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A perspectiva para o sistema bancário brasileiro será revisada para negativo, informou, nesta terça-feira, 30, a analista sênior de bancos da agência de classificação de risco Moody's, Ceres Lisboa. Durante a conferência anual realizada pela Moody's nesta manhã em São Paulo, Ceres afirmou que a decisão se baseia no fato de que 36% dos bancos acompanhados pela agência, com 95% dos ativos, têm perspectiva de rating negativo. O relatório com essas observações será divulgado pela agência na sexta-feira, 3 de outubro.

"Nossa visão é de que o ambiente macroeconômico e operacional para os bancos continua desafiador", disse Ceres. Ele destacou ainda que há um novo ciclo de inadimplência em andamento, colocando foco nos créditos concedidos para o consumidor e para as empresas. Segundo ela, o fato de os bancos terem priorizado os créditos de menor risco deve amenizar esse novo ciclo de inadimplência. "Mas ele virá", afirmou, de "modo gradual e vai acontecer no longo prazo", observou.

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Sobre os bancos públicos, Ceres disse que existe uma tendência de crescimento na inadimplência que ainda não é explícita nos balanços. Mas que a Moody's está observando esse comportamento, principalmente porque esses bancos, para aumentar as concessões, foram para produtos e áreas nas quais não têm experiência.

Ceres afirmou ainda que a indicação de que a lucratividade e eficiência estão se deteriorando também sustenta a mudança para negativa da perspectiva para o sistema bancário brasileiro. "É importante entender que o padrão de rentabilidade dos bancos mudou e não devemos voltar aos níveis de 10 anos atrás", concluiu.

Em um relatório divulgado nesta quinta-feira, 11, para detalhar os principais fatores que a levaram a reduzir a perspectiva do rating do Brasil, a agência de classificação de risco Moody’s afirma que o superávit primário este ano deve ficar em apenas 1,4% do PIB, "abaixo da meta já revisada de 1,9% e bem inferior ao nível de referência histórico de 3,1% para esse indicador". Segundo a agência, o déficit geral do governo este ano deve ficar em 4,5% do PIB, de 3,7% em 2013 e de apenas 1,4% em 2010.

A Moody’s afirma que o governo perdeu bastante espaço de manobra no âmbito fiscal, devido principalmente a três fatores. O primeiro é o uso de receitas extraordinárias para elevar o superávit primário, que subiram fortemente nos últimos anos, atingindo quase 3% do PIB em 2013 e 2014. "Nós prevemos que, no futuro, será mais difícil para o governo aumentar ou mesmo manter tais receitas nos níveis atuais."

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O segundo fator é que, com a redução da Selic, o ambiente de juros mais baixos em 2012 e na primeira metade de 2013 levou a uma redução nos custos de financiamento do governo, trazendo um alívio para as contas públicas. Com as recentes altas na taxa básica promovidas pela Banco Central, esse cenário mudou, eliminando essa tendência de queda nos custos de financiamento. Com a inflação perto do teto da meta, a agência espera que as condições monetárias continuem apertadas, mantendo esses custos elevados.

Tendência de alta

Por fim, a agência cita que a decisão do governo de reduzir os empréstimos do Tesouro aos bancos estatais ajudou a conter o endividamento da administração pública. Entretanto, esse recurso também se esgotou. A Moody’s aponta que o governo chegou a injetar recursos nesses bancos que equivaliam a quase 10% do PIB. Agora, com as quedas recentes nos repasses, esse nível caiu para apenas 0,6%. "Nós consideramos que esse nível represente o mínimo, já que é improvável que as injeções de recursos promovidas pelo Tesouro sejam eliminadas de uma vez", explica o relatório.

A agência aponta ainda que a dívida bruta do governo tem estado relativamente estável nos últimos 15 anos, oscilando na faixa de 50% a 60% do PIB. Atualmente, entretanto, "é evidente que o nível da dívida tem registrado uma tendência de alta". A Moody’s estima que a dívida vai atingir 60% este ano, bem acima da mediana de 41% dos países com rating na categoria Baa.

"Se isso não for revisto, os indicadores sobre a dívida soberana poderiam subir para níveis que são inconsistentes não apenas com o rating atual, mas que poderiam ser incompatíveis com os do grupo Baa de pares do Brasil", alerta o texto.

Esta semana a Moody’s rebaixou a perspectiva da nota Baa2 do Brasil de estável para negativa. Se o País saísse da categoria Baa, isso significaria perder o grau de investimento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff reconheceu nesta quarta-feira (10) que foi "ruim" a decisão da agência de classificação de risco Moody's, que revisou de estável para negativa a perspectiva da nota de crédito do Brasil. Dilma também disse a repórteres que queria que a economia brasileira estivesse crescendo a 10%. "A Moody's diz o seguinte: que daqui a 12 a 18 meses, ela reavalia. Ela fez um viés", afirmou Dilma. Questionada pelo Broadcast Político se a notícia não era ruim, Dilma respondeu: "Óbvio."

A Moody's explicou que os principais determinantes para a revisão da perspectiva do rating foram a redução sustentada no crescimento econômico, que mostra pouco sinal de retorno ao potencial no curto prazo; a deterioração acentuada no sentimento do investidor, o que tem afetado negativamente a formação bruta de capital fixo; e os desafios fiscais que estes obstáculos econômicos impõem, impedindo a reversão da tendência de elevação nos indicadores da dívida do governo.

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"Eu queria estar crescendo a 10%, meu querido. Em matéria de crescimento, vocês podem ter certeza: serei eu a pessoa que mais quererá crescer. Eu sei que tem problemas porque nós tivemos uma transmissão da crise por inúmeros mecanismos. Inúmeros", comentou a presidente. Ao falar da situação da indústria brasileira, Dilma destacou que a indústria alemã está "em queda há 7 meses", "porque tem uma redução dos mercados consumidores de manufaturados".

No relatório Focus do Banco Central desta semana, pela 15ª consecutiva, o mercado revisou para baixo a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2014. A taxa de crescimento esperada atualmente está em 0,48%.

Os investimentos em infraestrutura serão os mais afetados por um eventual rebaixamento da nota de classificação de crédito dos títulos brasileiros, disse nesta terça-feira (9) o economista Claudio Frischtak, da consultoria Inter.B. Isso porque financiá-los ficará mais caro.

Um eventual rebaixamento eleva os custos dos empréstimos para investir porque esse é resultado de um mix entre o custo da dívida pública brasileira e o custo do financiamento privado, disse. "Projetos que faziam sentido podem deixar de fazê-lo", avaliou. Isso pode ser um balde de água fria nos planos dos principais candidatos à presidência da República. Todos apostam em novas concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs) para elevar as taxas de investimento no País.

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"Se é uma empresa estatal e há ordem para fazer investimentos, ela vai fazer", explicou. "Mas, se é uma empresa privada, que faz conta e tem de responder aos acionistas, ela vai pensar duas vezes."

Esse quadro é agravado, segundo o economista, pelo "colapso da confiança" que tomou conta do setor. "Investir é uma aposta no futuro, por isso é preciso que haja previsibilidade", afirmou. Ainda mais se o projeto é de 20 ou 30 anos, como é o caso das concessões em infraestrutura. Mas, ao contrário disso, há uma percepção dos agentes econômicos que "a equipe econômica está perdida". Não existe uma trajetória clara que permita a eles esperar uma melhora no cenário.

O candidato a presidente Aécio Neves (PSDB) disse nesta terça-feira, 9, que a revisão da perspectiva do rating Baa2 do Brasil de estável para negativa, anunciada pela agência de classificação de risco Moody's, "é mais uma sinalização na direção de que o atual governo perdeu a capacidade de imprimir uma agenda positiva no País e apresentar algo novo". A declaração foi feita em evento de campanha, em Goiânia (GO).

