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O Santa Cruz tem uma baixa importante para os próximos meses. Após sair de campo sentindo forte dores na vitória coral por 3 x 1 sobre o Porto, pelo Campeonato Pernambucano, o volante Lucas Bessa foi diagnosticado, nesta quinta-feira (1º), com uma lesão no ligamento cruzado anterior.

Sendo assim, o atleta terá que passar por um procedimento cirúrgico e o prazo de recuperação é de seis a sete meses. Como o Santa não tem calendário nacional em 2024, ele só poderá atuar pelo clube no ano que vem.

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“Infelizmente, durante o primeiro tempo do jogo contra o Porto, nosso atleta Lucas Bessa teve um trauma torcional no nível do joelho direito e foi retirado de campo. A questão evoluiu com muita dor e limitação funcional. Hoje pela manhã reavaliei ele, achei que tinha uma instabilidade articular, fizemos o exame de imagem, já temos o laudo: uma lesão do ligamento cruzado anterior”, disse médico Antônio Mário Valente.

“Infelizmente acidente acontece, incidentes também, o atleta está orientado, é um atleta que tem uma conduta tranquila, e entendeu o ocorrido. O processo não é fácil, nós sentimos pelo homem, pelo atleta, é uma lesão eminentemente cirúrgica, não é uma cirurgia que se faz de urgência, nós precisamos restabelecer essa função”, complementou.

 O Santa Cruz volta a campo na próxima terça-feira (6), quando visita o Petrolina, no Estádio Paulo Coelho. Atualmente, a equipe aparece na quinta colocação do Estadual, com nove pontos conquistados.

 

O Náutico anunciou, nesta quinta-feira (4), que o atacante Kayon não deve jogar mais esse ano. A joia alvirrubra de 18 anos sofreu uma entorse no joelho direito na estreia do Timbu na Série C e o exame constatou a ruptura do ligamento cruzado anterior.

Sensação do Náutico em 2023, o atacante se lesionou na partida contra o Manaus. Kayon precisará passar por cirurgia e só voltará aos gramados em aproximadamente 7 meses. 

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O domingo (11) já havia sido agitado, com o anúncio de três reforços para a temporada de 2023, e a segunda-feira (12) já começou com mais um nome para o elenco do Náutico. Trata-se do meia Gabriel Santiago, 22 anos, cria da base do Vitória, de onde chega por empréstimo até novembro.

Tratado como joia da base do rubro-negro baiano, Gabriel Santiago estava no Vitória há 11 anos - com quem tem contrato até dezembro de 2024 - e esta será sua primeira experiência em outro clube. Ele passou a jogar pelo profissional em 2021, mas sua sequência foi interrompida por grave lesão no joelho.

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Após quase um ano fora dos gramados tratando do rompimento do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, Gabriel voltou a jogar em 2022 e fez seu primeiro e único gol como profissional durante a disputa da Série C. Ele fez 23 jogos pelo Vitória na temporada.

Veja alguns lances do meia:

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Na reta final de recuperação após sofrer uma ruptura de ligamento no joelho, o volante João Igor, do Sport, sofreu uma nova lesão no ligamento cruzado anterior e deve agora ficar de fora dos gramados por até oito meses. Existia a expectativa para que ele voltasse a ser relacionado no próximo jogo do Leão, contra o São Paulo.

De acordo com o médico Rodrigo Perez, que confirmou a nova lesão nesta quinta-feira (19), o jogador cumpriu todo protocolo previsto para recuperações em casos de cirurgias para reconstrução do LCA, mas acabou ressentindo a lesão. 

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O jogador falou sobre a situação e, claramente chateado, disse que seus planos foram frustrados. “Vocês sabem o ano que me dediquei, que eu trabalhei. É um momento muito ruim para mim, só queria agradecer por algumas mensagens que recebi de força, infelizmente muita coisa passa na cabeça, só quem sofreu a cirurgia sabe que é difícil. Seguirei forte”, disse João, com a voz embargada.

O novo corte da Selic, os juros básicos da economia, causa grande impacto no principal tipo de investimento dos brasileiros, a renda fixa. Com a queda de 0,75 ponto porcentual, para 7,5% ao ano, a rentabilidade do Tesouro Selic, de alguns CDBs e de fundos de investimento em renda fixa (os Fundos DI) se aproximou e, em alguns casos, até perdeu para o retorno da caderneta de poupança. O retorno de um investimento de um ano em Fundo DI com taxa de 1% de custódia, por exemplo, passa a ser de 4,98%, a mesma rentabilidade da poupança para o período.

