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O alto nível de desemprego e, em particular, o desemprego a longo prazo continuam sendo as principais preocupações da Europa e a melhor maneira de lidar com isso seria impulsionar o crescimento econômico da região, por meio de medidas que incluem a redução dos níveis de dívida e o estabelecimento da união bancária, disse a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.

"Quando o desemprego é alto, o crescimento é lento porque as pessoas consomem menos e as empresas investem e contratam menos. Isto significa que a forma mais eficaz de aumentar o número de postos de trabalho é fazer com que o crescimento suba", escreveu Lagarde em um blog lançado antes de um discurso e painel de discussão em Bruxelas.

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"De acordo com algumas estimativas, um ponto porcentual adicional de crescimento nas economias avançadas do mundo diminuiria o desemprego, levando mais de 4 milhões de pessoas de volta ao mercado de trabalho. Assim, a fim de criar postos de trabalho, temos que elevar o crescimento econômico", disse Lagarde, citando uma pesquisa do FMI.

Além disso, a diretora do FMI afirmou que "o alto nível de desemprego de longa duração é o grande motivo de preocupação: quase metade das pessoas sem emprego estão desempregados há mais de um ano."

Lagarde também apontou para o alto índice de desemprego entre os jovens. "Cerca de um quarto dos europeus com idade inferior a 25 anos que estão à procura de um emprego não conseguiu encontrar. Na Itália e em Portugal, mais de um terço dos menores de 25 anos estão desempregados, enquanto na Espanha e na Grécia, mais da metade também estão", afirmou.

A diretora do FMI reforçou a necessidade de a Europa avançar com as reformas e a importância de concluir a união bancária para garantir a estabilidade financeira. Ela também enfatizou a necessidade de reduzir os níveis de dívida. Fonte: Market News International.

As mudanças esperadas na política monetária dos países desenvolvidos, que podem começar já nesta semana nos Estados Unidos, vão exigir maior coordenação internacional de políticas para lidar com os efeitos negativos em moedas, juros e fluxos de capital, alerta um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado neste domingo, 15. Mas com exceção de períodos de crise mais aguda, os esforços de coordenação têm se mostrados pequenos ou inexistentes entre os diversos países.

Por isso, os técnicos do FMI sugerem duas medidas para tentar estimular a coordenação de políticas. A primeira é a existência de um assessor ou coordenador neutro para discutir estas políticas, que poderia ser o próprio FMI. A segunda é a adoção pelos países de princípios ou regras para limitar certas ações que poderiam ter efeitos mais nocivos em outros países.

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"A coordenação internacional de políticas é igual ao monstro do lago Ness, muito discutida, mas raramente vista", escreve no material enviado à imprensa que acompanha o estudo os economistas do FMI Olivier Blanchard, Jonathan Ostry e Atish Ghosh, estes dois últimos os autores do estudo.

O relatório divulgado em Washington recebeu o nome de "Obstáculos à coordenação de política internacional e como superá-los" e avalia por que a cooperação entre os diversos países é tão baixa. Em períodos de maior turbulência, como na crise de 2008, a necessidade de coordenação de políticas foi rapidamente percebida e daí saíram várias ações, como a adoção de políticas fiscais de estímulos em diversos países. Mas em períodos mais calmos, o documento destaca que a dificuldade de coordenação é maior e ações orquestradas são raras.

O estudo do FMI aponta alguns fatores que dificultam a coordenação de políticas em tempos mais normais, a incerteza e a falta de acordo entre os países. Uma medida que, por exemplo, em um país desenvolvido provoque desvalorizações de moedas, pode ser bem vista em alguns países por estimular as exportações, mas em países que importam mais a percepção será diferente, pois os preços vão subir. Por isso, acaba sendo difícil perceber e mensurar os benefícios da coordenação de políticas em nível internacional, destaca Blanchard.

Assim, a proposta do documento é a existência de um assessor neutro, para deixar claro os tipos de contágio que podem ocorrer e assim conseguir a cooperação para determinadas medidas. O FMI, diz o material assinado por Blanchard, Ostry e Ghosh, já assessora cada país membro em diversas questões internas e, mais recentemente, tem procurado aprofundar os estudos dos contágios das atuais políticas monetárias dos países desenvolvidos. Por isso, "o Fundo poderia identificar políticas que estão tanto no interesse nacional como no internacional".

Já a segunda sugestão do relatório fala nos países se comprometerem em adotar princípios ou regras que ajudariam a diminuir os contágios negativos em outros países por meio da conta corrente e de capital. O primeiro princípio buscaria limitar políticas que elevam os desalinhamentos entre moedas e provocam desequilíbrios nas contas externas. O segundo seriam políticas para reduzir instabilidade nos fluxos financeiros entre países.

