Mendes e Rafael Martins; Autofagia, de Felipe Soares; A Orelha Encantada ou Alma de Gato, de Paulo Leonardo; Baunilha, de Leo Tabosa; Camara de Espelhos, de Déa Ferraz; FotogrÁFRICA, de Tila Chintuda; Frequencias, de Adalberto Oliveira; Iluminadas, de Gabi Saegesser; Mãos de Barro, de Graciela Guarani e Alexandre Pankaru; Nanã, de Rafael Amorim de Albuquerque; Nina, de Alice Gouveia; O Ex-Mágico, de Olímpio Costa; O Porteiro do Dia, de Fábio Leal; Sob o Delírio de Agosto, de Carlos Kamara e Karla Ferreira e Super Orquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos, de Sérgio Oliveira

Confira a lista completa com os 35 filmes clicando aqui. 

Em mais uma edição, a identidade visual do Festival, desenvolvida pelo designer e artista visual Adeildo Leite, destaca o Cine Theatro Guarany. O patrimônio de Pernambuco está funcionando regularmente desde o último 9 de junho, exibindo filmes de quinta a domingo. 

Serviço

10º Festival de Cinema de Triunfo
Cine Theatro Guarany (Praça Carolino Campos, Triunfo)
7 a 12 de agosto
Gratuito
Informações: 3184-3076

O Festival de Cinema de Triunfo chega a sua nona edição com a proposta de contemplar a diversa e recente produção audiovisual pernambucana. Entre 8 e 13 de agosto, 33 curtas e longas serão exibidos em competição e, dentre outras atividades, estarão seminários e oficinas. Este ano, serão homenageados o ator Germano Haiut e a atriz Maeve Jinkings. 

Uma novidade desta edição serão as ações descentralizadas que levam o festival para cidades próximas como Serra Talhada e Afogados da Ingazeira, com exibições e oficinas intinerantes. Além disso, os seminários visam colocar em debate a arte de fazer cinema com temas pertinentes como Inclusão no Audiovisual e A importância dos arquivos regionais. 

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As ações formativas também têm grande espaço na prorgamação do evento. Serão quatro cursos rápidos - Documentando (Afogados da Ingazeira) e as inéditas Experimentando Animação (Serra Talhada), Videoclipe Experimental (Triunfo) e Oficinas criativas: as maiores historinhas brasileiras de todos os tempos (Triunfo) - cujas inscrições já estão encerradas. E o Cinema de Rua terá destaque com programação especial e a presença de Osvaldo Emery, arquiteto vinculado à Cinemateca Brasileira. O profissional realizará uma Master Class aberta ao público.

Confira a programação completa da 9ª edição do Festival de Cinema de Triunfo

Local: Cine Theatro Guarany

Gratuito

Cidade: Triunfo

SEGUNDA-FEIRA – 08/8

19h – Cerimônia de Abertura

Mostra Competitiva de Curta-metragem Nacional

Classificação: 14 anos

Cumieira (Documentário, 13 minutos, 2015, PB), de Diego Benevides

E o galo cantou (Ficção, 23 minutos, 2016, GO), de Daniel Calil

Em defesa da família (Documentário, 24 minutos, 2016, DF), de Daniella Cronemberger

Retrato de Dora (Documentário, 15 minutos, 2014, SP), de Bruna Callegari 

Mostra Competitiva de Longa-metragem Nacional

Classificação: Livre

Danado de Bom (Documentário, 74 minutos, 2015, PE), de Deby Brennand

TERÇA-FEIRA – 09/8

10h – Mostra Especial Festival Stopmotion

Classificação: Livre

14h - Mostra Especial Festival de Cinema de Belo Jardim

Classificação: Livre

19h – Mostra Competitiva de Curta-metragem Nacional

Classificação: 16 anos

Abissal (Documentário, 17 minutos, 2016, CE), de Arthur Leite

Sobre Nós (Ficção, 15, 2016, RJ), de Miguel Moura

Quem matou Eloá? (Documentário, 24 minutos, 2015, SP), de Lívia Perez

Cuscuz Peitinho (Ficção, 20 minutos, 2016, RN), de Rodrigo Sena 

Mostra Competitiva de Longa-metragem Nacional

Classificação: 16 anos

Clarisse ou alguma coisa sobre nós dois (Ficção, 80 minutos, 2015, CE), de Petrus Cariry

Homenagem ao ator Germano Haiut

QUARTA-FEIRA - 10/08

10h – Mostra Especial Dia da Animação

Classificação: Livre

14h – Mostra Especial Criancine

Classificação: Livre 

19h – Mostra Competitiva de Curta-metragem Pernambucano

Classificação: 14 anos

Black Out (Documentário, 13 minutos, 2016), de Felipe Peres, Adalmir da Silva, Francisco Mendes, Jocicleide Oliveira, Sérgio Santos e Paulo Sano.

Clave dos Pregões (Documentário, 15 minutos, 2015), de Pablo Nóbrega

Ainda me sobra eu (Documentário, 15 minutos, 2016), de Taciano Valério

Domingos (Ficção, 11 minutos, 2015), de Jota Bosco 

Mostra Competitiva de Longa-metragem Nacional

Classificação: 10 anos

Para minha amada morta (Ficção, 113 minutos, 2015, PR), de Aly Muritiba

QUINTA-FEIRA - 11/08

10h – Mostra Especial Sesc

Classificação: Livre

O Menino e o mundo (Animação, 2013, 79 minutos, DF), De Alê Abreu

14h – Mostra Especial Sesc

Classificação: Livre

As férias do pequeno Nicolau (Ficção, 2014, 117 minutos , França), de Laurent Tirard

19h – Mostra Competitiva de Curta-metragem Pernambucano

Classificação: 14 anos

Exília (Documentário, 24 minutos, 2015), de Renata Claus

Um Brinde (Ficção, 16 minutos, 2016), de João Vigo

Tarja Preta (Documentário, 24 minutos, 2015), de Márcio Farias

Elogio do tremor (Ficção, 17 minutos, 2016), de André ValençaMostra Competitiva de Longa-metragem Nacional

Classificação: 16 anos

Todas as Cores da Noite (Ficção, 70 minutos, 2015, PE), de Pedro Severien

SEXTA-FEIRA 12/08

14h - Mostra Competitiva de Curta-metragem Infanto-Juvenil

Classificação: 12 anos

Ana e a Borboleta (Animação, 8 minutos, 2015, GO), de Isabela Veiga

A culpa é do Neymar (Ficção, 11 minutos, 2015, RJ), de João Ademir

DaliVinCasso (Animação, 11 minutos, 2014, SP), de Marcelo Castro e Marlon Tenório

Ilha das crianças (Documentário, 12 minutos, 2016, RJ), de Zeca Ferreira

Coração Azul (Ficção, 25 minutos, 2015, PR), de Wellington Sari

Dente por Dente (Ficção, 8 minutos, 2015, SP), de Nildo Ferreira e Kauê Nunes

19h – Mostra Competitiva de Curta-metragem dos Sertões

Classificação: 16 anos

Praça de Guerra (Documentário, 19 minuto, 2015, PB), de Ed. Júnior

Descaminhos (Ficção, 8 minutos, 2015, PE), Coletivo Cinema no Interior

Catimbau (Documentário, 23 minutos, 2015, PE), de Lucas Caminha

Joaquim Bralhador (Ficção, 20 minutos, 2014, CE), de Márcio Câmara

Aroeira (Ficção, 20 minutos, 2016, PB), de Ramon Batista

O Forasteiro (Ficção, 25 minutos, 2014, BH), de Diogo Cronemberger

Mostra Competitiva de Longa-metragem Nacional

Classificação: Livre

Umbigo (Documentário, 70 minutos, 2016, BA), de Cauê Santana

SÁBADO –13/08

14h – Exibição Especial

Bom dia, Poeta (Documentário, 52 minutos, 2016, PE), de Alexandre Alencar

Classificação: Livre

16h – Exibição Especial

Big Jato (Ficção, 90 minutos, 2015, PE), de Cláudio Assis

Classificação: 16 anos

20h – Cerimônia de Premiação

Homenagem à atriz Maeve Jinkings

ENCONTROS DE CINEMA

Debates com os realizadores do Festival

Todos os dias, sempre às 10h

Com mediação de Tiago Montenegro, jornalista e editor do Portal Cultura.PE

Local: Pousada Alpes (Triunfo)

11/08 – Seminário: Diálogos da ABPA – a importância dos arquivos regionais

Organizado pela Fundação Joaquim Nabuco

Participantes: Carlos Roberto de Souza - Presidente da Associação Nacional de Preservação Audiovisual (ABPA)

Fabricio Felice dos Santos - Profissional de Preservação Audiovisual

Fernando Weller – Cineasta e professor da UFPE.

Geraldo Pinho – Gestor do Mispe e Programador do Cinema São Luiz

Mediação: Albertina Lacerda Malta – Historiadora da Fundação Joaquim Nabuco

Horário: 15h30

Local: Salão Nobre da Prefeitura de Triunfo.

Cidade: Triunfo

12/08 – Reunião do Grupo de Trabalho Cinema de Rua

Horário: 9h às 12h

Participantes: Osvaldo Emery – Representação Regional  do Minc/RJ

Gestores de Cinemas de Rua - Arcoverde, Afogados da Ingazeira, Goiana, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Palmares, Recife, Triunfo.

Local: Salão Nobre da Prefeitura de Triunfo.

Cidade: Triunfo 

12/08 – Cine Educador: A  utilização do cinema em sala de aula

Participantes: Andréa Mota, Gilvan Noblat e Silvana Marpoara

Horário: 8h às 12h

Local: CEU das Artes (Bairro Caxixola)

Cidade: Serra Talhada/PE. 

12/08 - Seminário: A Inclusão no Audiovisual

Parceria com a ABD/PE e a FEPEC.

Participantes: Anna Andrade, Gabriel Muniz, Igor Travassos, Iris 

Regina Gomes, Juliana Lima, Natália Lopes, Raquel Santana. 

