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Após promover debate na manhã desta segunda-feira entre defensores e opositores do Projeto de Lei (PL) 4.470/2012 - que inibe a criação de partidos -, a seção de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) emitirá um parecer jurídico sobre o PL até o fim da semana. De acordo com o presidente da seccional paulista da OAB, Marcos da Costa, a entidade promoveu o debate para avaliar o argumento dos dois lados antes de emitir uma opinião formal. O evento contou com a presença dos deputados federais Edinho Araújo (PMDB-SP), autor do projeto, e Roberto Freire (PPS-SP), que se opõe à nova lei.

"O projeto gerou polêmica, por isso quisemos um debate entre as partes antes de nos pronunciar. De um lado, os opositores dizem que é inconstitucional. Do outro, dizem que fortalece as regras da fidelidade partidária. Agora, iremos debater, internamente, para chegar a uma posição que iremos manifestar até o fim da semana", afirmou Costa.

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O projeto, proposto em 2012, foi aprovado na Câmara dos Deputados e tramitava no Senado. No dia 24, no entanto, uma liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes suspendeu o andamento do projeto, dizendo ter sido "casuisticamente forjado" para restringir direitos de grupos políticos minoritários e configurar "nítida situação de abuso legislativo".

Freire também afirma que a lei é casuística, uma vez que será aplicada pouco antes das eleições presidenciais de 2014, o que, supostamente, inibiria a formação de legendas de oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff, como o Movimento Democrático (fusão do PPS com o PMN), o Solidariedade (do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força) e a #rede, da ex-senadora Marina Silva (AC).

"A lei é inconstitucional e impede que vozes dissidentes apareçam na política", afirmou o deputado do PPS de São Paulo. "Além disso, vai contra uma decisão do STF do ano passado, que determinou a transferência de tempo de propaganda e Fundo Partidário para o então recém-criado PSD. Por que querem mudar as regras agora, na véspera da eleição?", questionou.

Edinho Araújo defende o projeto dizendo que, por ter sido proposto em 2012, não seria "casuístico". "Considero o projeto constitucional porque não impede a formação de partidos. Apenas regula a transferência de tempo de propaganda do Fundo Partidário, além de fortalecer a fidelidade partidária, já que determina que o parlamentar eleito não pode levar consigo o tempo de propaganda caso mude de partido", alegou.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes irá levar à Corte o pedido de liminar que suspende a tramitação do projeto de lei sobre restrição a novos partidos. A confirmação foi feita na manhã desta terça-feira (7), durante visita dos presidentes da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Como Gilmar Mendes não é obrigado a levar a decisão aos demais colegas, Alves e Calheiros estão fazendo um esforço para garantir que a matéria vá ao plenário do tribunal e fizeram uma visita à casa do ministro para conversar sobre o assunto.

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O presidente da Câmara também informou que terá uma reunião com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para que ele apresente com celeridade o parecer sobre a liminar. Apenas depois desse relatório do procurador, a liminar poderá ser levada ao plenário do STF para análise do mérito.

Renan Calheiros disse estar confiante de que a liminar que suspendeu a tramitação seja cassada. Assim que isso acontecer, ele colocará a matéria em votação no plenário do Senado.

O PL 4470/12 é de autoria do deputado Edinho Araújo (PMDB-SP) e impede que os deputados levem para os novos partidos o tempo de propaganda no rádio e na televisão e os recursos do Fundo Partidário. A matéria foi aprovada na Câmara e começou a tramitar no Senado. Mas a liminar de Gilmar Mendes suspendeu a votação, atendendo ao mandando de segurança impetrado pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).

Quem apoia o projeto diz que a matéria faz justiça ao princípio de fidelidade partidária. Já a oposição acredita que seja um casuísmo político, para prejudicar os prováveis candidatos à Presidência da República em 2014, Eduardo Campos e Marina Silva, e beneficiar Dilma Rousseff.

Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), visitaram novamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes para reiterar o pedido de celeridade para o julgamento em plenário sobre o projeto que inibe a criação de novos partidos, que teve a tramitação suspensa por uma liminar. Na saída, Calheiros afirmou que não será aceito um controle prévio do Legislativo pelo STF.

"O importante é o principio, não o fim, definitivamente o Senado quer demonstrar que está contra o controle preventivo da constitucionalidade, você ter a interrupção do processo legislativo é algo com o que nós não podemos concordar jamais", disse Calheiros.

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O processo foi encaminhado ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para a emissão de parecer. Alves afirmou que vai atrás de Gurgel para falar sobre o tema. "Vou tomar a iniciativa pessoal de ter um contato respeitoso com o procurador para que possa nos dar uma ideia de quando faria sua manifestação", disse o presidente da Câmara.