Aécio, que vem criticando a atual política econômica, ironizou a "falta de impacto" do anúncio feito por Dilma durante entrevista ao Estadão de que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve deixar o governo em dezembro, independentemente do resultado da eleição.

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"A descrença na equipe econômica é tão grande que ela fica escancarada agora pelo gesto da presidente de demitir e manter no cargo o ministro da Fazenda e não acontecer nada, porque ninguém já acreditava. Não temos mais uma equipe econômica. Os agentes econômicos estão em contagem regressiva para o encerramento desse ciclo de governo."

Confrontado pelo fato de o mercado se mostrar animado quando a presidenciável do PSB, Marina Silva, sobe nas pesquisas, o tucano respondeu: "Tudo que o mercado não quer é o atual governo. O sinal que o mercado dá é que tudo que não for o atual governo é melhor. Só que agora, meu papel e minha responsabilidade são mostrar que a mudança não termina no dia da eleição, ela começa no dia 1º de janeiro. Eu não conheço o projeto da Marina. Existe uma que fracassou no governo, o PT 1, e existe um PT 2 vindo aí".

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), minimizou a revisão, pela agência de classificação de risco Moody's, da perspectiva do rating Baa2 do Brasil de estável para negativa. Apesar de a Moody's citar entre as razões da alteração o baixo crescimento e o atual quadro fiscal, o senador disse ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. que os indicadores que "importam" para a população continuam positivos. "O que importa para a população - o salário, a distribuição de renda e o baixo desemprego - continua funcionando. E funcionando bem", destacou.

Para justificar a decisão, a agência citou a redução sustentada do crescimento econômico brasileiro, a deterioração do sentimento do investidor e os desafios fiscais. Sobre o fraco desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) apontado pela Moody's, o petista argumentou que o País não está imune aos efeitos da crise internacional. "A população sabe que não vamos poder continuar sendo uma ilha em relação ao restante do mundo", disse.

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O senador não vê nenhum efeito da ação da Moody's no processo eleitoral e alegou que, para a população, os dados econômicos apresentados pela agência têm uma importância menor do que o emprego e a renda.

Já o deputado pelo PSDB e ex-secretário da Fazenda do Paraná, Luiz Carlos Hauly, culpou o governo pela revisão anunciada pela Moody's. "Todos os indicadores econômicos estão negativos, as empresas estão sofrendo barbaramente. É óbvio que o resultado é cada vez pior", disse.

De acordo com ele, a administração petista criou para o Brasil uma "agenda negativa que não tem limites" e que não será revertida mesmo com a saída do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Na segunda-feira, 08, a presidente Dilma Rousseff disse que em um eventual segundo mandato Mantega não continuará no comando da pasta por razões pessoais.

"Com Mantega ou sem Mantega, se não tirar a Dilma e o PT do governo, não muda", declarou Hauly. "O problema é endêmico: eles são um conjunto de pessoas que estão negativando a economia, os negócios, a Petrobras e as estatais", concluiu.

O uso político da Petrobras para segurar a inflação, com o congelamento de preços de combustíveis, representa um forte obstáculo para a rentabilidade da companhia e um elevado risco aos investidores. O contundente alerta foi emitido nesta terça-feira (29) pela agência de classificação de risco Moody's , reforçando a desconfiança do mercado com a condução da estatal. O relatório também reforça a pressão pelo aumento da produção da companhia, condição para aliviar seu fluxo de caixa a partir de 2017 "na melhor das hipóteses".

Após a divulgação do relatório, as ações da companhia fecharam em queda superior a 2% na Bolsa de Valores. A análise encaminhada aos investidores abordava a deterioração do crédito para as estatais de petróleo da América Latina. No cenário, a brasileira figura como a companhia com as menores margens de lucro operacional, o maior saldo devedor, os maiores custos de produção, além de "substanciais riscos políticos".

