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Padre Kelmon (PRD), ex-candidato à presidência da República nas eleições de 2022, confirmou ao Estadão nesta terça-feira, 30, que é pré-candidato à Prefeitura de São Paulo. O sacerdote cristão disse ainda que o Pastor Manoel Lopes Ferreira Junior (PRD) será seu vice na chapa. Os detalhes sobre a oficialização da candidatura não foram ainda definidos, segundo a assessoria de seu partido.

O religioso disse que vive há 22 anos em São Paulo e que a chapa, formada por ele e pelo pastor evangélico, é a "união dos cristãos em defesa dos valores e princípios", e que, juntos, irão combater "ideologias de viés comunistas".

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"Nós estamos inaugurando um novo jeito de se fazer política no Brasil, chega de política egocêntrica. Queremos introduzir a política ‘Cristocêntrica’."

Nas últimas eleições, Padre Kelmon se tornou candidato após a impugnação pela Justiça Eleitoral do ex-deputado Roberto Jefferson na disputa. Atualmente, o ex-parlamentar cumpre pena na prisão.

Vestindo insígnias e trajes religiosos, Padre Kelmon chamou a atenção do público durante os debates. Ele também ficou conhecido por tumultuar os confrontos entre os presidenciáveis. O postulante ao Palácio do Planalto bateu boca com o petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e foi repreendido pelo jornalista William Bonner, da TV Globo. "Peço desculpas ao público", disse o apresentador após o candidato interromper Lula reiteradas vezes.

Neste mesmo debate, a senadora Soraya Thronicke (União Brasil) taxou Kelmon de "padre de festa junina". A fala teve grande repercussão e se tornou o assunto mais comentado nas redes sociais naquele fim de primeiro turno.

Na campanha eleitoral, o político afirmava ser membro da Igreja Ortodoxa do Peru no Brasil, porém, em dezembro do mesmo ano, a instituição desligou Kelmon e o proibiu de ministrar missas em nome da igreja.

'Candidato laranja'

Em todos os debates que participou, Padre Kelmon elogiou o candidato a reeleição, Jair Bolsonaro (PL), e atacou Luiz Inácio Lula da Silva, com quem chegou a discutir fora dos microfones. O petista o chamou de "laranja". Após a fala, candidato da direita negou que tenha servido de apoio ao Bolsonaro.

Questionado por jornalistas se não seria mais lógico o então Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) apoiar à reeleição de Bolsonaro do que "fazer dobradinha" com o presidente, Padre Kelmon se exaltou e disse que a profissional estava enganada.

Padre sairá como candidato pelo PRD

Neste pleito, Padre Kelmon se candidatará em nova sigla, o Partido da Renovação Democrática (PRD). A legenda é fruto da fusão do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) com o Patriota. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou no fim do ano passado a iniciativa.

Os dois partidos, orientados politicamente à direita, optaram pela fusão como uma forma de não serem afetados pela cláusula de barreira. A medida exige que os partidos alcancem no mínimo 2% dos votos válidos para a Câmara dos Deputados a nível nacional ou elejam 11 deputados federais para que tenham direito a acessar recursos públicos do fundo partidário e a propaganda gratuita em rádio e TV nas eleições.

Candidato à Presidência da República em 2022, Padre Kelmon (PTB) anunciou em suas redes sociais a realização de uma versão bolsonarista do Foro de São Paulo, organização de partidos e coletivos de esquerda que irá se reunir em Brasília entre esta quinta-feira (29) e o domingo (2). Com o início previsto para às 14h desta quinta, em um auditório no Senado Federal, o "Foro pelo Brasil", irá reunir, além de Kelmon, políticos bolsonaristas como as deputadas Bia Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-SP) e o senador Magno Malta (PL-ES).

