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Cerca de 300.000 residentes de Toronto ficaram sem luz nesta terça-feira (9) em consequência das chuvas torrenciais e inundações que afetam a maior cidade do Canadá.

A companhia Toronto Hydro anunciou que restabeleceu o serviço para 40.000 usuários afetados pela inundação de duas centrais elétricas, informou a cadeia CBC. As águas inundaram estações de metrô e rodovias, forçando os motoristas a ficarem presas em seus automóveis. A CBC afirmou que 1.400 passageiros ficaram bloqueados em um trem por causa das águas e foram resgatados pelos bombeiros.

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Aliança Francesa do Recife receberá, em sua unidade Derby, a exposição fotográfica “Réflexions Chantelloises Opus 10”, de Marcus Brandão. A mostra ilustra a paixão do fotógrafo pernambucano, residente na França, pela mistura captada pelos reflexos, capazes de unir ambiente, objetos e pessoas em uma realidade. A mostra que começa no dia 4 de julho conta com 15 fotografias em exposição, com entrada franca.

Marcus Brandão capta a profunda unidade dos ambientes e entrelaça-os em uma nova dimensão: o bailarino torna-se árvore, os cabelos são o vento, a grama abraça as nuvens. Toda a magia sem alteração no computador, as imagens são exatamente o que Marcus Brandão fotografa. A exposição segue até o dia 26 de julho. 

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Serviço

Réflexions Chantelloises Opus 10

4 a 26 de julho | 19h30

Aliança Francesa Derby (Rua Amaro Bezerra, 466 - Derby)

Gratuita

(81) 3202 6262

O norte da Alemanha e a Hungria seguiam lutando nesta sexta-feira contra as inundações históricas que também afetam várias regiões da Europa Central e que forçaram a retirada de milhares de pessoas. Desde o início das inundações 12 pessoas morreram, oito delas na República Tcheca, onde as enchentes provocaram perdas bilionárias com casas destruídas, fábricas alagadas e infraestruturas devastadas.

Na Alemanha, o presidente da Câmara de Comércio e Indústria, Eric Schweitzer, lembrou que em 2002 as inundações custaram 11 bilhões de euros à economia. "Em algumas regiões, a amplitude dos danos vai superar os de 2002", afirma Schwitzer.

A situação era particularmente inquietante nas margens do Elba e em seus afluentes, onde cidades invadidas ou ameaçadas pelas águas foram, em grande parte, esvaziadas. A dificuldade na grande cidade operária de Bitterfeld, conhecida pela indústria química, e na pequena cidade de Muhlberg preocupava as autoridades.

Muhlberg, de 4.000 habitantes, situada a 150 km de Berlim, ainda não havia sido invadida pela água, mas o Elba já alcançava a cota de 9,89 metros, apenas 10 cm abaixo da altura dos diques.

Caminhões e jipes da Bundeswehr e da Cruz Vermelha estavam estacionados na entrada da cidade transformada em campo entrincheirado, onde dezenas de voluntários tentavam empilhar sacos de areia o mais rápido possível. "Temos medo. Mas devemos esperar aqui porque temos animais", disse à AFP Silke Christen, de 47 anos.

Na Baixa Saxônia, perto de Lunebourg, centenas de militares e voluntários civis trabalharam juntos durante toda a noite para reforçar os diques com sacos de areia. No total, 11.300 soldados alemães foram mobilizados em seis regiões.

Já na Hungria, o rio Danúbio crescendo e três cidades localizadas 50 km rio acima de Budapeste - Kisoroszi, Domos e Pilismarot - estavam cercadas pela água.

A situação é crítica em Gyorujfalu, um povoado de 1.500 habitantes perto de Gyor, onde um desabamento de terra enfraqueceu um dique de proteção, o que exigiu a mobilização urgente de 400 soldados para estabilizá-lo.

Um potente terremoto de magnitude 6,6 que atingiu na manhã deste sábado o sudoeste da China deixou ao menos 157 mortos e mais de 5.700 feridos, segundo as autoridades locais, que enviaram à região milhares de soldados para ajudar nas operações de resgate.

O tremor ocorreu ao pé do planalto tibetano, na província de Sichuan, uma região com forte atividade sísmica que já foi devastada em 2008 por um potente terremoto.

O terremoto durou cerca de trinta segundos. Seu epicentro se situou perto da cidade de Ya´an e surpreendeu a população pouco depois das 08h00 locais.

