Tópicos | Literatura Infantil

Em tempos de pandemia, o número de crianças e adolescentes usando dispositivos eletrônicos como smartphones, tablets e notebooks aumentou consideravelmente, bem como a quantidade de tempo dispensado pelos pequenos a esses utilitários. Segundo levantamento realizado pela empresa Opinion Box, em outubro de 2020, só no Brasil o número de crianças, na faixa etária dos cinco aos oito anos, que utilizam o celular por cerca de três horas ao dia, aumentou de 30% para 43% em um ano. 

A corrida para as telas, como forma de amenizar os impactos do isolamento social - e alternativa para manter as atividades escolares de forma remota -, pode, a princípio, parecer um risco para outra ferramenta de extrema importância no desenvolvimento infantil: a literatura; no entanto, o cenário que se descortinou diante a crise sanitária de proporções mundiais botou por terra o estigma de que a tecnologia pode ser mais vilã do que ‘mocinha’ para o universo dos livros.

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De acordo com pesquisa feita pelo Instituto Pró-Livro em mais de 200 cidades brasileiras,  houve crescimento de leitores na faixa dos cinco aos oito anos, durante a quarentena: de 67% para 71%. Para a escritora de livros infantis Clara Haddad, a união da tecnologia com a literatura pode ser um aliado poderoso no estímulo à leitura dos pequenos. “Acredito muito que uma coisa não substitui a outra. Sempre houve essa ideia: ‘chegou o CD, vai acabar o LP’, aquela ideia de ‘é o fim do mundo’; acho que uma coisa não invalida a outra. São formas de leitura diferentes, mas que se complementam”, disse em entrevista exclusiva ao LeiaJá.

A escritora, com quase 30 anos de experiência na literatura infantil - sendo 23 deles dedicados exclusivamente à narração oral; ofício que, em 2020,  lhe rendeu o Troféu Baobá - considerado o Oscar brasileiro da narração e mediação de leitura -, diz que se surpreendeu positivamente com o ‘casamento’ da tecnologia com a literatura e que, desde o último ano, tem se dedicado bastante às atividades remotas. “Eu me vi numa situação em que eu realmente tive que abraçar o online porque seria a única maneira que eu tinha de estar com meus leitores. Eu tinha algum receio porque quando a  gente fala em literatura a gente pensa no contato com o público, o olho no olho, a partilha das emoções, tudo muito presencial, e de repente fazendo esse vínculo com o online eu fiquei surpreendida porque as crianças embarcam na mesma (maneira) e às vezes até interagem mais”.

No mês em que a literatura e, sobretudo a literatura infantil, é celebrada em todo o mundo - sendo 2 de abril o Dia Internacional do Livro; 18 do mesmo mês, Dia Nacional do Livro Infantil e; 23 de abril,o Dia Mundial do Livro -, Clara festeja a sua profissão e frisa a importância do hábito de ler para a criançada. “A literatura infantil chega a todos, quando é uma boa escrita, porque os temas são transversais, falam de emoções, falam de pessoas como nós,  e acredito que a literatura para a infância pode chegar a todas as idades porque a gente tem sempre esse olhar de encantamento e curiosidade. Acho que isso os adultos não poderiam perder”. 

As escritoras Lenice Gomes (esq.) e Clara Haddad se dedicam à literatura infantil. Foto: Arquivo Pessoal

Habitat da infância

Compartilhando opinião semelhante, a escritora infantil Lenice Gomes, arrisca ir um pouco além. Para ela, “a literatura habita a infância e a infância habita a literatura”. A autora pernambucana tem mais de 40 livros infantis publicados e foi finalista do prêmio Jabuti, em 2004. Ela passou a dedicar-se à literatura para a infância após muitos anos atuando como professora e encontra nas parlendas, trava-línguas e adivinhas o material bruto para suas histórias.

Para Lenice, os livros são um universo de conhecimento e desbravamento do mundo e o segredo para despertar o interesse dos pequenos é deixá-los à vontade para escolherem seus caminhos no mundo das letras. “É preciso, antes de tudo deixá-los livres para ler e contar a versão deles das histórias. A confiança no maravilhoso é um excelente caminho. Sempre digo que a literatura enquanto arte da palavra abre-se para uma pluralidade de leituras e eu persisto nesse caminho a literatura que abraça o sonho e a fantasia com o mesmo entusiasmo que se aproxima da vida real”, disse em entrevista ao LeiaJá.. 

