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“Seu Waldir, eu trago dentro do peito um coração apaixonado batendo pelo senhor. O senhor tem que dar um jeito”. Os versos da música ‘Seu Waldir’, lançada no primeiro disco do então iniciante Ave Sangria, fizeram barulho de verdade. O ano era 1974 e o país vivia em pleno regime de ditadura militar. A música libertária, despudorada e com leves tons de deboche da banda pernambucana não agradou aos ouvidos dos censores da época e foi proibida pouco tempo após o lançamento. A censura caiu como uma bomba de desânimo nos membros do grupo: Marco Polo (vocais), Ivson Wanderley (guitarra solo e violão), Paulo Rafael (guitarra), Almir de Oliveira (baixo), Israel Semente (bateria) e Agrício Noya (percussão), e eles acabaram parando antes mesmo de começar pra valer. 

Porém, não esperava a história que várias décadas após a interrupção forçada, o Ave Sangria teria um resgate tão triunfal. Por que não dizer, absoluto. Já em outro milênio e em outro século, um outro público descobriu o rock psicodélico do grupo e resolveu tirá-lo do ostracismo. Em 2008, Almir de Oliveira, baixista do grupo, descobriu uma comunidade em sua homenagem no extinto (também quase voltando) Orkut e se admirou com tamanha repercussão dos fãs. A partir dali, novos ventos sopraram e deu-se início a uma verdadeira revoada. 

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Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, Almir credita aos mais jovens a retomada do Ave Sangria, alegando que as explicações para tal movimento são mais "existenciais do que racionais”. “Esse grupo no Orkut tinha mais de 900 jovens, alguém pirateou o disco e compartilharam isso. Até que entrei no grupo e foi uma alegria deles. Dessa história aí veio a juventude se interessando cada vez mais, descobrindo o Ave Sangria, até que em 2014 através do grupo Anjo Gabriel, teve um projeto e nós voltamos a um mesmo palco 40 anos depois para fazer o mesmo show. A partir daí, foram os jovens que nos trouxeram ao palco”. A admiração do músico é tanta que vira até verso: “Eu falo desde 2015: naquela época (anos 1970) nós éramos jovens, os mais velhos encarceraram nossa obra musical, agora nós somos velhos e os mais jovens nos tiraram do encarceramento musical”. 

Marco Polo, vocalista da banda, concorda com a teoria existencialista que explica esse apelo da juventude com sua obra. “As letras da psicodelia são muito enigmáticas, isso é bom porque estimula muito a imaginação e o jovem tem a imaginação muito desenfreada. A nossa atitude é de rebeldia, eles se identificam, e foram os jovens os responsáveis por nossa volta. A gente tava num exílio e foi a partir da internet que os jovens começaram a descobrir e começaram a propagar isso, foi uma corrente”. Tudo isso, é claro, sem esquecer do talento e da qualidade da produção desses músicos.”Isso contribui pra tornar a mensagem com qualidade suficiente pra perdurar”, completa o cantor. 

Por coincidência, ou não, o retorno do grupo se deu em um momento um tanto semelhante com aquele que os colocou à margem. Os músicos sentem isso como ninguém e veem no seu trabalho uma função que transcende à arte. “Hoje a gente tá, infelizmente, com coisas semelhantes e de certa forma piores. Essa coisa da censura, esse ambiente de intolerância, é muito preocupante. Eu pensava, quando tinha 20 anos de idade, que isso já estaria resolvido na era de aquário, mas ainda há muita resistência pra que cada pessoa seja ela própria”, lamenta Almir.

O amigo Marco complementa. “Naquela época, a ditadura estava instaurada e aqui o camarada quer instaurar a ditadura com um golpe. Mas, o clima repressivo de conservadorismo é o mesmo, sempre esteve entranhado na alma do brasileiro que nunca teve oportunidade de aflorar. Acho que o Ave Sangria está predestinado a chegar em momentos difíceis. Em um momento desnecessário, a gente chega com uma palavra necessária.É uma missão que a gente não escolheu mas tem que aceitar. É quase uma fatalidade”.  

 Poema de Almir, sob o pseudônimo de Almir Olir Brëjas, sobre os tempos atuais. Enviado pelo autor para esta reportagem.  

Jovens embaixo e em cima do palco

Após recobrar o fôlego e tirar a poeira, o Ave Sangria brindou os novos e antigos fãs com o álbum ‘Vendavais’, o segundo de sua carreira, lançado em 2019 com ajuda de um financiamento coletivo. Com alguns dos membros já falecidos, e com a repentina partida do guitarrista Paulo Rafael, dois anos após o lançamento, Marco e Almir uniram-se a músicos de uma geração mais nova. Os acompanham no palco, hoje, Juliano Holanda, Gilú Amaral, Júnior do Jarro e Breno Lira.

O apoio dos novatos, porém velhos conhecidos do público e dos próprios músicos, acabou por trazer uma nova energia e uma sintonia inédita para a banda. "É muito estimulante porque o jovem é cheio de energia, tem sido muito harmônico e energético. São músicos de primeira qualidade porque, embora eu não seja grande coisa, pra tocar comigo tem que ser de primeira linha. (risos) Esse pessoal todo tem trabalhos autorais, mas eles dizem: ‘Quando subo no palco, eu sou Ave Sangria’, eles vestem a camisa e a alma”, diz Marco.