O ministro Gilmar Mendes, por sua vez, afirmou que os encontros não tem poder para mudar o posicionamento que virá a ser adotado pela Corte. "Tudo que tem de trazer sensibilidade é para os autos, eu já tinha garantido que julgaria com celeridade", disse. Ele reiterou que já prepara o seu voto e que pedirá a inclusão na pauta assim que for recebida a manifestação da PGR.

Na saída do encontro, Alves aproveitou para reiterar que não terá prioridade na tramitação a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permite ao Congresso alterar decisões do STF. Ele destacou que existem 108 PECs aprovadas antes que esta e que ainda aguardam a criação de comissão especial para sua análise. "Não vou dar a ela uma prioridade por razões óbvias que vocês conhecem. Criou um certo ruído, um certo mal estar e não é isso que queremos e nem podemos nesse caminho direcionar, temos consciência da importância do Judiciário, do Legislativo e cada um exercendo seu papel".

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou nesta terça-feira, após encontro com parlamentares de oposição, que vai levar ao pleno da Casa a apreciação do mérito do mandado de segurança impetrado pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), que suspendeu a tramitação do projeto para restringir a criação de novos partidos políticos.

Após o encontro, Rollemberg afirmou ter saído satisfeito da conversa e reiterou que, na opinião de alguns parlamentares como ele, "o Supremo é o guardião da Constituição Federal e cabe a ele dar a última palavra em matéria constitucional".

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O senador tucano Álvaro Dias (PSDB-PR) defende que os impasses no Legislativo sejam resolvido no parlamento, "mas neste caso havia urgência: um projeto casuístico, oportunista, com favorecimento indevido a um dos lados em disputa e não haveria tempo para aguardar a solução desse impasse no Legislativo"'.

Para o senador Pedro Taques (PDT-MT), a questão não é caso para tanto alarde. "O Supremo cumpriu seu papel constitucional, porque esse pseudo processo legislativo é uma farsa, não houve intromissão." Já o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AC) avisou que, caso o pleno do Supremo decida pela continuidade no andamento do PLC, a oposição trabalhará para derrubá-la no Senado.

Em um vídeo publicado no site da Rede Sustentabilidade, novo partido que Marina Silva pretende criar, a ex-senadora diz que, graças a Deus e ao ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, ela e o seu grupo podem continuar a mobilização para estruturar a legenda.

"Vivemos recentemente uma tentativa no Congresso de silenciar a voz daqueles que têm um outro posicionamento. Graças a Deus, à mobilização da sociedade, dos senadores e do Supremo, na pessoa do ministro Gilmar Mendes, nós estamos agora livres para fazer o nosso processo político", disse Marina.

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Na semana passada, Mendes concedeu uma liminar que suspendeu a tramitação no Senado de um projeto de lei que restringe o acesso de novas siglas aos recursos do Fundo Partidário e ao tempo de rádio e TV. A proposta tem apoio do governo federal, e tem sido considerada um "golpe contra a democracia" pelo grupo de Marina. A ex-senadora é uma das prováveis adversárias da presidente Dilma Rousseff nas eleições do ano que vem.

Para sair do papel, além de superar essa disputa no Congresso, a Rede tem de conseguir reunir as mais de 500 mil assinaturas necessárias até outubro para poder registrar a nova sigla na Justiça Eleitoral. Até agora, o movimento já conseguiu coletar cerca de 200 mil fichas de apoio. A meta era chegar ao fim do mês de abril com 300 mil.

O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), negou nesta quinta-feira que a decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de congelar a tramitação do projeto que inibe a criação de partidos seja uma retaliação ao fato de a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara ter aprovado uma proposta que dá poderes ao Legislativo para sustar algumas decisões daquela Corte.

"Acredito que não. Como vamos acreditar numa coisa dessas? É preciso compreender a complexidade da separação dos poderes, que não pode se resumir a uma mera questão emocional", afirmou Calheiros, na saída de uma reunião com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

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Em decisão liminar tomada na noite desta quarta-feira (24), Mendes afirmou que a proposta que restringe acesso ao tempo de televisão e à maior fatia do Fundo Partidário às novas legendas foi aprovada na Câmara com "extrema velocidade de tramitação", o que, de acordo com ele, configuraria a possibilidade de violação a princípios democráticos, do pluripartidarismo e da liberdade de criação de siglas.