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"O governo utiliza rotineiramente a empresa para ajudar a cumprir os seus objetivos políticos como, por exemplo, a construção de refinarias em regiões não econômicas, para estimular seu desenvolvimento, e o controle da inflação, mantendo os preços da gasolina e do diesel abaixo do valor de mercado", indica o relatório assinado pelas analistas Nymia Almeida e Kijana Mack.

Para a Moody's, a desaceleração econômica do País levou o governo a "depender mais pesadamente da Petrobras para controlar a política econômica". A estatal estaria "cerceada" também em seu Conselho de Administração, formado majoritariamente por executivos indicados pelo governo.

Segundo o relatório, um pedido de reajuste dos combustíveis foi negado em junho. Fontes próximas ao conselho confirmaram o pedido, tema considerado `recorrente' no colegiado.

"Os preços domésticos para a gasolina e diesel, que variaram entre 10% a 20% abaixo do preço internacional (dependendo da taxa de câmbio), coloca um obstáculo significativo na rentabilidade da Petrobras". A continuidade desta política, segundo o relatório, terá forte impacto sobre a área de refino e abastecimento, que já registrou perdas de R$ 4 bilhões no primeiro trimestre.

Custos

Na comparação com empresas da Venezuela, Argentina, México e Colômbia, a estatal brasileira também sai perdendo nos indicadores econômicos, como os níveis de endividamento e alavancagem, além do pagamento de lucros. "Todas as empresas que estudamos, exceto a Petrobras, têm fortes indicadores de lucros antes de impostos", indica o relatório.

Para a Moody's, os níveis de endividamento da Petrobras vão continuar a subir até 2016 e que uma melhora sustentável no fluxo de caixa da companhia ainda está "a alguns anos de distância, na melhor das hipóteses". A situação não é pior pois a estatal possui bom caixa, com US$ 35 bilhões registrados em março, e assim consegue boa cobertura das dívidas.

Ainda assim, a análise reforça a pressão sobre o aumento da produção, uma vez que condiciona um melhor fluxo de caixa e redução de indicadores de alavancagem ao sucesso do pré-sal. "A empresa continuará a gastar dinheiro e levantar quantias substanciais de dívida até que a produção do pré-sal comece a gerar significativo fluxo de caixa em 2016 e 2017."

Apesar da ressalva, a Moody's destaca o crescimento esperado para a produção da empresa, entre 5% e 10% anualmente, até 2017, atingindo um total de 3 milhões de barris de óleo equivalente por dia. O problema, segundo a Moody's, são os riscos e os altos custos operacionais relacionados à exploração em águas profundas.

"A produção offshore da companhia pressiona suas margens, enquanto a depreciação do real, a inflação e os custos brasileiros de equipamentos, serviços e mão de obra restringem a rentabilidade", indicam as analistas. "Mas esperamos que a taxa de aumento de custos desacelere com as iniciativas de cortes da empresa", completa.

Procurada, a estatal informou que não comenta avaliações de agências de classificação de risco. O relatório analisou a situação da Ecopetrol, sediada na Colômbia, da PDVSA, da Venezuela, a mexicana Pemex e ainda a YPF, da Argentina. Os destaques foram para a Colômbia, com estabilidade regulatória e boas condições fiscais, e para o México, que corre para abrir seu mercado a investidores estrangeiros.

A Moody's ressalta que nos próximos dois anos, as cinco empresas estatais gastarão mais de US$ 100 bilhões anualmente para financiar seus projetos. "As companhias vão usar dívidas para financiar esses programas agressivos de investimento, colocando riscos adicionais aos seus investidores", alerta a agência.

Uma sucessão de notícias econômicas ruins nas últimas semanas vem motivando discussões sobre uma possível recessão no Brasil este ano. Alfredo Coutiño, diretor para América Latina da Moody's Analytics, afirmou nesta terça-feira (22) que a probabilidade de o País ter dois trimestres consecutivos de contração no Produto Interno Bruto (PIB) este ano "está superando 50%".

Coutiño prevê que a economia brasileira tenha sofrido contração no segundo trimestre e que a fraqueza deve aumentar na segunda metade do ano.

