Tópicos | OAB-RJ

A juíza Maíra Valéria Veiga de Oliveira, diretora do Fórum de Iguaba Grande, na Região dos Lagos, foi denunciada pela Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ) por impedir a entrada no fórum de advogadas cuja saia esteja mais de 5 centímetros acima do joelho.

A Comissão de Prerrogativas da OAB-RJ protocolou uma representação na Corregedoria do Tribunal de Justiça por entender que “o critério não encontra amparo legal”.

##RECOMENDA##

De acordo com a OAB-RJ, para fazer valer o padrão arbitrário que instituiu, a magistrada afixou, à entrada do tribunal, um aviso com foto de referência e autorizou seguranças a medirem as roupas das advogadas com régua.

No documento, a Ordem sustenta que a magistrada, ao descumprir deliberadamente a regra do Artigo 6º da Lei Federal 8906/94, falta com seu “dever funcional de cumprir e fazer cumprir, com independência, serenidade e exatidão, as disposições legais e os atos de ofício na forma do Artigo 35 da Lei Orgânica da Magistratura”.

O ato se dá após tentativas frustradas de diálogo da seccional com a juíza. No ano passado, a presidente da OAB/Iguaba Grande, Margoth Cardoso, procurou a juíza Maíra Oliveira na tentativa de suspender a medida, considerando indigno o tratamento dispensado às advogadas. Foram apresentadas  diversas queixas de advogadas que se sentiram humilhadas com a medida, como uma estagiária que precisou costurar o casaco à barra da saia para transitar no fórum e uma advogada que teve de se curvar para cobrir os joelhos e passar pela portaria, por exemplo, mas a juíza manteve a decisão.

No início deste mês, a comarca foi escolhida para a primeira blitz da Diretoria de Mulheres da OAB, que verifica o cumprimento das prerrogativas das advogadas nos fóruns do estado. Com vestidos acima dos joelhos, a diretora de Mulheres, Marisa Gaudio, e outras representantes da OAB foram ao Fórum de Iguaba Grande para testar a recepção. A vice-presidente da OAB Mulher, Rebeca Servaes, foi barrada na entrada. O grupo exigiu falar com a direção, e a juíza comprometeu-se a refletir sobre o assunto e consultar o Tribunal de Justiça sobre a viabilidade de revogar a regra, mas, segundo as representantes da OAB, resposta nunca chegou. 

“Muitas advogadas têm medo de denunciar, pois precisam fazer uma confusão para conseguir entrar e quem fará a audiência delas será a própria juíza”, disse Maria Gaudio. “De acordo com a lógica da magistrada, quando uma mulher usa vestido curto, tira o foco dos homens das audiências", afirmou a representante da OAB.

A Corregedoria-Geral de Justiça do Tribunal de Justiça do Rio abriu procedimento para apurar a conduta da diretora do Fórum de Iguaba Grande, Maíra de Oliveira.

 

A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB-RJ) vai levar nesta segunda-feira, 23, ao procurador-geral de Justiça do Estado, Eduardo Gussem, um documento pontuando o que entende como erros da política de segurança pública do governo Wilson Witzel (PSC). A entidade reagiu de forma contundente à morte da menina Ágatha Félix, vítima de um tiro de fuzil durante uma ação policial no Complexo do Alemão na noite de sexta-feira.

"O que a OAB vai tratar e discutir com o Ministério Público são medidas concretas que levem a evitar uma política de extermínio de inocentes", disse à reportagem Luciano Bandeira, presidente da OAB-RJ.

##RECOMENDA##

Em nota pública sobre o episódio, a OAB destacou o "recorde macabro" de 1.249 mortos pela polícia no Estado em oito meses até agosto. Também afirmou que a política de segurança pública sem planejamento de inteligência atenta contra a integridade da população e da própria polícia.

"O que deixa a gente estarrecido é que depois da morte de uma menina de oito anos de idade o governo do Estado vem a público dizer que vai continuar fazendo a mesma coisa. O que estão dizendo é que amanhã outra Ágatha vai morrer", completou.

No fim de semana o governo do Rio afirmou em nota que a política de segurança adotada pelo governo Witzel é baseada em inteligência, investigação e reaparelhamento das polícias e que desde o início de 2019, as polícias Civil e Militar têm trabalhado para reduzir os índices criminais e retomar territórios ocupados por facções criminosas ao longo dos últimos anos.