Segundo Zambelli, a primeira reunião do "Foro do Brasil" será realizada para apresentar pautas conservadoras e atrair políticos para debater propostas políticas, além de incentivar jovens para se tornarem "agentes de transformações locais". "Representa os valores da cultura judaico-cristã, o estado mínimo, os direitos individuais, a livre expressão de propriedade, o direito ao porte de armas para defesa pessoal e da propriedade, o livre mercado e a economia liberal", disse a deputada.

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O evento busca se mostrar como uma alternativa da direita à nova reunião do Foro de São Paulo, que irá se reunir por quatro dias em Brasília. O Foro foi fundado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo ex-líder de Cuba, Fidel Castro, em 1990. Segundo o seu documento de criação, a organização busca reunir organizações de esquerda para "tratar da defesa da democracia, da integração e soberania dos países latino-americanos e do combate ao imperialismo e ao neoliberalismo".

Desde 1990, as reuniões do Foro aconteceram de forma anual. Porém, devido à pandemia de covid-19, não foram realizados encontros desde 2019. Neste ano, a expectativa é que compareçam membros de governo, partidos políticos e organizações de esquerda de 23 países.

O presidente Lula confirmou que irá participar da abertura do Foro, que tem horário previsto para iniciar às 19 horas. Também é esperada a presença de representantes de países de fora da América Latina e do Caribe, como Estados Unidos e Arábia Saudita. Uma das críticas da oposição do governo federal é que o FSP, entidade que se declara anticapitalista, está cobrando as inscrições dos participantes em dólar, moeda dos Estados Unidos da América.

Neste domingo (19), um grupo de 11 amigos causou furor nas ruas de Bezerros, no agreste pernambucano, graças às fantasias de Padre Kelmon. Ao contrário do último candidato do PTB à presidência da República, que apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro no segundo turno do pleito, contudo, o grupo faz questão de demonstrar apoio ao atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.

Com gritos de "Lula lá" e fazendo o sinal de L com os dedos, eles são abordados por diversos foliões para o registro de fotos. "As cópias de Padre Kelmon servem pra gente iludir Bolsonaro. Pra mostrar que o Padre Kelmon não está com ele, foi tudo uma farsa. Estamos com Lula", brinca o aposentado José Carlos da Silva, de 60 anos.  De acordo com ele, os amigos saem juntos no carnaval de Bezerros há cerca de 30 anos. "Todos os anos brinquei no carnaval. Após a pandemia, a gente esperava isso que está acontecendo, uma cidade tomada carnaval. Hoje, Bezerros e o interior de Pernambuco estão de parabéns", acrescenta.

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Folia do Papangu 

A tradição dos papangus surgiu em Bezerros, nos anos 1900, através de uma brincadeira promovida pelos familiares dos senhores de engenho. Mascaradas e mal vestidas, essas pessoas saíam pelas ruas da cidade pedindo angu de milho aos moradores. As crianças logo adquiriram o hábito de anunciar a chegada dos mascarados aos familiares, gritando: "lá vem os papa-angu". A prática passou a ser repetida nos carnavais da cidade, transformando-se em um dos símbolos da folia pernambucana.

O ex-presidenciável Padre Kelmon (PTB) foi desligado da Igreja Ortodoxa do Peru no Brasil. A informação foi divulgada, através de nota, pela própria instituição religiosa em publicação no Facebook na última sexta-feira (16). 

"Decidimos cancelar a Provisão 0025/21 conferida ao Pe.Kelmon Luis da Silva. Também informamos que decidimos desencardinar (sic) do clero o Pe.Kelmon Luis da Silva e também o Pe.Lucas Soares Chagas. Dessa forma, os mesmos ficam proibidos de ministrar os sacramentos e de falar em nome da Igreja Ortodoxa do Peru-Tradição canônica Síro Ortodoxa Malankara Indiana", diz o comunicado.

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Confira, a seguir, a nota completa:

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Padre Kelmon disputou as eleições presidencias, a princípio, como vice de Roberto Jefferson, que cumpria prisão domiciliar, assumindo a cabeça de chapa após Jefferson ter a candidatura impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

 

Nesta sexta-feira (28), em encontro com apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) no restaurante Sal e Brasa, no Recife, o Padre Kelmon (PTB) defendeu o seu padrinho político, o ex-deputado Roberto Jefferson. Para o ex-presidenciável, o ataque a tiros contra policiais federais, que acabou deixando dois deles feridos, foi provocado por um "acúmulo de tensão", resultante de uma "ameaça dos policiais, que queriam invadir sua casa".

Condenado pelo STF por reiteradas ameaças à democracia, Roberto Jefferson cumpria prisão domiciliar, o que foi modificado após seus ataques à Ministra Carmén Lúcia. Para Kelmon, no entanto, o seu padrinho estava preso "sem cometer crime algum" e tentou justificar a resistência à prisão.

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"Roberto estava passando por um momento de acúmulo de tensão. Ele está preso de forma injusta, sem cometer crime algum, já que opinar não é crime. É um homem de 70 anos, com a saúde debilitada, tendo passando por vários tratamentos de câncer. A pressão psicológica levou Roberto a reagir daquela maneira, com a ameaça da polícia de invadir sua casa, mexer nas suas coisas, nas roupas da sua esposa. Roberto não atirou em nenhuma pessoa", disse Kelmon, ignorando os ferimentos causados nos policiais federais.

Apesar da narrativa do Padre Kelmon, que não é reconhecido como padre por nenhuma igreja, os policiais estavam cumprindo determinação judicial e não estava procurando as roupas da esposa do ex-deputado, mas o arsenal encontrado na propriedade, entre eles, granadas que foram arremessadas contra os agentes da PF.

Vale lembrar que Kelmon foi uma das pessoas acionadas para tentar fazer com que Roberto Jefferson desistisse da resistência e se entregasse à PF, o que acabou acontecendo. Ele voltou a cumprir sua pena em regime fechado.

Religião e política

Em discurso alinhado com os religiosos que apoiam Jair Bolsonaro - como Silas Malafaia e Marco Feliciano - Kelmon disse que se o candidato do PL não for reeleito no próximo domingo (30), significa que o os "pastores e padres falharam" e que o "nosso cristianismo é fake".

A alegação ignora, por exemplo, os apoios de vários religiosos à Lula (PT), declaradamente católico, e algumas das principais pesquisas de intenção de voto, que apontam maioria da intenção de votos católicos ao petista. Jair Bolsonaro lidera entre os evangélicos.

Da redação, com informações de Jameson Ramos

Protagonista nos debates presidenciais do primeiro turno e apontado como cabo eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-candidato à Presidência, Padre Kelmon (PTB), cumpre agenda em Pernambuco até o próximo sábado (29). 

O petebista vai participar de uma série de encontros para tratar a União dos Cristãos em Defesa do Brasil. Os eventos são organizados pelo Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (Fenasp) e o Movimento Cristão Conservador (MCC). Os encontros serão realizados em Petrolina, Caruaru e Recife.

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De acordo com a organização, as palestras serão gratuitas. Nesta quinta-feira (27), o encontro será às 20h, na Igreja Tribo de Gade, em Petrolina.

Já nesta sexta (28), os convidados discursarão em um almoço fechado para lideranças religiosas e empresariais no restaurante Sal e Brasa, da Av. Recife, e às 18h30, será a vez de Caruaru recebê-los para um encontro aberto ao público na Assembleia de Deus Vitória em Cristo. Um café da manhã também aberto ao público está na programação para acontecer no Recife, em local que está sendo definido.

Segundo a organização, as palestras são para “esclarecer os cristãos, de todas as denominações religiosas, sobre a importância da união de todos para garantir um país livre para exercer a fé, os valores religiosos, proteger a democracia e permitir o desenvolvimento econômico”.

 

O ex-candidato à presidência Padre Kelmon (PTB) entregou as armas usadas por Roberto Jefferson durante troca de tiros com agentes da Policia Federal, que cumpriam ordem de prisão, neste domingo (23), ao Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). 

