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A cassação do mandato do vereador Renato Freitas (PT) foi aprovada pela maioria da Câmara de Curitiba, na primeira de duas sessões especiais abertas para julgar novamente o caso, na manhã da última quinta-feira (4). Entre os 34 parlamentares presentes no julgamento, 23 foram a favor da cassação e sete foram contra.

Freitas foi acusado de invadir a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em fevereiro, durante manifestação antirracista. Além disso, o envolvido e também os vereadores Eder Borges (PP) e o Pastor Marciano (SD) estavam presentes mas foram impedidos de votar por estarem envolvidos no processo.

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Além disso, em junho, já havia ocorrido algumas votações sobre a cassação de Freitas, mas foram suspensas por decisão liminar da desembargadora Maria Aparecida Blanco de Lima, da 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). Em sua defesa, o vereador alega que as imagens comprovam que não houve interrupção.

“Não houve interrupção de missa e as imagens comprovaram isso, a missa já havia acabado. Não houve invasão, já que as portas estavam abertas, não houve desrespeito ao local sagrado, tanto que o padre disse isso. Importante frisar que o próprio padre Luis Hass esteve em uma manifestação em prol do nosso mandato. E sobrou apenas essa acusação que fazem contra mim que eu tenha cometido um ato político dentro da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. E a nossa principal tese é: a construção desta igreja já foi um ato político, pois foi uma irmandade negra que construiu uma igreja afim de conquistar a liberdade e o direito a vida numa época de escravização”, finalizou.

 

Nesta terça-feira (5), o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) suspendeu a sessão da Câmara Municipal de Curitiba que cassou o mandato do vereador Renato Freitas (PT), acusado de invadir uma igreja. A decisão ocorreu por iniciativa da desembargadora Maria Aparecida Blanco de Lima, que determinou o cancelamento dos efeitos das sessões dos dias 21 e 22 de junho, em que a manutenção do mandato do parlamentar foi votada.

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"A sanha punitivista e racista que motivou os vereadores contra mim, fez com que o presidente da Câmara e a base do prefeito enfiassem os pés pelas mãos, mais uma vez. Ao contrário dos que torciam pela vitória do fracasso, estamos de volta, ao contrário dos julgamentos infelizes e hipócritas, ESTAMOS DE VOLTA", comemorou Freitas, em suas redes sociais.

Ao G1, o advogado do vereador, Guilherme Gonçalves, defendeu que a decisão foi fundamentada no desrespeito ao devido processo legal, que não teria garantido o direito de defesa de Freitas, em razão do “açodamento” de sua intimação para a sessão de julgamento.

"A defesa sempre confiou na Justiça do Paraná, posto que, conforme até mesmo alertado antes da realização da malfadada sessão, havia grave ilegalidade em convocá-la com tamanho açodamento e precipitação. Essa atitude, ao lado de várias outras que foram presenciadas durante esse processo, revela que a condição do vereador - negro e de origem humilde - parecem ser mais decisivas para o desenrolar do processo do que os atos que o vereador cometeu", afirmou Gonçalves.

Na última segunda-feira (4), a Câmara havia empossado Ana Júlia Ribeiro (PT), de 22 anos, como suplente da vaga de Freitas. Estudante de direito e filosofia, Ana Júlia disputou sua primeira eleição em 2020, quando recebeu 4.538 votos.

O caso

Renato Freitas respondia a um procedimento administrativo por quebra de decoro, após ter sido acusado de invadir a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em fevereiro. O vereador nega ter praticado a ação, que teria ocorrido durante protestos em repúdio ao assassinato do congolês Moïse Kabagambe e de Durval Teófilo Filho.

Na ocasião, a Arquidiocese de Curitiba registrou Boletim de Ocorrência contra Renato Freitas. O padre Luiz Hass declarou que precisou interromper uma missa que celebrava no local em razão da entrada de manifestantes no templo.

Freitas alega que o culto tinha acabado. De acordo com a Polícia Civil, o caso está sendo investigação.

As estatais do segmento de logística Valec, Infraero e EPL vão ser unificadas e transformadas em uma única até o fim de 2020, segundo o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. Também está em andamento a fusão dos fundos de pensão de empresas ligadas à sua pasta, disse ele.

"A gente vê que existe alguma superposição entre as atividades dessas empresas. A gente pode, eventualmente, ter essas atividades em uma empresa só, um área administrativa só, uma possibilidade de ter mais eficiência e menos custo. Mas é uma coisa muito embrionária, que está começando agora", disse o ministro, acrescentando que os funcionários das três estatais serão aproveitados. Não haverá demissões.

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O principal desafio para a integração das estatais é definir o desenho da nova empresa. Esse período de estudo deve durar de seis a oito meses. Mas, para concluir a fusão não haverá dificuldade. A expectativa é que essa fase seja concluída rapidamente.

"Como o governo é acionista de todas as três estatais, a fusão é uma decisão de assembleia em que o governo é o acionista. Então é muito fácil. A operacionalização é simples, rápida. Difícil é a gente estudar e verificar o melhor modelo", afirmou Freitas, que participa de almoço com palestra promovido pela Câmara Espanhola de Comércio no Brasil.

O ministro negou a notícia de que um desentendimento com a ala militar do governo tenha motivado a substituição do presidente da Valec. A saída do general Marcio Velloso Guimarães foi anunciada na última sexta-feira. Em seu lugar, assumirá Rafael Castello, atual assessor da diretoria de Mercado de Capitais e Crédito Indireto para Privatizações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

"Não tem nada disso. Isso é bobagem. Não há ala militar, isso é uma piração", contestou. Segundo ele, Castello foi escolhido pela sua experiência no setor privado. "Ele é graduado no IME-Instituto Militar de Engenharia, como eu. É um cara que foi executivo da Samsung, esteve na Coreia como executivo, participou da reestruturação da Gafisa, hoje está no BNDES. Tem densidade para explorar vocações que a Valec tem", acrescentou.

