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A crise mundial de saúde causada pelo coronavírus tem alterado as rotinas de pessoas nos quatro cantos do planeta. Com o registro de mais de 200 mil casos - segundo a Universidade Johns Hopkins, que mantém uma contagem em tempo real -, a pandemia tem feito países inteiros se trancarem ‘em casa’ num esforço coletivo para frear a disseminação do vírus. Sendo assim, as mais diferentes atividades estão parando ou quase isso, e na área cultural não poderia ser diferente. 

Em todo o mundo, museus estão fechando as portas aos visitantes, a exemplo do Louvre na França, fechado por tempo indeterminado; feiras literárias, festivais e turnês de música estão sendo canceladas ou adiadas, como o Lollapalooza que adiou as edições do Chile, Argentina e Brasil para o segundo semestre; sem contar nos decretos governamentais, em diferentes países, que proíbem a realização de eventos de médio a grande porte.  Com tantas restrições, a cadeia produtiva da arte e cultura deixa de ser tão produtiva assim e artistas e produtores culturais, sobretudo os que vivem somente de sua arte, começam a se preocupar com a impossibilidade de trabalhar.

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Segundo o secretário de turismo de Pernambuco, Rodrigo Novaes, estima-se que cerca de 90 eventos estão sendo cancelados ou adiados no estado, entre a segunda quinzena de março e o mês de abril. Essa onda de cancelamentos e adiamentos mexe com  toda uma cadeia de economia criativa, uma vez que artistas, técnicos, produtores e outros profissionais ligados a área da cultura ficam impossibilitados de fazer sua renda. 

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O problema chegou sem aviso prévio e deixou os trabalhadores da cultura assustados. Para a produtora cultural Mery Lemos, a crise só comprovou um fato que já é bem conhecido entre a classe: “Os trabalhadores da cultura são os mais vulneráveis em qualquer situação de crise. A sensação é de impotência, mas temos a consciência de que vai passar e voltaremos mais fortes”. A cantora e compositora pernambucana Marília Parente também se assustou com a ‘avalanche’ e demonstra preocupação em relação não só a si própria mas como à sua equipe e demais colaboradores. “Isso tudo aconteceu muito rápido e a gente que trabalha com eventos, produz os eventos com muita antecedência, como manda a boa produção. Fora que quando a gente cancela um evento tem toda uma cadeia de pessoas que são afetadas. Eu tenho músicos que agora financeiramente têm a condição de não tocar nesse show porque não vai faltar comida pra eles, e tenho músicos que precisam se alimentar, que vivem só de música, que são autônomos, que não têm uma CLT pra fazer quarentena. Quarentena é pra quem tem, na melhor das hipóteses, carteira assinada e a empresa é muito boa e liberou, mas pros artistas, muitos são autônomos e acabam vivendo de bilheteria, no caso os independentes”. 

A própria Marília chegou a cogitar manter um evento de pequeno porte, que seria nesta semana, preocupada com a rentabilidade de sua equipe. Mas, com o desdobramento da situação no Recife, achou mais prudente optar pelo cancelamento. No entanto, como a cantora menciona, alguns artistas dispõem de uma situação mais confortável para lidar com uma crise como essas. É o caso da cantora Letícia Letrux, que chegou a comentar o assunto em suas redes sociais. Ela adiou toda sua agenda de apresentações de março e abril, totalizando o cancelamento de sete shows. "Do alto do meu recente privilégio em viver de arte, me vejo no olho de um furacão, e vocês sabem, o olho do furacão é até calmo. Com sorte, mãe e pai abençoados, economias de uma caprina, consigo dizer que mesmo não fazendo shows há um tempo, consigo sobreviver dois, três meses sem fazer show. Muitos e muitas terão problemas. Isso me preocupa", postou em seu Instagram. 

Igualmente preocupado está o cantor e compositor pernambucano Juvenil Silva.Vivendo exclusivamente de sua música ele já está na produção de um show a ser apresentado via redes sociais, para poder gerar alguma renda. “Eu, se passar dois meses sem tocar, sem fazer eventos, eu não pago aluguel nem boto o cuscuz com ovo na mesa. É uma questão que quem não trabalha com cultura e arte pode até não entender, certamente não vai entender 100%. Se eu não sair e captar uma grana, a gente não come, não vive, não paga boletos. Em breve eu vou fazer um show, vou vender pro Brasil todo, inclusive para outras cidades que estão com  uma quarentena maior. Vou fazer um show live para quem pagar um ingresso normal que eu cobro geralmente por aqui, entre R$ 15 e R$ 20. Então a pessoa vai pagar e ter acesso a esse show que eu estou montando”. 

Cachê

A preocupação dos trabalhadores da arte anda emparelhada com a enfraquecida política cultural do país. Na contramão desse cenário de apreensão, a Alemanha tem prometido assistência financeira a artistas afetados pelos cancelamentos que também estão acontecendo por lá. Através de um comunicado, a ministra da cultura do país, Monika Grütters, assegurou o suporte aos profissionais da área informando que será elaborado um plano de assistência financeira sobretudo à instituições menores e artistas independentes. 

Por aqui, alguns músicos já pensam em recorrer à gestão municipal e estadual para tentar reverter a situação solicitando o adiantamento de cachês, especialmente os de shows realizados no Carnaval de 2020. “A gente tá querendo ver com o pessoal da prefeitura de Olinda, pra gente sentar e bater um papo pra tentar ver o aceleramento do pagamento do cachê do Carnaval que seria um alívio momentâneo para uma grande parcela de pessoas envolvidas com a produção de evento - e não são poucas, tem técnicos de luz, som, roadies, produtores, motoristas, iluminadores. E que a Prefeitura do Recife e o Governo do Estado do estado também olhem pra cadeia produtiva da música e aceleram esses pagamentos porque é uma forma de suprir essa ausência de trabalho que só Deus sabe quanto tempo vai durar”, diz Rogério Rogerman, vocalista da banda Bonsucesso Samba Clube. 

Roger, que também cancelou um show de seu projeto solo por precaução, pensa em elaborar algumas lives durante o tempo de quarentena. Além disso, o artista pretende aproveitar a falta de shows e apresentações para criar coisas novas. Em tempo, ele deixa um recado: "É importante q o governo se mobilize para essa cadeia, óbviamente que o foco agora é a saúde e a população mais pobre, mais vulnerável, porém, a cadeia produtiva precisa ter apoio do estado porque são milhares de pessoas que estão perdendo sua capacidade de fazer dinheiro, o estado não pode simplesmente virar as costas." 

O que dizem as gestões

Procurados pelo LeiaJá, o Governo do Estado e as prefeituras do Recife e Olinda comentaram sobre a possibilidade de adiantamento de cachês e prestação de auxílio aos artistas locais. A Prefeitura de Olinda afirmou: "Acreditamos que quase nenhum Município dispõe de recursos para implantar algum tipo de auxílio financeiro para artistas. O Governo Federal sim. Dispõe de recursos e vamos inclusive encaminhar a proposta para a União". No entanto, confirmou que o prefeito Professor Lupércio já determinou que as equipes de análise de prestação de contas do pós-evento agilizem a tramitação dos processos. Estimamos que no mês de abril iniciaremos os pagamentos".

O Governo do Estado colocou que não só a cultura como o turismo, o setor de serviços e o comércio "todos eles têm recebido uma atenção do núcleo que envolve a tomada de decisões". Além disso, afirmou estar na fase de prestação de contas e liquidação de despesas para a realização de pagamentos dos cachês do Carnaval 2020. "São cerca de 600 processos de contratação e esse rito de pagamento precisa ser respeitado conforme a legislação"; e ressaltou que os projetos aprovados nos editais do Funcultura permanecem com sua execução garantida. 

Já a Prefeitura do Recife, explicou que "foi criado um Grupo de Trabalho, formado por seis secretarias, para enfrentamento das consequências sócio-econômicas das medidas restritivas dos Planos Nacional, Estadual e Municipal de Contingência da Covid-19. Este Grupo de Trabalho está elaborando um Plano de Mitigação focado nos impactos da renda dos trabalhadores informais e autônomos, caso dos artistas. As medidas para mitigação serão anunciadas".

Mas, e agora?

Com a crise aumentando a  cada dia, devido à rápida multiplicação de casos de Covid-19 e a necessidade de se praticar o isolamento social, os artistas dependem, como nunca, do apoio do público. Verdadeiras campanhas já estão sendo compartilhadas pela internet sugerindo algumas alternativas para que os fãs possam ajudar. Algumas delas são ouvir as músicas nas plataformas de streaming, compartilhar os trabalhos com os amigos, comprar produtos de merchandising como camisetas e bonés, e não solicitar ressarcimento de compra de ingressos para eventos que tenham sido adiados, como tem pedido a própria Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape). Embora o período peça o máximo de reclusão das pessoas, a rede de solidariedade e empatia pode acontecer através das ondas da internet. Como diz o recado de Rogerman: “A gente precisa unir forças”

Imagens: Reprodução/Instagram

 

Após passar por dois roubos no mês de outubro, o Iraq, centro cultural ativo na vida noturna do Recife há 14 anos, vem contando com a solidariedade do público e dos amigos para se reerguer. Entre as ações que estão sendo desenvolvidas para sanar os problemas da casa estão apresentações culturais como a que acontece na próxima quarta (30). A festa Salve, Salve vai juntar os músicos Juliano Holanda, Clayton Barros e Juvenil Silva prometendo um grande show. 

Os dois roubos consecutivos no Iraq deixaram a casa com um grande prejuízo. Foram levados caixas de som, equipamentos, bebidas, insumos e dinheiro. Para ajudar no restabelecimento do local, foi aberta uma campanha de financiamento coletivo, para que os frequentadores e amigos possam doar qualquer quantia em prol da reestruturação da casa. A meta é arrecadar R$ 6 mil.

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Além disso, algumas festas vem sendo realizadas para levantar dinheiro e, ainda, promover grandes encontros musicais. A Salve Salve, nesta quarta (30), vai contar com Juliano Holanda, Clayton Barros e Juvenil Silva. Os músicos prometem uma noite de muita música e solidariedade.

Serviço

Salve, Salve...Iraq!

Quarta (30) - 19h

Iraq (Rua do Sossego, 179 - Boa Vista)

R$ 20

As cenas musicais de Pernambuco e da Paraíba vão se encontrar no projeto Noite Paraibucana. Os músicos pernambucanos Marília  Parente e Juvenil Silva recebem os 'vizinhos', Paulo Ró e Débora Malacar, neste domingo (20), no palco do Terra Café, na capital pernambucana. O evento pretende estreitar os laços entre os artistas e promover a circulação de seus trabalhos.

O projeto foi idealizado por Juvenil que decidiu provar não haver 'rixa' entre os artistas dos estados vizinhos. A Noite Paraibucana se divide entre João Pessoa e o Recife e já recebeu artistas como Marcelo Cavalcante, Titá Moura, Seu Pereira, Chico Limeira e os poetas Giuseppe, Macena e Débora Gil Pantaleão. 

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Neste domingo (20), a segunda rodada da terceira edição do projeto recebe Juvenil Silva e Marília Parente, representando Pernambuco; e Paulo Ró e Débora Malacar, representantes da Paraíba. A 'rodada da volta' começa às 16h, no Terra Café, localizado no bairro da Boa Vista. 

Serviço

Noite Paraibucana

Domingo (20) - 16h

Terra Café (Rua Bispo cardoso Ayres, 467 - Soledade)

R$ 15

 

O grupo pernambucano Avoada lança seu segundo registro audiovisual nesta quarta (2). A música da vez é O Fantasma, de autoria de Feiticeiro Julião, que ganhou um videoclipe assinado pelo cineasta Jean Santos. O clipe será disponibilizado no canal oficial da banda no YouTube. 

Com imagens captadas no Cabo de Santo Agostinho, o vídeo se propõe a traduzir a espontaneidade artística e criativa do coletivo musical itinerante. As filmagens foram feitas pelos próprios integrantes do grupo - Juvenil Silva, Marília Parente, Marcelo Cavalcante e Feiticeiro Julião -, com colaborações dos jornalistas Andrea Trigueiro e Jéfte Amorim. 

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Para arrematar o trabalho, o grupo convidou o cineasta Jean Santos. Ele utilizou o recurso da duplicação das imagens no clipe, inspirado pela estética da psicodelia pernambucana dos anos 1970, que é forte referência da Avoada. A canção O Fantasma fala sobre as dificuldade de viver de música tocando na veia política do coletivo. 

A primeira turnê da Avoada, formada pelos compositores Marília Parente, Juvenil Silva, Feiticeiro Julião e Marcelo Cavalcante, resultou no clipe de 'Diário de Bordo'. Este é primeiro registro visual do grupo itinerante, lançado nesta terça (13), e já disponível no YouTube. 

'Diário de Bordo' mostra alguns lugares, pessoas e situações que o os quatro músicos pernambucanos encontraram pela estrada durante sua primeira turnê. A viagem passou pelas cidades de Belo Jardim, Caruaru, Garanhuns e Vitória de Santo Antão, em janeiro deste ano. Em julho, a Avoada lançou seu primeiro EP, também disponível nas plataformas digitais.

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Além da colaboração de Marília, Juvenil, Feiticeiro Julião e Marcelo, que captaram todas as imagens, o clipe conta com edição e montagem da cineasta Alice Gouveia. A Avoada já está na produção do seu próximo videoclipe para a canção 'Fantasma'. 

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Os músicos pernambucanos Marília Parente, Juvenil Silva, Feiticeiro Julião e Marcelo Cavalcante resolveram juntar as sonoridades e formaram uma 'trupe', a Avoada. O projeto musical itinerante lança, na próxima segunda (15), o single, Nas ruas onde estão as pessoas; e em seguida, na quarta (17), realizam um 'showfunding' para arrecadar recursos para a gravação de seu primeiro EP. A apresentação será no Terra Café Bar.

A ideia de gravar um álbum para o projeto veio de Mário Sérgio, do Estúdio Malunguim, no show de abertura da primeira turnê da Avoada, realizada em janeiro de 2019 e que passou por Caruaru, Garanhuns, Belo Jardim e Vitória de Santo Antão, além do Recife. Na estrada, os músicos começaram a trabalhar nas composições, surgindo, então, novas parcerias entre eles.

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Aterrisando em terras alheias, muitas vezes sem pousada certa, os caminhos por onde passaram também colaboraram no processo de criação, como explicou, em entrevista ao LeiaJá, a cantora e compositora Marília Parente: "A estrada é nossa grande transa. Viajamos nessa onda beatnik, muitas das nossas referências, como o Clube da Esquina e Bob Dylan, tem esse apreço pela estrada. Para nós, o que importa é o caminho, ele é a própria vida. A estrada é a expressão máxima de liberdade e acho que Avoada é uma postura política, nesse sentido. Nossos sonhos alados são nossa maior arma contra o fascismo e o conservadorismo".  

Como resultado dessa primeira investida na estrada, a Avoada lança, na próxima segunda (15), a canção Nas ruas onde estão as pessoas - de autoria de Juvenil Silva. A música, um "hit hippie", como  seus criadores a apelidaram, apresenta um pouco da estética folk que permeia todo o trabalho do grupo, além de trazer, em sua letra, críticas à atual situação do país e sua sociedade. A faixa estará disponível nas plataformas digitais.

Já o 'showfunding' da quarta (17), além de apresentar o primeiro single e outras canções da 'trupe', também servirá como um meio de arrecadar fundos para a gravação de seu primeiro EP. Além disso, o show também vai contar com músicas das carreiras solo dos quatro artistas. A ideia vai na contramão do que tem sido feito ultimamente, dispensando as campanhas virtuais e apostando em um contato mais próximo e físico com o público: "O crowdfunding demanda uma campanha bem mais complexa e muito mais disponibilidade da nossa parte. A gente achou que, divulgando bem o show, a gente já conseguiria a grana para a finalização do disco", explica Marília.

Serviço

Lançamento de 'Nas ruas onde estão as pessoas'

Segunda (15), nas plataformas digitais

'Showfundig' Avoada

Quarta (17)  | 21h

Terra Café Bar (Rua Monte Castelo, 102 - Boa Vista)

R$ 10

 

O músico recifense Juvenil Silva está lançando mais um clipe, desta vez para a faixa Oscilando, que integra o álbum lançado em 2018, Suspenso. O vídeo chega ao YouTube nesta quarta (30).

O clipe de Oscilando tem roteiro do próprio Juvenil. Na produção, o músico também atua e assina, em parceria com Diego Leon, do Selassie Studio, a direção e edição do vídeo. Além dele, também aparecem nas imagens o escritor Jomar Muniz de Brito, a atriz Fabiana Pirro, e o famoso florista do Recife Antigo, Marcelo Pereira.

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O vídeo de Oscilando foi todo rodado em preto e branco, o que remete à identidade visual do disco Suspenso. As imagens se passam no centro urbano da cidade do Recife e trazem, também, referências a outras faixas do álbum, como Gaiola e Homens Pardais. O clipe estará disponível às 12h, no canal do YouTube do cantor.

O cantor Juvenil Silva iniciou na última terça-feira (12) uma campanha de financiamento coletivo para custear a produção do seu terceiro álbum, intitulado Suspenso. O novo trabalho será lançado no início de 2018 e a campanha segue até 10 de fevereiro. A contribuição mínima é de R$ 15 e o valor total para custear o disco é de R$ 8 mil.

Os apoiadores ganharão recompensas como CDs, camisetas, pôsteres, ingressos para a prévia Guaiamum Treloso e para um show intimista. As canções 'As Coisas Não se Ajeitam Sozinhas' e 'Cabeça, Coração' já estão disponível no YouTube.

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Suspenso mistura ritmos locais com o soul music. “Podemos dizer que é um disco de canções de amor? Sim, podemos. Mas não o amor engessado, perpetuado e transmitido pela sociedade, pela TV, pela família ou pela burrice. É o amor em outra realidade, por vezes omitida, pouco abordada, e até mesmo má interpretada. Amor primo, sem muita preocupação de ser compreendido e, sim, vivenciado. Fruto dos instintos mais ancestrais”, explica o cantor.

Na próxima sexta-feira (13), o Xinxim da Baiana recebe o Desbunde Elétrico, mas com a versão olindense. A programação do evento, que inicia às 22h, conta com os shows de Juvenil Silva e Márcio Oliveira e Plínio Varjão.

