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Na próxima segunda-feira (12), a Representação Regional Nordeste e o Ministério da Cultura (MinC) promovem encontro com produtores culturais de Pernambuco para promover debate sobre a Lei Rouanet, em Recife. Durante a reunião, técnicos da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura (Sefic) apresentarão a nova versão do Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (Salic) e esclarecerão dúvidas acerca das novas regras.

Para participar, os interessados precisam realizar a inscrição através da plataforma digital do evento. O encontro é gratuito e as vagas são limitadas. Este ano, a nova versão do Salic trouxe alterações no processo de cadastro das propostas, principalmente nas etapas do plano de distribuição e planilha orçamentária. Além de versão online, a ferramenta está disponível em aplicativo para smartphones e tablets pelos sistemas Android e IOS. O local do encontro ainda não foi definido.

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Serviço

Encontro sobre Lei Rouanet com proponentes de Pernambuco

12 de junho | Das 9h às 17h 

O secretário executivo do Ministério da Cultura (MinC), João Batista de Andrade, assume a função de ministro interino da Pasta com a exoneração de Roberto Freire, publicada no Diário Oficial da União dessa segunda-feira (22). Freire deixou a pasta depois da crise gerada pela delação do empresário Joesley Batista, dono da JBS,  com acusações contra o presidente Michel Temer.

Como previsto no regimento do MinC, cabe ao secretário-executivo assumir o cargo em caso de vacância do titular. João Batista é escritor, roteirista e cineasta, com doutorado em Comunicações pela Universidade de São Paulo (USP). Está no MinC desde 16 de dezembro de 2016. Antes, foi nomeado secretário de Cultura do Estado de São Paulo em 2005 e, entre 2012 e 2016, exerceu a função de presidente da Fundação Memorial da América Latina (SP).

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Natural de Ituiutaba (MG), o ministro interino do MinC iniciou sua carreira em 1963 como integrante do "Grupo Kuatro" de cinema, ainda estudante de engenharia na USP. Como cineasta, tem uma carreira premiada nacional e internacionalmente que alterna documentários, diversos filmes para TV e quinze longa-metragens. Entre suas produções, está O Homem que Virou Suco, que recebeu medalha de ouro no Festival Internacional de Moscou/1981, prêmio de crítica, Nevers/França em 1982, melhor roteiro e Melhor Ator Fest.

Além de sua produção cinematográfica e literária, atuou em diversas frentes do cinema e da cultura brasileira. Entre outros cargos, ocupou, por duas vezes, a cadeira de presidente da Associação Paulista de Cineastas (Apaci). Foi também conselheiro do Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo (SP), coordenador-geral do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica), nos anos de 1999, 2001 e 2007.

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O deputado federal Roberto Freire (PPS-SP) entregou, no fim da tarde desta quinta-feira (18), pessoalmente ao presidente Michel Temer (PMDB) sua carta de renúncia ao cargo de ministro da Cultura. A informação foi confirmada ao LeiaJá pela assessoria de imprensa do parlamentar. Com a renúncia Freire, que também é pernambucano, reassume o mandato na Câmara Federal. 

Segundo a assessoria, Freire “está saindo em caráter irreversível”, mas não vai para a oposição ao presidente. Vamos continuar votando no que for necessário e ajudando a melhorar o aspecto econômico do Brasil”, afirmou. 

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No início da tarde, conversas de bastidores deram conta de que tanto ele quanto Raul Jungmann (PPS), ministro da Defesa, estariam com a carta de demissão pronta. Jungmann, entretanto, divulgou uma nota afirmando que vai permanecer no cargo. 

O desembarque de Freire acontece após uma matéria do jornal O Globo revelar a gravação de um áudio em que o presidente Michel Temer (PMDB) teria incentivado o dono da JBS a manter uma mesada destinada ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) para que ele ficasse em silêncio diante das investigações da Lava Jato. No início da tarde desta quinta, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin autorizou a abertura de inquérito contra o presidente por obstrução. 

Ao se posicionar sobre o assunto, o presidente assegurou que não renunciaria, pediu uma investigação acelerada sobre o caso e destacou que em uma semana, quando inclusive completou um ano de gestão, o governo dele foi do melhor ao pior momento.

No ano em que comemora o 40º aniversário de criação, o Projeto Pixinguinha, cuja última edição foi em 2009, está sendo retomado pela Fundação Nacional de Artes (Funarte). O novo formato do projeto, concebido para levar músicos brasileiros em turnês pelo país, foi apresentado em um show para convidados na noite de quarta-feira (26), no Teatro Dulcina, na Cinelândia, centro do Rio, tendo como principais atrações o cantor Moraes Moreira e o grupo A Cor do Som.

Com a cantora e atriz Zezé Motta como mestre de cerimônias, o espetáculo  foi aberto pelo jovem grupo baiano Sertanilia, e teve uma apresentação especial de Karen Mesquita e Cícero Gomes, do corpo de primeiros bailarinos do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, que dançaram uma coreografia de Reina Sauer para Carinhoso, de Pixinguinha.

