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Os mistérios do universo fascinam, intrigam e rendem boas histórias, afinal, temas como corrida espacial, viagens interplanetárias e vida em outros planetas são constantemente abordados no cinema. E hoje (9) é comemorado o Dia do Astronauta. Para quem curte histórias do gênero, a equipe do LeiaJá listou quatro filmes que estão disponíveis na Netflix sobre histórias no espaço. Confira a seguir: 

Ad Astra: Rumo às Estrelas (2019) - Um homem viaja pelo interior de um sistema solar sem lei para encontrar seu pai desaparecido – um cientista renegado que representa uma ameaça à humanidade. Este filme foi indicado ao Leão de Ouro, Oscar de Melhor Mixagem de Som, Green Drop Award e outras indicações.   

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Apollo 11 (2019) - Um documentário que acompanha a missão mais famosa da NASA, que levou os astronautas Neil Armstrong (1930-2012), Buzz Aldrin e Michael Collins (1930-2021) até a Lua. Também apresenta imagens em alta resolução nunca vistas antes. Este documentário ganhou o Prêmio Emmy do Primetime de Melhor Edição e Melhor Mixagem de Som, Peabody AwardDocumentary e outros prêmios.  

O Céu da Meia-Noite (2020) - Um cientista solitário no Ártico corre contra o tempo para impedir que um grupo de astronautas volte à Terra depois de uma catástrofe global. Este filme foi indicado ao Oscar de Melhores Efeitos Visuais, Satellite Award de Melhor Som, Melhor Trilha Sonora, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte e outras indicações.  

Passageiro acidental (2021) - A tripulação de uma missão de dois anos para Marte enfrenta um dilema fatal depois que um passageiro inesperado coloca todos em risco.

 

Dados disponibilizados pela espaçonave Gaia, da Agência Espacial Europeia, mostram que o Universo se expande com uma rapidez que supreende os cientistas. Para chegar a tal resultado, os especialistas passaram os últimos seis anos medindo a distância precisa entre as estrelas para calcular a velocidade de expansão do espaço.

A nova pesquisa de Gaia inclui as estrelas especiais, cujo afastamento serve como marcador para medir todas as disparidades cosmológicas mais distantes, o que inclui o tamanho do universo. De acordo com a Agência, o cosmos deveria estar se expandindo a uma taxa de 67 quilômetros por segundo por megaparsec (unidade de distância usada em trabalhos científicos de astronomia para representar distâncias estelares), mas as medições reais ultrapassam a marca.

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Em outro lugar da galáxia, os cientistas estão investigando um estranho sinal de rádio de uma estrela vizinha em busca de vida alienígena, enquanto outros identificaram 24 planetas que apresentam características de desenvolvimento de vida na Via Láctea.

 

O Google Maps é uma ferramenta que possibilita visualizar diversos locais do mundo, e a empresa de serviços online expandiu esse recurso para além da Terra com o Google Mars e o Google Moon, que permitem conhecer o planeta Marte e a Lua da tela do computador ou celular.

Os dois mapas funcionam de maneira similar, com três níveis de visualização, que destacam a elevação e visibilidade das superfícies. O Google Mars oferece também a opção Infravermelho, e o Google Moon destaca algumas áreas das missões Apollo.

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O mapa de Marte por sua vez se mostra mais completo e possui uma lista de crateras, planícies, montanhas e dunas presentes na região. O mapa da Lua ainda não dispõe de muitos detalhes e apresenta algumas falhas gráficas em sua navegação.

Como utilizar o Google Mars

A ferramenta que apresenta o mapa de Marte foi criada pelo Google em parceria com pesquisadores da Nasa. No modo Elevação, pode-se ver a altura ou profundidade das superfícies. A cor amarela indica o nível zero, equivalente ao que na Terra é considerado nível do mar. As partes em vermelho representam elevação de 3 km, e as pretas indicam profundidade de 9 km. As elevações da superfície são demonstradas pela cor cinza. Quanto mais claro, maior a elevação. As partes brancas representam 21 km de altura.

No modo Visível, pode-se contemplar imagens próximas do real, que foram capturadas pelos equipamentos Mars Orbiter Camera (MOC) e Mars Global Surveyor, presentes na órbita do planeta. Na última opção de visualização, Marte é apresentado por emissão da luz infravermelha, com imagens capturadas pela sonda Mars Odyssey.

No canto superior esquerdo do Google Mars, o usuário pode visualizar algumas opções que apresentam detalhes da geografia de Marte. Ao clicar em uma das alternativas, uma coluna será aberta à esquerda. A aba "Regions" informa o nome das áreas, já a "Spacecraft" mostra locais onde já aterrissaram naves humanas.

Os elementos do Google Mars podem ser pesquisados pela barra disponível na ferramenta, mas os termos devem ser colocados em inglês.

Nesta quarta-feira (2), celebra-se o Dia do Astrônomo, profissional responsável por estudar e pesquisar o universo, e que, com o auxílio de telescópios, olha para o céu em busca de resoluções e descobertas que vão além da Terra.

Na infância, quando foi ao Planetário do Ibirapuera, o professor de Astronomia e Astrofísica Ednilson Oliveira, 52 anos, ficou fascinado pelo que viu e se interessou pela área. "Com 13 anos adquiri minha primeira luneta. Aos 15 anos, mudei com meus pais para Mococa [a 278 km da capital) e lá eu ficava observando o céu quase todas as noites. Depois eu adquiri um telescópio maior, comecei a fazer observações mais sistemáticas", lembra.

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Após passar no curso de Física na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o astrônomo foi trabalhar como monitor no Observatório da USP de São Carlos (SP). Depois da graduação, ele retornou para São Paulo para fazer pós-graduação em Astrofísica na USP.

