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Uma semana após um forte terremoto atingir o Nepal, a polícia afirma que o número de mortos no desastre já passa de 6.600. O vice-inspetor geral da polícia de Katmandu, Kamal Singhbam, afirmou neste sábado (2) que 6.624 pessoas morreram nos tremores de 25 de abril.

Singhbam afirmou também que 14.025 pessoas ficaram feridas no terremoto de magnitude 7.8, o pior a atingir o Nepal em mais de 80 anos. Equipes de busca e resgate ainda trabalham para retirar os corpos dos escombros, mas há pouca esperança de encontrar sobreviventes.

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O governo do país renovou seu apelo a doadores internacionais para o envio de tendas para o abrigo temporário de pessoas, além da armazenagem de grãos, sal e açúcar. O país pediu também doações em dinheiro, caso não seja possível o envio de alimentos. "Recebemos coisas como atum e maionese. De que isso nos adianta? Precisamos de grãos, sal e açúcar", afirmou o ministro das Finanças, Ram Sharan Mahat. Fonte: Associated Press.

Por volta 1 mil europeus no Nepal ainda não chegaram em suas embaixadas desde o forte terremoto que atingiu o país asiático no final de semana, que causou mais de 6,2 mil mortes, segundo a União Europeia. O embaixador da UE para o Nepal, Rensje Teerink, disse que "obviamente isso não significa que eles estão mortos, apenas indica que eles não deram um retorno". A maioria das pessoas não contabilizadas eram turistas e aventureiros e é praticamente impossível manter o controle porque muitos não se registram em suas embaixadas.

Enquanto países ao redor do mundo tentam localizar seus cidadãos que estavam na região no momento do terremoto, voluntários humanitários seguem buscando sobreviventes e tentando ajudar os desabrigados. Líderes nepaleses e estrangeiros também trabalham para levar ajuda aos necessitados, mas a escala da devastação desafia qualquer governo, segundo a chefe humanitária da ONU, Valerie Amos.

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Após realizar uma visita aérea nesta sexta-feira a algumas das aldeias isoladas do Himalaia, Valerie disse que os trabalhadores humanitários enfrentam "imensos desafios logísticos" tentando conseguir ajuda especialmente para as aldeias montanhosas onde os helicópteros não conseguem pousar e algumas estradas foram destruídas. "É claro que estamos preocupados que está levando muito tempo para chegar às pessoas que precisam desesperadamente de ajuda. Algumas dessas aldeias estão praticamente destruídas. Mas é muito, muito difícil ver como nós vamos chegar a eles", afirmou.

Ao analisar as localidades mais atingidas pelo terremoto, a Organização Mundial de Saúde informou que encontrou alguns hospitais danificados ou destruídos, mas a maioria está lidando bem sem pessoal extra ou o número necessário de leitos. No entanto, destacou que eles têm necessidade de medicamentos essenciais, equipamentos e materiais.

Por outro lado, o governo nepalês renovou seu apelo por doações de tendas e lonas para abrigos temporários, assim como grãos, sal e açúcar. O governo também pediu dinheiro para ajudar com os esforços de ajuda, caso os doadores não possam enviar imediatamente os artigos que são imediatamente necessários depois do terremoto do último final de semana. "Recebemos coisas como atum e maionese, mas precisamos de grãos, sal e açúcar", disse o ministro das Finanças, Ram Sharan Mahat. De acordo com ele, o governo decidiu isentar de impostos as tendas e lonas. Segundo o governo, o Nepal precisaria de 400 mil tendas e até agora só tem sido capaz de fornecer 29 mil.

Fonte: Associated Press

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Um adolescente foi resgatado com vida dos escombros na cidade de Katmandu nesta quinta-feira (30), após cinco dias do maior terremoto em 80 anos ter atingido o Nepal. Ele estava embaixo dos destroços de um prédio de sete andares.

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Pemba Tamang, de 18 anos, foi retirado com uma maca e estava com o rosto coberto de poeira. A equipe de resgate do Nepal o retirou dos escombros com a ajuda de uma equipe norte-americana especializada em desastres.

"Ele me agradeceu quando me aproximei dele", disse um policial. "Ele disse seu nome, seu endereço e em seguida eu dei a ele um pouco de água", acrescentou.

Perguntado como Tamang tinha sobrevivido por tantos dias, Basnet respondeu que "ele sobreviveu pela fé". O terremoto do último sábado já matou mais de 5 mil pessoas.

Fonte: Associated Press

Duas cariocas que estavam no Nepal durante o terremoto ocorrido no último sábado, 25, retornaram nesta quarta-feira, 29, ao Rio de Janeiro. A fisioterapeuta Monique Corrêa Santos, de 32 anos, e a médica Danielle Sulamita Pio, de 33, viajavam a passeio pelo país asiático e não se feriram com o terremoto, que atingiu 7,8 graus na escala Richter e deixou mais de 5 mil mortos.

As brasileiras ficaram abrigadas em um acampamento improvisado no aeroporto de Katmandu (capital do Nepal) e com acesso restrito a comida e bebida. Após viajar por mais de 50 horas, as duas desembarcaram às 14h50 desta terça no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, o Galeão, na Ilha do Governador (zona norte do Rio).

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Familiares e amigos das duas foram recepcioná-las com faixas e flores. "Apesar do susto, eu tinha certeza de que elas estavam bem, estavam vivas", disse à TV Globo a mãe de Danielle, Marinez Pio. "A gente estava passeando (quando o terremoto começou) e, ao ver tudo desabando, não sabia o que estava acontecendo. Demoramos a perceber que era um terremoto. Pensamos até que pudesse ser um ataque aéreo. Os prédios caíam e a fumaça subia. Foi horrível", contou Danielle.

As cariocas voltaram ao Rio apenas com a roupa do corpo e alguns pertences, pois doaram a maioria das peças aos desabrigados pelo terremoto.

O número de mortos na avalanche do Monte Everest, causada pelo terremoto do último sábado no Nepal, subiu para 19, incluindo dois alpinistas dos Estados Unidos, um da China, outro da Austrália e um do Japão, informaram as autoridades nesta quarta-feira.

A Associação de Montanhismo do Nepal disse que as demais vítimas são do próprio país.

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As vítimas norte-americanas foram identificadas como Daniel Fredinburg e Marisa Eve Girawong. As outras vítimas são Ge Zhenfang, da China, Renu Fotedar, da Austrália, e Hiroshi Yamagata, do Japão.

De acordo com a associação, apenas 10 dos 14 guias foram identificados até agora. Fonte: Associated Press

Depois de três dias preso sob escombros, um homem de 27 anos conseguiu sobreviver ao terremoto que devastou o Nepal no último sábado e resultou na morte de pelo menos cinco mil pessoas. Rishi Khanal, que estava em um hotel de Katmandu quando tudo aconteceu, foi resgatado por uma equipe francesa e contou que chegou a beber a própria urina para matar a sede.

"Eu tinha alguma esperança, mas ontem eu já havia desistido. Minhas unhas já estavam todas brancas e meu lábios, rachados", disse Rishi, deitado na cama do hospital e cercado por familiares. "Eu tinha certeza que ninguém estava vindo para me salvar e que ia morrer", acrescentou.

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O homem, que não deixou claro se era funcionário ou hóspede do hotel, afirmou que, antes do terremoto, havia acabado de almoçar e subido para o segundo andar. Então, os tremores tiveram início e ele ficou preso após ser atingido com a queda da alvenaria, com um dos pés esmagado pelos destroços.

Ao longo dos três dias, Rishi contou que ficou cercado de pessoas mortas e que o cheiro era "terrível". Para se salvar, batia nos escombros para que alguém escutasse e fosse resgatá-lo. "Não havia nenhum som saindo ou entrando. Não havia nada para comer ou beber, então eu bebi a minha urina", lembra a vítima, que ficou 82 horas debaixo dos escombros.

