O vocalista da banda 'Ratos de Porão', João Gordo, foi um dos assuntos mais comentados do Twitter nesta terça-feira (23), após duras críticas ao Governo Bolsonaro e aos apoiadores do presidente. Em trecho de uma entrevista ao programa 'Clube do Vinil', que foi ao ar nessa segunda-feira (22), ele classifica o chefe de Estado como “fascista” e cita que bolsonaristas são “cúmplices de genocídio”, ao mencionar as quase 300 mil mortes por Covid-19 no Brasil.
Na rede social, muitos fãs da banda apoiaram o discurso e o consideraram “coerente” com a vertente sempre seguida pelos integrantes do grupo musical. Na mesma linha de raciocínio, o artista diz ainda que não consegue compreender como fãs do punk, vertente popular pelo caráter contracultural, conseguem se alinhar com os ideais de Bolsonaro.
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“O cara apoia o Bolsonaro, sabe tudo de errado e ‘filha da putagem’ que isso representa, se o cara ainda está nessa, é porque o cara é um mau caráter (…) Quem está apoiando o Bolsonaro nesse momento tem as mãos sujas de sangue das 300 mil pessoas que morreram, o cara é cúmplice de genocídio”, disse.
João Gordo faz piada dos comentários chamando-o de “comunista” e diz que não se trata disso, mas de reconhecer que “não dá para apoiar genocídio”. O vocalista sempre foi muito aberto quanto às críticas ao governo e quanto ao posicionamento anti-Bolsonaro da banda, que também frequentemente publica conteúdo crítico à realidade do País.
“O mundo inteiro está vendo isso aí, não sou eu que sou louco”, continuou. “[Precisamos de] antifascismo e antirracismo acima de tudo. Só desse jeito vamos transformar esse país em um país de gente decente, por enquanto é um país de pilantra, de safado (…) com 3 mil mortes por dia, cara. É o apocalipse. Quem é do rock, não é fascista e não tem esse pensamento idiota, vamos se juntar”, finalizou.