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A China está confiante de que irá alcançar a meta de crescimento definida para este ano, à medida que o governo vai adotar novas medidas para impulsionar o consumo, disse hoje Sheng Laiyun, porta-voz do Escritório Nacional de Estatísticas. O governo chinês projetou um Produto Interno Bruto (PIB) de 7,5% para 2012.

O crescimento econômico provavelmente será "adequadamente estável" no segundo semestre deste ano, afirmou Sheng, em entrevista coletiva, sem dar mais detalhes.

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O PIB da China cresceu 7,6% no segundo trimestre, o ritmo mais lento de expansão desde o primeiro trimestre de 2009. O número, mais fraco do que aumento de 8,1% no primeiro trimestre, veio de acordo com a mediana das previsões de 15 economistas consultados pela Dow Jones. As informações são da Dow Jones.

As Bolsas da Ásia tiveram uma escalada nesta sexta-feira depois que a China divulgou os números do PIB do segundo trimestre. O crescimento trimestral de 7,6% veio em linha com as expectativas dos analistas e dissipou os temores de uma desaceleração mais acentuada do que o esperado na maior economia da região.

"O fato de os números não serem tão ruins como as pessoas temiam dá um impulso aos mercados", disse Francis Lun, diretor da Lyncean Securities. "Além disso, o governo chinês deverá ainda apresentar políticas monetárias, tais como o corte (da taxa de reserva bancária) para evitar que a economia desacelere demais."

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Às 0h19 (horário de Brasília), a Bolsa de Hong Kong operava em alta de 0,2%, enquanto o índice Xangai Composto, da Bolsa de Xangai, avançava 0,6%.

Na Bolsa de Sydney, na Austrália, o índice S&P/ASX 200 subia 0,8%. O Kospi, da Coreia do Sul, tinha alta de 0,6% e a Bolsa de Cingapura ganhava 0,2%.

Já a Bolsa de Tóquio foi um dos poucos mercados que não foi afetado pelos dados do crescimento chinês. A moeda japonesa iene mantinha sua forte valorização sobre o dólar, o que deixava estável o índice Nikkei e colocava pressão em ações de exportadoras. As informações são da Dow Jones.

O PIB chinês cresceu 7,6% no segundo trimestre, o mais baixo patamar desde os primeiros três meses de 2009, no auge do impacto da crise financeira global. Analistas acreditam que a economia vai reagir nos próximos meses e apontam para o crescimento acima do esperado do volume de crédito bancário em junho. Mesmo que isso ocorra, a expansão de 2012 dificilmente ficará acima de 8%, no que será o menor índice em mais de uma década.

Alguns economistas sustentam que a situação é ainda pior do que a refletida nas cifras oficiais. Mark Williams, da Capital Economics, estima que a alta do PIB do segundo trimestre ficou ao redor de 7%, 0,6 ponto porcentual abaixo do índice divulgado ontem. A consultoria elabora seu próprio indicador de crescimento da China, com base em uma série de dados de atividade, como transporte de carga e consumo de energia elétrica.

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Os resultados costumavam ficar em linha com os oficiais, mas a situação mudou no primeiro trimestre de 2012, quando o governo anunciou expansão do PIB de 8,1%. Para a Capital Economics, a alta foi de 7,6%. Mas Williams espera uma reação no segundo semestre do ano. A elevação do crédito é o primeiro sintoma de que haverá aumento de investimentos, que continuam a ser o principal motor da economia chinesa.

O volume de financiamentos concedidos pelos bancos teve alta de 16%, para 919,8 bilhões de yuans (R$ 295,1 bilhões), bem acima da média de 880 bilhões de yuans esperados por economistas entrevistados em pesquisa da agência Bloomberg. O resultado do segundo trimestre marca o sexto período consecutivo de desaceleração do PIB da segunda maior economia do mundo, que se tornou a principal fonte de crescimento global depois da crise que se abateu sobre os países ricos a partir de 2008.

A perda de fôlego do país se acentuou a partir de abril, com deterioração de todos os indicadores - do comércio exterior à produção industrial. Em maio, o governo anunciou medidas de estímulo à economia, bem mais tímidas do que o megapacote anunciado em novembro de 2008, que garantiu a expansão chinesa em meio à recessão global. Pequim decidiu acelerar a aprovação de projetos industriais e de infraestrutura, incluindo investimentos de 133,7 bilhões de yuans (R$ 42,9 bilhões) em duas siderúrgicas com capacidade para produzir 19,2 milhões de toneladas de aço por ano, o equivalente a mais da metade das 35 milhões de toneladas fabricadas no Brasil.