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Já Almir, conta que conheceu Holanda “novinho, de berço”, e Breno Lira, adolescente. O carinho por eles e pelos demais é tão grande quanto a admiração por seus talentos e entrega. “Quando eles estão tocando com a gente, o espírito deles é de músico da banda, eles são Ave Sangria também”. Possivelmente com eles, os remanescentes da formação original devem sair em turnê em breve para dar continuidade à divulgação do álbum ‘Vendavais’, interrompida pela pandemia do coronavírus em 2020. 

Teatro do Parque

Toda essa energia e vontade de tocar música de qualidade poderá ser vista pelo público ao vivo, neste domingo (22), em um show que o Ave Sangria realiza no Teatro do Parque. Não à toa, um lugar especial para o grupo. “O coração tá feliz e com expectativa porque a gente tá voltando ao Teatro do Parque. Na última vez que o Ave Sangria tocou lá, ainda éramos Tamarineira Village, foi em 16 de fevereiro de 1973. E agora estamos voltando ao Parque. tem um significado muito grande esse espaço. Ele e o Teatro de Santa Isabel, são teatros que marcaram e marcam a vida musical e artística da gente, eu tenho um carinho muito grande por esse teatro, pela cidade e pelo público”, diz Almir. 

No show, uma mescla de músicas dos dois álbuns da banda em uma noite que promete muita psicodelia, rock in roll e emoção. Quase um ano após o falecimento de Paulo Rafael, vítima de um câncer, sua arte será homenageada no palco, bem como as dos demais integrantes já falecidos. Como explica Almir. “Os músicos do Ave Sangria que não estão aqui (Israel, Agrício, Ivinho e Paulo), eles estarão sempre conosco, na nossa música, no nosso coração, no nosso sentimento e na nossa alma. Homenagear é agradecer. A minha gratidão é por eles terem lutado comigo e com Marco Polo pra gente construir o que o Ave sangria é”. 

Serviço

Ave Sangria no Teatro do Parque

Domingo (22) - 18h

R$ 35 (meia-entrada) e R$ 70 (inteira), à venda pelo Sympla

Fotos: Divulgação

Foram 45 anos de hiato até que a Ave Sangria, ícone da música psicodélica em Pernambuco, retornasse à ativa. E eles o fizeram com vontade, em 2019, lançando o segundo álbum do grupo, Vendavais, e percorrendo alguns palcos, como os dos festivais Macuca das Artes (PE), Primavera Psicodélica (SP), Saravá e Grito da Terra (SC). 

Quis o destino, no entanto, que o pássaro voltasse a deixar os ares, paralisando suas atividades em decorrência da pandemia do novo coronavírus, que chegou em 2020. No entanto, mesmo isolada, a Ave continua a bater asas e, nesta sexta (7), lança o primeiro videoclipe de sua história. 

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Para a estreia da banda no audiovisual foi escolhida a música que batizou o disco recém-lançado, Vendavais. Para Marco Polo, vocalista do grupo, a escolha além de representar o novo trabalho também tem outro significado maior. "Ela é um resumo de todo o conceito do disco que é a contestação, rejeição à mentalidades retrógradas,autoafirmação da sua vontade pessoal, amor pela liberdade, pela alegria, pela rebelião, pela revolta", disse em entrevista exclusiva ao LeiaJá

Composta no início dos anos 1970, Vendavais conversa diretamente com o contexto atual da sociedade brasileira, assim como boa parte do disco que leva seu nome e que tem a maioria de suas faixas escritas na mesma época. Para Marco Polo, a 'coincidência' tem um lado positivo e um negativo. "(É) principalmente ruim porque isso foi escrito na ditadura militar, em que a gente se posicionava radicalmente contra aquilo e infelizmente, não estamos numa ditadura, mas é muito próximo em termos de ideologia de direita e fascista.  É muito ruim viver de novo uma situação tão negativa mas por outro lado, o bom é que mostra que a gente continua com um discurso atual". 

Com a chegada da pandemia, a Ave Sangria precisou deixar os palcos, em atenção às medidas de restrição contra o coronavírus, e concentrar seus esforços de outra maneira. "Foi realmente um corte no vôo", lamenta Marco. O período tem sido aproveitado para planejar o futuro, que contará com um terceiro disco, um show acústico e, também, lives, formato inédito para o grupo. "Não fizemos ainda, talvez não (será) tocando mas conversando com o público que também é uma forma de contato".

Vendavais

O videoclipe de Vendavais chega pouco mais de um ano após o lançamento do segundo disco da Ave Sangria. Esse é o primeiro clipe oficial da banda, que contou com a direção de Pablo Polo e foi filmado no casarão do Coletivo Magiluth. 

O vídeo traz os conceitos abordados na canção, de libertação e autoafirmação, com performers dançando livremente ao som da música além dos integrantes da banda que também aparecem nas imagens. O trabalho estreia nesta sexta (7), e pode ser conferido no canal da banda no YouTube. 