Sem citar, diretamente, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a presidente Dilma Rousseff fez nesta sexta-feira, 22, críticas ao governo dele, ao lembrar que, quando o PT assumiu o comando do País, em 2003, herdou dívidas para quitar com o Fundo Monetário Internacional (FMI). "O governo anterior ao Lula deixou um acordo com o FMI que limitava investimentos", disse, em cerimônia de inauguração da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) 24 horas em Horizonte (CE).

De acordo com Dilma, depois de pagar a dívida com o FMI, o País conseguiu ter autonomia para fazer os investimentos. "Só no meu governo, sem contar o governo Lula, que também investiu muito, já investimos R$ 93 bilhões", disse. Ela afirmou ainda que a falta de autonomia e a baixa capacidade financeira do Brasil impedia aportes em saneamento básico. "Por isso, não tinha esgoto e abastecimento de água tratada."

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O Brasil pediu uma reunião extraordinária do Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta quarta-feira (13), para discutir os informes de que os EUA espionaram a instituição.

"Uma reunião foi realizada a meu pedido. Eu queria alguma explicação", disse o diretor executivo do FMI que representa o Brasil, Paulo Nogueira Batista. Fonte: Dow Jones Newswires.

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O crescimento do investimento e o reequilíbrio dos motores que movem a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil não é um fenômeno recente como argumenta o Fundo Monetário Internacional (FMI) em relatório anual sobre a economia brasileira divulgado nesta quarta-feira, 23, de acordo com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland.

O Brasil tem dado atenção ao investimento desde 2006 e 2007, quando o governo passou a priorizar o setor de infraestrutura, diz Holland. "O que acontece agora é a ampliação desses investimentos, com o programa de concessões. Não é uma preocupação recente. Já estamos conduzindo essa agenda há um pouco mais de tempo", disse a jornalistas na sede da entidade na capital norte-americana.

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Para Holland, no relatório, o FMI procura enfatizar que mais recentemente o Brasil vem buscando balancear os segmentos que puxam a economia, antes dominada pelo crescimento do consumo. O secretário disse que, nos últimos dez anos, o investimento aumentou a uma taxa anual de 5,7% e a economia cresceu a uma média de 3,6%, enquanto o consumo teve expansão de 4,3% ao ano. "Nos últimos dez anos, o investimento já estava crescendo acima da taxa média de expansão da economia brasileira. Portanto esse rebalanceamento de um modelo baseado em consumo para outro baseado em investimento já estava acontecendo há algum tempo."

Holland frisou ainda que, por conta de programas do governo para redução dos custos financeiros e tributário associados os investimentos, tem havido uma queda do preço do investimento em relação a média de preços da economia. Ou seja, os bens de capital ficaram mais baratos. Com isso, para aumentar a participação do investimento no Produto Interno Bruto (PIB), o aporte precisa crescer ainda mais.

Num momento em que a política econômica é alvo de ataques dos opositores da presidente Dilma Rousseff nas eleições, o Brasil vai enviar missão técnica a Washington para discutir com o Fundo Monetário Internacional (FMI) mudanças no cálculo da dívida bruta brasileira.

O grupo será liderado pelo secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland. A visita ocorrerá dos dias 20 a 26 de outubro, segundo despacho publicado ontem (18) no Diário Oficial da União.

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Em julho deste ano, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, enviou correspondência à diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde, pedindo a mudança. Pelos critérios oficiais brasileiros, a dívida bruta do País fechou 2012 com o valor equivalente a 58,7% do Produto Interno Bruto (PIB), mas nas contas do FMI esse porcentual chegou a 68%.

A diferença está na forma como são contabilizados os papéis emitidos pelo Tesouro Nacional. O governo brasileiro quer que apenas uma parte deles seja considerada na dívida do País.

O governo brasileiro está empenhado nessa mudança porque o aumento da dívida bruta, impulsionado pelos aportes de empréstimos do Tesouro ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e à Caixa Econômica Federal tem sido motivo de crítica dos economistas, principalmente das agências internacionais de classificação de risco.

A dívida bruta tem tido forte alta nos últimos anos por causa desses aportes, e hoje é ponto de desconfiança em relação à política fiscal brasileira. Mantega, inclusive, já prometeu injetar menos dinheiro do Tesouro nos dois bancos.

Carta ao FMI

"O governo brasileiro entende que critérios padronizados para estatísticas nacionais são importantes para o FMI", disse o ministro na carta. "Porém, dado que o critério corrente distorce a estimativa da dívida bruta brasileira, solicitamos a revisão da metodologia." Em outro trecho, o documento afirma que os dados do FMI estão "substancialmente superestimados", e que isso prejudica a percepção sobre a situação fiscal brasileira.

Mantega explicou, na carta, que a metodologia de apuração da dívida bruta foi alterada em 2008 para dar um retrato mais fiel

sobre a situação das contas nacionais.