"Para quem precisa de um investimento em curtíssimo prazo e não tem mais de R$20 mil para aplicar, a poupança acaba sendo mais vantajosa por não ter cobrança de taxas de administração e ser isenta de Imposto de Renda", explica Reginaldo Gonçalves, coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina. Mas a poupança também perde com a queda da Selic. Com a taxa básica abaixo de 8,5%, a remuneração da caderneta passa a ser a Taxa Referencial (definida pelo Banco Central) mais 70% da Selic.

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O raciocínio do professor se confirma com as taxas de custódia cobradas pelos fundos. De acordo com dados da Anbima, associação que representa instituições do mercado financeiro e de capitais, a taxa média de administração desses fundos é de 2,59% para investimentos até R$ 1 mil; 1,07% até R$ 25 mil; e 0,91% de R$ 25 mil a R$ 100 mil. Para o professor de Economia da Fecap, Joelson Sampaio, o importante é que o investidor não invista caso a taxa não seja inferior a 1%. A sugestão dele é que se procure alternativas como CDBs e Letras de Crédito Imobiliário ou Agrário, as LCI e LCA. Nenhum deles tem incidência de IR, mas exigem mais tempo de investimento para terem melhor rentabilidade.

No caso das LCI e LCA, a maioria dos bancos de varejo espera aportes de entrada acima de R$ 30 mil, mas é possível encontrar opções a partir de R$ 5 mil em pequenos bancos.

Tesouro

Mais comum na carteira dos investidores brasileiros, o Tesouro Direto também sente o efeito da queda dos juros, mas ainda apresenta títulos atrativos em comparação à poupança.

Se o objetivo for manter o dinheiro investido por mais de um ano, até mesmo o Tesouro Selic ganha da caderneta, ainda que se desconte o IR. Mas é possível apostar em alternativas mais rentáveis. É caso dos títulos pré-fixados de vencimento de curto e médio prazo, até 2023. Há, ainda, o Tesouro IPCA+, que entrega rendimento baseado na inflação passada somado à expectativa de juros reais. "Protege da inflação no período. É boa opção para prazos maiores de 5 anos", indica o economista Marcos Silvestre.

"Os juros reais, aqueles que já descontam a inflação, estão na casa dos 4% a 5%, muito positivos para o investidor", diz o professor da Saint Paul Alan Ghani. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As Letras de Crédito do Agronegócio e Imobiliário (LCA e LCI, respectivamente) viveram seus tempos de glória há dois anos, quando os setores imobiliário e agrícola tinham sede de financiamento. Mas de lá para cá, com a queda no ritmo da economia, o único pilar que ainda sustenta esse tipo de investimento é a isenção de Imposto de Renda - que o governo, porém, estuda retirar. Para especialistas, o fim do incentivo tributário a esses papéis abriria espaço para outras opções mais arrojadas em renda fixa, como Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e as debêntures incentivadas.

A história é antiga: em 2015, o então ministro da Fazenda Joaquim Levy deu o pontapé inicial nas discussões sobre a revisão da tributação desses e de outros investimentos, para evitar que o investidor operasse em mercados distintos e ganhasse na diferença de tributação - mas o assunto morreu. Ressuscitou agora com a equipe econômica de Michel Temer, como alternativa para aumentar a arrecadação do governo para 2018, diante de um quadro fiscal cada vez mais deteriorado.

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As LCIs e LCAs são papéis de renda fixa que têm rentabilidade atrelada ao CDI e são cobertas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) - que cobre até R$ 250 mil por CPF e instituição bancária. Mesmo com a escassez desses títulos pelo aprofundamento da crise econômica, atrelado a mudanças regulatórias nas LCAs, o investidor ainda pode encontrar algumas opções sobretudo por meio de corretoras independentes, que distribuem títulos de diversos emissores.

Comparação

Além de ficar acima da poupança em rentabilidade, as letras ganham de alguns CDBs e também alguns títulos de renda fixa mais conservadores, uma vez que a incidência do Imposto de Renda é regressiva: 22,5% para aplicações com prazo de até seis meses; 20% para aplicações de seis meses a um ano; 17,5% para aplicações de um a dois anos e 15% para aplicações com prazo superior a dois anos. Para quem gosta desses investimentos, André Bona, do Blog de Valor, aconselha olhar para o prazo e para a rentabilidade final. Por exemplo, uma LCA ou LCI pós-fixada com rendimento de 85% do CDI ao ano, caso o vencimento seja superior a dois anos, equivale ao rendimento bruto de 99% do CDI ao ano. Ou seja, a partir de dois anos, uma LCI ou LCA é melhor do que qualquer CDB abaixo de 99% do CDI.