Estreia, às 20h30 desta sexta (3), o primeiro reality show de fotografia do Brasil. Intitulado “Arte na Fotografia”, o programa será apresentado pela cantora e atriz Thalma de Freitas e convocará seis jovens fotógrafos ao trabalho, para serem avaliados por profissionais renomados na área.  

As provas serão sessões de fotos em que os participantes precisarão demonstrar suas habilidades em diferentes áreas da fotografia. Os mentores fixos serão Eder Chiodetto e Cláudio Feijó, que contarão com a participação de um jurado convidado a cada episódio diferente.

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No episódio de estreia, o convidado é Juan Esteves, responsável por acompanhar os resultados dos ensaios sobre a relação homem x máquina, que os participantes produzirão em uma indústria têxtil. Ao todo, serão oito desafios e o vencedor ganhará um conjunto completo de equipamentos fotográficos.

“Arte na Fotografia” é uma coprodução com a Cine Group e irá ao ar sempre às sextas, às 20h30. As reprises serão transmitidas aos domingos, às 10h, terças, às 19h15, e quintas, às 02h15.

A mulher que sorria de braços abertos agora se encosta em um canto de parede quando descobre que somos jornalistas. Há pouco, nossa equipe havia entrado no restaurante Fogão a Lenha, de sua propriedade, e sido recebida por ela: “boa tarde, vamos almoçar?”. Sem esconder a decepção com a natureza da visita, adianta-se em dizer: “Não faço o que faço para aparecer”. Desde que inaugurou o estabelecimento, há dois anos e dois meses, localizado na Rua Gervásio Pires, no Centro do Recife, a empresária Luana Freitas divide, todos os dias, a comida que produz com pessoas sem-teto que vivem no entorno do Fogão a Lenha.

“Uma vez minha mãe estava chorando porque a gente não tinha comida para o dia seguinte. Eu disse ‘mainha, chora não, vou trabalhar para te ajudar. Eu tinha 10 anos”, lembra a empresária. Luana, que não sabia cozinhar, virou faxineira de um restaurante. Com o tempo, foi promovida a auxiliar de cozinha e a cargos administrativos. “Há três anos, decidi fazer o meu. Comecei com uma lanchonete na Rua do Hospício e com a ajuda de muita gente abri esse restaurante. As doações são minha forma de agradecer pelo que conquistei”, conta Luana.

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Às quatro da tarde, sob os olhares curiosos de alguns comerciantes vizinhos, Luana dispõe três travessas cheias de comida na porta do restaurante. Uma pequena fila começa a se formar timidamente. “Fizeram do lixo, um palácio. Esse terreno aqui era um lixo. A tendência pra quem faz o bem é receber mais do que bem. É de gente assim que estamos precisando nesse país, gente que entende a necessidade do outro ao invés de ficar com pena. Pena não faz ninguém levantar de lugar nenhum”, elogia o cliente Edvaldo Coutinho, atendente comercial. 

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A balconista Elaine Rodrigues sai do Curado para almoçar no Fogão a Lenha. “Venho comer aqui, com certeza essa atitude me incentiva a consumir no estabelecimento. Da primeira vez que vi, chorei na rua. Porque é raro ver uma atitude bonita e porque já trabalhei em restaurante. Jogam muita comida fora”, comenta. Em um post no Facebook da cliente do restaurante Daniela Neves, atitude de Luana vem rendendo outros comentários positivos e mais de 33 mil curtidas. “Eu não quis essa repercussão toda. A gente faz essas doações porque tem esperança em um mundo melhor. Não é só de comida que as pessoas precisam, mas é preciso compartilhar para o mundo, compartilhar a verdade de que amor ao próximo existe”, comenta.

Há empresários vizinhos que, contudo, reprovam a iniciativa do estabelecimento. Para alguns, é arriscado doar a comida. “Dizem que se alguém passar mal, eu vou ser responsabilizada. Mas em três anos de funcionamento, nunca recebi esse tipo de queixa. Eu tenho muito respeito pelo cliente. Quem chega para comer no meu restaurante é para comer comida nova. Então vou doar, porque não tenho o hábito de congelar comida. Da mesma forma que gosto de comer fresquinho, eu vou oferecer isso pro meu cliente. E o que sobra, não chamo de sobra, pois é a mesma comida que levo para minha casa”, explica a empresária. 

 Outros comerciantes ficam incomodados com a movimentação dos sem-teto na área. Luana lamenta: “me criticam pelo fato de eu sustentar ‘marginais’, ‘bandidos’, as pessoas não pensam: ‘ela está alimentando uma pessoa que estava com fome’. Aquelas pessoas precisam saber que Deus existe. Quantos não estão ali porque não tiveram amor, família, acolhimento ou a força de vontade que tive pra vencer? Quantos? Somos muito apontados. Sozinha você não consegue fazer a diferença”. 

 Há quem discorde. Aos 67 anos, Seu Manuel da Silva, tem uma fala confusa, mas reiteira o óbvio: “moro não rua porque não tenho onde morar”. Em frente ao restaurante, com uma embalagem de sorvete cheia de macarrão, verduras, arroz e carne, se prepara para retirar os talheres de um saco plástico vazio de tudo que possui.“Só aqui dão comida pra gente, vai fazer três anos. Se não fosse ela, eu ia esperar para comer na Igreja, às sete da noite. Ela é especial”.   

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