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Entre os meses de maio e novembro deste ano, 60 cidades das cinco regiões do país receberão, cada uma, um show do projeto. Para a nova versão do Pixinguinha, serão selecionadas 15 duplas de músicos, que apresentarão quatro espetáculos cada uma, em turnê por quatro cidades de uma região determinada.

Um dos principais projetos da história da Funarte, o Pixinguinha é visto hoje, em sua retomada, como uma prioridade do Centro de Música da fundação, vinculada ao Ministério da Cultura. “Nesta nova etapa, priorizaremos cidades do interior, em diversos teatros. Além disso, levaremos um palestrante na equipe das turnês para falar da história da música popular brasileira nas universidades e escolas de música, com intuito de contribuir para a qualificação da formação de plateia”, disse o diretor do Centro de Música da Funarte, Marcos Souza.

História

Criado em 1977, a partir de uma proposta da Sociedade Musical Brasileira (Sombras) encampada pela Funarte, o Projeto Pixinguinha teve desde o início, como marca, promover, em cada show, um encontro musical entre dois ou mais artistas – muitas vezes pertencentes a gerações, estilos musicais ou procedências diferentes. Espetáculos de qualidade a preços acessíveis, abrangendo os diversos estilos e tendências da música popular, garantiram o sucesso do projeto, que também foi responsável pela revelação de diversos talentos locais nas várias regiões por onde passou.

Entre os momentos memoráveis da história do projeto estão os shows das duplas Cartola e João Nogueira, Nara Leão e Dominguinhos, Moreira da Silva e Jards Macalé e Marlene e Gonzaguinha, entre outras. Na longa lista de artistas que se apresentaram ou foram revelados pelo Pixinguinha estão ainda nomes como João Bosco, Djavan, Clementina de Jesus, Paulinho da Viola, Joyce, Toninho Horta, Leci Brandão, Danilo Caymmi, Guinga, Yamandu Costa, Leila Pinheiro, Jackson do Pandeiro, Edu Lobo, Zizi Possi, Arrigo Barnabé, Vitor Ramil, Itamar Assumpção, Fafá de Belém, Beto Guedes e Canhoto da Paraíba.

O Projeto Pixinguinha ocorreu regularmente de 1977 a 1994. Voltou em 2004 e permaneceu até 2007. Em 2008 recebeu novo formato, que só foi realizado em 2009.

Mais um posicionamento sem previsão de solução. Nesta segunda-feira (24), o Ministério da Cultura, através da nova gestão da Secretaria de Cidadania e da Diversidade Cultural, informou que o pagamento do convênio nº 821891/2015, do projeto ‘A Gente da Palavra’, está sob a ingerência da Secretaria de Governo (Segov) da Presidência da República. Vinte agentes do projeto que incentiva a leitura em comunidades afirmam que não recebem bolsa há cinco meses. A remuneração é de R$ 350 mensais. O 'A Gente da Palavra' é vinculado à Secretaria de Cultura e à Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).

Em nota, a Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura informou que a autorização de pagamento já foi realizada pelo então ministro Roberto Freire e pela secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SCDC), Débora Albuquerque, em 7 de fevereiro de 2017. Porém, até o momento, o dinheiro não foi repassado. 

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Além disso, a Secretaria reiterou que ainda continua no empenho de solucionar os entraves nos convênios e que, além disso, a Secult-PE nunca acionou a SCDC para relatar atrasos de repasses neste convenio. Ainda não há uma data concreta para o pagamento. Confira a nota na íntegra:

“A nova gestão da Secretaria de Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura tem como política o diálogo permanente e as discussões com os parceiros, objetivando sempre a execução dos projetos culturais.

 A continuidade do pagamento do convênio nº 821891/2015, firmado entre o MinC e a Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE), se encontra neste momento sob a ingerência da Secretaria de Governo (Segov) da Presidência da República, já tendo sido autorizado pelo ministro da Cultura, Roberto Freire, e pela secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SCDC), Débora Albuquerque, em 7 de fevereiro deste ano.

A Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura reitera que seu empenho segue sempre no sentido de solucionar os entraves nos convênios e que a Secult-PE nunca acionou a SCDC para relatar atrasos de repasses neste convenio.”

Entenda o caso - Na última quinta-feira (20), o LeiaJa.com publicou uma matéria relatando o atraso de pagamento da Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE), gestão do governo estadual, para 20 profissionais que atuam no projeto ‘A Gente da Palavra’. Em resposta, a pasta em questão responsabilizou o Minc pela falta de pagamentos.

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Vinte bolsistas do projeto “A Gente da Palavra” - trabalho que incentiva leitura em comunidades -, um iniciativa vinculada à Secretaria de Cultura e à Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), estão sem receber o pagamento dos últimos cinco meses do trabalho prestado. Procurada pelo LeiaJá, a Secretaria de Cultura (Secult) do Governo de Pernambuco respondeu que é de total responsabilidade do Ministério da Cultura (MinC) fazer a quitação da dívida com os profissionais, já que o projeto é de origem federal e não estadual.

Em nota, exclusiva, a Secult-PE informou também que devido à descontinuidade do repasse de verbas, por parte do MinC, as atividades foram suspensas e não está sendo exigido o cumprimento de tarefas, enquanto não houver novo repasse.

