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Ansiedade, emoção, felicidade foram os sentimentos que marcaram a noite do último sábado (16), durante a premiação dos vídeos do 14º Festival Osga de Vídeos Universitários da Universidade da Amazônia (Unama). Este ano o festival propôs o tema "Admiráveis Telas" e obteve número recorde de inscritos, 31 vídeos, nas diversas categorias, incluindo participantes de fora do Estado. Há 14 anos o festival incentiva a produção audiovisual.
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O Festival Osga é a maior premiação de vídeos universitários da Amazônia. Criado dentro de sala de aula por alunos do curso de Publicidade e Propaganda da Unama, o festival hoje possui um amplo destaque nacional. O evento premia os vídeos inscritos nas categorias Osga na Escola, Vídeo Minuto, Vídeo-arte, Minidocumentário, Melhor vídeo publicitário, Melhor cartaz, Melhor trilha sonora, Melhor figurino, melhor campanha de divulgação, Melhor produção, Fotografia, Edição, Melhor atriz, Melhor ator, Melhor roteiro, Melhor diretor e o Melhor Ficção.
O curta-metragem que levou pra casa mais prêmios na noite foi "Manas Kill", que conquistou melhor trilha sonora, melhor figurino, melhor campanha de divulgação, melhor produção e melhor diretor. Edielson Shinohara, diretor e roteirista do filme, conta que é uma grande realização receber tantos prêmios, principalmente por dar visibilidade para assuntos importantes, como questões LGBTI e inserção de pessoas transexuais no mercado de trabalho, temáticas essas abordadas no filme. “É uma felicidade muito grande estar aqui hoje, de estar recebendo esses prêmios do Osga, acho que isso foi tudo um bônus de um trabalho de dois meses, que a gente realizou. Ter chegado até aqui e ter revelado vozes que infelizmente ainda não são valorizados por parte da população é uma coisa incrível”, contou Shinohara.
O grande vencedor da noite, que ganhou o prêmio de melhor ficção, foi o curta "E-namorados", dos alunos de Comunicação da Universidade Federal do Estado do Pará (UFPA). O filme abordou relacionamentos a distancia pela internet. O ator principal, Manuel Tejera, atuou diretamente de Madri, apenas através da internet. A diretora do filme, Nancy Araújo, conta que o prêmio foi uma surpresa. Ela agradeceu ao festival por dar a oportunidade e espaço para a produção universitária. “A emoção é muito grande, pois sinceramente a gente não esperava chegar até aqui, de verdade foi uma grande surpresa. A gente está muito grata a Deus e ao Osga por dar esse espaço para a nossa produção e de pode testar os nossos conhecimentos e nossa veia audiovisual”, contou a diretora.
Nancy explicou que o curta surgiu de um trabalho de término de disciplina, e que a equipe de produção teve muito trabalho por causa da falta de equipamentos e recursos. “A gente teve que trabalhar com poucos recursos para fazer, e a gente não tinha muitos atores também. Foi um pouco difícil, mas a gente conseguiu”, disse.
O vencedor na categoria Vídeo Minuto foi o filme "Segundo". O diretor Marcos Rossas revelou que acompanhava o festival havia alguns anos, e em seu primeiro ano de graduação resolveu produzir para o festival. “Eu não sei explicar exatamente qual é a sensação de estar ganhando o vídeo minuto, porque é um emaranhado de sensações, e eu estou esperando isso há muito tempo. Acho que desde 2014 era meu sonho de participar do Osga”, revelou o diretor.
O vencedor da categoria de Minidocumentário foi a produção "É Coisa de Preta". A diretora e roteirista do filme, Joyce Cursino, aborda a história de vida de mulheres negras roteiristas de todo o país. Joyce diz que o objetivo principal da produção é inspirar realizadores audiovisuais e a sociedade, e dar visibilidade para pessoas negras e transexuais no cinema. “É uma emoção muito grande, porque o principal objetivo desde o começo é passar mensagem não só para quem está na frente das telas, mas também para quem está construindo audiovisual. Porque a partir de hoje a gente vai ter sim uma super- representação de pessoas negra e de pessoas trans, porque elas precisam também começar a escrever suas histórias", afirma Joyce.
Osga na escola - Este ano o Festival Osga ganhou uma nova categoria. Durante o segundo semestre, alunos de ensino médio de escolas particulares e públicas tiveram a oportunidade de receber oficinas de produção audiovisual, ministradas por profissionais e vencedores do festival.
Um desses alunos foi Carlos Henrique, do terceiro ano do ensino médio do colégio Cesep. Carlos foi o grande vencedor da categoria "Osga na escola", com o vídeo "A Social", e conta que foi inspirado a fazer o vídeo por sua mãe, que também já havia concorrido ao festival em 2013. “Me sinto muito emocionado e honrado por ter ganho o prêmio. Essa produção foi feita na casa do meu colega, e envolveu mais sete amigos para fazer o trabalho, fizemos tudo sozinhos”, contou o aluno.
A vice-reitora da Unama e diretora regional do Grupo Ser, Maria Betânia Fidalgo, enfatizou a importância dessa nova categoria para os alunos do ensino médio. “O Osga está de parabéns e esse ano ainda mais, inovando e levando também para as escolas, porque entendemos que os alunos secundaristas precisam desde o início da sua trajetória tradicional entrar em contato com a arte do audiovisual”, enfatizou a vice-reitora. O vídeo premiado pelo melhor roteiro é da cidade de Natal. O aluno é da Uninassau. Veja vídeo abaixo.
Vencedores
Osga na Escola - "A Social"
Melhor Vídeo Minuto: "Segundo" - Marcos Rossas
Melhor Vídeo-arte: "Tricotilomotor" - Hojo Rodrigues
Melhor Minidocumentário: "É Coisa de Preta" - Joyce Cursino
Melhor Vídeo Publicitário: "Ainda não baixou por que, rapaz?" - Rodrigo Herênio
Curta de Ficção
Melhor Cartaz: "E-namorados"
Melhor Trilha Sonora: "Manas Kill"
Melhor Figurino: "Manas Kill"
Melhor Campanha de Divulgação: "Manas Kill"
Melhor Produção: "Manas Kill"
Melhor Fotografia: "3:15am"
Melhor Direção: E. Shinohara - "Manas Kill"
Melhor Edição: "3:15am"
Melhor Atriz: Rayanne Cristina - "Manas Kill"
Melhor Ator: Manuel Tejera - "E-Namorados"
Melhor Roteiro: "Nunca Pare de Andar"
Melhor Curta de Ficção: "E-namorados"
Por Maria Clara Silva.
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