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Se você é fã das séries originais da Netflix como "Narcos", "Stranger Things" ou "Orange is The New Black", vai querer jogar o novo game criado pela empresa streaming. No título "Netflix Infinite Runner", o usuário pode controlar os principais personagens destas produções, evitando obstáculos e coletando o máximo de pontos possíveis. É a maneira perfeita de se entreter enquanto espera o próximo episódio carregar.

O jogo é incrivelmente simples. Basta selecionar um dos personagens disponíveis e, em seguida, apertar a barra de espaço para saltar sobre os obstáculos enquanto percorre o mundo de cada série original. É possível jogar como Pablo Escobar, Marco Polo, Piper Chapman ou Mike Wheeler.

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Cada um dos personagens tem o seu próprio tema, inspirado na série de onde ele vem. Ao escolher jogar como Pablo Escobar, por exemplo, é preciso correr por uma paisagem natural, evitar soldados e coletar pacotes de drogas para se fortalecer. Já Piper Chapman deve reunir galinhas e desviar de itens de prisão para se dar bem.

A música que toca durante o jogo também muda conforme a série escolhida. Os jogadores podem compartilhar seus resultados através de redes sociais ou clicar em um link que os envia à série correspondente a cada um dos personagens. "Netflix Infinite Runner" está disponível para PC e smartphones.

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A sexta temporada de Game of Thrones terá seu episódio final neste domingo (26). Enquanto alguns fãs só conseguem pensar em que destino terá personagens como Jon Snow, Ayra, Jaime e Cersei Lannister, outros já procuram novas séries para assistir até o retorno da sétima temporada, que deverá ser exibida pelo HBO apenas em 2017 – ainda sem data marcada. Por isso, listamos para você cinco seriados para acompanhar enquanto isso.

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Marco Polo (Netflix)

Num mundo repleto de ganância, traições, intrigas sexuais e rivalidades, "Marco Polo" conta as aventuras do famoso explorador na corte de Kublai Khan, na China do século XIII. A série original da Netflix chega a sua segunda temporada em 1º de julho, com dez episódios.

Muitos fãs comparam o seriado com "Game of Thrones" por suas cenas de nudez e violência. A semelhança não é para menos, já que o produtor Dan Minahan, que também atua na trama da HBO, dá vida a "Marco Polo". Além do protagonista interpretado por Lorenzo Richelmy, Marco Polo traz nomes como Benedict Wong, Michelle Yeoh e Olivia Cheng.

Westworld (HBO)

Os que desejam se manter fiéis à HBO podem aguardar ansiosamente por "Westworld", que tem estreia marcada para outubro nos Estados Unidos. Produzida por J.J. Abrams e Jonathan Nolan, a série traz um elenco de peso, incluindo nomes como Anthony Hopkins e Rodrigo Santoro. Baseada no filme de mesmo nome, de 1973, a trama mostra um parque temático em que o público pode vivenciar outras realidades através da tecnologia de ponta.

O mau-funcionamento de um robô provoca destruição e terror para um grupo de pessoas que passa férias em Westworld. O Dr. Robert Ford (Anthony Hopkins) é o brilhante diretor criativo, chefe de programação e presidente do parque, que tem várias ideias para melhorar o local - e métodos nada ortodoxos para alcançar seus objetivos.

Narcos (Netflix)

Com o ator brasileiro Wagner Moura na pele do narcotraficante colombiano Pablo Escobar, "Narcos" chega a sua segunda temporada no dia 2 de setembro. Filmada na Colômbia, o seriado original do Netflix mostra as histórias emocionantes e improváveis da vida real dos chefões do tráfico no final dos anos 1980 e os enormes esforços dos agentes da lei para detê-los em conflitos brutais e sangrentos. O elenco ainda traz nomes como Pedro Pascal, Boyd Holbrook e Joanna Christie.

Mr. Robot (USA Network)

A série acompanha o jovem programador Elliot (Rami Malek) que trabalha em uma empresa de segurança digital de dia, e a noite atua como um hacker vigilante. Ele precisa tomar uma importante decisão quando conhece o misterioso líder de um grupo secreto de hackers que o recruta para destruir a firma que ele é pago para proteger. A segunda temporada tem data de estreia marcada para 13 de julho e promete trazer a paranoia como principal ingrediente.

Orange is The New Black (Netflix)

A aclamada série original do Netflix apresenta um grupo diverso de mulheres lidando com conflitos pessoais no dia a dia do presídio norte-americano Litchfield. A produção é baseada no best-seller de memórias homônimo de Piper Kerman e adaptada por Jenji Kohan.

Veja 50 fatos sobre Orange Is The New Black

A trama de "Orange is The New Black" acompanha Piper (Taylor Schilling), uma moradora do Brooklyn cuja relação com Alex (Laura Prepon), uma traficante na faculdade, resulta em sua prisão e detenção em uma penitenciária federal. A estreia na quarta temporada, em 17 de junho, causou frisson nas redes sociais e trouxe até mesmo a brasileira Inês Brasil como garota-propaganda

O Sarau Plural do mês de outubro traz como convidado especial o escritor, blogueiro e publicitário Pedrinho Fonseca. O evento acontece nesta terça (29), às 19h, na Arte Plural Galeria, no Bairro do Recife. Pedrinho é autor de Língua do P e responsável pelo blog Loja de Histórias e se une aos escritores e jornalistas Homero Fonseca e Marco Polo e ao músico Geraldo Maia, na 39ª edição do projeto.