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O preparatório teve início em setembro do ano passado, e logo no primeiro mês houve atraso no pagamento, sendo feito em novembro. Mesmo com o atraso, os bolsistas continuaram na ação. Segundo os integrantes do projeto, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e março são os meses pendentes. De acordo com o edital da seleção simplificada, cada agente receberia R$ 350 por mês. Ao todo, foram recrutados 20 profissionais, sendo 14 para atuar no Recife e Jaboatão dos Guararapes, e seis para trabalhar no interior do Estado. 

A nota ainda informa que as dívidas serão quitadas assim que o MinC efetuar a transferência de recursos para o Governo. Segundo a Secretaria de Cultura de Pernambuco, a prestação de contas está em dia, assim como toda a documentação necessária para sua continuidade, o que ocorrerá quando o repasse do MinC for efetuado.

Confira a nota na íntegra:

A Secult-PE esclarece que os recursos do projeto A Gente da Palavra são de origem federal, por Convênio com o Ministério da Cultura, com orçamento garantido por emenda parlamentar da Dep. Fed. Luciana Santos.

A contrapartida do Estado é o fornecimento das bicicletas e livros pela CEPE-Cia. Editora de PE. Ao MinC compete o pagamento das bolsas.

Os 20 jovens bolsistas selecionados por meio de convocatória pública participaram de um última ação no mês de Janeiro de 2017. Devido à descontinuidade do repasse de verbas, por parte do MinC, as atividades foram suspensas e não está sendo exigido o cumprimento de tarefas, enquanto não houver novo repasse.

Os jovens continuam vinculados ao Projeto e as bolsas pendentes serão quitadas tão logo o Ministério efetue uma nova transferência de recursos, tendo em vista que a prestação de contas está em dia, bem como toda a documentação necessária para sua continuidade, o que ocorrerá quando o repasse do MinC for efetuado.

A Coordenadoria de Literatura da Secult-PE dispõe de uma equipe específica para o A Gente da Palavra, que esteve em contato presencial recente com todos os jovens participantes, atualizando informações e se colocando à disposição para quaisquer esclarecimentos.

No dia 20 de abril, o LeiaJá ouviu alguns esclarecimentos dos profissionais que participaram do 'A Gente da Palavra’,. Relembre: Bolsistas cobram pagamento ao Governo de Pernambuco.

O ministro da Cultura, Roberto Freire, disse enxergar na atual crise econômica uma oportunidade para que a pasta defina prioridades e promova acertos na elaboração e na condução de políticas públicas para o setor. Esse "ajuste de foco" deve, segundo o ministro, resultar em mais atenção às atividades-fim da pasta (a promoção da criação artístico-cultural e a proteção do patrimônio histórico) em detrimento do que Freire classificou como atividade-meio, ativista.

“Durante muito tempo, o Ministério da Cultura se preocupou com a atividade-meio, que era mobilizadora, ativista e significava uma integração muito forte com a política e com o poder e, muitas vezes, se esqueceu de sua atividade fundamental. Temos exemplos disso espalhados por todo o Brasil, como as bibliotecas e os teatros fechados”, comentou Freire durante a cerimônia de abertura do 3º Encontro Brasileiro das Cidades Históricas, Turísticas e Patrimônio Mundial, realizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), em Brasília.

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Segundo Freire, será preciso ajustar as contas do ministério para fazer frente ao contingenciamento de cerca de 40% do orçamento anual inicialmente previsto para a pasta – consequência do corte de R$ 42,1 bi no Orçamento-Geral da União, anunciado pelo Poder Executivo no fim de março. Freire, no entanto, garantiu que ações que forem consideradas prioritárias serão mantidas.

“Já estamos fazendo as adequações necessárias. Muitos dos projetos e convênios existentes não são prioritários em um momento de crise como este. Vamos ter que fazer ajustes, levando em consideração as prioridades, entre elas, a preservação do Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional]”, destacou Freire, sem citar exemplos de projetos e convênios que podem ser cancelados ou interrompidos.

Freire destacou que a atual crise econômica é das maiores da história do país e defendeu a iniciativa do governo federal de encampar projetos polêmicos que considera necessários, como a reforma da Previdência Social.

“Esse governo é profundamente reformista. Enfrentamos processos difíceis para qualquer governo a fim de preparar, na crise, o Brasil do futuro”, acrescentou Freire.

O Ministério da Cultura lançou ontem (5) na capital paulista os dois primeiros volumes do Atlas Econômico da Cultura Brasileira. A publicação, que terá seis partes, visa estabelecer uma padronização para medir a participação da cultura no Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas em um país). No primeiro volume, o Atlas traz a estimativa de que os setores culturais brasileiros representavam, em 2010, cerca de 4% do PIB anual do país.

"O fato de termos a dimensão econômica da cultura pouco contabilizada leva a certa descrença do próprio governo de que o setor tenha um grande impacto econômico. O Atlas vai mostrar o quanto do que se produz de riqueza vem da área cultural, o que levará à conscientização do governo de que, em vez de se cortar recursos da cultura em um momento de crise, é importante fazer o contrário: investir em cultura para movimentar a economia e fazê-la crescer", disse o ministro da Cultura, Roberto Freire.