Ele informou que, desde 2000, por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal, o Banco Central está proibido de emitir títulos.

Porém, possui em carteira um volume elevado de papéis emitidos pelo Tesouro Nacional. No fim de 2012, somava 20,6% do PIB.

Excesso de liquidez

Diferentemente do FMI, que considera todos os papéis emitidos pelo Tesouro como dívida bruta, o governo brasileiro só

contabiliza como endividamento a parcela dos títulos que são utilizados em operações compromissadas, "dado que esse valor é

associado à dívida do Tesouro Nacional em poder do público".

Essas operações são realizadas pelo Banco Central com o objetivo de retirar o excesso de liquidez do mercado. A parcela correspondia a 11,9% do PIB em dezembro de 2012. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) sugere no documento final de sua reunião anual que o Brasil faça reformas para acelerar o investimento em infraestrutura, melhore gradualmente sua situação fiscal e diz que, em meio às pressões inflacionárias, o País tem espaço limitado para flexibilizar a política monetária. As sugestões constam do relatório "Agenda de política global da diretora gerente", que faz um sumário da situação da economia mundial, os desafios para os países e sugestões de política econômica.

Os país emergentes devem deixar suas moedas se ajustarem ao novo cenário da economia global. Mas naqueles com níveis bons de reservas internacionais, o governo deve intervir no mercado de câmbio para evitar volatilidade excessiva, recomenda o FMI.

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Com a mudança da política monetária nos países desenvolvidos, os emergentes podem experimentar volatilidade adicional e pressões no mercado financeiro, incluindo "severos" problemas no balanço de pagamentos daqueles países com fundamentos mais fracos.

Sobre infraestrutura, o documento cita que é "crítico" que os emergentes removam obstáculos estruturais que impedem um maior crescimento e cita o Brasil e Índia como aqueles que precisam de reformas para acelerar o investimento e melhorar os estrangulamentos pelo lado da oferta.

O relatório volta a ressaltar que o crescimento dos mercados emergentes está se desacelerando em meio a condições financeiras mais duras e crescentes estrangulamentos no setor de infraestrutura. Além disso, o espaço para estimular a atividade por meio do aumento de gastos do governo e empréstimos de bancos públicos está chegando ao limite e "não pode mais ser confiado como um motor para o crescimento". Em um outro relatório, o FMI já havia destacado que a estratégia do Brasil de usar os bancos do governo para dar crédito estava comprometendo a dívida pública.

No caso dos países desenvolvidos, o documento cita que eles não podem confiar apenas na política monetária para estimular o crescimento, sobretudo no caso do Japão. Para os Estados Unidos, a recomendação é de reforma fiscal mais balanceada e gradual no médio prazo e não tão intensa como foi este ano com a entrada em vigor dos cortes automáticos de gastos públicos em março. O relatório fala ainda que os EUA precisam elevar o teto da dívida pública e acabar com a paralisação do governo, que caminha para sua terceira semana.

No caso da Europa, a recomendação é de reformas estruturais para estimular a atividade e redução da fragmentação financeira, com união bancária completa na região. "A região aos poucos vai saindo da recessão."

Inflação, dívida pública e infraestrutura deficiente deram destaque ao Brasil na agenda política apresentada ontem pela diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, ao Comitê Monetário e Financeiro Internacional (IMFC), o principal conselho político da instituição.

Emergentes sujeitos a pressões inflacionárias terão pouco espaço para estimular o crescimento com medidas monetárias, disse a diretora, citando como exemplos Brasil, Índia, Indonésia e Rússia. Aqueles com dívida pública elevada foram aconselhados a dar prioridade à arrumação das contas de governo. O Brasil foi citado, nesse caso, juntamente com seis emergentes, incluídos Hungria e Polônia. Na terceira referência, o País foi aconselhado a apressar os investimentos em infraestrutura para remover obstáculos ao crescimento da produção.

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Segundo o FMI, a dívida pública brasileira chegou a 69% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado e deve aumentar neste ano e no próximo, Brasília protesta contra os critérios do Fundo e apresenta números mais baixos, em torno de 58% do PIB para a dívida bruta. Por qualquer critério, no entanto, o endividamento público brasileiro é maior que a média dos emergentes, na faixa de 35%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) advertiu o Banco Central Europeu (BCE) a ser rigoroso ao expor os créditos corporativos duvidosos nos balanços patrimoniais dos bancos da zona do euro. Segundo o Fundo, uma proporção alarmantemente alta de créditos bancários a empresas não financeiras na Espanha, na Itália e em Portugal, particularmente, não está fazendo pagamentos de juros ou é devida por companhias que não têm como pagar o serviço dessas dívidas.