No dia 7 de junho, o Banco do Povo da China realizou o primeiro corte de juros desde o fim de 2008. Nova redução foi anunciada menos de um mês depois, no dia 5 de julho, em um sinal de que as medidas de estímulo adotadas até então não estavam surtindo o efeito desejado.

O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 7,6% no segundo trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2011. Esta foi a menor taxa de crescimento desde o primeiro trimestre de 2009, o que ressalta as dificuldades enfrentadas pela segunda maior economia do mundo.

Os dados, divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas, representam uma diminuição no ritmo de crescimento em comparação com o PIB de 8,1% do primeiro trimestre, mas vieram em linha com a previsão média de 7,6% de 15 economistas consultados pela Dow Jones.

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Neste primeiro semestre de 2012, o PIB chinês apresenta expansão de 7,8% ante o ano anterior. Em 2011, contudo, no mesmo período, havia uma expansão de 9,6% na economia do país asiático. Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas, a promoção do crescimento será a prioridade do governo. As informações são da Dow Jones.

A economia espanhola deve deteriorar-se no segundo trimestre, mas o governo tomará todas as medidas necessárias para garantir que atinja as metas orçamentárias deste anos, disse o ministro das Finanças, Luis de Guindos.

"Os indicadores disponíveis do segundo trimestre mostram uma contração econômica levemente maior" do que a do primeiro trimestre, afirmou em comentários feitos paralelamente durante conferência.

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O PIB espanhol caiu 0,3% no primeiro trimestre em relação ao quatro trimestre do ano passado. Na semana passada, o banco central espanhol disse que a contração é maior no segundo trimestre, citando piora nas condições do crédito e na confiança causados pela crise de dívida soberana do país.

No começo do mês, o governo espanhol teve de pedir até 100 bilhões de euros à União Europeia para ajudar a recapitalizar os bancos, um movimento que elevou o custo dos empréstimos ao governo para níveis nunca vistos desde que o país ingressou no euro.

Guindos buscou, no entanto, dar um tom otimista à sua projeção, dizendo que o acordo recentemente firmado entre os líderes da União Europeia devem aumentar a confiança no sistema bancário da região. "Nos próximos trimestre veremos uma estabilização" na situação econômica da Espanha, acrescentou.

Em relação ao orçamento, o ministro das finanças disse que o governo tomará todas as medidas para garantir a meta de déficit do orçamento igual a 5,3% do PIB, uma redução significante do nível de 8,9% no final do ano passado. Os números sobre o orçamento divulgados na semana passada colocam em dúvida essa meta, uma vez que as receitas com impostos caíram pela primeira vez em cinco meses como resultado do enfraquecimento da atividade econômica. As informações são da Dow Jones.

O Senado deve manter a fixação da meta de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para investimento em educação pública nos próximos dez anos.

Líderes governistas avaliam que, após a votação da proposta com esse porcentual na Câmara, seria impopular alterá-la.

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A proposta foi aprovada anteontem, dentro do Plano Nacional de Educação (PNE), em comissão especial pelos deputados federais e, como tem caráter terminativo, deve seguir diretamente para o Senado, antes de ir para a sanção da presidente Dilma Rousseff.

O Ministério da Educação (MEC) classificou como "tarefa política difícil" cumprir o porcentual fixado pela comissão da Câmara. "Em termos do governo federal, equivale a colocar um MEC dentro do MEC, ou seja, tirar R$ 85 bilhões de outros ministérios para a Educação", disse, em nota, o ministro Aloizio Mercadante.

Objetivos

O PNE define 10 diretrizes e 20 metas para os próximos 10 anos, entre elas a valorização do magistério público da educação básica, a triplicação do número de matrículas da educação profissional técnica de nível médio e a destinação dos recursos do Fundo Social do pré-sal para o ensino.

A 20.ª meta, que trata do financiamento de educação, estabelecia originalmente que se chegasse a um patamar de 7% do PIB em investimento em educação ao final do decênio - atualmente, o setor recebe 5%.

