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O senador Humberto Costa (PT-PE) defendeu, nessa terça-feira (16), a discussão sobre o financiamento de campanhas eleitorais pelo Congresso Nacional. "Não adianta fazer discurso de perfumaria, se deve ou não manter coligação proporcional, ter um ou dois suplentes para senadores, sem que se debata o tema do financiamento das campanhas eleitorais", disse.

Apesar de considerar a possibilidade de voto em favor do financiamento público, conforme defende o PT, o senador acredita que o parlamento deve "abraçar integralmente" a proposta do Movimento contra a Corrupção, capitaneado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e outras entidades, que propõe a adoção de financiamento misto de campanhas eleitorais.

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"Certamente que isso já seria uma verdadeira revolução nesse país. Nós teríamos redução de gasto com campanhas, maior transparência, financiamento dos partidos, condições de igualdade para uma disputa eleitoral e, efetivamente, o compromisso do eleitor com quem ele acredita", frisou.

Ele também defendeu a realização do plebiscito sobre a reforma política. "Plebiscito seria a melhor forma de fazer essa consulta e iniciar o processo de reforma política. Ainda que valesse apenas para 2016, esse seria um primeiro passo de sintonização com o desejo das ruas, desejo de participação", considerou.

Os presidentes dos três partidos que defendem a realização de um plebiscito para reforma política - PT, PDT e PC do B - anunciaram nesta sexta-feira em reunião com centrais sindicais em São Paulo que mobilizaram suas bancadas no Congresso para apresentar um decreto legislativo que viabilize a realização de um plebiscito válido já para as eleições de 2014.

Pelas contas do presidente nacional do PT, Rui Falcão, os três partidos juntos têm 138 assinaturas, 33 a menos das 171 necessárias para apresentar o projeto no Congresso. O processo já foi deflagrado. Rui Falcão se reuniu nesta sexta com o líder do PT na Câmara, José Guimarães (PT-CE), que se comprometeu a levar a proposta aos deputados petistas em Brasília. "O argumento técnico de que não há tempo é para afastar os leigos. O prazo de 70 dias inclui a própria consulta. O que falta é vontade política", disse Falcão. Ele ressaltou que para que o plebiscito passe a valer para 2014 a proposta tem de ser votada antes do recesso parlamentar.

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O presidente do PT explicou que a coleta de assinaturas não tem relação com a comissão criada pelo Colégio de Líderes nesta semana sobre reforma política. A instalação do grupo foi adiada para a próxima semana. Dois petistas disputam a coordenação, Henrique Fontana (RS) e Cândido Vaccarezza (SP). Falcão negou que haja divisão da bancada, somente diferença de ideias. "Não tem divisão da bancada, tem contradição das escolhas", disse. O presidente nacional do PT reafirmou que trabalha para coletar as assinaturas e apresentar o decreto legislativo imediatamente ao Congresso. "Há um consenso na bancada de iniciar o processo de coleta de assinaturas para o decreto legislativo", diz Rui Falcão.

A grande ausência do encontro foi a do presidente da Força Sindical e deputado federal pelo PDT Paulo Pereira da Silva (SP). "Lamento a ausência do Paulinho, que não veio nem justificou", disse o presidente do partido Carlos Lupi. Na próxima terça-feira, 16, os presidentes dos três partidos se reúnem com o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coêlho, para discutir a participação da entidade no movimento pelo plebiscito.

A bancada do PT na Câmara dos Deputados começará a recolher na próxima terça-feira, 16, véspera do recesso parlamentar, as 171 assinaturas necessárias para levar ao plenário a proposta de plebiscito para a reforma política. Paralelamente à coleta de assinaturas para aprovação do decreto parlamentar convocando a consulta popular, o PT discutirá com a bancada na segunda-feira, 15, quem será seu representante no grupo de trabalho criado pelo presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para apresentar uma proposta de reforma política.

A instalação do grupo foi adiada para a próxima semana após um "curto-circuito" entre deputados petistas Henrique Fontana (RS) e Cândido Vaccarezza (SP). Ambos disputam a coordenação do grupo, sendo que o primeiro foi indicado pelo partido e o segundo foi convidado por Alves. "Uma comissão que quer resolver, não pode começar não resolvendo ela própria", criticou nesta quarta-feira, 10 o presidente da Câmara. Alves disse esperar que o partido entre num acordo, se unifique e seja pacificado até o final da semana para que o grupo inicie os trabalhos e apresente uma proposta de reforma em 90 dias.

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O líder do PT, José Guimarães (CE), evitou polemizar e disse que o impasse só será resolvido na segunda-feira. "É uma questão interna do PT", tergiversou.