A astronomia mudou a vida de Oliveira, que fez várias pesquisas e também leciona sobre a ciência no ensino médio e em cursos superiores, além de trabalhar com astrofotografia e ter sido chefe do Planetário do Ibirapuera (SP). "Atualmente estou envolvido com a Olimpíada Brasileira de Astronomia. Tudo isso mudou a maneira como vejo o mundo, porque você percebe a evolução das estrelas e como podemos melhorar o nosso planeta, em função dos estudos da astronomia", comenta.

O professor de Astronomia e Astrofísica Ednilson Oliveira | Foto: Arquivo Pessoal

O astrônomo que se dedica a pesquisa pode contribuir com várias tecnologias que favorecem o mundo de alguma maneira. Oliveira destaca, como exemplo, a criação da máquina fotográfica digital, que surgiu no campo da astronomia. Os primeiros dispositivos de carga acoplada, também conhecidos como CCD (Charge-Coupled Device), usados nas câmeras digitais, vieram por meio de pesquisas em observatórios para, depois, chegar ao público.

Caminhos para se tornar um astrônomo

O estudante que deseja ser um astrônomo pode optar pelo curso superior de Astronomia ou Física. Segundo Oliveira, é necessário fazer uma especialização, mestrado ou doutorado. "A astronomia abrange em sua maior parte a pesquisa acadêmica em observatórios e universidades, mas também possibilita trabalhar em planetários, museus de ciência ou ministrar aulas", explica o astrônomo.

Outro caminho que Oliveira destaca como possível é cursar Engenharia e, depois, fazer uma pós-graduação na área de Astronomia, que prepara o profissional para trabalhar com a parte instrumental e tecnológica da ciência.

Um espetáculo no céu é aguardado pelos amantes da astronomia na manhã deste domingo (19). A expectativa é porque, mesmo sem telescópio, cinco planetas poderão ser vistos um pouco antes do nascer do Sol.

Para enxergá-los, é preciso estar em um local com uma visão ampla e limpa do céu, pois os planetas vão surgir na linha do horizonte, em lados opostos. O primeiro a dar as caras será Mercúrio, que dificilmente é visto da Terra, e ficará do lado do Sol.

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Já Vênus, Marte, Júpiter e Saturno vão aparecer na direção do pôr do Sol. É importante ficar atento aos horários que o Sol nasce nas diferentes regiões do país. No Nordeste, o raiar ocorre por volta das 5h10, às 6h30 no Sudeste e aproximadamente às 7h no Sul.

Cientistas da Nasa encontraram indícios que pode indicar a existência de um outro universo formado exatamente como o que vivemos atualmente que tomou forma após a explosão do Big Bang. O “universo paralelo” caminha cronologicamente contrário ao nosso tempo. 

Enquanto procuravam na Antártica com Antenas Impulsiva Transiente da Antártica partículas de alta energia proveniente do espaço os pesquisadores identificaram "neutrinos tau" que são partículas de alta energia, mais pesadas, saindo da terra.

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Segundo a publicação na revista New Scientist o físico experimental da Universidade do Havaí  Peter Gorham afirma que os dados indicam que as partículas estavam ao contrário no tempo, como se o outro universo estivesse de pernas para o ar. As partículas viajam para trás, diferente do que acontece na terra e com isso levantou-se a oportunidade de um "universo paralelo". 

As partículas saindo do chão ao invés de virem do espaço implicou em vários testes feitos desde 2016 para se chegar a uma resposta mais concreta. Sem sucesso só restou uma hipótese; a existência de um universo paralelo. A revelação só foi feita agora em 2020 e segundo o físico isso se deu porque tese causa controvérsia no meio. O Universo onde tudo é contrario do nosso também se deu, segundo acreditam os pesquisadores na formação do Big Bang.

O ano de 2020 já está batendo na porta, mas para a astrologia o Ano Novo só começará realmente após o carnaval. E não é piada. Março é o mês que marca o início do ciclo de Áries, o primeiro signo do zodíaco - representado pelo carneiro - e também o início do calendário astrológico, guiado pelas estações do ano. De acordo com a jornalista e astróloga Carol Leão, será nele que surgirá a palavra de ordem do início da próxima década: planejamento.

“É um ano muito decisivo, mas que já vai mostrar logo toda essa necessidade de planejar  que todos precisam em algum campo da sua vida”, afirma a astróloga, que largou a carreira de jornalista para se dedicar a interpretar os astros. Além disso, Carol Leão também alerta para um cuidado redobrado com os eclipses. “A astrologia clássica recomenda acender velas e fazer orações para a proteção pessoal e do próprio universo, além de agradecimento pelo que foi conquistado no último ano”, sugere.

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Confira as previsões completas:

Planejar, reservar e conter 

Dois mil e vinte será um ano de expandir metas. Ano de planejamento, reserva, contenção. Quem não conseguir planejar e colocar suas metas no papel para realizar de maneira prática seus desejos vai ter dificuldade. O planeta Júpiter, que na astrologia significa expansão, estará passando pelo signo de capricórnio e Júpiter em capricórnio vai beneficiar quem planeja. 

Para os sonhadores, ano será de muita responsabilidade. Os capricornianos, que estão sentindo mais esses últimos anos, vão se beneficiar muito desse trânsito. Também quem tem planetas em terra, como touro e virgem. Áries e libra precisam focar mais, pois já são mais propensos à dispersão.

Março, maio e setembro: o meses da Economia

Em março teremos uma fileira de planetas em capricórnio: saturno, plutão, Júpiter e marte. Será um mês decisivo para realizações pessoais e políticas. Também será importante e decisivo para o cenário economia, assim como maio e setembro.

Mudanças, separações e transformações

Até junho teremos eclipses no signo de câncer e capricórnio. Cancerianos devem sentir mais ou já estar sentindo essa série, sobretudo nos relacionamentos mais longos. Eclipses trazem revelações, mudanças, separações e transformações necessárias para o movimento da vida. São fenômenos muito importantes para o meio ambiente também. 