Kelmon chegou à residência de Jefferson, localizada em Levy Gasparian, no Rio de Janeiro, na tarde de hoje, acompanhado de outras pessoas. Na ocasião, o ex-presidenciável foi aplaudido por apoiadores de Roberto Jefferson. Em um vídeo que circula pelas redes sociais, Kelmon aparece negociando a rendição do aliado junto ao Bope e entrendo as armas aos policiais.

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Na manhã deste domingo, Alexandre de Moraes, ministro do  Supremo Tribunal Federal (STF),  revogou a prisão domiciliar de Jefferson. O ex-deputado resistiu à decisão e trocou tiros com a polícia. Dois agentes ficaram feridos com estilhaços.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou nesta segunda-feira (17) de uma celebração católica, em Brasília, que contou com a presença de Padre Kelmon, ex-candidato ao Palácio do Planalto pelo PTB. No primeiro turno, os dois fizeram uma espécie de "dobradinha" no debate da TV Globo, e Kelmon protagonizou um embate na ocasião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No ato de hoje, padres rezaram por Bolsonaro, pregaram contra o comunismo e falaram em "combate espiritual", numa referência ao segundo turno da eleição, em que o presidente disputa o comando do País com Lula. "Afastai para longe de nós a peste do comunismo e toda ideologia nefasta", dizia um trecho da oração. O presidente não discursou.

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Bolsonaro tem tentado ampliar sua votação entre os católicos, público que o rejeita mais do que os evangélicos. Segundo pesquisa Ipec divulgada hoje, o chefe do Executivo tem 38% dos votos nesse segmento da população, uma alta de quatro pontos porcentuais em relação ao levantamento anterior, divulgado em 10 de outubro. Lula segue na liderança nesse grupo com 56%, mas perdeu quatro pontos na comparação com a pesquisa anterior.

Na última quarta-feira, 12, Bolsonaro foi a Aparecida (SP) para participar das homenagens a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Um dia antes, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) criticou o que chamou de "exploração eleitoral da fé" no segundo turno das eleições.

No dia 9, o chefe do Executivo participou do Círio de Nazaré, em Belém (PA), uma celebração católica em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré. Na ocasião, a Arquidiocese de Belém, responsável pela organização do evento, informou que não houve convite a qualquer autoridade.

Kelmon

No celebração de hoje, chamada de "Noite de clamor pelo Brasil, Terra de Santa Cruz", além de Padre Kelmon, Bolsonaro estava acompanhado da primeira-dama Michelle, de seu candidato a vice, Walter Braga Netto (PL), da senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF), dos deputados Bia Kicis (PL-DF), Celina Leão (PP-DF) e Joaquim Passarinho (PL-PA) e do senador Wellington Fagundes (PL-MT).

Um dia após o debate da Globo no primeiro turno da eleição, Bolsonaro elogiou a atuação de Kelmon e a campanha avaliou que o candidato do PTB "funcionou muito bem" ao conseguir "tirar Lula do sério".

Um interlocutor do presidente observou ao Broadcast Político, na ocasião, que em debates eleitorais quem "bate muito" no adversário pode acabar sendo mal visto pela audiência. Por isso, a estratégia foi usar o candidato do PTB para atacar Lula. Durante o debate, o apresentador William Bonner precisou intervir durante uma discussão entre o petista e Padre Kelmon.

"O Padre Kelmon acabou funcionando muito bem. Quando você mede o sentimento nas redes sociais, ele ficou muito atrelado ao bolsonarismo. O embate do Lula com ele foi, na verdade, do Lula com o bolsonarismo", afirmou a fonte. Além disso, o episódio gerou material para as redes sociais de apoiadores do presidente.

A CNBB, por sua vez, divulgou uma nota após o debate na qual afirmou que Kelmon não é sacerdote da Igreja Católica Apostólica Romana. "Oportuno ressaltar que, conforme vigência na Lei Canônica, os padres da Igreja Católica, em pleno exercício do ministério sacerdotal, não disputam cargos políticos, nem se vinculam a partidos", dizia a nota da CNBB.