Com o tema Olhares – interseções entre literatura, fotografia e música, o sarau conta com textos de Pedrinho Fonseca e Homero Fonseca, além de poemas de Alberto Caieiro, Fernando Pessoa, Mário Quintana, Pablo Neruda e Vinícius de Moraes. A trilha sonora contempla composições de Chico Buarque, Garoto, Gilberto Gil, Luiz Gonzaga e José Fernandes, Paulo Soledade e Vinícius de Moraes e Tom Jobim.

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Serviço

Sarau Plural - Olhares – intesecções entre literatura, fotografia e música

Terça (29) | 19h

Arte Plural Galeria (Rua da Moeda, 140 - Bairro do Recife)

Gratuito

(81) 3424 4431

Em comemoração aos seus 40 anos, o ex-Ave Sangria, Marco Polo realiza o show Revoar neste sábado (3), às 17h, na Casa do Cachorro Preto, em Olinda. O show contará com participação dos músicos Cannibal Santos, Catarina Lins de Aragão, Públius Lentulus, Tagore Suassuna, Natália Meira, Marcos Toledo e Juliano Holanda. 

Acompanhado por Breno Lira (viola e guitarra), Ricardo Fraga (bateria), e Jefferson Cuppertino (baixo), Marco Polo apresentará os hits do grupo Ave Sangria, além das suas canções inéditas. 

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Atualmente Marco Polo dedica à gravação do seu novo disco Parangolé Colorê, composto por ritmos brasileiros e latino americanos, como o samba, a rumba, a guarânia, o tango, a toada, o bolero, além do traço pernambucano.

A abertura da festa fica por conta de Sonic Junior - A banda de um homem só, além dos DJs Ravi Moreno (produtor d’A Casa do Cachorro Preto) e Finizola (que atua no cenário musical alagoano e foi vocalista das extintas bandas Cogumelos e Donamaria). 

Serviço

Marco Polo – 40 anos de carreira

Sábado (3) l 17h

A Casa Do Cachorro Preto (Rua 13 de Maio, 99 – Olinda)

R$ 15

A Galeria Arte Plural, que fica no Bairro do Recife, realiza a partir das 19h desta terça (28) o evento Sarau Plural. Mariane Bigio é a convidada especial deste mês do sarau, se unindo a Homero Fonseca e Marco Polo nas leituras de textos e poemas de João do Rio, João Cabral de Melo Neto, Cida Pedrosa, Gilka Machado, Hilda Hilst e Marco Polo.

A noite também reserva um encontro com a música de Geraldo Maia & Vinícius Sarmento, que apresentam o repertório do CD recém-lançado com um show no Teatro de Santa Isabel. O recital é inteiramente gratuito e acontece sempre na última terça-feira do mês, sempre aproximando a leitura de versos, com a participação de convidados especiais e acompanhamento musical.

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Serviço

Sarau Plural - com Mariane Bigio, Homero Fonseca, Marco Polo e Geraldo Maia

Arte Plural Galeria (Rua da Moeda, 140 - Bairro do Recife)

28 de maio | 19h

(81) 3424 4431

Gratuito

Para abrir o primeiro Sarau Plural do ano, a Arte Plural Galeria recebe a atriz e diretora Geninha da Rosa Borges nesta terça (26), às 19h. Ela se junta aos escritores e jornalistas Homero Fonseca e Marco Polo e ao músico Geraldo Maia, dentro do tema Palco iluminado. A proposta desta primeira edição é adentrar no universo do teatro, aproveitando textos de peças de nomes consagrados mundialmente como William Shakespeare e Molière, além da riquíssima obra de Ariano Suassuna. 

Além disso, a noite também inclui poemas de Marco Polo e composições de Chico Buarque, Gilberto Gil, Milton Nascimento e Fernando Brant, Orestes Barbosa e Silvio Caldas.

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O Sarau Plural acontece todas as últimas terças-feiras de cada mês, com leitura de versos, prosas, poemas, acompanhados de fundo musical. Com uma programação bastante eclética, já estão fechados outros três encontros para este primeiro semestre: em abril, Tantos idiomas, com o escritor Américo Farias; em maio, A alma encantadora das ruas, com a poeta Mariane Bigio; e em junho, Grandezas de Pernambuco, com a professora, atriz e diretora de cinema Luci Alcântara.

Serviço

Sarau Plural - Palco iluminado

Terça (26), às 19h

Arte Plural Galeria (Rua da Moeda, 140 - Bairro do Recife)

Gratuito

3424 4431

Segue até o próximo domingo (21) a Jornada Literária Portal do Sertão. Cerca de 100 escritores, críticos e estudiosos convidam o público a participar da programação, composta por conversas, rodas de leitura, recitais, filmes e apresentações teatrais. A jornada encerra as atividades em Arcoverde e Carnaíbas.