Durante a tramitação na Câmara, o relator, deputado Ângelo Vanhoni (PT-PR), elevou o porcentual previsto para daqui a dez anos para 8% do PIB.

Movimentos ligados à educação, porém, pressionaram a comissão e o deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE) apresentou um destaque pelos 10%. Isolado, Vanhoni aderiu ao destaque do colega e o porcentual mais alto foi aprovado por unanimidade. O texto aprovado também prevê que se chegue a 7% daqui a cinco anos.

A aprovação dos 10% provocou uma grande comemoração na Câmara. Deputados, rodeados por estudantes e representantes da educação, deram pulos, gritos e cantaram o Hino Nacional. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Brasília - O governo federal anunciou, nesta quarta-feira (27) o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) Equipamentos, mais uma ação para evitar a queda do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Ao todo, serão investidos R$ 8,4 bilhões para a aquisição de equipamentos para as áreas de saúde, defesa, educação e agricultura, inclusive para atuar em municípios atingidos pela seca. A ideia é dar preferência aos produtos da indústria nacional, mesmo que os valores do mercado externo sejam menores.

“A crise europeia continua piorando e está deprimindo o crescimento da economia mundial. Em vista desse cenário, o governo brasileiro está tomando medidas de estímulo à economia para podermos ampliar os nossos investimentos, para estimular a demanda, para aumentar a confiança e para, enfim, acelerar o nosso crescimento”, explicou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante a cerimônia de anúncio do PAC Equipamentos.

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Está prevista a compra de oito mil caminhões, três mil tratores, 3.951 retroescavadeiras, 1.330 motoniveladoras, 50 perfuratrizes, 2.125 ambulâncias, mil furgões de Unidade de Odonto Móvel, além de vagões de trem, motocicletas e blindados.

A presidente Dilma Rousseff defendeu a iniciativa de as compras governamentais serem usadas para alavancar a economia, salientando que o modelo já é utilizado em vários países.“Hoje, nós tomamos mais uma iniciativa para usar o poder de compra na manutenção e aceleração do crescimento econômico. Aqui eu gostaria de ressaltar um fato. O uso de poder de compra é algo consagrado como um dos mecanismos aceitos para garantir a sustentação do crescimento econômico. Mal ou bem, foi feito em países como Estados Unidos, China”, frisou Dilma.

Após 18 meses de tramitação, a Câmara aprovou o Plano Nacional de Educação (PNE). A proposta, aprovada por unanimidade, inclui uma meta de investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, a ser alcançado no prazo de dez anos.

Esse era o ponto mais polêmico do projeto, após muitas negociações o relator apresentou um índice de 8% do PIB, acordado com o governo. Mas parlamentares ligados à educação e movimentos sociais pressionavam pelo patamar de 10%.

O relator da matéria, Ângelo Vanhoni (PT-PR), acatou um destaque do deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE) que aumentava o patamar de 8% do PIB proposto pelo governo para 10%. Conforme o texto aprovado, a determinação é que se amplie os recursos para educação dos atuais 5,1% do PIB para 7%, no prazo de cinco anos, até atingir os 10% ao fim de vigência do plano. A proposta agora segue para o Senado.

O PNE estabelece 20 metas educacionais que o país deverá atingir no prazo de dez anos. Além do aumento no investimento em educação pública, o plano prevê a ampliação das vagas em creches, a equiparação da remuneração dos professores com a de outros profissionais com formação superior, a erradicação do analfabetismo e a oferta do ensino em tempo integral em pelo menos 50% das escolas públicas. Todos esses objetivos deverão ser alcançados no prazo de dez anos a partir da sanção presidencial.

A conclusão da votação do PNE, adiada diversas vezes, se deu em parte pela pressão dos estudantes que lotaram o plenário da comissão. Uma caravana da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), com cerca de 200 alunos dos ensinos médio e superior, permaneceram na comissão durante toda a reunião pedindo a aprovação do projeto.

“Nós soubemos que havia uma tentativa de adiar essa votação para depois das eleições, então nos entendemos que era fundamental ocupar o plenário para constranger e impedir que isso fosse feito”, explicou o presidente da UNE, Daniel Iliescu.

Vanhoni disse que foi uma negociação difícil com o governo ao longo de toda a tramitação do plano, principalmente com a área econômica. A primeira versão apresentada pelo Ministério da Educação (MEC) previa um índice de investimento de 7% do PIB que posteriormente foi revisto para 7,5% até ser elevado para 8% na semana passada.