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A pesquisa para a elaboração do Atlas começou em 2013 e foi desenvolvida em cooperação com a Universidade Federal Rio Grande do Sul (UFRGS). Segundo o coordenador do Núcleo de Estudos em Economia Criativa e da Cultura da UFRGS, Leandro Valiati, os setores nacionais da música e da moda atualmente são os mais pujantes economicamente. No entanto, sofrem com a falta de reconhecimento econômico.

“A cultura brasileira é extremamente rica e pode servir como um insumo importante para se pensar em desenvolvimento econômico, tanto no mercado de trabalho como na geração de renda, de ocupação e de exportação. Nesse sentido é lógico que quando você tem crise econômica, os que mais sofrem são aqueles projetos, setores para os quais não é tão reconhecível a importância econômica”.

A medição do "PIB da Cultura" já existe em 21 países no mundo, sendo sete na América do Sul (Colômbia, Chile, Uruguai, Argentina, Peru, Bolívia e Equador). No Brasil, segundo o ministério, os dados existentes não são construídos com a periodicidade necessária para poder ser comparados. Também não há consenso no setor sobre quais setores e subsetores deveriam ser acompanhados.

De acordo com o ministério, o Atlas pretende suprir essas carências e irá se apoiar em quatro eixos principais: empreendimentos culturais, mão de obra do setor cultural, investimentos públicos e comércio exterior. As cadeias produtivas que serão estudadas de forma prioritária serão: audiovisual, games, mercado editorial, música, museus e patrimônio.

A presidente estadual do Partido Popular Socialista (PPS), Débora Albuquerque, vai assumir o comando da Secretaria Nacional de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (MinC), a convite do ministro Roberto Freire (PPS). A pasta é uma das de maior relevância no MinC. 

Para Débora Albuquerque, esta é uma oportunidade para que sejam ampliados os debates sobre o papel da Cultura para a formação da cidadania. “Vou dar o melhor de mim para corresponder às expectativas”, afirmou logo após aceitar o convite. 

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Socióloga, especialista em Administração Pública, Débora Albuquerque comandou a Secretaria Executiva de Defesa do Consumidor de Jaboatão dos Guararapes até o março do ano passado, quando se lançou candidata a vereadora daquele município.

Com o ingresso de Albuquerque, o MinC passa a contar com duas representações pernambucanas na pasta. No final de 2016, a empresária e promotora de eventos Maria do Céu (PPS) assumiu a Chefia de Representação do MinC no Nordeste.

A empresária, militante da causa LGBT e ex-candidata a vereadora do Recife Maria do Céu foi nomeada representante do Ministério da Cultura para o Nordeste. A nomeação saiu no Diário Oficial da União desta terça-feira (20), porém o convite, de acordo com Maria, já havia sido feito há mais tempo. "Eu fui convidada pelo [ex-ministro da Cultura Marcelo] Calero, quando ele caiu o ministro Roberto Freire manteve o convite, disse que eu representaria bem esse espaço no ministério com diversidade, e eu aceitei.

Maria do Céu se diz disposta a se dedicar ao trabalho no ministério, dando atenção às pautas culturais: "Tô muito disposta, vou ouvir tudo, dedicarei meu tempo integralmente, haverá diálogo com cidades, produtores e agentes culturais", e complementa dizendo que "Politicamente vou lutar pra que a gente consiga algo positivo desde o princípio". Perguntada sobre a conciliação entre os trabalho à frente do ministério e a militância em defesa dos direitos da população LGBT, Maria foi categórica: "Minhas pautas de militância vão comigo aonde eu for, isso amplia, dá visibilidades. Se eu for pra Presidência da República a diversidade vai comigo também, a cultura proporciona isso". 

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Sobre a forma como pretende conduzir sua atuação como representante do Minc no Nordeste, Maria afirma que trará uma proposta dialógica, através de uma interlocução maior entre o Ministério da Cultura e outras áreas que, ligadas a ele, podem trazer mais força para a cena cultural do Nordeste: "Quero fazer o diálogo da cultura com outros setores, como turismo, colocar cultura junto de história, fortalecer o turismo cultural. Na educação também, quero ampliar o contato e o diálogo com as escolas, além de dar visibilidade à pauta LGBT, disse, em conversa por telefone com o Portal LeiaJá.

No cargo de secretário do audiovisual do Ministério da Cultura desde junho deste ano, o pernambucano Alfredo Bertini pediu demissão da função nesta quinta-feira (8). Por meio de carta enviada ao Ministro Roberto Freire e divulgada pela Folha de S. Paulo, ele não explica o que motivou sua saída, mas afirma que acredita que sua missão na secretaria foi cumprida. Ainda de acordo com o jornal, mesmo sem ter sido publicada no Diário Oficial ainda, sua exoneração já foi aceita.

Bertini assumiu a secretaria do audivisual por indicação do ex-ministro Marcelo Calero, que também pediu demissão do ministério no mês passado. O economista é conhecido também por ser o diretor do festival audiovisual Cine PE e faz parte do conselho consultivo do Fórum Nacional dos Festivais Audiovisuais Brasileiros.