O candidato à Presidência pelo PTB, Padre Kelmon, votou neste domingo (2) por volta das 8h25 na Escola Adroaldo Ribeiro Costa, no bairro Cabula, em Salvador. Kelmon foi indicado pelo partido após o ex-deputado Roberto Jefferson ter a candidatura barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Ao chegar ao local de votação, o candidato falou com a imprensa. “Somos um país cristão. Defendemos a vida e valores. Somos todos irmãos. Se somos uma nação cristã, quem nos inspira? Jesus de Nazaré. Por isso, nós, preto, branco, índio, mulato, somos todos irmãos. Temos que viver essa irmandade neste amor que nasce no coração de Deus”, disse.

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O candidato do PTB à presidência, Padre Kelmon, está devendo impostos ao governo federal. Os débitos constam da base de dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e dizem respeito à Associação Theotokos, uma "organização religiosa" criada por Kelmon em 2015 e presidida por ele. No último debate antes do primeiro turno, veiculado pela TV Globo na quinta-feira, 29, o candidato do PTB reiterou ser favorável à redução da carga tributária no Brasil, sob o argumento de que o inchaço do Estado e o excesso de impostos atrapalham o desenvolvimento do País.

"Esse é o caminho? Cobrar impostos? Você (eleitor) não aguenta mais ser cobrado. E essa senhora aqui (a candidata Soraya Thronicke, do União Brasil) novamente repete que a solução é imposto único, é cobrar mais imposto. A solução não é essa, a solução é reduzir o Estado. Tirar os cabides de emprego", disse Kelmon no debate.

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Por falta de pagamentos, os débitos da Associação Theotokos acabaram inscritos na dívida ativa da União - o que significa que o governo poderá, no limite, processar Kelmon para receber o valor devido. Apesar de constar como "ativa", a Associação Theotokos não possui site ou conta em redes sociais. O endereço informado à Receita Federal pertence a um supermercado atacadista, na periferia de São Paulo (SP), às margens da represa Billings. O valor devido é de pouco mais de R$ 1,2 mil.

O termo Theotokos é de origem grega e significa "mãe de Deus". É um título usado para descrever a Virgem Maria na tradição síria do cristianismo oriental, do qual Kelmon alega ser representante. Apesar de usar trajes e insígnias típicos de padres da Igreja Ortodoxa, Kelmon não é reconhecido como representante da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil. Nos últimos dias, o candidato sustentou ter sido ordenado padre pela Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru, uma instituição independente e sem ligação com o patriarcado de Antioquia.

Kelmon Luís da Silva Souza é natural de Acajutiba, no leste da Bahia, e tem 45 anos. Ele era vice de Roberto Jefferson, também do PTB, e assumiu a cabeça de chapa depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o registro da candidatura do ex-deputado. O plenário da Corte entendeu que o ex-presidente do PTB estava inelegível até dezembro de 2023 por ter sido condenado no mensalão do PT ainda em 2013. Procurada pelo Estadão, a campanha de Kelmon não se manifestou para comentar o débito dele com a Receita Federal.

Até o momento, Kelmon só entregou a primeira prestação de contas parcial ao TSE, no último dia 13. No documento, a campanha do suposto religioso só discrimina gastos contratados com dois fornecedores: uma agência de publicidade e uma firma de contadores, despesas que ainda não foram pagas. Até agora, Kelmon não informou doações de eleitores ou empresas: o único aporte financeiro à campanha foi uma doação de R$ 1,54 milhão feita pela Direção Nacional do PTB.

Do total arrecadado, a campanha de Kelmon afirma ter comprometido R$ 1,2 milhão com a contratação de uma agência de publicidade sediada em Cuiabá (MT), a B2C Marketing. A empresa pertence a Ezequiel Bruno Gonzaga Cortez, conhecido como Bruno Cortez, um ex-assessor de Roberto Jefferson na época em que o presidente do PTB tinha mandato na Câmara dos Deputados. A B2C também é responsável pelas campanhas de outros candidatos petebistas neste ano.

