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No mesmo dia em que desembarcou no Congresso para entregar a proposta de reforma da Previdência, o presidente Jair Bolsonaro indicou que o governo partirá para negociações no varejo com deputados e distribuirá cargos nos Estados aos partidos que integrarem sua base de apoio na Câmara e no Senado. O governo vai criar agora uma plataforma, batizada no Palácio do Planalto como "banco de talentos", na qual parlamentares aliados poderão fazer indicações para vagas do segundo escalão.

O modelo que será adotado nos próximos dias foi desenvolvido pela Controladoria-Geral da União (CGU) e fixa critérios para as nomeações, como experiência na área, tempo de atuação no serviço público e formação acadêmica. Embora a medida coincida com a necessidade de votação do projeto que prevê mudanças na aposentadoria, considerado prioritário para o ajuste das contas públicas, o Planalto nega a barganha política em troca de apoio.

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A ideia é que os deputados e senadores da base de sustentação do governo no Congresso apresentem currículos de "técnicos" para as vagas disponíveis. As indicações serão avaliadas pelos ministros, que farão uma espécie de processo seletivo, podendo até mesmo recrutar militares da reserva.

Aproximadamente 70% dos cargos federais nos Estados ainda não foram trocados em universidades, diretorias regionais e superintendências do Incra, Ibama, Funasa, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), entre outros.

O novo sistema de preenchimento do segundo escalão revogará uma ordem do próprio Bolsonaro, que no início do mês havia mandado suspender nomeações e dispensas de comissionados e funções de confiança, por tempo indeterminado, para exercício em qualquer repartição federal, como revelou o Estado. Se antes a proibição era para conter brigas regionais de aliados, que se queixavam de uma dança indiscriminada das cadeiras, agora o "represamento" na distribuição dos cargos provoca insatisfações. A esse cenário se soma a falta de liberação das emendas parlamentares.

Para amarrar a adesão ao governo, o "banco de talentos" também vai apontar quem são os padrinhos políticos de cada um dos nomeados. "Não é um toma lá, dá cá, mas, sim, uma forma de os parlamentares serem responsáveis pelas indicações", afirmou o deputado Filipe Barros (PSL-PR). Dados de dezembro do Painel Estatístico de Pessoal, ferramenta produzida pelo Ministério da Economia, mostram que existem 74.223 vagas em repartições federais nos Estados. A lista inclui institutos, fundações, universidades e até agências reguladoras.

Bolsonaro apresentou nesta quarta-feira, 20, as linhas gerais da nova plataforma virtual em reunião no Planalto com a bancada do PSL, seu partido, horas depois de levar ao Congresso a proposta de reforma da Previdência, que estabelece idades mínimas de 62 anos (mulheres) e de 65 (homens) para a obtenção da aposentadoria (mais informações no caderno de Economia).

Crise

Com o PSL enfrentando suspeitas de irregularidades no financiamento de campanhas nos Estados e ainda sob impacto da crise política, provocada por uma queda de braço no governo, que culminou com a demissão do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, o Planalto corre contra o tempo para angariar apoios. Na terça-feira, 19, por exemplo, Bolsonaro sofreu sua primeira derrota na Câmara, quando deputados derrubaram um decreto sobre classificação de documentos ultrassecretos.

Descontentes, integrantes do Centrão criticaram o governo pela decisão de encaminhar a reforma previdenciária ao Congresso sem incluir no pacote, neste momento, o projeto que altera as regras do regime dos militares.

O Centrão é formado por partidos que avalizaram a recondução de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Câmara. Além do DEM, fazem parte desse bloco siglas como PP, PR, PSD, MDB, PRB, PTB e o próprio PSL de Bolsonaro.

"A ausência dos militares das Forças Armadas na proposta de reforma da Previdência (...) é um sinal ruim para a sociedade e pode dificultar o andamento da proposta entre os deputados", afirmou o deputado Marcos Pereira (SP), que comanda o PRB, em postagem no Twitter. Pereira é da bancada evangélica e primeiro vice-presidente da Câmara.