Em março, pode haver uma intensificação das queimadas ou problemas com colheitas, gados, estoques. É uma série importante para Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. O eclipse de câncer fala sobre vínculos, família. O período de janeiro a março deve ser turbulento para ele.

Gêmeos e a crise nos EUA

Em junho, a série de eclipses muda. Vai para gêmeos. Muito ruim para Trump. Eclipses significam também ocultações de pessoas públicas ou momentos de ostracismo. A má fase piora em meados de junho e julho de 2020. Essa série também vai tocar muito as comunicações, transportes e relações pessoais através dos meios de comunicação em todo o mundo. Deveremos ter redefinições importantes dessa área, principalmente a partir de dezembro de 2020. A mídia estará mais pressionada também.

Cuidado com a infidelidade

Em maio, teremos a retrogradação de Vênus em gêmeos. Período importante para gêmeos, sagitário e peixes. É um período que significa crises afetivas e revisões na área amorosa, que servirão  como um momento de amadurecimento desses signos, que tendem a um comportamento mais escapista.

Exercício: um telescópio detectou um asteroide de 100 a 300 metros de diâmetro se movendo a 14 quilômetros por segundo, a 57 milhões de quilômetros da Terra. Os astrônomos estimam em 1% o risco de colisão com o planeta em 29 de abril de 2027. O que fazer?

Este é o cenário potencialmente catastrófico, inteiramente imaginário, no qual cerca de 300 astrônomos, cientistas, engenheiros e especialistas em emergência estão trabalhando esta semana nos subúrbios de Washington, durante o quarto exercício internacional deste tipo desde 2013.

"Não é Hollywood", disse Jim Bridenstine, administrador da Nasa, ao abrir os trabalhos da sexta Conferência Internacional sobre Defesa Planetária, no campus da Universidade de Maryland, em College Park. Os países representados: Itália, Alemanha, França, Rússia, Israel, China...

A ideia de que a Terra tem que se defender contra um asteroide chocava-se, no passado, com o que os especialistas chamam de "fator risadinha". Mas em 15 de fevereiro de 2013, um meteoro contribuiu para acabar com o desdém.

Naquele dia, um asteroide de 20 metros apareceu do nada e explodiu quando entrou na atmosfera, 23 quilômetros acima da cidade russa de Chelyabinsk. Os habitantes sentiram o calor da explosão a 60 km de distância. As janelas de milhares de edifícios explodiram. Mil pessoas ficaram feridas.

"O aspecto positivo de Chelyabinsk foi que provocou uma consciência do público e dos políticos", disse à AFP Detlef Koschny, codiretor do Escritório de Defesa Planetária da Agência Espacial Europeia (ESA), representado por cerca de dez pessoas na conferência.

- Quantos? -

Apenas os asteroides cuja órbita os aproxima a menos de 50 milhões de quilômetros da Terra nos interessam. Os astrônomos estão descobrindo-os todos os dias: mais de 700 já este ano, com um catálogo total de 20.001, anunciou Lindley Johnson, do escritório de coordenação de defesa planetária da Nasa, criado em 2016.

Entre os que mais apresentam riscos estão, por exemplo, uma rocha chamada 2000SG344: com cerca de 50 metros de diâmetro e uma chance em 2.096 de colidir com a Terra dentro de 100 anos, segundo a ESA.

A maioria é menor, mas 942 têm mais de um quilômetro, segundo o astrônomo Alan Harris, que informou à plateia que alguns grandes asteroides provavelmente ainda estão escondidos no céu: "A maioria está estacionada atrás do Sol".

São principalmente os telescópios americanos, no Arizona e no Havaí, que os detectam.

A ESA instalou um telescópio na Espanha e planeja outros no Chile e na Sicília. Muitos astrônomos pedem um telescópio no espaço, já que, da Terra, não se pode ver os objetos do outro lado do Sol.

- Desviar o asteroide -

O exercício desta semana pretende simular como o mundo responderia à ameaça. Primeiro seria necessário apontar os telescópios para o objeto para calcular com precisão sua velocidade e trajetória, sendo as observações iniciais grosseiras.

Em seguida, a escolha é binária: desviar o objeto ou evacuar o local a ser atingido.

Se o objeto for inferior a 50 metros, o consenso internacional é evacuar a região que provavelmente será atingida.

Segundo Detlef Koschny, duas semanas antes do impacto, pode-se prever o país afetado. Alguns dias antes, a precisão é de algumas centenas de quilômetros.

Para objetos maiores, a ideia não é enviar uma bomba atômica como no filme "Armagedon", porque isso poderia criar peças igualmente perigosas. A ideia seria lançar um dispositivo em direção ao asteroide para desviá-lo... como um carrinho de bate-bate cósmico.

A Nasa testará a ideia em um asteroide real de 150 metros em 2022 com a missão DART.

Permanece o problema político, de acordo com Romana Kofler, do Escritório de Assuntos Espaciais das Nações Unidas: "Qual seria a autoridade decisória?"

"O consenso até agora foi o de não responder a essa pergunta", disse ela.

Em qualquer caso, o Conselho de Segurança da ONU seria acionado, mas deixaria aberta a questão de saber se os países ricos financiariam uma missão se não estiverem na mira do 2000SG344, ou de outro seixo celestial.

A presença de metano na atmosfera de Marte foi confirmada por uma nova análise dos dados da sonda Mars Express, anunciaram nesta segunda-feira (1) pesquisadores que ressaltam que este gás pode ser um indicador de uma vida micro-orgânica ou resultado do processo geológico.

A sonda europeia Mars Express, em órbita ao redor do planeta desde o final de 2003, já havia detectado traços de metano em sua atmosfera em 2004, graças ao seu espectrômetro infravermelho PFS. Mas esses resultados não haviam convencido totalmente os cientistas por razões técnicas.