Com dois discos na bagagem, o músico e compositor Juvenil Silva apresenta composições inéditas que estarão em seu próximo álbum, previsto para 2016. No ‘cardápio’ musical do artista, basicamente o rock’n’roll é a linha mestra de uma música que passeia pelo folk, a psicodelia, funk, ciranda, brega, entre outras expressões sonoras.

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Conhecido como ‘Cabecinha’, Márcio Oliveira figura em uma infinidade de bandas, como N’Zambi, Abeokuta, Bande Dessinée, Sebastião & Os Maias, entre outros, mas, com seu disco solo, assume a linha de frente do trabalho, que reúne uma musicalidade plural, com funk, ska, afrobeta, coco, samba, salsa e muito, muito balanço.

Já Plínio Varjão é uma das mais intrigantes figuras da Cidade Alta. Poeta urbano, suas canções são referências surreais do tempo e do espaço. No show do Desbunde Olinda, ele será uma atração à parte, ganhando destaque com o seu Waxtrass Trio, que traz, junto consigo, Paulo do Amparo e Márcio Batista.

Serviço

Desbunde Olinda

com Juvenil Silva, Márcio Oliveira, Plínio Varjão e Waxtrass Trio e DJ Daniel Barreto (King Congo)

Sexta (13), a partir das 22h

Xinxim da Baiana (Rua Doutor Manoel de Barros Lima, nº 742, Carmo, Olinda)

R$ 20

O Classificação Livre desta semana vai esquentar ao som da música autoral pernambucana. A equipe do programa foi conferir os bastidores da Mostra Autoral Brasileiríssimos, edição Recife. O evento já rodou outras capitais do país e é organizado pelos mesmos criadores da página “Brasileiríssimos” no Facebook, que, hoje, conta com cerca de cinco milhões de fãs. Fique por dentro dos nomes que despontam no cenário musical alternativo do Estado.

Ainda nesta edição, o programa vai 'aliviar' mostrando como são produzidos os sorvetes que o público tanto ama. Nesta semana é comemorado o Dia Nacional do Sorvete e o Classificação Livre preparou uma matéria especial mostrando o preparo de um gelado bastante especial, baseado em uma iguaria da Região Nordeste: o sorvete de bolo de rolo. E aí, ficou com água na boca? Então veja os detalhes no vídeo abaixo.

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O Classificação Livre é apresentado pela jornalista Areli Quirino e é publicado toda semana no Porta LeiaJá.

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Apresentar um panorama diversificado da música produzida em Pernambuco. Essa é a proposta do Festival Contemporâneos, que inicia a programação da sua segunda edição nesta quarta (23), na Caixa Cultural. O Festival reúne 10 nomes que atuam de forma significante no cenário musical do Nordeste como Isaar, Márcio Oliveira, Kalouv e Isadora Melo, entre outros. 

Abrindo o festival, a cantora Isaar apresenta o CD Todo Calor com canções que une ritmos pernambucanos à música do mundo. Nas noites seguintes, se apreentam a banda instrumental Kalouv, a Anjo gabriel, com seu rock psicodélico, o tropicalista JuveNil Silva e o trompetista Márcio Oliveira. 

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Na segunda semana, será a vez  do compositor, instrumentista e produtor musical Juliano Holanda se apresentar assim como a cantora Isadora Melo, uma das revelações deste ano. Também estarão na programação a banda Marsa, Areia e Grupo de Música Aberta e, encerrando o festival, o som da Fim de Feira.  

O Contemporâneos também terá uma etapa educacional com workshops gratuitos ministrados por alguns artistas que integram a programação do evento. As aulas serão sempre nas manhãs do dia em que cada músico se apresentará, das 10h às 12h, na Caixa Cultural. As informações sobre estas atividades podem ser conferidas na página do evento. 

Programação

Quarta (23) | 20h – Isaar

Quinta (24) | 20h – Kalouv

Sexta (25) | 20h – Anjo Gabriel

Sábado (26) | 18h  – JuveNil Silva

Sábado (26) | 20h - Márcio Oliveira

Quarta (30) | 20h – Juliano Holanda

Quinta (1º) | 20h – Isadora Melo

Sexta (2) | 20h – Marsa

Sábado (3) | 18h – Areia e Grupo de Música Aberta

Sábado (4) | 20h - Fim de Feira

Confira este e muito mais eventos na Agenda LeiaJá. 

Serviço

Festival Contemporâneos

23 de setembro a 4 de outubro 

Caixa Cultural (Av. Alfredo Lisboa, 505 - Bairro do Recife) 

R$ 10 e R$ 5 

O músico pernambucano Juvenil Silva lançou nesta sexta (3), através do YouTube, o clipe da música "Karma no Lixo", do disco Super qualquer no meio de lugar nenhum. O vídeo apresenta uma performance sem roteiro ou direção personificando um anti-herói psicodélico em homenagem ao cineasta Edgard Navarro e ao ator Bertrand Duarte (pelos 25 anos do filme SuperOutro). Segundo o próprio Juvenil trata-se de um videoclipe documental. 

