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O escritor colombiano Gabriel García Márquez, falecido nesta quinta-feira, foi o mais conhecido e lido autor do realismo mágico latino-americano, a corrente que no século XX sacudiu a literatura em espanhol.

Nascido em 6 de março de 1927 no povoado de Aracataca, na zona do Caribe da Colômbia, García Márquez deixou uma extensa lista de contos e romances, tendo como obra-prima "Cem anos de solidão" (1967).

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Ambientado na mítica aldeia de Macondo, "Cem anos de solidão" foi escrito em dias extenuantes na Cidade do México, onde sua família acumulava dívidas. Para enviar o original datilografado à Argentina, o escritor precisou penhorar até mesmo seu aquecedor elétrico, revelou seu biógrafo Gerald Martin.

Mas a recompensa chegou em 1972, quando recebeu pela obra o Prêmio Latino-Americano de Romance Rómulo Gallegos. Em 1982, foi agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura e é lembrado por ter ido à cerimônia em Estocolmo vestido de liqui-liqui, o tradicional traje caribenho.

Na época, em um discurso de intenso conteúdo político, definiu suas narrativas como "uma realidade que não é a do papel, mas que vive conosco e determina cada instante de nossas incontáveis mortes todos os dias, e que nutre uma fonte de criatividade insaciável, cheia de tristeza e beleza, da qual este errante e nostálgico colombiano não passa de mais um, escolhido pelo acaso".

Informal, amistoso e brincalhão, Gabo, como é carinhosamente chamado por seus amigos e leitores, foi criado com seus avós maternos Nicolás Márquez, um veterano da Guerra dos Mil Dias, e Tranquilina Iguarán, que o encheu de histórias fantásticas.

Embora sua vida tenha sido marcada pela literatura e pelo jornalismo - entre suas frases mais famosas figuram "escrevo para que meus amigos me amem ainda mais" e "o jornalismo é a melhor profissão do mundo" -, García Márquez esteve sempre próximo da política.

Amigo de Fidel Castro, de Omar Torrijos e de Bill Clinton, defendeu a revolução cubana e a sandinista, defendeu os exilados das ditaduras do Cone Sul e foi membro do Tribunal Bertrand Russell contra crimes de guerra.

García Márquez esteve em Cuba como jornalista pela primeira vez em janeiro de 1959, às vésperas da revolução, e foi correspondente da agência cubana Prensa Latina em Bogotá, nesse mesmo ano, e em Nova York, em 1960.

Sua amizade com Fidel começou em meados dos anos 1970 e lhe valeu as críticas de muitos intelectuais. Mas o colombiano nunca escondeu sua admiração pelo líder cubano, a quem visitou até 2008 na ilha.

"Nossa amizade foi fruto de uma relação cultivada durante muitos anos, na qual o número de conversas, sempre amenas, para mim, somaram centenas", comentou Castro naquela ocasião.

García Márquez saiu da Colômbia em 1954, quando sua crônica no jornal "El Espectador" sobre um naufrágio, publicada anos mais tarde como "Relato de um náufrago", irritou o regime do general Gustavo Rojas Pinilla e os diretores do jornal decidiram enviá-lo para a Europa.

Viajou então para Genebra, Roma e Paris, onde concebeu e concluiu "Ninguém escreve ao coronel", em um apartamento do Quartier Latin.

Em 1961, junto com sua mulher Mercedes Barcha, chegou à Cidade do México, onde viveu a maior parte de sua vida. Na capital mexicana, tornou-se amigo do escritor mexicano Carlos Fuentes, seu parceiro na escrita de vários roteiros para cinema que não tiveram sucesso.

Depois da publicação de "Cem anos de solidão", mudou-se para Barcelona (Espanha), onde conheceu o peruano, também Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa. Os dois tiveram uma importante amizade desfeita abruptamente em 1976, com uma briga que os distanciou não apenas no campo pessoal, mas também nas posições políticas.

Os motivos desse incidente foram alvo de especulação por quase 40 anos, mas nenhum dos dois chegou a esclarecer o que ocorreu. "Vamos deixar esta pergunta sem resposta. É um acordo que García Márquez e eu temos. Vamos deixar para que nossos biógrafos, se os merecermos, investiguem a questão", declarou em 2012 o Nobel peruano.

Nos últimos anos, García Márquez esteve afastado da vida pública, devido ao seu estado de saúde. Seu último romance publicado foi "Memórias de minhas putas tristes", em 2004.

Além de sua riquíssima obra literária, deixou como legado a Fundação do Novo Jornalismo em Cartagena (Colômbia) e a Escola de Cinema de San Antonio de los Baños (Cuba).

Rodeado de parentes e amigos, morreu na tarde desta quinta-feira (17), na Cidade do México, o escritor colombiano Gabriel García Márquez. Ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1982, o escritor e jornalista morreu em casa, aos 87 anos. A notícia foi confirmada pelo Conselho Nacional da Cultura e das Artes, pela rede de televisão venezuelana Telesur e pelo jornal espanhol El País.

Nascido em Aracataca, na Colômbia, no dia 7 de março de 1927, García Márquez, que era também jornalista, vivia atualmente no México. Entre seus livros mais conhecidos, destacam-se Cem Anos de Solidão e O Amor nos Tempos do Cólera.

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*Com informações das agências Notimex e Télam

O colombiano Gabriel García Márquez, de 87 anos, vencedor do Nobel de Literatura, tem a saúde "muito frágil", mas permanece em situação estável em sua casa na Cidade do México, afirma um comunicado divulgado pela família e publicado pelo jornal colombiano El Tiempo. "Sua condição é estável, mas se encontra muito frágil e existem riscos de complicações por sua idade", afirma o comunicado, assinado pela esposa Mercedes Barcha e pelos filhos Rodrigo e Gonzalo.

O texto, de apenas dois parágrafos, não menciona a informação publicada horas antes pelo jornal mexicano El Universal de que o escritor voltou a sofrer de um câncer linfático. A família agradece as demonstrações de carinho recebidas por amigos e meios de comunicação e pede "respeito a sua intimidade".

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No dia 8 de abril, o escritor recebeu alta, em estado "delicado", do Instituto Nacional de Ciências Médicas e Nutrição Salvador Zubirán da Cidade do México, depois de uma internação de oito dias por um quadro de pneumonia. García Márquez "segue e seguirá convalescendo em casa", afirma a família no comunicado.

Sem identificar fontes, mas alegando que são "confiáveis", o jornal El Universal afirmou que o câncer linfático diagnosticado no escritor há 15 anos atingiu agora o pulmão, gânglios e fígado. Com os órgãos comprometidos e a idade avançada, a família e os médicos teriam decidido que o escritor não receberá tratamento oncológico e será atendido com "cuidados paliativos" em casa, completa o jornal.

O colombiano é considerado um dos grandes escritores da história da América Latina e autor de alguns livros de grande destaque do século XX, como "Cem Anos de Solidão" (1967).

O economista Eric Maskin, um dos ganhadores do Prêmio Nobel de Economia de 2007, afirmou nesta quarta-feira (12) que a educação foi uma das principais responsáveis pela redução da desigualdade no Brasil nos últimos dez anos, com a universalização do acesso de estudantes à educação básica. No entanto, segundo ele, é preciso avançar na qualidade.

"(A política anterior) conseguiu fazer com que as crianças fossem para a escola, mas é preciso fazer algo novo. São necessárias novas políticas educacionais para elevar a qualidade da educação", afirmou, após seminário na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio.

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O norte-americano venceu o prêmio justamente com os economistas Leonid Hurwicz e Roger Myerson, com a teoria que permite distinguir situações em que os mercados operam bem de outras em que não operam. Com o trabalho desenvolvido por eles, avançou-se muito na ciência de como regular o mercado.

Maskin também citou programas de transferência de renda como responsáveis pela redução da desigualdade no País. O economista afirmou ainda que o Brasil teve sucesso na diminuição da disparidade de renda, enquanto isso não ocorreu em outros países em desenvolvimento, como a Índia e a China. "Esses países ainda não introduziram políticas governamentais para redução de desigualdade. Estão mais concentrados no crescimento", afirmou. Ele alerta que a situação nesses locais deve ser olhada com atenção. "A desigualdade cresceu de uma forma que eles precisarão lidar com esse problema cedo ou tarde, e espero que seja logo", disse, após debater a disparidade na distribuição de renda em um mundo globalizado.

Questionado sobre lições que o Brasil poderia aprender de outros países, Maskin falou sobre evidências de que crianças na pré-escola, com idade entre 3 e 4 anos, conseguem retorno salarial no futuro. "Colocar as crianças no sistema educacional antes mesmo da idade normal, o que seria entre 3 e 4 anos, pode trazer benefícios futuros a elas, conforme temos visto nos Estados Unidos. Quando elas ingressam no mercado de trabalho, se saem melhor, arrumam melhores empregos e ganham mais", afirmou, acrescentando que as diferenças são notadas apenas quando elas crescem.

Maskin, que elaborou a pedido da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) um estudo sobre os planos econômicos, não quis comentar o assunto. No seu trabalho, defende que os bancos não lucraram com as mudanças provocadas pelos planos. Hoje, foi adiado pela segunda vez no Superior Tribunal de Justiça (STJ) o julgamento de recurso sobre o início da incidência dos juros aplicáveis às diferenças apuradas no rendimento da poupança em decorrência dos planos econômicos Bresser, Verão, Collor 1 e Collor 2.

O Papa Francisco está entre os candidatos ao Prêmio Nobel da Paz, segundo anunciou o diretor do Instituto Nobel, Geir Lundestad, ao apresentar a lista de 278 nomes escolhidos, informou a agência italiana Ansa.

A candidatura acontece poucos dias antes de Jorge Bergoglio completar, em 13 de março, o primeiro aniversário de seu pontificado. A comissão do Nobel vai reduzir a lista a uma dúzia de nomes antes do final de abril e, finalmente, o escolhido será anunciado em 10 de outubro, em Oslo, na Noruega, de acordo com a Ansa.

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Entre os candidatos também está o presidente russo, Vladimir Putin, que foi eleito por seu papel na crise da Síria, mas atravessa um conflito com a Ucrânia, que poderá desencadear em uma guerra na Crimeia.

Também aparece na lista Edward Snowden, ex-funcionário da CIA a serviço da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, que denunciou a existência de uma rede norte-americana de espionagem global, e hoje está refugiado na Rússia. "Tivemos um número crescente de indicações de pessoas de países que nunca antes haviam apresentado candidatura", disse Lundestad ao anunciar, em Oslo, os indicados.

O recorde anterior foi estabelecido no ano passado, quando houve 259 candidatos, entre os quais acabou vencendo a Organização para a Proibição de Armas Químicas, premiada por seus "grandes esforços" para eliminar esses arsenais.

Um ex-ministro norueguês propôs nesta quarta-feira (29) o nome do ex-analista de inteligência americano Edward Snowden para o Prêmio Nobel da Paz, em uma carta ao Comitê Nobel norueguês. "Ele contribuiu para revelar o nível extremo de vigilância por parte de nações contra outras nações e cidadãos. Snowden contribuiu para que as pessoas saibam o que aconteceu e estimulou um debate público sobre a confiança nos governos, que é um requisito fundamental para a paz", afirmou o ex-ministro socialista Baard Vegar Solhjell ao explicar sua iniciativa.

Em uma carta ao Comitê Nobel norueguês obtida pela AFP, Solhjell e seu colega de partido Snorre Valen assinalam que não necessariamente aprovam ou apoiam todas as revelações de Snowden, mas eles o elogiam por revelar a natureza e a capacidade tecnológica da vigilância moderna. "O nível de sofisticação e de profundidade da vigilância a que foram submetidos os cidadãos em todo mundo são temas que nos deixaram atônitos e que provocaram um debate", alegaram ainda.

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O prazo máximo para apresentar candidaturas ao Nobel da Paz 2014 termina em 1º de fevereiro. Em julho de 2013, um professor de Sociologia sueco, Stefan Svallfors, já havia sugerido Snowden para o Prêmio Nobel passada a data limite, mas a candidatura continua sendo válida para 2014.

O escritor Günter Grass, grande nome da literatura alemã contemporânea, afirmou em entrevista, que será publicada na segunda-feira (13), que provavelmente deixará de escrever romances devido à sua idade avançada. "Atualmente estou com 86 anos. Não penso que consiga ainda (escrever) um romance", explicou o prêmio Nobel de Literatura de 1999, ao jornal regional Passauer Neue Presse, que teve um trecho divulgado neste domingo.

"Meu estado de saúde não me permite conceber projetos de cinco ou seis anos e esta seria a condição para o trabalho de pesquisa para um romance", acrescentou. Autor de títulos como "O Tambor" e "A Ratazana", entre outros, disse que tem se dedicado ao desenho e à aquarela, "depois de um período em que estive bloqueado por causa de frequentes hospitalizações".

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Conhecido por suas convicções políticas social-democratas, Günter Grass suscitou uma vida polêmica com Israel em 2012 ao publicar um poema em prosa, no qual afirmava que o Estado hebreu ameaçava a paz mundial ao querer atacar o Irã preventivamente diante da possibilidade de que este país dispusesse de armas nucleares. Por este motivo, Israel o declarou "persona non grata".

O escritor, que durante os anos 60 e 70, insistiu em destacar o passado nazista de seu país, provocou um grande escândalo em 2006, quando revelou que na juventude integrou as Waffen SS, forças de elite de Adolf Hitler. Isto o escritor teria publicado no livro "Descascando a Cebola", que faz parte de suas memórias.

Morreu o bioquímico britânico Frederick Sanger, duas vezes vencedor do Prêmio Nobel de Química e conhecido como o pai da Era do Genoma. Ele tinha 95 anos. A morte foi anunciada nesta quinta-feira pelo centro de pesquisa Wellcome Trust Sanger Institute, que não deu mais detalhes.

Sanger morreu enquanto dormia na terça-feira no hospital Addenbrooke, em Cambridge, segundo informou o laboratório que ele ajudou a fundar, o MRC Laboratory of Molecular Biology. O instituto de pesquisa chamou Sanger de "um homem extremamente modesto, cujas contribuições tiveram um impacto extraordinário na biologia molecular".

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Sanger ganhou o Nobel pela primeira vez em 1958, aos 40 anos, pelo seu trabalho sobre a estrutura das proteínas. Ele determinou a sequencia de aminoácidos na insulina e mostrou como eles atuam. Mais tarde, ele voltou sua atenção para a sequência de ácidos nucleicos e desenvolveu técnicas para determinar a exata sequência dos blocos que compõem o DNA. Este trabalho deu a Sanger seu segundo Nobel, conquistado em 1980 em conjunto com Paul Berg e Walter Gilbert.

Sanger nasceu em 13 de agosto de 1918 em Gloucestershire, na Inglaterra. Inicialmente planejou estudar medicina, como seu pai, mas mudou de campo e se graduou em Ciências Naturais pela Universidade de Cambridge. Mais tarde, conquistou seu PhD na mesma universidade. Aposentou-se em 1983. Fonte: Associated Press.

A romancista britânica Doris Lessing, prêmio Nobel de Literatura em 2007, morreu aos 94 anos, anunciou neste domingo seu agente, Jonathan Clowes. "Foi um privilégio trabalhar para ela e vamos sentir imensamente sua falta", declarou seu amigo e agente Johanthan Clowes, acrescentando que Lessing morreu na madrugada de domingo, em paz.

Nascida em 22 de outubro de 1919 em Kermanshah, na Pérsia - hoje Irã -, Doris Lessing escreveu mais de 50 livros, em uma rica obra que fez dela um ícone de marxistas, anticolonialistas, militantes anti-apartheid e feministas.