Artigo

Nesta quinta, a assessoria da bancada do PT divulgou um artigo em que Guimarães defende o plebiscito enterrado pela Câmara e diz que os partidos não podem "ter medo de ouvir o povo". "É preciso ficar claro que ouvir a população é o meio mais legítimo para reforma política, não é um caminho meia sola como defende a oposição PSDB/DEM e PPS, que a limita a um referendo", afirma o parlamentar.

Guimarães ressalta que o tema está em discussão há 15 anos no Congresso e não avança por falta de consenso sobre os pontos polêmicos. "O plebiscito é a saída, é o diferencial da reforma que tantas vezes já foi discutida no Congresso Nacional. É a melhor forma de destravar o debate e instituir uma reforma política duradoura e que oxigene nossa democracia", defende.

O deputado finaliza dizendo que o Parlamento não pode "ficar surdo às vozes das ruas" e que a proposta da presidente Dilma Rousseff retrata o sentimento da população insatisfeita. "O plebiscito vai ao encontro dessas expectativas. A sociedade deve ser ouvida sempre, pois é dela que emana o poder que exercem os seus representantes", conclui o petista.

O PT terminou quase isolado no debate congressual sobre a realização de um plebiscito imediato sobre reforma política. O partido da presidente Dilma Rousseff conseguiu apoio apenas de PC do B e PDT e decidiu manter o discurso mesmo sabendo da falta de chances de viabilizar o desejo do Planalto. "O plebiscito é uma questão de honra para o PT", afirmou o líder do partido, José Guimarães (CE), após a reunião em que a grande maioria dos líderes rechaçou a ideia.

Para evitar um desgaste ainda maior de o Planalto ser forçado a realizar novo recuo no tema, acertou-se que o PT terá liberdade para propor a proposta, caso consiga apoio em outras legendas. Para apresentar um projeto de decreto legislativo sobre o plebiscito será preciso conseguir assinaturas de 171 deputados. Juntos, PT, PC do B e PDT têm apenas 128 representantes na Câmara.

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Caso consiga o apoio para fazer o projeto tramitar - isso é comum, pois os parlamentares costumam apoiar todo tipo de proposta dos colegas, deixando para a votação decidir o mérito -, o projeto deverá enfrentar resistência ainda maior dos outros partidos, por verem nela uma pressão externa do Executivo e uma tentativa do PT de tirar proveito da movimentação das ruas dos últimos 30 dias. O líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), resumiu a possibilidade de o PT conseguir vencer o embate. "Pode até conseguir assinatura para apresentar, mas jamais terá maioria para aprovar".

Plebiscito ou referendo? Essa é a pergunta mais comentada nos últimos dias no mundo da política. Juristas opinam e explicam os dois, governo defende referendo em sua maioria já que foi proposto por Dilma (PT) e oposição discorda da sugestão. Em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR), também não é diferente. Para o prefeito opositor, Elias Gomes (PSDB), a melhor opção não é plebiscito e sim referendo.

“Acho que a reforma tem que ser apresentada pelos partidos e pelo Congresso e posteriormente submetida a um referendo. Eu acho que o referendo seria melhor”, opina.

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Gomes sugere que seja criada uma comissão mista, formada por diversos segmentos da sociedade e líderes partidários, para propor assuntos relevantes da reforma política. “Eu chamaria a OAB, o Congresso, ex-constituintes, setores da sociedade civil e fazia uma grande comissão mista de forma que estivéssemos expressando o governo e elaboraria um projeto que fosse a média desse pensamento mais especializado. Depois disso, levaria ao Congresso e submeteria o referendo”, argumenta. 

Numa reação ao plano do partido de Dilma Rousseff de defender no Dia Nacional de Luta a bandeira de reforma política da presidente, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, afirmou que, "se o PT insistir em ‘enxertar’ essa história de plebiscito na manifestação de quinta-feira, 11, a Força Sindical levantará a bandeira do ‘Fora Dilma’". "Nossa manifestação é pela redução da jornada de trabalho, fim do fator previdenciário, reajuste para os aposentados e mais investimentos em saúde e educação", disse Paulinho.

A Executiva Nacional do PT aprovou, na quinta-feira, 4, uma resolução na qual convoca seus militantes a assumirem "decididamente" as manifestações no Dia Nacional de Luta, com greves e atos em defesa das reivindicações trabalhistas e da reforma política, com plebiscito. "Não podemos permitir que o PT utilize a Força Sindical e outras centrais sindicais como correia de transmissão do que pensa o partido", disse o deputado do PDT, que vive em rota de colisão com Dilma e pretende criar um novo partido, para a disputa de 2014.