Mesmo depois de Bolsonaro ter ido ao Congresso, parlamentares reclamaram da "falta de articulação" do governo. "A reforma da Previdência chega ao Congresso num momento em que o governo está desarticulado, sem interlocução no ambiente da Câmara e entre os Poderes", disse o deputado Elmar Nascimento (BA), líder do DEM e do blocão. Para ele, a base de Bolsonaro está "dispersa" e esse quadro representará "grave problema" na hora da votação. "Já havia desarticulação e um histórico de recuos, situação que se agravou nos últimos dias. Está faltando diálogo e construção de pontes com o Congresso."

No encontro com a bancada do PSL, Bolsonaro pediu ajuda para a reversão de qualquer obstáculo que possa atrapalhar a aprovação da reforma da Previdência, classificada por ele como um tema árido, mas primordial para o sucesso do seu governo. "O presidente quer que a gente jogue junto", resumiu a deputada Bia Kicis (PSL-DF). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na tentativa de conter uma "rebelião" de aliados, o governo federal suspendeu nomeações e dispensas de cargos comissionados e funções de confiança para exercício em qualquer repartição federal nos Estados, por tempo indeterminado. Em comunicado enviado aos ministérios, o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, diz que estão "vedadas" todas as nomeações regionais "até segunda ordem".

A medida para barrar as indicações do segundo escalão foi motivada por queixas que chegaram ao Palácio do Planalto, dando conta de que vários Estados, como Bahia, Pernambuco, Minas, Ceará e Pará, ou trocaram superintendentes do Incra ou fizeram ameaças de exoneração, sem qualquer motivo concreto.

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Alguns dos demitidos eram ligados a deputados de partidos como o DEM, que tem três ministros no governo, entre os quais o próprio Onyx. O DEM também está no comando da Câmara, com Rodrigo Maia (RJ), e do Senado, com Davi Alcolumbre (AP).

Embora o principal problema tenha sido identificado no Incra, subordinado ao Ministério da Agricultura, houve descontentamento com substituições sem critérios em várias áreas, do Norte ao Sul do País, passando até mesmo por cima da análise técnica do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

A determinação para que o preenchimento dos cargos regionais e até de assentos em conselhos de estatais fosse suspenso partiu do próprio presidente Jair Bolsonaro, que, desde o fim de janeiro, está internado no hospital Albert Einstein, onde foi submetido a uma cirurgia para reconstrução do trânsito intestinal.

A avaliação no Planalto é a de que comprar uma briga com partidos aliados ou dispostos a apoiar o governo, neste momento, põe em risco a votação de propostas prioritárias, como a da reforma da Previdência, um tema considerado árido, com muitas resistências no Congresso.

Na prática, aproximadamente 70% dos cargos federais nos Estados ainda não foram trocados e há vagas em universidades, diretorias regionais e superintendências do Incra, Ibama, Funasa, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), entre outras.

Dados de dezembro do Painel Estatístico de Pessoal, ferramenta produzida pelo Ministério da Economia, revelam que existem, espalhados pelo País, 18.386 cargos de Direção de Assessoramento Superior (DAS), sigla usada para os comissionados, além de outras 55.837 funções e gratificações, que são ocupadas apenas por servidores. No total, são 74.223 vagas em órgãos federais nos Estados, excluindo o Distrito Federal. A lista inclui institutos, fundações, universidades e até agências reguladoras.

Programa

A Casa Civil e a Secretaria de Governo finalizam agora um programa de computador contendo uma espécie de "quem é quem" sobre todos os deputados e senadores. A ideia é mostrar quem são os padrinhos políticos de cada um dos nomeados, além das atribuições de cada cargo.

"Estamos fazendo uma radiografia do governo e do Legislativo", afirmou o ex-deputado Carlos Manato, secretário especial da Casa Civil para a Câmara. "A normatização técnica para as indicações nos Estados ainda não está pronta, mas posso garantir que não haverá mais porteira fechada nos ministérios. Quando o presidente retomar suas atividades, as nomeações sairão normalmente."

No jargão político, porteira fechada significa o direito de um mesmo partido preencher todos os cargos de um ministério, repartição ou até mesmo autarquia. Depois de Bolsonaro ter formado os 22 ministérios consultando frentes parlamentares, os partidos estão ávidos para ocupar espaços na máquina pública e não são poucos os que reclamam da "falta de articulação" do Planalto no Congresso.