Monteiro Lobato

No Brasil, o dia 18 de abril foi o escolhido para celebrar o Livro Infantil. A escolha se deu como forma de homenagear o escritor Monteiro Lobato, dono de clássicos como Reinações de Narizinho e O Saci, que lhe renderam o título de ‘pai’ da literatura infantil brasileira. No entanto, o reinado de Lobato, no entanto, como baluarte da literatura nacional vem sendo duramente questionado e, até mesmo, ameaçado. 

Com livros escritos em meados do século 20, nas quais questões raciais e de gênero tinham outro contexto e conotações, o escritor tem sido apontado como vilão, sobretudo entre pais e educadores. Alguns defendem a retirada de certos títulos do autor das prateleiras infantis, já outros, acreditam que deva ser feita uma reestruturação dessas obras com a retirada de termos e trechos. 

Foto: Wikimedia Commons

Para a escritora Clara Haddad, que diz ter crescido lendo e “relendo” os livros de Lobato, o bom senso é o que deve falar mais alto frente a questões como essas. Ela enxerga na literatura uma ferramenta de conscientização e construção social, sendo assim, o bom uso dos livros, até mesmo os considerados polêmicos, pode ser de extremo ganho na formação das crianças. “Não concordo com as coisas racistas e misóginas mas ao mesmo tempo eu acho que não podemos simplesmente cancelar um autor porque, querendo ou não, ele tem um percurso e um valor para a literatura brasileira.Se a gentenao trata esses temas e  não conversa com as crianças ela sobre essas situações todas, elas não se protegem para o mundo. A literatura é um espelho do que acontece na vida, é uma forma de preparar a criança sobre esses temas num ambiente seguro a partir da voz daquelas pessoas que ela confia”. 

Já Lenice, comenta sempre ter lido o autor para seus alunos e relembra algumas reações. “Muitas vezes eles próprios questionavam os aspectos racistas e preconceituosos que apareciam nas histórias. Isso mostra como os leitores também problematizam os temas e revela que a mediação cuidadosa pode ser melhor do que uma radicalização como retirar os livros da escola”. 

Para a autora pernambucana, Lobato tem sua importância por ter promovido a  "formação da literatura brasileira” e menciona outra escritora importante, Clarice Lispector - que menciona o escritor no conto Felicidade Clandestina -, para ilustrar sua fala. “Para ela, esse contato com o livro foi uma abertura para o encantamento, isso revela que em qualquer tempo os leitores terão a sensibilidade para experimentar os mais diversos temas e as diferentes perspectivas sobre os textos” 

‘Isso dá história’

Clara Haddad levou sua literatura para a internet por conta da pandemia. Foto: Divulgação

Para celebrar um mês repleto de datas alusivas aos livros e à literatura infantil, a escritora Clara Haddad lança a edição brasileira do título O que é que o crocodilo come ao meio-dia, já lançado em Portugal, país onde reside há 17 anos. Nele, Clara mistura um tradicional conto africano a uma inusitada notícia lida no jornal, em uma história repleta de referências familiares e ludicidade. “Tudo pode ser matéria e material para um escritor escrever. Seja uma notícia, uma música, uma experiência de vida, a gente trabalha com essa matéria humana. O escritor vai fabular e brincar com elas. O escritor tem essa possibilidade de brincar e recriar de forma amena, sem perder as questões da vida, porque é importante falar delas, mas fazendo de uma forma talvez mais suave”. 



 

A  multiartista e escritora Mariane Bigio lança, nesta quinta (29), o seu primeiro e-book. Cordel Espacial é um convite para que crianças e suas famílias mergulhem no mundo da imaginação, sem saírem de casa. O lançamento será através de uma live, no Instagram da própria Mari, com contação de histórias e oficina de arte, a partir das 18h. 

Cordel Espacial foi escrito durante a pandemia com o propósito de estimular a criatividade da criançada. O livro, em formato de cordel, conta a história de um garotinho que usa sua imaginação para viajar pelo espaço sem sair de casa. Esse é o primeiro e-book de Bigio que já é autora de outros 11 títulos, cinco deles infantis. As vendas serão pela Amazon. 