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"O que Rui Falcão está tentando fazer é uma apropriação indébita da pauta dos trabalhadores. Vamos deixar bem claro: o plebiscito não está na pauta do ato das centrais sindicais, no dia 11", emendou, numa referência ao presidente do PT.

Procurado, Falcão não quis comentar o assunto. Além de cartazes com "Fora Dilma", o deputado disse que não se surpreenderá com faixas pedindo "Volta Lula". Embora o PT tenha baixado ordem para abafar esse coro, há no partido quem continue pregando a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2014, em substituição a Dilma Rousseff.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diante de posições favoráveis e contra ao plebiscito, o senador da base governista, Humberto Costa (PT), defende a sugestão apresentada por Dilma Rousseff (PT) e critica a oposição. Ele acredita que a consulta popular apresentada pela petista é a melhor forma de ouvir a população e suas demandas.

Indagado de como observava a não aceitação de alguns deputados sobre a proposta de Dilma, o petista criticou os oponentes. “Eu acho que a oposição, as elites desse País nunca gostaram da participação direta da população, especialmente, para discutir um tema que tem um grau de relevância que tem a reforma política”, disparou.

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Para Humberto, apesar da importância do plebiscito a definição virá da base superior. “O Congresso Nacional sempre é o que dará a palavra final, mas é lógico que ele terá muito mais representatividade em fazê-lo se as decisões que ele tomar seja um reflexo da população. O referendo é um instrumento importante de consulta, mas é uma consulta daquilo que o Congresso já tomou da posição. Além do mais, é muito difícil que os parlamentares que foram eleitos com as regras atuais desejem promover mudanças que possam comprometer sua própria eleição. Então, uma consulta da população antes da tomada da decisão do Congresso é totalmente pertinente”, argumentou.

Depois de explicar ambas as consultas, o senador ratificou a defesa da realização de um plebiscito. “Na minha opinião, plebiscito é melhor porque primeiro a população se posiciona e depois o Congresso encaminha as decisões da população. No caso do referendo, o Congresso Nacional vai tomar uma decisão e depois submeter a população. É lógico que a primeira alternativa requer um peso muito maior da decisão do povo”, acrescentou.

Em meio à divisão de opiniões sobre a sugestão da presidente Dilma Roussef (PT) de se fazer um plebiscito sobre a reforma política, alguns políticos, como o deputado federal José Chaves (PTB-PE), estar de olho nos gastos. Para o petebista, os assuntos viáveis deverão ser discutidos, mas é necessário se pensar nos custos para a realização de um plebiscito.

Na entrevista divulgada no próprio site do PTB nacional, o parlamentar analisa a situação real do País como delicada e comenta a criação de uma Comissão Especial no Congresso Nacional para debater a reforma política. “Eu acho um momento muito delicado. Há um desejo da população expressada pelos jovens em busca de mudanças. Dentre de todas as mudanças algumas salientam, educação, saúde mobilidade, mais a questão política. Eu acho que cabe a Casa discutir, aprofundar, e o que for viável nessa legislatura vamos caminhar o que não for, vamos aguardar”, expôs.

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Chaves também abordou a questão dos valores que deverão ser usados para a realização da consulta popular. “Isso é uma preocupação grande. É preciso que a gente procure ter parcimônia. É preciso que procure se gastar menos na questão eleitoral”, alertou.

Ainda sobre os custos para o plebiscito, o petebista comparou a situação atual da saúde e educação. “O povo não aceita deslocar dinheiro para pagar plebiscito quando se quando vê um hospital fechado, uma escola sem professor, quando vê uma escola sem merenda. Então é preciso que haja uma racionalidade, nós estamos para apoiar uma reforma política racional”, declarou. 

Depois que a presidente Dilma Rousseff propôs uma consulta popular para a realização de uma reforma política, o Congresso Nacional dividiu-se sobre como deve ser feito esse questionamento à sociedade: enquanto o governo e a base aliada defendem o plebiscito, a oposição diz ser o referendo a melhor opção neste caso.

De fato, os dois formatos estão previstos no artigo 14 da Constituição. A lei 9.709, sancionada em novembro de 1998, regulamenta o dispositivo e esclarece a diferença entre os dois. O plebiscito é convocado antes do ato legislativo ou administrativo, cabendo ao povo aprovar ou denegar o que lhe foi submetido. Já no referendo, a população irá opinar, confirmando ou rejeitando, um projeto já elaborado. Nos dois casos, a escolha popular se dá por voto direto e secreto.

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Para o doutor em direito constitucional e mestre em política, Álvaro Azevedo, com o referendo a sociedade poderá ficar mais segura que a opinião popular será seguida. "No referendo, a lei já está pronta e só dependerá do voto popular para entrar em vigor ou não. Já com o plebiscito, nós vamos depender de o Congresso pegar as ideias e formular as novas regras", explicou.