Ao menos 10.000 casas ficaram destruídas ou seriamente danificadas pelo tremor, informou o governo de Sichuan, ao mesmo tempo em que as equipes de socorro buscam sobreviventes sob os escombros.

Mais de 260 réplicas sísmicas ocorreram durante o dia, indicou o Diário do Povo em seu site.

A agência de notícias oficial indicou que o tremor deste sábado alcançou uma magnitude de 7 graus, enquanto o Instituto Geofísico dos Estados Unidos (USGS) registrou um terremoto de magnitude 6,6. A profundidade foi estimada em 12 km, uma distância muito pequena, o que favorece a ocorrência de muitos danos.

Imediatamente após o tremor, centenas de pessoas em pânico saíram às ruas, informaram testemunhas.

"Os membros da minha família já estavam em suas camas quando começaram os fortes tremores, os armários começaram a sacudir. Colocamos nossas roupas e corremos para fora", disse um morador de Chongqing que se identificou como Wang.

Aproximadamente 6.000 soldados e agentes da polícia foram enviados com urgência à região para ajudar nos resgates, e a força aérea passou a utilizar seis aviões não tripulados (drones) para tirar imagens aéreas e planejar as ações de auxílio, informou a Nova China.

Com muitas rotas bloqueadas por deslizamentos de terra e rochas, um caminhão com soldados do exército caiu em um penhasco, provocando a morte de um soldado e deixando outros sete feridos.

As primeiras fotos tiradas após o terremoto mostravam edifícios destruídos e muitos escombros nas ruas.

Os 140 km de estrada entre a capital provincial, Chengdu, e Ya'an, a localidade mais próxima ao epicentro do tremor, foram bloqueados à circulação de particulares, sendo reservados apenas às ambulâncias e caminhões do exército ou a outros veículos de auxílio, constatou a AFP.

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, chegou a Sichuan na tarde deste sábado e visitou as regiões afetadas a bordo de um helicóptero.

"A vida é o mais importante e nossa prioridade absoluta é salvar vidas", disse Keqiang, para quem "as primeiras 24 horas são cruciais" para salvar pessoas.

O presidente russo, Vladimir Putin, enviou um telegrama de pêsames ao presidente chinês e afirmou que a Rússia está preparada para dar toda a ajuda necessária à China, anunciou o Kremlin.

A província de Sichuan, uma das mais povoadas da China, com 80 milhões de habitantes, foi devastada por um tremor em 2008 que deixou cerca de 87 mil mortos e desaparecidos.

O terremoto foi sentido fortemente em Chengdu, a capital provincial de Sichuan, e até mesmo na vizinha metrópole gigante de Chongqing, um município que abriga 33 milhões de pessoas.

Bertrille Snoeijer, uma holandesa que mora em Chengdu, estava em sua casa quando ocorreu o tremor. "Pouco depois das 08h00, tudo começou a tremer, os objetos caíram", contou à AFP.

Assim como seus vizinhos, a holandesa saiu para a rua.

Na região mais afetada pelo tremor, as comunicações telefônicas estavam cortadas ou fortemente afetadas.

Estudantes estavam presos sob um edifício universitário que desabou em Ya'an, indicou o site de informação Sina.com.

Aos sábados, os estudantes chineses em geral não têm aula, com exceção de alguns institutos de ensino médio. Uma jornalista do canal de televisão local iria se casar neste sábado, mas precisou trabalhar ao vivo para cobrir a catástrofe, vestida de branco, segundo uma foto sua que circulava na internet.

Pouco depois do terremoto de 2008, a qualidade da construção das escolas em Sichuan foi muito criticada. Familiares em luto e com raiva exigiram a verdade e quiseram entender as razões pelas quais os prédios que abrigavam suas crianças desabaram com facilidade, enquanto outros edifícios oficiais resistiram.

O Japão não pretende interromper a pesca das baleias, uma atividade "que faz parte da nossa cultura", afirmou nesta terça-feira (26) à AFP o ministro da Agricultura e da Pesca, enquanto diversos incidentes recentemente opuseram pescadores japoneses e defensores destes animais.

"É cultural e uma longa tradição histórica. O Japão é uma ilha e pescar boas proteínas do oceano é importante para nossa alimentação. É muito importante para a segurança alimentar", disse Yoshimasa Hayashi em entrevista.

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Quando perguntado se o Japão poderia vislumbrar o fim desta prática, muito criticada por diversos países, Yoshimasa Hayashi respondeu: "Acredito que não".