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O nome de Mariana Ribas é um dois mais cotados para assumir a Secretaria do Audiovisual. Atualmente ela ocupa o cargo de secretária-executiva do Ministério da Cultura, anteriormente foi presidente da Rio Filmes.

Confira a carta de demissão de Alfredo Bertini:

“O gesto de despedida costuma ganhar uma dimensão de felicidade, quando há boas lembranças por se evidenciar. O sentimento do dever cumprido e do exercício digno e fiel aos ideais também são agentes dessa satisfação, mesmo que a missão maior ainda esteja por ser construída.

Minha contribuição para o Audiovisual brasileiro, no ofício de Secretário do MinC, está encerrada. Orgulha-me ter sido componente do atual Governo, ao qual agradeço pela confiança depositada. Apesar do tempo curto, penso que pude deixar alguns marcos bem definidos. Do conjunto de servidores que se mostrou motivado e engajado até muitos parceiros integrantes da cadeia produtiva, saio com a convicção de que novos conceitos e valores foram muito bem plantados. E isso me serve muito.

Enfim, a intenção de ajustar o Audiovisual ao inevitável processo de mudanças tecnológicas, que nos leva à compreensão econômica da atividade, está aí sedimentado. Encarar essa realidade da Economia no Audiovisual, mesmo em tempos de dificuldades fiscais, é um desafio hoje palpável. Os instrumentos já estão delineados. Ademais, a prioridade de se promover a capacitação profissional para o enfrentamento dessa realidade econômica também está ao alcance. Um modelo inédito e exequível.São dois pontos que deixo, à mercê de qualquer ideia de indução, como um discreto legado, em meio ano de trabalho árduo e complexo. Natural até pela diversidade do setor.

O importante é que, diante dessa circunstância tão meritória, fruto do exercício coletivo de toda uma equipe comprometida e parceiros sintonizados, encontro-me hoje mais enriquecido. Isso é o que nos move a continuar na luta, pois ao apostar nas idéias de renovação, agindo com ética e respeito, as conquistas serão sempre reais.

Ser visionário pode não representar o essencial por algum momento, mas não tenho dúvida de que trazer para a vida real a visão do futuro não tem momento... e é mais do que essencial.

De coração, muito obrigado!”

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O presidente Michel Temer deu posse, nesta quarta-feira (23), ao novo ministro da Cultura, Roberto Freire. A nomeação para o cargo foi publicada no Diário Oficial da União dessa terça (22).

Após a assinatura do termo de posse, Freire disse, em discurso, que a cultura neste governo deve ser encarada como "instrumento de integração de diversidade" diante do antagonismo da globalização e do nacionalismo excludente. "Acreditamos que a criação cultural no seu mais amplo sentido poderá nos ajudar a atravessar essa névoa da mudança". Dizendo-se ciente das "dificuldades econômicas e éticas" do país, ele disse que o governo precisa de "temperança, ousadia e apoio a Lava Jato".

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Sobre o trabalho no Ministério, ele disse que pretende "construir consensos" para dar maior acessibilidade a produção cultural do país. “Queremos que as nossas ações sejam mais eficientes e transparentes para satisfação da demanda de bens culturais da sociedade. O objetivo é de que a cultura seja um elemento de inclusão social, com incentivo e ampliação de acesso”. Ele também agradeceu a nomeação. “Sinto-me honrado pela confiança”.

Em breve discurso, Michel Temer disse que Freire representa um reforço para o governo, que deseja tirar o país da crise.  “Estamos numa recessão profunda. Há quem exija logo um crescimento, mas nós que entendemos como as coisas funcionam sabemos que é preciso primeiro vencer a recessão. O crescimento é consequência da superação da recessão e, aí, virá o crescimento do emprego”, disparou, em clara resposta às críticas da oposição à sua gestão. Diante de uma plateia de parlamentares, Temer citou a necessidade de aprovação da PEC do Teto dos Gastos e, em seguida, da reforma da Previdência como formas de ajudar o país a sair da crise.

Roberto Freire, que até então ocupava o cargo de deputado federal, também é presidente do PPS e substitui o diplomata Marcelo Calero, que pediu para deixar o comando da pasta, na semana passada, alegando "divergências com alguns ministros do governo". Calero disse que o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira de Lima, o pressionou para liberar um empreendimento imobiliário de luxo em Salvador, do qual Geddel comprou um apartamento. Geddel nega as acusações, mas será investigado pelo pela Comissão de Ética da Presidência.

 

 

Escolhido para substituir Marcelo Calero no Ministério da Cultura, o deputado federal Roberto Freire (PPS-SP) afirmou, neste sábado (19), em entrevista ao Portal LeiaJá, que pretende gerir a pasta com “diálogo” e “respeito as divergências políticas”. Ele já assume a pasta em meio a polêmica gerada entre Calero e o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). 

O peemedebista baiano foi acusado pelo ex-ministro de usar do próprio cargo para conseguir vantagens pessoais. Em declaração após pedir demissão Calero disse ter sido pressionado por Geddel a liberar um empreendimento imobiliário em Salvador embargado pelo Iphan, onde o articulador político do presidente Michel Temer (PMDB) adquiriu um imóvel.