Apesar do desespero, as tentativas deram resultado e uma equipe francesa foi buscá-lo, em uma operação que durou muitas horas. "É uma sensação muito boa. Sou grato", disse o homem, antes de ser levado para uma sala de cirurgia.

Números atualizados sobre as vítimas do terremoto que atingiu o Nepal no último sábado apontam para 5.057 mortos e 10.915 feridos, segundo o governo nepalês. As equipes de resgate começam a se aproximar das áreas mais remotas, entre Katmandu e Pokhara, onde estava o epicentro do terremoto, de 7,8 graus na escala Richter. Fonte: Associated Press.

Números atualizados sobre as vítimas do terremoto que atingiu o Nepal no último sábado (25) apontam para 5.057 mortos e 10.915 feridos. As equipes de resgate começam a se aproximar das áreas mais devastadas do interior, entre Katmandu e Pokhara, onde estava o epicentro do terremoto.

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Os relatos apontam para vilarejos inteiros devastados e centenas de vítimas ainda não contabilizadas. Desde segunda-feira (27), helicópteros passam o dia sobrevoando a capital nepalesa, trazendo centenas de vítimas das regiões mais afetadas. As estimativas do governo local indicam que o total de mortes pode chegar a 10 mil.

Em entrevista na manhã desta terça-feira, 28, o primeiro-ministro nepalês, Sushil Koirala, voltou a pedir doações da comunidade internacional, especialmente de água, remédios e tendas. "O governo está fazendo tudo o que pode em resgate e ajuda", afirmou, mas reconheceu que a administração pública foi pega de surpresa pela escala das necessidades e o atendimento no interior, especialmente nas vilas do sopé do Himalaia, prejudicado pela falta de equipamentos e pessoal de resgate treinado.

Um deslizamento de terra seguido de uma avalanche no vilarejo de Ghodatabela, no Nepal, deixaram 250 pessoas desaparecidas nesta terça-feira (28), informou o governo. O local fica próximo ao epicentro do terremoto de 7,8 graus que atingiu o país no sábado (25) e que já conta com mais de 4.300 mortes e mais de 8 mil pessoas feridas.

Um funcionário do distrito, Gautam Rimal, afirmou que uma neve forte caía na região e que o governo recebeu contato alertando sobre o desastre, mas, logo depois, perdeu o contato.

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O vilarejo, que fica a 12 horas a pé da cidade mais próxima, faz parte de uma rota de trekking famosa, mas ainda não se sabe se mochileiros estão entre os desaparecidos.

Fonte: Associated Press.

O gerente comercial Nilton Duarte Lima, de 38 anos, está entre os feridos do terremoto, mas fora de perigo, segundo os familiares que moram em Praia Grande, litoral sul de São Paulo. Ele conseguiu se comunicar com os pais por uma rede social, depois de 24 horas sem dar notícias. Lima sofreu uma queda e foi atingido por escombros durante o terremoto, mas os ferimentos não foram graves.

Ele teve atendimento médico, recebeu curativos e foi liberado. "Por favor, não consigo fazer ligações do Nepal para o Brasil, liguem para meus pais. Estou em Budhanilkantha, em Katmandu. Tive muitos ferimentos, mas estou bem", postou. Ele contou que perdeu alguns amigos no terremoto. "No local onde moro muitos morreram", escreveu.

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A mãe do gerente, Lolita Duarte Lima, de 74 anos, também recebeu notícias do filho por meio de amigos que telefonaram na casa da família. Nesta segunda-feira, 27, ele continuava em Katmandu e não havia manifestado intenção de voltar para o Brasil. Lima é budista e tinha viajado há um ano para a Índia como missionário. Há seis meses, ele foi para o Nepal a fim de aprofundar os conhecimentos religiosos.

Já o professor de yoga Daniel Faria Ribeiro, de 31 anos, que também estava no Nepal, conseguiu contato com a família, em Sorocaba, interior de São Paulo, nesta segunda-feira.

De acordo com o pai, Júlio César Ribeiro, seu filho conversou com uma amiga da família que estava na região do Himalaia e pediu a ela que tranquilizasse os familiares.