"Eu venho de Shimonoseki", lembra, evocando a cidade portuária do oeste do país, de onde partem muitos baleeiros japoneses para a pesca anual na Antártica.

"Nós nunca dissemos que todo mundo devia comer baleia. Porque não podemos ao menos estar de acordo em nosso desacordo? Nós temos este hábito e vocês não", argumentou o ministro.

Para Hayashi as críticas internacionais contra o Japão "são ataques culturais, preconceitos contra a cultura nipônica". "Em alguns países come-se cachorro, na Coreia por exemplo, na Austrália come-se canguru. Nós não comemos estes animais, mas não pedimos para que estes países deixem de fazê-lo porque entendemos que isso faz parte de suas culturas. Então eu peço: por favor, entendam a nossa".

Sobre a Comissão Internacional da Baleia (CIB), a posição do Japão "nunca mudou. É por isso que eu não acredito que o Japão vai proibir a pesca de baleias", explicou.

Os baleeiros japoneses e os barcos da associação ambientalista Sea Shepherd se chocaram novamente na Antártica. Um acusa o outro de ter começado a agressão.

O Japão caça baleias em virtude de uma tolerância da Comissão Internacional da Baleia para a pesca com fins de pesquisa, ainda que a carne destes animais termine nos açougues. O organismo internacional condena qualquer pesca de baleia para fins comerciais.

Um tornado deixou um rastro de destruição no Estado do Mississippi nesta segunda-feira, arrancando árvores, telhados e deixando pelo menos 60 pessoas feridas. O governador Phil Bryant planeja visitar a cidade de Hattiesburg, uma das mais afetadas.

O governador disse nesta segunda-feira que além dos mais de 60 feridos, 200 casas e residências móveis (trailers) foram danificadas ou completamente destruídas. Segundo ele, não há registro de mortes, graças, em parte, ao fato de que as sirenes tocaram meia hora antes da chegada do tornado, permitindo que os residentes fossem para áreas mais seguras. As informações são da Associated Press.

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Uma forte tempestade atinge neste sábado, pelo segundo dia consecutivo, o nordeste dos Estados Unidos, provocando a morte de ao menos duas pessoas e paralisação nos transportes e cortes de energia, que afetam meio milhão de habitantes.

O fenômeno gera nevascas de 46 centímetros nos Estados de Nova York e Connecticut, interrompendo o funcionamento de aeroportos e rodovias, e deixando milhões de pessoas bloqueadas.

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A queda de neve começou na sexta-feira à tarde e deve parar na tarde deste sábado nesta região dos Estados Unidos onde vive cerca de 40 milhões de pessoas. A neve está acompanhada em alguns lugares por ventos tão intensos quanto os de um furacão. Na ilha de Nantucket foram registradas rajadas de 119 km/hl.

A tempestade já deixou dois mortos. Uma jovem perdeu o controle de seu carro em uma rodovia perto de Poughkeepsie, Nova York, matando um homem de 74 anos que caminhava sobre a neve.

Em Auburn, New Hampshire, um homem morreu ao perder o controle de seu veículo e bater contra uma árvore.

O serviço meteorológico nacional (NWS) prognosticou até 60 centímetros de neve e possíveis ventos de 110 km/h de Nova Jersey até o Maine, na fronteira com o Canadá, em uma faixa litorânea que inclui os estados de Nova York, Connecticut, Rhode Island e Massachusetts.

As companhias aéreas suspenderam seus voos que decolariam ou aterrissariam dos três aeroportos de Nova York (JFK, La Guardia e Newark) devido à grande tempestade.

Apesar da suspensão de todos os voos, os aeroportos continuavam tecnicamente abertos, informou à AFP um porta-voz da autoridade aeroportuária.

Mais de 4.500 voos foram cancelados entre sexta-feira e sábado nos aeroportos do nordeste dos Estados Unidos, segundo o site especializado Flightaware.com.

Cerca de 1.500 cancelamentos correspondiam a voos nos três aeroportos nova-iorquinos.

Por outro lado, os trens que partiam de Nova York para Washington foram suspensos, indicou a companhia ferroviária Amtrak. Também foram suspensos os trens que circulavam entre Nova York e Boston, onde os transportes públicos foram interrompidos e escolas fechadas.

Além disso, 500.000 pessoas ficaram sem eletricidade neste sábado, sendo que 389.000 em Massachusetts, 117.000 em Rhode Island e 35.000 em Connecticut.