"É preciso que o governo converse com todos, e não apenas com frentes parlamentares ou individualmente, no varejo, com os deputados. Se não houver diálogo, será difícil aprovar os seus projetos, principalmente a reforma da Previdência", disse o deputado Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força, presidente do Solidariedade. A legenda também teve demitidos no Incra e acusou uma "caça às bruxas" nas repartições.

"Os ministros têm autonomia para fazer nomeações e montar o segundo escalão como bem entenderem, sem dar ouvidos para as bancadas nos Estados. Mas será que o presidente Bolsonaro acha que só eles conhecem técnicos no País?", provocou o líder do PRB na Câmara, Jhonatan de Jesus (RR).

Para o deputado Arthur Lira (AL), líder do PP, a falta de "alinhamento" do Planalto mostra que o governo está perdido. "Não existe clima no Congresso para aprovar nada. Nem a bancada do PSL, partido do presidente, está unida", comentou Lira.

Na próxima semana, a Casa Civil terá um "gabinete" na Câmara para despachar com os deputados. "Queremos todo mundo bem tratado", insistiu Manato, auxiliar de Onyx. O núcleo político negocia com a equipe econômica um plano de pagamento das emendas parlamentares individuais, em dez parcelas de no mínimo R$ 750 milhões, o que totalizaria R$ 7,5 bilhões, como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo. O discurso oficial, porém, continua sendo o de fim do toma lá dá cá.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O executivo José Salim Mattar Júnior, fundador e ex-presidente do conselho da empresa Localiza, foi nomeado secretário especial de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia. A confirmação de Salim Mattar na área que tocará privatizações dentro da pasta de Paulo Guedes está em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, dia 10 de janeiro.

O documento traz nomeações em outras áreas do governo do presidente Jair Bolsonaro. Uma delas é a Comissão de Ética Pública da Casa Civil da Presidência, que terá Carlos Higino Ribeiro de Alencar como seu secretário executivo. Há nomeações também na Secretaria-Geral, Gabinete de Segurança Institucional; Defesa; Secretaria de Governo; Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; Advocacia-Geral da União; Agricultura; Saúde; Controladoria-Geral da União; além da Presidência.

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Licenciamento

Na edição de hoje do DOU, o Ministério do Meio Ambiente nomeia diretores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), dentre eles Jonatas Souza da Trindade para a Diretoria de Licenciamento Ambiental.

Além do Meio Ambiente, o Diário Oficial desta sexta-feira traz nomeações na AGU, Defesa e Justiça, entre outros órgãos.

O procurador federal Eduardo Fortunato Bim foi nomeado para exercer o cargo de presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O nome de Eduardo Bim para o órgão já havia sido anunciado pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

A presidente anterior do Ibama, Suely Araújo, antecipou sua saída do cargo esta semana depois de o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Ricardo Salles questionarem um contrato de locação de veículos assinado pelo Ibama. Suely disse que a acusação não tem fundamento e "evidencia completo desconhecimento da magnitude" do órgão e de suas funções.

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A nomeação do novo presidente do Ibama está publicada no Diário Oficial da União (DOU) em edição extra desta quarta-feira (9). O documento também divulga a nomeação de Sérgio Luiz Cury Carazza como secretário executivo do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, comandado por Damares Alves.

A edição desta quarta do Diário Oficial traz outras nomeações em pastas como o próprio Meio Ambiente, Advocacia-Geral da União, Secretaria de Governo, além da Presidência da República.

O presidente da República, Michel Temer, nomeou Luiz Antonio Duarte Moreira Ferreira para o cargo diretor-geral da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), no lugar de Christiane Samarco Rodrigues Cecílio. Os respectivos decretos de nomeação e exoneração estão publicados no Diário Oficial da União (DOU). Ferreira já atuava na empresa, no cargo de diretor de Administração, Finanças e Pessoas.

O Diário Oficial traz ainda outras mudanças na diretoria da empresa. Foram nomeados: Nei Guimarães Barbosa, como diretor de Produção e Conteúdo, em substituição a Maria Aparecida Fontes; e Márcio Kazuaki Fusissava, que será diretor de Administração, Finanças e Pessoas, posto antes ocupado pelo novo diretor-geral.