Em junho de 2018, a NASA anunciou, por sua vez, que seu robô móvel Curiosity havia detectado metano na atmosfera marciana em 15 de junho de 2013 perto da cratera Gale. No entanto, estes resultados "in situ" levantaram muitos questionamentos, com alguns se perguntando se este metano não provinha do rover (o robô móvel), lembrou à AFP Marco Giuranna, do Instituto Italiano de Astrofísica em Roma.

Neste meio tempo, a equipe internacional liderada por este pesquisador italiano conseguiu melhorar a qualidade dos dados coletados pelo espectrômetro infravermelho da Mars Express, uma missão da Agência Espacial Europeia (ESA).

"Desenvolvemos uma nova abordagem para selecionar, processar e recuperar os dados" do espectrômetro, explicou Marco Giuranna. "Isso reduziu em grande parte a incerteza em torno das medidas do PFS", acrescentou.

Pouco antes da aterrissagem em 2012 da sonda Curiosity na cratera de impacto Gale, "decidi conduzir um monitoramento a longo prazo da atmosfera marciana" neste local, contou o pesquisador, cujo estudo foi publicado na Nature Geoscience.

Em 16 de junho de 2013, um dia depois da Curiosity, o espectrômetro da Mars Express registrou um "pico de emissão" de metano acima da cratera.

Estes resultados constituem "uma confirmação independente das medidas da Curiosity", ressalta o estudo.

Encontrar metano (CH4) em Marte é muito importante para os planetólogos, porque "pode ser um indicador de uma vida microbiana", observou o pesquisador. Mas a presença desse gás também pode resultar de reações geoquímicas, não relacionadas à vida.

Cereja no topo do bolo, a equipe de Marco Giuranna acredita ter conseguido localizar a fonte dessa emissão de metano em uma região de falha situada a leste da cratera Gale.

Para localizar a fonte, os pesquisadores conduziram dois estudos separados, um baseado em modelagem numérica, o outro baseado em uma análise geológica do local. Os resultados de ambos os estudos apontam para a mesma área.

"É muito emocionante e muito inesperado", entusiasmou-se o pesquisador italiano.

"Nós identificamos falhas tectônicas que poderiam se estender sob uma região coberta por uma fina camada de gelo (...) É possível que o gelo retenha o metano subsuperficialmente e libere episodicamente quando as falhas quebrarem", acrescentou Giuseppe Etiope, do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia de Roma.

O que aconteceu com toda a água que outrora preenchia lagos e oceanos em Marte? Boa parte, sugeriram pesquisadores nesta quarta-feira (20), pode estar presa em rochas.

Estudos anteriores concluíram que a água foi varrida para o espaço por potentes ventos solares quando o campo magnético do planeta entrou em colapso, enquanto uma parte foi capturada no gelo sob a superfície.Mas essa teoria não explicava toda a água que estava faltando no planeta.  Para tentar rastrear o resto, uma equipe internacional de pesquisadores colocou o modelo científico à prova.

"Os resultados revelaram que as rochas de basalto em Marte podem conter aproximadamente 25% mais de água do que as da Terra e, como resultado, estas puxaram a água da superfície marciana para o seu interior", destacou uma declaração da Universidade de Oxford, cujos cientistas participaram do estudo, publicado na revista Nature.

Como na Terra, a desagregação química e as reações hidrotermais podem mudar minerais em rochas, de secos a permeáveis à água, disse à AFP o coautor do estudo Jon Wade, de Oxford. Mas as rochas marcianas fazem isso muito melhor que as da Terra, devido a uma composição diferente. Essas rochas teriam reagido com a água superficial de Marte, bloqueando parte dela em sua estrutura mineral, disse Wade em um e-mail.

"Não é mais líquida, mas fisicamente ligada ao mineral", afirmou, o que significa que a única maneira de liberar a água seria derretendo a rocha. Em uma Terra recém-nascida, as rochas permeáveis formadas de uma maneira semelhante teriam flutuado na superfície super-quente do planeta até derreteram, liberando água de volta à superfície, como fizeram.

Mas em Marte, nem todas as rochas teriam derretido, e parte da água teria permanecido presa nas rochas que afundavam direto para o manto. "Marte estava condenada pela sua geoquímica!", disse Wade. A água líquida é um pré-requisito para a vida como a conhecemos. E apesar do vizinho da Terra estar seco e empoeirado hoje, acredita-se que já foi um planeta molhado.

Em 2015, a Nasa disse que quase metade do hemisfério norte de Marte já havia sido um oceano, atingindo profundidades superiores a 1,6 quilômetro. Mais tarde naquele ano, um estudo anunciou a descoberta de "água" remanescente no planeta, na forma de fluxos de salmoura.

Um sistema solar com tantos planetas quanto o nosso foi descoberto com a ajuda do telescópio espacial Kepler, da Nasa, e de inteligência artificial, informou a agência espacial americana nesta quinta-feira (14).

"Nosso sistema solar agora está junto a um maior número de planetas que também orbitam uma única estrela", disse a Nasa em comunicado. Ainda assim, nenhum desses planetas parece ser habitável. No sistema solar de oito planetas - o maior além do nosso já encontrado - orbita uma estrela chamada Kepler 90, a cerca de 2.545 anos-luz de distância.

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"O sistema estrelar Kepler-90 é como uma versão menor do nosso sistema solar", disse Andrew Vanderburg, um astrônomo da Universidade do Texas, no estado americano de Austin. "Nele há planetas pequenos dentro e planetas maiores fora, porém todos se movem juntos, bem próximos".

O novo planeta identificado, Kepler-90i, é um planeta rochoso como a Terra, mas realiza em torno de sua estrela um ciclo orbital completo a cada 14,4 dias. Isso significa que, para esse novo sistema descoberto, um ano equivale a duas semanas no Planeta Terra.

"Aproximadamente 30% maior do que a Terra, o Kepler-90i se encontra tão próximo à sua estrela que a temperatura média em sua superfície é estimada em 400 graus Celsius, similar à registrada em Mercúrio".