Entre os destaques desta reta final, Fabrício Carpinejar participa da Conversa Afiada com Marcelino Freire. O encerramento fica por conta de Marco Polo, com Uma viagem ao Ave Sangria. Nesta edição o projeto passou por Buíque, Carneiro, São Domingos, Tupanatinga, Sertânia, Cruzeiro do Norte, Pesqueira e Mimoso.

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Nesta sexta-feira (5), o Baile Perfumado, no Prado, evoca a mística dos anos 1970 com apresentação do show Vivo! de Alceu Valença e, abrindo a noite, o cantor Marco Polo homenageando sua banda Ave Sangria.

A temporada original de Vivo! foi realizada em 1976 como símbolo da contracultura. Ao lado dos companheiros Zé da Flauta e Paulo Rafael, que participaram do show original e do LP lançado no mesmo ano, Alceu sobe ao palco do Baile Perfumado acompanhado de Nando Barreto (baixo), Tovinho (teclados), Léo Stegmann (craviola), Cássio Cunha (bateria) e Edwim (percussão).

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No repertório, músicas com temas repletos de metáforas políticas e existenciais para a época em que foram lançadas, e que tornaram-se responsáveis pela ponte entre o rock e os gêneros do Agreste. Entre elas, Papagaio do Futuro, Sol e Chuva, O Casamento da Raposa com o Rouxinol, Agalopado, Anjo de Fogo, Espelho Cristalino, Dia Branco e Táxi Lunar.

O show ainda reúne canções compostas ao longo da carreira de Alceu que reafirmam seu diálogo com as sonoridades pop rock internacional e os ritmos do Nordeste. São elas Que Grilo , Cavalo de Pau, Embolada do Tempo, No Tempo em que me querias e Amor que fica. Vivo! foi o quarto disco lançado da carreira do pernambucano.

Serviço

Alceu Valença canta VIVO! e Marco Polo cantando Ave Sangria

Sexta-feira (5), 22h

Baile Perfumado (Rua Carlos Gomes, 390, Prado - ao lado do Jockey Clube)

R$ 70,00 (inteira), R$ 35,00 (meia) e R$ 400,00 (mesa p/ quatro pessoas)

LOTE PROMOCIONAL: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia)

Informações: (81) 3441 1241

A 29ª edição do Sarau Plural recebe a poetisa Lucila Nogueira nesta terça-feira (25). Com o tema Paixões e confissões, esta edição integra música e literatura a partir da leitura de textos de Silvia Path, Alfonsina Storn, Alejandra Pizarnik e Schneider Carppegiani, além dos músicos Geraldo Maia e Vinícius Sarmento,  que tocam canções de Tom Jobim, Raul Seixas, Caetano Veloso, Bob Neuwirth e Michael McClure. O destaque são os poemas marcantes de Lucila Nogueira.

Nascida no Rio de Janeiro, mas radicada no Recife, Lucila carrega na bagagem mais de 20 livros de poesias publicados, além de ensaios e artigos em diversas revistas especializadas. É uma das mais prestigiadas poetisas do país, também lecionando no curso de letras da UFPE. Entre suas obras estão Livro do Desencanto (1991), A Quarta Forma do delírio (2002), Estocolmo (2004) e Poesia em Cuba (2007).

Quem conduz a conversa com a poetisa é o jornalista e escritor Homero Fonseca, em companhia  do também jornalista e escritor Marco Polo Guimarães. Os dois realizam o Sarau Plural na última terça-feira de cada mês. O Sarau Plural começa às 19h e é recomendado chegar no horário, pois os lugares são limitados.

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Serviço
Sarau Plural| Paixões e confissões - com Lucila Nogueira, Homero Fonseca, Marco Polo, Silvia Plath, Alfonsina Storn, Alejandra Pizarnik, Schneider Carppegiani, Geraldo Maia e Vinícius Sarmento

Terça-feira (25), 19h

Arte Plural Galeria (Rua da Moeda, 140, Recife Antigo)

Gratuito

Informações: (81) 3424 4431| www.artepluralgaleria.com.br.

Nesta terça-feira (28) a Arte Plural Galeria promove mais um Sarau Plural, que nesta edição celebra o cangaço e recebe o maior pesquisador brasileiro sobre o tema, o escritor Frederico Pernambucano de Mello. Além dele, o Sarau conta ainda com a presença dos escritores e jornalistas Homero Fonseca e Marco Polo, além dos músicos Geraldo Maia e Vinícius Samento.

A programação inclui ainda a leitura de textos de Otacílio Macedo e Elise Grunspan-Jasmin, além de poemas de Alexei Bueno, Bráulio Tavares, José Pacheco e César Leal. No encontro, a literatura interage com a música e canções de nomes como Gilberto Gil e Zé Ramalho compõe a trilha sonora.

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Serviço
Sarau Plural
Tema: Os cangaceiros
Terça-feira (28), 19h
Arte Plural Galeria (Rua da Moeda, 140  Bairro do Recife)
Gratuito
Informações: (81) 3424-4431
www.artepluralgaleria.com.br

O recital lítero-musical Sarau Plural, encontro aberto ao público com o objetivo de debater literatura, sempre com a presença de músicos, recebe o ator Germano Haiut como convidado para a edição de julho. Sob o tema "A aldeia e o universo – tensões e sínteses entre o provinciano e o cosmopolita", o sarau deste mês inclui a leitura de textos de Alberto Caeiro (pseudônimo de Fernando Pessoa), Calderón de La Barca, Fábio Altman, Fernanda Montenegro e William Shakespeare.