Cinco estados declararam estado de emergência, que permite uma maior flexibilidade na hora de movimentar recursos locais: Massachusetts, Rhode Island, Connecticut, Nova York e Maine.

Em uma decisão controvertida, o governador de Massachusetts, Deval Patrick, proibiu por tempo indeterminado a circulação de automóveis para facilitar as operações de socorro e limpeza da neve. Em Connecticut e Rhode Island, a circulação também foi proibida, mas apenas nas rodovias.

Em Nova York, onde a neve caiu continuamente na tarde e noite de sexta, os serviços meteorológicos anunciaram possíveis acúmulos e 25 a 35 cm.

Em alguns supermercados já há falta de produtos básicos, e longas filas se formavam diante dos postos de gasolina.

O prefeito Michael Bloomberg, criticado por sua lenta resposta a outra tempestade similar em 2010, recomendou aos nova-iorquinos que estoquem produtos de primeira necessidade e fez referência a possíveis cortes de energia.

Pediu que a população não entre em pânico por causa de uma possível falta de gasolina, já que as reservas são suficientes e isso não deve ocorrer.

A Fashion Week, que está em seu apogeu, manteve os desfiles, mas por não ter recebido alguns acessórios, o estilista Marc Jacobs adiou seu desfile até quinta-feira.

De Nova Jersey até o Maine, na fronteira com o Canadá, as autoridades reuniram toneladas de sal, organizaram centros de distribuição e multiplicaram os pedidos de prudência.

A tempestade também paralisou os transportes aéreos em várias cidades canadeneses.

Piranhas voltaram a atacar banhistas no balneário de Rancharia, no Oeste de São Paulo. Cerca de 14 pessoas foram mordidas no domingo (20). Os bombeiros socorreram a maioria dos feridos. "Fizemos curativos em nove pessoas com cortes nos pés e nos dedos. Elas (piranhas) arrancam o couro e fazem cortes profundos. No fim do ano passado houve um caso de mutilação", diz Edison de Souza Melo, de 44 anos, cabo do Corpo de Bombeiros da cidade. Outras cinco vítimas foram atendidas na Santa Casa.

Os bombeiros aconselham os banhistas a não nadar na represa: "Não devem entrar na água, as piranhas estão em todo o lago", avisa o cabo. Além de cinco placas, a prefeitura colocou faixas alertando sobre o perigo. Um carro de som também alerta os banhistas. Um biólogo deverá analisar a situação esta semana. Desde o fim do ano passado, cerca de 40 pessoas foram atacadas no balneário, muito procurado por turistas nos fins de semana e feriados.

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Produtores de energia e de minério de ferro no oeste da Austrália estão tomando precauções antes da chegada do ciclone tropical Narelle, que deve atingir a região de Pilbara, rica em recursos naturais, até o fim de semana. Existe a possibilidade de que ele ameace a produção de petróleo e gás nos próximos dias.

A Rio Tinto, maior exportadora australiana de minério de ferro, suspendeu o carregamento de sua produção nos portos de Dampier e Cape Lambert, devido à chegada da tempestade, segundo informou a empresa em um comunicado.

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O grupo norte-americano de energia Apache também já se prepara para a chegada do ciclone próximo às suas produções de petróleo e gás. "Alguns campos de petróleo estão sendo fechados, enquanto a produção de gás deve continuar", afirmou um porta-voz da empresa, que também está retirando alguns funcionários de suas operações na costa.

Já a Chevron está se preparando para garantir a segurança em Barrow Island, onde investe em um projeto de exportação de gás de 52 bilhões de dólares australianos.

Os meteorologistas australianos alertaram que ventos de até 100 quilômetros por hora são esperados na costa oeste do país nesta sexta-feira, e devem se intensificar no sábado. As informações são da Dow Jones.

©AFP / Str

Ruas de Hanoi alagadas por tufão

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HANOI (AFP) - Ao menos quatro pessoas foram mortas durante a passagem do tufão Kai-Tak, que atingiu na noite de sexta-feira o norte do Vietnã, incluindo Hanói, de acordo com autoridades.

O tufão foi rebaixado para uma tempestade tropical neste sábado, mas continua a trazer fortes chuvas para o norte do país, em locais já inundados.

Em Hanói, um motorista de táxi foi esmagado por uma árvore. Duas pessoas foram eletrocutadas por um cabo de energia arrebentado pelo vento na província de Son La.