Isso quer dizer, que os resultados de um plebiscito servem de base para a formulação de novas leis, mas que elas podem não contemplar a vontade popular em sua totalidade. "Se o Congresso não acatar o que foi escolhido no plebiscito haverá novos protestos. É como dar um tiro no pé", argumentou.

Ele também vê como positiva a abertura do debate sobre o processo eleitoral. Cabe ao TSE tornar todos os pontos a serem consultados compreensíveis à população. "Eu não posso inviabilizar processos democráticos, como o plebiscito, argumentando que a população não tem maturidade para escolher. Isso não é democracia", disse "Eu posso me esconder atrás de nomes técnicos ou ensinar o povo o que diz essas alternativas. O que a gente não pode, em hipótese alguma, é desqualificar o eleitor brasileiro", frisou.

A ideia inicial do governo é realizar o plebiscito ainda neste ano, para que as novas regras sejam aprovadas até outubro e valham já para as eleições de 2014. Mas, como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) precisa de 70 dias para organizar o processo, essa ideia já foi descartada por alguns políticos, que consideram agora mudanças apenas para o pleito de 2016.

Impasse - Após uma reunião realizada com os líderes da base aliada da Câmara, nessa quinta-feira (4) o vice-presidente Michel Temer descartou uma reforma política que seja válida já para o próximo ano. "Não há condições temporais para se fazer um plebiscito antes de outubro. Qualquer forma que venha só se aplicará para as próximas eleições e não para esta", frisou ele. No mesmo dia, Dilma insistiu no plebiscito. "Não sou dessas pessoas que acha que o povo brasileiro não saberá responder às perguntas. O povo brasileiro sempre mostrou, ao logo da sua historia, que suas escolhas são acertadas", disse ela, em discurso durante a cerimônia de anúncio do Plano Safra Semiárido, na Bahia.

De volta a Brasília, Dilma ligou para Temer para cobrar explicações sobre as declarações dada por ele para a imprensa. Acuado, o vice-presidente voltou atrás e, em nota, afirmou que "embora reconheça as dificuldades impostas pelo calendário, reafirma que o governo mantém a posição de que o ideal é a realização do plebiscito em data que altere o sistema político-eleitoral já nas eleições de 2014".

Na próxima semana, será realizada uma reunião com os líderes da base aliada do Senado para reforçar a defesa para o plebiscito. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), apesar de apoiar o plebiscito, já admite a opção de um referendo. Em reunião com Dilma, ele ratificou o apoio, mas destacou que o plebiscito depende da Câmara. “Fiz questão de dizer à presidente que o plebiscito só tramitará no Senado se for aprovado na Câmara. Todas as matérias vindas da Presidência da República, a menos que sejam de competência exclusiva do Senado, tramitam primeiro Câmara e depois no Senado. Tramitar no Senado agora seria inverter a lógica do processo legislativo”, disse ele.

Processo - Na próxima terça-feira (9), uma comissão da Câmara responsável por analisar a proposta de plebiscito será instalada. Formada por oito deputados - cinco indicados por grandes partidos e três por partidos menores -, a comissão terá 90 dias para apresentar um Projeto de Decreto Legislativo sobre a consulta popular, estabelecendo, inclusive, as perguntas a serem feitas e as regras para a campanha.

A tramitação deverá ser em caráter de urgência urgentíssima (se houver apoio da maioria absoluta dos líderes), indo diretamente ao plenário, onde precisará ser aprovado por maioria simples. Em seguida, a proposta deverá ser votada no Senado e, após aprovada, promulgada pelo Congresso.

A partir daí começa a correr o prazo de 70 dias previsto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o plebiscito seja organizado. Com o resultado da consulta popular, o Congresso elabora um projeto de lei ou proposta de emenda à Constituição, que precisa ser aprovada pelo plenário para, só então, seguir para a sanção presidencial. As novas leis só valerão um ano após a aprovação.

Com a colaboração de Élida Maria

A presidente Dilma Rousseff reuniu nesta sexta-feira (5) 22 deputados do PT e pediu apoio para garantir a governabilidade. "Não pensem que eu estou acuada", disse, em reunião de duas horas com a coordenação da bancada do PT na Câmara, realizada no Palácio do Planalto. "Vou para cima e vou disputar o nosso legado."

Dilma, que insiste na realização de um plebiscito para que a população possa opinar sobre a reforma política, decidiu buscar ajuda fora do Congresso. Na noite da sexta-feira, por exemplo, integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST) disseram a ela que vão levantar a bandeira do "plebiscito Já" para a reforma política no "Dia Nacional de Luta com Greves e Mobilizações", programado para a próxima quinta-feira (11), em todo o País.

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O PT, a CUT, a Força Sindical e outras quatro entidades dos trabalhadores também pretendem ocupar as ruas das principais capitais pedindo o plebiscito. E no Planalto já se estuda a possibilidade de o governo apoiar a tese de entidades como a OAB e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral de um projeto de lei de iniciativa popular para a reforma política.

Embora o governo esteja ciente dos obstáculos para fazer o plebiscito em tempo hábil e efetivar mudanças sugeridas já nas eleições de 2014, a ordem é ainda manter esse discurso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou na tarde desta sexta-feira (5) que o plebiscito que deverá nortear a reforma política não começará a tramitar pelo Senado Federal. Renan disse ter feito esse comentário à presidente Dilma Rousseff, com quem teve reunião pela manhã no Palácio do Planalto.

"Fiz questão de dizer a presidente Dilma que o plebiscito só tramitará no Senado se for aprovado na Câmara. Tramitar agora no Senado é inverter a lógica do processo legislativo. Todas as matérias do Executivo, sem exceção, tramitam primeiro pela Câmara", afirmou ele, em entrevista após chegar do Palácio do Planalto e presidir uma sessão de votações nesta sexta-feira, dia tradicionalmente reservado apenas para discursos dos senadores.

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O debate sobre se o plebiscito poderia tramitar primeiro no Senado cresceu depois das resistências enfrentadas pelo governo na Câmara para aprovar a proposta a fim de se fazer uma reforma para valer para as próximas eleições. Para tanto, além da realização do plebiscito, que precisa segundo a Justiça Eleitoral de pelo menos 70 dias para ser realizado, as regras têm de passar pela Câmara e pelo Senado até o início de outubro.

Antes de tramitar, o projeto de decreto legislativo precisa ser apresentado por um parlamentar tendo o apoio de um terço do número de deputados ou de senadores. No Senado seria mais fácil para o governo reunir 27 apoios para apresentar a proposta em vez de 171 assinaturas de deputados para começar pela Câmara.

Com o cronograma apertado, deputados da base aliada resistem a dar apoio à realização do plebiscito para fazer a reforma política a fim de vigorar para as eleições de 2014.

O relator da Reforma Política, o deputado federal Henrique Fontana (PT), divulgou que a comissão para analisar o plebiscito, proposto pela presidenta Dilma Rousseff (PT), será instalada na próxima terça-feira (9). O grupo será formado por oito deputados: cinco indicados pelos cinco maiores partidos da Casa, e outros três indicados por partidos menores.

A comissão deve sugerir as perguntas para o plebiscito e analisar os projetos, relativos à Reforma, que poderiam ser votados sem a opinião popular.

Segundo o petista, as perguntas objetivas no plebiscito devem se referir aos pontos mais polêmicos da reforma, como financiamento público de campanha, fim das coligações e coincidência das eleições. “Esses devem ser os assuntos com perguntas de respostas objetivas, de resposta sim e não, para orientar o Parlamento nas suas votações pós-plebiscito”, defendeu Fontana.

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A oposição e até partidos da base aliada criticaram nesta quinta-feira a indefinição do governo Dilma Rousseff de levar adiante a proposta de fazer um plebiscito para alterar as regras do sistema político para as próximas eleições. O vice-presidente Michel Temer disse que é "temporalmente impossível" fazer essas mudanças, quatro horas depois, recuou da posição e, em nota, disse que o "governo mantém a posição de que o ideal é a realização do plebiscito em data que altere o sistema político-eleitoral já nas eleições de 2014".

"Nunca senti firmeza na manifestação do Temer e queria que ele tivesse mantido a posição que os líderes interpretaram", afirmou o presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN), sobre o encontro do vice-presidente com ministros e líderes partidários da base aliada do Congresso nesta quinta-feira, em que, inicialmente, ficou clara a impossibilidade de aprovar a matéria. "A Dilma quis sintonizar-se com a rua com uma proposta que traduz uma ilegalidade", criticou.

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Integrante de legenda da base aliada, o líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF), classificou como impressionante o "nível de improvisação" da administração federal. "Estamos percebendo a fragilidade das ações do governo", afirmou. De acordo com Rollemberg, entusiasta da candidatura presidencial do governador de Pernambuco e presidente nacional da sigla, Eduardo Campos, o debate sobre a realização do plebiscito não está em sintonia com os anseios manifestados pela população nos protestos que tomaram conta das cidades nas últimas semanas. Segundo o líder do PSB no Senado, qualquer cidadão "bom senso" sabe que é "impossível" realizar a consulta popular a fim de reformar o sistema político-eleitoral para as eleições de 2014.