A interpretação dos textos é acompanhada por números musicais executados ao vivo pelo cantor Geraldo Maia e pelo jovem violonista Vinicius Sarmento, que tocam canções de Carlinhos Lyra, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gordurinha e Almira Castilho, Jorge Mautner, Noel Rosa e Torquato Neto. Quem conduz a conversa é o jornalista e escritor Homeo Fonseca, em companhia  do também jornalista e escritor Marco Polo Guimarães.

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Germano Haiut iniciou sua trajetória no Teatro do Estudante Israelita de Pernambuco. Filho de imigrantes judeus, ainda adolescente participava de movimentos culturais dentro da comunidade judaica do Recife. Atuou em peças de importantes autores do teatro mundial, entre eles, William Shakespeare, Bertolt Brecht, Fernando Arrabal, Luigi Pirandello, John Steinbeck, Nikolai Gogol, Jean-Paul Sartre, Ariano Suassuna e outros.

Serviço
Sarau Plural - A aldeia e o universo – tensões e sínteses entre o provinciano e o cosmopolita
Com Germano Haiut, Homero Fonseca, Marco Polo, Geraldo Maia e Vinicius Sarmento
Terça (31), às 19h
Arte Plural Galeria (Rua da Moeda, 140 Recife Antigo)
Informações: (81) 3424 4431 | www.artepluralgaleria.com.br

O sábado do Palco Pop, no Parque Euclides Dourado, foi um encontro entre o novo e o antigo. Marco Polo, com seu projeto O Pirata, rememorou o repertório da clássica banda Ave Sangria, que ele liderou na década de 1970. Silvério Pessoa esquentou o público com seu trabalho cada vez mais contemporâneo e Sonic Jr. trouxe seu trabalho moderno, em que toca diferentes instrumento e usa programação e samplers. Lucas Santana, que tocaria neste sábado (14), teve seu show adiado para o próximo fim de semana, por problemas com a compra de passagens aéreas.

Quem iniciou a programação de shows foi Sonic Jr., que no último FIG tocou no Caminhão da Cultura, que visita bairros da cidade de Garanhuns com uma programação musical diversificada. Agora no Palco Pop, pôde apresentar seu trabalho para um público mais abrangente. "O festival é maravilhoso, vem gente de todo o Brasil e a receptividade do público foi maravilhosa", disse o músico, que vai lançar seu quinto álbum - Inspire - no final de julho, quando colocará as faixas para serem baixadas gratuitamente em sua página na internet.

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Silvério Pessoa também ficou satisfeito com a apresentação. "Tocamos no palco certo. Hoje meu trabalho é muito voltado ao diálogo entre sonoridades e timbres", avalia Silvério, que embarca neste domingo (15) para a Europa, onde faz uma série de shows com o grupo La Talvera. O cantor e compositor assinala que o disco No Grau é um novo passo em sua carreira, que aponta para um trabalho musical cada vez mais contemporâneo e mundial, sem se prender a rótulos ou tradições, mas partindo delas para construir uma sonoridade única. 

O Pirata

Marco Polo liderou a banda Ave Sangria, que lançou um único e definitivo disco em 1974, e resgata esse repertório com seu projeto O Pirata. "Este trabalho surgiu de uma forma muito espontânea, eu sempre sou convidado a fazer os shows", conta Marco Polo, que afirma continuar compondo. "Tenho material suficiente para fazer um disco novo, mas não é algo no qual estou empenhado", diz.

Acompanhado de uma boa banda, o cantor fez uma apresentação vigorosa, que foi apreciada pelo público que lotou o espaço do Palco Pop. Músicas como Dois Navegantes e Seu Valdir foram cantadas em coro por boa parte do público, formado em sua maioria por jovens, que sequer eram nascidos na década de 1970, como ressalta o próprio cantor: "O rock que eu fiz em 1974 está vivo ainda".

Os ganhadores da 3ª edição do Troféu Sonar PE foram anunciados na tarde deste sábado (19), na Livraria Cultura. A cerimônia começou com uma apresentação da banda Elemento Natural, que mostrou músicas autorais e mereceu aplausos do público. O mestre de cerimônia do Troféu, o músico e jornalista editor de cultura  do LeiaJá, Felipe Mendes, foi o responsável por realizar a homenagem do evento ao músico fundador da banda Ave Sangria, jornalista e escritor Marco Polo, pelo seu legado. Polo foi chamado ao palco para receber a homenagem, concretizada em uma placa comemorativa de “Embaixador oficial dosnovos ritmos da nossa cultura”. “Além de ser um Marco, o nosso homenageado é um Polo, ao redor de quem as coisas acontecem”, falou o mestre de cerimônia ao entregar a honraria. Marco Polo agradeceu ao público, emocionado.