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O economista também afirmou que o Banco Central terá uma missão difícil de comunicação pela frente, uma vez que os últimos números mensais de inflação mostraram desaceleração, mas o cenário anual continua mostrando sinais de pressão. "O Banco Central terá que comunicar a questão muito claramente para acalmar os mercados e convencer os participantes da inércia da inflação", afirmou.

O BC optou por manter a taxa básica de juros - a Selic - em 11% nas duas últimas reuniões, em um cenário de fraco desempenho econômico, apesar das pressões inflacionárias. Com informações da Dow Jones Newswires

O Tesouro Nacional aproveitou a reunião Anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para manter encontros de rotina com representantes das agências de risco. Neste sábado (29), as reuniões foram com Fitch e Moody's.

Esses encontros são rotineiros e os contatos do Tesouro com as agências são praticamente semanais. As conversas mantidas neste evento são, portanto informais, diferentemente das reuniões anuais com representantes do País.

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A agência de classificação de risco Moody's descartou comentar por agora o rebaixamento do rating soberano do Brasil, segundo sua assessoria de imprensa, anunciado na noite de segunda-feira, 24, pela Standard & Poor's. "A nota do Brasil é Baa2 com perspectiva estável", destacou a assessoria, afirmando que a agência não faria comentários ou outras declarações no momento a respeito.

A perspectiva "estável" indica que a tendência é de que o rating continue no mesmo nível e as probabilidades de rebaixamento ou elevação são semelhantes. O rating está na categoria "grau de investimento". A agência também não informa para quando estaria prevista uma reavaliação da nota de risco do Brasil. Em setembro de 2013, a Moody's alterou a perspectiva do rating brasileiro de positiva para estável.

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A Moody's rebaixou nesta terça-feira o rating de crédito da Telecom Itália de Baa3 para Ba1, com perspectiva negativa. O registro da agência de classificação de risco ocorre depois do fracasso da empresa em fortalecer seu balanço e após o anunciou de renúncia de seu presidente e CEO, Franco Bernabé.

"Estamos rebaixando os ratings da Telecom Italia, principalmente por causa da recente renúncia do CEO, que aumentou a incerteza sobre a capacidade da empresa em fortalecer seu balanço patrimonial de forma suficiente para mitigar a tendência de queda em suas receitas domésticas e Ebitda", disse Carlos Winzer, vice-presidente sênior da Moody's e analista líder da Moody's para a Telecom Itália.

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Além disso, a agência de classificação de risco atribuiu ao rating da companhia o grau especulativo. A perda do status de grau de investimento provoca o encarecimento dos empréstimos que forem solicitados pela empresa. A ação de rating conclui a revisão de possível rebaixamento iniciada pela agência em 8 de agosto de 2013.

A presidente da Petrobras, Graça Foster, reafirmou que a companhia não tem previsão para reajustar os preços dos combustíveis. "O ministro Lobão (das Minas e Energia) realmente declarou que seria possível um reajuste até o fim do ano, mas a Petrobras não tem previsão de data para reajuste", disse a jornalistas nesta segunda-feira(7), após participar de sessão solene no Senado em homenagem aos 60 anos da companhia.

Graça Foster disse que a Petrobras só vai se pronunciar sobre os consórcios que vão participar do leilão de Libra depois do dia 21 de outubro, após a abertura dos envelopes dos interessados na primeira concessão do pré-sal brasileiro. A executiva declarou ainda que a Petrobras está concentrada no leilão de Libra neste momento.

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A presidente da estatal foi questionada sobre os planos da companhia para o contrato de cessão onerosa e para o Campo de Franco. "Nós trabalhamos Franco e a cessão onerosa como rotina dentro da companhia. Mas hoje estamos focados no leilão de Libra", afirmou. "Cessão onerosa e Franco são um trabalho permanente e rotineiro, mas eu, por ora, me mantenho na reserva de dizer que estamos trabalhando Libra."

