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O Ministério da Justiça autorizou o emprego da Força Nacional de Segurança Pública por mais 30 dias em Roraima. No início do mês, 33 pessoas morreram após rebelião em presídio do Estado.

A prorrogação será contada a partir do dia 9 de janeiro e foi feita após pedido da governadora do Estado, Suely Campos. De acordo com portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (18), os integrantes da Força Nacional de Segurança farão ações de policiamento ostensivo nos perímetros externos do sistema penitenciário do Estado.

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Outra portaria publicada nesta quarta na DOU prevê que militares e servidores civis que estiverem gozando de licenças, como licença-prêmio, poderão atuar na Força Nacional de Segurança Pública.

Foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (18) decreto que autoriza o emprego das Forças Armadas para a "garantia da lei e da ordem" no sistema penitenciário brasileiro.

De acordo com o texto, as Forças Armadas executarão atividades em todos os presídios brasileiros para a detecção de armas, aparelhos de telefonia móvel, drogas e outros materiais ilícitos ou proibidos.

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A atuação dos militares dependerá de anuência do governador de cada Estado e será realizada em articulação com as forças de segurança pública e com o apoio de agentes penitenciários do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça.

O uso das Forças Armadas em presídios foi anunciado nesta terça-feira (17), pelo governo, após reunião do presidente Michel Temer e integrantes da gestão federal para avaliar a crise nas penitenciárias brasileiras.

Uma gravação feita por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) presos na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, mostra uma reunião ocorrida no pátio depois do massacre que matou pelo menos 26 detentos que pertenciam à facção rival, Sindicato do Crime de RN (SDC), no sábado, dia 14. Todos tiveram as cabeças decapitadas.

No encontro, um preso faz "um balanço" da rebelião e dá os parabéns para os demais comparsas pelas mortes dos rivais. Para o detento, mesmo em minoria, o PCC invadiu dois pavilhões e só não entrou no terceiro, porque acabou a munição das armas. "Chegou até mim que já foram 33 mortos do Sindicato (facção rival filiada ao Comando Vermelho) e, graças a Deus, não perdemos nenhum dos nossos irmãos", disse o preso.

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No final, o preso incita uma série de gritos de guerra. "Um por todos e todos por um", "se Deus é por nós, quem será contra nós". Por último, eles gritam "paz, justiça e liberdade", que é o conhecido lema do PCC desde a sua fundação, em 1993.

Poucas horas depois da reunião entre o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, e os secretários de segurança estaduais, realizada nesta terça-feira (17), em Brasília, o Palácio do Planalto decidiu cancelar a solenidade prevista para amanhã em que seria assinado o Plano Nacional de Segurança Pública. O encontro com os secretários tinha como objetivo acertar os detalhes que seriam repassados inicialmente na manhã desta quarta-feira (18) aos governadores, em reunião prevista para as 10h. Na sequência, estava programada uma solenidade às 15h com a presença do presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto, em que seriam assinados os compromissos previstos no Plano. O cancelamento do encontro foi confirmado por meio da assessoria de imprensa do Ministério da Justiça.

A decisão foi comunicada ao governador do Rio Grande do Sul, José Sartório, no momento em que ele já se dirigia ao aeroporto. Na ocasião, o secretário de segurança do Estado, Cezar Schirmer, participava de reunião no Ministério da Justiça com representantes do governo federal e dos Estados do Sergipe e Rio Grande do Sul.

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"O chefe de gabinete do governador me ligou agora pedindo informação. Perguntei para um assessor que me confirmou o cancelamento. Não sei o motivo", afirmou Schirmer.

Nas discussões para tirar o Plano Nacional de Segurança do papel, secretários de segurança estaduais passaram a pressionar a cúpula do governo federal pela criação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabeleça a vinculação de repasses para a área de segurança, assim como é feito hoje para as áreas de saúde educação.

"Nossa indicação como ponto número um e fundamental para o sucesso desse plano nacional é a inclusão de uma PEC para vincular o orçamento em definitivo para os Estados brasileiros", afirmou o presidente do colégio de secretários de segurança pública e secretário de Segurança Pública do Maranhão, Jefferson Portela.

Segundo ele, o porcentual do repasse ainda precisa ser definido e deverá ser alvo de novas discussões, que deveriam ocorrer ao longo desta terça-feira com integrantes do governo federal e amanhã com os governadores.

Ao ser questionado se a vinculação dos recursos seria uma condicionante para os governadores assinarem o plano, Portela divagou e afirmou que será "vital". "É o ponto número um para o sucesso do plano que não vai se implementar com respostas rápidas", considerou.

Presentes à reunião comandada pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, secretários de segurança estaduais da região Norte também questionam a origem dos recursos para as ações previstas no Plano Nacional de Segurança Pública.

Ao deixar o encontro, o secretário de Defesa e Cidadania de Rondônia, coronel Lioberto Caetano, ressaltou que o plano apresentado pelo governo não atende às necessidades dos Estados. "Vamos fazer o combate de fronteiras? Então, diga de onde virão os recursos. Quem vai atuar. O governo federal vai ter que custear isso. Aí, sim, vamos assinar essa carta. Se não, não podemos assinar. É uma irresponsabilidade muito grande", afirmou o coronel Caetano. "Se o governo não mostrar a origem dos recursos, os governadores não vão assinar isso. Nós vamos assessorá-los. A gente assina se for uma coisa que atenda efetivamente. O Brasil já passou pela experiência necessária de testes. Não estamos mais na fase de testes", emendou.

Segundo ele, o resumo do plano apresentado no encontro de hoje não atende às características e especificidades de cada Estado. "Construir presídio não resolve. Construir presídio aumenta o número de presos, mas vai aumentar o também gasto com pessoal. Não temos mais condições de gastar com pessoal. A nossa verba não é igual à saúde, que tem destinação de 25%", afirmou.

O secretário de Segurança do Amazonas, Sérgio Fontes, também endossou o apelo do colega de Rondônia. Segundo ele, houve um "pedido geral" dos secretários de segurança estaduais para saber "de onde vai sair a verba para as ações".

Sérgio Fontes considera que as medidas emergenciais propostas pelo governo são um "passo positivo" para "apagar o incêndio" da crise penitenciária, mas é preciso avançar no combate às causas do crime organizado.

Entre as medidas, o governo federal se comprometeu com a construção de cinco novos presídios federais; fornecimento de equipamento de detecção de metais; bloqueio de aparelhos telefônicos, assim como o reforço das forças armadas. "São ações emergenciais muito caras, então é preciso saber de onde vai sair o custeio disso", ponderou.

Para o secretário do Amazonas, Estado que foi palco de um massacre no complexo Penitenciário Anísio Jobim no primeiro dia do ano, apenas o plano não irá resolver a atual crise do sistema carcerário. "O plano não esgota a discussão das causas determinantes dessas ocorrências a nível nacional. Esses conflitos não começaram em Manaus, já vinham ocorrendo em vários presídios. Fomos a primeira unidade da federação que teve uma rebelião grande, mas outras rebeliões já vinham ocorrendo, já estávamos nos preparando para isso, infelizmente foi maior do que prevíamos", disse.

O secretário considera que o problema da segurança no Brasil gira "quase totalmente em torno do tráfico internacional de entorpecentes" e é preciso reforçar as fronteiras, considerando as peculiaridades de cada Estado. Ele considera que deveriam ser feitas mudanças na legislação para garantir recursos para a segurança dos Estados. "Hoje a educação tem verba carimbada, a saúde também, mas a segurança não", lamentou.

O Palácio do Planalto confirmou nesta terça-feira, 17, que as Forças Armadas vão atuar dentro dos presídios brasileiros para ajudar nas inspeções. O porta-voz do presidente Michel Temer, Alexandre Parola, afirmou que o governo decidiu lançar mais medidas de apoio aos Estados por considerar que a crise do sistema penitenciário ganhou "contornos nacionais".

"Em iniciativa inovadora, o presidente da República coloca à disposição dos governos estaduais o apoio das Forças Armadas. A reconhecida capacidade operacional de nossos militares é oferecida aos governadores para ações de cooperação específicas em penitenciárias. Haverá inspeções rotineiras dos presídios com vistas à detecção e à apreensão de materiais proibidos naqueles instalações", disse.

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Segundo Parola, a operação "visa a restaurar a normalidade e os padrões básicos de segurança dos estabelecimentos carcerários brasileiros". A ação só será possível se os governadores concordarem com a presença dos militares nos presídios, a fim de não prejudicar a atuação dos governos estaduais, que são os responsáveis constitucionais pelos estabelecimentos carcerários.

Temer também determinou a criação de uma comissão para reformar o Sistema Penitenciário brasileiro, com integrantes do Executivo, Judiciário, Legislativo e sociedade civil organizada. Parola destacou que está sendo criado ainda comitê de integração e cooperação na área de inteligência composto pelos Ministros da Justiça, da Defesa e do Gabinete de Segurança Institucional, tal como se fez por ocasião dos Jogos Olímpicos.

Atraso

A reunião do presidente Michel Temer sobre segurança começou com quase uma hora de atraso, por volta das 13 horas. Acompanharam a discussão os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Alexandre de Moraes (Justiça), Raul Jungmann (Defesa), Sergio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional), José Serra (Relações Exteriores) e o secretário-executivo da Fazenda, Eduardo Guardia.

Também compareceram à reunião integrantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal, Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e os comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica.

O comando da Companhia de Guarda Penitenciária em Natal confirmou o início de um novo confronto entre integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Sindicato do Crime do RN no fim da manhã desta terça-feira (17), na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte.

O major Wellington Camilo, comandante da Guarda, confirmou a informação à reportagem. "Começou aqui o confronto de novo! É, entre as facções", afirmou o oficial da Polícia Militar, apressado, enquanto falava ao telefone.

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Alcaçuz foi palco, no último sábado (14), de um massacre durante rebelião entre detentos. Vinte e seis homens foram assassinados na ocasião. Desde então, a tensão segue dentro da unidade prisional.

Dois dias depois do fim do massacre que deixou 26 mortos, os presos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, no Rio Grande do Norte, permanecem soltos do lado de fora dos pavilhões nesta terça-feira (17). De acordo com o tenente Edmilson Paulino, da Companhia de Guarda Penitenciária, apenas os detentos do Sindicato do Crime do RN foram trancados dentro do Pavilhão 1.

Segundo o tenente Paulino, os presos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) permanecem do lado de fora das celas, porque boa parte do Pavilhão 5, onde eles estavam detidos, foi deteriorada durante a rebelião. Isso impede que os homens sejam postos novamente dentro das celas.

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Essa é a mesma situação desde a noite desta segunda-feira (16). Ainda de acordo com o oficial da Companhia de Guarda, não houve tumultos ou novas tentativas de ataque entre a noite de segunda e a madrugada de terça-feira.

A rebelião que vitimou 26 detentos em Alcaçuz se deu por causa da briga entre as duas facções presentes dentro da unidade. Neste momento, a distância que separa os membros de uma e de outra é de aproximadamente um quilômetro.

Contudo, a tensão nas guaritas do estabelecimento penal é constante, pois, com parte dos homens soltos, somente a ação dos guardas pode impedir que eles tentem um novo ataque.

Vídeo

Vazou na noite desta Segunda-feira um vídeo de dentro da unidade, feito ainda durante a manhã, quando alguns presos estavam sobre o teto dos pavilhões. Na filmagem, membros do PCC comemoram a "tomada" do Pavilhão 4, onde aconteceu o massacre. Eles ainda caçoam dos integrantes do Sindicato do Crime do RN, dizendo que eles estão acuados em cima do telhado. No vídeo, é possível ver como os homens circulam livremente dentro da penitenciária.

O presidente Michel Temer vai se reunir nesta terça-feira (17), com representantes do Conselho Consultivo do Sistema Brasileiro de Inteligência (Consisbin), no Palácio do Planalto, com o objetivo de debater medidas para controlar a crise nos presídios.

Além do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, deverão participar da reunião integrantes de ministérios e instituições federais, entre os quais diretores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), da Polícia Federal, da Receita e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

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Dentro do Palácio do Planalto, auxiliares destacam a criação de núcleos de inteligência em cada unidade da Federação como uma das principais medidas para enfrentar o crime organizado. A medida faz parte do plano nacional de segurança, anunciado no início deste mês.

O governo também acredita que é preciso integrar os Estados na área de inteligência - nesta quarta-feira (18), o presidente deverá se reunir com governadores para discutir a questão da segurança.

Temer quer agilizar a construção de cinco novos presídios federais e espera que os governos estaduais também acelerem as obras de penitenciárias, que podem levar até seis anos para serem concluídas.

Previdência

Às 15h30, o presidente tem audiência com o deputado Paulinho da Força (SD-SP), que está promovendo uma campanha contrária à reforma da Previdência. O governo considera a aprovação da reforma fundamental para colocar o País nos trilhos.

A Força Nacional de Segurança prendeu em flagrante um casal no perímetro externo da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), em Roraima, na madrugada desta terça-feira (17). Esta foi a primeira prisão feita pela Força Nacional no Estado. Em 6 de janeiro, o presídio registrou 33 mortes - cinco dias após o massacre no Amazonas, com 56 mortos.

Com Wagner Mendes Araújo, de 21 anos, e Rosanira Mota de Souza, de 26 anos de idade, a polícia apreendeu 14 celulares e carregadores, aproximadamente 800 gramas de maconha e 300 gramas de cocaína, além de fones de ouvido, fumo e cigarros.

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De acordo com o governo de Roraima, a ação ocorreu próximo à lixeira da Pamc. O casal estava em uma moto. A suspeita é que as drogas e os celulares seriam deixados na lixeira e retirados ao amanhecer, quando os detentos fossem deixar o lixo no local.

Rosanira é cadastrada na Secretaria de Justiça e Cidadania como visitante de um reeducando do regime fechado. O casal foi encaminhado ao 5º Distrito Policial, área onde foi feito o flagrante, e ficará à disposição da Justiça para apresentação em audiência de custódia.

A repórter da TV Globo Minas Larissa Carvalho foi agredida quando fazia uma transmissão ao vivo na GloboNews sobre uma rebelião no Presídio Antônio Dutra Ladeira, localizado em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Uma familiar de um preso aproximou-se da jornalista e a empurrou violentamente ao chão.

A agressão ocorreu por volta da zero hora desta terça-feira (17), e a agressora - que não foi identificada - foi detida pela polícia logo em seguida.

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A jornalista relatava a situação do motim e a superlotação da penitenciária mineira quando começou uma gritaria entre os parentes dos presos, que estavam próximos do local onde ocorria a transmissão. Em seguida se deu a agressão.

Em uma tentativa de abrandar a atual crise, o presidente Michel Temer determinou ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que a pasta conclua a construção de cinco presídios federais em até um ano.

A implementação dos estabelecimentos prisionais está prevista no Plano Nacional de Segurança Pública anunciado por Temer no dia 5. De acordo com o presidente, a ideia é dividir as vagas pelas cinco regiões do País. Até o momento, apenas o Rio Grande do Sul teve a confirmação de que será um dos Estados contemplados.

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De acordo com auxiliares palacianos, para dar celeridade à construção dos presídios, Temer solicitou ao ministério que siga o modelo adotado pelo Espírito Santo, em que as edificações são feitas por módulos. O governador do Estado, Paulo Hartung, conversou com Temer nos últimos dias sobre os benefícios desse tipo de construção. Na conversa foi lembrado que o levantamento de um presídio, de forma tradicional, pode levar até cinco anos. Ao acelerar a construção de novos centros de detenção, o Executivo também espera que os governos estaduais tomem providências no mesmo sentido.

Um encontro entre Temer e os governadores dos 26 Estados e do Distrito Federal está previsto para quarta-feira (18), no Palácio do Planalto. Na ocasião, os chefes dos executivos estaduais deverão assinar os compromissos estabelecidos no Plano Nacional de Segurança Pública. O gesto é considerado apenas como político e simbólico, uma vez que na véspera Alexandre de Moraes deve fechar o texto em reunião com os secretários de Segurança estaduais.

Entre as medidas que devem ser assinadas nesta quarta-feira está um acordo de integração entre o governo federal e os estaduais no sentido de facilitar a troca de informações sobre a realidade prisional e criminal em cada uma das localidades. Na análise de integrantes do governo envolvidos nas discussões, a falta de dados é um dos principais complicadores para se tirar do papel ações de médio e longo prazo na área de segurança.

Mais encontros

A discussão sobre a atual crise do sistema penitenciário também fez parte de encontro realizado entre o presidente Michel Temer e o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Ayres Brito na segunda-feira (16), em Brasília. O ex-ministro é amigo de Temer há mais de três décadas e foi cotado, no início do governo, para assumir a Justiça. Na segunda-feira, o presidente ainda se reuniu com Alexandre de Moraes, ocasião em que o ministro relatou a situação da Penitenciária de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte. Apesar das críticas de vários setores, o ministro contaria com "todo apoio do presidente", que consideraria sua gestão como "boa". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em uma tentativa de abrandar a atual crise no sistema carcerário, o presidente Michel Temer determinou ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que a pasta conclua a construção de cinco presídios federais em até um ano.

A implantação dos estabelecimentos prisionais está prevista no Plano Nacional de Segurança Pública anunciado por Temer no último dia 5. De acordo com o presidente, a ideia é investir entre R$ 40 milhões a R$ 45 milhões por unidade, que deverão ser divididas nas cinco regiões do País. Até o momento, apenas o Rio Grande do Sul teve a confirmação de que será um dos Estados contemplados.

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De acordo com auxiliares palacianos, para dar celeridade na construção dos presídios, Temer solicitou ao MJ que siga o modelo adotado pelo governo do Espírito Santo, em que as edificações são feitas por módulos. O governador do Estado, Paulo Hartung, conversou com Temer nos últimos dias sobre os benefícios desse tipo de construção. Na conversa foi lembrado que o levantamento de um presídio, de forma tradicional, pode levar até cinco anos. Ao agilizar a construção de novos centros de detenção, o Executivo também espera que os governos estaduais tomem providências no mesmo sentido.

Um encontro entre Temer e os governadores dos 26 Estados e do Distrito Federal está previsto para ocorrer nesta quarta-feira, 18, no Palácio do Planalto. Na ocasião, os chefes dos executivos estaduais deverão assinar os compromissos estabelecidos no Plano Nacional de Segurança Pública.

O gesto é considerado apenas como político e simbólico uma vez que na véspera, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, deve fechar o texto final em reunião com os secretários de seguranças estaduais.

Entre as medidas que devem ser assinadas amanhã está um acordo de integração entre o governo federal e os estaduais no sentido de facilitar a troca de informações sobre a realidade prisional e criminal em cada uma das localidades. Na análise de integrantes do governo envolvidos nas discussões, a falta de dados é um dos principais complicadores para se tirar do papel ações de médio e longo prazo na área de segurança.

Em razão disso, o Executivo espera, a partir da assinatura do documento, começar a implementar os Núcleos de Inteligência Policial (NIPO) que deverão ter a participação conjunta dos setores de inteligência das Policias Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar e do sistema penitenciário.

Encontros

A discussão sobre a atual crise do sistema penitenciário também fez parte de encontro realizado entre o presidente Michel Temer e o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Ayres Brito, ontem em Brasília. O ex-ministro é amigo de Temer há mais de três décadas e foi cotado, no início do governo, para assumir a Justiça.

Hoje pela manhã, Temer se reuniu com Alexandre de Moraes, ocasião em que o ministro relatou a situação da Penitenciária de Alcaçuz que na véspera foi palco de um novo massacre que culminou na morte de 26 detentos. Apesar das críticas de vários setores sobre a condução de Moraes à frente da pasta, segundo auxiliares palacianos, o ministro tem contado com todo apoio de Temer, que tem considerado sua gestão como "boa".

A Polícia Militar do Rio Grande do Norte recapturou nesta segunda-feira, 16, um homem foragido da Penitenciária Estadual de Alcaçuz. O presidiário afirma ter escapado da unidade durante a rebelião registrada no sábado, 14, quando 26 detentos foram assassinados.

Foi a primeira vez que um órgão ligado ao governo do Estado admitiu que havia presos foragidos após a rebelião. Durante as entrevistas coletivas concedidas no domingo, 15, o secretário de Justiça e Cidadania, Wallber Virgolino, afirmou que somente um detento havia escapado e que, logo em seguida, foi recapturado.

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O presidiário detido nesta segunda é Luan Franklin Anselmo da Silva, de 25 anos. Ele foi recapturado no bairro da Redinha, na zona norte de Natal. Silva realizou um assalto no bairro Pajuçara, também na zona norte, pouco antes de ser preso.

A rebelião no Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato Fernandes, em Natal, foi controlada pelos agentes carcerários do Grupo de Operações Especiais (GOE) na manhã desta segunda-feira (16). De acordo com a administração da unidade, não há registro de mortos e ainda estava sendo feito durante a manhã o levantamento de danos causados à estrutura do prédio.

O motim teve início na madrugada desta segunda-feira e durou aproximadamente três horas. Segundo o diretor do estabelecimento, Alexandro Coutinho, cinco agentes carcerários faziam guarda no presídio no momento da rebelião.

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O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Rio Grande do Norte (Sispern) informou que a unidade abriga hoje 496 apenados. Os detentos ameaçavam invadir o Pavilhão 2, onde estão encarcerados os presos de melhor comportamento e que ajudam nos serviços gerais do presídio. Eles não são aceitos nos demais pavilhões e constantemente são constrangidos pelos demais presidiários.

Coutinho confirmou que os detentos informaram à direção que o motim foi uma represália ao massacre registrado no sábado (14), na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na região metropolitana de Natal . Na ocasião, 26 presos ligados à facção Sindicato do Crime do RN (SDC) foram assassinados por membros do Primeiro Comando da Capital (PCC).

O Sindicato dos Agentes Penitenciários afirmou que os presos disseram que a resposta ao PCC não ficará somente dentro das unidades carcerárias.

O massacre em Alcaçuz ocorreu durante uma rebelião que durou aproximadamente 14 horas. O motim teve início no final da tarde do sábado, e as forças de segurança do Estado só conseguiram adentrar na penitenciária e acabar com a confusão já na manhã do domingo (15). Entre os mortos, havia presos carbonizados e também decapitados.

Os detentos do Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato Fernandes, na zona norte de Natal, iniciaram uma rebelião na madrugada desta segunda-feira (16). De acordo a presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Vilma Batista, os presidiários afirmam que o motim é uma represália às mortes de presos na briga entre facções no sábado (14), dentro da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na região metropolitana de Natal.

Na ocasião, 26 presidiários ligados à organização criminosa Sindicato do Crime do RN foram mortos por presos do Primeiro Comando da Capital (PCC).

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Os detentos construíram barricadas para impedir a entrada de agentes carcerários e ameaçaram atacar os presos que ficam no Pavilhão 2 da unidade, que são rotineiramente intimidados pelos demais por auxiliarem nos serviços gerais do presídio.

Vilma disse ainda que os detentos juraram vingança e que essa resposta não deve acontecer somente dentro dos estabelecimentos prisionais do Estado do Rio Grande do Norte.

O Grupo de Operações Especiais dos agentes carcerários já entrou no Presídio Raimundo Nonato e trabalha com o objetivo de conter a rebelião. Vilma afirmou que os agentes conseguiram impedir o contato entre os rebelados e os presos que seriam atacados. No entanto, ainda havia tensão dentro da unidade na manhã desta segunda-feira.

O Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato Fernandes é o mesmo em que, em janeiro do ano passado, 46 detentos conseguiram escapar por um túnel. Foi a maior fuga ocorrida em presídio da história do Rio Grande do Norte.

Na ocasião, os presidiários cavaram um túnel de 40 metros a partir do Pavilhão B da unidade até o Complexo Penal João Chaves, que custodia presos em liberdade provisória e fica no prédio ao lado.

Sobre a rebelião desta segunda-feira, o Sindicato dos Agentes confirmou que boa parte do presídio foi danificada. Enquanto promoviam o quebra-quebra, presos gritavam contra os agentes e repetem o nome da facção Sindicato do Crime do RN. A unidade abriga 496 detentos.

Após o motim que durou 14 horas, mães, mulheres e filhos choravam do lado de fora da maior penitenciária do Rio Grande do Norte, enquanto aguardam notícias sobre mortos e feridos. De mãos dadas, em círculos, elas rezavam e se desesperavam.

Mulher de um dos presos do pavilhão 4, Natalia Melo, de 30 anos, contou que foi uma das últimas pessoas a sair sábado (14), da visita. Segundo ela, estava tudo calmo até então. "Foi a gente sair que começou isso. Não tenho notícia do meu marido. Ninguém passa informação e ninguém dos direitos humanos veio nos ajudar", lamentou Natalia. Antônio Neto, de 30 anos, cumpre pena por tráfico de drogas e homicídio. Apesar das trocas de mensagens e telefonemas com os presos, na noite de sábado, ela ainda não sabia se o marido está vivo.

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As mulheres chegaram ao presídio assim que a notícia da rebelião se espalhou. Como a cadeia estava sem luz e a polícia cercava o local, elas foram mantidas longe por segurança. A polícia temia uma fuga em massa.

A angústia aumentou quando homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar, do Grupo de Operações Especiais dos Agentes Penitenciários e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) entraram na unidade para retomar o controle. Elas temiam uma nova matança.

"Estou desesperada, meu filho está machucado. Levou uma pedrada na cabeça, mas conseguiu fugir do pavilhão onde começou a rebelião. Tenho medo que ele morra. Ele fez 20 anos há poucos dias, dentro dessa penitenciária", afirmou Cristiane da Silva, mãe de Josimar da Silva Firmino, preso por tráfico.

Arredores

O comandante-geral da PM do Rio Grande do Norte, coronel André Azevedo, disse que nenhuma ocorrência relacionada à rebelião em Alcaçuz foi registrada na região. "Tivemos uma madrugada tranquila."

O Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Sindicato RN vinham disputando o controle dos presídios potiguares e do comércio de drogas no Rio Grande do Norte desde 2015. O nível de violência do conflito, entretanto, mudou de patamar diante da guerra entre a facção paulista e as demais quadrilhas do País depois do massacre ocorrido em Manaus, no Amazonas, no dia 1º. O pano de fundo da disputa é o monopólio das rotas de distribuição de drogas vindas da América Latina para o Brasil.

O secretário de Estado da Justiça e da Cidadania do Rio Grande, Wallber Virgolino Ferreira da Silva, reconheceu a ligação entre a ação no Estado com as demais chacinas. "A situação no Norte estimulou aqui."

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O massacre de sábado (14), é o segundo promovido pela facção paulista depois da ação no Amazonas, organizado pela Família do Norte (FDN). O primeiro foi na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista, Roraima, com 33 mortes. O mesmo modus operandi registrado nos dois Estados se repediu no RN: os mortos foram decapitados e expostos em vídeos distribuídos pelo WhatsApp.

"No contexto nacional, o PCC é um grande articulador. Sabia-se que eles iam articular algo por aqui, uma vez que já tinham rivalidade com o Sindicato RN", afirma o sociólogo Ivenio Hermes, do Observatório da Violência Letal do Rio Grande do Norte.

Hermes cita a falta de controle por parte do Estado no interior das penitenciárias do RN como um fator que facilitou a ação de sábado. "A Penitenciária de Alcaçuz, por si, já é um grande problema. Construída no meio das dunas, com vários túneis sob a estrutura, e hoje fica a 12 metros de algumas casas. Das 12 guaritas, apenas cinco funcionam e não dão visão de toda a unidade."

Histórico 

O Sindicato RN é uma facção maior que o PCC no Rio Grande do Norte e nasceu em 2015 como uma reação à presença paulista, registrada pelas autoridades desde 2010, segundo contou ao Estado, em agosto, o juiz de Execuções Penais Henrique Baltazar. A facção é aliada à FDN: Gerson Lima Carnaúba, o Mano G, um dos líderes do grupo do Amazonas, ficou um mês preso em Natal e se associou ao Sindicato.

Enquanto o PCC tem o controle das fronteiras do Brasil com o Paraguai, exercendo influência em Mato Grosso do Sul e no Paraná, há uma disputa pela chamada Rota do Solimões, usada para escoar as drogas produzidas na Colômbia. Nesta rota, a facção paulista luta contra o Comando Vermelho, do Rio, e as facções do Norte e do Nordeste, aliadas contra os paulistas. "O leigo pode não saber, pode achar que é interessante que os bandidos se matem. Mas essas mortes fortalecem e tornam maiores as facções. Elas criam monopólios", afirma o ex-secretário nacional de Segurança Ricardo Balestreri, que hoje vive em Natal.

Em menos de 24 horas, 38 detentos fugiram de um presídio e uma cadeia de Salvador e Santo Antônio de Jesus, na Bahia, nessa sexta-feira (13). As fugas levaram o governador Rui Costa (PT) a exonerar o diretor da Cadeia Pública do Estado, o capitão da Polícia Militar Fagner Araújo Carvalho, e do diretor adjunto, Paulo Cesar Gonçalves Sacramento.

Na madrugada de sexta, um grupo de 17 detentos serrou as grades de uma cela e fugiu do Complexo Penitenciário de Mata Escura, em Salvador. A fuga só foi percebida pela manhã, quando os agentes penitenciários da unidade viram os danos nas grades e em três barreiras fixas.

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Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado, todos os 17 presos fazem parte de uma mesma facção criminosa. Eles também atribuíram a fuga à superlotação da unidade e falta de segurança no local. A unidade prisional tem capacidade para 808 presos, mas, no momento da fuga, estava com 1.227. Na noite de sexta-feira, por volta das 23h30, 21 presos fugiram da 4ª Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Coorpin), de Santo Antônio de Jesus, a cerca de 185 quilômetros da capital baiana.

Os detentos quebraram uma barra de ferro de uma das celas e a utilizaram para quebrar os cadeados das demais celas para liberar outros presos. O grupo ainda utilizou cordas, feitas com lençóis, para pular o muro da carceragem. O local tem capacidade para 6 presos, mas 21 estavam na unidade e todos fugiram.

De acordo com a polícia, um delegado plantonista, um escrivão e outros dois agentes estavam na unidade, mas não perceberam a fuga. Seis detentos já foram recapturados.