"Ele disse que já estava em viagem para o Himalaia quando ocorreu a tragédia, por isso nada sofreu. O problema é que a comunicação está muito precária. Pelo menos sabemos que ele está vivo", disse Ribeiro.

Daniel trabalhava havia duas semanas como voluntário em um orfanato de Katmandu, capital do país. Desde janeiro, ele vinha participando de ações humanitárias em outros países da Ásia, como Índia e Vietnã. A expectativa da família, agora, é pelo retorno do filho. De acordo com o pai, Daniel mandou avisar que na primeira oportunidade entrará em contato via celular. "Agora é só controlar a ansiedade e aguardar o contato", disse.

A Organização das Nações Unidas informou que está liberando US$ 15 milhões de seu fundo de respostas a emergências para ajudar as vítimas do terremoto no Nepal. Um porta-voz da ONU, Farhan Haq, disse nesta segunda-feira (27) a repórteres que o dinheiro permitirá que grupos de ajuda humanitária internacional ampliem suas operações e forneçam abrigo, água e medicamentos para as vítimas, entre outros serviços logísticos.

O porta-voz disse que caminhões com alimentos estavam a caminho dos distritos afetados nas proximidades do vale de Katmandu, e que a distribuição de alimentos deve começar na terça-feira.

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Citando dados do governo, Haq afirmou que 8 milhões de pessoas foram afetadas pelo terremoto, em 39 distritos do Nepal, e mais de 1,4 milhão de pessoas precisavam de ajuda para comer, incluindo 750 mil que vivem perto do epicentro do terremoto, em moradias de baixa qualidade.

A equipe humanitária da ONU para o Nepal está coordenando os esforços internacionais de ajuda com o governo, segundo o funcionário. Um quadro mais claro das necessidades deve ser obtido nas próximas 48 horas. Haq afirmou ainda que a prioridade imediata é realizar buscas e retirar escombros, para tentar resgatar mais pessoas. Fonte: Associated Press.

O executivo do Google Dan Fredinburg morreu neste sábado (25), no monte Everest, com graves ferimentos na cabeça, após uma avalanche provocada pelo forte terremoto de magnitude 7,8 que abalou o Nepal e países vizinhos, deixando mais de três mil mortos. 

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Google e Facebook ajudam a localizar vítimas no Nepal

Formado em Ciências da Computação, Dan Fredinburg estava na gigante de tecnologia desde 2007 e era chefe de políticas de privacidade do projeto Google X. Seu trabalho estava centrado no desenvolvimento de tecnologias para carros autônomos e balões para levar internet a locais inóspitos. 

Ele estava se preparando para a expedição ao Everest há meses e costumava postar relatos sobre sua aventura no Facebook e no Instagram. Sua última publicação é datada da sexta-feira (24). "Formação de gelo significa paradas frequentes para cappuccino de manhã, independentemente do perigo".

Alpinista experiente, Fredinburg cofundou o Google Adventure, uma versão exótica do Google Street View que realiza o mapeamento de locais extremos da natureza, como o próprio Monte Everest. 

O número oficial de mortes causadas pelo terremoto de 7,8 graus que devastou o Nepal no sábado (25) chegou a 3.218, segundo estimativa divulgada pelas autoridades na madrugada desta segunda-feira (27). Os feridos somam mais de 6,5 mil pessoas.

A expectativa do governo nepalês é de que o número suba ainda mais, à medida que as equipes de resgate cheguem às áreas mais remotas. Os dados não incluem vítimas de avalanches, que são contabilizadas por associações de montanhismo. No monte Everest, por exemplo, 17 mortes já foram registradas.

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Regiões da Índia e da China que fazem fronteira com o Nepal também foram atingidas. No primeiro, 60 pessoas morreram, enquanto, no segundo, foram 20. Bangladesh também sofreu com o tremor, mas ainda não há estimativa de vítimas.