Conhecido pelas "dobradinhas" com o presidente Jair Bolsonaro nos últimos dois debates, atuando como linha auxiliar do chefe do Executivo para atacar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Kelmon recebeu pelo menos 15 parcelas do Auxílio Emergencial durante a pandemia. O valor total foi de R$ 5,1 mil, segundo informações do Portal da Transparência.

A assessoria do candidato disse que ele não recebe salário como sacerdote da Igreja Ortodoxa do Peru e, por isso, precisou do auxílio para sobreviver. Ao TSE, Kelmon declarou patrimônio de cerca de R$ 8,5 mil em duas cadernetas de poupança. No debate da TV Globo, Lula o chamou de "candidato laranja" e Soraya Thronicke se referiu a ele como "padre de festa junina".

Um dos destaques do debate por protagonizar os principais bate-bocas entre os candidatos, padre Kelmon (PTB) conversou com Jair Bolsonaro (PL) durante os intervalos. Nessa quinta-feira (30), os postulantes com representação no Congresso tiveram a última oportunidade de apresentar suas propostas para o Brasil, no entanto, provocações e xingamentos baixaram o nível do debate. 

Chamado por Lula (PT) e Soraya Thronicke (União) de "candidato laranja", "cabo eleitoral" e até "padre de festa junina", Kelmon serviu como linha auxiliar de Bolsonaro no debate. O religioso atuou mais como uma escada para reforçar a corrente ideológica do atual presidente e para lhe garantir mais munição nos ataques contra o petista. 

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Sem apresentar nenhuma proposta concreta, como fez Simonet Tebet (MDB), Ciro Gomes (PDT) e a própria Thronicke, nos bastidores do debate, o religioso chegou a trocar risos com Bolsonaro enquanto era instruído por sua assessoria, o que fundamentou a denúncia feita pelos demais presidenciáveis presentes de que sua participação foi combinada para potencializar a campanha de Bolsonaro na reta final. 

Com a inelegibilidade do presidente de honra do PTB, o ex-deputado bolsonarista Roberto Jefferson, preso por atentados contra a democracia por meio de milícias digitais e por ameaça armada a ministros do Supremo Tribunal Federal, padre Kelmon surgiu de última hora como a opção para representar o partido nas eleições. 

Também seguir do Bolsonaro, em março, o padre publicou em suas redes sociais um poema escrito em homenagem ao presidente.

Após o debate ao vivo, o religioso se irritou em uma coletiva com jornalistas quando perguntado sobre ser um "cabo eleitoral" para atrair eleitores para Jair Bolsonaro. "Nós não somos cabo eleitoral do presidente Bolsonaro, você está me acusando. A esquerda está ali toda junta e reunida com o PT. Você não enxergam isso? Todos os partidos são mais do mesmo. Todos defendem as mesmas pautas, o aborto, a ideologia de gênero. Roupas diferentes, mas todos têm o mesmo objetivo", rebateu.

Lideranças do Partido dos Trabalhadores que acompanham o debate entre presidenciáveis promovido pela Rede Globo nesta noite avaliam que o candidato Luiz Inácio Lula da Silva errou ao "morder a isca", nas palavras de uma fonte, do adversário Padre Kelmon (PTB) e partir para troca de ofensas. Para aliados do petista, contudo, a confusão instalada tem potencial baixo de mexer com os ponteiros das pesquisas de intenção de voto.

Identificado por petistas como um enviado especial de Bolsonaro para ser uma linha auxiliar no debate, Kelmon chamou Lula de "descondenado" e tentou interromper o ex-presidente por várias vezes. Lula chamou Kelmon de "candidato laranja" e disse que ele tem "comportamento de um fariseu". O apresentador William Bonner precisou parar o cronômetro para reorganizar o debate e chegou a dizer que o Padre não compreendeu as regras do programa.