Inteligência Artificial

Cientistas descobriram esse sistema usando um mecanismo de ensino desenvolvido pela gigante tecnológica Google, que programa um computador de forma a escanear uma valiosa coleção de 35.000 possíveis sinais planetários coletados pelo telescópio espacial Kepler, da Nasa, que buscam sinais de trânsitos planetários.

"Trânsitos" são caracterizados pela diminuição de luz existente quando um planeta passa em frente a uma estrela. Utilizando os dados coletados por meio do Kepler, que captura os trânsitos, astrônomos já confirmaram a existência de 2.500 planetas distantes.

"Mecanismos inteligentes são realmente úteis em situações nas quais há muitos dados a ponto de os humanos não conseguirem encontrar algo por conta própria", disse Christopher Shallue, um engenheiro de software sênior no grupo de pesquisa pertencente a Google, que pensou em fazer uso da inteligência artificial para encontrar planetas distantes.

Espera-se que mais planetas distantes sejam encontrados. Pesquisadores tem como objetivo usar o sistema desenvolvido por eles para analisar as mais de 150.000 estrelas registradas pelo telescópio Kepler. Algum dia pode até mesmo ser usado para buscar outros planetas habitáveis como o Planeta Terra. Os resultados foram divulgados no periódico científico The Astronomical Journal.

Um asteroide do tamanho de uma casa vai passar pela Terra a uma distância de cerca de 44.000 quilômetros em outubro, dentro da órbita da Lua, disseram astrônomos nesta quinta-feira.

A rocha espacial passará a um oitavo da distância entre a Terra e a Lua - um pouco além dos nossos satélites geoestacionários mais distantes, que orbitam a cerca de 36.000 quilômetros do planeta, de acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA). "Não vai atingir a Terra", disse Detlef Koschny, da equipe de pesquisa "Near Earth Objects" (objetos perto da Terra) da ESA. "Essa é a coisa mais importante a se dizer".

O asteroide, batizado de TC4, passou pela primeira vez pelo nosso planeta em outubro de 2012, a aproximadamente o dobro da distância, e tem entre 15 e 30 metros de comprimento. Os cientistas já esperavam que o asteroide voltasse a passar perto da Terra este ano, mas não sabiam a que distância.

Recentemente, o Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul, no Chile, conseguiu rastrear a rocha e determinar sua distância. "Está muito perto", disse à AFP Rolf Densing, que dirige o Centro Europeu de Operações Espaciais em Darmstadt, Alemanha, acrescentando que não há motivo para preocupação.

Uma nave não tripulada da Nasa, Juno, examinou com sucesso a poderosa tempestade em Júpiter conhecida como a Grande Mancha Vermelha, e suas primeiras fotos devem ser divulgadas nos próximos dias, disse a agência espacial americana nesta terça-feira.

"Meu último voo por Jupiter foi concluído!", disse uma mensagem publicada na conta @NASAJuno no Twitter. "Todos os instrumentos científicos e a JunoCam estavam operando para coletar dados", acrescentou. A nave espacial não tripulada se aproximou como nunca antes dessa característica icônica do maior planeta do sistema solar, o gigante de gás Júpiter.

Especialistas dizem que a Grande Mancha Vermelha é uma enorme tempestade, de cerca de 16.000 quilômetros de largura, que tem se agitado durante séculos, mas pouco se sabe sobre as forças que a conduzem.

Acredita-se que a tempestade, que tem sido observada desde 1830 e possivelmente existe há 350 anos, diminuiu nos últimos anos. "Por gerações, pessoas de todo o mundo e de todas as camadas sociais se maravilharam com a Grande Mancha Vermelha", disse Scott Bolton, pesquisador principal do projeto Juno.

"Agora, finalmente, vamos ver como esta tempestade se parece de perto", acrescentou. O sobrevoo ocorreu no dia 10 de julho às 21h55 (22h55 de Brasília), quando a nave espacial passou cerca de 9.000 quilômetros acima das nuvens carmim.

"Imagens cruas serão postadas nos (próximos) dias", disse a agência espacial. A Juno partiu em 5 de agosto de 2011 de Cabo Canaveral, Flórida, e orbita Júpiter há pouco mais de um ano.

As agências espaciais europeia ESA e japonesa JAXA revelaram nesta quinta-feira a sonda que realizará uma viagem de sete anos até Mercúrio, o planeta rochoso mais misterioso do Sistema Solar.

O lançamento da sonda, batizada BepiColombo, está previsto para 2018, na que será a primeira missão da Agência Espacial Europeia ao planeta mais próximo do Sol.

BepiColombo tem uma altura de 6,4 metros e é composta de dois módulos - um europeu e outro japonês - que se separarão na chegada para orbitar em eixos diferentes ao redor de Mercúrio.

"Sua missão é continuar estudando os muitos resultados intrigantes da missão Messenger da agência espacial americana, a Nasa, investigando mais do que nunca os mistérios de Mercúrio", indicou a ESA.

Até hoje só chegaram a Mercúrio duas missões da Nasa: a Mariner 10, na década de 1970, e a Messenger, que girou em volta desse planeta entre 2011 e abril de 2015, quando acabou seu combustível.

Esta obra-prima da tecnologia europeia contou com a participação de mais de 33 empresas de 12 países da União Europeia, com a colaboração dos Estados Unidos, Japão e Rússia, com um custo total de mais de 1,3 bilhão de euros.

O projeto atrasou em várias ocasiões, mas os cientistas asseguram que, em março de 2018, a sonda estará pronta para ser trasladada para a base de lançamento espacial europeia de Kourou, na Guiana Francesa, de onde partirá no mesmo ano rumo a Mercúrio.

"A chegada a Mercúrio está prevista para 5 de dezembro de 2025", anunciou Ulrich Reininghaus, chefe do projeto BepiColombo da ESA.