Para Bandeira, o que se vê hoje no Rio é uma política de segurança de "enxugar gelo", com operações ineficazes no combate ao crime e que, ao mesmo tempo, têm como efeito colateral a morte de moradores e policiais. Os agentes também sofrem com altos índices de suicídios e afastamento do trabalho por causas psicológicas, pontua.

Citando a política de gratificação a policiais por "atos de bravura" instituída na época do governo Marcello Alencar, que elevou a taxa de letalidade em confrontos com a polícia, Bandeira critica a repetição de uma estratégia que em sua análise já se provou mal sucedida. "A diferença é que agora atingimos números nunca antes vistos. São cinco pessoas mortas por dia de janeiro a agosto. É um quantitativo alarmante", ressalta.

A posição da OAB-RJ é de que a política de segurança deve ter como principal objetivo a preservação da vida, isto é, se uma operação põe em risco um inocente ela não deve ser executada.

O presidente da OAB do Rio se diz "apavorado" com a possibilidade de aprovação da proposta de redução ou isenção de pena a policiais que cometerem excessos no combate ao crime - a chamada excludente de ilicitude - prometida em campanha pelo presidente Jair Bolsonaro e parte do pacote anticrime proposto pelo ministro da Justiça, Sergio Moro.

"Isso não pode passar. Se com as regras atuais as forças de segurança no Estado do Rio mataram 1249 pessoas, imagina a que nível chegariam com a excludente de ilicitude", pondera.

A OAB-RJ aguarda a análise de um pedido de liminar em uma Ação Civil Pública junto à Justiça Federal contra o Governo do Estado do Rio pela determinação de sigilo, por 15 anos, do Manual Operacional das Aeronaves da Secretaria de Estado da Polícia Civil. O entendimento é que o sigilo sobre as operações com helicópteros é inconstitucional.

Mãe da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), Marinete Silva afirmou que o assassinato da da filha foi uma “covardia muito grande”. Durante uma audiência pública com a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania do Parlamento do Mercosul, realizada pela Ordem dos Advogados do Brasil seccional do Rio de Janeiro (OAB-RJ) nessa sexta-feira (11), ela disse que não quer acreditar que a morte de Marielle tenha sido planejada por um vereador da Câmara do Rio.

"Aquilo que foi arquitetado contra a minha filha não é humano. É lamentável que naquele parlamento de homem branco, seja lá quem tenha planejado, arquitetado. Matar. Como é que Mariele tenha pago com a vida numa situação dessas? Foi uma covardia muito grande", desabafou. 

##RECOMENDA##

Às vésperas do primeiro Dia das Mães sem a filha e em um discurso rápido, Marinete ponderou como era difícil ainda falar da filha. 

"O dia 13 de março, véspera da morte de Marielle, foi tão marcante quanto o dia 14. Passamos horas juntas, quase não tínhamos oportunidade de conversar. Jamais imaginaria que no dia seguinte eu ia receber a notícia que ceifariam a vida da minha filha daquela maneira. Não tenho certeza de nada só que tudo isso não é humano", disse. "Levaram um pedaço da gente. Filho faz parte de nós. Não dá para mensurar que ausência é essa. É um Dia das Mães de dor", completou.

[@#video#@]

Envolvimento de vereador

Na última quarta-feira (10), o jornal O Globo revelou que um homem que prestou serviços a uma milícia na zona oeste do Rio procurou a polícia para acusar o vereador carioca Marcello Siciliano (PHS) e o ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo de planejarem a execução de Marielle. 

O homem, considerado testemunha-chave do caso, disse à polícia ter visto pelo menos quatro conversas entre Siciliano e Araújo, nas quais a dupla debateu o assassinato de Marielle. O vereador negou o relato da testemunha. 

O ex-procurador da República Marcello Miller, pivô no caso do suposto favorecimento do processo de delação dos executivos do Grupo J&F, foi liberado pela Ordem dos Advogados do Brasil do Rio (OAB-RJ) para voltar a advogar. Nesta quinta-feira, 14, a CPMI da JBS na Câmara dos Deputados aprovou o pedido de indiciamento de Miller em seu relatório final o acusando de atuar em favor do grupo.

No último dia 10, acabou o prazo de 90 dias de suspensão preventiva da carteira do ex-procurador, feita pelo Tribunal de Ética e Disciplina do órgão, no dia 13 de setembro. A proibição de advogar era uma espécie de medida cautelar, enquanto tramita o processo ético-disciplinar contra Miller na Ordem.