Na manhã desta quarta-feira, a CCJ da Câmara aprovou uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que dá poder ao Parlamento de rever determinadas decisões do STF. Pelo trâmite regimental, a Casa deveria criar uma comissão especial para analisar a PEC antes de enviá-la ao plenário. Nesta quinta-feira, no entanto, Alves anunciou que não pretende criar essa comissão de imediato e pediu uma análise para a área jurídica da Casa sobre a matéria.

O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), entrou na tarde desta quinta-feira com um mandado de segurança no Supremo para interromper a tramitação da proposta. Segundo Sampaio, a PEC 33 de 2011, de autoria do deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), representa uma "afronta à essência do Poder Judiciário da União, notadamente a função de guardião da Constituição atribuída ao STF".

O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou nesta quinta-feira que o Congresso vai recorrer ainda hoje da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que congelou, na noite de quarta-feira, 24, a tramitação do projeto que inibe a criação de partidos políticos. Embora negue que haja uma crise entre os poderes, Renan cobrou que o Judiciário faça uma "revisão dos seus excessos".

"O papel do Legislativo é zelar por sua competência. Da mesma forma que nunca influenciamos no Judiciário, não aceitamos que o Judiciário faça o mesmo. De modo que nós consideramos isso (a decisão do Supremo) uma invasão e vamos entrar com um agravo regimental que é, sobretudo, para dar uma oportunidade de o Supremo fazer uma revisão dos seus excessos", afirmou Renan, na saída de uma reunião no seu gabinete com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O agravo regimental tem por objetivo que os ministros, em plenário, revejam a liminar concedida por Gilmar Mendes.

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Na entrevista, Renan Calheiros afirmou que não quer "agravar uma crise". Perguntado se haveria de fato uma crise entre os poderes, o presidente do Senado se corrigiu e disse que não iria "criar uma crise" com o Poder Judiciário. O presidente da Câmara classificou a decisão de Gilmar Mendes de uma "intervenção equivocada" nos trabalhos do Legislativo.

Em decisão liminar, o ministro do Supremo afirmou que a proposta foi aprovada na Câmara com "extrema velocidade de tramitação", o que, segundo ele, configuraria a possibilidade de violação a princípios democráticos, do pluripartidarismo e da liberdade de criação de legendas.

O projeto restringe acesso ao tempo de TV e à maior fatia do fundo partidário às legendas recém-criadas ou oriundas de fusões. A proposta, cuja votação foi concluída na Câmara dos Deputados, prejudicaria uma eventual candidatura presidencial da ex-senadora Marina Silva, que tenta viabilizar seu partido, o Rede Sustentabilidade, e também a possível corrida do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que negocia aliança com o recém-criado MD (Mobilização Democrática).

O advogado-geral do Senado, Alberto Cascais, classificou nesta quinta-feira de "bravosa" a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender a tramitação do projeto de lei que inibe a criação de partidos políticos. "O que já houve até hoje, segundo o próprio presidente (Renan Calheiros), foram orientações com relação a leis, mas agora foi na tramitação de um projeto. Nunca houve uma intervenção tão bravosa. É inédito no Brasil", afirmou.

Contudo, Alberto Cascais disse que não há, até o momento, uma orientação passada por Renan Calheiros para recorrer da decisão do STF. "É um momento de reflexão", destacou.

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Em decisão liminar na noite desta quarta-feira, 24, o ministro Gilmar Mendes, do STF, afirmou que a proposta foi aprovada na Câmara com "extrema velocidade de tramitação", o que, segundo ele, configuraria a possibilidade de violação a princípios democráticos, do pluripartidarismo e da liberdade de criação de legendas.

Com o aval do Palácio do Planalto, partidos da base aliada deram maciço apoio à aprovação, na última terça-feira, 23, na Câmara dos Deputados, do projeto que restringe acesso ao tempo de TV e ao acesso à maior fatia do fundo partidário. A proposta prejudicaria uma eventual candidatura presidencial da ex-senadora Marina Silva, que tenta viabilizar seu partido, o Rede Sustentabilidade, e também a possível corrida do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que negocia aliança com o recém-criado MD (Mobilização Democrática).

Sob fortes críticas endereçadas à presidente Dilma Rousseff, o plenário do Senado derrubou, pouco antes da decisão do Supremo, a votação de um pedido de urgência para acelerar a votação do projeto de lei que inibe a criação de partidos políticos. O vice-líder do governo na Casa, Gim Argello (DF), havia apresentado as assinaturas necessárias para que a proposta seja apreciada diretamente pelo plenário, sem necessidade de passar por comissões temáticas.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), chegou a anunciar a aprovação do requerimento de urgência de forma simbólica. Ele contabilizou 47 votos dados, conforme a bancada dos partidos que apoiaram a proposta. Contudo, após um pedido de verificação de quorum, apenas 23 senadores registraram voto - regimentalmente eram necessários pelo menos 41 votos.