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Sobre as declarações, Freire amenizou. “A impressão que eu tenho é de que no âmbito do ministério não tem polêmica nenhuma”, ponderou. Já quando a decisão do Iphan, ele pontuou que “já foi decidido”. “Se você tem o organismo técnico e competente não tem por que você como ministro passar por cima de questões. Parece que isto já estava resolvido. O problema que existe lá na Bahia vai ser revolvido judicialmente”, acrescentou. 

Mudanças na Lei Rouanet

Outro assunto que tem gerado discussões dentro do Ministério da Cultura é a Lei Rouanet. De acordo com o substituto de Calero, os “defeitos” da legislação devem ser revistas. “Tem um projeto que tramita no Congresso que modifica a lei [Rouanet]. Ainda tenho que analisá-la detalhadamente para dizer onde, mas mesmo com a critica grande  e o argumento de que ela não deveria existir eu pontuou que ter uma legislação que incentiva a cultura no Brasil é extremamente importante. Se tem defeitos, vamos modificar”, frisou. 

A lei é alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados e em junho a Polícia Federal afirmou que o Ministério da Cultura falhou na fiscalização dela. Freire defende que a própria pasta faça uma auditoria nos mecanismos da Rouanet. 

Falta de Verbas

Antes de deixar o comando do Ministério da Cultura, Calero também chegou a disparar contra a falta de verbas para efetuar os projetos. Indagado sobre como pretende lidar com o orçamento enxuto, Roberto Freire foi irônico: “se alguém tiver a expectativa de muitos recursos é melhor ficar em casa”. 

“Tivemos o impeachment pelo desmantelo que o governo anterior deixou a sociedade brasileira e a economia. Ela saiu por conta da irresponsabilidade e do desmantelo, então não podemos pensar que vai ter facilidades. Temos ajustes em andamento no Congresso”, observou, lembrando da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016 que está sendo discutida no Senado, e limita os gastos públicos por 20 anos. 

“Nenhum ministro ou ministério pode achar que vai ter tempo bom. Vai ter aperto e contenção, tenho clareza disso. Vamos usar a criatividade para levar o ministério à frente e sair da crise”, acrescentou. 

Já quanto à condução da pasta, o deputado federal disse que não pretende interromper uma gestão já iniciada por Calero. “Vou conversar com o ministro que saiu, conversar com o presidente [Michel Temer] e discutir o que estava sendo planejado e feito. Vai ser continuidade o que precisar e de mudança, caso necessite. Mas uma coisa importante, que o país já vinha caminhando, é a necessidade de instalar na cultura brasileira o clima de diálogo e o respeita as divergências políticas. Com isso tudo é possível”. 

Os advogados da cantora Claudia Leitte entraram com um recurso no Ministério da Cultura pedindo para que seja revista a decisão que condena a artista a devolver R$ 1,2 milhão oriundos da Lei Rouanet, como penalidade a reprovação da prestação de contas. De acordo com informações da colunista da Folha de São Paulo, Mônica Bergamo, no documento, a defesa da cantora diz que a turnê beneficiada pela legislação “acarretou a democratização do acesso à cultura” deixando entender que sem a verba a baiana só faria shows em cidades ricas. 

O questionamento do Ministério da Cultura na reprovação das contas de Claudia Leitte é com relação a doação de ingressos. No recurso, segundo a coluna, os advogados dizem que houve distribuição e a maioria das entradas foi vendida a um preço inferior ao projeto, de R$ 35. O documento ainda alega que as cidades ponderadas pela pasta – Picos (PI), Ponta Porã (MS) e Cuiabá (MT) – são "localidades que, sem o incentivo, jamais teriam condições econômicas para receber um show do porte da Claudia Leitte".

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Com as justificativas, a defesa da cantora pediu a conversão do resultado da apreciação das contas de “reprovado” para “aprovado com ressalvas”. Para os advogados, deixar Claudia Leitte sem recursos da Rouanet por três anos é injusto porque ela não causou “dano ao erário”. O ministério tem 60 dias para decidir se acata ou não os argumentos. 

O presidente Michel Temer sancionou a Lei 13.345/16, que recria o Ministério da Cultura, extinto na reforma administrativa do governo. A Lei, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (11), também cria as secretarias especiais dos Direitos da Pessoa com Deficiência e dos Direitos da Pessoa Idosa.

A nova lei recebeu apenas um veto, no trecho que mencionada a estrutura do Ministério da Educação. De acordo com o Palácio do Planalto, essa parte estava em conflito com o que havia sido previsto na Lei 13.341/16, que fez a reforma administrativa anunciada no início do governo interino de Temer.

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Inicialmente, Temer transformou o ministério em uma secretaria ligada ao MEC. Mas ele recuou da decisão após a reação de vários setores, especialmente da classe artística, que chegou a realizar protestos pelo país. A matéria passou pela Câmara dos Deputados e pelo Senado em setembro.

 

A página do Facebook do Ministério da Cultura (MinC) foi alvo de um “vomitaço” feito por internautas de todo o Brasil. O motivo do incômodo foi a utilização de obras de Tarsila do Amaral nas fotos de perfil e capa da página do site.

