Francisco Carlos Macedo, ex-prefeito de Pedra, no Agreste de Pernambuco, foi condenado por improbidade administrativa pela Justiça Federal. O pedido foi realizado pelo Ministério Público Federal de Garanhuns. Macedo foi acusado de superfaturar o valor das merendas que eras distribuídas no município no ano de 2006. 

O valor total gasto com as merendas foi de R$ 145 mil, dinheiro do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), mas o Ministério Público Federal descobriu que a compra de frangos foi superfaturada em R$ 9,5 mil, comparado ao preço praticado no mercado. A empresa que venceu a licitação para fornecer o produto cobrava R$ 5,20 pelo quilo do alimento, enquanto o valor cobrado no mercado era de R$ 2,44, configurando um valor 112% maior. 

A argumentação do MPF foi aceita pela justiça, e entendeu que o prefeito provocou danos aos cofres públicos e irregularidades no edital do certame e por não realizar cotação de preços. Francisco Macedo foi condenado a ressarcir os cofres públicos em R$ 9,5 mil reais e teve os direitos políticos suspensos por cinco anos. A decisão ainda cabe recurso. 

O prefeito do município de Pedra, no Agreste de Pernambuco, José Tenório Vaz (PTB) foi condenado pela 1° Câmara de Direito Público, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), pela má administração da prefeitura da cidade e poderá perder o cargo. O gestor já havia sido julgado e condenado em 2011 pela Vara Única da Comarca de Pedra. A denúncia foi feita pelo Ministério Público do Estado. 

O petebista é suspeito de usar o dinheiro público para fazer doações irregulares de medicamentos, caixões, exames médicos e serviços de transportes durante o período pré-eleitoral entre 31 de julho e 25 de agosto de 2000. Ele também é acusado de autorizar a dispensa irregular de licitações e emitir notas sem processo licitatório. 

Além de perder o cargo público, a sentença também será a suspensão dos direitos políticos por sete anos, a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, por cinco anos, e o pagamento de R$ 200.911,36. O valor abrange o ressarcimento do dano aos cofres públicos e a multa civil prevista pela Lei de Improbidade Administrativa, ambos calculados em R$ 100.455,68.

O prefeito continua exercendo o cargo e pode recorrer da decisão no TJPE ou no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A sentença final do processo ainda será proferida pelo órgão.

Natural do Rio de Janeiro, o fotógrafo, ilustrador, desenhista e artista gráfico Rafa Mattos, de 32 anos, que adotou Recife como lar há dois anos e meio, cria peças com o objetivo de promover a sustentabilidade e chamar a atenção dos recifenses para pensar sobre o poder do amor e das práticas cidadãs usando sucatas que encontra pelas ruas da capital pernambucana. 

Com o lema Plante amor, colha o bem, o artista, que tem como influência a frase 'A única revolução possível começa dentro de nós', de Gandhi, deixa sua marca pelos bairros do Recife desde setembro de 2012.

Rafa contou ao LeiaJá que começou a realizar as plaquinhas do amor a partir da necessidade de voltar a desenhar. “Sentado em algum banco, enquanto esperava um gerente atrasado, resolvi ir à livraria do outro lado da rua e acabei comprando uma caneta vermelha e outra preta”, conta o artista. Depois de um tempo sem uso, Rafa começou a usá-las para ilustrar caixas de sapatos encontradas em frente à agência de publicidade em que trabalhava.

“O primeiro regador que desenhei aconteceu numa pedra de mármore que encontrei no Poço da Panela. Ela tocou tanto a mim como a uma senhora que passava no momento que, feliz, acabou levando a pedra para a casa dela. Foi assim que comecei a replicar o regador junto com a frase Plante amor, colha o bem”, relata Mattos ao LeiaJá, enquanto realiza uma intervenção do Plante amor, colha o bem na rua Guilherme Pinto, no Bairro das Graças.

Com as canetinhas coloridas sempre a postos, o carioca para onde encontra um pedaço de madeira (porta, gaveta), papelão, vidro, azulejos, pedras ou qualquer outro material e vai espalhando as placas pela cidade. “Encontrei o material e já tinha a mensagem, o amor, que há muito tempo já tinha definido como o sentimento mais importante da minha vida. Esse trabalho nunca nasceu como um projeto. Tive até mesmo uma resistência em denominá-lo, mas hoje sim, é um projeto da minha vida”, ressaltou Rafa.

No dia 11 de setembro deste ano, o projeto completou um ano de vida. “As plaquinhas me escolhem. Entendam plaquinhas como qualquer coisa rabiscável que esteja exposta na rua esperando alguém com um olhar especial para transformá-lo em lixo feliz”, explica o artista. “Os cruzamentos com mais fluxos de trânsito são meus alvos, porque é lá que garanto a difusão da mensagem onde mais é necessário”, ressaltou Mattos.

[@#video#@]

Com a propagação rápida do seu trabalho, Rafa está cada vez mais sendo reconhecido pela sua marca e seu poder de 'plantar o amor' pelo Recife. “Recebo mensagens diariamente, emocionantes, que motivam cada traço do meu desenho. Sou muito grato ao amor que propago. É ele quem traz todo o bem que recebo constantemente”, comenta Rafa.

Para acompanhar o trabalho do Rafa Mattos, é só acessar seu perfil no instagram @rafamattos6 e segui-lo.