Para o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), a Casa "acabou pagando um mico". "Quis adiantar a tramitação correta e acabou recebendo uma reprimenda do Supremo". Ele e o senador Pedro Taques (PDT-MT) saíram em defesa do Supremo. Para eles, não houve interferência do Judiciário no Legislativo. "Não adianta dizerem que a decisão do ministro Gilmar Mendes é uma intromissão dentro do Legislativo. Existe juiz no Brasil. O poder Legislativo pode nos limites da Constituição, mas não pode tudo quando viola a mesma", destacou Taques.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), avisou nesta quarta-feira que o projeto de lei que inibe a criação de partidos políticos será votado apenas na próxima terça-feira, 30. Renan disse que, como não há o apoio unânime dos senadores, a matéria será analisada depois. "Nós só poderíamos votar o mérito com a unanimidade da Casa, como não há unanimidade, deixaremos para a semana que vem", afirmou.

No momento, os senadores discutem o requerimento apresentado pelo vice-líder do governo e líder do PTB no Senado, Gim Argello (DF), que pede urgência à proposta. Se for aprovado, o texto não precisaria passar pelas comissões temáticas e seria apreciado diretamente em plenário.

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A proposta, cuja votação na Câmara dos Deputados foi concluída nesta terça-feira, 23, é vista como uma tentativa de prejudicar a candidatura de prováveis adversários da presidente Dilma Rousseff nas eleições de 2014, como a ex-senadora Marina Silva e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

O senador, Eduardo Suplicy (PT-SP), pediu nesta quarta-feira (24) que a bancada do PT no Senado reflita sobre o apoio ao projeto que inibe a criação de partidos. Os 12 senadores da legenda foram obrigados nesta terça-feira (23) a fechar questão favorável ao projeto após o presidente nacional da sigla, deputado estadual Rui Falcão (SP), ter desembarcado em Brasília e tê-los enquadrado.

Na segunda-feira (22), o vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), havia dito, em discurso da tribuna, que apresentaria uma emenda ao projeto para que entrasse em vigor somente após a eleição de 2014. O líder do PT na Casa, Wellington Dias (PI), também se posicionou contrariamente à validade da proposta que barra a transferência do tempo de televisão e dos recursos do fundo partidário aos novas agremiações para a disputa eleitoral de 2014.

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Suplicy disse que, na Câmara, um deputado do PT lhe disse que não houve fechamento de questão favorável à proposta. O senador do PT de São Paulo disse que, ainda assim, na votação, deputados contrários à mudança preferiram sair do plenário e "dois ou três" apoiaram o projeto à revelia. Suplicy fez um apelo para que a leitura do requerimento de urgência ao projeto apresentado pelo líder do PTB no Senado, Gim Argello (DF), fosse realizada apenas na próxima semana.

Se aprovado, o pedido de urgência abrevia a tramitação da proposta, cuja votação na Câmara foi concluída nesta terça-feira. O texto poderia ser votado diretamente pelo plenário do Senado, sem a necessidade de passar pelas comissões temáticas. Nesta quarta-feira, contudo, o segundo-vice-presidente do Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), fez a leitura do requerimento de urgência. O pedido será votado após a conclusão da ordem do dia, a pauta de votações prevista para esta quarta-feira. Com maioria, a urgência deve ser aprovada.

É possível ainda que o próprio projeto seja apreciado nesta quarta-feira. Contudo, o mais provável é que a matéria seja analisada no mérito apenas na próxima semana. A proposta é tida como uma tentativa de prejudicar a candidatura de prováveis adversários da presidente Dilma Rousseff nas eleições de 2014. A ex-senadora Marina Silva (AC), que tenta tornar viável o Rede Sustentabilidade, não teria direito aos benefícios dos partidos. Sem tempo de TV e acesso à maior fatia do fundo partidário, dinheiro público para manter legendas, a candidatura praticamente se inviabilizaria.

As restrições às siglas prejudicam ainda o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, que articula apoio com o recém-criado Mobilização Democrática (MD), fruto da fusão do PMN com o PPS. Esses novos partidos não terão direito a dispor do tempo de TV e do fundo partidário dos parlamentares que participem de suas respectivas fundações ou que migrem para essas legendas.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato do partido à Presidência da República, afirmou nesta quarta-feira que o projeto que inibe a criação de novos partidos é um casuísmo que atende apenas ao interesse da reeleição da presidente de Dilma Rousseff. Para ele, foi uma "confissão de enorme temor" da disputa em 2014 o fato de o PT ter fechado questão a favor da votação da proposta.