“Quando recebi essa tarefa [de ser relator do PNE] pensei que não estivesse a altura, mas procurei conhecer profundamente todos os problemas da educação. Persegui construir um plano que pensasse desde o nascimento da criança até a formação dos doutores. Um PNE que não deixasse nenhuma criança fora da escola, mas que fosse uma escola diferente que pudesse cumprir um papel social de transformar as pessoas. O governo mandou um texto que não correspondia, na nossa visão, às necessidades do nosso país”, disse o deputado.

A bandeira dos 10% do PIB para área é causa antiga dos movimentos da área e foi comemorado por estudantes e outros movimentos que acompanharam a votação. “Para nós os 10% [do PIB para a educação] é o piso para que o Brasil tome a decisão de concentrar investimento em educação. Vem uma década chave aí pela frente de oportunidades para o país com Copa do Mundo, Olimpíadas, pré-sal”, disse o presidente da UNE.

A aprovação também foi comemorada pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, entidade que congrega vários movimentos da área e sempre defendeu que a proposta de 8% do PIB apresentada pelo governo era insuficiente. “A diferença entre os 8% e os 10% está basicamente no padrão de qualidade. É possível expandir as matrículas com 8% do PIB, a diferença está na qualidade do ensino que será oferecida que não fica garantida com o patamar defendido anteriormente”, comparou o coordenador-geral da entidade, Daniel Cara.

Para a insatisfação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que na semana passada reagiu com vigor a uma projeção de crescimento de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, começa a ganhar corpo no mercado um grupo de analistas que preveem expansão da economia abaixo de 2%. As expectativas vão de 1% a 1,9%. O Ministério da Fazenda insiste em afirmar que a economia crescerá 4% em 2012 e que a atividade deslanchará no segundo semestre. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, tem recorrido às projeções da Pesquisa Focus, com as quais diz estar de acordo, para mostrar que a economia chegará ao quarto trimestre crescendo 4% em termos anualizados.

Por trás das projeções entre 1% e 1,9% está a descrença dos economistas em relação a uma eventual melhora do cenário econômico mundial. Além disso, o baixo crescimento do PIB brasileiro no primeiro trimestre do ano e a redução da produção industrial em abril contribuíram para o rebaixamento das projeções. Mesmo os analistas que ainda trabalham com expectativa de um crescimento de PIB igual ou superior a 2% neste ano já embutem nas contas um forte viés de baixa da projeção à medida que veem pouco impacto dos esforços de ajuda às economias europeias.

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Em entrevista à Agência Estado, o ex-secretário de Política Econômica e sócio da MB Consultores José Roberto Mendonça de Barros disse que sua expectativa de crescimento neste ano está entre 1,5% e 2%. Mas como ele diz acreditar que a crise na Europa tende a piorar, não será uma surpresa se o PIB avançar apenas 1%.

Alvo da reação do ministro Mantega, que classificou a projeção de "piada", a equipe do Banco de Investimentos Credit Suisse revisou sua estimativa de PIB para 1,5% em relação à projeção anterior, de 2%. "Essa revisão se deve à redução da produção industrial em abril, à nossa expectativa de nova contração da atividade industrial em maio e às nossas projeções para os demais setores", afirmou, em relatório, a equipe de economistas do Credit Suisse.

No BBM Investimentos a expectativa é de que o PIB apresente expansão de 1,70% em 2012, inferior ao crescimento de 2,70% em 2011. Segundo o economista da instituição Hui Lok Sin, além da desaceleração natural da economia, há questões técnicas que justificariam um avanço mais baixo do PIB neste ano.

"Existe um 'problema' estatístico que é o fato de o PIB ter crescido muito pouco ao longo de 2011. Como o PIB voltou a apresentar fraco desempenho no primeiro trimestre de 2012, a situação se agravou", avaliou. Na avaliação de Lok Sin, como os primeiros dados do segundo trimestre não sugerem uma retomada forte da atividade, um aumento mais expressivo do PIB em 2012 ficou "meio comprometido".

"A crise lá fora, certamente, é preponderante para o baixo crescimento, em especial da indústria. Mas também temos os efeitos das medidas restritivas de política econômica que foram tomadas no início de 2011", disse Lok Sin.