Por conta do abalo, o mais devastador do Nepal em cerca de 80 anos, boa parte do país está no escuro e os sistemas de comunicação funcionam apenas de forma intermitente. Nos centros de tratamento e tendas improvisadas, faltam médicos, mantimentos, remédios e água.

No entanto, os governos e agências humanitárias de diversos países têm enviado ajuda humanitária. A Organização das Nações Unidos (ONU) divulgou nesse domingo (26) a estimativa de que seis milhões de pessoas vivem ou viviam em áreas atingidas pelo tremor. A organização também enviará ajuda humanitária e suprimentos. Fonte: Associated Press Dow Jones Newswires.

Os governos e agências humanitárias de diversos países enviaram médicos, voluntários e equipamentos para o Nepal após o terremoto de 7.9 graus que devastou o país.

A porta-voz da Organização das Nações Unidas (ONU), Orla Fagan, que viaja ao Nepal, afirmou que prevenir a propagação de doenças é uma das tarefas mais importantes no momento.

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"Estão a caminho 14 equipes médicas internacionais e 14 ou 15 equipes internacionais especializadas em busca e resgate", disse. "Eles precisam entrar no país o mais rápido possível. Aviões militares os levarão ao país", comentou.

O aeroporto internacional de Katmandu, capital do país, reabriu neste domingo após o terremoto de sábado e alguns veículos com ajuda, provenientes da Índia, puderam viajar por terra e chegaram na cidade de Pokhara, no Nepal.

A Alemanha afirmou que uma equipe de 52 pessoas, incluindo médicos e especialistas em busca e resgate, além de diversos cachorros treinados, já estão a caminho do Nepal. O time traz consigo um centro médico móvel.

Os Emirados Árabes Unidos também enviaram uma equipe de busca e resgate de 88 pessoas para o Nepal neste domingo e o Crescente Vermelho dos Emirados também enviou uma equipe.

O Exército de Israel afirmou que enviou uma missão com 260 pessoas, incluindo 122 médicos, para Katmandu para prover ajuda médica e também uma equipe de busca e resgate.

Além da Alemanha, outros países europeus também enviaram ajuda: A França afirmou que vai enviar 11 pessoas; a Inglaterra anunciou o envio de um pacote de ajuda de US$7,6 milhões, além de uma equipe de resgate de oito pessoas. Além disso, o Ministério das Relações Exteriores da Suíça enviou um time de especialistas no domingo.

No Vaticano, o Papa Francisco conduziu orações para os mortos e desabrigados na tragédia. Além disso, pediu por assistência para os sobreviventes e afirmou que está rezando para as vítimas. Fonte: Associated Press.

O Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, afirmou que um avião militar norte-americano partiu da base da Força Aérea, em Delaware, em direção ao Nepal para prestar ajuda após os terremotos que mataram mais de 2.500 pessoas no sábado.

À bordo estão 70 pessoas, incluindo um funcionário norte-americano da Agência Internacional de Assistência para Desastres, uma equipe de 45 pessoas de busca e resgate e 45 toneladas de carga para prover assistência às áreas atingidas pelo terremoto.

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De acordo com informações do Pentágono, o avião deve chegar em Katmandu na segunda-feira. Mais de 20 funcionários do Departamento de Defesa e um avião de transporte estão no Nepal em um exercício de treinamento. Fonte: Associated Press.

Após quase 16 de horas de aflição à espera de notícias de Mariana Malaguti Uchôa, 26, os pais da designer que está no Nepal em uma viagem sabática tiveram informações sobre a filha. O pai, Paulo Uchôa, contou que recebeu um telefonema por volta das 2h da madrugada deste domingo (26) de um cunhado, avisando que Mariana tinha acabado de postar uma mensagem no Facebook. Na sequência, ela enviou um breve e-mail para os pais: "Estou em um lugar seguro, fiquem tranquilos. Menos medo", relataram eles ao Estado.

O recado encerrou um período de agonia de Paulo e sua mulher, Cristina Malaguti Uchôa. "Ficamos o dia inteiro sem informação, foi horrível", disse o pai. A descoberta sobre o terremoto no Nepal, que deixou mais de 2.000 mortos, ocorreu na manhã de sábado, quando Cristina acessou um portal de notícias.