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"Foi um privilégio trabalhar para ela e vamos sentir imensamente sua falta", declarou seu amigo e agente Johanthan Clowes, acrescentando que Lessing morreu na madrugada de domingo, em paz.

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A escritora Herta Müller, 60 anos, vencedora do Nobel de Literatura de 2009, foi internada em caráter de emergência, informou a imprensa alemã.

A editora da escritora alemã se limitou a reconhecer que todos os compromissos de Müller para 2013 foram cancelados por motivos de saúde.

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A autora de origem romena teve que anular todos os compromissos por doença, afirmou o porta-voz da editora, Carl Hanser.

"Está sendo bem atendida e está melhorando", completou.

Segundo o jornal Berliner Zeitung, a escritora teve que ser operada de maneira urgente por uma perfuração intestinal, em um hospital de Mullheim, sudoeste da Alemanha.

Nascida em 1953 em Nitchidorf, perto de Timisoara, em uma região romena de tradição germânica, Müller venceu o Nobel de Literatura em 2009.

A autora viveu até os 34 anos na Romênia, então comunista. Em 1987 se exilou na Alemanha Ocidental, e atualmente mora em Berlim.

O estado de saúde da escritora canadense Alice Munro é muito delicado para que ela compareça à cerimônia do Prêmio Nobel em Estocolmo, em dezembro, informou o secretário da Academia sueca. "A saúde dela não é suficientemente boa", escreveu Peter Englund em seu blog.

"Todos os interessados, incluindo a própria Munro, lamentam, mas não é possível fazer nada em um caso como este. Ainda não sabemos o formato que terá o discurso de recepção nem quem receberá o prêmio em seu nome", completou.

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Munro, 82 anos, advertiu a Academia sueca de que não viajaria já no dia 10 de outubro, data do anúncio de sua vitória ao Prêmio Nobel de Literatura. "Sou uma mulher idosa e minha saúde é frágil", disse a escritora, segundo Englund.

Dois vencedores recentes do Nobel de Literatura, a austríaca Elfriede Jelinek (2004) e a britânica Doris Lessing (2008), também não viajaram a Estocolmo pela mesma razão. A Academia enviou o prêmio e a medalha às embaixadas da Suécia em seus respectivos países.

Onze vencedores do Prêmio Nobel da Paz apelaram ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, que retire "acusações abusivas de pirataria" contra 28 ativistas do Greenpeace e dois profissionais que prestavam serviços para a organização não governamental.

"Estamos confiantes de que você compartilha nosso desejo de respeitar o direito a protestos não violentos", disseram os laureados do Nobel em carta a Putin, divulgada pelo Greenpeace nesta quinta-feira.

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Autoridades russas fizeram acusações formais de pirataria contra ativistas do Greenpeace que realizaram um protesto contra a exploração de petróleo na região do Ártico no mês passado. Crimes de pirataria podem resultar em sentenças de até 15 anos de detenção.

Os ativistas, de 18 países, ficarão em prisão preventiva até o fim de novembro e estão sendo submetidos a "condições desumanas", segundo seus advogados.

Os vencedores do Nobel, que incluem o bispo sul-africano Desmond Tutu e o ex-presidente do Timor Leste José Ramos Horta, alegam que um eventual vazamento de óleo no Ártico teria um "impacto catastrófico" nas comunidades locais. Fonte: Dow Jones Newswires.

A chegada tardia de uma garrafa de Champagne denunciou a surpresa no estande da editora canadense McClelland & Stewart Doubleday com o prêmio Nobel de Literatura para Alice Munro, autora publicada pela casa editorial desde o início da carreira. "Ela vinha figurando na lista fazia um certo tempo, por isso acreditávamos que talvez ganhasse em algum momento", comentou Kristin Cochrane, diretora executiva da editora que, desde o ano passado, pertence à Random House, maior grupo do ramo do mundo.