Mediação: Milena Evangelista – Secult/PE

Horário: 15h30

Local: Salão Nobre da Prefeitura de Triunfo.

Cidade: Triunfo

13/08 -Master Class – Cinemas de Rua na Era Digital: Desafios e Perspectivas

Realização: Secult/Fundarpe/Fundaj 

Osvaldo Emery – Arquiteto, mestre em Conforto Ambiental e especialista em Acústica Arquitetônica e Audiovisual consultor em projetos voltados à exibição cinematográfica.  Vinculado à Representação Regional do MINC/RJ.

Horário: 15h30

Local: Salão Nobre da Prefeitura de Triunfo.

Cidade: Triunfo

Exibições Itinerantes

Afogados da Ingazeira

Data: 11 e 12 de agosto

Local: Cinema São José

Horário: 20h

Serra Talhada

Data: 09 a 12 de agosto

Local: CEU das Artes (Bairro Caxixola)

Horário: 19h

Uma novidade promete movimentar a 8° edição do Festival de Cinema de Triunfo. A Secretaria de Cultura de Pernambuco, por meio da Fundarpe, abre convocatória para exibição de curtas e longas-metragens que almejam participar do Festival. Cinco categorias irão concorrer ao prêmio total de R$40 mil: Longa-metragem nacional, Curta-metragem nacional, Curta-metragem pernambucano, Curta-metragem infanto-juvenil e Curta-metragem dos Sertões.

Para participar da seletiva é necessário encaminhar o material no formato físico ou virtual. Quem optar por fazer a inscrição presencial deve entregar uma cópia do vídeo, especificando a categoria, na sede da Fundarpe ou via Correios. Os produtores que optarem pela comodidade, precisam encaminhar a ficha de inscrição, com o link do referido filme na plataforma Vimeo ou Youtube. Em ambos os formatos, as inscrições precisam ser finalizadas até o dia 5 de junho. 

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Além da comissão julgadora oficial do festival, os filmes vencedores também serão escolhidos por um júri popular, formado por professores e estudantes da rede pública que irão participar das oficinas críticas cinematográfica na semana pré-festival. 

O Festival de Cinema de Triunfo será realizado no mês de agosto, no Cine Theatro Guarany. Além da mostra cinematográfica, o evento irá promover oficinas e rodas de diálogo.

O edital completo está disponível no site da Fundarpe.

Diretamente de Triunfo, município localizado numa região conhecida como o 'Oasis do Sertão de Pernambuco', para todas as ‘quebradas’ do mundo. Essa é a história de Nelson Gonçalves Campos Filho, mais conhecido como Nelson Triunfo ou ‘Nelsão’, dançarino, coreógrafo, arte-educador e ativista cultural do breakdance considerado um dos fundadores do movimento hip hop, na década de 1970. Um pouco dessa trajetória foi apresentada durante a noite de encerramento da sétima edição do Festival de Cinema de Triunfo, neste último sábado (9), no Cine Teatro Guarany, no filme Triunfo - O filme, dirigido por Cauê Angelim.

“Eu sempre fui diferente. Imagina em 1972 um cara maluco que veio de Triunfo e foi a Paulo Afonso fundar o primeiro grupo de black music e dança do Nordeste”, diz Nelson, referindo-se aos Invertebrados durante a solenidade no festival de cinema, antes da sessão começar. Triunfo faz um resgate da infância de Nelsão vivida no sertão pernambucano, passa pelos bailes da Chic Show, já em São Paulo, entre as décadas de 1970 e 80, e chega à consolidação do movimento Hip Hop. Em algumas cenas, a obra relembra o dançarino nordestino ao som de um toca-fitas que marcou época e atraía multidões ao dançar clássicos do soul e do funk.

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As marcas deixadas pelo Festival de Cinema de Triunfo

O longa traz também imagens de Nelson Triunfo em sua casa na favela do Tiquatira, Zona Leste de São Paulo, construída por ele mesmo, e depoimentos de artistas do rap como Criolo. Detalhes que mostram o quanto que a história da cultura black e a sua estão interligadas, como se fosse uma só. Mas tanta revolução cultural atraiu mals olhos, quando chamou a atenção da ditadura brasileira. “Fui preso muitas vezes pelo militarismo por não fazer o que eles queriam. Eles queriam colocar terno e gravata em mim, e eu jogava o cabelão na cara deles”, brinca Nelson, que décadas depois, ironicamente, ganhou do então presidente Lula a comenda da Ordem do Mérito Cultural. “Com a minha bermuda e o meu cabelo malucão, hoje entro em vários lugares do mundo onde muita gente de terno e gravata não pode entrar”, reflete.

Ativismo nos dias de hoje no Hip Hop

A correria do dia a dia não largou o pé de Nelsão, que ainda escolhe em quais eventos participar por conta da demanda. “Está meio difícil de lidar, porque tem muita coisa. Eu às vezes me dou o luxo de dispensar e não fazer porque sobrecarrega muito. Antes eu abraçava quase tudo, mas hoje eu sou mais seletivo”, comenta. 