Segundo reportagem publicada no fim de semana pelo jornal O Globo, para reforçar o caixa da Petrobras, o governo estuda renovar imediatamente o contrato de cessão onerosa feito no processo de capitalização da empresa em 2010 e assegurar que a companhia tenha acesso total às reservas que foram cedidas, principalmente do Campo de Libra, o maior da cessão onerosa.

Moody's

Graça Foster disse ainda respeitar a avaliação da agência Moody's, que rebaixou a nota de risco de longo prazo da companhia, na semana passada, mas reconheceu que a mudança de patamar desagradou à companhia. "Ninguém gosta de nota baixa. Mesmo mantendo o grau de investimento, essa nova nota é um alerta, a Petrobras está atenta."

De acordo com a executiva, em poucos meses, a Petrobras poderá produzir mais com mais capacidade de refino e isso poderá influenciar as próximas avaliações da agência. "Respeitamos a Moody's e vamos cuidar melhor dos nossos indicadores", completou.

A Moody's anunciou nesta quinta-feira que revisou a perspectiva de rating de força financeira de banco autônomo de positiva para estável de três instituições financeiras brasileiras. Os bancos que tiveram a avaliação revisada foram o Bradesco, o Itaú Unibanco e Itaú BBA.

A agência de classificação de risco também alterou de positiva para estável a perspectiva de rating de depósito de longo prazo em moeda local e de rating de dívida de oito bancos brasileiros: Bradesco, Itaú Unibanco, Itaú BBA, Itaú Unibanco Holding, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Safra e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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Além disso, a Moody's revisou para estável, a partir de positiva, a perspectiva do rating de depósitos locais de longo prazo em moeda estrangeira e do rating de dívida sênior e subordinada de 10 instituições financeiras do país, sendo Bradesco, Itaú Unibanco, Itaú BBA, Itaú Unibanco Holding, Banco do Brasil, BNDES Caixa Econômica Federal, Safra, HSBC e Santander.

Estas revisões são divulgados depois que a agência de classificação de risco revisou a perspectiva do rating dos títulos de dívida do governo do Brasil para estável.

Ao mesmo tempo, a Moody's rebaixou o rating de depósito de longo prazo em escala global e de dívida de seis bancos brasileiros. A agência reavaliou o nível de capacidade do governo brasileiro para fornecer suporte sistêmico para esses bancos em caso de necessidade e isso contribuiu para o rebaixamento das notas.

Além disso, a agência de classificação de risco revisou de estável para negativa a perspectiva de rating de força financeira de banco autônomo do Banco do Brasil e colocou em revisão com possível rebaixamento os ratings de força financeira de banco autônomo, de depósitos de curto e de longo prazo e de dívida do Banco Votorantim.

Moody's anunciou, nesta quarta-feira (02),que manteve o rating dos títulos do governo do Brasil em Baa2, mas rebaixou as perspectivas para o rating de positiva para estável. Segundo relatório da agência de classificação de risco, a decisão de rebaixar as perspectivas do rating do Brasil foi determinada pelo fato de que as principais métricas de crédito estão se deteriorando, especialmente da dívida pública em relação ao produto interno bruto (PIB) e das relações de investimentos em relação ao PIB.

Além disso, também pesou para a decisão da Moody's as evidências de que a economia está passando por um período de baixo crescimento prolongado, tendo em conta a expectativa de que o PIB brasileiro irá registrar crescimento de pouco mais de 2% em 2013 e 2014.

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A deterioração da qualidade dos relatórios das contas públicas, bem como os recorrentes empréstimos do Tesouro aos bancos públicos também contribuíram para a revisão da perspectiva do rating do país.

A agência de classificação de risco Moody's considera que emissores de títulos de dívida do Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru estão bem preparados para enfrentar custos de captação maiores e menor disponibilidade de crédito à medida que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) reduzir gradualmente a política de flexibilização quantitativa.

Esses países e seus sistemas bancários conquistaram maior idoneidade creditícia, o que também dá suporte para a qualidade de crédito das empresas e para outros emissores de títulos nesses mercados, afirma a Moody's Investors Service em um novo relatório sobre a América Latina.