##RECOMENDA##

Em nota, a OAB-RJ informou que "a suspensão preventiva da carteira de Marcello Miller terminou por força legal". "O prazo máximo previsto na Lei federal 8.906/1994 é de 90 dias. Importante ressaltar, porém, que o processo ético-disciplinar que apura todos os fatos ligados à conduta do advogado, com análise da perda definitiva do registro profissional, continua em paralelo à investigação policial e dentro do rigor exigido pelas normas da entidade", informou o órgão, por nota.

A Ordem acrescentou que o processo ético-disciplinar é sigiloso e ainda não há data definitiva para encerrar. Procurado, o advogado de Miller, André Perecmans, disse que não tem informações se Miller já voltou a atuar, ou se ele já tem algum cliente, por ser uma questão "da vida privada dele".

O processo da comissão de ética que analisa se Miller exerceu a advocacia enquanto atuava no Ministério Público Federal (MPF) foi aberto no dia 27 de junho, após o ex-procurador ter prestado esclarecimentos para o conselho.

Na ocasião, o presidente da ordem, Claudio Lamachia, havia dito que ordem entendeu que tinham elementos claros que poderiam levar a suspensão cautelar. "Espero que o processo, no âmbito da OAB, seja célere para que nós possamos ter efetivamente o esclarecimento sobre esse fato que, sem dúvida nenhuma, tem que ser apurado. A ordem, não só com esse profissional, mas com qualquer outro da advocacia, tem sido muito rigorosa com seus procedimentos éticos", disse, na ocasião.

A OAB-RJ vai formar nesta segunda-feira, 24, Comitê de Mobilização pela Reforma Política, que pretende buscar pontos de consenso e depois elaborar projetos a serem encaminhados ao Congresso Nacional.

O presidente da OAB-RJ, Felipe Santa Cruz, disse que as recentes manifestações nas ruas mostram claramente a insatisfação com os meios de participação política da população e criam um ambiente favorável a mudanças. "Há uma insatisfação clara que está nas ruas. Ou isso vai para o campo da fúria ou da esperança. Estamos criando um fórum para ouvir movimentos sociais, partidos e estudantes, elaborar uma agenda de mobilização e em seguida apresentar projetos", afirmou Santa Cruz.

##RECOMENDA##

O presidente da OAB-RJ reconhece que há pontos controversos na reforma política, como a convocação de uma Constituinte exclusiva. No entanto, acredita que alguns pontos podem avançar mais facilmente, como o financiamento público de campanha, a redução do número mínimo necessário para a apresentação de projetos de iniciativa popular (hoje é necessária a assinatura de 1,3 milhão de pessoas) e regras mais rígidas para a criação e o funcionamento de partidos políticos.

A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder divulgou uma nota repudiando o atentado a bomba contra a Ordem dos Advogados do Brasil seccional Rio de Janeiro que aconteceu nesta quinta-feira (7). O texto declara que há uma ação na intenção de intimidar os trabalhos de investigação sobre os crimes políticos práticados durante a ditadura militar.          

Nota na integra:

Desde 2011, o Brasil adotou, como política de estado, a construção da verdade histórica dos fatos e das circunstâncias de graves violações de direitos humanos verificadas na história política recente, notadamente, a partir do golpe militar de 1964. O intuito é promover o esclarecimento circunstanciado de casos de torturas, mortes, desaparecimentos forçados, ocultação de cadáveres e autoria.

Para a consecução dessa política de estado, foram constituídas a Comissão Nacional da Verdade e  algumas comissões estaduais, dentre as quais a Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara (CEMVDHC), em Pernambuco, a primeira instituída no âmbito estadual.

A CEMVDHC solidarizasse com a seccional fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, cujo prédio foi esvaziado na tarde de ontem após ameaça de bomba e a explosão de um artefato na sede daquela Seccional, localizada no centro do Rio de Janeiro.

De logo, a CEMVDHC repudia com veemência qualquer ato intimidatório que venha a se comprovar contra os trabalhos das Comissões da Verdade, inclusive com a do estado do Rio de Janeiro, assim como ratifica e renova o seu inquebrantável compromisso com a sociedade e com o Governo do Estado de Pernambuco em continuar e concluir o trabalho na construção da verdade.

