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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o direito do presidente Jair Bolsonaro indicar o diretor-geral da Polícia Federal e chamou de "pirotecnia" as reclamações do ex-ministro Sérgio Moro de suposta intervenção indevida de Bolsonaro na instituição.

"Ele (Moro) é tão medíocre que quando ele sai (do governo) tenta criar mais uma pirotecnia. 'Ai, vou sair porque o Bolsonaro quer indicar o diretor da Polícia Federal'. É importante lembrar que o presidente da República tem o direito de indicar o diretor-geral da PF, sim", disse o ex-presidente em entrevista ao Diário do Centro do Mundo.

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Moro deixou o governo por discordar das tentativas de Bolsonaro de trocar o chefe da PF em meio a investigações contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho mais velho do presidente, por participar de um suposto esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

As denúncias de Moro levaram à instauração de um inquérito para apurar a suposta interferência do presidente na corporação que levou à intimação para Bolsonaro depor presencialmente no Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo Lula, Moro usou sua saída do governo para criar um fato político e ganhar da opinião pública. "Por que achar que o Moro podia e ele (Bolsonaro) não podia? Ele tenta ganhar a opinião pública tentando mentir outra vez", disse o petista.

Em mais de uma hora e meia de entrevista, na qual sempre se referia a si mesmo na terceira pessoa como "o Lula", o ex-presidente criticou Bolsonaro, mas seu alvo principal foram Moro e a Lava Jato que, na véspera, apresentou mais uma denúncia contra o petista (a quarta) por uso do Instituto Lula para receber propinas da Odebrecht.

O ex-presidente classificou como "mentira" a nova denúncia argumentando que nunca exerceu cargo de direção no Instituto. "É como se tivesse alguma coisa no Colégio D. Pedro II e fossem para cima do D. Pedro II. Dei apenas meu nome para o Instituto", disse Lula.

O ex-presidente também criticou a postura do novo coordenador da força-tarefa de Curitiba, o procurador Alessandro Oliveira, que substituiu Deltan Dallagnol. "É a mesma coisa que o Dallagnol", disse o ex-presidente.

Poucos dias depois de ter dito que está "à disposição" do povo brasileiro para enfrentar o bolsonarismo, fala que foi interpretada como sinal de disposição para disputar a presidência em 2022, caso consiga reaver seus direitos políticos, Lula voltou a dar sinais contraditórios e disse que "não preciso de eleição para estar vivo". Segundo ele, o corporativismo do Judiciário deve preservar Moro. Até o final de outubro o STF deve julgar o pedido de suspeição do ex-juiz feito pela defesa do petista.

Indagado sobre o papel de Bolsonaro nos incêndios que há dias consomem o Pantanal, Lula poupou o presidente de responsabilidade na tragédia mas criticou a falta de ações do governo para controlar o fogo.

"Eu seria irresponsável se dissesse que a natureza não tem nada a ver com isso. Não estou culpando o presidente Bolsonaro mas estou culpando a irresponsabilidade dele de evitar que isso se torne tão grave", disse o ex-presidente.

Foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), nesta quarta-feira (26), uma nova lei que proíbe o manuseio, a utilização, a queima e a soltura de fogos pirotécnicos que produzam explosões de barulho intenso em todo o território do DF. 

Segundo o texto, segue permitido o uso de produtos sem estampido ou com barulho de baixa intensidade, exceto em espaços como zoológicos, santuários, abrigos de animais, parques públicos, áreas de preservação permanente e eventos com participação de bichos, onde o uso de qualquer artefato do gênero, independente do efeito emitido, está vedado.

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Ainda segundo a medida, o governo do DF tem prazo de 60 dias para regulamentar a norma, que deve começar a valer em seis meses a partir de hoje (26). Após entrar em vigor, todo aquele que descumprir as normas, estará sujeito ao pagamento de multa no valor de R$ 2,5 mil. Em caso de reincidência, o valor é dobrado. O infrator pode ainda responder pelos crimes de maus-tratos e ter que se reparar por dano moral coletivo contra os animais.

De acordo com o deputado distrital Reginaldo Sardinha, “é de comprovado conhecimento que ruídos de alto volume sonoro provocam danos, em muitos casos, irreparáveis aos animais”. O deputado ainda mencionou, ao justificar o texto, que a Constituição Federal, que prevê a proibição de práticas que “submetam os animais à crueldade” por parte do Estado.

Desde 2018, o Conselho Federal de Veterinária (CFV) sugere a proibição gradual da prática no país.

A repórter fotográfica Brenda Alcântara registrou a queima de fogos preparada pelo Recife para receber 2017. Foram 15 minutos de show pirotécnico que encantou a multidão que se reuniu na praia de Boa Viagem para a virada do ano. Confira:

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebateu, nesta quinta-feira (15), as acusações feitas pelo Ministério Público Federal de que ele seria o “comandante máximo” do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. Durante uma declaração de mais de uma hora, a petistas e aliados, Lula disse que “ninguém respeita tanto a legislação” como ele e chorou ao pontuar ter ganhado o direito de “andar de cabeça erguida”. 

“Provem uma corrupção minha que eu irei a pé para ser preso. Sinceramente pensei que estava em outro país [ontem]. O procurador-geral da república deve estar pensativo hoje, o delegado da polícia federal, os ministros... O que aconteceu? A custa de que este espetáculo? A custa de desgastar minha imagem? Bobagem”, argumentou, comparando suas ideias as de Tiradentes. 