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"A região está mais resistente aos aumentos nas taxas de juros e fluxos de saída de investimentos do que estava durante as crises financeiras da década de 1990 e do início da década de 2000", disse Mauro Leos, vice-presidente da Moody's e um dos autores do relatório, em nota distribuída pela agência de rating.

Segundo Leos, "embora o ambiente em transição não afete todos os emissores na América Latina de maneira uniforme, a qualidade de crédito dos emissores soberanos, Estados e municípios, bancos, empresas e emissores de infraestrutura mais robustos da América Latina deve se mostrar duradoura".

A Moody's diz que o custo de captação nos cinco principais emissores soberanos da América Latina (Latam 5) - Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru - deve aumentar entre 100 pontos-base e 150 pontos-base nos próximos 12 a 18 meses.

A Moody's considera o México como o mais exposto à redução dos fluxos de capital, o que provavelmente ocorrerá na era após a retirada dos estímulos à economia dos EUA, em função das grandes entradas de capital no México durante o período de flexibilização quantitativa.

A agência afirma ainda que embora os bancos no Latam 5 tenham aumentado sua exposição aos mercados de capitais para sustentar o crescimento dos financiamentos, considera seu risco de crédito limitado. "Os bancos não dependem de mercados externos para captação; ao contrário, a captação está baseada em grande parte nos depósitos domésticos e amplo acesso à liquidez local", diz a Moody's.

A força de crédito dos emissores soberanos do Latam 5, bem como dos bancos, deve sustentar a qualidade de crédito corporativo, afirmou a Moody's. De acordo com a agência, um motivo para tanto é que a ampla maioria aproveitou a acomodação dos mercados de capitais e taxas de juros baixas para refinanciar dívida, minimizando o risco que o refinanciamento normalmente oferece.

A qualidade do crédito nas empresas não financeiras do Brasil deve continuar estável nos próximos 12 meses, afirmou a agência de classificação de risco Moody's, em relatório divulgado nesta terça-feira, 23. Segundo a Moody's, a depreciação do real e a liquidez corporativa adequada devem ajudar a mitigar o fraco crescimento econômico do país e a alta da inflação.

"Apesar de o fraco crescimento e alta inflação possivelmente pressionarem a performance operacional de muitas empresas no próximo ano, seus níveis adequados de liquidez vão ajudá-las a superar a volatilidade econômica e do mercado", disse a analista da Moody's Bárbara Mattos.

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Ela alerta, porém, que a recuperação econômica do Brasil enfrenta alguns riscos. Apesar de as previsões para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2% a 2,5% em 2013 e 3% em 2014 serem uma melhora em relação ao crescimento de 0,9% no ano passado, as expectativas têm gradualmente se deteriorado. O relatório destacou ainda que os recentes protestos no País podem reforçar as percepções negativas do mercado.

Segundo a agência, a depreciação do real vai ajudar os exportadores brasileiros nos próximos meses, tornando seus produtos mais competitivos e aumentando suas receitas em moeda local. No entanto, companhias com dívida significativa denominada em dólar verão seus níveis de alavancagem subir.

Mattos afirmou que a crescente capacidade de produção e a reduzida demanda da China farão com que os preços das commodities caiam ou se mantenham estáveis no Brasil. "Os preços mais baixos vão beneficiar as companhias com entradas de commodities, como frigoríficos, mas vão prejudicar aquelas do setor de açúcar e etanol, metais básicos e celulose", disse a analista, acrescentando que a depreciação do real deve mitigar em parte esse impacto.

A Moody's afirmou também, em seu relatório, que o acesso das empresas brasileiras aos mercados de capitais pode se apertar devido às incertezas sobre o crescimento econômico do País e sobre taxas de juros ao redor do mundo. "Apesar de termos perspectivas estáveis para 74% das empresas não financeiras do Brasil, 20% dos emissores brasileiros enfrentam pressões de perspectivas negativas ou revisão para possível rebaixamento", disse Bárbara.