Para Nelson Triunfo, o movimento Hip Hop no Brasil virou uma coisa popular, como o samba. “Não é à toa que estamos ai há mais de 40 anos”, explica. Apesar da seletividade na hora das aparições, Nelsão investe pesado na educação através da arte. Em 1994, fundou a Casa do Hip-Hop, em Diadema, no ABC Paulista, um centro de educação popular para jovens em situação de vulnerabilidade social e uma referência na formação de novos talentos do rap, do grafitti e do breakdance. “Eu trabalho numa construção de uma nova educação dentro do Brasil, dentro das escolas, porque eu acho que está ultrapassada a nossa didática escolar”, resume.

Homenagem no Festival de Cinema de Trinfo

Ao receber o troféu de homenageado do ano das mãos da secretária de Cultura do Recife, Leda Alves, o artista começou um discurso cheio de saudades e lembranças engraçadas da infância, mas ficou emocionado e com a voz embargada quando falou dos pais. “Quando eu subi no palco eu até me emocionei, porque eu me lembro que em 1980 eu estava aqui em Triunfo para fazer um show e meu pai e minha mãe estavam ali, na primeira cadeira”, disse ao LeiaJá, com os olhos cheios de lágrimas. “Meu pai foi uma figura importantíssima pra essa cidade. Era uma pessoa muito inteligente. Foi o cara que me falou: ‘filho, você vale o que você sabe’”, relembra. “Quero aproveitar para dizer aos mais jovens que vocês têm que acreditar no sonho de vocês”, finaliza Nelson Triunfo, prova viva da persistência típica de quem faz a diferença.

Provavelmente Hilton Lacerda, diretor do filme Tatuagem e roteirista de uma série de filmes pernambucanos, já perdeu as contas de quantos prêmios já recebeu com seu último trabalho. A coleção de canecos ficou ainda maior com os seis prêmios recebidos durante a sétima edição do Festival de Cinema de Triunfo, realizado no Sertão de Pernambuco, todos dedicados ao filme inspirado no grupo recifense Vivencial Diversiones, que fez sucesso na década de 70. Recentemente, Tatuagem também foi indicado ao Grande Prêmio da Academia Brasileira de Cinema em várias categorias, incluindo melhor longa de ficção, ao lado do também pernambucano 'O Som ao Redor', de Kleber Mendonça Filho. Tanta repercussão sobre o filme ainda impressiona Hilton, sem dúvidas um dos nomes mais importantes do atual cinema de Pernambuco, um cinéfilo cheio de projetos em curso. Um deles é o papel de roteirista no filme Big Jato, de Cláudio Assis, cujas gravações começaram nesta quinta-feira (8). Há também um projeto aprovado no Funcultura, intitulado Contos que Vejo, série televisiva que terá participação de outros cinco diretores conterrâneos, além da opinião do cineasta sobre o legado deixado por Fernando Spencer. O LeiaJá conversou com Lacerda em Triunfo, durante o festival, encerrado neste sábado (9).

Tatuagem foi o filme mais premiado do 7° Festival de Cinema de Triunfo, com seis troféus. Como você recebe essa honraria?

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É a primeira vez que apresento um filme no festival de Triunfo e ser recebido dessa forma, dentro de casa, é muito especial. É bastante excitante na verdade, na minha cabeça. Eu não sou uma pessoa muito preocupada se vai ganhar prêmio ou não, mas quando ganho fico muito contente. Tem uma coisa de vaidade que fica satisfeita e o ego ser massageado de vez em quando não faz mal a ninguém.

Na conversa que o LeiaJá teve contigo na Fundaj, em novembro do ano passado, você falou da surpresa que estava tendo com a repercussão do filme, mas de lá pra cá essa repercussão positiva tem se repetido a cada festival. Como é lidar com essa situação de sempre encontrar as salas lotadas?

Eu fico muito impressionado com isso de mesmo depois de um ano o filme estar vivo ainda. A experiência do (Cinema) São Luiz é muito engraçada, porque Tatuagem está em exibição por lá há oito meses. A gente fica seguindo como as pessoas acompanham o trabalho, mas também realimentamos o público.  Recentemente lançamos numa edição do Som na Rural o CD da trilha sonora do filme, feita pelo DJ Dolores. Seria bom que os filmes tivessem essa repercussão, principalmente os de Pernambuco. A gente não faz nosso trabalho pra agradar o público, mas é sensacional quando você consegue manter um diálogo.

Tatuagem foi recentemente indicado ao prêmio de melhor longa-metragem de ficção pela Academia Brasileira de Cinema, além de outras categorias, ao lado do também pernambucano O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho. Como foi que você recebeu essa notícia e com que expectativa você vai lidar com ela?

Desde que saiu esse resultado que eu estou em viagem. Estava no Sertão com o Cláudio (Assis) dando uma revisão geral no roteiro de Big Jato, conversando com os atores. Mas essa notícia é muito bacana e mostra o impacto que o cinema pernambucano vem tendo. Sou muito feliz de estar o tempo inteiro ao lado de O Som ao Redor, e isso tem se repetido direto. Teve um prêmio que eu gosto bastante, chamado Carlão, feito pelas pessoas que escrevem críticas em blogs de cinema, cineastas bem bacanas, e de todas as categorias que tinha por lá O Som ao Redor e Tatuagem só não levaram o de melhor atriz e alguma outra que não me lembro. Toda as outras foram pra gente. E isso é bom porque dá uma revigorada. A gente teve muita pouca janela de exibição e essas coisas são muito importantes pra gente ir enchendo o papo de grão em grão. 