Além do emoji de um boneco vomitando, como símbolo de protesto, os internautas ainda reclamaram da utilização dita como indevida da obra da artista. O Ministério da Cultura recortou um trecho do quadro Religião Brasileira para ser usado como foto de capa, e aplicou a logomarca da pasta sobre a tela Manacá.

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As reclamações comentadas nas fotos também eram referentes à utilização das pinturas de uma artista com ideologias de esquerda para promover um governo considerado golpista pelos internautas, como também às obras terem quase um século. Os ativistas da internet ainda acusaram o Ministério de violar direitos autorais, com a modificação das telas.

Após a série de comentários negativos sobre a utilização das obras, o MinC retirou os quadros Manacá e Religião Brasileiras das fotos de perfil e capa, respectivamente. Apesar da mudança, um novo “vomitaço” está sendo realizado na página no Minc. “Passaram vergonha, né Minc?”, comentou um internauta.

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O plenário do Senado aprovou nesta segunda-feira, 19, a medida provisória 728/2016, que recria o Ministério da Cultura. O projeto foi enviado pelo presidente Michel Temer ao Congresso Nacional após um recuo em sua administração. Inicialmente, o peemedebista havia transformado o ministério em uma secretaria, que faria parte do Ministério da Educação.

A fusão foi criticada por parte da classe artística brasileira, que realizou protestos em diferentes capitais. A ação foi uma das repercussões mais negativas do governo Temer, ainda em estágio interino, antes do resultado do processo de impeachment de Dilma Rousseff.

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Em seu relatório, a deputada Mara Gabrilli pontuou que a MP 726/2016, que acabava com o Ministério da Cultura, recebeu mais de 30 emendas com a intenção de recriar a pasta.

Além de trazer de volta o Ministério da Cultura, o relatório da deputada Mara também recria a Secretaria Especial dos Direitos das Pessoas com Deficiência, extinta pelo governo Dilma Rousseff. O texto propõe ainda a criação da Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, medida não prevista na versão original. Ambas as secretarias estarão ligadas ao Ministério da Justiça e Cidadania. Após passar pela Câmara e o Senado, a matéria vai à sanção presidencial.

Em sessão realizada nesta terça-feira, 13, os deputados aprovaram no Câmara a medida provisória que recria o Ministério da Cultura e cria as Secretarias Especiais dos Direitos da Pessoa com Deficiência e dos Direitos da Pessoa Idosa.

O texto aprovado é de autoria da deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP). Na discussão da matéria foi excluída, contudo, a criação da Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. No entendimento dos deputados, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) já cumpre esse papel.

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A recriação do Ministério da Cultura ocorreu após polêmica gerada com a determinação de sua extinção, pelo presidente Michel Temer. As atribuições da pasta seriam inicialmente transferidas pera o ministério da Educação. A decisão de Temer ocorreu no âmbito da reforma administrativa que ele implantou ainda durante a sua interinidade do cargo. Após reações de vários setores, Temer recuou da ideia e enviou nova MP para o Congresso recriando a pasta.

As idas e vindas do presidente foram lembradas hoje no plenário por integrantes da oposição. "Pasmem! Um País que apresenta uma proposta para acabar com o Ministério da Cultura quer que o seu povo não faça o resgate da sua história, da sua arte, das suas tradições, da sua diversidade, das riquezas culturais que têm no Brasil. Foi necessário que a sociedade se mobilizasse, principalmente, na parte artístico-cultural, e nós conseguimos com as nossas denúncias e com a pressão da sociedade convencer o governo de recolocar o tema da estrutura do Ministério da Cultura no nosso País", afirmou o deputado Bonh Gass (PT-RS).

Apesar das críticas de petista ao governo, a MP foi aprovada sem resistência de integrantes da oposição. "Nós já fizemos o entendimento para poder votar as medidas provisórias. Quero agradecer à Minoria pela compreensão de que nós temos nessas medidas provisórias, todas elas, prazos de validade. São medidas provisórias importantes para o País. Quero também aqui registrar e agradecer à Minoria pelo entendimento e compreensão", afirmou o líder do governo, André Moura (PSC-SE).

O Ministério da Cultura (MinC), divulgou nesta segunda-feira (12), em evento da Cinemateca Brasileira, em São Paulo, a lista dos filmes que irão concorrer ao Oscar 2017. Ao todo, estavam inscritos 16 filmes, entre eles 'Aquarius', do diretor pernambucano Kléber Mendonça Filho, mas quem levou a indicação brasileira foi 'Pequeno Segredo', de David Schurmann. O filme é uma ficção baseada em fatos reais, que narra a história da família Schurmann, conhecida por cruzar o mundo navegando, com ênfase na menina Kat, filha adotiva de Heloisa e Vilfredo Schurmann. O elenco é composto por tem Julia Lemmertz, Maria Flor, Fionnula Flanagan, Marcello Antony, Erroll Shand e Mariana Goulart.