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O líder-mor do PT também fez um balanço da sua trajetória pessoal e política, endossou a tese de “pirotecnia” utilizada por aliados para classificar a coletiva do procurador do Ministério Público Federal (MPF) Deltan Dallagnol e se colocou à disposição da Justiça para prestar qualquer tipo de esclarecimentos. Além disso, Lula criticou o procurador que é responsável força-tarefa da Operação Lava Jato e ironizou o fato de que Dallagnol não apresentou provas, mas convicção do crime.

“Tenho convicção de que quem mentiu está numa enrascada. Se não quiserem sair, continuem me atacando, estarei aqui sem ficar com raiva. Não vou perder sono por causa disso, quem vai perder o sono é quem acha que vou perder o sono. A história mal começou”, alfinetou. “Querem investigar, investiguem. Querem que convocar, convoquem. Só quero que sejam honestos comigo, respeitem a dona Marisa. Não conheço os parentes destes meninos [os procuradores do MPF], mas certamente não são melhores que a dona Marisa”, acrescentou.

Segundo Deltan Dallagnol, Lula teria recebido R$ 3,7 milhões em propinas da OAS recebido "de modo dissimulado” e seria o “comandante máximo do esquema de corrupção da Lava Jato”. Acusações que Lula não respondeu diretamente. 

“Estas denúncias, tenho a consciência tranquila e mantenho o bom humor, porque eu me conheço, sei de onde vim, para onde vou, quem me ajudou a chegar onde cheguei, quem quer que eu saia e quem quer que eu volte”, observou. E pediu que se os procuradores não encontrarem provas contra ele, que peçam desculpas. "A palavra desculpa é nobre, mas não continuem tentando inventar coisa para justificar a primeira mentira, única coisa que eu peço para vocês é que respeitem minha família", completou.

Lula também fez questão de dizer que nenhum partido fortaleceu tanto as instituições no Brasil quanto o PT. “Qualquer delegado federal sabe o que era a Polícia Federal quando eu cheguei a presidemte deste país. Todo mundo sabe que o procurador era chamado de guardador-geral. Eu tinha a certeza que ia valorizar ao procurador. Quero o Ministério Público cada vez mais forte, mas cada vez mais responsável”, pontuou. Lula contou, inclusive, que ao dar posse a Tarso Genro como ministro da Justiça ele pediu que “nenhum delegado” fizesse “pirotecnia condenando as pessoas”. 

Sobre a falta de provas, Lula alfinetou aos procuradores do MPF a quem chamou de “esses meninos” e lembrou a história do helicóptero apreendido pela Polícia Federal com quase meia tonelada de cocaína. "Eles viram o avião, a cocaína, mas não tinham convicção", ironizou.

Quando tinha apenas seis anos de idade, um garotinho encontrou nos pertences antigos do bisavô um livro com informações de materiais bélicos. Durante muito tempo, na década de 1980, ele acreditou que todos aqueles estudos poderiam ser direcionados para o bem. Foi a partir daí, que o menino chamado Marcelo Tributino, de Caruaru - Agreste de Pernambuco -, se encantou com a possibilidade de utilizar os conhecimentos e as oportunidades no cenário da pirotecnia.

Após alguns anos atuando como vendedor de fogos de artifícios caseiros durante as festividades juninas, Tributino desejou expandir o negócio. Em viagens, ele conheceu as oportunidades da pirotecnia. Hoje, se tornou um dos maiores empreendedores do ramo, em uma empresa que conta com a atuação de toda a família. “Achei um ‘tesouro’ e acreditei que aquele material bélico do meu bisavô, que era italiano, poderia ser utilizado para o bem, beleza e alegria”, recordou.

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Há 25 anos, o empresário está no ramo e conta com dedicação da sua esposa, e dos dois filhos, que atuam como designer e relações internacionais. Segundo Valéria Tributino, tudo começou de forma despretensiosa e foi tomando enormes proporções. Ela teve que optar por deixar a carreira de professora para acompanhar o marido. “Sempre gostei de ensinar, mas não me arrependo de ter optado em seguir no ramo da pirotecnia. Sinceramente, não me vejo fazendo outra coisa e se tivesse de voltar à sala de aula só se fosse com muitos fogos”, contou descontraída.

Com o crescimento do empreendimento e a necessidade de atender os clientes com novos produtos, Marcelo Tributino iniciou os estudos nas áreas de pirodesginer e bláster pirotécnico e consequentemente conquistou o direito de importação de artefatos da China. “Isso trouxe para a M. Tributino Pirotecnia não só o selo de qualidade como também contatos com europeus e asiáticos que resultaram em alianças e parcerias importantes para meu negócio”, avaliou o empresário.

“A cada dia nosso desafio é apresentar produtos e serviços com alta qualidade e principalmente, segurança, por isso não poupamos esforços para buscar novas tecnologias e soluções de alta performance”, relatou.  Os investimentos garantiram a ele o título de primeiro bláster da região a apresentar um show piromusical, espetáculo pirotécnico onde a queima de fogos é coreografada e sincronizada com uma trilha sonora.

A empresa atende, atualmente, mais de 60 organizações do Norte e Nordeste e oferece também tecnologia no acionamento dos fogos. "Com a tecnologia, o cliente pode contar com um acionamento mais moderno, um dispositivo digital que garante segurança do disparo no show pirotécnico, garantindo patricidade e beleza da festa”, concluiu.

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