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Já o lançamento do e-book acontece no Instagram da escritora, nesta quinta (29), às 18h. Além da contação da história, Mari  vai promover uma oficina de artes para construir um foguete de papelão usando rolinho de papel higiênico.

Com uma carreira consolidada na música, Ivete Sangalo quer, agora, desbravar outros universos. A cantora revelou sua vontade de escrever livros infantis. Em conversa com a atriz Thais Fersoza, Veveta contou que gosta muito de inventar histórias e já tem experiência nisso. 

Ivete foi entrevistada por Thaís para o canal da atriz no YouTube. Quando perguntada se gostaria de trabalhar com crianças, a cantora revelou que sim, mas em uma área distante da música. “Inclusive estava conversando sobre essa possibilidade. Não necessariamente com música, mas com livros”.

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Veveta é mãe de Marcelo, de 10 anos, e das gêmeas Maria e Helena, de dois. Ela disse que a criançada lhe rendeu uma experiência enquanto criadora de histórias. “Eu crio muitas histórias e leio muito livro físico para as meninas. O Marcelo vai na marra, mas depois se diverte. Eu viajo muito e vou contando ao sabor das situações. Se o Marcelo vai à fazenda andar a cavalo, eu crio uma história com isso, e eles se divertem. Faço muito teatro”. 

Se "é de pequenino que se torce o pepino", como diz o ditado, a infância é o melhor momento de introduzir o tema do preconceito para as crianças. Presente na sociedade como um problema estrutural, o racismo traz consequências diversas e marcantes e a educação pode ser a melhor arma para combatê-lo, como aponta a pedagoga Suely Batista Rios. 

"A literatura infantil possibilita a maior aproximação do professor ao mundo imaginário da criança, é nessa perspectiva que as histórias infantis auxiliam na formação das crianças como críticos sociais. Introduzir assuntos através da literatura pode ser mais fácil, uma vez que o tema é apresentado de forma lúdica’’, explica.

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Pensando nisso, em conjunto com a especialista, o LeiaJá separou livros infantis que ajudam a discutir o racismo.

O presente de Ossanha – Joel Rufino dos Santos (2000)

Através de uma linguagem simples, sensível e bem cuidada, o autor expõe a história de dois meninos que viviam em um engenho de açúcar. Um era filho do dono e o outro filho de escravo. Sob este cenário, os personagens se deparam com situações nunca antes vividas que geram questionamentos sobre a sociedade em que estão inseridos.

 

Que cor é minha cor – Martha Rodrigues (2006)

Com o objtivo de trabalhar a identidade afrodescendente na imaginação infantil, o livro de Martha Rodrigues trata muito além do colorismo. É justamente à imaginação que esses livros falam a partir de uma composição sensível, de textos curtos e poéticos, associados a belas ilustrações. Modo lúdico de reforçar a autoestima da criança a partir da valorização de seus antepassados, de sua cultura, cor e identidade.

 

O Cabelo de Lelê – Valéria Belém (2007) 

Lelê não gosta do que vê - de onde vêm tantos cachinhos? Ela vive a se perguntar. E essa resposta ela encontra num livro, em que descobre sua história e a beleza da herança africana. Essa é a resenha que define a obra de Valéria Belém, onde ela apresenta um impasse comum entre as garotas negras: identificar a beleza em tamanha falta de representatividade.

 

Tudo Bem Ser Diferente – Todd Parr (2001)

O único livro da lista que traz temáticas além da racial. A obra de Todd Parr evidencia a importância do convívio da criança em meio a inclusão. Com personagens infantis distintos entre suas especificações o livro insiste em temas que fazem não só as crianças refletirem sobre.

 

Menina Bonita do Laço de Fita – Ana Maria Machado (2006)

Primeiramente o livro eleva a autoestima da menina negra. Atenta aos detalhes, a autora apresenta uma personagem que não enxerga suas diferenças como inferiores, em paralelo há um curioso coelho que, acostumado com os padrões, indaga a menininha. Juntos, eles caminham por um diálogo de descobertas e afinidades.