A advertência, publicada no Relatório sobre Estabilidade Financeira Global, é uma mudança importante em relação aos últimos anos, quando o FMI se mostrava mais preocupado com os riscos associados à enorme exposição dos bancos da zona do euro a seus respectivos governos, e vice-versa.

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A nova análise do Fundo sai num momento delicado para o BCE, que está se preparando para fazer uma auditoria minuciosa dos 130 maiores bancos da zona do euro antes de assumir a responsabilidade por sua supervisão.

As atas das reuniões do Conselho do FMI publicadas nesta terça-feira pelo Wall Street Journal revelam detalhes de divergências profundas sobre a maneira de lidar com a crise da dívida da Grécia. Membros não europeus do Conselho, especialmente os mais pobres, mostraram insatisfação com a dimensão do apoio que eles tiveram de dar desde 2010 a uma Europa relativamente mais rica.

O FMI qualificou sua próxima Revisão da Qualidade dos Ativos e a próxima rodada de testes de estresse entre os bancos como "uma oportunidade de ouro para realizar uma avaliação transparente e abrangente dos bancos de toda a zona do euro, que poderá ajudar a restaurar a confiança do investidor na qualidade dos balanços patrimoniais das instituições".

Para o FMI, quase metade da dívida corporativa de Portugal é devida por companhias cujos lucros anuais (antes de juros e impostos) não cobrem nem mesmo suas contas de juros de 2012. Nos casos da Espanha e da Itália, as proporções seriam de 40% e 30%, respectivamente. O relatório nota que as empresas frequentemente tinham poucas alternativas, ao abrir espaço para fazer pagamentos de juros, a demitir funcionários e reduzir investimentos - reduzindo, dessa forma, sua própria capacidade de produzir e de crescer no futuro.

"De uma maneira geral, mais de 3/4 da dívida corporativa de Portugal e da Espanha e cerca de metade da dívida corporativa da Itália são devidos por empresas com relações dívida/ativos de 40% ou mais", diz o documento. Segundo o FMI, a política do BCE de manter as taxas básicas de juro baixas não tem sido suficiente para contrabalançar as pressões que puxam para cima os juros dos créditos para as empresas. O relatório nota que a dinâmica frágil da dívida de muitos tomadores levou os bancos dos países estressados a manterem taxas de juro muito mais altas do que em países do "núcleo" da zona do euro, como Alemanha e França.

"Tomar medidas para reverter a fragmentação financeira vai ajudar a reduzir os juros em economias estressadas, mas isso não será suficiente para resolver o excesso de dívida corporativa", diz o relatório. Combinados, os sistemas bancários de Portugal, Espanha e Itália têm créditos corporativos duvidosos de quase 240 bilhões de euros, de menos de 50 bilhões de euros no começo de 2008. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Brasil mostrou determinação em usar a política monetária para controlar a inflação alta e soube lidar com a volatilidade recente do mercado financeiro, deixando a taxa de câmbio flutuar. As avaliações foram feitas pelo chefe da Divisão de Estudos Econômicos Globais do Fundo Monetário Internacional (FMI), Thomas Helbling, em conversa com jornalistas nesta terça-feira, 08.

O Brasil, avalia Helbling, vem navegando nos últimos dois anos "em um ambiente difícil", com a crise na zona do euro, mudança dos preços internacionais das commodities e ainda tendo que se ajustar internamente à mudança do cenário global.

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Um dos principais desafios do País, de acordo com ele, é melhorar a infraestrutura e retirar barreiras que estão impedindo a expansão do investimento privado. Muitas áreas mostram esgotamento e isso precisa ser resolvido, disse aos jornalistas. Helbling frisou que há uma complementaridade entre investimento público e privado e que este último só vai deslanchar quando o setor público fizer seu papel.

Pouco antes, o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, já havia ressaltado a necessidade de reformas estruturais para fazer os países emergentes voltarem a crescer em ritmo mais forte. "Os emergentes enfrentam o desafio duplo de verem o crescimento se desacelerar e uma mudança nas condições financeiras globais", disse em uma coletiva à imprensa.

Após o Fundo Monetário Internacional (FMI) manter a projeção de crescimento da economia brasileira para 2013 e reduzir a de 2014, a presidente Dilma Rousseff defendeu que o País sente os efeitos da crise, mas tem optado por uma outra saída, ao criar empregos e garantir políticas sociais.

"Desde a eclosão da crise em 2008, a mensagem do Brasil tem sido clara: a saída da crise não virá pela redução da renda dos trabalhadores, pela diminuição do emprego formal, pela restrição às liberdades sindicais ou pela degradação das políticas sociais", afirmou Dilma, ao discursar na abertura da 3ª Conferência Global sobre Trabalho Infantil, em Brasília, nesta terça-feira (8).