Antes do recuo do Poder Executivo, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), havia classificado como um "engodo" a proposta de levar adiante o plebiscito. "Era um engodo, era uma forma de desviar a atenção da população das questões centrais. O governo erra muito e quem perde é a população brasileira", criticou.

Conforme Aécio, a proposta de realização de uma assembleia constituinte exclusiva para fazer a reforma política não durou 24 horas, mesmo Dilma sabendo, na análise dele, que seria "inviável" de ser efetuada. "Quando ela mandou a proposta de plebiscito sobre um tema tão complexo, sabia que era inviável", completou.

Pela manhã, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), chegou a sinalizar apoio ao referendo após o Legislativo, eventualmente, aprovar uma reforma política. "Se houver dificuldade para aprovação do plebiscito na Câmara dos Deputados, é obvio que, a partir daí, todo mundo vai tentar construir uma alternativa para votar a reforma e, em votando, há um clamor para ouvir a sociedade. Na medida em que se vota a reforma e quer ouvir a sociedade, a única maneira de fazê-lo é o referendo", disse. Embora tenha admitido antes do recuo do Executivo que não havia tempo hábil para aprovar o plebiscito, o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), afirmou no fim do dia que é preciso persistir na reforma. "Só saberemos tentando, não podemos desistir de tentar", afirmou.

Pré-candidato à Presidência da República nas eleições do próximo ano, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) acha que o Governo Federal está fugindo da responsabilidade quando propôs o plebiscito. O tucano acusa a União de ter gastos supérfluos que poderiam ser remetidos a outras áreas.  “O governo tem um mandato que só se encerra no final do ano que vem. O governo tem que garantir financiamento para a saúde, para a educação. Tem que investir nos metrôs das capitais, tem que agir com ética e com decência. É isso que o Brasil quer”, avaliou o parlamentar, durante entrevista coletiva em Brasília nesta quinta-feira (4). 

Segundo o neto de Tancredo Neves, o plebiscito já nasceu morto. “O governo, quando criou a Constituinte exclusiva, que durou 24 horas, sabia que ela era inviável. Quando apresentou uma proposta de plebiscito sobre temas tão complexos em um prazo tão curto, sabia que era inviável. Era um engodo. Era uma forma de desviar a atenção da população das questões centrais. O governo erra muito e quem perde é a população brasileira”, disparou o tucano.

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Em sua opinião, o único caminho para a reforma política é votar os projetos aos poucos. “Acho que esse é o único caminho. Até porque a maioria que você tem para determinado tema não é exatamente a mesma maioria que você tem para determinada outra questão”, explicou.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta quinta-feira que o governo continua defendendo a realização de um plebiscito para a reforma política cujas alterações entrem em vigor já em 2014. "O governo sempre achou e continua reafirmando que o ideal é que o plebiscito seja feito em data que permita que as alterações possam ser implementadas já em 2014". O ministro convocou uma coletiva de imprensa para reafirmar a posição do governo.

O vice-presidente, Michel Temer, chegou a dizer que não seria possível fazer uma consulta popular a tempo de modificar as regras já para o ano que vem. Mais tarde, no entanto, a vice-presidência divulgou nota em que Temer diz que, "embora reconheça as dificuldades impostas pelo calendário, reafirmo que o governo mantém a posição de que o ideal é a realização do plebiscito em data que altere o sistema político-eleitoral já em 2014".

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"Hoje teve uma reunião com líderes da Câmara em que houve, primeiro, um consenso que o plebiscito é a forma correta", disse Cardozo. Ele afirmou, ainda, que na reunião houve quem concordasse e quem discordasse da questão da viabilidade de se alterar as regras para 2014. "Houve uma discussão relativa às datas. Alguns líderes se pronunciaram na linha de que não era possível você ter um plebiscito realizado já para valer em 2014", disse o ministro. "Outros líderes discordaram e acharam que dava para fazer agora".

Ele afirmou ainda que a decisão sobre a data caberá ao Congresso. "É evidente que o governo acha que essa é uma decisão do Congresso, que vai avaliar aquilo que efetivamente deve ser objeto de decisão".

Menos de quatro horas depois de afirmar que "temporalmente é impossível" aplicar um plebiscito que altere as regras do sistema político já em 2014, o vice-presidente Michel Temer recuou e, em nota, disse que o "governo mantém a posição de que o ideal é a realização do plebiscito em data que altere o sistema político-eleitoral já nas eleições de 2014".

Nesta quinta-feira pela manhã, Temer se reuniu com os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para tratar do plebiscito. Também participaram do encontro líderes de partidos aliados na Câmara dos Deputados.