A partir do dia 7 de setembro, a Turma da Mônica volta aos palcos com um musical baseado nos clássicos da literatura infantil. “Era Uma Vez Uma História de Príncipes e Princesas” tem direção de Mauro Sousa e supervisão do criador da turminha famosa dos gibis, Mauricio de Sousa. O musical reúne personagens da literatura, como Chapeuzinho Vermelho, Lobo Mau, Cinderela, Príncipe Encantado, Branca de Neve, Capitão Gancho e até o Gigante do Pé de Feijão.

A história se passa no Reino do Limoeiro, onde vivem a princesa Mônica e o príncipe Cebolinha. Eles têm suas vidas transformadas por uma bruxa má e, com a ajuda de seus amigos Cascão Gancho, Chico Pé de Feijão e Magali Vermelho, eles farão de tudo para que as coisas voltem ao normal.

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O musical tem muitas surpresas, suspense e aventura, mostrando que superar desafios pode fortalecer os laços de amizade, união e respeito. “O espetáculo traz a essência do que é o universo da Turma da Mônica e cumpre a missão de transformar as histórias em quadrinhos em experiência lúdica, educativa e cultural”, conta Mauro Sousa.

Serviço

Turma da Mônica - Era Uma Vez Uma História de Príncipes e Princesas

Quando: de 7 de setembro a 27 de agosto - Sábados e domingos, às 15h

Onde: Teatro Porto Seguro Alameda Barão de Piracicaba, 740 - Campos Elíseos - SP

Ingressos no site - R$ 120 (plateia)/ R$ 70 (balcão e frisas)

 

Momento do ano em que há datas significativas para a literatura nacional e internacional, o mês de abril é dedicado ao livro. Em todo o mundo, o Dia do Livro é comemorado em 22 de abril, bem como no dia 12 de abril é lembrado, aqui no Brasil, o Dia Nacional do Livro Infantil. A data celebra o nascimento do escritor paulistano Monteiro Lobato (1882-1948), autor de obras lendárias da literatura infantil brasileira como Caçadas de Pedrinho e Hans Staden, Histórias de tia Nastácia, Memórias da Emília e Peter Pan, entre outros. Reconheceu alguns dos personagens citados? Eles fizeram parte do seriado de TV chamado “O Sítio do Pica-Pau Amarelo” onde a história folclórica se consagrou e atravessou gerações. 

Assim como Monteiro Lobato, muitos outros escritores têm um espaço relevante na Contação de histórias para crianças. Ziraldo, Ruth Rocha e Cecília Meireles são alguns dos nomes que integram a literatura infantil no Brasil.

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É certo que a educação está diretamente ligada ao hábito da leitura. E que ler é um dos grandes desafios educacionais. Em um país em que pouco se lê, ainda há esperanças quando se trata das crianças que têm uma maior motivação para ler um livro. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Ibope em 2018 por encomenda do Instituto Pró-Livro, 42% dos adolescentes entre 11 e 13 anos são os que mais leem por gosto, seguido por crianças de 5 a 10 anos (40%).

Mas como tornar os livros ainda mais interessante para os pequenos, os incentivando a serem futuros leitores? A prática da contação de histórias pode funcionar como um grande atrativo, visto que por meio da escuta os pequenos podem ter uma visão de mundo, conhecendo outras culturas, através da literatura.

Guga Bezerra contando histórias para as crianças. Foto: Laura GalvãoGuga Bezerra é contador de histórias e gestor cultural há uma década. Ele considera que o hábito da leitura também pode ser criado junto à narração literária. “A contação de histórias é uma prática de comunicação muito antiga que fortalece o contato com a palavra desde os primeiros anos da infância. É muito importante dizer que esse momento com a criança é enriquecedor, pois potencializa o olhar social e a identidade cultural, traz conhecimentos e é um incentivo à leitura” diz o gestor, que também realiza projetos educacionais em bibliotecas públicas.

Sob o ponto de vista escolar, a pedagoga e contadora de histórias Roma Júlia acredita que a literatura precisa estar em um lugar maior dentro da sala de aula “A leitura é um momento em que a criança pode viajar e entender o mundo. A escola precisa mostrar para a criança que ler é bom e não criar um processo de obrigar a criança a ler”, defende Roma, que é profissional da educação há 12 anos.