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"Acreditamos e praticamos políticas consistentes com essa mensagem", prosseguiu Dilma, destacando que o Brasil tem sofrido também as consequências da crise. "Mas nós geramos mais de 1 milhão de empregos formais e, desde que tomei posse em 1º de janeiro de 2011, geramos 4,7 milhões de empregos".

Dilma aproveitou o discurso para uma plateia de ativistas e diplomatas para citar as discussões no encontro do G-20, na Rússia no mês passado. "Na cúpula de São Petersburgo, os líderes do G-20 reconheceram que a situação da economia mundial continua frágil e uma das demonstrações dessa fragilidade são os altos níveis de desemprego. Os dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho) registram a existência de 200 milhões de desempregados em todo o mundo, número que poderá seguir crescendo. Nesse contexto, os principais efeitos da crise tendem a recair muito sobre crianças e jovens, justamente a quem devemos nossos maiores esforços de proteção", afirmou.

O FMI segue apostando que a economia brasileira crescerá 2,5% este ano, mas para o ano que vem, a projeção de alta foi reduzida de 3,2% para 2,5%.

Os países emergentes terão de se ajustar a um cenário de menor crescimento e de mudança nas condições financeiras globais num momento em que a economia mundial passa por nova transição, afirmou o economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Olivier Blanchard. Os Estados Unidos são a principal fonte de risco para a economia global neste momento, destacou em entrevista nesta terça-feira (8). O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) tem que lidar com problemas de comunicação que são "novos e delicados" e devem afetar os mercados, na medida em que a política monetária dos EUA mudar.

Sobre a paralisação do governo, Blanchard ressaltou que ela não deve ter maiores efeitos negativos na economia se durar pouco tempo. Mas o fracasso em elevar o teto da dívida pode levar a grandes turbulências no mercado financeiro global e até colocar a economia mundial em recessão.

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"O fracasso prolongado pode levar a uma consolidação fiscal extrema nos EUA e seguramente afetar a recuperação da economia norte-americana", disse aos jornalistas. Blanchard frisou que o FMI vê como baixa a probabilidade de um fracasso em elevar o teto da dívida, mas que se isso ocorrer, as consequências serão graves.

No caso da Europa, o economista frisou que a região, finalmente, mostra sinais de recuperação. "A retomada, porém, não se deve a nenhuma grande mudança na política econômica, mas em parte a uma mudança no humor (dos agentes)", disse Blanchard.

Na semana passada, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, já havia mencionado em um discurso a nova transição que passa neste momento a economia global, com os países desenvolvidos ganhando força lentamente e os emergentes perdendo impulso. Hoje, Blanchard voltou a tocar no tema, destacando que a desaceleração dos emergentes tem sido maior que a esperada pelo FMI.

O Brasil teria armas para enfrentar a reversão dos fluxos internacionais de capital que pode ocorrer com a mudança da política monetária nos Estados Unidos e outros países desenvolvidos, conclui um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado nesta segunda-feira, 07. Mesmo se houver uma "fuga significativa" de recursos estrangeiros, o País teria "certa" margem de manobra.

Uma destas armas é o alto nível de reservas internacionais do País, que podem ser usadas para prevenir uma disparada do dólar, destaca o estudo do FMI. Outra possibilidade seria o Banco Central reduzir o nível alto das taxas do depósito compulsório exigido dos bancos, o que poderia contornar eventuais problemas de liquidez no sistema financeiro.

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O relatório destaca que nem bancos nem empresas brasileiras "dependem muito" do capital estrangeiro para se financiar, o que seria outra vantagem do Brasil para lidar com a possível saída de recursos externos.

Pelo lado negativo, uma reversão dos fluxos de capital pode complicar o financiamento do déficit da conta corrente do balanço de pagamentos. As taxas de juros de longo prazo do Brasil são historicamente muito sensíveis aos movimentos da política monetária dos EUA, destaca o FMI. Além disso, o mercado financeiro brasileiro é também muito influenciado pelas condições do mercado internacional, mais até que outros países emergentes, mostram estudos econométricos feitos pelos economistas do Fundo.

O Brasil fez parte de um estudo de caso do FMI com outros 12 países, emergentes e desenvolvidos, para analisar as consequências das mudanças da política monetária norte-americana. O objetivo foi ver como esses países reagiram desde o final de maio, quando o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Ben Bernanke, anunciou pela primeira vez que parte dos estímulos monetários poderia ser retirada até o fim deste ano. Além do Brasil, estão na lista países como Austrália, Canadá, China, Índia e Rússia.

No geral, os 13 países analisados lidaram bem com a mudança do cenário na economia global, de acordo com o relatório do FMI. "Nenhum destes países exibiu instabilidade financeira ou econômica aguda ou generalizada", afirma o relatório, destacando que alguns destes mercados se mostraram mais resistentes que outros. Os países mais desenvolvidos (como Canadá e Austrália) e os emergentes mais resistentes e/ou menos expostos devem lidar melhor com a mudança da política do Fed. Já outros países mais expostos e menos resistentes ficariam mais vulneráveis.