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A EBC é comandada pelo diplomata Alexandre Parola e - além dele, que é diretor-presidente - conta com mais cinco diretores: Geral; de Jornalismo; de Produção e Conteúdo; de Administração, Finanças e Pessoas; e de Operações, Engenharia e Tecnologia.

O presidente Michel Temer pediu ao Senado Federal para retirar de tramitação a mensagem que indicou Davidson Tolentino de Almeida para exercer o cargo de diretor da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), vinculada ao Ministério da Saúde. A informação consta de mensagem publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 3.

Temer havia submetido a indicação de Davidson Tolentino à apreciação dos senadores em abril. A publicação de Diário Oficial não explica por que o Planalto desistiu de Tolentino para o cargo.

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No entanto, conforme a Coluna do Estadão informa na edição desta sexta-feira, Tolentino é ligado ao PP e foi ele mesmo que pediu para ser substituído. O presidente da sigla, Ciro Nogueira, disse à Coluna que vai apresentar outro nome ao governo.

Atualmente, Davidson Tolentino é diretor do Departamento de Logística em Saúde da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, pasta comandada pelo PP.

Apesar de não ser ilegal, não foi bem visto pela população o prefeito de Camaragibe, Demóstenes Meira (PTB), nomear três irmãos para comandar secretarias de destaque do município. A partir desta terça-feira (10), o secretário de Governo é Davi Meira; o de Segurança, Délamo Meira, e o de Planejamento Estratégico, Daniel Meira. Dos três, apenas Daniel já integrava a equipe onde comandava a pasta de Segurança. 

Em resposta ao LeiaJá, a Prefeitura de Camaragibe garantiu que os três irmãos de Meira integram o governo municipal “por experiência profissional em cada área delegada”. A nota detalha a experiência profissional de cada um. 

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Mais cedo, durante a solenidade de posse, Meira chegou a explicar que foi feita uma reformulação no quadro de secretários para melhor servir a população. “As secretarias que não estavam funcionando como deveriam tiveram a mudança de comando para dar fluidez ao nosso trabalho como gestão. Não temos problemas em mudar, se este for para benefício da população”, justificou o prefeito 

Além de Davi, Délamo e Daniel, outros quatro secretários foram empossados: Desenvolvimento Econômico, Nívia Borba, ex secretária adjunta da pasta; Esportes, Abnael Bernardes; Articulação Política, Alamar Junior; e para a presidência da Fundação de Cultura, Josué Silva.

Confira a nota na íntegra:

A Prefeitura Municipal de Camaragibe esclarece que os secretários empossados, pertencentes à família do atual prefeito, foram nomeados para o cargo por experiência profissional em cada área delegada. Daniel Meira já era secretário da gestão, apenas foi remanejado de secretaria.  É advogado, graduado e pós-graduado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, possui mestrado na área, realizado na PUC-SP, pós-graduação na Universidade de Oxford, na Inglaterra, e na Universidade de Coimbra, em Portugal, além de ser comendador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), professor adjunto da UFPE desde 1996 e coordenador e idealizador da Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem, além de membro da Comissão, Mediação e Arbitragem da OAB.

Délamo Meira, secretário de Segurança, chega ao time de secretários para trabalhar na diminuição dos índices de violência no município. Foi chefe de segurança no Ceará, em Barbalha; prefeito da Vila Operária da Usina Manoel Costa Filho, além de Chefe de Patrimônio, Chefe dos Bombeiros de prevenção e combate a incêndio, também no Ceará. Foi também chefe de segurança do Shopping Manaíra, na Paraíba, criou o plano de proteção e combate a incêndio do centro de compras, além do plano de uniforme e plano de segurança. Passou 18 anos como chefe de segurança do Pernambuco Dá Sorte, foi oficial de polícia, comandante de uma companhia mista independente de trânsito e rádio patrulha em garanhuns e, ainda, instrutor de defesa pessoal do batalhão de guarda, de trânsito, do sexto batalhão e do Choque. Além disso, também atuou como gestor da Rede de Hoteis do Sol durante oito anos, nas unidades de Pajuçara, em Maceió, São José da Coroa Grande e Recife, ganhando prêmio como melhor gerente da rede em 1989, na cidade de Garanhuns.