A Moody's atribuiu neste domingo (14) rating B1 à dívida do governo da Sérvia. O rating tem perspectiva estável. De acordo com a agência de classificação de risco, a nota foi determinada pelo aumento do déficit fiscal e dos níveis de endividamento do país. Além disso, as perspectivas de crescimento moderado no curto prazo e o expressivo déficit em conta corrente contribuíram para a decisão.

A perspectiva estável para o rating da Sérvia reflete a expectativa da Moody's de que as métricas de crédito do país permanecerão dentro da faixa para os países B1. Essa expectativa é baseada em melhorias previstas com a adesão à União Europeia (UE), contrabalançando com um Produto Interno Bruto (PIB) enfraquecido.

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A agência de classificação de risco Moody's rebaixou o rating da OGX Petróleo e Gás Participações de B2 para Caa2 com perspectiva negativa. A decisão conclui uma revisão que havia sido iniciada em 9 de abril deste ano, informou a Moody's em um comunicado.

"O rebaixamento do rating da OGX foi guiado pela fraca resposta da produção de petróleo e pelos fracos fluxos de caixa, que afetam negativamente a cobertura de ativos dos bônus não segurados seniores da companhia", comentou Gretchen French, vice-presidente da Moody's. "A perspectiva negativa reflete o perfil de liquidez limitado da OGX até 2014", acrescentou.

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A Moody's colocou em revisão para possível rebaixamento os ratings da Desenvix de Ba3 em escala global e A2.br na escala nacional brasileira. Outras notas colocadas em revisão, para possível rebaixamento, foram o B1 em escala global e Baa1.br na escala nacional brasileira, referente a emissão de R$ 100 milhões em debêntures amortizáveis, emitidas em dezembro de 2012 com vencimento final em quatro anos.

A revisão dos ratings da Desenvix, segundo a Moody's, foi desencadeada pela recente deterioração inesperada nos indicadores de crédito da companhia, "bem como por uma piora na liquidez em um momento onde o regulador Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) poderia potencialmente aplicar multas a Desenvix".

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A agência de classificação de risco também enfatizou que o desempenho operacional e financeiro da companhia em 2012 foi mais fraco do que o previsto por conta das despesas financeiras mais altas e interrupção das operações da subsidiária Enercasa durante boa parte do ano.

Sobre a Enercasa, a Moody's relembra que, apesar da falha na produção de energia, a companhia recebeu o valor contratual integral da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Em consequência, a Aneel determinou reembolso de R$ 22 milhões, realizado em maio, além de multa de R$ 11 milhões pelo descumprimento do contrato de fornecimento, assunto ainda em discussão.

Há ainda obrigação de R$ 103 milhões da Desenvix com fornecedores. "Independente do resultado das atuais negociações com os fornecedores, parece que essa dívida não representará um desembolso de caixa imediato. No entanto, Moody's não elimina a possibilidade de longas discussões, o que poderia eventualmente ser decidido em juízo.

O ministro das Finanças da Irlanda, Michael Noonan, disse que está confiante que a agência de classificação de risco Moody's elevará o rating do país. "Nós tivemos uma série de créditos de reforço desde janeiro", justificou, citando impostos sobre propriedade e venda de ativos de bancos.

"Está tudo caminhando na direção de melhorar a posição de crédito da Irlanda, então eu tenho certeza que a Moody's irá refletir essa perspectiva em suas avaliações, como outras agências de classificação fizeram anteriormente", afirmou Noonan a jornalistas em Dublin, onde ocorreu neste sábado o encontro entre ministros da Finanças dos países pertencentes à zona do euro.

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A Moody's informou, no final de março, que apesar dos progressos da Irlanda em recuperar o acesso ao mercado, aderiu-se ao rating Ba1 com perspectiva negativa para o país. A agência de classificação sustenta que a crise da dívida da zona do euro continua a pesar sobre sua classificação irlandesa. As informações são da Dow Jones.

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