 

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O clipe já havia sido lançado na 16ª Mostra Sesc Cariri de Cultura, no Crato e foi o segundo colocado na categoria no 16º FestCine, no Recife. Até o final deste ano Juvenil Silva pretende lançar mais 11 clipes, um para cada faixa do disco que trabalha atualmente.  


Juvenil Silva já começou sua jornada pelo Brasil para divulgar seu novo disco, Super Qualquer no meio de lugar nenhum. O pernambucano começou sua primeira turnê no dia 14 de novembro em Porto Alegre (RS). 

A turnê vai até o dia 11 de janeiro, com um show no Rio de Janeiro. São oito shows programados, além de duas passagens pelo Recife para apresentações.

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Pela capital pernambucana, o músico se apresenta dia 28 de novembro na Praça do Diário dentro do projeto Som na Rural. Um dia depois o cantor se junta a Dunas do Barato dentro da programação da Temporada Beto II, no Cidade 32.

Agenda:

21/11 (sexta) | Holyday Pub (Sapucaia do Sul/RS)
22/11 (sábado) | Boteco do Tchananai (Canoas/RS)
27/11 (quinta ) | XIII Feira da Música (Fortaleza/CE)
28/11 (sexta) | Som na Rural (Recife)
29/11 (sábado) | Temporada Beto II, no Cidade 32, com Dunas do Barato (Olinda)
05/12(sexta) | Audio Rebel, com banda Zebu (Rio de Janeiro/RJ)
11/12 (domingo) | Sala Baden Powell, com Simplício Neto & Os Nefelibatas (Rio de Janeiro/RJ)

O músico Juvenil Silva lançou seu mais recente disco Super Qualquer no meio de lugar nenhum na internet e disponibilizou o conteúdo na íntegra no soundcloud. Fisicamente, o lançamento será realizado na próxima sexta-feira (3), em show no Teatro de Santa Isabel, às 20h.

O disco, com inspiração no clássico Ulysses, de James Joyce, traz 12 faixas que detalham a vida de um cidadão que pensa sobre as adversidades e o caos da vida cotidiana. Super Qualquer... traz diversas participações especiais como Isaar, Juliano Holanda, Cláudio N., Wander Wildner (RS), Aninha Martins, Rafael Castro (SP), além dos músicos Márcio Oliveira, Leo Vila Nova, Rodrigo Padrão, Diego Firmino, Aline Borba, Rama Om e Johsi Guimarães.

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Os ingressos para o show custam R$ 20 e R$ 10 (meia) e já estão à venda no site Eventick.  Quem já comprou o ingresso, poderá retirá-lo a partir desta quinta (26), na bilheteria do teatro.

Serviço

Lançamento disco Super Qualquer no meio de lugar nenhum, de Juvenil Silva

Sexta (3) | 20h

Teatro de Santa Isabel (Praça da República - Santo Antônio)

R$ 20 e R$ 10 (meia)

No campo artístico há um debate antigo que divide a funcionalidade da arte na sociedade em basicamente dois eixos: a arte engajada e a dita 'arte pela arte'. No Recife, celeiro cultural do Brasil e uma cidade historicamente envolvida em revoluções sociais, o assunto voltou à tona no meio artístico por conta de recentes movimentos, a exemplo do Ocupe Estelita, que fazem uso das intervenções artísticas de forma mais politizada.

Mas o que os artistas da cena pensam a respeito? Se de um lado há quem defenda o uso da arte engajada, do outro existem os que não necessariamente buscam um aspecto politizado para levar seu trabalho adiante.

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Antes de entrar nesta discussão, vale a pena relembrar fatos históricos que contextualizam o assunto. Tatiana Ferraz, professora de História da Arte da Faculdade ASCES, comenta sobre quando se começou a separar a arte através destes eixos. “A divisão de pensamento entre arte engajada e arte pela arte surgiu com força no período das revoluções industriais (XVIII) e das vanguardas modernistas. Uma época na qual os movimentos artísticos buscavam a originalidade e a questão do consumo começou a interferir na própria arte. Neste sentido, pensadores como Ferreira Gullar, Walter Zanini, Adorno e Canclini deram grandes contribuições para este tema”, comenta a professora.

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A dualidade nas artes cênicas

De acordo com o pesquisador Leidson Ferraz, autor de várias obras sobre o teatro pernambucano, essa é uma discussão mais complexa do que parece. “É muito dito que a arte pela arte é algo que não tem engajamento. Eu não entendo dessa forma. Para mim, qualquer arte é uma atitude política, pensada”, opina Leidson Ferraz.