A escolha se dá em meio a uma polêmica entre a equipe de Aquarius e o atual governo brasileiro. A contenda já incluiu a classificação indicativa do filme, que após muita reclamação foi reduzida de 18 para 16 anos; o protesto da equipe no Festival de Cannes, em que acusou o processo de impeachment como um golpe de Estado; e a retirada de outros filmes da disputa em solidariedade a Kléber Mendonça Filho. 

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O longa-metragem escolhido passará pelo processo seletivo da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pela premiação norte-americana, que selecionará os cinco filmes indicados ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. A cerimônia de premiação será em 26 de fevereiro de 2017, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Confira a lista completa dos filmes brasielrios inscritos a representar o Oscar em 2017:

"A bruta flor do querer", de Andradina Azevedo e Dida Andrade
"A despedida", de Marcelo Galvão
"Aquarius", de Kléber Mendonça Filho
"Até que a casa caia", de Mauro Giuntini
"Campo Grande", de Sandra Kogut
"Chatô – O Rei do Brasil", de Guilherme Fontes
"Mais forte que o mundo – A história de José Aldo", de Afonso Poyart
"Menino 23: Infâncias perdidas no Brasil", de Belisario França
"Nise – O coração da loucura", de Roberto Berliner
"O começo da vida", de Estela Renner
"O outro lado do paraíso", de André Ristum
"O roubo da taça", de Caito Ortiz
"Pequeno segredo", de David Schurmann
"Tudo que aprendemos juntos", de Sérgio Machado
"Uma loucura de mulher", de Marcus Ligocki Júnior
"Vidas partidas", de Marcos Schetchman 

O longa foi elegido pela comissão formada por Adriana Scorzelli Rattes, Bruno Barreto, Carla Camurati, George Torquato Firmeza, Luiz Alberto Rodrigues, Marcos Petrucelli, Paulo de Tarso Basto Menelau, Silvia Maria Sachs Rabello e Sylvia Regina Bahiense Naves. O último filme brasileiro indicado ao Oscar, na categoria de melhor filme de língua estrangeira, foi “Central do Brasil”, em 1999. Anterior a data, concorreram "O pagador de promessas" (1963), "O quatrilho" (1996) e "O que é isso, companheiro?" (1998).

Nas últimas edições outros filmes brasileiros também concorreram, entre eles "Que horas ela volta?", de Anna Muylaert, em 2016; "Hoje eu quero voltar sozinho", de Daniel Ribeiro, em 2015; "O som ao redor", de Kleber Mendonça Filho, em 2014; "O palhaço", de Selton Mello, em 2013; "Tropa de elite 2: O inimigo agora é outro", de José Padilha, em 2012; "Lula, o filho do Brasil", de Fábio Barreto, em 2011; e "Salve geral", de Sérgio Rezende, em 2010.

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O procurador-geral de Teerã ordenou, neste sábado, condições mais estritas para a organização de shows na capital iraniana, um tema que causa polêmica no país há várias semanas.

"A procuradoria de Teerã propõe que o governo garanta a segurança dos shows, que o Ministério da Cultura aprove o conteúdo e que a polícia grave" os acontecimentos, declarou Abas Jafari Dolatabai, citado pela Mizanonline, a agência de notícias do poder judiciário.

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O Irã possui uma rica cultura de poesia e música e os líderes religiosos têm um enfoque em ocasiões mais flexível a respeito de eventos, como shows, do que em outros países muçulmanos.

Contudo, o Ministério da Cultura deve dar sua autorização para a letra e a música de todos os discos antes que estes entrem no mercado, assim como para a organização de shows. Também é proibido dançar durante estas apresentações.

Nas últimas semanas, devido à pressão de religiosos ultraconservadores, vários shows, que haviam recebido as autorizações necessárias, foram anulados em algumas cidades por autoridades locais.

Na cidade santa de Machhad (nordeste), onde não é organizado nenhum concerto há 11 anos, o ministro da Cultura, Ali Janati, queria autorizar alguns shows, o que provocou a ira dos religiosos.

Em meados de agosto, ele teve que renunciar "pela presença do mausoléu sagrado do imã Reza [oitavo sucessor do profeta, segundo os muçulmanos xiitas] e a oposição de algumas pessoas, principalmente o imã da cidade", o aiatolá Ahmad Alam Ol Hoda, informaram meios iranianos.

"Macchad é uma cidade religiosa [...]. Todo mundo deve saber que os fiéis não deixarão que se transforme em um centro de libertinagem", declarou o aiatolá Ahmad Alam Ol Hoda. "Os que quiserem shows, que vão a outras cidades".

Na semana passada, o presidente iraniano, Hassan Rouhani, defensor de uma maior liberdade política e cultural que seu predecessor e que se apresentará a um segundo mandato em abril de 2017, criticou publicamente seu ministro da Cultura.

"Nenhum ministro deve ceder às pressões - que são grandes - e retroceder", declarou. "A República Islâmica é um Estado de Direito [...] Se a lei não for respeitada, isto é o caos", acrescentou.

Esta declaração, contudo, não mudou a opinião do ministro da Cultura.

Cerca de 5.000 músicos assinaram uma carta aberta para o presidente Rouhani solicitando "que fizesse respeitar seus direitos" e "a lei", informou neste sábado o jornal reformador Etemad.

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