Em Bac Giang, perto da capital, uma mulher foi morta pelo deslizamento de uma colina sobre sua casa durante a noite, de acordo com o site VNExpress.

Cerca de 11.000 barcos, incluindo os da famosa Baía Ha Long, classificada pela UNESCO como Patrimônio Mundial, receberam ordem de permanecer no porto. O exército mobilizou 20.000 soldados para ajudar no socorro das populações afetadas, com helicópteros e canoas.

Kai-Tak já tinha varrido esta semana a ilha de Luzon, a principal das Filipinas, matando quatro pessoas.

A Rio+20 terminou na última sexta-feira (22), mas os olhos do mundo ainda estão voltados para o futuro do planeta. E não vai ser diferente no mercado de trabalho, as profissões do futuro também se concentram nas áreas da sustentabilidade. E quem vai cuidar dessa realidade são os profissionais do meio ambiente. Em pouco tempo os técnicos em meio ambiente vão fazer parte de um mercado bastante concorrente, segundo especialistas.

Visando as oportunidades do futuro foi que Mariana Palha, estudante da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFPE), decidiu fazer engenharia agrícola e ambiental. “Sempre acompanhava os noticiários ligados à sustentabilidade, então decidi fazer o curso, porque eu iria ajudar ao meio ambiente e iria ter muitas oportunidades no mercado”. 

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A Coordenadora de Engenharia Ambiental da UNINASSAU, Adriane Mendes, garante que já é grande a procura desses profissionais. “Hoje em dia, as empresas são cobradas legalmente sobre práticas de gestão ambiental, e só quem pode oferecer essa gestão é o profissional formado em engenharia ambiental, que passa cinco anos no curso e sai da universidade com formação para trabalhar em todos os parâmetros químicos e físicos do meio ambiente”, acrescenta.

Para quem não sabe, a principal função desse profissional é cuidar do controle ambiental das atividades humanas, ajudando a preservar os recursos ambientais, tais como a água, o solo, o ar, a vegetação e a fauna. De modo geral, tanto no âmbito público como privado, sua atuação deve atender aos objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente. Além disso, deve também atender às preocupações ambientais mais amplas, consideradas em tratados internacionais como exigências relativas ao clima da terra.

Os engenheiros ambientais podem trabalhar nas áreas de concentração de Gestão Ambiental ou Tecnologia Ambiental. Podem atuar ainda como engenheiros de projeto ou em funções técnicas e administrativas, como gerentes executivos, em empresas privadas ou instituições governamentais ou não governamentais.

Mas, não são apenas os engenheiros ambientais que estão ou irão estar em alta no mercado. São muitas as profissões ligadas ao tema do meio ambiente que estarão em alta, entre elas estão o técnico em meio ambiente, o coodernador de tratamento de água, gerente de eco-relações, urbanista, designer de produtos sustentáveis, advogado ambiental, gestor de turismo, agroecologia, educação especial, entre outros - muitas dessas não existem na prática, mas Adriane Mendes afirma que esses profissionais são o futuro do planeta. “ E para existir o futuro, eles precisam existir”, enfatiza.

A profissão da vida. Essa frase caracteriza o trabalho de quem é bacharel em biologia, ou seja, o biólogo. De acordo com a coordenadora do curso na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Jacilene Almeida, “biólogo é aquele que estuda a vida e atua desde laboratórios até em atividades de campo”. A profissão desenvolve nas pessoas a capacidade de realização de estudos através de atividades científicas, pesquisando sobre a vida humana, dos animais, das plantas, entre outras ações.

“Um médico quando erra pode acabar com uma vida. Um engenheiro quando erra pode matar muitas pessoas. Um biólogo quando erra pode exterminar a humanidade”, considera Jacilene, chamando a atenção sobre a responsabilidade do profissional. Ela também alerta que o biólogo precisa ter ética, procurando desenvolver trabalhos em prol do bem dos seres vivos. “Ele tem que ter muita ética e saber trabalhar com consciência, pensando em soluções que contribuam para a existência dos seres vivos”, salienta.
 
A coordenadora também explica como são algumas das atividades dos biólogos, uma vez que o campo de trabalho é muito amplo. “Há aqueles que atuam em laboratórios, nas áreas de micologia, estudando fungos, plantas, patologia, análise clínicas, que são exames laboratoriais. Existem também os que trabalham em zoológicos, jardins botânicos, museus de referência, que são atividades de campo. Em fim, existe um leque amplo de oportunidades”, explana.
 