Pouco antes, o líder do PTB no Senado, Gim Argello (DF), apresentou um pedido de urgência para que a votação do projeto de lei seja apreciada diretamente em plenário, sem a necessidade de passar pelas comissões temáticas da Casa. Ainda não há uma decisão da Mesa do Senado se o requerimento será apreciado ainda hoje.

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"O governo teme um embate, é uma presidente da República que atropela a agenda do País para se dedicar única e exclusivamente à agenda eleitoral e submete esta Casa a este momento vexatório", tucano. Para ele, a proposta não é contra a criação de um "partido político" ou uma "pretensa candidatura". "É uma violência contra a democracia", destacou.

A proposta, cuja votação na Câmara dos Deputados foi concluída nesta terça, 23, é tida como uma tentativa de prejudicar a candidatura de prováveis adversários da presidente Dilma Rousseff nas eleições de 2014.

Aécio classificou a eventual aprovação do regime de urgência de "violência regimental" e "violência política" que o governo não precisaria cometer. Ele se solidarizou com Marina Silva. "Quero prestar aqui de público a minha solidariedade, meu respeito e minha admiração pela companheira Marina Silva, que luta e luta bravamente com as suas poucas forças estruturais, mas com enorme força moral para construir uma alternativa para o País. Mas se isso (o projeto que inibe) busca afetá-la, só irá fortalecê-la", destacou.

O líder do PTB no Senado, Gim Argello (DF), apresentou nesta quarta-feira no plenário da Casa um pedido de urgência para votação do projeto de lei que inibe a criação de partidos políticos. Sem alarde, o petebista apresentou as assinaturas necessárias para que a proposta seja apreciada diretamente em plenário. Logo após o vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), ter lhe informado que iria analisar se o pedido de urgência iria à votação logo na sessão desta quarta-feira, os senadores contrários ao projeto criticaram a eventual votação da proposta.

A proposta, cuja votação na Câmara dos Deputados foi concluída nesta terça-feira, 23, é vista como uma tentativa de prejudicar a candidatura de prováveis adversários da presidente Dilma Rousseff nas eleições de 2014. A ex-senadora Marina Silva, que tenta viabilizar seu partido, o Rede Sustentabilidade, não teria direito aos benefícios dos partidos. Sem tempo de TV e acesso à maior fatia do fundo partidário, dinheiro público para manter partidos, a candidatura praticamente se inviabilizaria.

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O requerimento de urgência tem de ser aprovado pelo plenário para que o projeto então seja apreciado pelo plenário sem a necessidade de tramitar pelas comissões do Senado.

As restrições às legendas prejudicam ainda o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que articula apoio com o recém-criado Mobilização Democrática (MD), fruto da fusão do PMN com o PPS.

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) cobrou "bom senso" da Casa na discussão. "Claramente não se trata de reforma política. Se trata de casuísmo político. Se o requerimento for votado e aprovado hoje, é a maior violência já cometida contra a democracia brasileira", criticou ele, ao destacar que o Congresso "não precisa passar por este constrangimento de aprovar essa matéria em prazo recorde na Câmara e depois em prazo recordíssimo no Senado".

O senador Pedro Taques (PDT-MT) comparou à proposta ao "Pacote de Abril", um conjunto de leis editadas pelo governo militar de Ernesto Geisel em 1977 que levou ao fechamento temporário do Congresso. "É uma farsa para evitar que Marina possa ser candidata e o MD possa se constituir como partido político", criticou.

Taques disse que muitos dos que foram favoráveis à criação do PSD, partido do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab e que, no plano federal, apoia a presidente Dilma Rousseff, querem barrar a criação de outros partidos. "Este Congresso, em particular o Senado, se envergonha da aprovação de urgência", disse.

70 ideologias

O senador Humberto Costa (PT-PE) saiu em defesa da aprovação do projeto. Segundo ele, foi o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quem concedeu os direitos ao tempo de TV e ao fundo partidário ao PSD.

"Considero que é absolutamente justo que discutamos e votemos. Injusto é o TSE impedir que o Congresso trave esse debate e restabeleça o princípio da fidelidade", afirmou o líder petista. Para ele, atualmente existem 31 partidos criados e mais 39 em formação no País. "Existem no País 70 ideologias diferentes que justifiquem a formação de 70 novos partidos?", questiona.

Por 178 votos a 74, a Câmara rejeitou emenda do líder da Mobilização Democrática (MD), Rubens Bueno (PR), que adiava para 2015 a entrada em vigor das normas que dificultam o acesso de novos partidos ao tempo de propaganda na TV e ao fundo partidário. Desse modo, as regras que asfixiam as novas legendas, como a que está sendo formada pela ex-ministra Marina Silva, já valem para a eleição do ano que vem. O projeto segue agora para votação no Senado.

Com a rejeição da emenda de Bueno e mais quatro destaques que procuravam mudar o projeto do deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), a Câmara encerrou a polêmica votação, atacada pelos partidários das candidaturas à Presidência do tucano Aécio Neves, de Marina e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

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O PMDB, o PT, o DEM e o Palácio do Planalto apoiaram a emenda. Os contrários, sob a liderança do PSB do Senado, anunciaram que vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) porque o projeto seria inconstitucional. O PSB alega que, ao decidir pelo acesso do PSD ao fundo partidário e ao tempo de TV, o STF já decidiu a questão e as normas não poderão valer para a próxima eleição.

O líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF), afirmou nesta terça-feira que recorrerá à Justiça assim que o projeto que inibe a criação de partidos chegar à Casa. "Nós vamos dar entrada num mandado de segurança preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF), buscando evitar a apreciação desse tema no Senado porque ele é claramente inconstitucional", disse, em discurso na tribuna.

Aprovada na semana passada pela Câmara, a proposta impede a transferência do tempo de televisão e dos recursos do Fundo Partidário às novas legendas já para as eleições de 2014. Na prática, torna inviável o funcionamento de siglas em gestação, como a Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva (AC), a fusão entre PPS e PMN, que decidiu criar o Mobilização Democrática, e o Partido Solidariedade, do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, presidente da Força Sindical.

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O possível candidato do PSB a presidente da República, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, chamou a proposta de uma "manobra antidemocrática". Esta semana, a Câmara ainda votará destaques referentes ao projeto, como uma emenda do PSDB que pede que a regra entre em vigor em outubro e outra, do PPS, que pretende estipular o início do novo preceito em fevereiro de 2015.

"O Supremo Tribunal Federal decidiu, recentemente, em relação ao PSD, os critérios da livre organização partidária, o direito de antena, o direito de ter os recursos do Fundo Partidário, e nós não podemos ter partidos de primeira categoria e partidos de segunda categoria, parlamentares de primeira categoria e parlamentares de segunda categoria", criticou Rollemberg. "Portanto, não há por que, não há nenhuma razão para se submeter ao tempo dos outros e buscar tomar uma decisão absolutamente inapropriada e extemporânea."

Nesta segunda-feira (22), senadores do PT se posicionaram contrariamente à validade das regras para as próximas eleições. O líder do partido no Senado, Wellington Dias (PI), defendeu a validade da regra só a partir de 2015. Amigo de Marina, o senador Jorge Viana (PT-AC) anunciou que apresentará emenda para a nova regra valer apenas a partir da próxima legislatura.

A ex-senadora Marina Silva, possível candidata à Presidência da República no ano que vem, participa na tarde desta terça-feira de reunião com um grupo de senadores e deputados para discutir o Projeto de Lei 4470/12, que asfixia a criação de novos partidos. O encontro ocorre no gabinete do senador Pedro Simon (PMDB-RS) e conta com a presença do tucano Aécio Neves (MG), também possível candidato no ano que vem, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-RJ), o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e o deputado Roberto Freire, presidente do recém-criado MD.

Ao chegar ao gabinete, Marina elogiou a iniciativa do PT contra o projeto - o jornal O Estado de S. Paulo mostrou nesta terça que lideranças do governo se mobilizam para fazer as normas do projeto valerem apenas na próxima legislatura. "A voz de todos favoráveis à democracia e contra o casuísmo é importante", disse.

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O projeto enfrenta resistência no Senado desde a aprovação do texto-base na Câmara, na semana passada. Nesta terça devem ser analisadas cinco emendas. Em seguida, a proposta segue para a Casa. Da forma como está, o texto restringe o acesso de novas legendas ao Fundo Partidário e ao tempo de propaganda em rádio e TV. Isso prejudicaria as candidaturas de Marina, que tenta criar sua sigla, a Rede Sustentabilidade, e do governador pernambucano Eduardo Campos (PSB).

O argumento principal utilizado pelos parlamentares refere-se ao benefício concedido ao PSD, que nas eleições do ano passado teve direito à tempo de televisão e ao Fundo Partidário.