“Por outro lado, no sentido de se ter uma arte mais engajada, na Região Metropolitana do Recife quem começou com essa proposta foi o grupo Ponta de Rua (1978), de Olinda, que tinha uma linguagem atrelada ao teatro de rua. Em 1979, o grupo Teimosinho (1976), de Brasília Teimosa, também passou a atuar no teatro de rua e levava ao público assuntos como habitação e segurança. No ano seguinte, em 1980, surgiu o grupo Vem Cá Vem Ver, de Casa Amarela, com a mesma pegada. Para mim os grupos de teatro de rua é que são dotados dessa linguagem politizadora, pois tratam de assuntos como homoafetividade, igualdade de gênero e trabalho infantil, entre outros”, explica o pesquisador.

Grupo de teatro de rua do Recife, o Boi D’Loucos tem acompanhado os recentes protestos na capital pernambucana, como o Ocupe Estelita e o realizado em prol do Teatro do Parque, mas prefere se manter no silêncio diante do cenário. “Acho que são muito importantes as manifestações culturais nos protestos, mas a gente percebe que tem muitos partidos e políticos que estão se aproveitando dessas histórias. Acho que temos que ter cuidado e é por isso que o Boi D’Loucos está à margem disso. Não queremos servir de trampolim para esse pessoal”, explica Carlos Amorim, ator e representante do grupo teatral.

“Nossa proposta é a arte pela arte, e nossa missão é levar entretenimento para as pessoas. Mas o Boi D’Loucos é engajado politicamente. Participamos de uma associação de bois daqui do Estado, somos ligados às artes cênicas e, no meu caso, sou diretor do conselho fiscal do Sindicato dos Artistas de Pernambuco. Estamos bem antenados”, comenta o ator.

E quanto à música?

O cantor e compositor Cannibal, das bandas Devotos e Café Preto, tem uma opinião que flerta com os dois caminhos da arte. “A parada do Devotos sempre foi fazer música com cunho social. A banda surgiu pra falar da falta de saneamento, segurança e outros descasos no Alto Zé do Pinho por parte do poder público. Já o lance da Café Preto, que é um projeto meu e tem muito do meu sangue, segue um pouco essa linha. A música Oferenda trata disso, quando eu canto ‘Lixo na favela/ Cada esquina uma pedra/ mas tem uma flor”, comenta Cannibal.

No entanto, o músico diz não ter preferência por arte engajada ou aquela preocupada apenas com questões estéticas. “Ninguém é obrigado a misturar cultura com temas sociais, ou ser totalmente engajado. Cada pessoa faz o que quer. Quando eu posso ajudar, eu ajudo. Mas também só faço o que eu estou afim de fazer. O movimento no Ocupe Estelita é parecido com o Alto Zé do Pinho. A gente não tem área de lazer, a segurança é precária, e socialmente falando são duas regiões bem parecidas. Acho que por isso que eu sou envolvido com essa história.”, explica o cantor.

Vocalista do Mundo Livre S/A, banda marcada pelas letras politizadas, Fred 04 acredita que quem faz arte ativista tem que ter mais coragem e talvez mais talento. “É difícil fazer uma canção como Mulheres de Atenas ou Cálice, que atravessaram as gerações sem perder o significado. São músicas feitas num ambiente altamente repressivo. Falo que é preciso coragem porque queira ou não existe um falso consenso de que vivemos uma liberdade, e isso é uma ilusão”, opina o cantor pernambucano.

No entanto, 04 também defende os que fazem a arte puramente estética. “Eu tenho uma formação que vem de um ativismo da época da universidade, e lógico que isso naturalmente estaria presente na minha música. Mas cada um tem a sua verdade. Acho que existem compositores e artistas que tem personalidades mais ativistas e tem outros com tendência natural ao entretenimento. E faz muito bem aquilo, até porque cumpre uma função na sociedade”, comenta o cantor do Mundo Livre S/A.

Nome de destaque da Cena Beto, novo movimento musical do Recife, Juvenil Silva tem uma opinião mais individual sobre o debate acerca do valor artístico. “Acho que a arte não tem que se prender a qualquer coisa. O artista tem que ser um espelho e mostrar a sua vivência, e meu jeito de fazer é assim. Não me prendo a nenhum movimento. Eu simplesmente falo o que vem na minha cabeça. Mas é muito difícil viver de arte aqui no Recife. Não sigo isso de arte pela arte porque tenho que pagar minhas contas e encaro isso como um modo de viver”, declara o músico. 

Arte visual engajada ou estética?

O artista plástico recifense Paulo Bruscky trata das fronteiras entre as linguagens artísticas desde o fim da década de 1960. E aparentemente o assunto sobre a funcionalidade de arte na sociedade chama a sua atenção. Na foto de perfil da fanpage de Bruscky no Facebook, ele aparece segurando um papel com os dizeres ‘o que é a arte? Para que serve?’.