"Mercúrio é o mais estranho de todos os planetas rochosos", explicou Álvaro Giménez, diretor de ciência e exploração robótica da ESA durante a apresentação, no Centro Europeu de pesquisa e de Tecnologia Espaciais de Noordwijk, oeste da Holanda.

O planeta, situado a apenas 58 milhões de quilômetros do Sol, atinge temperaturas extremas que vão de -180º a 430º centígrados. Sua superfície tem altos níveis de radiação que destruiriam qualquer forma de vida terrestre.

Missão a "um forno para pizzas" 

Mercúrio e a Terra são os únicos planetas rochosos que contam com um campo magnético. No caso de Mercúrio, porém, este campo não age como um escudo contra a radiação solar.

Sua proximidade do Sol também complica muito seu estudo a partir da Terra, pois o brilho é tão potente que impede a visibilidade com o telescópio, e a forte gravidade do astro dificulta a colocação em órbita estável de um artefato ao redor de Mercúrio.

As altas temperaturas representaram um desafio para os engenheiros, entre eles o construtor aeronáutico Airbus, provocando vários atrasos no projeto, indicaram os responsáveis pela missão.

O módulo europeu foi revestido com um "isolante contra altas temperaturas" concebido especialmente e "composto de 50 camadas de cerâmica e alumínio". As antenas são de "titânio resistente ao calor, coberto com um revestimento desenvolvido recentemente", detalhou a Airbus.

"Voamos em direção a um forno para pizzas", comparou Ulrich Reininghaus. A missão estudará as particularidades da estrutura interna de Mercúrio, seu campo magnético e sua interação com o Sol e o vento solar. "Esta será provavelmente a missão mais complicada já realizada", apontou Giménez. "É difícil chegar lá e é difícil trabalhar lá".

Identificados provisoriamente apenas com as letras b, c, d, e, f, g e h, os sete exoplanetas que orbitam a estrela Trappist-1, cuja descoberta foi anunciada na última quarta-feira (22) pela Nasa, podem ganhar seus nomes definitivos por meio de um concurso mundial.

O italiano Piero Benvenuti, secretário-geral da União Astronômica Internacional (UAI), disse à ANSA nesta quinta (23) que a entidade estudará a hipótese de realizar uma competição global, com votação online aberta a qualquer pessoa, para escolher como os astros serão batizados.

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Com isso, os sete planetas podem entrar para as cartas celestes com nomes inspirados em lugares e personagens históricos ou mitológicos. "Seguramente discutiremos sobre isso na reunião do comitê executivo da UAI, que será realizado em maio, em Pune, na Índia", declarou Benvenuti.

De acordo com o italiano, as sugestões seriam apresentadas por astrônomos - profissionais ou amadores -, entidades de pesquisa, associações culturais e ONGs, respeitando as normas para nomenclatura celeste. Ou seja, os nomes precisariam ser reconhecidos universalmente e não poderiam gerar controvérsias políticas, religiosas ou culturais.

"Eu, pessoalmente, escolheria nomes ligados a ideais de paz e fraternidade. Se esses planetas forem habitados, precisaremos de um belo cartão de visitas", brincou o secretário-geral da UAI. As sugestões seriam analisadas por uma comissão da União Astronômica e depois submetidas a votação online.

"Podemos pensar também em um prêmio aos vencedores, oferecendo a possibilidade de dar o próprio nome a um asteroide", acrescentou o astrônomo italiano, lembrando que um concurso parecido já foi realizado em 2015 para batizar 20 sistemas planetários.

Dos sete planetas da estrela Trappist-1, na constelação de Aquário, três estão na chamada "zona habitável", área considerada ideal pelos cientistas para que haja água em estado líquido, condição essencial para a existência de vida como a conhecemos.

Todos eles possuem tamanhos semelhantes ao da Terra, sendo que aquele que fica mais perto da estrela leva pouco mais de um dia para completar uma órbita. O mais distante precisa de 20. No nosso sol, muito maior que a anã vermelha Trappist-1, essa proximidade seria incompatível com a vida.

O sistema fica a cerca de 40 anos-luz da Terra, mas ainda precisarão ser feitos novos estudos para determinar a composição de suas massas. De acordo com o presidente da Agência Espacial Italiana (ASI), Roberto Battiston, serão necessários de 10 a 15 anos para se ter a tecnologia capaz de observar com mais detalhes a atmosfera dos exoplanetas e dar mais consistência à possibilidade de eles possuírem água líquida.

Mercúrio, o menor planeta do Sistema Solar, passará nesta segunda-feira (9) entre a Terra e o Sol, um fenômeno raro que poderá ser observado na parte do mundo em que for dia no momento, principalmente no oeste da Europa.

Durante várias horas, os interessados poderão seguir a trajetória de Mercúrio, que aparecerá como um pequeno disco preto se deslocando à frente do astro. Para poder ver este espetáculo será preciso contar com instrumentos astronômicos.

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O fenômeno começará às 11h12 GMT (08h12 de Brasília) e terminará às 18h42 GMT (15h42 de Brasília). A hora poderá variar levemente dependendo do local.

Visualmente, "Mercúrio dará a impressão de morder uma das bordas do Sol, depois o atravessará muito lentamente, antes de sair pelo outro lado", explicou à AFP Pascal Descamps, um astrônomo do Observatório de Paris.

Este fenômeno, que durará sete horas e meia, é "raro porque exige um alinhamento quase perfeito do Sol, de Mercúrio e da Terra", ressalta.

Ainda pouco explorado, o misterioso Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol e se encontra a uma distância média de 58 milhões de quilômetros dele.

Muito pequeno (seu diâmetro é de 4.780 quilômetros), dá a volta ao Sol em 88 dias.

Passa a cada 116 dias entre a Terra e nossa estrela. Mas devido à inclinação de sua órbita ao redor do astro em relação à órbita terrestre, parece que se encontra acima ou abaixo do Sol na maior parte do tempo.