Na Tendências Consultoria, o baixo crescimento de 0,20% do PIB no primeiro trimestre foi um dos motivos para a alteração na previsão do crescimento de 2012, agora em 1,90%. Antes da divulgação do PIB trimestral, a instituição trabalhava com uma expansão de 2,50%. Para que a nova estimativa se confirme, o economista Rafael Bacciotti calcula que o PIB precisará crescer, na margem, 0,50%, 1,4% e 1,2%, respectivamente, no segundo, terceiro e quarto trimestres deste ano.

Apesar dos recentes indicadores mostrarem desaquecimento da economia, por enquanto Bacciotti não espera mudar a previsão para o PIB de 2012, mas a possibilidade não está descartada. "Há sinais incipientes. Não dá para negar que o número (projeção de 1,90%) implica uma trajetória bem forte nos próximos trimestres. Com a atividade e os investimentos fracos, é uma projeção forte", afirmou Bacciotti.

Na SulAmérica Investimentos, o economista-chefe, Newton Camargo Rosa, também trabalha com previsão de 1,9% de expansão econômica neste ano. Para ele, o governo tem como estratégia incentivar o consumo, acreditando que aumento da demanda vai despertar maior apetite dos investidores. Mas não há, segundo Rosa, perspectivas de aumento dos investimentos, até por conta das projeções de baixo crescimento da economia.

Flávio Serrano, economista sênior do Espírito Santo Investment Bank (Besi Brasil), diz manter ainda em suas planilhas previsão de 2,2%, mas afirma que o viés é de baixa. "Estamos perto de 2%, mas o viés é de baixa", disse o economista.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou crescimento nulo em abril ante março e alta de 0,6% na comparação com abril do ano passado, de acordo com o Indicador de Atividade Econômica, divulgado nesta segunda-feira pela Serasa Experian. No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, o índice avançou 0,8%. No acumulado de 12 meses, a alta foi de 1,7% ante o mesmo período de 2011, taxa menor do que a verificada em março, de 1,9%, na mesma base de comparação. Todos esses resultados foram ajustados sazonalmente.

Do ponto de vista da oferta agregada, o baixo desempenho do PIB em abril foi justificado pela queda de 2,6% sobre março e de 0,6% ante abril de 2011 na atividade produtiva do setor industrial. No ano, a indústria acumula queda de 0,1% e, em 12 meses, registra pequena alta de 0,6%. De acordo com a Serasa Experian, o setor está mais vulnerável à crise financeira internacional.

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A agropecuária subiu 0,5% ante março, mas o resultado representa um recuo de 8,1% sobre o mesmo mês do ano passado. Em serviços, houve alta de 0,4% na comparação mensal e de 2,1% na anual. No ano, esses dois setores acumulam, respectivamente, queda de 8,4% e alta de 1,7%. No acumulado de 12 meses encerrados em abril, a atividade agrícola cai 0,4% e a de serviços sobe 2%.

Pelo lado da demanda agregada, a atividade econômica do País só não recuou em abril porque o consumo das famílias cresceu 0,4% em relação a março e 2,3% sobre abril de 2011. Este item acumula alta de 2,5% no ano e de 3% em 12 meses. Exceto importações (2%), todos os outros itens apresentaram recuo em abril ante março: consumo do governo (-0,5%), investimentos (-0,6%) e exportações (-4,2%).

"O consumo das famílias tem sido o principal componente dinâmico da economia, impulsionado pelas baixas taxas de desemprego e pelos ganhos reais de rendimentos, já que as altas da inadimplência e do endividamento dos consumidores têm reduzido a eficácia do crédito em concretizar impulsos adicionais à atividade econômica", afirma, em nota, a Serasa Experian.

O mercado financeiro reduziu pela sétima semana consecutiva a previsão de crescimento da economia brasileira em 2012, que recuou de 2,30% para 2,18%, de acordo com a pesquisa Focus, divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC). Há quatro semanas, a projeção estava em 2,99%.

Para 2013, a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) recuou pela terceira semana e passou de 4,25% para 4,20%. Há quatro semanas, estava em 4,50%. Um dos fatores que puxam para baixo a expectativa de desempenho do PIB é o fraco crescimento do setor industrial. A projeção para a expansão do setor em 2012 caiu de 0,63% para 0,50%. Há quatro semanas, estava em 1,58%.