'Tatuagem' marcada na pele do cinema de Triunfo

Você falou das gravações de Big Jato, novo longa de Cláudio Assis. Como está a produção do filme?

Eles começaram a filmar nesta última quinta-feira (7). Eu adoro ficar em set, mas dessa vez só fui pra conversar com os atores, ver o texto com eles, as locações, tudo com base no roteiro que fiz com Renata Pinheiros. E é um filme de Cláudio Assis, o que o torna incrível e vai marcar uma nova fase no cinema feito por ele. Uma coisa engraçada que ocorreu foi essa junção entre eu, Cláudio e Xico Sá. Faz tempo que a gente queria se juntar pra trabalhar e tivemos um ensaio no Febre (do Rato). Será o maior prazer estar ao lado desse pessoal de novo.

Como é estar num set de filmagens com Cláudio Assis? E a relação entre vocês?

Minha relação com ele é muito longa. Cláudio se desenha uma pessoa, mas na verdade ele é muito diferente. Os sets de Cláudio são incríveis e muito divertidos, não é aquela coisa pesada e carregada. Cada diretor tem sua forma de trabalhar, algumas pessoas são imperiosa, outras carrascas, mas Cláudio é muito engraçado. Recentemente eu estava com o Matheus Nachtergaele lá em Pesqueira lembrando-se de quando Cláudio era produtor do Amarelo Manga e, diante de uma cena, falou ‘Matheus, você desce aquela escada, faz a sua ‘munganga’ e sai’. A gente ficou rindo daquela situação. É mais ou menos por ai a energia de trabalhar com ele.

Triunfo propicia networking espontâneo entre cinéfilos

Falando em parceria, como é trabalhar com o DJ Dolores, que há um tempo tem se especializado cada vez mais em trilhas para cinema?

Eu escrevi o roteiro e eu indicava todas as músicas, dizia o que gostaria de ter em cada cena. Mas depois o Dolores pegou o roteiro e refez as músicas em cima dele. Então eu costumo dizer que ele é quase um roteirista também. Se fosse dar um gênero pra Tatuagem, provavelmente seria um ‘melodrama musical’, porque a ideia foi muito pautada nesse sentido.

As marcas deixadas pelo Festival de Cinema de Triunfo 

Tem um projeto seu aprovado no Funcultura Audiovisual que vai ter a participação dele e de outros diretores, chamado Contos que Vejo. Você pode falar mais sobre essa proposta?

Esse projeto pega cinco contos nordestinos e um que eu escrevi pra amarrar. A gente vai narrar toda história a partir de uma linha que a gente vai dar, e a unidade da série será onde se passa a narrativa, que é na cidade de Desterro, estamos pensando seriamente também em fazer aqui em Triunfo. A ideia é que cada episódio seja dirigido por um diretor diferente. Já tem Cláudio (Assis), Lírio (Ferreira), Marcelo Gomes, Paulo Caldas. A gente está vendo ainda alguns nomes e pode ser que role também Adelina Pontual, mas é um projeto que estamos apostando muito. Uma coisa que discutimos entre nós é o porquê de não conseguirmos levar para a televisão a realidade do cinema que Pernambuco faz. Não falo de qualidade técnica, mas de impacto e informação. Acho que está na hora de ocupar esses espaços, senão vamos perder de vez.

Feedbacks constantes no Festival de Cinema de Triunfo

No que diz respeito aos espaços de exibição de filmes em Pernambuco, O LeiaJá publicou no mês passado uma matéria que explica como o Recife vai mais que duplicar sua quantidade de cinemas não comerciais até o final de 2015, com a chegada dos Cinemas da UFPE, Cinema do Museu (Fundaj) e Cinema do Porto (Porto Digital). Como você enxerga esse novo cenário?

Eu acho que isso é meio urgente, porque as janelas que são oficiais estão fechadas pra produção da gente. Não é justo que você tenha uma produção tão interessante como a que temos em Pernambucano e não ter quórum. E as janelas daqui são comandadas por um grupo só que estão interessados em resultados imediatos. Quando você trabalha num cinema que é mais alternativo e menos dependente dessa situação, o resultado é ótimo. Um exemplo foi uma sessão de Amarelo Manga que fizemos na Fundaj Derby e que deu muita gente. Não é o mesmo resultado que você tem quando exibe num cinema comercial. E tem muita coisa por traz disso, é como se existisse uma guerra surda de amantes do cinema que não querem ir pra shopping pra ver filme. Eu mesmo acho chato e desgastante essa condição. Acho que isso deve fazer parte da política do Estado. Do mesmo jeito que tem política pra fazer filme, tem que ter pro olhar, e isso é bem urgente.