Por último, Luís David Meira, secretário de governo, é grande atuante político no município junto ao prefeito. Acompanhou toda trajetória política de Meira, foi seu assessor parlamentar durante 12 anos enquanto Meira atuava como vereador da cidade, foi vereador e ainda ajudante de ordem do ex deputado estadual Pedro Eurico. Sempre atuou com entidades públicas e conselhos municipais, configurando-se significante para a gestão na articulação governamental municipal.

 

O presidente Michel Temer nomeou o diplomata Alexandre Guido Lopes Parola diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Parola assume o cargo no lugar do jornalista Laerte de Lima Rimoli, exonerado nesta quarta-feira, 2, da função. A troca do titular da EBC foi antecipada em abril pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, e está formalizada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta.

Como o Broadcast já havia informado, o nome de Parola precisou ser submetido ao conselho de administração da empresa para poder assumir o cargo. O substituto do embaixador como porta-voz de Temer ainda não foi anunciado.

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Parola deverá ficar à frente da EBC até dezembro. Ele foi indicado pelo presidente para exercer o cargo de delegado permanente do Brasil junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) em Genebra (Suíça). Caso sua indicação seja confirmada pelo Senado, Parola deverá seguir para a Europa no início de 2019.

A mudança na EBC foi motivada após Rimoli pedir para sair do cargo. O jornalista decidiu ir para os Estados Unidos, onde sua esposa mora desde agosto do ano passado.

O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Edvandir Félix Paiva, afirmou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, estar "bastante preocupado" com a "demora" para efetivação de algumas nomeações na corporação. Os delegados Luciano Flores e Erika Marena, que atuaram na Operação Lava Jato, e Luís Flávio Zampronha, que investigou o mensalão, foram indicados pelo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, para o ministro da Justiça, Torquato Jardim.

"Nos últimos dias, foram publicadas algumas nomeações em que o procedimento foi iniciado após os da dra. Erika Marena (superintendência de Sergipe), do Luciano Flores (superintendência de Mato Grosso do Sul) e do dr. Zampronha para ocupar o cargo de coordenador-geral de controle de serviços e produtos. Estes fatos, aliados às notícias veiculadas na imprensa de que o Ministro da Justiça não nomearia a dra. Erika e o dr. Luciano Flores, causaram certa estranheza, nos deixaram bastante preocupados", afirmou Paiva. "Não queremos acreditar em retaliação política", disse.

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Luciano Flores foi indicado para a Superintendência da PF de Mato Grosso do Sul. O delegado foi o responsável por interrogar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na condução coercitiva do petista em março de 2016, na Operação Aletheia, 24ª fase da Lava Jato.

Erika Marena, indicada para a Superintendência da corporação em Sergipe, é especialista em combate a crimes financeiros. A delegada foi uma das responsáveis pelo início das investigações da Lava Jato no Paraná e atuou também na Operação Ouvidos Moucos, em Santa Catarina.

Luís Flávio Zampronha comandou o inquérito do mensalão e colaborou com as investigações da Lava Jato perante o Supremo Tribunal Federal (STF). Leia, a seguir, a íntegra da entrevista:

Por que as nomeações estão paradas no Ministério?

Ao longo desta semana, acreditávamos que toda essa demora seria normal, tendo em vista os trâmites regulares dos procedimentos administrativos. Porém, nos últimos dias, foram publicadas algumas nomeações em que o procedimento foi iniciado após os procedimentos relativos às nomeações da dra. Erika Marena (superintendência de Sergipe), do dr. Luciano Flores (superintendência de Mato Grosso do Sul) e do dr. Zampronha para ocupar o cargo de coordenador-geral de controle de serviços e produtos. Estes fatos, aliados às notícias veiculadas na imprensa de que o Ministro da Justiça não nomearia a dra. Erika e o dr. Luciano Flores, causaram certa estranheza, nos deixaram bastante preocupados.

A que o sr atribui esse procedimento?