Foi a partir da sala de aula que a pedagoga iniciou a técnica de narração literária “A sala de aula que me levou à contação de histórias. Um educador leitor pode ter alunos leitores, assim como um pai e uma mãe leitores também podem influenciar o filho a ser leitor. E assim a gente constrói uma sociedade leitora” pontua.

Buscando unir técnicas de fomento à leitura na primeira infância, Guga Bezerra e Roma Júlia listam dez maneiras eficientes para atrair à criança para a leitura:

1. Criar o hábito da leitura em família (a criança se guia pelos exemplos em casa);

2. Ler bons livros com as crianças;

3. Levar as crianças para espaços de leitura ou bibliotecas (essa é uma forma de integrar a criança no mundo dos livros);

4. Criar histórias junto à criança.

5. Soltar a imaginação na hora de contar histórias, mudando o tom de voz ou até mesmo criando expressões para os personagens;

6. Criar uma rotina com os livros, reservar dias e horários para leitura;

7. Dialogar e ouvir a criança após as leituras para descobrir o gosto literário dela;

8. Apresentar tipos variados de livros, bem como os assuntos abordados. 

9. Permitir que a criança tenha contato com os livros em diferentes formatos, fazendo a leitura ao seu modo;

10. Ouvir as histórias imaginárias da criança.

 

Com o objetivo de estimular a leitura entre as crianças, a campanha 'Leia para uma Criança' promete distribuir, gratuitamente, mais de um milhão de livros. São dois títulos para cada solicitante, sendo parte desses adaptados para os pequenos que tenham alguma deficiência visual.

Realizada pelo Itaú Social e Itaú Unibanco, a campanha kits com livros infantis com o objetivo de que pais, responsáveis e crianças possam ler juntos. Neste ano, os títulos escolhidos foram 'Quero Colo!', de Stela barbieri e Fernando Vilela; e 'Pedro vira porco-espinho', de Janaina Tokitaka. A iniciativa começou em 2010 e, até agora, já distribuiu mais de 51 milhões de livros.

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Para solicitar o kit basta realizar um cadastro no site da campanha e esperar o material que será enviado pelos Correios sem nenhum custo. Nesta edição, serão disponibilizados 1,8 milhão de kits; desses, 2 mil livros serão acessíveis para leitores com deficiências visuais, em braile e letra expandida, e outros dois mil para crianças com outros tipos de deficiência.  

 

Em comemoração ao Dia Nacional e Internacional do Livro Infantil, celebrado em abril, o projeto 'Coisas que se contam nas Olindas' realiza uma programação voltada para as crianças, no próximo domingo (29). Com o tema 'O fantástico universo da literatura infantil', o evento promove contação de histórias e apresentações musicais em homenagem a autores como Monteiro Lobato, Hans Christian Andersen e Charles Perraul, entre oturos. 

Realizado no Centro de Cultura Luiz Freire, o encontro vai reunir Dayse Constantino, Olga Marinho, Cida Fernandez e Júlia Sol. O propósito do evento será relembrar grandes autores infantis, através de histórias e músicas, para os pequenos e os grandes que comparecerem. A entrada é gratuita. 

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Serviço

Coisas que se contam nas Olindas: histórias e música - O fantástico universo da literatura infantil

Domingo (29) | 15h

Centro de Cultura Luiz Freire (Rua 27 de Janeiro, 181 - Bairro do Carmo)

Gratuito

No próximo mês, acontece a terceira edição do Festival Internacional de Literatura Infantil de Garanhuns (Filig). O evento, que acontece entre os dias 5 e 8 de outubro, no Sesc, traz o tema 'Nas entrelinhas das imagens narrativas' e contará com diversas atividades de formação. Os interessados têm até o dia 30 de setembro para se inscrever.

As ações formativas para o público serão divididas em dois núcleos: os Ateliês Filig e as oficinas. Os Ateliês são novidades nesta edição do evento e serão um espaço de aprendizado, aprofundamento prático e teórico sobre os processos de criação em narrativas e leituras para a primeira infância.

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Já as oficinas serão momentos de estimular a conciência prática com o processo criativo de cada indivíduo. Entre os facilitadores das atividades estão Odilon Moraes, Alessandra Roscoe, Elma, Tino Freitas, Odilon Moraes, Walther Moreira Santos e Gabriel Pacheco. 