A CEMVDHC espera que esse lamentável fato seja apurado com celeridade pelas autoridades públicas constituídas, a fim de que haja a exemplar punição dos seus responsáveis.

O Supremo Tribunal de Federal (STF) começou a julgar, na manhã desta quarta-feira (11) a possibilidade de interrupção da gravidez em casos de fetos anencéfalos. A votação é acompanhada por representantes de instituições favoráveis à ação. Estão presentes, membros da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Comissão de Bioética e Biodireito da Ordem dos Advogados, seção Rio de Janeiro (OAB-RJ) e o Grupo de Estudos sobre o Aborto.



A expectativa é que o julgamento seja concluído com maioria dos votos a favor da interrupção da gestação nos casos comprovados de fetos anencéfalos. O ministro do STF, Marco Aurélio, em seu voto, defendeu a liberdade de escolha da gestante. “Até 2005 três mil autorizações para interrupção da gestação de fetos anencefálicos foram concedidos em juízo. O que demonstra a necessidade de pronunciamento desta Casa. Segundo, o Brasil é o quarto País em casos de fetos anencéfalos, ficando atrás, apenas do Chile, México e Paraguai”.



O ministro destacou outros dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), “A cada três horas nasce um feto anencéfalo, segundo a OMS, datado dos anos de 1993 a 1998” e reforçou que o tema julgado envolve a “dignidade, saúde e o direito a liberdade de escolha do ser humano”. Além de basear seu voto na Constituição Federal, o ministro Marco Aurélio fez referência a princípios religiosos.



O julgamento que passou oito anos em tramitação, está sendo transmitido ao vivo pela TVjustiça. A previsão é que o caso tenha seu desfecho nesta quarta-feira ou, no máximo, se estenda até quinta-feira.





O Supremo Tribunal Federal (STF), após oito anos em tramitação, votará nesta quarta-feira (11) a ação para descriminalização da antecipação do parto de fetos anencéfalos. Atualmente, as ações movidas por gestantes decididas em não levar a gestação nestas condições adiante têm sido analisadas individualmente.

Esta análise, no entanto, é subjetiva, pois depende da interpretação de cada juiz ou promotor, podendo, em uma minoria dos casos, ser negada. Devido a todos os obstáculos existentes atualmente, desde 1989 já foram solicitadas, no Brasil, cerca de 10 mil autorizações judiciais para a interrupção da gestação. 

A votação será acompanhada por representantes de instituições favoráveis à ação. Estarão presentes, membros da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Comissão de Bioética e Biodireito da Ordem dos Advogados, seção Rio de Janeiro (OAB-RJ) e o Grupo de Estudos sobre o Aborto.

##RECOMENDA##

As entidades acreditam que as mulheres devem ter o direito livre e esclarecido de decidir pela interrupção ou não de sua gravidez nos casos de fetos anencéfalos, sem que tenham impostas preferências e crenças de terceiros.

Anencefalia - Constitui grave malformação fetal que resulta da falha de fechamento do tubo neural, cursando com ausência de cérebro, calota craniana e couro cabeludo. Estimativas apontam para incidência de aproximadamente um caso a cada 1.000 nascidos vivos. Cerca de 50% dos fetos anencéfalos apresenta parada dos batimentos cardíacos fetais antes mesmo do parto. Um pequeno percentual desses fetos anencéfalos apresenta batimentos cardíacos e movimentos respiratórios fora do útero, funções que podem persistir por algumas horas e, em raras situações, por mais de um dia. A anencefalia é, portanto, um processo irreversível, sem qualquer possibilidade de sobrevida.

Diagnóstico - Por meio de exames de ultrassonografia e de ressonância magnética é possível diagnosticar a anencefalia com 100% de precisão a partir da 12ª semana de gestação. São, portanto, desnecessários procedimentos invasivos ou outros exames para a confirmação diagnóstica.

Morbimortalidade materna - A literatura científica demonstra a associação entre anencefalia fetal e maior risco de complicações maternas, como hipertensão arterial e aumento do volume de líquido amniótico (polidrâmnio), alterações respiratórias, hemorragias vultosas por descolamento prematuro da placenta, hemorragias no pós-parto por atonia uterina e embolia de líquido amniótico (grave alteração que cursa com insuficiência respiratória aguda e alteração na coagulação sanguínea). Portanto, a manutenção desta gestação coloca a saúde da gestante em riscos absolutamente desnecessários.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando