Cores, sons, formatos, movimentos e muitas histórias. Essas são algumas das inúmeras maneiras de envolver as crianças no mundo da imaginação e incentivar o gosto pela leitura. E para auxiliar essa ‘viagem’ que permeia o mundo criativo dos pequenos, atualmente, o público infantil conta uma diversidade grande de livros, que assumem um papel fundamental para o desenvolvimento deles, desde os primeiros meses de vida.
Porém, nem sempre é fácil incentivar a leitura e, muitas vezes, os pais se perguntam, sobre qual o melhor momento para começar. Na data em que se comemora o Dia Nacional da Leitura e das Crianças, esta quarta-feira (12), o Portal Leiajá produziu uma matéria sobre contações de história para bebês - etapa da vida considerada, por muitos especialistas, extremamente importante para o desenvolvimento cognitivo.
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De acordo com a pedagoga e escritora Rosa Costa, a faixa etária para o bebê consiste a partir de um mês de vida até os três anos de idade. Além disso, para ela, o período uterino, bem os primeiros anos, são fundamentais para a prática da contação de história, que futuramente propiciarão maior criatividade e gosto pela leitura dos pequenos.
“Essa fase é simplesmente linda. Nesse período, a criança está atenta às descobertas, que envolvem cores, sons e texturas - por exemplo. E será através do desconhecido que os pais podem aguçar a criatividades dos bebês, por meio de recursos simples como brinquedos sonoros, livros coloridos, deboches e fantoches”, explicou Rosa.
Para a especialista, a ideia é transformar a contação de história um uma aliada nas brincadeiras, atividades e até desenvolvimento dos bebês. “Os pais podem utilizar a criatividade durante a troca de fralda e qualquer interação com eles. A ideia é estimular a imaginação, contar e recontar histórias. Com isso, o bebê - quando crescer e ingressar na educação infantil, futuramente, - vai apresentar um vocabulário mais rico e, consequentemente, aderir, com mais naturalidade, o gosto pela leitura", ressalta.
A assessora pedagógica Shirley Monteiro, mãe de três filhos em etapas diferentes, falou que só conseguiu despertar quanto ao recurso da contação de histórias com o seu filho mais novo. “Tenho um filho de 18 anos e minha inexperiência na época não me permitiu viver essa experiência de maneira tão bem sucedida como está sendo agora. Com o meu segundo filho, a literatura infantil foi aliada no meu vínculo e hoje ele é um leitor apaixonado. Com o terceiro, procuro escolher boas histórias, com muito estímulo visual e imaginativo”, contou.
Shirley ainda acredita que a contação de história possibilita inúmeros ganhos. Além de estreitar nossos laços afetivos, seus "olhões" verdadeiramente brilham a cada entonação ou som que faço. Como mãe, me sinto responsável pelo desenvolvimento desse novo leitor. Mesmo que não seja em fase alfabética, a leitura para bebês amplia sua leitura de mundo”, exaltou.
A professora de educação física e bombeiro Maria Souza, relata que conta histórias para a pequena Valentina, atualmente com nove meses, desde a gestação. "Desde a barriga comecei a contar historinhas para ela. Como eu sou da área da educação, já tinha pesquisado e lido bastante sobre assuntos relacionados ao desenvolvimento da criança. Desde a concepção até o nascimento, conto e canto para ela", justifica.
Com o hábito, Maria revela que Valentina já consegue reconhecer a voz e entender a entonação da voz. "Eu vejo que ela é mais atenta aos sons. Quando a gente conversa, presta bastante atenção à fala, aos objetos coloridos e aos recursos sonoros que utilizo", explica a educadora física, que ainda conta qual é o seu maior desejo com essa prática. "Espero que ela consiga enriquecer o seu vocabulário e que, ao chegar na escola, tenha mais facilidade e, principalmente, goste de ler", finaliza.
Segundo a consultória pedagógica Rosa Costa, o processo de contar e recontar histórias, através das brincadeiras a criança vai se apropriando tanto dos processos básicos de amadurecimento como dos modos particulares de brincadeira, ou seja, das regras e dos universos simbólicos em que vivemos. Com isso, a literatura infantil deve ser tratada nesse contexto, como mais uma brincadeira gratificante e produtiva, exercitando o poder da fala, da criatividade e da oralidade. A especialista Rosa conta no vídeo a seguir como contar histórias para os pequenos, confira a seguir:
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