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Questionado se estava claro, entre os líderes e o governo, que não haveria tempo suficiente para viabilizar um plebiscito que alterasse as regras do sistema político já em 2014, Temer respondeu: "A esta altura, embora fosse desejável, mas temporalmente é impossível. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) muito adequadamente fixou um prazo de 70 dias a partir dos temas apresentados ao TSE. Imagine se isso durar duas, três semanas, mais 70 dias, já chegamos ao mês de outubro e, a partir daí, já entra o princípio da anualidade, não é possível aplicar em 2014."

Pela manhã, o vice-presidente também disse que "não há mais condições e, vocês sabem disso, de fazer qualquer consulta antes de outubro". "E, não havendo condições temporais de fazer essa consulta, qualquer reforma que venha só se aplicará para as próximas eleições, e não para esta", disse.

Segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, as declarações de Temer causaram mal-estar no Palácio do Planalto e irritaram a presidente Dilma Rousseff. Horas depois, a assessoria da Vice-Presidência da República enviou nota que "o governo mantém a posição de que o ideal é a realização do plebiscito em data que altere o sistema político-eleitoral já nas eleições de 2014".

A presidente Dilma Rousseff reafirmou, nesta quinta-feira, durante evento em Salvador, que propôs aos governadores cinco pactos para atender ao clamor da população que tem realizado uma série de manifestações pelo País. "Fizemos um pacto com os governadores pela estabilidade e responsabilidade fiscal", disse. "Escutando a vontade política nesse País e nas ruas, estamos propondo também algo que sempre quisemos que é a reforma política", reforçou.

Dilma voltou a citar a ideia da convocação de um plebiscito para consultar a população sobre a realização da reforma política. "Esse pacto pela reforma política tem que ter a participação popular", disse. Segundo Dilma, como não é permitido pela Constituição que o executivo federal realize esse tipo de consulta popular, o governo encaminhou a sugestão ao Congresso para que convoque o plebiscito.

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Segundo a presidente, ela não faz parte do grupo de pessoas que acredita que o povo é incapaz de entender porque as perguntas são complicadas. "Eu acredito na inteligência do povo brasileiro."

A presidente está em Salvador para o lançamento do Plano Safra Semiárido 2013/2014. A viagem deveria ter acontecido no mês passado, mas foi adiada por conta de protestos. Para hoje, um forte esquema de segurança foi montado em Salvador para que os manifestantes não se aproximem do centro de convenções onde acontece o evento.

Educação e royalties

Em seu discurso, Dilma Rousseff falou do projeto de investir os royalties do petróleo para a educação como garantia de recursos para melhorar o setor. Segundo a presidente, é necessário investir desde creche, passando pela alfabetização na hora certa, até chegar às universidades e aos cursos técnicos. "Nós temos que pagar bem a professor, temos que transformar a profissão de professor em uma profissão que todo mundo vai querer ser", disse.

Sobre mobilidade, a presidente disse que as cidades brasileiras precisam de uma reforma urbana que passa por mudanças no transporte coletivo e por um programa de moradia. "A questão urbana vai exigir de nós um grande investimento", afirmou a Dilma.

A presidente afirmou que vai anunciar uma modalidade "genérica" do programa Minha Casa Minha Vida que contempla as pequenas prefeituras. Dilma enfatizou ainda que o País passa por um momento-chave em sua história, em que tem a "oportunidade de fazer o que parece impossível". "Eu desejo que nós juntos sejamos capazes de estar a altura do desafio que temos pela frente. Temos a oportunidade de transformar de forma acelerada este País". Antes de terminar, a presidente prometeu: "Não descansarei enquanto não puder atender toda a demanda".

Diante das reações de partidos da base aliada, inclusive a sua legenda, o PMDB, o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), sinalizou nesta quinta-feira que pode apoiar a realização do referendo após o Congresso eventualmente aprovar uma reforma política. A posição destoa da meta da presidente Dilma Rousseff, que encaminhou para o Parlamento uma mensagem pedindo um plebiscito para, a partir daí, serem votadas as mudanças no sistema político-eleitoral brasileiro.

"Se houver dificuldade para aprovação do plebiscito na Câmara dos Deputados, é óbvio que a partir daí todo mundo vai tentar construir uma alternativa para votar a reforma e, em votando, como há um clamor para ouvir a sociedade, ouvir a sociedade. Na medida em que se vota a reforma e quer ouvir a sociedade, a única maneira de fazê-lo é o referendo", disse Renan no Senado.

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O presidente do Senado ressalvou que, na opinião dele, ainda não está "demonstrado" que o plebiscito terá dificuldades para passar na Câmara. Ele disse que, se isso ocorrer, a alternativa é possivelmente aprovar uma reforma política "a toque de caixa" e depois submetê-la a referendo.