Para o gerente de Home Broker da Socopa, Rogério Manente, "a onda das LCIs e LCAs já acabou". Esse momento foi logo depois da debandada do investidor da poupança para o Tesouro. Agora, ele acredita que o investidor está na "terceira onda dos investimentos", a dos CRIs, CRAs e debêntures incentivadas, do setor de infraestrutura, que também são isentas de IR.

Ele acredita que, pelo volume de emissões, as debêntures são um destino provável dos recursos das LCIs e LCAs. Os CRAs também não ficam atrás. Recentemente, a Copersucar e Fibria lançaram CRAs com remunerações previstas em até 103% e 99% do CDI, respectivamente.

Risco

Sergio Bessa, professor dos MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV), acredita que, em meio às incertezas do cenário econômico e político, o investidor não irá substituir esses papéis, caso percam sua vantagem competitiva, por títulos que envolvem mais risco. "Neste momento, o País está muito inseguro para as pessoas investirem em ativos sem garantia do FGC", diz. "Uma coisa é ter apetite por risco em termos de renda variável, como no mercado de ações, agora outra coisa é levar um calote de uma empresa", diz.

Segundo ele, para os mais conservadores, esse lugar pode ser ocupado por fu multimercado, que têm crescido nas carteiras dos brasileiros, e por CDBs de longo prazo, que costumam ter rentabilidades maiores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A desaceleração do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) em fevereiro, de 0,27% ante 0,76% em janeiro, é pontual e os IGPs devem acelerar ao longo de março, avaliou o economista Étore Sanchez, da LCA Consultores. Segundo ele, a estimativa é de que o IGP-M do terceiro mês deste ano avance para a faixa de 0,60%, assim como os demais IGPs do período.

"O IPA, que é o grande protagonista, deve voltar a ganhar força e o IPC tende a pressionar mais por conta de energia, devido ao eventual reajuste extra, com a revisão tarifária extraordinária das distribuidoras, além do possível aumento das bandeiras tarifárias", explicou, ao referir-se ao Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) e ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC).

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Neste mês, os preços no atacado, medidos pelo IPA, tiveram deflação de 0,09%, depois da alta de 0,56% em janeiro. O recuo foi influenciado tanto pelo IPA Agropecuário, que cedeu 0,06% (ante alta de 1,35%), como pelo IPA Industrial, que teve queda de 0,10% (de alta de 0,26%). Já o IPC ficou em 1,14%, após 1,35%, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). "A grande desaceleração vem do varejo, por causa do alívio em Alimentação e também devido à diluição dos reajustes recentes de tarifas de transporte público e de energia elétrica", explicou.

Dentro do IPA, Sanchez ressaltou a queda nos preços do grãos, como a da soja, de 6,39%, que ajudaram na deflação do dado. Segundo ele, os preços devem estar se normalizando e a tendência é que voltem a pressionar à frente. "As commodities agrícolas podem ter um pulso (subida forte) nas próximas leituras", estimou.

A taxa de 0,27% do IGP-M deste mês veio um pouco aquém do esperado pela LCA Consultores, que era de alta de 0,31%. O resultado também veio menor que a mediana das expectativas do AE Projeções (0,28%), obtida das expectativas do mercado, cujo intervalo ia de 0,18% a 0,40%.

Para que a inflação encerre o ano sem estourar o teto da meta de 6,50%, a taxa média mensal do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio a dezembro teria que ficar, no máximo, em 0,43%, segundo o economista da LCA Consultores Fábio Romão. Ele mesmo trabalha com uma inflação média mensal de 0,42% de maio até a dezembro, o que levará o IPCA encerrar o ano em 6,40%.

De acordo com Romão, a inflação ainda se mostra muito pressionada, mesmo com os aumentos da taxa básica de juros (Selic) promovidos pelo Banco Central (BC) de abril do ano passado até agora porque boa parte dos efeitos deste ciclo de aumentos foi mitigada pela estiagem.

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Mas como no Brasil os efeitos do aumento da taxa nominal de juros costumam demorar de 6 a 9 meses para chegarem à economia, ainda há, de acordo com o economista, um estoque de impactos do aumento da Selic para se materializar via redução da inflação.