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Em um primeiro momento, ela não sabia que a filha estava numa cidade próxima a Katmandu, epicentro do terremoto. Paulo, ao ver que o número de mortos aumentava, decidiu contar para Cristina que a filha deles estava numa cidade próxima ao epicentro da tragédia.

"Quando contei onde ela estava, deu pane geral aqui, começamos a entrar em parafuso. Eu já estava muito ansioso e ela (mãe) ficou também. Decidimos mobilizar amigos para ajudar a localizar a Mariana", afirmou Uchôa em seu apartamento, na Gávea, zona sul do Rio. Ele entrou em contato com uma amiga que já foi à Índia algumas vezes, professora de yoga. "Ela acionou contatos que tinha lá".

O movimento de busca pela jovem cresceu nas redes sociais. "Um grupo de nove indianos receberam a mensagem e, coincidentemente, quatro deles conheceram a Mariana lá. Um deles falou que esteve com ela antes do terremoto. Logo depois, ela entrou no Facebook, ficou sabendo que estávamos apavorados e se manifestou". Os pais passaram o sábado ao lado do telefone e acessando a internet, na esperança de que ela mandasse algum recado.

Mariana está em um vilarejo a cerca de 10 km da capital, onde dá aulas de capoeira para crianças e pratica yoga. Em seu relato no Facebook, disse que no local onde está não houve "muitos danos físicos", uma vez que a cidade tem pequenas construções.

"Pude sentir muito forte o tremor aqui, e mais uma vez pude acreditar e vivenciar a potencia da natureza. Parece que o tremor pode voltar hoje, mas estou em área de segurança, não tem grandes prédios nem construções", afirmou aos amigos, a quem pediu calma e acrescentou: "Aqui a terra treme e ai os corações palpitam!".

A viagem da designer, programada por um ano, teve início em dezembro de 2014, quando a jovem foi para a Índia, onde percorreu diversas cidades, e depois seguiu para o Nepal. Ela já tinha ido embora do País, mas decidiu voltar. Há cerca de 15 dias está no Nepal. "Ela se identificou muito com a cultura deles. Foi uma primeira vez, seguiu viagem, mas depois voltou. A volta não estava prevista". Os planos de Mariana são seguir a viagem a partir do fim do mês, quando programa viajar para a Indonésia. O retorno para o Brasil está previsto para agosto.

A preocupação da família foi agravada pelo fato de Mariana ter perdido o celular. Os contatos são feitos semanalmente, por e-mail. Antes da madrugada de hoje, o último e-mail foi enviado na quarta-feira. Apesar de já terem recebido notícias da jovem, os pais querem agora ouvir a voz da filha, mas sabem das dificuldades de comunicação no País. "Parece que existe tendência de permanecerem os abalos naquela região por mais 15 a 20 dias. Queremos falar isso para ela".

Na manhã de domingo, o clima na casa de Mariana era de alívio. "Estou moído, parece que levei uma surra. É uma sensação de impotência absurda", disse o pai.

O número oficial de mortos no terremoto que atingiu o Nepal nesse sábado (25) superou 2.500 e pode continuar aumentando, já que equipes de busca e resgate ainda trabalham em áreas remotas próximas do epicentro. Autoridades do Nepal afirmaram neste domingo (26) que pelo menos 2.430 pessoas foram mortas no país. Esse número não considera as 18 pessoas que morreram na avalanche que ocorreu no Monte Everest, segundo a Associação de Montanhismo do Nepal. Mais 61 pessoas morreram em virtude dos tremores na Índia, e há mortes registradas também em outros países vizinhos.

Os trabalhos de busca e resgate ainda estão longe de encerrados, e por isso ainda não está claro qual o número total de mortes. O epicentro do terremoto de magnitude 7,8, que atingiu o Nepal ontem, foi cerca de 80 quilômetros a noroeste de Katmandu, de acordo com o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), e afetou, além da capital Katmandu, pequenas vilas próximas. O terremoto foi o maior a atingir a nação asiática em mais de 80 anos.