“Acho que o artista expressa o que sente. Você primeiro tem que conhecer sua aldeia para depois conhecer o mundo. Acho que arte é transformação, é expor a fratura exposta da sociedade. A arte é a última esperança. É a denúncia, embora ela seja uma utopia. Não existe arte pela arte apenas. O artista é um ser social e só o fato de o ser é por si só um ato político”, declama Paulo Bruscky.

Também artista plástico do Recife, Raul Córdula, por sua vez, é mais ligado ao diálogo com a arte pop e ao abstracionismo geométrico, mas como crítico de arte ele acredita que o limite entre arte pela arte versus arte engajada não pode ser definido. “Hoje eu tenho a tendência de pensar que 'arte pela arte' é a arte comercial, feita para enfeitar os ambientes. Esta é uma colocação simplista porque a construção artística é não ficar imóvel diante da emoção, e isso não se classifica. O que voga é o que você está fazendo. Não ‘como’, mas ‘o quê’. O artista e seu produto é algo original. Ele cria um pensamento novo. Eu mesmo faço arte engajada. A obra País da Saudade (1981), por exemplo, foi feito em plena ditadura militar e contava a saudade que amigos exilados tinham do Brasil”, diz Córdula.

Raul Córdula recebe prêmio da Associação Brasileira de Críticos de Arte

Um dos representantes do grafitti pernambucano mundo afora, Derlon Almeida acredita ser difícil julgar uma intervenção artística simplesmente como ‘arte pela arte’. “Eu não venho nenhum trabalho sem engajamento, pois todo o processo criativo passa por uma busca, uma informação a ser passada. Meu trabalho, por exemplo, tem uma referência social indireta, não tão agressiva como uma arte engajada, mas ela surgiu a partir de uma pesquisa que fiz, com referências no grafitti, uma linguagem nascida como forma de protesto. Ou seja, indiretamente e naturalmente ela tem cunho social”, comenta Derlon.

Eles são os Picassos do futuro?

Para ele, o grafitti está intimamente ligado a uma arte mais engajada. “Mesmo que o artista que faz grafitti, no momento da ação, não tenha o intuito de fazer algo engajado, ele mantém viva uma história e a continuidade de um trabalho que não morreu, uma linguagem não autorizada. Só o fato de você ocupar um espaço público com uma forma de comunicação é um ato politicamente engajado”, insiste Derlon.

O gaúcho Wander Wildner e a pernambucana Catarina de Jah dividem o palco pela primeira vez no Estelita, no dia 13 de fevereiro, às 22h. No show, Wander Wildner apresenta o repertório do seu mais novo trabalho Mocochinchi Folksom e Catarina Dee Jah, que promete esquentar o local com as ácidas músicas de Mulher Cromaqui.

A ligação de Wander Wildner com o Recife vem de longa data, tendo já regravado composições de bandas locais e ter convidados músicos da cidade para a sua banda de apoio. Com muitos amigos e parceiros na capital pernambucana, ele toca ao vivo no Recife na companhia de JuveNil Silva, incluindo seus maiores sucessos e canções inéditas.

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A cantora olindense Catarina Dee Jah provoca naturalmente a inércia cultural com suas letras debochadas e sarcásticas. Tal qual uma Pussy Riot, mas sem máscara, Catarina evidencia o punk, debocha de certos comportamentos masculinos e manifesta sua liberdade ao cantar brega, cumbia, forró e dubstep em seus shows. No Estelita, a cantora traz no repertório as músicas do disco Mulher Cromaqui, lançado recentemente.

Serviço

Show com Wander Wildner E Catarina Dee Jah

13 de fevereiro | 22h

Estelita (Rua Saturnino de Brito, 385 - Cabanga)

R$ 25

Uma das programações mais aguardadas por muita gente no carnaval começa a se desenhar. A grade de shows do Rec-Beat ainda não está fechada, mas é certo que uma das atrações deste ano no festival será o músico Arrigo Barnabé. Um dos mais criativos artistas da cena musical brasileira, Arrigo é referência para muitos músicos importantes.

O festival deve trazer também o rapper paulista Emicida e o cantor Bruno Souto, vocalista da banda Volver que lançou recentemente sua carreira solo. O vocalista da Mundo Livre S/A, Fred 04, disse que a banda tocaria no Rec-Beat quando se apresentou no Baile Perfumado com Criolo.

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E esta edição do Rec-Beat deve trazer também alguns representantes do que ficou conhecido como a 'Cena Beto'. Artistas como Juvenil Silva e Graxa estão cotados e devem ser confirmados como atrações do festival.

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