Serviço

Feira Internacional de Literatura Infantil de Garanhuns - Filig

5 a 8 de outubro

Sesc Garanhuns (Rua Manoel Clemente, 136 - Garanhuns)

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O livro infantil 'Bicho Vermelho' é uma criação da autora Lina Rosa Vieira para expor e conscientizar as pessoas sobre os animais ameaçados de extinção. Nesta terça-feira (15), a obra será distribuida e lida para crianças alunas de escola pública na praça de Casa Forte, Zona Norte do Recife, das 8h às 15h30 (horário local).

A obra traz 'retratos' em engenharia de papel da lista vermelha, ranking de alerta da União Internacional para Conservação da Natureza de espécies ameaçadas de extinção. "Queria falar de algo tão raro e transpor duplamente para uma experiência tátil. A intenção é unir a preocupação de ampliar a vivência cotidiana das crianças com o livro, em tempos cada vez mais digitais, mas também de que elas vivam como fato, de maneira real, o que está acontecendo na natura silvestre que ante nossa ambientação urbana nem paramos mais para refletir", conta a autora.

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Dentre os protagonistas do livro estão os animais: ariranha, pássaro bicudo, galito, caburé-de-pernambuco, cachorro-do-mato vinagre, codorna-buraqueira, onça-pintada, jaguatirica, lobo-guará, macaco-prego-galego, peixe-boi-marinho, periquito-cara-suja, pintor-verdadeiro, porco-espinho esperança, tamanduá-bandeira, tartaruga-de-pente, tatu-canastra, tatu-bola, tico-tico-do-campo e tubarão-baleia.

 

A cidade de Garanhuns recebe a primeira edição do Festival Internacional de Literatura de Garanhuns (Filig), entre os dias 9 e 12 de outubro. Um evento para discussão e divulgação da literatura infantil, promovendo a interação de autores de vários países em torno dos livros e da importância deles na vida de crianças e adultos.

Na programação, que acontece gratuitamente no SESC Garanhuns e no Parque Ruber Van der Linden (Pau Pombo), estão rodas de leitura, performances, oficinas, bate-papo com autores, lançamentos de livros e apresentações artísticas feitas por alunos das escolas municipais de Garanhuns. Uma biblioteca pública ao ar livro e uma feira de livros também compõem o evento.

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O tema dessa estreia é Literatura Infantil - Construindo Cidadãos e a curadoria do evento é do escritor Antonio Nunes, coordenador AEILIJ - Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil e membro da União Hispanoamericana de Escritores. Toda a programação é gratuita e pode ser vista no site oficial do evento. O festival representa o ápice de um projeto que desde agosto oferece oficinas sobre literatura infantil na cidade com o objetivo é formar multiplicadores de leitura para atuação direta em literatura infantil. 

A escolha da cidade se deve a dois motivos: ações desenvolvidas pelo próprio município para formação de leitores, e o patrocínio da Ferreira Costa, empresa que nasceu há 130 anos na cidade, e que procura incentivar a leitura em projetos como o Sala de Leitura, que já implantou mais de 80 salas do tipo com mais de 1 mil livros não didáticos em escolas públicas.

Uma das ações do festival é a distribuição de Kits Leitura para 58 escolas municipais de Garanhuns e seis bibliotecas, com livros infantis que seguem as recomendações da Fundação Nacional do Livro Infantil Juvenil (FNLIJ) e da curadoria do festival. Além das escolas e bibliotecas, todas as crianças de zero a cinco anos matriculadas na rede pública de Garanhuns vão receber um kit com livros da Coleção Itaú de Livros Infantis.

"O Filig está sendo feito com e para a cidade de Garanhuns, sempre se preocupando em incluir quem é da cidade na programação" conta Lara Holanda, coordenadora de produção da Proa Cultural, organizadora do evento.

Internacional

Além de nativos de Garanhuns e autores brasileiros, o evento também conta com três convidadas internacionais cujo trabalho é referência na literatura infantil. São elas Irene Vasco, Eleonora Arroyo e Florencia Esses.

Irene, colombinana de mãe brasileira, escreve livros premiadas para crianças há mais de 25 anos e traduz obras de brasileiros como Lygia Bojunga, Ana Maria Machado, Moacyr Scliar; Eleonora Arroyo, ilustradora argentina, já trabalhou com diversos autores e participou da mostra de ilustradores argentinos na Feira de Livros Infantis de Bolonha; já Florencia Esses, autora de poesia e contos para crianças, começou como bibliotecária e possui experiência na área de formação de leitores. 