É o que estamos buscando saber. Fiel à responsabilidade que marca a atuação da ADPF, busquei, nesses últimos dias, obter informações junto ao Ministério da Justiça que pudessem confirmar ou desmentir notícias publicadas pela imprensa. Após tentar falar com a chefia de gabinete do Ministério da Justiça, recebi um telefonema da Ouvidoria daquela pasta, que me disse que o ministro estava viajando e que repassaria meu contato. Em razão desse retorno, estou aguardando informações oficiais sobre o assunto, para que possamos nos manifestar com a clareza de sempre. Espero que tenhamos respostas concretas, convincentes, o mais rápido possível.

O sr acredita em retaliação política? Por quê?

Em que pese tenham ficado por último as nomeações da dra. Erika Marena e do dr. Luciano Flores, que tiveram importante atuação na Operação Lava Jato e do delegado Zampronha, presidente da investigação do mensalão, não queremos acreditar em retaliação política. Até mesmo porque, apuramos que a nomeação da dra. Erika já havia sido referendada pela Casa Civil. Então, queremos acreditar que os fatos noticiados não sejam verdadeiros e que eles possam tomar posse em seus respectivos cargos nos próximos dias, da mesma forma que todos os outros indicados pela nova direção da Polícia Federal. Só lamento que essa pergunta seja natural e recorrente nesse tipo de situação, o que não ocorreria se a Polícia Federal já tivesse alcançado a sua autonomia administrativa e funcional, possibilitando ao seu diretor-geral nomear os superintendentes, sem qualquer tipo de interferência.

Quantas nomeações da PF estão paradas no Ministério da Justiça? De quem? Para quais setores?

A nova Direção-Geral da Polícia Federal, além de substituir os titulares de seis diretorias, trocou o comando de 17 das 27 Superintendências (AC, AM, AP, AL, GO, MA, MG, MS, PB, PI, PE, PR, RO, RN, RJ, SE e SC). Dessas, apenas MS, RJ e SE ainda não foram nomeados. O Rio de Janeiro não pode ser considerado atraso, porque a indicação do novo superintendente ocorreu nos últimos dias. Então, estão pendentes mesmo as nomeações da dra. Erika Marena e do dr Luciano Flores. Também há duas importantes Coordenações Gerais que ainda não foram publicadas as nomeações dos seguintes cargos já escolhidos pelo diretor-geral: Coordenação-Geral de Cooperação Internacional, cujo indicado é o dr Reinaldo de Almeida César e a Coordenação-Geral de Controle de Serviços e Produtos, cujo indicado é o dr Luiz Flávio Zampronha.

Há quanto tempo as nomeações estão paradas?

Não dispomos da data exata, mas os procedimentos começaram no início de dezembro, chamando atenção o fato de que alguns posteriores aos que estão pendentes já foram encerrados, com a publicação da nomeação dos indicados pelo diretor-geral.

Os delegados só podem assumir as áreas depois de nomeados?

Sim. Embora alguns já tenham iniciado os primeiros contatos locais para se inteirar das demandas que irão administrar e adiantado as providências para mudarem de cidade.

Que prejuízos esses setores têm pela falta de nomeações?

Sempre que se indica alguém, a expectativa sobre as diretrizes da nova gestão aumenta e costuma paralisar os projetos e o bom andamento da unidade. É natural que até que o novo titular assuma, as decisões mais importantes sejam adiadas, o que acaba impactando a realidade desses locais e setores. As boas práticas indicam que as mudanças de comando devem ocorrer com celeridade e boa transição.

A nomeação da delegada Erika Marena está parada à espera da conclusão da sindicância da Corregedoria da PF?

Não. Segundo noticiado pelo próprio diretor-geral da PF, o trabalho desenvolvido na Operação Ouvidos Moucos já foi analisado pela Corregedoria. A conclusão foi de que não houve erros na investigação. Portanto, não há nenhuma pendência sobre esse assunto. Restou comprovado que a dra. Érika Marena cumpriu o seu dever de forma diligente, profissional e com a boa técnica de sempre. São características que a fazem ser cada vez mais admirada pelos seus pares.

O Ministério da Fazenda trocou o secretário executivo do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O novo titular é Bruno Pessanha Negris, que é assessor da pasta e foi nomeado no lugar de Manuel dos Anjos Marques Teixeira, exonerado do cargo a pedido.

As respectivas portarias de nomeação e exoneração estão publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (9).