O senador Rollemberg já adiantou, na semana passada, que vai entrar com um mandado de segurança para tentar impedir a tramitação do projeto no Senado, assim que a apreciação na Câmara terminar. "Existe decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que diz que é livre a organização partidária. O projeto é flagrantemente inconstitucional", disso ao chegar para a reunião. "Se o projeto passa, você criaria a figura esdrúxula de partidos de primeira e segunda categoria."

Para o deputado Roberto Freire, a maior resistência no Senado demonstra que "alguns setores se deram conta do casuísmo e da violência que esse projeto significa".

No dia em que a Câmara dos Deputados deve finalizar a votação do projeto que limita o acesso de novos partidos ao Fundo Partidário e ao tempo de propaganda do rádio e na TV, o vice-presidente da República, Michel Temer, defendeu uma reforma política que reduza o número de partidos.

Ele esteve no Congresso Nacional para participar de um almoço do bloco União e Força (PTB, PR, PSC, PPL e PR) e comentou o assunto antes de seguir para o restaurante do Senado. "É uma posição antiga que tenho. O número reduzido de partidos pode ajudar até a própria democracia brasileira", afirmou.

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Segundo o vice-presidente, o objetivo da lei foi tentar reduzir o número de partidos. No entanto, ele disse que não entraria no mérito da matéria, da qual admitiu haver "opiniões divergentes". No próprio Senado, lideranças do PT afirmaram que vão apresentar emendas para que a nova regra comece a valer apenas na próxima legislatura.

A proposta cujo texto-base foi aprovada na Câmara inviabiliza o funcionamento de siglas em gestação. Além de prejudicar o projeto eleitoral da ex-senadora Marina Silva, a regra afetaria o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), outro provável candidato à Presidência em 2014.

A Câmara poderá concluir, nesta terça-feira (23), a votação do projeto de lei 4470/2012 que trata sobre restrições a novos partidos. O projeto começou a ser discutido na última quarta-feira (17), mas um acordo entre as lideranças partidárias transferiu a votação no plenário para esta semana. A sessão extraordinária está marcada para as 13h.

De autoria do deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), o PL impede a transferência do tempo de propagando eleitoral e dos recursos do Fundo Partidário relativos aos deputados que mudam de partido durante a legislatura. Faltam ser analisados os destaques que tratam sobre vários pontos do texto. Os partidos, por exemplo, tem opiniões diferentes sobre a data de vigência.

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A discussão promete ser acalorada. Enquanto o PSDB, o PSB, o PPS, o PV, o Psol e o PMN classificam o projeto como uma tentativa de impedir o crescimento dos partidos em fase de criação - como a Rede Sustentabilidade, da presidenciável Marina Silva -, os demais partidos argumentam que a medida é justa porque protege as legendas que perderam correligionários e evita a criação de partidos de aluguel, sem pretensão de crescimento no cenário político-eleitoral.

Com informações da Agência Câmara de Notícias.

O líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), afirmou nesta segunda-feira, 22, que é contra a validade do projeto de lei que barra a transferência do tempo de televisão e dos recursos do fundo partidário aos novos partidos já para as eleições de 2014. O senador petista Jorge Viana (AC) também anunciou que apresentará emenda para a nova regra valer apenas para a próxima legislatura.

A proposta, aprovada na Câmara dos Deputados na semana passada, inviabiliza o funcionamento de legendas em gestação, como a Rede Sustentabilidade, da ex-ministra Marina Silva, a fusão entre PPS e PMN, que decidiu criar o Mobilização Democrática, e o Partido Solidariedade, do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical.

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"Há uma tendência de se realizar mudanças no projeto para que ele entre em vigor após o calendário da próxima eleição", afirmou o líder petista, ao ressaltar que, para ele, há uma "tendência de alteração" em relação à proposta aprovada na Câmara.

Antes de chegar ao Senado, ainda falta a votação pelos deputados de destaques ao projeto. O principal deles é quanto ao início da vigência da proposta. Uma emenda do PSDB quer que a regra entre em vigor a partir de outubro de 2013, enquanto o PPS pretende estipular o início em fevereiro de 2015.

Amigo pessoal da ex-ministra Marina Silva, Jorge Viana afirmou, em discurso da tribuna do Senado, que apresentará uma emenda assim que o projeto chegar à Casa para garantir a validade da nova regra somente a partir de 2015. "Temos de ser justos, mexer nas regras do jogo com o jogo em andamento não vale", criticou ele.