"Para mim é emocionante estar no Brasil falando de literatura e trabalhando com pessoas da área. Tudo enriquece meu trabalho, estou sempre aprendendo", fala Irene Vasco. A colombiana chegou a criar uma livraria especializada no assunto, a Espantapajaros (espantalho). Irene abre a programação de palestras falando sobre Formação de leitores – relatos de uma vida dedicada aos livros e à leitura. "Junto com a Argentina e Cuba, Brasil é um dos países com mais tradição na literatura infantil", explica a tradutora.

"Estou agradecida por essa oportunidade. Essa é a primeira vez que venho mostrar meu trabalho em outro país e pra mim isso é ótimo", conta Florencia Esses. A escritora realiza uma palestra com o tema Poesia e trava-línguas: uma iniciação à literatura para crianças menores, no sábado (11).

A ilustradora argentina Eleonora Arroyo encerra a programação com a palestra Um panorama da ilustração argentina, no domingo (12).

O Festival Internacional de Literatura Infantil de Garanhuns é uma realização da Proa Cultural, com patrocínio da Ferreira Costa e apoio da Prefeitura de Garanhuns, através da Secretaria de Educação Municipal, do Serviço Social do Comércio (Sesc Garanhuns), da TV Pernambuco (TV PE) e da  (AEILIJ).

Serviço

Festival Internacional de Literatura de Garanhuns - Filig

Quinta (9) a Domingo (12)

Sesc Garanhuns e Parque Ruber Van der Liden (Rua Manoel Clemente, 161 – Centro, Garanhuns)

Gratuito

A SESI-SP Editora lançou recentemente o livro infantil Procura-se uma sereia, de Luiz Bras e com ilustrações de Alexandre Camanho. Indicado para crianças de 6 a 7 anos, o livro integra a coleção Quem lê sabe por quê, cujo objetivo é promover o estímulo à leitura. A obra pode ser encontrada nas principais livrarias do país pelo preço de R$ 32. 

O autor narra a história de um homem de mil anos feito de vários elementos, como sonhos, risadas e ideias engraçadas. O personagem surge no banco de uma praça e conversa com as crianças ao redor sobre o grande amor da sua vida, uma linda e encantadora sereia. O conto é narrado por Aline, uma das crianças que conversam com o personagem.

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Os leitores são conduzidos a um mundo de magia criado pelos desenhos de Camanho, artista premiado, que tem dedicado seu trabalho para despertar a imaginação das crianças por meio de ilustrações. Em Procura-se uma sereia, animais, pessoas, mitos e objetos ganham vida, cores e novas formações nos traços do ilustrador.

A coleção Quem lê sabe por quê ,da SESI-SP, é composta por livros paradidáticos voltados a crianças e jovens, além de livros sobre temas relacionados à leitura e à formação de um público leitor.

Serviço

Procura-se uma sereia, de Luiz Bras - 36 páginas

SESI-SP Editora

R$ 32,00

Uma das iniciativas da Fliporto 2013, voltada especificamente para as crianças, são as mini bibliotecas espalhadas pelo laguinho da Praça do Carmo, em Olinda. Ao todo, quatro unidades desse tipo fazem parte do evento literário que encerra neste domingo (17). Todas são acompanhadas de um ou dois voluntários, de acordo com a quantidade de crianças circulando pelo local. 

Em uma época em que crianças trocam as ruas e as bolas de futebol por tablets, celulares e computadores, a Fliporto 2013 é uma forma de incentivo real à literatura.

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Brahyan Alves, estudante de pedagogia de 24 anos, é um desses voluntários. “A Fliporto trouxe essas mini bibliotecas com o objetivo da gente trabalhar a literatura com as crianças pequenas, e o resultado tem sido positivo porque aqui tem tido uma boa circulação. Além da leitura feita por nós voluntários, incentivamos também as próprias crianças a folhearem os livros e lerem sozinhas”, disse Brahyan ao LeiaJá.