"Além da estiagem, estamos vivendo um cenário de baixo desemprego que acabou contribuindo para a manutenção do ganho real de renda", disse Romão. Em 2012 o ganho real médio de renda foi de 4,1%. Desacelerou para 1,8% na primeira metade de 2013, mas entre o segundo semestre do ano passado e o começo de 2014 a renda retomou o crescimento.

"Em março, comparativamente ao mesmo período do ano passado, o crescimento médio da renda real está nas cercanias dos 3%", disse o economista da LCA, acrescentando que de novembro do ano passado até março a renda real cresceu à razão de 3% mensalmente em termos interanuais.

A inflação de serviços no âmbito do IPCA, um bom termômetro do efeito renda, chegou em abril acumulando em 12 meses alta de 9%. No ano passado, na mesma base de comparação era 8,70% e encerrou o ano em 8,20%.

A "boa notícia", segundo Romão, é que a inflação com empregados domésticos desacelerou de uma alta de 1,28% em março para 0,58% em abril, segundo o IPCA divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo "Outros Serviços Pessoais", uma agregação feita pela LCA Consultores que inclui cabeleireiros, manicures, depilação, costureiras e serviços bancários e que que havia subido 0,90% em março, em abril subiu apenas 0,14%. "Isso é um indicador que reforça a tese de que boa parte da renda do trabalhador está comprometida com pagamento de dívidas. Com isso, a confiança é afetada e o consumidor diminui a frequência de consumo destes serviços", comentou Romão.

Apesar de o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) ter avançado ligeiramente abaixo do esperado pelo mercado em março, o economista da LCA Étore Sanchez destacou nesta sexta-feira, 21, que houve aceleração na comparação com o resultado do mês anterior, movimento que deve se repetir no fechamento do mês. "A perspectiva é de que o IPCA continue avançando. Ainda que bem pouco, o IPCA-15 acelerou com relação ao IPCA-15 anterior e com relação ao IPCA fechado de fevereiro", ressalta o economista.

A previsão é de alta ao redor de 0,80% no resultado do final do IPCA do mês, diz o economista, ressaltando que a projeção ainda não está fechada. Em fevereiro, a alta foi de 0,69% no índice fechado, ante 0,55% em janeiro.

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Alimentação e Transportes, os destaques do IPCA-15 de março, devem seguir puxando o resultado no fechamento do mês. "O etanol vem acelerando bastante por conta da perspectiva de problemas na safra, que alavancam o preço do etanol e consequentemente, com uma pequena defasagem, sentiremos também na gasolina", destaca Sanchez, sobre a pressão dos combustíveis no grupo Transportes. No IPCA-15 de março, a variação de Transportes foi de 1,22%, ante -0,09% em fevereiro.

"Sazonalmente o meio do ano tem uma inflação mais baixa, contudo cabe ressaltar que não vai ser tão baixa neste ano em virtude dos grandes eventos", observa o economista. "No final do ano, a aceleração não será tao intensa neste ano. Será aquém do que se observou nos outros anos em virtude do nível de preço já estar majorado no meio do ano", complementa.

As vendas médias diárias de veículos somaram 13,7 mil unidades desde o dia 17 de junho, quando a onda de protestos se intensificou no País, uma queda de 12,2% sobre a média diária de emplacamentos entre os dias 3 e 14 de maio, segundo avaliação da LCA Consultores. "Provavelmente a queda é o reflexo das manifestações, que já reduziram a confiança do consumidor e tiveram os efeitos diretos, como o fechamento de lojas e repartições públicas", afirmou Rodrigo Nishida, economista da LCA.

A LCA, no entanto, mantém a previsão de um crescimento de 1% nas vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus neste ano ante 2012. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) espera uma alta superior a 4% nas vendas deste ano.

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Mesmo com a queda de 0,2% nas operações de crédito livre para compra de veículos por pessoas físicas em maio ante abril e de um recuo de 0,6% no acumulado do ano sobre igual período de 2012, a consultoria manteve a projeção de que o saldo para aquisição de veículos e leasing crescerá 3% entre os períodos, para R$ 216 bilhões.

A LCA Consultores revisou para baixo a estimativa brasileira de produção de automóveis e comerciais leves, de alta 2,2% para 1,8% neste ano frente a 2012. Pelas novas projeções, a produção deve encerrar 2013 em 3,276 milhões de unidades. "Estamos mais contidos, porque a produção nos últimos meses vem acima da evolução dos licenciamentos, em torno de 15 mil por dia, o que indica que em algum momento algum ajuste será feito para equalizar os estoques", disse Rodrigo Nishida, economista da LCA, em relatório obtido pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

A estimativa da LCA é bem abaixo da oficial, feita pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que aposta em expansão de até 4% para 2013, incluindo as projeções para produção de caminhões e ônibus, que apresentam um cenário de forte retomada neste ano. O relatório da LCA aponta ainda uma queda na produção de automóveis e comerciais leves no segundo semestre em comparação com igual período de 2012.