O relatório destaca que os 13 países receberam grande volume de capital externo desde a crise financeira mundial, com a adoção das políticas monetárias não convencionais nos mercados desenvolvidos. No Brasil, entre os efeitos citados no estudo, estão a valorização do real, uma alta forte do preço dos imóveis em algumas cidades, crescimento do crédito e a adoção do governo de medidas para administrar estes fluxos.

Uma missão do governo brasileiro irá a Washington em outubro debater com o Fundo Monetário Internacional (FMI) os critérios de cálculo da dívida pública brasileira. A divergência entre o modelo adotado pelo Ministério da Fazenda e o do fundo foi um dos pontos que levaram o governo brasileiro a desautorizar a publicação do relatório completo do organismo com os dados da análise anual feita sobre a economia brasileira, o chamado "artigo 4º". A informação foi dada pelo diretor executivo do FMI para o Brasil, Paulo Nogueira Batista, que participa de evento no Rio, nesta quinta-feira, 26.

O Brasil cobra do FMI modificações e ajustes técnicos no documento antes de autorizar a publicação da íntegra do relatório. Apenas o sumário foi divulgado em agosto, apesar de o relatório estar pronto desde o fim de julho. Segundo o economista, o Brasil solicitou revisões no relatório com base em vários critérios: erros factuais; passagens ambíguas; passagens sensíveis do ponto de vista do mercado financeiro. A mensuração da dívida pública bruta estava entre eles.

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"Esse ponto está presente mas transcende o relatório do artigo 4º. O Brasil há anos vem explicando ao FMI porque mudou a forma de cálculo da dívida. O fundo não tem dado suficiente atenção", disse Nogueira Batista, ressaltando que falava em nome próprio.

Para o diretor do fundo, há uma demora do staff do FMI em responder aos questionamentos enviados pelo Brasil sobre o artigo, que é preparado depois de uma avaliação e troca de informações com a área econômica do governo sobre a estratégia de política econômica do país analisado. Os documentos só podem ser divulgados com o aval das autoridades locais.

O Brasil vem pressionado o FMI a revisar a metodologia de cálculo da dívida bruta do governo federal e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a enviar uma carta à diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde. O objetivo da reunião é tentar alinhar os conceitos, num momento em que o Brasil vem sofrendo críticas em relação à sua política fiscal e emissões do Tesouro para capitalizar os bancos públicos, como BNDES e Caixa.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) recomenda uma redução gradual no ritmo de concessão de crédito por bancos públicos no Brasil, de acordo com relatório sobre a economia brasileira divulgado nesta quarta-feira. Além disso, o Fundo recomenda que o País siga aumentando os juros para conter a inflação.

O documento destaca que o sistema bancário brasileiro está sólido e bem preparado para uma adequação até antes do previsto às regras de Basileia 3, que vão exigir mais capital de alta qualidade dos bancos. Mas os técnicos do Fundo observam que os bancos públicos, ao emprestar mais que os privados, estão mais expostos a riscos e podem até comprometer as contas do governo.

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O FMI recomenda disciplina fiscal ao País e a adoção de uma meta de superávit primário que coloque o déficit público em trajetória de queda. Ao destacar esse ponto, o documento ressalta que a estratégia do governo de estimular o crédito nos bancos públicos pode ter impactos fiscais.

"As condições financeiras ficaram mais difíceis, mas o crescimento do crédito permanece forte, puxado pelos bancos públicos", destaca o relatório. O FMI nota que o crédito imobiliário segue crescendo de forma acelerada, mas não representa riscos, pois ainda equivalem a porcentual pequeno do mercado de crédito local. Os preços dos imóveis tiveram uma correção, mas ainda seguem elevados. Em documentos anteriores, o Fundo mostrou preocupação com a forte alta dos preços das residências no país, sobretudo em São Paulo e Rio.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, desautorizou o representante brasileiro junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI), Paulo Nogueira Batista, que se absteve na votação do fundo que aprovou o pagamento de uma das parcelas do pacote de ajuda financeira à Grécia. Segundo Mantega, o Brasil é favorável ao programa de socorro ao país europeu e, por isso, ele mesmo telefonou para a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, para comunicar a posição brasileira.

"Hoje falei com a Lagarde e disse que a posição do Brasil é para que liberem sim recursos à Grécia. Teremos que retificar esse voto, mas, de qualquer forma, isso não impediu aprovação da tranche ao pacote de resgate", afirmou Mantega em entrevista à imprensa nesta quinta-feira, 01. "Vamos liberar essa parcela e as demais", acrescentou.