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"Esse padre é um zé-ninguém. Não muda em nada", afirmou ao Broadcast Político um petista que minimiza o impacto do envolvimento de Lula no embate direto com Kelmon, embora acredite que o ex-presidente cometeu um erro.

Estreante nos debates, Padre Kelmon (PTB) chamou atenção no último sábado, 24, ao participar do debate promovido pelo Estadão, Rádio Eldorado e outros veículos de imprensa. Além das dobradinhas feitas com o presidente Jair Bolsonaro (PL) para atacar a esquerda, outra situação do candidato chamou atenção do público: a dúvida sobre ele ser ou não sacerdote.

Durante quebra-queixo após debate, Padre Kelmon comentou sobre a polêmica e afirmou ser um sacerdote. "Eu sou parte da igreja ortodoxa. A igreja ortodoxa não é uma igreja ortodoxa. São várias jurisdições ortodoxas. A minha jurisdição é a Igreja Ortodoxa Siro Malankara", disse.

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Em setembro de 2022, a Arquidiocese Siro Ortodoxa Malankra da Diáspora publicou uma carta aberta em sua página no Facebook em que reconhece Padre Kelmon como "pároco interino" pela organização. "O Reverendo Padre Kelmon Luis Souza é reconhecido por seu inquestionável trabalho pastoral e social em benefício da comunidade, razão pela qual é sempre convidado para diversas atividades e eventos em prol do desenvolvimento do povo brasileiro", diz o documento.

Anteriormente, Padre Kelmon tinha sido rechaçado pela Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil após utilizar insígnias da organização religiosa. Em setembro, a igreja divulgou uma nota em que afirma que o candidato do PTB não integra nenhuma das "paróquias, comunidades, missões ou obras sociais".

"Chegou ao nosso conhecimento que, na iminência das eleições federais e estaduais do corrente ano, muitos cidadãos brasileiros têm questionado membros de nossa Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil - Patriarcado de Antioquia e todo Oriente, sejam do clero ou entre os fiéis leigos, a respeito de um candidato à Presidência da República pelo PTB que se auto apresenta como 'padre Kelmon'", diz a carta.

Padre Kelmon chegou na disputa presidencial como vice de Roberto Jefferson e assumiu a cabeça de chapa após Jefferson ter sua candidatura impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Kelmon conta que, aos 19 anos recebeu um chamado de Deus, e começou a se dedicar ao serviço à juventude. Dois anos depois, se tornou seminarista da igreja católica, aderindo posteriormente à igreja ortodoxa.

     Os candidatos à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Padre Kelmon (PTB), “batem boca”, durante o debate na TV Globo, nesta quinta-feira (29).  

O tumulto iniciou no terceiro bloco, quando o Padre chamou o ex-presidente para perguntar sobre corrupção. No momento da resposta, o padre não respeitou as regras do debate e interrompeu mais de uma vez a fala do candidato do PT. 

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“Você é um padre fantasiado”, afirmou Lula. Nesse momento, o padre pediu respeito e ambos começaram a discutir.   

Dessa forma, devido às regras, o mediador William Bonner precisou interromper a discussão e finalizou a seção.  

    Após o candidato a presidente da República, Padre Kelmon (PTB), defender indiretamente o governo Bolsonaro, a candidata Soraya Thronicke (União Brasil), o chamou de “Cabo eleitoral de Bolsonaro”, durante o debate da TV Globo, nesta quinta-feira (29). 

Soraya também questionou o padre em relação as mais de 700mil mortes por Covid-19, no período da pandemia, citando as pessoas que morreram em Manaus por falta de oxigênio e o questionou: “você não tem medo pra ir ao inferno?”. 

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Na sua tréplica, o padre se mostrou irritado com as falas da candidata e afirmou aos seus eleitores que Soraya o mandou ir para o inferno. "A senhora não sabe, morro de mim mesmo todo dia para viver o sacerdócio", disse o candidato.   

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