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Nishida lembra que o segundo semestre do ano passado foi atípico, com a disparada nas vendas, após o governo anunciar a redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) de automóveis e comerciais leves. "O primeiro semestre deste ano será muito bom, provavelmente o melhor na série histórica (com vendas até maio 8,6% superiores a igual período de 2012), mas é difícil imaginar que os resultados do segundo semestre cheguem perto dos da metade final do ano passado."

O fraco desempenho dos mercados acionários globais nos últimos meses e as persistentes preocupações com o crescimento econômico mundial levaram a LCA Consultoria a revisar a performance do Ibovespa em 2012. Outras variáveis também foram determinantes para projetar uma pontuação de 58.800 para a principal carteira teórica da Bolsa brasileira neste ano. Com uma valorização pífia, de menos de 4% ao final de dezembro em relação a 2011, o ano de 2013 deve ter uma recuperação importante, prevê a consultoria.

Em relatório divulgado nesta quarta-feira, a LCA afirma que houve uma revisão para baixo na projeção do Ibovespa para este ano, mas uma revisão para cima na estimativa para o ano que vem, quando o índice à vista deve alcançar os 73 mil pontos. Essas alterações, segundo a consultoria, são compatíveis com as demais variáveis do cenário macroeconômico interno e externo no curto prazo. "Se confirmada, a superação do abismo fiscal nos Estados Unidos pode resultar em um desempenho muito melhor dos mercados acionários", prevê.

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Além disso, a estimativa também é coerente com o aumento da incerteza sobre o arcabouço regulatório de setores-chave na composição do Ibovespa, que está e deve continuar prejudicando o desempenho do índice à vista até o fim de 2012. "O aumento da projeção do Ibovespa para o ano que vem, por outro lado, é coerente com a projeção de queda do juro real", acrescenta.

Para a LCA, as perspectivas para o juro real estão menores, em função de um modesto aumento da inflação projetada no cenário da consultoria e manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 7,25% na maior parte do ano que vem.

Depois de cair 10% na primeira quinzena, o mercado de carros novos reagiu na segunda metade do mês e este deve ser o melhor outubro da história em vendas. Mesmo sem a esperada corrida às lojas pelo fato de a presidente Dilma Rousseff ter antecipado, há uma semana, o anúncio da prorrogação do corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), previsto para acabar hoje, as vendas vão superar 330 mil veículos, incluindo caminhões e ônibus.

Até segunda-feira (29), segundo dados do mercado, foram licenciadas 299,7 mil unidades, das quais 286,8 mil são automóveis e comerciais leves, segmento beneficiado pela redução do imposto, agora válido até o fim do ano. Na comparação com setembro - que havia registrado queda significativa em relação ao resultado recorde de agosto - os dados preliminares mostram alta de 4% nas vendas totais, com uma recuperação no mercado de caminhões, e de 3,2% em automóveis e comerciais leves.

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No acumulado do ano, os licenciamentos estão quase 4% acima do registrado em igual período de 2011, com 3,089 milhões de unidades. Em automóveis e comerciais, a soma chega a 2,95 milhões de unidades, alta de 5,27%.

Com três dias úteis a mais que setembro, a indústria já esperava resultados melhores para outubro. Mas a média diária de vendas, que baliza o comportamento do mercado, mostra, até segunda-feira, pequena desaceleração, com 14.987 unidades, ante 15.165 no mês anterior.

Corrida em dezembro

O economista da LCA Consultores, Rodrigo Nishida, lembra que essa média está próxima às de junho, julho e agosto, os três primeiros meses da queda do IPI. No primeiro semestre, as vendas diárias estavam bem mais fracas, em torno de 12,3 mil unidades, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Nishida prevê outro enfraquecimento na média diária de vendas em novembro, mas uma nova corrida às lojas em dezembro, quando termina o incentivo do IPI. "Além disso, dezembro tem o 13.º salário e tradicionalmente é um mês forte em vendas".

O IPI de 7% para modelos com motor 1.0 foi zerado e caiu à metade para aqueles com motor até 2.0, que recolhem entre 11% e 13%. O governo já prorrogou o benefício duas vezes por temer uma desaceleração forte no mercado e um impacto nos índices de inflação.