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Para Mantega, houve falha de comunicação. "O nosso representante no FMI participa de dezenas de votações todas as semanas, então ele não precisa me consultar em todas. Mas precisa me consultar em votações polêmicas, ele sabe das diretrizes", explicou. Nogueira virá a Brasília na próxima semana para dar explicações ao ministro, que disse que ele continua no cargo.

Apesar de o diretor também representar países menores da América Latina no fundo, Mantega disse que o Brasil tem posição majoritária na cadeira e, por isso, Nogueira deveria ter seguido a posição brasileira. O ministro admitiu ainda que o programa de ajuda à Grécia possui defeitos e pode ser melhorado, mas isso não seria motivo para o Brasil negar qualquer novo aporte em um programa que foi aprovado pelo próprio País.

"Simbolicamente não é bom, porque não é nossa posição. Hoje somos credores do FMI e vamos liberar recursos para a Grécia, não podemos nos posicionar desta forma", disse Mantega. Ele lembrou que o Brasil tem demandas em relação ao fundo, como a reforma dos votos, e considerou que o FMI está atrasado. "Mas isso não é motivo para que nós venhamos a negar tranche."

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, enviou correspondência este mês à diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, pedindo alteração na metodologia de cálculo da dívida bruta brasileira. Pelos critérios oficiais do País, a dívida fechou 2012 em 58,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Nas contas do organismo multilateral, chega a 68% do PIB.

"O governo brasileiro entende que critérios padronizados para estatísticas nacionais são importantes para o FMI", diz a carta. "Porém, dado que o critério corrente distorce a estimativa da dívida bruta brasileira, solicitamos a revisão da metodologia." Em outro trecho, o documento afirma que os dados do FMI estão "substancialmente superestimados" e que isso prejudica a percepção sobre a situação fiscal brasileira.

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Mantega explica, na carta, que a metodologia de apuração da dívida bruta foi alterada em 2008 para dar um retrato mais fiel sobre a situação das contas nacionais. Ele informa que, desde 2000, por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal, o Banco Central está proibido de emitir títulos. Porém, possui em carteira um volume elevado de papéis emitidos pelo Tesouro Nacional. No final de 2012, somava 20,6% do PIB.

Diferente do FMI, que considera todos os papéis emitidos pelo Tesouro como dívida bruta, o governo brasileiro só contabiliza como endividamento a parcela dos títulos que são utilizados em operações compromissadas, "dado que esse valor é associado à dívida do Tesouro Nacional em poder do público". Essas operações são realizadas pelo Banco Central com o objetivo de retirar o excesso de liquidez do mercado. A parcela correspondia a 11,9% do PIB em dezembro de 2012.

Sem riscos

Os demais papéis, explica a carta, estão em carteira por razões "meramente técnicas" e são operações que "não interferem nas condições de mercado da dívida pública em nenhuma circunstância", uma vez que não têm natureza fiscal e não criam riscos de refinanciamento ao governo.

O ministro comenta, ainda, que o tema foi objeto de discussões em nível técnico. Ele pede a Lagarde apoio para trazer a questão a uma "conclusão satisfatória". As estatísticas do FMI mostram que, medida como proporção do PIB, a dívida bruta brasileira é a maior entre os Brics (bloco que, além do Brasil, reúne Rússia, Índia, China e África do Sul. A dívida bruta da Rússia é de 10,9% do PIB; a da China, de 22,8% do PIB; a da África do Sul, de 42,3% do PIB; e a da Índia, e 66,8% do PIB. "Se o FMI aceitasse o pedido e mudasse a metodologia, haveria uma nova série para todos os países e a situação do Brasil em relação aos outros continuaria a mesma", comentou o economista Felipe Salto, da consultoria Tendências.

Razão

Ele avalia que o governo até tem razão em suas ponderações, pois há uma parcela importante de títulos do Tesouro em poder do Banco Central que são dívida de governo para governo e não interferem no mercado. "Mas não é por causa da metodologia que a dívida bruta está crescendo", acrescentou.

Na série do FMI, o endividamento avançou 3,6 pontos porcentuais de PIB entre 2011 e 2012. Na estatística "antiga" do Banco Central, próxima à do FMI, o aumento no mesmo período foi de 3,3 pontos porcentuais de PIB. Na sua avaliação, a dívida bruta cresce porque o Banco Central está fazendo parte do trabalho do Tesouro de rolar a dívida pública. Isso porque as operações compromissadas oferecem prazos mais curtos e melhor rentabilidade, por isso são preferidas pelo mercado. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O Brasil ainda pode ter que aumentar mais os juros para lidar com a inflação elevada, avalia o Fundo Monetário Internacional (FMI). O país continua enfrentando um desafio considerável para conter a alta de preços, que vem superando o topo da meta do Banco Central (BC) e requer novo aperto monetário. A recomendação faz parte de um documento do FMI apresentado na última reunião ministerial do G-20, o grupo dos países mais ricos do mundo, realizada em Moscou, na semana passada.