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Marco Polo recebe homenagem do Troféu Sonar

Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, o homenageado do Sonar PE 2012 se mostrou impressionado com a organização do evento e destacou a importância desta valorização à cena independente da música pernambucana. “Em pouco tempo, o Sonar já é um festival saudável, maravilhoso”, revelou. Sobre a quantidade de jovens produzindo e participando do evento, ele é claro: “Os jovens é que têm que fazer acontecer”, atestou, se dizendo emocionado. A homenagem foi marcada pela banda Babi Jaques e os Sicilianos, que interpretou, com a participação de Leo Stegman, da bnda Semente de Vulcão,  a canção Por quê?, composição de Marco Polo gravada com a saudosa Ave Sangria. Segundo o homenageado, a banda não só se saiu bem, como superou a versão original.

A programação seguiu com a "Mesa Paposônica", com o Gerente de Música da Prefeitura do Recife, Evandro Sena, e Gabi Apolônio, membro da Comissão Setorial da Escuta de Música de Pernambuco, que responderam perguntas do público sobre a relação entre artistas, gestores públicos e processos de seleção de programações de eventos na cidade do Recife. Durante o debate foram levantados pontos altos e baixos da iniciativa pública no incentivo a cultura, o papel dos músicos e bandas em profissionalizar sua obra e o valor do público nestes processos. "Os músicos não têm o conhecimento sobre as políticas públicas culturais”, destacou Gabi Apolônio. Ainda durante a mesa, o violinista Jessé de Paula foi convidado ao palco para mostrar seu trabalho e falar rapidamente sobre sua trajetória, que começou com apresentações dentro de ônibus pela cidade.  Jessé destacou a importância do público para qualquer músico “Se estou com esse sapato, com essa calça, come ssa camisa e esse disco nas mãos, é por causa do público”, disse.

Violinista Jessé de Paula fez apresentação e falou sobre sua história

Premiação

O primeiro troféu foi entregue foi à Júlio Reis, analista e coordenador de eventos da AESO e um dos curadoresdo Sonar PE, que ganhou na categoria Destaque Coletivo. O Troféu Circula, dado ao grupo que se destaca por participar de muitas programações, em diferentes lugares do Estado, nesta edição premiou o grupo Novanguarda. A banda olindense Academia da Berlinda, também sai vencedora do Sonar 2012, com o melhor projeto gráfico pela capa do álbum Olindance. A cidade de Olinda também foi privilegiada com o prêmio de Melhor Disco, dado à Banda Eddie, pelo álbum Veraneio.

O destaque da premiação foi a banda Mamelungos, que levou para casa três troféus do Sonar PE, batendo o recorde de troféus em uma única edição do evento. As categorias arrebatadas foram: Melhor Audiovisual com Colemim, Melhor Canção Autoral com Pedaço de Mim e Melhor Apresentação Ao Vivo. Todos os prêmios foram recebidos pelo baterista Peu Lima, único da banda a marcar presença no evento.

A Araçá Blu, que comemorou em abril dois anos de existência, leva pra casa o troféu de Melhor Letra, com a música Semanal, composta pelo vocalista Marcelo Rangel. Marcelo agradeceu ao público explicando que o prêmio renova o fôlego da banda. “Faz valer o sacrifício, o reconhecimento do que a gente faz, mesmo sendo longe do que aparece na imprensa”, afirmou, ao receber o troféu das mãos de Marco Polo. Fechando a noite, o musico e produtor Yuri Queiroga foi eleito o Melhor Instrumentista pelo desempenho  como guitarrista. Tito Belavista, um dos organizadores do Sonar, encerrou o evento pedindo que o público ficasse de pé e aplaudisse a si mesmo: “Todo mundo que está aqui é o Sonar PE”, afirmou, ao se despedir.

Assista à hopmenagem de Babi Jaques e os Sicilianos com a participação de Leo Stegman à Ave Sangria:

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O Troféu Sonar PE anuncia os vencedores da 3ª edição do projeto, no próximo sábado (19). Em 2012, a premiação conta com oito categorias, incluindo melhor canção autoral e melhor disco/ep/vinil/cd. Os vencedores são escolhidos pelo público e pela curadoria formada por dez pessoas entre jornalistas, produtores e outras também ligadas ao mercado musical. Entre as bandas que aparecem como favoritas estão a olindense Eddie, na categoria de melhor disco, Feiticeiro Julião e Plugins, em melhor categoria audiovisual, Fiddy, melhor projeto gráfico e Mamelungos em melhor letra e canção autoral.

O Troféu Sonar PE acontece desde 2010 e escolhe, todos os anos, um homenageado para o evento. Na edição deste ano o evento homenageia o compositor, jornalista, escritor e músico Marco Polo, ex-vocalista da banda pernambucana Ave Sangria. As categorias do prêmio em 2012 são: melhor letra, melhor canção autoral, melhor áudio visual, melhor apresentação ao vivo, melhor disco, melhor projeto gráfico, melhor instrumentista e melhor destaque coletivo.