As mini bibliotecas são basicamente casinhas de madeira feitas na altura média das crianças, facilitando assim a visualização dos livros por parte delas. Para pegar um livro, os interessados só precisam comparecer ao local e falar com o voluntário.

Quem passou por lá foi o engenheiro João Marcelo, acompanhado da esposa e da filha de dois anos e 10 meses. “Desde pequenininha, ela tem muito contato com a literatura. A gente sempre se preocupou em deixá-los na altura dela para que ela pudesse ir se habituando a passar as páginas e ver as figuras”, comentou João, que comprou durante a Fliporto uma sacola de livros para a filha. 

A irmã do CEO do Facebook, Randi Zuckerberg, está promovendo no YouTube o lançamento de um livro com o seguinte mote: incentivar crianças a não depender tanto de internet. O livro conta a história de uma garotinha, chamada Dot, viciada em tecnologia, que percebe, no decorrer do tempo, que existe vida fora do seu tablet.



De forma divertida, Randi brinca com a linguagem das redes sociais e conscientiza que a vida fora do mundo virtual também pode ser divertida. "A vida é mais interessante quando você olha por cima da tela", diz. Ela trabalhava no facebook até o ano de 2011, quando deixou a empresa e fundou a Zuckerberg Media. 

A Livraria Jaqueira e a revista Perto de Casa realizam o segundo Concurso Literário Infantil. Para participar, crianças de 5 a 12 anos devem entregar seus contos na livraria Jaqueira ou enviar pelo e-mail: pertodecasa@hotmail.com.

Serão selecionados os três melhores contos e a premiação será feita durante a Cantata de Natal, no dia 13 de dezembro, às 17h.


Serviço:
Segundo Concurso Literário Infantil
Livraria Jaqueira (Rua Antenor Navarro, 138 – Jaqueira).
Informações: 81 3265-9455.



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Dedicada ao público infantil e com objetivo de estimular a leitura de modo circular, a Coleção Ioiô, de Flávia Muniz, já está nas livrarias de todo o Brasil. São três histórias com frases curtas, escrita simples e linguagem pensada especialmente para os pequenos, contadas com muita diversão e surpresas.

O Jogo do Pega-pega, cada bicho participa da maneira que pode, enquanto a bola voa, cai, rola e pula no meio do mato. Já em O Jogo do Puxa-puxa, o macaco encontra um fio sem dono do mato e conduz o leitor às descobertas e aventuras que esse fio indica. E por último, o Jogo do Vai e Vem conta a história de um trem que leva todos os tipos de bichos por caminhos cheios de enigmas, para o leitor solucionar.

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Começa nesta quinta-feira (23) a 6ª edição da Feira Literária Infantil de Porto de Galinhas, que este ano homenageia o centenário de Luiz Gonzaga. Até o próximo sábado (25), a Fliportinho oferece palestras, contação de histórias e oficinas.

A Feira também proporciona atividades culturais e artísticas e oferece ações voltadas à ideia de reciclagem, estimulando a doação de livros e disponibilizando, em todo o espaço do evento, pontos de coleta. Confira a programação completa no site oficial da 6ª Fliportinho.

 

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A Faculdade Frassinetti do Recife (Fafire) recebe o I Encontro Pernambucano do livro Infantil e Juvenil. O evento é uma parceria com a Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil (AELIJ-PE). O encontro irá ocorrer nos dias 19 e 20 de agosto no auditório do 5º andar da Fafire, na sexta-feira a partir das 19h30 e no sábado a partir das 8h30.
O objetivo do evento é analisar a atividade no estado e possibilitar a interação entre os profissionais, estudantes e amantes da literatura. Entre os temas abordados na programação estão “A contribuição da ilustração para a Literatura Infantil e Juvenil”, “A família, a escola e a mídia na formação de novos leitores” e “Os novos cenários da Literatura Infantil e Juvenil em Pernambuco”.
As inscrições devem ser feitas no dia do evento, através de doação de livros infantis ou juvenis novos, no valor igual ou superior a R$15,00. A arrecadação será revertida à casa da Esperança, por isso não serão aceitos livros usados. 

A Faculdade Frassinetti do Recife (Fafire) fica na avenida Conde da Boa Vista 921 – Boa Vista. Mais informações telefonar para 2122.3500 ou acessar no site www.fafire.br

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Confira aqui a programação do evento.

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