Por isso, o trânsito de Mercúrio à frente do Sol é pouco frequente: há 13 ou 14 em cada século.

O último ocorreu há dez anos. Os próximos serão registrados em novembro de 2910, novembro de 2032 e maio de 2049.

Atenção aos olhos

O oeste e o norte da Europa, o oeste da África do Norte, a África Ocidental, o Canadá, o leste da América do Norte e grande parte da América Latina serão as melhores áreas para ver o trânsito de Mercúrio, desde que as condições meteorológicas sejam favoráveis.

No entanto, é preciso ser prudente e respeitar as normas de segurança, já que observar o Sol diretamente sem proteção pode provocar lesões oculares irremediáveis.

Os óculos especiais para ver eclipses não servirão, já que o planeta é muito pequeno.

"É necessário um instrumento astronômico para aumentar a imagem do Sol", explicou Pascal Descamps.

Os interessados em astronomia poderão utilizar óculos e telescópios se eles protegerem com os filtros solares adequados.

Segundo Descamps, "o meio mais simples para ver Mercúrio sem risco será utilizando um 'solarscope'", uma espécie de caixa de papelão com um alvo equipado com uma lente e um pequeno espelho convexo. Ele permite observar sem perigo o Sol através da projeção de sua imagem invertida em uma tela.

Mercúrio, cuja temperatura na superfície varia entre -173ºC e 427ºC, foi observado por duas sondas espaciais americanas, a Mariner 10 em 1974 e a Messenger em 1975, cuja missão terminou em 2015.

Europa e Japão lançarão duas sondas em 2018 no âmbito da missão BepiColombo, que alcançará Mercúrio em 2024.

Três novos planetas situados fora do Sistema Solar foram descobertos por cientistas norte-americanos, a partir de dados obtidos pelo telescópio espacial Kepler, da Nasa. Um deles está na chamada "zona habitável" de sua estrela, isto é, uma distância que permitiria a existência de água líquida em suas superfícies - condição indispensável para a potencial existência de vida, de acordo com os astrônomos.

Na primeira semana de janeiro, outro grupo dos Estados Unidos anunciou a descoberta de outros oito planetas na zona habitável de suas estrelas, com distâncias da Terra variando entre 475 e 1100 anos-luz. Além deles, os dados do Kepler já levaram à descoberta de mais de mil planetas.

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A nova descoberta, no entanto, é considerada a mais promissora até agora na busca de planetas semelhantes à Terra. Os três novos planetas estão na órbita da estrela EPIC 201367065, que fica a cerca de 150 anos-luz da Terra. De acordo com os autores do estudo, essa distância - considerada pequena em escala astronômica - permitirá pela primeira vez o estudo de um planeta da zona habitável com os instrumentos e tecnologias atuais.

Liderado por pesquisadores das universidades do Arizona, da Califórnia e do Havaí, o novo estudo foi financiado pela Nasa e pela Fundação Nacional de Ciência (NSF, na sigla em inglês). O artigo foi submetido à revista Astrophysical Journal, mas ainda não tem data para ser publicado.

A estrela EPIC 201367065, segundo os autores, é uma anã-vermelha que tem aproximadamente a metade do tamanho e da massa do Sol e, portanto, emite menos calor e luz. A 150 anos luz, a estrela está entre as 10 mais próximas onde já foram encontrados planetas. A proximidade e as características da estrela, de acordo com os astrônomos, permitirão o estudo inédito das atmosferas dos planetas, a fim de determinar se elas são semelhantes à da Terra e se poderiam ter vida. A maior parte dos planetas descobertos pela missão Kepler, até agora, são envolvidos por uma espessa atmosfera rica em hidrogênio, que são provavelmente incompatíveis com a vida.

As dimensões dos novos planetas são 110%, 70% e 50% maiores que as da Terra. O menor deles, o que tem a órbita mais distante de sua estrela, recebe níveis de radiação luminosa semelhante à que a Terra recebe do Sol, de acordo com Erik Petigura, um estudante de pós-graduação da Universidade da Califórnia em Berkeley. Ele descobriu os planetas no dia 6 de janeiro, quando realizava uma análise computacional dos dados do Kepler. Segundo Petigura, há uma possibilidade real do planeta mais externo ser rochoso, como a Terra - o que significa que ele poderia ter a temperatura certa para a formação de oceanos de água líquida.

Andrew Howard, da Universidade do Havaí, afirmou que exoplanetas - os planetas fora do Sistema Solar - são descobertos às centenas atualmente, embora os astrônomos fiquem na dúvida sobre a possibilidade de algum deles realmente tenha condições semelhantes às da Terra. Segundo ele, a nova descoberta ajudará a resolver essa questão. O próximo passo será estudar as atmosferas do novo planeta com o telescópio Hubble e outros observatórios, para descobrir quais elementos existem em sua atmosfera. "Aprendemos no ano passado que planetas com o tamanho e a temperatura da Terra são comuns na Via Láctea. Também descobrimos alguns planetas do tamanho da Terra que parecem ser feitos dos mesmos materiais que predominam no nosso planeta, como pedra e ferro", disse.

Cientistas dos Estados Unidos informaram nesta quinta-feira (3) que dois planetas distantes, mas semelhantes à Terra, e que alguns acreditavam que pudesse abrigar vida inteligente, na verdade não existem e foram confundidos com manchas solares.

O polêmico par de planetas, denominados Gliese d e Gliese g, a 22 anos-luz de distância, integram um conjunto de planetas potencialmente similares à Terra, que foram identificados por astrônomos.

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Distantes demais para ser observados a olho nu ou com um telescópio, foram descobertos graças a uma técnica chamada de "velocidade radial Doppler", na órbita de uma estrela fria e vermelha chamada Gliese 581.