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Na capital do país, milhares de pessoas passaram a noite em áreas abertas, com medo de novos terremotos. Mais cedo, no domingo, foi registrado um forte tremor secundário de magnitude 6,7. Fonte: Associated Press.

Os Estados Unidos estão enviando uma equipe de resposta a desastres e US$ 1 milhão em ajuda ao Nepal após o devastador terremoto que sacudiu o país. Junto com o anúncio de auxílio, a Casa Branca e o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, expressaram pesar com a tragédia.

O terremoto de magnitude 7,8, que ocorreu a cerca de 77 quilômetros da capital do país, Katmandu, matou mais de 1 mil pessoas no Nepal, na Índia e em Bangladesh. Também derrubou prédios e provocou uma avalanche no Monte Everest.

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Kerry disse em comunicado que os Estados Unidos estão com o povo do Nepal. Segundo ele, a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) está se preparando para enviar a equipe de resposta a desastres e ativando uma equipe de busca e salvamento urbano. A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional Bernadette Meehan afirmou ainda que os EUA estão prontos para fornecer mais assistência para a região. Fonte: Associated Press.

O Google e o Facebook lançaram neste sábado (25) ferramentas para ajudar familiares e amigos de pessoas que estão no Nepal a encontrarem seus entes queridos após um terremoto de magnitude 7,8 na escala Richter estremecer o Nepal e a Índia, deixando mais de mil mortos.

A ferramenta do Google é o Person Finder (clique aqui para acessar). Nela, quem tiver informações sobre pessoas que estavam na região atingida pelo tremor pode inscrever os dados e auxiliar quem está à procura de um parente ou amigo.

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O Facebook, por sua vez, ativou o Safety Check. Os usuários que estiverem na área afetada receberão uma notificação do Facebook perguntando se eles estão seguros. Dessa forma, será possível tranquilizar amigos e familiares rapidamente através da rede social.

"Quando desastres acontecem, as pessoas precisam saber que seus entes queridos estão seguros. É em momentos como este que é realmente importante poder se conectar", publicou o cofundador e presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, em sua página da rede social.

O Ministério do Interior do Nepal estimou o número de mortes por causa do terremoto no país em 1.382, com quase 4.482 feridos. Equipes de emergência percorreram a capital do Nepal, Katmandu, e o vale que a circunda, onde vivem 2,5 milhões de pessoas, em busca de sobreviventes do terremoto de magnitude 7,8 que atingiu o país no sábado. Outras 50 mortes por causa do tremor ocorreram na Índia, em Bangladesh, no Tibete e no Paquistão.

"Ocorreu um enorme impacto por todo o país, e estamos avaliando a situação", disse Lakshmi Prasad Dhakal, porta-voz do ministério. "Existe o temor de que muitas pessoas estejam presas nos escombros dos edifícios." O terremoto e uma série de tremores secundários graves provocaram um duro golpe no Nepal, um dos países mais pobres do mundo e que tem enfrentado uma recente onda de turbulência política em meio ao debate sobre nova Constituição.

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Uddav Timilsina, oficial chefe do distrito de Gorkha, perto do epicentro do terremoto, disse que soldados, policiais e cidadãos comuns escavaram os escombros de casas que desabaram, à procura de pessoas presas no momento do terremoto, que ocorreu pouco às 11h56 no horário local (3h11 de Brasília). Segundo Timilsina, 45 corpos foram recuperados, mas as equipes de resgate ainda não tinham chegado a partes remotas do distrito. "Mais de 50% das casas nas aldeias foram danificadas", disse ele.

Em Katmandu, milhares de pessoas foram passar a noite no Tudikhel, um vasto campo aberto perto da cidade velha, onde edifícios históricos estão em ruínas. Os desalojados dormiam em folhas de plástico ou caixas de papelão, abraçados em cobertores.