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Para 2013, economistas preveem ritmo maior, com avanço industrial de 4,20%, projeção que subiu em relação aos 4% estimados na semana passada. Um mês antes, no entanto, a pesquisa apontava estimativa de expansão de 4,25% no próximo ano.

Analistas ainda mantiveram a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2012, em 35,70%. Para 2013, a projeção caiu de 34,25% para 34,00%. Há quatro semanas, as projeções estavam em, respectivamente, 35,83% e 34,50% do PIB para cada um dos dois anos.

IGPs

Já as projeções para os IGPs em 2012 e 2013 tiveram pouca alteração na pesquisa do BC desta segunda-feira. A aposta para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) neste ano ficou em 5,90%. Para 2013, se manteve em 4,90%. Quatro semanas atrás, o mercado previa altas de 5,80% e de 4,90%, respectivamente.

Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que corrige a maioria dos contratos de aluguel, a expectativa subiu de 5,68% para 5,70% para este ano. Quatro semanas atrás, o mercado previa alta de 5,48%. Para 2013, a estimativa do IGP-M seguiu em 5% pela oitava semana.

A pesquisa também mostrou que a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em 2012 passou de 4,53% para 4,54%. Há um mês, a expectativa dos analistas era de alta de 4,65% para o índice que mede a inflação ao consumidor em São Paulo. Para 2013, a mediana das estimativas para o IPC da Fipe caiu de 5% para 4,96%. Há quatro semanas estava em 5%.

Economistas ainda reduziram a estimativa para o aumento do conjunto dos preços administrados - as tarifas públicas - em 2012 para 3,5%, ante os 3,6% previstos há uma semana. Para 2013, a previsão de alta dos preços administrados se manteve em 4,50% pela 124ª pesquisa consecutiva.

Bem-humorada, a presidente Dilma Rousseff recebeu no início da tarde desta sexta-feira parte da delegação brasileira que vai participar dos Jogos Olímpicos de Londres, de 27 de julho a 12 de agosto.

Questionada pela Agência Estado se o PIB brasileiro vai merecer medalha no final do ano, a presidente respondeu: "Você vai ver se não vai merecer. Nós estamos no esquentamento". Dilma deu a resposta simulando o exercício de halteres, no intuito de brincar com os esforços do governo para aquecer a economia.

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Ao lado do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, a presidente recebeu os atletas após reunião de cerca de três horas e meia com governadores de todo o País em que foi anunciada uma linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para projetos de infraestrutura.

O PIB brasileiro cresceu apenas 0,2% no primeiro trimestre de 2012, em relação ao quarto trimestre de 2011. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse recentemente que, se o problema da Grécia não for resolvido, dificilmente o Brasil conseguirá crescer 4,5% neste ano. E acrescentou que o PIB será abaixo desse patamar, "mas maior do que os 2,7% do ano passado".

O texto-base do relatório com a previsão de que 8% do PIB sejam investidos em educação foi aprovado nessa quarta-feira (13), pela Comissão Especial do Plano Nacional de Educação. O texto, do deputado  Angelo Vanhoni (PT-PR), tem como intuito que os investimentos sejam feitos durante os próximos dez anos.

De acordo com informações da Agência Câmara de Notícias, antes da realização da reunião, o deputado aumentou a meta de investimento, que era de 7,5% do PIB. Todavia, o número não agradou ao deputado Ivan Valente (Psol-SP), que defendia o percentual de 10% para a educação, Segundo a agência, Valente afirmou que "esse aumento pequenininho (dado por Vanhoni) não viabiliza uma melhoria real da qualidade da educação".

Ainda de acordo com a agência, Vanhoni usou como argumento que os 8% correspondem a R$ 23 bilhões em uma década, e segundo ele, isso pode garantir o ensino em tempo integral para 35 milhões de alunos da educação básica. Para o deputado, os brasileiros devem confiar no percentual aprovado. "A nação pode ficar tranquila, pois com 8% de investimento direto do PIB, vamos consolidar um novo patamar da educação e da construção do conhecimento no Brasil", afirmou o relator, segundo a agência.

Caso ocorra algum recurso contra a decisão da comissão, o projeto ainda pode receber análise do Plenário da Câmara.

Com informações da Agência Câmara de Notícias.