A sétima edição do Festival de Cinema de Triunfo fez uma homenagem a Fernando Spencer, cineasta pernambucano que faleceu recentemente e que marcou a história da sétima arte no Estado. Fala um pouco sobre a influência e o legado que esse personagem deixou para as próximas gerações de cineastas.

Na minha fala de abertura da sessão de Tatuagem durante o festival eu devia ter falado sobre o Spencer, mas eu sou muito tímido e na hora travo e esqueço tudo. Mas Spencer tem uma coisa muito engraçada. Eu fiquei amigo dele principalmente durante as gravações de Baile Perfumado, de Lírio (Ferreira e Paulo Caldas). Ele era muito apaixonado pelo o que fazia, mas ao mesmo tempo ele tinha ideias de umas coisas que eram muito bacanas. Eu me lembro que ele tinha a sacada de fazer um encontro entre John Wayne (ator americano que fez vários filmes de faroeste) e Lampião. Era uma pessoa adorável e conversar com ele sobre cinema era dividir uma grande aula. Acho essa homenagem mais que justa. A perda dele só não é maior do que o legado que ele deixou aqui.

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Neste sábado (9), uma das atividades da sétima edição do Festival de Cinema de Triunfo foi a I Mostra Competitiva de Curta-metragem dos Sertões, com sessões realizadas no Cine Teatro Guarany. Ao todo, sete filmes do Sertão, incluindo um curta da Paraíba (Sophia, de Kennel Rógis) e um produzido em Triunfo (Ser Mais Que Cinza, de Daniel Figueiredo), fizeram parte da mostra. 

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Também fizeram parte da programação Vicente Finim, A Lenda, de Fagner Monteiro, Malha, de Paulo Roberto, Vale em Fragmentos: Um Ponto de Vista Sobre os Movimentos do Vale, de Maurício Fidalgo, Capela, de Ramon Batista, e Paraíso Selvagem, de Marcos Carvalho, todos curtas pernambucanos e de cidades como Granito e Petrolina.

Germano Santos, nascido em Jaboatão dos Guararapes, mas triunfense de coração, foi conferir a mostra para assistir ao filme Ser Mais Que Cinza, que conta a história de Teco do Agamenon, personagem da cidade que mantém viva a tradição dos Caretas, manifestação da cultura popular sertaneja. “Conheci essa cidadão em 1988, num famoso bloco carnavalesco daqui que é o Cariri. De lá pra cá, nossa amizade se afinou. Já trabalhou em peças e filmes, e o que posso dizer é que Teco é um ícone da cultura triunfense e pernambucana. Espero que com esse trabalho o mundo possa ver uma das raízes que temos em Triunfo. Isso me orgulha”, disse Germano Santos, que se considera um amante da sétima arte.

O diretor de Ser Mais Que Cinza, Daniel Figueiredo, ficou bastante grato com a repercussão do filme na cidade onde foi concebido. "Quando terminou o filme várias pessoas foram embora. Muitas pessoas entraram na sala e perguntavam se ‘o filme de Triunfo’ já havia começado. Tem esse lado das pessoas se verem na tela", disse. “Eu fiz esse filme para Triunfo, que é uma cidade que me acolheu, sou de Fortaleza, e fiz esse trabalho como um presente pra esse povo que me recebeu com muito carinho”, comentou ele, que gravou todo o filme no quintal de Teco. “Na verdade o curta conta a história do Careta, que faz as máscaras. O filme é quase uma autobiografia do Teco, porque as cenas nem foram ensaiadas. Eu pedia pra ele fazer exatamente o que ele faz naturalmente”, explicou o diretor. 

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'Tatuagem' marcada na pele do cinema de Triunfo

 

Triunfo propicia networking espontâneo entre cinéfilos 

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Com a presença de vários realizadores, produtores e uma gama de profissionais da sétima arte nacional durante o Festival de Cinema de Triunfo, realizado pela Secretaria de Cultura do Estado e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), o município sertanejo se transforma naturalmente em um ambiente propício para o surgimento de novas parcerias e trocas de experiências entre os cinéfilos. O resultado deste networking espontâneo fica visível em cada encontro, como nas sessões e nos debates realizados todas as manhãs, além dos momentos de happy hours dos participantes que não param de trocar impressões sobre os filmes exibidos no festival.

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Segundo Carla Francini, coordenadora de Audiovisual da Fundarpe, esse é um dos objetivos do Festival de Cinema de Triunfo. “A gente só acredita em festival assim. Festival de cinema que não tem debate, oficina e diálogo não teve nada. Tem que trazer o povo e fazer essa sinergia acontecer. O objetivo é esse mesmo, deixar as pessoas circulando e trocando ideias”, comenta.

'Tatuagem' marcada na pele do cinema de Triunfo

A cinegrafista Carla Osório, do Espírtio Santo, mas representante do filme carioca Cidade de Deus – 10 anos depois, que conta a história dos atores que participaram do longa de Fernando Meireles uma década depois do sucesso mundial, elogiou a postura do Festival de Cinema de Triunfo em manter um diálogo horizontal entre realizadores e público. “Essa é uma experiência que alguns festivais andam adotando, mas sempre naquele formato ‘mesa e cadeira’, realizadores de um lado e público de outro. O formato que Triunfo escolheu, um grande círculo onde todo mundo interage de forma livre, é muito interessante porque as parcerias se estabelecem de formas naturais. E o ambiente maravilhoso propicia esse ambiente criativo que a gente vive durante o festival”, comenta a realizadora.