Os motivos para tal esperança são literários - Kristin define a ganhadora do Nobel como dona de um estilo simples, mas arguto. "Seu olhar para os pequenos detalhes é especial e isso a torna universal", comentou a editora, que não conseguiu falar com Alice por conta da diferença de fuso horário - era muito cedo no Canadá quando foi divulgado o prêmio.

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Kristin Cochrane lembrou da surpresa provocada pela presença da autora em um prêmio pelo conjunto da obra oferecido em maio pela associação canadense dos livreiros - aos 82 anos, ela praticamente não comparece mais a compromissos como esse. "Ela fez um curto discurso, como era de se esperar, mas foi precisa", disse a editora, que não sabe se Munro vai cumprir a promessa de parar de escrever. "Muitos dizem isso, mas acabam voltando atrás. Não estamos pressionando, mas gostaríamos muito que ela continuasse."

Em uma nota distribuída pela Randon House, Doug Gibson, o mais antigo editor de Munro, disse: "Sua carreira permitiu que o Canadá ganhasse seu primeiro Nobel de literatura, o que deve ser celebrado". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Organização para a Proibição de Armas Químicas conquistou o Prêmio Nobel da Paz de 2013 nesta sexta-feira pelos seus "extensos esforços para eliminar as armas químicas".

O prêmio, entregue em Oslo pelo Comitê Norueguês do Nobel, foi concedido em um momento em que a OPAQ está supervisionando a destruição do arsenal de armas químicas da Síria. A OPAQ foi criada em 1997, quando o tratado Convenção de Armas Químicas sobre controle destes armamentos entrou em vigor. A Convenção tem 189 signatários e a Síria pediu para ser o 190º membro.

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Em comunicado para a imprensa, o Comitê Norueguês do Nobel disse que "as convenções e o trabalho da OPAQ definiram o uso de armas químicas como um tabu sob o direito internacional. Acontecimentos recentes na Síria, onde as armas químicas foram novamente colocadas em uso, ressaltaram a necessidade de aumentar os esforços para acabar com esse tipo de armamento".

A OPAQ é liderada por Ahmet Üzümcü, um diplomata de carreira turco que tomou posse como diretor-geral da organização em 2010. Üzümcü, de 62 anos, realizou uma série de trabalhos de alto nível, servindo inclusive como Representante Permanente da Turquia na Organização das Nações Unidas em Genebra. Ele também representou a Turquia no conselho da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e serviu como embaixador da Turquia em Israel.

A missão da organização de Üzümcü é garantir a proibição do uso e da produção de armas químicas. A OPAQ também verifica a destruição de todas as armas químicas.

O Comitê Norueguês do Nobel é composto por cinco pessoas que são eleitas para mandatos de seis anos pelo Parlamento norueguês, Stortinget. O comitê enfrentou críticas no ano passado depois da atribuição do prêmio à União Europeia e também provocou um debate com outras escolhas recentes, incluindo a seleção do presidente dos EUA, Barack Obama, em 2009.

A OPAQ está encarregada de destruir as armas químicas da Síria depois de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, que foi aprovada em setembro. O regime sírio concordou em desmantelar todo o seu programa de armas químicas até meados de 2014 após um acordo entre os EUA e a Rússia.

A OPAQ tem o curto prazo de até 1º de novembro para destruir os equipamentos de produção de armas químicas do regime sírio - uma tarefa difícil, dado os intensos combates entre os rebeldes e as forças armadas da Síria. A OPAQ pediu um cessar-fogo na Síria para permitir que suas equipes realizem o seu trabalho.

O Comitê do Nobel disse que o "desarmamento estava em destaque na vontade de Alfred Nobel. O Comitê Norueguês do Nobel através de inúmeros prêmios destacou a necessidade de acabar com as armas nucleares. Através do presente prêmio à OPAQ, o Comitê está tentando contribuir para a eliminação de armas químicas". Fonte: Dow Jones Newswires.

A escritora canadense Alice Munro conquistou o Prêmio Nobel da Literatura de 2013 nesta quinta-feira. A Academia Sueca, que seleciona os ganhadores, chamou a autora de uma "mestre dos contos contemporâneos".

Alice Munro é a primeira escritora canadense a receber o famoso prêmio desde Saul Bellow, que recebeu o Nobel da Literatura em 1976.

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As obras de Munro já haviam sido elogiadas por diversos especialistas. O livro "Ódio, amizade, namoro, amor, casamento" da autora venceu um dos prêmio da National Book Critics Circle. Alice Munro também ganhou em três ocasiões o prêmio do Governador Geral, a maior honra literária do Canadá.

As obras publicadas de Munro, muitas vezes, giram em torno da diferença entre o período em que Munro viveu em Wingham, uma conservadora cidade canadense a oeste de Toronto, e sua vida após a revolução social dos anos 1960.

Em entrevista à AP em 2003, ela descreveu os anos 60 como "maravilhosos". Sobre esta década, ela disse: "Tendo nascido em 1931, eu estava um pouco velha, mas não muito velha, e as mulheres como eu, depois de um par de anos, usavam minissaias e estavam pulando por aí".

O Prêmio Nobel de Literatura do ano passado foi para Mo Yan da China. Os anúncios do Nobel continuam na sexta-feira com o Prêmio Nobel da Paz e na segunda-feira com o Nobel da Economia. Fonte: Associated Press.

Um dos ganhadores do Nobel de Química deste ano, Arieh Warshel, disse nesta quarta-feira (9) que "não fala" com um dos dois co-premiados, Martin Karplus, mas admitiu acreditar que o prêmio os reunirá.

Em declarações à AFP após uma coletiva de imprensa em Los Angeles, o israelense naturalizado americano Warshel, de 72 anos, disse ter conversado brevemente com seu "amigo" Michael Levitt, cidadão anglo-americano, mas não com Karplus. "Com o outro realmente não falo. Vamos ver", reconheceu Warshel, acrescentando ter trabalhado tanto com Levitt quanto com Karplus, que tem dupla nacionalidade austríaca e americana.

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O cientista recusou-se a dar detalhes, mas acrescentou: "agora vamos falar e talvez faça com que me pague um jantar".Warshel disse aos jornalistas ter acordado às 02h00 locais (06h00 de Brasília) quando recebeu o telefonema do Comitê Nobel para anunciar que tinha ganhado o prêmio e depois recebeu telefonemas do presidente israelense, Shimon Peres, e do premier, Benjamin Netanyahu.

Netanyahu pediu um breve resumo de seu trabalho, mas disse ao cientista que poderia não compreendê-lo, contou Warshel."Assim, dei a ele uma aula de um minuto. Ele entendeu e me disse que a partir de agora vai obrigar seus ministros a dizerem o que querem em um minuto", disse Warshel, e a sala explodiu em gargalhadas.

Um jornalista perguntou a Warshel o que pensava fazer com o "grande" prêmio em dinheiro atribuído com o Nobel."Em primeiro lugar, não é nada grande", disse Warshel em meio a risos. "Em segundo lugar, não sei se paga impostos", acrescentou. Quando disseram que era tributável, brincou: "pode perguntar à minha esposa".

O Nobel de Química de 2013 foi concedido esta quarta-feira (9) a Martin Karplus, Michael Levitt e Arieh Warshel pela elaboração de simulações por computador usadas para entender e prever os processos químicos.

Os três ganhadores receberão o prêmio em uma cerimônia que será realizada em 10 de dezembro em Estocolmo e serão distribuídos os 8 milhões de coroas do prêmio (1,25 milhão de dólares), inferior aos 10 milhões de coroas pagos desde 2001 devido à crise.

Brasília – A Real Academia Sueca de Ciências anunciou hoje (9) os nomes de três pesquisadores escolhidos para receber o Prêmio Nobel de Química 2013. Os vencedores são o austríaco Martin Karplus, de 83 anos, o britânico Michael Levitt, de 66, e o israelense Arieh Warshel, de 73. Eles desenvolveram pesquisas sobre os modelos multiescala para sistemas químicos complexos. Os três trabalham em universidades norte-americanas.

Nas pesquisas, os cientistas associaram as análises químicas aos métodos de física clássica e quântica. Foram feitos cálculos teóricos e simulações para observar os átomos quânticos e a associação com a principal proteína e o organismo. O computador executou os cálculos. As pesquisas mostraram que as reações químicas ocorrem na velocidade da luz e, em uma fração de um milésimo de segundo, os elétrons saltam de um núcleo atômico para o outro.

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Especialistas disseram que o trabalho de Karplus, Levitt e Warshel é inovador pois associou a física clássica com os fundamentos diferentes da física quântica. Na década de 70, os três pesquisadores analisaram programas que sustentam as bases das pesquisas para a compreensão de uma série de processos químicos. Eles utilizaram modelos de computador que espelham a vida real para observar os avanços na química.

Amanhã (10) será anunciado o Prêmio Nobel de Literatura, na sexta-feira (11) será o da Paz e no dia 14 o de Economia. Os detalhes sobre a premiação são divulgados no site.

Martin Karplus, Michael Levitt e Arieh Warshel conquistaram o Prêmio Nobel de Química de 2013 nesta quarta-feira por criarem a base para o desenvolvimento de modelos de computadores usados para compreender e prever os processos químicos.

A Real Academia Sueca de Ciências disse que as pesquisas dos três na década de 1970 têm ajudado os cientistas a desenvolver programas que desvendam processos químicos como a purificação dos gases de escape ou a fotossíntese nas folhas verdes.

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"O trabalho de Karplus, Levitt e Warshel é inovador na medida em que conseguiu fazer com que a física clássica de Newton trabalhasse lado a lado com a física quântica fundamentalmente diferente", disse a academia. "Anteriormente, os químicos tiveram de optar por usar um ou outro".

Cidadão dos EUA e da Áustria, Karplus é filiado à Universidade de Estrasburgo, na França, e da Universidade de Harvard. A academia disse que Levitt é um cidadão britânico, norte-americano e israelense, e um professor da Escola de Medicina da Universidade de Stanford. Warshel é um cidadão dos EUA e de Israel afiliado à Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles.

Warshel disse em uma coletiva de imprensa em Estocolmo por telefone, que estava "extremamente feliz" por ser acordado no meio da noite em Los Angeles para descobrir que ele tinha ganhado o prêmio.

No início desta semana, três norte-americanos ganharam o Prêmio Nobel de Medicina por suas descobertas sobre como substâncias se movimentam dentro das células. O Prêmio Nobel da Física foi concedido a um cientista britânico e outro belga, cujas teorias ajudam a explicar como a matéria se formou após o Big Bang. Fonte: Associated Press.

O painel responsável pela escolha do vencedor do Prêmio Nobel será anunciado na quinta-feira, informou hoje a Academia Sueca. Isto significa que todos os vencedores de Prêmio Nobel deste ano já estão definidos.

A Academia Sueca recebe todos os anos centenas de nomeações de professores de literatura e acadêmicos de todo o mundo, assim como indicações de ganhadores de anos anteriores e diretores de associações de escritores.

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O Prêmio Nobel de Medicina foi anunciado hoje. O pesquisador alemão Thomas Sudhof e os norte-americanos James Rothman e Randy Schekman foram laureados pelas descobertas sobre como os hormônios, enzimas e outras substâncias importantes são transportadas para dentro das células.

Os premiados nas outras categorias serão premiados nos próximos dias. O Prêmio Nobel de Física de 2013 será divulgado amanhã e o de Química sairá na quarta-feira. Na sexta-feira será conhecido o vencedor do Prêmio Nobel da Paz. A fase de anúncio dos vencedores termina na segunda-feira da próxima semana, dia 14, quando será divulgado o Prêmio Nobel de Economia. A cerimônia de premiação está marcada para 10 de dezembro. Este ano cada uma das categorias paga premiação equivalente a US$ 1,2 milhão. Fonte: Associated Press.

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