O método capta luz estelar (a mais sensível) do telescópio e analisa seus comprimentos de onda. Ele pode, inclusive, revelar a messa de um planeta. Mas astrônomos da Universidade Estadual da Pensilvânia (nordeste) agora descobriram que Gliese 581 g e d não eram planetas, mas um sinal confuso de uma estrela.

"O que acreditávamos anteriormente que fosse um sinal planetário, foi causado por uma atividade estelar", disse Suvrath Mahadevan, coautor do estudo, publicado na revista Science e professor assistente do departamento de Astronomia e Astrofísica.

Em outras palavras, os campos magnéticos ou as manchas solares podem ter interferido no sinal que os astrônomos estavam interpretando. O estudo destacou que "a intensa atividade magnética estelar (...) criou falsos sinais planetários para (Gliese) d e g".

Os cientistas já tinham descartado a existência de um terceiro planeta, Gliese f. Os astrônomos têm duas formas de detectar planetas remotos. A missão Kepler, da Nasa, observa a luz tênue de uma estrela quando um planeta passa em frente a ela. Essa técnica pode indicar aos astrônomos o tamanho aproximado de um planeta, mas não a massa.

Outra forma, a única usada no estudo da Science, é a mencionada velocidade radial Doppler. "Os astrônomos fizeram um grande avanço, sendo capazes de detectar planetas similares à Terra (de pequeno tamanho, massa leve e com distâncias similares às suas estrelas)", disse Eric Ford, professor de Astronomia na Universidade da Pensilvânia e que não participou do estudo.

Mahadevan disse que são necessários mais estudos para determinar quantos planetas semelhantes à Terra descobertos poderiam ser um único sinal equivocado, disse.

Cientistas descobriram o primeiro planeta fora do Sistema Solar de tamanho semelhante ao da Terra e onde pode existir água em estado líquido, o que o torna habitável. A descoberta reforça a possibilidade de encontrar planetas similares à Terra na nossa galáxia, a Via Láctea, segundo uma equipe internacional de astrônomos liderada por um profissional da Nasa. O trabalho foi publicado na edição desta quinta-feira (17) da revista científica americana Science.

"É o primeiro exoplaneta do tamanho da Terra encontrado na zona habitável de outra estrela", destaca Elisa Quintana, astrônoma do centro de pesquisas Ames, da Nasa, que ficou à frente da pesquisa. "O que torna esta descoberta algo particularmente interessante é que este planeta, batizado de Kepler-186f, tem o tamanho terrestre e está em órbita ao redor de uma estrela classificada como anã, menor e menos quente do que o sol, na zona temperada onde a água pode ser líquida", afirmou.

Considera-se que esta zona seja habitável poque a vida como a conhecemos tem possibilidades de se desenvolver naquele ambiente, segundo os pesquisadores. Para Fred Adams, professor de Física e Astronomia da Universidade de Michigan, "trata-de de um passo importante na busca para descobrir um exoplaneta idêntico à Terra".

Bilhões de planetas do tamanho da Terra e em órbita de estrelas semelhantes ao Sol em nossa galáxia podem ser habitáveis, revelaram astrônomos nessa segunda-feira (4). Uma em cada cinco estrelas parecidas ao Sol na Via Láctea, que tem 55 bilhões de estrelas, pode ter um planeta do tamanho da Terra em sua órbita, e se este não estiver muito longe ou muito perto do seu astro, há possibilidade de abrigar água líquida e vida.

O estudo se baseia em uma nova análise de três anos de descobertas do Observatório Espacial Kepler, da Nasa. "Isto significa que, entre as milhares de estrelas que observamos no céu durante a noite, a mais próxima, similar ao Sol e com um planeta em sua órbita, está, provavelmente, a apenas 12 anos luz (cada ano luz equivale a 9,461 bilhões de quilômetros) e é visível a olho nu", assinalou o astrônomo Erick Petigura, da Universidade de Berkeley, na Califórnia.

A pesquisa, publicada nas Atas da Academia Nacional da Ciência, foi apresentada durante a conferência sobre o Kepler em Moffett Field, Califórnia. "Estes resultados permitem pensar que planetas como a Terra são relativamente frequentes em toda Via Láctea", destacou Andrew Howard, astrônomo do instituto de Astronomia do Avaí e coautor do estudo.

Baseados nos três primeiros anos de dados obtidos por Kepler, os pesquisadores detectaram 3.538 potenciais exoplanetas, dos quais 833 foram confirmados. Entre estes, 647 são do tamanho da Terra e 104 se encontram na distância do Sol habitável, e 10 são rochosos como a Terra, disse Jason Rowe, do instituto SETI, durante a coletiva.

Buscar sinais de vida

O fato de um planeta com massa comparável a da Terra se encontrar em uma zona onde poderia ser habitável não o faz, por si só, propício à vida, observaram os cientistas. "Alguns poderiam, por exemplo, ter atmosferas muito densas, o que tornaria as temperaturas na superfície muito elevadas para organismos vivos", explicou Geoffrey Marcy. "Na realidade, desconhecemos a variedade dos tipos de planetas e as características sob as quais poderiam haver vida".

"A abundância de planetas como a Terra, em órbita de estrelas relativamente próximas, simplificará as futuras missões da Nasa para estudá-los detalhadamente", destacou Andrew Howard. Segundo Natalie Batalha, cientista da missão Kepler, "dentro de 50 anos seremos capazes de observar as características da atmosfera destes exoplanetas e o objetivo seguinte será obter imagens de boa qualidade de sua superfície, ver a topografia e buscar sinais de vida".

A missão Kepler, lançada em 2009, se ocupa da busca de planetas fora do sistema solar que podem orbitar a uma distância de suas estrelas que permita a existência de vida. "Temos muitas missões a considerar no futuro. Penso que algumas delas, que já estão impulsionando a tecnologia, poderiam ser postas em marcha por nossos filhos ou netos", disse Bill Borucki, um dos principais pesquisadores do Kepler.

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