Licor e doces artesanais adoçam festival em Triunfo

Responsável pelo Cinema na Estrada em Triunfo, que rodou esse ano por quatro bairros do município, e pelo projeto Curta DozeMeia, realizado no Recife, Amanda Ramos pontua esse fenômeno como um dos pontos alto do festival. “Essa é uma das coisas que eu acho mais interessante no Festival de Cinema de Triunfo. Desde o primeiro ano que eu acompanhei sempre rolou isso, de inclusive nas festinhas a galera se conhece e conversa sobre seus filmes. Eu como cineclubista também nesses momentos consigo várias autorizações pra exibir os trabalhos do pessoal, que chegam a me dar cópias. A gente termina se reencontrando nos outros festivais e isso é bem legal, porque se cria uma relação.

Quem também valoriza essa sinergia natural durante o festival é Rodrigo Almeida, realizador do curta Casa Forte, filme que trata de uma herança colonial que ainda permanece impregnada no bairro. “Acho isso massa porque são pessoas que chegam do país todo, e a maioria não conhecia a cidade. Eu mesmo nunca tinha vindo e estou bem encantado com Triunfo. E o legal é que quando você compartilha as visões com as pessoas você sai da ditadura de si mesmo e alcança um ponto de vista que você jamais alcançaria sozinho”, reflete.

 

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O Festival de Cinema de Triunfo, que este ano chega a sua sétima edição e encerra neste sábado (9), leva ao público que se desloca ao município, além de uma seleção minuciosa de curtas e longas metragens, uma oportunidade de conhecer alguns quitutes encontrados no Oasis sertanejo. Alguns deles são os doces e licores produzidos com diversos produtos, entre eles com laranjas da terra nascidos nas Pousada Café do Brejo, da aposentada Maria Tereza Lins, mais conhecida como Dona Teca, e na Casa de Pedra, comandada por Aquinoan Carvalho, prima de Dona de Teca. 

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Maria Tereza nasceu em Triunfo, mas morou boa parte da vida no Recife. Há 17 anos a aposentada decidiu voltar a viver na terra natal para descansar, mas as responsabilidades dos novos trabalhos a fizeram desistir da ideia. “Esses produtos não são coisas típicas daqui. Isso fui eu quem fez e inventou. Quando vim morar aqui teve um projeto de fruticultura e eu ganhei algumas Laranjas Terra. E a ideia inicial era curtir a aposentadoria em Triunfo, mas acabou que aconteceu o inverso e a pousada, o restaurante e os doces e licores me ocupam desde que voltei a morar aqui”, comenta Dona Teca.

A autoria das iguarias é questionada por Aquinoan Carvalho. “Teca é uma das primeiras, mas eu tenho pra mim que foi Dona Socorre quem começou. Na verdade tem umas cinco pessoas que fazem licor aqui na cidade, inclusive eu. É uma tradição da terra fazer licores de vários sabores, como café, manga, rosas, canela, mas o mais tradicional é com a laranja da terra.

A pousada de Maria Tereza existe desde 2005 e tem boa movimentação, segundo ela, desde antes do Festival de Cinema de Triunfo existir. “Anteriormente já existia uma visitação alta por parte dos turistas aqui na cidade. O festival veio dar uma continuidade e deu uma largueza. Acho que culturalmente pra cidade aumenta o nível, principalmente no trabalho com as oficinas porque capacita o jovem. O Brasil hoje é inculto e isso eleva nosso nível”, opina Tereza.

Segundo Aquinoan Carvalho, a laranja da terra é bastante amarga, mas se bem descascada fica bem adocicada. “Dá até pra chupar os gomos da laranja. Com a casca a gente faz o licor e os doces. São poucas pessoas que sabem fazer os doces”, explica ela. 

 

Nesta segunda-feira (4) começa o 7º Festival de Cinema de Triunfo, no Sertão de Pernambuco. O evento será realizado até o próximo sábado (9) no Cine Teatro Guarany e, além da exibição de curtas e longas-metragens, nacionais e internacionais, terá oficinas gratuitas. Serão distribuídos R$ 50 mil em prêmios.

Foram selecionados 42 filmes para esta edição do festival, provenientes da Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. As obras disputam cinco categorias: Longa-Metragem, Curta-Metragem Nacional, Curta-Metragem Infantojuvenil, Curta-Metragem Sertanejo e Curta-Metragem Pernambucano.

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Esta edição terá ainda a entrega do Troféu Fernando Spencer para o melhor curta-metragem filmado em Pernambuco.