Brasília – A expectativa de analistas do mercado financeiro para o crescimento da economia este ano caiu pela quinta semana seguida. A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), desta vez, passou de 2,72% para 2,53%. Para 2013, houve redução de 4,5% para 4,3%. As informações constam do boletim Focus, uma pesquisa semanal do Banco Central (BC), divulgada às segundas-feiras.

A expectativa para o crescimento da produção industrial também caiu, ao passar de 1,15% para 1%, em 2012, e de 4,25% para 4,2%, no próximo ano.

A estimativa para a cotação do dólar ao final do ano permanece em R$ 1,90, em 2012, e foi ajustada de R$ 1,87 para R$ 1,88, no fim de 2013. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) foi mantida em US$ 20 bilhões, neste ano, e em US$ 15 bilhões, em 2013.

A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB também não foi alterada e ficou em 35,85%, este ano, e 34,25%, em 2013.

Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa passou de US$ 68 bilhões para US$ 65,9 bilhões, este ano, e de US$ 72 bilhões para US$ 72,28 bilhões, em 2013.

A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) passou de US$ 55,05 bilhões para US$ 55,1 bilhões, neste ano. Para 2013, subiu de US$ 59 bilhões para US$ 59,4 bilhões.

O Produto Interno Bruto (PIB) da Austrália cresceu 1,3% no primeiro trimestre de 2012 na comparação com o quarto trimestre do ano passado. No resultado anualizado, o PIB aumentou 4,3%, informou, nesta quarta-feira, o Escritório Australiano de Estatísticas. Economistas esperavam, em média, um aumento de 0,7% no trimestre e de 3,4% em bases anuais. O departamento de estatística já havia revisado o PIB do primeiro trimestre para +0,6%.

O surpreendente aumento no primeiro trimestre foi influenciado por itens como o setor de construção excluindo habitação, que subiu 12,6%, adicionando 1 ponto porcentual ao crescimento do PIB. O gasto das famílias, por sua vez, subiu 1,6% no período, somando 0,9 ponto porcentual. No sentido contrário, as exportações recuaram 1,3%, subtraindo 0,2% ponto porcentual do resultado final; e as importações cresceram apenas 1,3% no primeiro trimestre, tirando 0,3 ponto porcentual do PIB. As informações são da Dow Jones.

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Depois do anúncio de mais um fraco desempenho do PIB de apenas 0,2% no trimestre, a presidente Dilma Rousseff convocou duas grandes reuniões no Palácio do Planalto nesta segunda-feira. A primeira, pela manhã e, a segunda, com oito ministros, além do presidente do BNDES e integrantes da equipe econômica para discutir investimentos do governo para tentar assegurar um crescimento razoável da economia do País. Os dados já apontam que o crescimento poderá não chegar nem aos 3% e repetir o desempenho de 2011, quando foi registrado o "pibinho" de 2,7%. No Planalto, no entanto, ninguém quis falar sobre o encontro.

Na reunião da noite, que começou por volta das 18h30 e terminou pouco depois das 21 horas. A presidente Dilma quer tomar medidas pontuais, em áreas que estão com problemas de execução de projetos, para acelerar o crescimento. Por isso, Dilma convocou os ministros da Fazenda, Guido Mantega, da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, do Planejamento, Miriam Belchior, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e da Educação, Aloizio Mercadante. Também participaram do encointro o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o secretário do Tesouro, Arno Augustin e o o secretário do Tesouro, Arno Augustin.

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A presidente quer fazer um balanço do cronograma de execução das obras nos ministérios das Cidades, Integração, Educação e Transportes para acelerá-las como forma de assegurar índices de crescimentos mais concretos para a economia.

As atividades dos serviços de tecnologia da informação no Brasil registraram no primeiro trimestre um aumento de 0,6%, três vezes mais que o Produto Interno Bruto (PIB), que foi de 0,2%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Para o presidente o Sindicato de Trabalhadores de Tecnologia da Informação (Sindpd), Antonio Neto, a expectativa é de que a economia recupere o fôlego e o setor de TI cresça ainda mais a partir de agosto, quando entra em vigor a nova alíquota do plano Brasil Maior.

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“Os incentivos do governo para manter o mercado de TI se mostram importantes neste momento. Já apresentamos crescimento acima do PIB, mas a partir de agosto as empresas vão crescer ainda mais”, diz ele.