O primeiro-ministro do Nepal, Sushil Koirala, que estava participando de uma reunião de cúpula em Jacarta, tentou retornar ao país, mas chegou apenas a Bangcoc, onde seu voo de conexão para Katmandu foi cancelado, porque o aeroporto internacional da capital foi fechado para voos comerciais. Entretanto, aviões da Força Aérea da Índia foram autorizados a pousar com 43 toneladas de material de emergência, incluindo tendas e alimentos, e cerca de 200 socorristas, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia Vikas Swarup. Os aviões voltaram para Nova Délhi com cidadãos indianos que estavam presos em Katmandu. A companhia aérea estatal Air India anunciou que iria começar voos com materiais de ajuda para a capital nepalesa no domingo.

Hospitais do Vale de Katmandu estavam superlotados, com falta de espaço para armazenar cadáveres e ficando sem suprimentos de emergência, disse a Organização das Nações Unidas (ONU) em comunicado.

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), o terremoto ocorreu em Lamjung, 77 quilômetros a noroeste de Katmandu. Um tremor de magnitude 6.6 atingiu a região menos de uma hora mais tarde e ocorreram pelo menos outros 16 tremores secundários.

Vários edifícios desabaram no centro da capital, incluindo templos e minaretes. Entre eles, estava a torre de nove andares conhecida como Dharahara Tower, um dos marcos de Katmandu, construída pelos governantes reais do Nepal e reconhecida pela Unesco como patrimônio histórico. Centenas de pessoas compram bilhetes nos fins de semana para ir até a plataforma de observação no oitavo andar da torre, mas não foi confirmado o número de pessoas que estava no local quando a torre desabou.

Os tremores também desencadearam uma avalanche no Monte Everest, que atingiu um acampamento que estava na base da montanha. De acordo autoridades do governo do Nepal, pelo menos dez montanhistas morreram e 30 ficaram feridos. As suas nacionalidades não foram informadas. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

"Fui o último a sair; a loja quase me engoliu", relatou o jornalista Gustavo Junqueira, de Ribeirão Preto (SP) à mulher, Sonia Maggioto, nas poucas mensagens que trocaram pelo aplicativo WhatsApp sobre o terremoto deste sábado (25) no Nepal. Junqueira estava com um grupo de cinco brasileiros em turismo em Swayambhunath, o Templo do Macaco, um dos mais famosos pontos turísticos de Katmandu, quando ocorreu o abalo sísmico, cerca de 11 horas no horário local.

"Na conversa curta que tive com o Gustavo, hoje (sábado, 25) pela manhã, ele relatou que estava bem assustado e que foi o último a sair de uma loja no Templo do Macaco, onde estava junto com os brasileiros. Felizmente todos estão bem", disse. "Eu fui o último a sair; quase a loja me engoliu, foi literalmente o que ele me relatou", completou Sonia.

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Segundo ela, Junqueira chegou a Katmandu na noite dessa sexta-feira (24), após cerca de dez dias no acampamento base do monte Everest - ele é praticante de alpinismo. Em conversa com a Agência Estado antes da viagem, Junqueira, que é ainda triatleta, relatou que não iria escalar o monte e queria apenas conhecê-lo, em um preparativo para outra escalada futura.

Os planos de ficar na cidade nepalesa nos próximos dias foram interrompidos pelo terremoto e, segundo Sonia, o marido sequer conseguiu retornar no hotel onde está hospedado, já que parte desabou e o local estava interditado. Ainda segundo Sonia, no breve contato Junqueira informou que o grupo dele estava na rua e aguardava o socorro de diplomatas brasileiros em Katmandu, por intermédio de um outro brasileiro que já tinha retornado ao País.

"Eles seriam levados ao consulado do Brasil ou a algum outro lugar, pois parece que a embaixada também tinha sofrido algum dano", afirmou. Quando deixar o País, o jornalista deve seguir para Londres, onde mora uma irmã. "Como a comunicação é precária, pedi a ele que só voltasse a entrar em contato quando tivesse alguma novidade", concluiu Sonia.

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