O líder do PT ressaltou que a regra atual é que o partido, para ser criado, precisa ter obtido votos de eleitores para ter direito aos benefícios da lei, como tempo de TV e acesso ao fundo partidário. Segundo ele, a exceção foi o PSD, que conseguiu por decisão do Tribunal Superior Eleitoral acesso às benesses da legislação eleitoral.

Após a decisão da Câmara dos Deputados que, nesta quarta-feira (17), aprovou projeto que impede os novos partidos de terem acesso ao fundo partidário e ao tempo de TV, a sigla que a ex-senadora Marina Silva pretende criar para disputar a Presidência da República em 2014, a Rede Sustentabilidade, conseguiu nesta quinta-feira na Justiça o direito de possuir um CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas). Com isso, militantes da ex-ministra podem iniciar alguns processos importantes - como arrecadação de verba e espaços para sedes regionais - para acelerar a coleta de assinaturas que efetivará a criação do partido.

A decisão, em caráter liminar, foi concedida pela juíza Dra. Cristiane Pederzolli Rentzsch. "Nada obsta que o partido político obtenha o CNPJ e atue na sociedade exercendo seus direitos civis de forma regular enquanto não é deferido o seu registro no TSE.(...) Ademais, a imposição normativa da Receita Federal constitui verdadeiro óbice para que o partido político em voga obtenha meios para angariar recursos e, assim, possa promover a obtenção de assinatura necessária para o apoiamento eleitoral, requisito necessário para o registro do seu estatuto", afirma a juíza.

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Depois de se constituir nos termos da legislação civil em fevereiro, a Rede teve o pedido de CNPJ negado pela Receita, por conta de uma Instrução Normativa interna que impede a concessão de CNPJ a partidos políticos que ainda não tenham registro no TSE. "É a primeira grande contribuição da Rede para o processo democrático. A partir de agora os partidos terão o direito e o dever de agir com transparência", diz André Lima, responsável pela área jurídica da Rede.

Segundo Lima, até agora as atividades do partido estavam sendo feitas de uma forma informal com a contribuição de militantes que cediam o seu CPF para poder efetuar qualquer tipo de ação. "A gente acaba tendo que fazer tudo no paralelo. O aluguel da sede está em meu nome, por exemplo. Com o CNPJ é possível ter uma contabilidade organizada, transparente e decente", diz.

A decisão judicial diz ainda que a norma da Receita acaba "se tornando um obstáculo intransponível para o próprio nascimento de pequenos partidos políticos, que acabariam tendo seu registro negado pela ausência de meio de captação de recursos, e por conseguinte, se tornando um entrave maior ao próprio exercício da democracia no País."

Sem o CNPJ, reforça Lima, a meta de atingir 560 mil assinaturas para a criação do partido é realmente dificultada. "A norma da Receita restringe o direito de novos partidos", afirma. De acordo com ele, não há um prazo definido para a obtenção do CNPJ, porém, é algo que não deve demorar para acontecer. De acordo com Lima, o último balanço realizado pela Rede, há mais ou menos 15 dias, contabilizava cerca de 150 mil assinaturas. Um segundo balanço deve ser divulgado no próximo dia 28.

O ministro chefe da secretaria-geral da Presidência da República Gilberto Carvalho rebateu, nesta quinta-feira, as acusações de que a atuação do governo seria oportunista e miraria possíveis adversários para as próximas eleições, ao apoiar o projeto de lei que inibe a criação de novos partidos. A proposta foi aprovada nesta quarta-feira, 17, no plenário da Câmara dos Deputados.

"Eu nunca ouvi falar que fidelidade partidária fosse oportunismo", disse o ministro, ao final de reunião com lideranças do MST e com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Carlos de Guedes. "Os deputados foram eleitos por partidos. Quando nós começamos o nosso partido (o PT), fizemos um longo caminho até nos constituirmos. Não tem que ter pressa em ficar criando partidos."

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Na visão do ministro, a votação desta quarta na Câmara respeitou a fidelidade partidária. "Temos de respeitar a institucionalidade partidária, defender os partidos, e não fazer um processo sem fim de criação de partidos para acomodar interesses eleitorais", concluiu.

Sob pressão do Palácio do Planalto, a Câmara aprovou nesta quarta o texto-base do projeto de lei que limita o acesso de novos partidos ao Fundo Partidário e ao tempo de propaganda na TV e no rádio. O resultado cria dificuldades, por exemplo, para a candidatura da ex-ministra Marina Silva, que quer formar um novo partido, a Rede. Também atrapalha as pretensões do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), pois quem migrar de legenda não poderá levar o tempo de TV.

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