Renan lembrou que o Senado chegou a aprovar alguns pontos da reforma política, mas que a proposta não vingou.

Reeleição

Renan Calheiros afirmou que é favorável à manutenção da reeleição para cargos no Executivo. Uma articulação de senadores de seu próprio partido passou a defender a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a reeleição e estende todos os mandatos para seis anos, a fim de que as eleições sejam todas coincidentes.

Apresentada em dezembro do ano passado, a PEC tem o senador Romero Jucá (PMDB-RR) como autor e recebeu nesta quarta-feira, 3, às 19h30 parecer favorável do senador Luiz Henrique (PMDB-SC) na Comissão de Constituição e Justiça. Na prática, se aprovada, a PEC extinguiria a possibilidade de reeleição de presidentes da República, governadores e prefeitos, entre outras mudanças.

"Sinceramente, eu defendo a reeleição. Eu acho que nós estamos vivendo ainda a experiência da reeleição, os resultados são favoráveis, de modo que eu acho que a reeleição é uma oportunidade que o administrador tem, quando está indo bem, de ser reeleito e concluir o seu mandato com grandes resultados", disse Renan.

O presidente do Senado negou que esteja articulando com seus correligionários para colocar a PEC em pauta. "Não, não, não. Essa discussão com relação aos calendários especiais para votação de propostas de emenda à Constituição, ela se faz publicamente, no plenário, a partir de requerimento. Esta ainda não tem requerimento, portanto, ainda não tem calendário especial", completou.

O vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou que os líderes da base na Câmara dos Deputados reafirmaram, em reunião nesta quinta-feira, 4, no Palácio do Jaburu, o apoio à tese do plebiscito para tratar da reforma política. "Subsequentemente vamos fazer uma reunião com as lideranças do Senado e, havendo o mesmo apoio à tese plebiscitária, em seguida, as bases da Câmara e do Senado formalizarão um Projeto de Decreto Legislativo para fixar a data e os temas a serem debatidos", disse Temer.

Ele descartou a hipótese de o plebiscito ser realizado para que as mudanças valham já para o pleito do ano que vem. "Não há mais condições - e vocês sabem disso - de fazer qualquer consulta antes de outubro. E, por isso, qualquer reforma que venha só se aplicará para as próximas eleições e não para esta", disse Temer.

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O plebiscito proposto pela presidente Dilma Rousseff para mudar o sistema político divide até o PT. Embora a Executiva Nacional petista vá aprovar nesta quinta-feira, 4, um cronograma de mobilização, conclamando os militantes a se engajarem na campanha em defesa do plebiscito, a consulta popular não tem apoio unânime nem mesmo na bancada do PT na Câmara.

Em meio à polêmica, o coro do "Volta, Lula" agora é ensaiado por uma ala do partido que faz críticas contundentes à articulação política do governo Dilma. "Já está na hora de o Lula voltar", afirmou o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP). Autor da proposta de terceiro mandato para o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Devanir disse que os protestos nas ruas tiveram outra motivação. "Quem pediu plebiscito? O que falta no governo Dilma é gestão. As pessoas querem transporte de qualidade, saúde e educação. Dinheiro tem. É só investir."

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Para Devanir, a presidente continuará enfrentando problemas na base aliada, e não só com o PMDB, enquanto não der autonomia aos ministros para fazer a articulação política. "A Ideli (Salvatti), coitada, é como um elefante numa loja de cristais", definiu o deputado, numa referência à ministra das Relações Institucionais, responsável por negociar com o Congresso.

Amigo de Lula há mais de 30 anos, Devanir afirmou que a reforma política é assunto para "outro departamento". A proposta enviada por Dilma ao Congresso prevê que a população seja consultada sobre cinco pontos: financiamento de campanha, sistema de votação, término dos suplentes no Senado, voto secreto no Parlamento e fim das coligações partidárias.

"Eu sou contra esse plebiscito, mas voto com o governo. Agora, querer jogar para o povo uma coisa que não conseguimos resolver há mais de dez anos não vai dar certo", insistiu Devanir. "Essa reforma é para salvar os partidos, não é de interesse da sociedade." Na sua avaliação, a convocação de Constituinte exclusiva para votar a reforma seria mais apropriada. A sugestão chegou a ser feita por Dilma, mas ela recuou diante de críticas de políticos e juristas.

Na tentativa de amenizar a crise, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse ontem, 3, que as discordâncias em relação ao plebiscito são "naturais". A bancada do PMDB na Câmara fechou questão contra a realização do plebiscito neste ano e, a portas fechadas, considerou a iniciativa "manobra"./COLABORARAM TÂNIA MONTEIRO e RAFAEL MORAES MOURA

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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