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Serviço
Troféu Sonar PE 2012
Sábado (19), às 17h
Livraria Cultura (Paço Alfândega, Recife Antigo)
Informações: (81) 2102-4033

Dando continuidade ao projeto Álbum, no qual convida um artista para revisitar um disco marcante de sua carreira, o Sesc Belenzinho, em São Paulo, realiza um show com a banda pernambucana Ave Sangria. A apresentação acontece neste domingo (13), no teatro da unidade, com a participação de três dos integrantes originais da banda: o cantor Marco Polo, o baixista Almir de Oliveira e o guitarrista Paulo Rafael.

A Ave Sangria lançou apenas um disco homônimo, que é um marco na musicalidade pernambucana da década de 1970, sendo reverenciado e tocado até hoje por várias gerações de músicos e apreciadores. O disco foi censurado por conta da faixa Seu Waldir, que foi interpretada pela ditadira militar da época uma apologia à homossexualidade por conta de versos como “Eu trago dentro do peito um coração apaixonado batendo pelo senhor”.

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Essa é a primeira vez que três ex-integrantes da banda se apresentam juntos após sua separação, ainda na década de 1970. Eles serão acompanhados por Ebel Perrelli (bateria), Nando Barreto (baixo) e Jerimum (percussão).



Serviço

Projeto Álbum com Ave Sangria

Domingo (13), às 18h

Teatro do Sesc Belenzinho (Rua Padre Adelino, 1000 São Paulo)

R$ 24 (inteira) / R$ 12 (usuário matriculado no SESC e dependentes, maiores de 60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) / R$ 6 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes)

Mais informações: 11 2076 9700 / www.sescsp.org.br/belenzinho

A produção artística-cultural no Brasil foi duramente afetada durante o período da ditadura militar, que teve início em 1964 até 85, além do retrocesso político e social característico do período. Essa influência sombria e seus desdobramentos são mote para as discussões da próxima edição do Café em Pasárgada. Com o tema “1964, Golpe na Poesia”, o encontro acontece neste sábado (31), das 9 às 12h, no Espaço Pasárgada (antiga casa do poeta Manuel Bandeira), na Rua da União.

Participam da mesa redonda os jornalistas Marco Polo e Marcelo Mário de Melo (curador do projeto), além do coordenador de literatura da Secretaria de Cultura do Estado, Wellington de Melo. Também estão convidados poetas, artistas, jornalistas e militantes da democracia.

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O evento aproveita a atualidade do tema, devido às polêmicas envolvendo o “aniversário” do Golpe, além das discussões envolvendo a Lei Nacional da Comissão da Verdade. “Restos da ditadura ainda existem no Brasil atual, e uma prova disto é a existência de uma Comissão da Verdade, com a tarefa de abrir os arquivos secretos e esclarecer acerca de crimes de tortura, mortos e desaparecidos políticos", comenta Marcelo Mário Melo.

 SERVIÇO:

Café em Pasárgada - “1964, Golpe na Poesia”
Sábado (31), das 9 às 12h
No Espaço Pasárgada (Rua da União, 263 - Boa Vista)
Informações: (81) 3184-3165 / 8719-5737

Na noite de quarta-feira (24) o jornalista, poeta, cantor e compositor Marco Polo falou um pouco de sua trajetória musical e sobre a arte de escrever, em palestra na Livraria Cultura, como parte da programação do 9°festival Recifense de Literatura. Junto à poetisa Lucila Nogueira, ele é um dos homenageados do festival, e sua palestra teve como mediador o Professor de Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco Paulo Marcondes.

Marco iniciou sua fala contando que começou a escrever poemas quando tinha apenas 10 anos. “Minha descoberta real da poesia foi ao ler o poema “Ismália”, de Alphonsus de Guimaraens. Aos 15 anos fui apresentado ao escritor Ariano Suassuna, e entreguei um ‘calhamaço’ de poemas manuscritos, e ele teve a paciência de ler e avaliar um por um”, relembra Polo.

Segundo o escritor, o estilo dos poemas de Polo iria agradar o crítico e então editor-chefe do Suplemento Literário do Jornal do Commercio, João Alexandre. “A partir daí, começou uma grande amizade, João me emprestou livros e assim completou a minha santíssima Trindade: (Manuel) Bandeira, (Carlos) Drummond (de Andrade) e (João) Cabral (de Mello Neto)” afirma. Sua primeira publicação foi no suplemento.

Percebendo que poesia não pagava as contas, resolveu se aventurar no mundo do jornalismo, e começou a escrever para alguns jornais que circulavam no Recife. “Cheguei a propor que fizéssemos uma greve: só mandaríamos poemas para os jornais publicarem se nos pagassem algo. Mas todos riram da ideia”, comentou.

Falou ainda sobre sua carreira com a banda Ave Sangria, em meados dos anos 1970, que unia músicos de Casa Amarela. “Eles tinham os instrumentos, eu tinha as músicas. Foi assim que nasceu a banda Tamarineira Village”, comenta, sobre o fato de depois terem, sido chamados para gravar um disco, e eleito o nome Ave Sangria para sua banda.

As histórias de Polo foram contadas como um grande livro aberto. Apesar de uma plateia meio morna e pouco preenchida, o poeta agradeceu e chegou a elogiar o fato de ser homenageado ainda em vida. “Fazer homenagens post-mortem é como fazer um pedido de desculpas”, atacou o ex-Ave Sangria.

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