Confira os filmes selecionados para o 7º Festival de Cinema de Triunfo:

Curta-Metragem Infantojuvenil
- Apaixonadinho (Alexandre Estevanato, SP)
- Caixa d'Água (Gilberto Caetano e Thais Scabio, SP)
- Menina Bonita do Laço de Fita (Diego Lopes e Claudio Bitencourt, PR)
- Miroca e Seu Cuco Caduco (Diego Lopes e Claudio Bitencourt, PR)
- Requília (Renata Diniz, DF)
- Sexta-Série (Cecília da Fonte, PE)

Curta-Metragem Nacional        
- A Guerra dos Gibis (Thiago Mendonça e Rafael Terpins, SP)
- A Navalha do Avô (Pedro Jorge, SP)
- Au Revoir (Milena Times, PE)
- Batchan (Gabriel Carneiro, SP)
- Brasil (Aly Muritiba, PR)
- Cancha - Antigamente Era Mais Moderno (Luciano Mariz, PB)
- Carranca (Wallace Nogueira e Marcelo Matos de Oliveira, BA)
- Colostro (Cainan Baladez e Fernanda Chicolet, SP)
- Espantalhos (Marcelo Domingues, SP)
- O Gaivota (Raoni Assis, PE)
- Pássaro de Papel (Leo Alves, ES)
- Sanã (Marcos Pimentel, MG)
- Todos Esses Dias em Que Sou Estrangeiro (Eduardo Morotó, RJ)
- Vácuo (Madiano Marcheti, RJ)
- Viagem na Chuva (Wesley Rodrigues, GO)

Curta-Metragem Pernambucano
- Carne (Carlos Nigro)
- Casa Forte (Rodrigo Almeida)
- Deixem Diana em Paz (Júlio Cavani)
- Destinos (Tiago Leitão)
- Manchik (Marcos Carvalho)
- Psiu! (Antônio Carrilho e Juliana Lima)
- Tubarão (Leo Tabosa)
- Um Dia De Veraneio (Henrique Paiva)
- Xirê (Marcelo Pinheiro)

Curta-Metragem Sertanejo     
- Capela (Ramon Batista, PB)
- Malha (Paulo Roberto, PB)
- Paraíso Selvagem (Marcos Carvalho, PE)
- Ser Mais Que Cinza (Daniel Figueiredo, PE)
- Sophia (Kennel Rógis, PB)
- Vale em Fragmentos: Um Ponto de Vista sobre os Movimentos do Vale (Maurício Fidalgo, PE)
- Vicente Finim - A Lenda (Fagner Monteiro, PE)

Longa-Metragem          
- A Gente (Aly Muritiba, PR)
- Amor, Plástico e Barulho (Renata Pinheiro, PE)
- Cidade de Deus - 10 Anos Depois (Cavi Borges e Luciano Vidigal, RJ)
- Os Pobres Diabos (Rosemberg Cariry, CE)
- Tatuagem (Hilton Lacerda, PE)

Para a sétima edição do Festival de Cinema de Triunfo, que será realizado no Sertão do Pajeú, de 4 a 9 de agosto, 42 filmes de várias regiões do país foram selecionados. Onze estados brasileiros vão compor a programação das mostras competitivas do festival, considerado um dos mais consolidados no circuito nacional. As exibições vão acontecer no Cine Teatro Guarany.

Cineastas de 19 estados, de todas as regiões do país, enviaram 190 filmes à convocatória. Os trabalhos foram avaliados por comissões integradas por críticos, realizadores, gestores e cineclubistas. Os 42 selecionados da Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo concorrem a R$ 50 mil em prêmios. Informações mais detalhadas acerca do evento podem ser encontradas no site da Secretaria de Cultura de Pernambuco.

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Entre as novidades desta edição, está o Troféu Fernando Spencer para o melhor curta-metragem filmado em Pernambuco. O troféu do festival para as demais categorias é o Caretas, em homenagem às figuras centenárias que saem no carnaval pelo Sertão do Pajeú.

 

 

Quem não teve a oportunidade de viajar até a fria cidade de Triunfo, que fica no Sertão do Pajeú, em Pernambuco, vai poder conferir a mostra produzida pelo CinePasárgada, que traz 14 filmes vencedores do último Festival de Cinema de Triunfo, ocorrido em agosto deste ano. A entrada é gratuita.

De terça (27) a quinta-feira (29) serão exibidos filmes classificados em três categorias: Infantil, Adulto e do Sertão. Na programação, “Café Aurora” (foto), do pernambucano Pablo Polo, que ganhou prêmio de melhor som e “A dama do Peixoto”, do carioca Douglas Soares, que ganhou o prêmio especial do júri. As sessões começam às 18h (na terça e na quinta), e às 15h na quarta-feira (28), quando será exibida a mostra infantil.

Confira a programação completa da mostra:

Terça-feira (27/09) | 18h
Brecha (6 min)
Café Aurora (20 min)
A Dama do Peixoto (11 min)
A Melhor Idade (14 min)

Quarta-feira (28/09) | 15h
As Folhas (14 min)
Boi Ventania (14 min)
Fulô de Açucena (9 min)
Garoto Barba (14 min)
Fábula das Três Avós (17 min)

Quinta-feira (29/09) | 18h
A Fábrica (15 min)
Rio de Mulheres (20 min)
Timing (8 min)
Um Outro Ensaio (15 min)
O Céu no Andar de Baixo (15 min)

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