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O presidente Michel Temer nomeou nesta terça-feira, 12, novo diretor e conselheiros da Hidrelétrica de Itaipu. Foi designada conselheira da binacional a advogada Samantha Ribeiro Meyer, ex-mulher do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.

Em maio, Samantha assinou parecer usado pela defesa do presidente na ação movida pelo PSDB que pediu a cassação da chama Dilma-Temer. O mandato de conselheira poderá ser exercido até maio de 2020.

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Também foi nomeado o engenheiro agrônomo Newton Luiz Kaminski para o cargo de diretor de Coordenação de Itaipu, de acordo com decreto publicado no Diário Oficial da União desta terça. Atual superintendente de Obras e Desenvolvimento da binacional, Kaminski entrará no lugar de Hélio Gilberto Amaral, que foi exonerado, a pedido. Amaral havia assumido o cargo em junho.

Outro conselheiro apontado foi o advogado Frederico Matos de Oliveira, que atua como diretor do Departamento de Articulação com os Estados da Secretaria de Governo da Presidência da República.

 

O presidente Michel Temer nomeou Alexandre Cordeiro Macedo para exercer o cargo de superintendente-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), com mandato de dois anos.

Também foi nomeada Polyanna Ferreira Silva Vilanova para exercer o cargo de conselheira do tribunal do órgão, nesse caso mandato até 8 de julho de 2019.

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Os decretos com as nomeações estão publicados no Diário Oficial da União (DOU).

O presidente Michel Temer e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, trocaram dois integrantes do Conselho de Administração da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), conforme decretos publicados no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, 5.

Foram dispensados da função Raphael Callou Neves Barros, que era representante do Ministério da Educação no colegiado; e André Reis Diniz, que atuava no conselho como representante do Ministério do Planejamento.

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Para substituí-los, foram designados, respectivamente, Nádia Maria Ferreira de Araújo, com prazo de gestão até 29 de setembro de 2019, e Severino Jorge Caldas de Araújo Góes, com gestão até 6 de agosto de 2018.

O presidente Michel Temer nomeou Sérgio Silveira Banhos para compor o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no cargo de juiz substituto, na vaga aberta com o término do segundo mandato do ministro Admar Gonzaga Neto. A nomeação está publicada na edição desta sexta-feira (11) do Diário Oficial da União (DOU).

O presidente Michel Temer nomeou Sérgio Henrique Sá Leitão Filho para exercer o cargo de ministro da Cultura. A nomeação está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 25. A solenidade de posse de Sérgio Sá Leitão, que era diretor da Agência Nacional do Cinema (Ancine), ocorre hoje às 11 horas em solenidade no Palácio do Planalto.

Antecipada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, a indicação de Leitão ao cargo foi confirmada pelo Planalto na semana passada. Em nota, a Secretaria de Imprensa da Presidência ressaltou que Leitão tem "ampla e reconhecida experiência na área cultural". Além da Ancine, Leitão foi chefe de gabinete do Ministério da Cultura durante a gestão do ex-ministro Gilberto Gil e secretário municipal de Cultura do Rio de Janeiro.

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O governo federal trocou titulares das diretorias da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), vinculadas aos ministérios da Agricultura e da Fazenda, respectivamente. As mudanças estão formalizadas em decretos no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, dia 19.

Na Embrapa, foram exonerados os três diretores executivos da empresa: Ladislau Martin Neto, Vânia Beatriz Castiglioni e Waldyr Stumpf Junior. Para substituí-los, entraram Celso Luiz Moretti, Cleber Oliveira Soares e Lúcia Gatto. Todos terão prazo de gestão de 3 anos.

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Ainda para a Embrapa, o governo reconduziu Francisco Erismá Oliveira Albuquerque à função de representante do Ministério da Fazenda no Conselho de Administração, designou José Ricardo Ramos Roseno para compor o colegiado e dispensou do mesmo conselho Maria Lúcia de Oliveira Falcon. Esta a partir de 17 de maio de 2016.

Na Dataprev, foram nomeados três novos diretores e exonerados quatro. Entraram Matheus Belin, Julio Cesar de Araújo Nogueira e Antônio Ricardo de Oliveira Junqueira. Saíram Rogério Souza Mascarenhas, Álvaro Luis Pereira Botelho, Janice Fagundes Brutto e Daniel Darlen Corrêa Ribeiro.