Licenciatura e bacharelado
Ciências biológicas, no âmbito das graduações, possuem os cursos de licenciatura e o bacharelado. Porém, existem diferenças entre as duas metodologias, que atribuem aos cursos práticas diferentes. “O licenciado têm carga horária de aulas práticas muito menores do que o bacharelado. Eles são preparados para transmitir conhecimento, e não para aplicar as teorias. No entanto, eles têm disciplinas voltadas para a prática de ensino”, explica a coordenadora.
 
A graduação de um bacharel em biologia é mais voltada para a prática, segundo Jacilene. “O curso tem teoria e mais aulas de campo e laboratório, e possui muita carga horária prática. O bacharel pode trabalhar, por exemplo, com genética, vigilância sanitária, análise clínica, patologia médica, zoológicos, e muitas outras atividades de campo e pesquisa. Eles aplicam muito mais os estudos”, exemplifica a profissional.
 
Vivendo a profissão da vida
Formada desde o ano de 2006 pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Marina Falcão, 30, é bióloga e diz como decidiu seguir a profissão. “Eu sempre tive ligação com a natureza, e já pensava em fazer biologia. Quando comecei o curso, ampliei os meus conhecimentos sobre a profissão. Por isso optei por ser bióloga”, relata Marina. Em 2009, ela passou em um concurso para trabalhar no Parque de Dois Irmãos, que fica no Recife.
 
O trabalho de Marina não se limita apenas com os animais, mas se expande para toda a área ambiental e botânica do parque. “No zoológico, a gente é responsável pela vida dos animais. Também passamos para o público a importância da preservação das espécies. Como o parque é uma unidade de conservação, nós também cuidamos da Mata Atlântica em torno do zoológico, entre outras coisas”.



Marina também conta que antes de entrar no Dois Irmãos, ela fez pesquisas de campo e se capacitou na área. “Depois do curso eu fiz projetos de campo e me especializei em gestões de políticas ambientais. Essas atividades foram de suma importância para a minha carreira”, avalia a profissional.

Para ela ser bióloga representa ajudar a melhorar a qualidade de vida de tudo o que é vivo. “Nós melhoramos a qualidade de vida dos animais, das pessoas e das plantas. É um sentimento único de trabalhar com a vida, e isso é prazeroso”, descreve a profissional.

E o mercado de trabalho?
De acordo com Marina, em Pernambuco, o campo de trabalho em biologia ainda está atrasado, no sentido de realização de estudos e pesquisas. Entretanto, ela salienta que a exigência pela certificação ambiental, que é uma política exigida para as empresas, no sentido de gerir questões de preservação ambiental, vem absorvendo muitos biólogos. “As empresas têm que ganhar a certificação ambiental e os biólogos são contratados na função da auditoria ambiental. Eles trabalham para que as empresas desenvolvam suas atividades, ao mesmo tempo em que pensam em sustentabilidade”, relata.

Já para profissionais que querem atuar na natureza, as áreas são mais difíceis. “O campo de trabalho é mais restrito, porque existem poucos locais de pesquisa e aplicação dos estudos. Mas, fora do Brasil existem muitas oportunidades de pesquisa”, comenta. Apesar dessas dificuldades, Marina receita como se destacar no mercado. “O principal é estar se atualizando. É importante se capacitar cada vez mais. Para quem tem o sonho de ser biólogo, se você tem afinidade, entre no curso. Tudo vai depender do seu esforço”, diz.

Segundo a secretaria do Conselho Regional de Biologia (5ª região - Pernambuco), até o momento, não existe um levantamento sobre quantos biólogos existem em Pernambuco, bem como de quantos profissionais formados estão atuando na área.

Futura bióloga
Nichelle Oliveira (foto à direita) tem 23 anos e está no terceiro período do curso. Ela já tem formação técnica em enfermagem, mas também escolheu a biologia. “Pensei em estudar biologia sem sair da área de saúde. Ainda tive a oportunidade de estagiar no zoológico e me apaixonei de vez pela área"..

A jovem revela que apesar de gostar muito do curso, existem algumas cadeiras que para ela são difíceis. “Tem assuntos que exigem cálculos. Tudo que tem cálculo me aperreia”, brinca Nichelle.

De fato, a estudante quer seguir a carreira e descreve a profissão como um elo existente entre a biologia e com a natureza. “Natureza é tudo. Nós fazemos parte dela e temos que preservar tudo".

 


    
 

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