Na opinião do economista da LCA, outubro não foi melhor porque algumas montadoras não conseguiram suprir a demanda. Alguns modelos estão em falta e há filas de espera, caso por exemplo do recém-lançado Hyundai HB20, com entregas previstas apenas para janeiro, e do Nissan March, importado do México.

A LCA projeta para o ano crescimento de 7% nas vendas de automóveis e comerciais leves em relação às 3,42 milhões de unidades comercializadas em 2011. A Anfavea espera alta de 6%.

Para o setor como um todo, incluindo os veículos pesados, a expectativa das fabricantes é de crescimento de 4,5% a 5%, para algo em torno de 3,8 milhões de veículos, volume anual recorde. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O crescimento da indústria brasileira foi o mais disseminado desde março de 2010, segundo os cálculos da LCA Consultores. Segundo a consultoria, o índice de difusão da expansão na indústria em agosto ficou em 74,1%, na série dessazonalizada, e representa a taxa mais elevada em 29 meses. A taxa supera a média do mês anterior (48,15%) e também a média histórica de 54,2%, considerando um intervalo entre 1991 e 2011.

Na manhã desta terça-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a produção industrial cresceu 1,5% em agosto ante julho, um resultado que ficou abaixo da mediana das expectativas dos analistas consultados pelo AE Projeções, que era de 2,00%. No comparativo de agosto com julho, 20 dos 27 setores investigados apontaram expansão.

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Segundo a consultoria, a expansão foi bastante espraiada, mostrando que a reação não mais se concentra apenas nos setores beneficiados nos últimos meses com reduções de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), como o automotivo e o de linha branca.

Para os próximos meses, a LCA tem perspectiva positiva, destacando que a sondagem industrial da Fundação Getúlio Vargas apresentou situação relativamente equilibrada para a indústria de transformação. Divulgada no dia 26, a sondagem de setembro mostrou que a indústria de transformação já conseguiu, em geral, normalizar seu nível de estoque de produtos.

Mas há alguns fatores que podem afetar o resultado da produção de setembro, entre eles o fato de o mês ter uma quantidade menor de dias úteis em relação a agosto. Além disso, o ritmo de vendas de caminhões e ônibus continua preocupando.

Com a decisão de corte de 0,50 ponto porcentual na taxa Selic tomada nesta quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e um comunicado com conteúdo idêntico ao da reunião de abril, a equipe da LCA Consultores reiterou sua estimativa de que o Banco Central repetirá a dose na reunião de julho do comitê.

Em comunicado divulgado à imprensa, a consultoria destacou que continua com a previsão de que o ciclo de reduções nos juros, iniciado em agosto de 2011, será encerrado exatamente no próximo encontro do Copom, quando a autoridade monetária deverá reduzir pela última vez a Selic, que fechará 2012 na marca de 8,00% ao ano.

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"Nosso cenário base antevê uma melhora gradativa do ambiente externo e uma retomada paulatina da atividade doméstica no decorrer do segundo semestre - contexto que nos parece condizente com a nossa projeção de que a taxa básica de juros será reduzida até 8% ao ano", escreveram os economistas da LCA.

Além de manter suas estimativas, que já haviam sido coletadas pelo AE Projeções na semana passada, a LCA avaliou que renovou o alerta de que parece relevante o "risco de frustração" das expectativas de uma continuidade de cortes ainda mais agressivos na Selic, além da marca de 8%.

A taxa básica de juros deve chegar a 10% ao ano até março de 2012, prevê a LCA Consultores. De acordo com nota divulgada pela consultoria, a redução da Selic em 0,5 ponto porcentual, para 11,5% ao ano, decidida hoje pelo Comitê de Política Monetária (Copom), veio em linha com a expectativa e reforça a percepção de que o ajuste da taxa deve continuar a ser promovido a cada 50 pontos-base, desde que não haja uma deterioração adicional no cenário internacional.

"Nosso cenário base pressupõe que a crise fiscal europeia e o conturbado cenário político norte-americano continuarão a provocar volatilidade nos mercados globais e a pesar sobre o crescimento das economias maduras, mas sem provocar eventos extremos - como, por exemplo, o colapso de alguma grande instituição financeira", afirma a LCA. "Nessas circunstâncias, seguimos projetando redução da Selic para 10% ao ano até março de 2012 - em contexto de crescimento doméstico abaixo do potencial e lenta desaceleração da inflação (corrente e projetada)."

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