O plano Brasil Maior desonerou a folha de pagamento de 20% para 2,5% do faturamento das empresas que desenvolvem software e prestam serviços de TI. Em agosto, essa taxa cairá para 2%. “A economia das empresas pode chegar a um bilhão de reais e isso deve ser revertido em investimentos”, afirma Antonio Neto.

As atividades dos serviços de tecnologia da informação no Brasil registraram no primeiro trimestre um aumento de 0,6%, três vezes mais que o Produto Interno Bruto (PIB), que foi de 0,2%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Para o presidente o Sindicato de Trabalhadores de Tecnologia da Informação (Sindpd), Antonio Neto, a expectativa é de que a economia recupere o fôlego e o setor de TI cresça ainda mais a partir de agosto, quando entra em vigor a nova alíquota do plano Brasil Maior.

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“Os incentivos do governo para manter o mercado de TI se mostram importantes neste momento. Já apresentamos crescimento acima do PIB, mas a partir de agosto as empresas vão crescer ainda mais”, diz ele.

O plano Brasil Maior desonerou a folha de pagamento de 20% para 2,5% do faturamento das empresas que desenvolvem software e prestam serviços de TI. Em agosto, essa taxa cairá para 2%. “A economia das empresas pode chegar a um bilhão de reais e isso deve ser revertido em investimentos”, afirma Antonio Neto.

O crescimento da indústria no primeiro trimestre deste ano foi considerado "uma surpresa positiva" pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Apesar disso, a confederação avalia que o resultado do ano para toda a economia brasileira ficará abaixo de 3%, por conta do desempenho aquém do esperado no trimestre. O setor registrou expansão de 1,7% na comparação com o quarto trimestre de 2011, sendo 1,9% na indústria de transformação.

Em nota, a CNI disse que o resultado surpreende porque, na pesquisa de produção física da indústria do próprio Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o segmento de transformação registrou queda de 0,3% na média do primeiro trimestre frente ao trimestre anterior, na série dessazonalizada. "Não fosse o desempenho industrial, o PIB teria queda no primeiro trimestre", disse a CNI.

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A confederação lembra, no entanto, que "a indústria manteve-se praticamente estagnada na comparação com igual período do ano passado" (crescimento de 0,1%), enquanto a indústria de transformação recuou 2,6% nessa comparação.

"A expansão de 0,2% da economia no primeiro trimestre foi menor do que o esperado. Desse modo, embora o ritmo deva se intensificar nos próximos trimestres, é improvável que a previsão de crescimento de 3% em 2012 seja alcançada."

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta sexta-feira que as taxas de juros da economia brasileira vão continuar caindo. "Eu garanto isso", disse Mantega, durante entrevista coletiva em que comentou a variação do PIB no primeiro trimestre de 2012.

O ministro disse ainda que o governo vai continuar a estimular os investimentos no País. "Hoje você já pode comprar máquinas a juro real próximo de zero. Isso é resultado de medidas que o governo vem adotando. O governo tem todo o interesse que o investimento retorne ao patamar de 2010". Segundo ele, os investimentos no País tem estado próximo de 20% e isso se deve aos estímulos que o governo tem dado à economia brasileira.

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Perguntado se não falta ao empresário brasileiro o chamado "espírito animal", já que aos primeiros sinais de crise ele reduz o investimento, Mantega disse que não. "Eu me reúno quase diariamente com os empresários e não vejo que falte neles o 'espírito animal'", afirmou o ministro, acrescentando que é natural os empresários se tornarem mais cautelosos em momentos em que a taxa de crescimento é menor.

Da parte do governo, Mantega ressaltou que há cobrança para que os empresários não diminuam investimentos. "Por exemplo, o último incentivo que nós demos foi para o setor de veículos, mas já tínhamos dado incentivo para o setor de linha branca e sempre cobramos como contrapartida a continuidade do investimento", disse o ministro.

Ele avalia que medidas como essas não podem ser consideradas ações de protecionismo, mas de defesa da indústria nacional. Segundo ele, as medidas foram tomadas porque países "adotaram medidas como manipulação cambial, e o que fizemos foi defender o setor automotivo de subsídios disfarçados".

Segundo o ministro, o País não pode esperar que Organização Mundial do Comércio (OMC) tome alguma decisão, o que justifica a adoção das medidas em maio. Mantega reiterou que a maior preocupação do governo quanto ao crédito é o spread cobrado pelos bancos privados" que se comprometeram a ter uma atitude menos restritiva".

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