Sudeco

O governo ainda nomeou Roberto Postiglione de Assis Ferreira Junior para o cargo de diretor de Planejamento e Avaliação da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), vinculada ao Ministério da Integração Nacional.

O Ministério do Planejamento autorizou a nomeação de candidatos aprovados em concursos públicos do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A autorização vale para 60 candidatos aprovados para o cargo de oficial de chancelaria do Itamaraty e 200 aprovados para o INSS, no cargo de técnico do Seguro Social.

As autorizações constam de duas portarias publicadas no Diário Oficial da União (DOU). O provimento dos cargos nos quantitativos previstos está condicionado à existência de vagas na data da nomeação dos candidatos.

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Nos dois casos, a nomeação só deverá ocorrer a partir de abril de 2017, não podendo se efetivar após 31 de dezembro de 2017.

O presidente Michel Temer encaminhou ao Senado Federal, para apreciação, o nome de Sérgio Henrique Sá Leitão Filho para exercer o cargo de diretor da Agência Nacional do Cinema (Ancine), na vaga decorrente do término do mandato de Rosana dos Santos Alcântara, e o nome de Fernando Mendes Garcia Neto para ser reconduzido ao cargo de diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As mensagens com as duas indicações estão publicadas na edição desta quarta-feira (15) do Diário Oficial da União (DOU).

O presidente Michel Temer decidiu reavaliar nomeações para cargos após a repercussão negativa provocada pela indicação de dois diretores para a empresa Itaipu Binacional que, recentemente, ocuparam postos de dirigentes partidários, o que representa um descumprimento à Lei das Estatais. Sem citar nomes, uma nota divulgada pelo Palácio do Planalto informou que se os nomeados para Itaipu, de fato tiverem ocupado tais postos, serão substituídos.

A nota do governo é uma referência a Rubens de Camargo Penteado, indicado para ser diretor técnico executivo, que integrou o diretório estadual do PPS paranaense até junho de 2016, e Ramiro Wahrhaftig, indicado para a Diretoria de Coordenação, que fez parte do diretório do PSD paranaense até maio do ano passado.

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Temer não pretende, no entanto, rever a indicação de Francisval Dias Mendes para o cargo de diretor da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq), que também foi alvo de críticas nesta terça-feira, 14. Francisval Mendes é primo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, e o seu nome precisa ser aprovado no Senado.

Francisval Mendes foi diretor da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado de Mato Grosso (Ager). Gilmar Mendes negou que tenha influenciado na nomeação do primo. "Eu devo ter, sei lá, uns 70 primos. Só do lado do meu avô tem uns dez ou 12 irmãos do meu pai", afirmou. "Não vou comentar nada. É uma pessoa que é meu primo, não é nem próximo a mim. Fez carreira em uma agência lá do Mato Grosso e está sendo indicado pelo partido (PMDB)." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (7) traz publicadas as indicações dos novos líderes do governo no Legislativo. As mensagens do presidente Michel Temer formalizam o senador Romero Jucá (PMDB-RR) como líder do governo no Senado; o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) como líder na Câmara; e o deputado André Moura (PSC-SE) como líder no Congresso Nacional.

As indicações já haviam sido anunciadas pelo Palácio do Planalto. Na segunda-feira, 6, ao confirmar os nomes de Jucá e de Moura, nota da Secretaria de Comunicação da Presidência da República destacou que "ambos parlamentares somarão esforços no Congresso para promover a votação e aprovação das reformas essenciais para a sociedade brasileira".

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Com as mudanças, agora será um deputado a ocupar a liderança do governo no Congresso. Tradicionalmente a função é exercida por um senador. Fazia seis anos que um deputado não assumia a tarefa. Até fevereiro, André Moura era o líder do governo na Câmara, mas foi substituído na função pelo deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Moura vai exercer função que antes era de Romero Jucá, chamado por Temer para substituir o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) na liderança do governo no Senado. Aloysio deixou o Senado para ser ministro das Relações Exteriores, no lugar de José Serra, que pediu demissão do cargo alegando problemas de saúde.

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