O documento tem o título "Perspectivas globais e desafios de política" e destaca que a recuperação da atividade econômica global vem desapontando e o ritmo de crescimento será menor que o esperado, sobretudo por causa da zona do euro, que segue em recessão, e da expansão mais fraca dos países emergentes. Para os emergente, a avaliação é que eles vão navegar em "águas mais turbulentas" e os governos precisam ficar atentos a um cenário de maior volatilidade, sobretudo por conta da possibilidade de mudança da política monetária dos Estados Unidos.

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Sobre o Brasil, o documento fala que o crescimento econômico continua a desapontar, embora pontue que "finalmente" o investimento dá sinais de expansão. O Fundo prevê expansão de 2,5% para a economia brasileira, número inferior à estimativa feita em abril, quando se previa crescimento de 3%.

Nos países desenvolvidos, EUA e Japão devem ser destaques em recuperação. O Fundo volta a falar que as políticas monetárias devem continuar sendo acomodatícias para estimular as economias. Nos EUA, o mercado de trabalho, apesar da melhora recente, segue fraco e os estímulos monetários seguem sendo necessários. Na Europa, em recessão, os estímulos monetários são mais que necessários.

O FMI enfatiza que o ritmo dos ajustes fiscais deve ser cuidadosamente calibrado para evitar comprometer a recuperação das economias e o crescimento, postura diferente do passado, quando a instituição dava peso maior ao ajuste fiscal em detrimento da atividade econômica. Os desequilíbrios fiscais, diz o documento, são mais acentuados neste momento nos países desenvolvidos, como os da Europa. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O Brasil pediu que o Fundo Monetário Internacional (FMI) mude a forma como calcula a dívida do governo, em um movimento que mostraria que o País parece menos endividado. Em uma carta enviada na quinta-feira (25) para a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o cálculo é distorcido.

Mantega pediu que o FMI não leve alguns títulos mobiliários em conta. Na carta, cuja cópia foi vista pela Dow Jones Newswires, Mantega afirmou que alguns bônus emitidos pelo Tesouro são mantidos pelo Banco Central para executar a política monetária e alguns não são usados como colateral sobre operações de recompra. Aqueles que não são usados como colateral não "têm uma natureza fiscal" e não deveriam ser incluídos nos cálculos da dívida, segundo o ministro.

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O ministro afirmou que a questão foi debatida entre o Ministério e o FMI, mas as conversas não chegaram a lugar algum, e pediu a intervenção de Lagarde. De acordo com um porta-voz do ministro, o fundo ainda não respondeu.

O FMI calcula que a dívida bruta do governo brasileiro é equivalente a cerca de 68% do Produto Interno Bruto (PIB) e o pedido de mudança reduziria essa proporção para 58,7%, compatível com os dados oficiais. O governo brasileiro vem sendo criticado por gastar demais e muitos economistas temem que o País possa perder o grau de investimento no futuro se a política econômica não se tornar mais austera.

Mantega repetidamente rejeitou esses temores, dizendo que o Brasil possui políticas sólidas e que as contas do governo estão saudáveis. Na última segunda-feira, o ministro anunciou cerca de US$ 4,5 bilhões em cortes no Orçamento para este ano e disse que o movimento garante que as metas fiscais serão atingidas. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Hungria pagará seu empréstimo ao Fundo Monetário Internacional (FMI) neste verão (Hemisfério Norte), antes do prazo final estabelecido em 2014, afirmou o primeiro-ministro do país, Viktor Orban, no último passo para cortar os laços do país com a organização internacional o máximo possível.

O reembolso serve também como uma demonstração das prioridades do governo húngaro, que está buscando se reeleger no próximo ano, para retomar sua soberania. O governo do partido Fidesz, que tomou o poder em 2010, se irritou inúmeras vezes com o que ele vê como uma interferência por parte do FMI e da União Europeia na formulação das políticas no país.

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"A Hungria não é uma grande potência. Tem sido um objetivo permanente (da Hungria) ao longo dos séculos se defender de esforços das principais potências mundiais para desviar seus recursos e proteger a sua soberania política e econômica", disse Orban em um discurso televisionado em Baile Tusnad, Romênia.

O movimento ocorre algumas semanas depois de o banco central local pedir ao FMI em uma carta pública à diretora-gerente da organização, Christine Lagarde, para fechar seu escritório no país. O FMI, que ajudou a resgatar o país em 2008, concordou em meados de julho com o pedido do governo. O empréstimo da Hungria era de cerca de 2,86 bilhões de euros (US$ 3,8 bilhões) no fim de junho, de acordo com dados publicados no site do FMI. Fonte: Dow Jones Newswires.

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