Ainda segundo a política, a maioria dos fugitivos responde por tráfico de drogas, homicídio e roubo. A maioria já havia sido sentenciada e aguardava vaga em presídio.

Massacre em Manaus

Um sangrento confronto entre facções no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, deixou 56 mortos entre a tarde de 1º de janeiro e a manhã do dia 2. A rebelião, que durou 17 horas, acabou com detentos esquartejados e decapitados no segundo maior massacre registrado em presídios no Brasil - em 1992, 111 morreram no Carandiru, em São Paulo.

Treze funcionários e 70 presos foram feitos reféns e 184 homens conseguiram fugir. Outros quatro presos foram mortos no Instituto Penal Antonio Trindade (Ipat), também em Manaus. Segundo o governo do Amazonas, o ataque foi coordenado pela facção Família do Norte (FDN) para eliminar integrantes do grupo rival, o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Cinco dias depois, o PCC iniciou sua vingança e matou 31 detentos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC), em Boa Vista, Roraima. A maioria das vítimas foi esquartejada, decapitada ou teve o coração arrancado, método usado pelo PCC em conflitos entre facções. Com 1.475 detentos, a PAMC é reduto do PCC, que está em guerra contra a facção carioca Comando Vermelho (CV) e seus aliados da FDN. Roraima tem 2.621 presos - 900 dos quais pertenceriam a facções, a maioria do PCC. No total, 27 facções disputam o controle do crime organizado nos Estados.

A guerra de facções deixou o sistema penitenciário em alerta, os e governadores de Amazonas, Roraima, Rondônia, Acre, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul pediram ajuda do governo federal com o envio da Força Nacional. Amazonas foi o primeiro Estado a receber. A crise é tamanha que, segundo o Conselho Nacional de Justiça, são necessários R$ 10 bilhões para acabar com déficit prisional no País.

O ministro da Educação, Mendonça Filho, e a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, se reuniram nessa quinta-feira (12), em Brasília, para discutir a doação de livros para bibliotecas de ao menos 40 presídios brasileiros. A proposta é doar cerca de 20 mil livros de literatura brasileira e estrangeira por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Os estabelecimentos prisionais beneficiados serão definidos por Cármen Lúcia junto com os Tribunais de Justiça dos estados. 

"O apenado deve ter, através da educação, um caminho de libertação da mente. À medida que humanizamos as penitenciárias, estamos trabalhando para que eles possam ser devolvidos à sociedade num patamar de recuperação adequado", disse o ministro, acrescentando que, em certos casos, é facultado ao preso reduzir sua pena privativa de liberdade por meio de projetos de estímulo à leitura nos presídios. "É um componente importante de remissão da pena que ajuda a desafogar o sistema carcerário”, afirmou.  o ministro da Educação. 

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Ampliação da educação

A iniciativa, segundo o ministro da Educação, faz parte de um plano mais amplo de ampliação da educação à distância nas instituições prisionais. O MEC também estuda formas de facilitar a certificação do ensino médio aos privados de liberdade, a partir da separação das atribuições do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 

O ministro e a presidente do STF agendaram uma nova reunião para a próxima terça-feira (17), em Brasília, a fim de definir o cronograma de entrega das bibliotecas. Segundo o ministro, a presidente do STF discutiria ainda hoje o assunto com os presidentes dos tribunais de justiça estaduais, com quem ela se reunirá para analisar a situação do sistema prisional. 

* Com informações das assessorias do STF e do MEC

O secretário de Administração Penitenciaria do Estado do Amazonas, Pedro Florêncio Filho, pediu exoneração do cargo na manhã desta sexta-feira (13) informou o governo estadual. Quem assume a pasta é o tenente coronel Cleitman Rabelo Coelho, comandante do Policiamento Especializado (CPE).

O documento com a exoneração de Florêncio Filho e a nomeação do novo secretário foi assinado pelo governador José Melo (PROS), nas primeiras horas da manhã desta sexta.

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Em entrevista a uma rádio local, o ex-titular da secretaria disse que estava cansado e frustrado com o fracasso de seu projeto de humanização dos presídio. Florêncio Filho assumiu a pasta em setembro de 2015, logo após o então secretário Louismar Bonates pedir exoneração do cargo.

Massacre

Um sangrento confronto entre facções no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, deixou 56 mortos entre a tarde de 1º de janeiro e a manhã do dia 2. A rebelião, que durou 17 horas, acabou com detentos esquartejados e decapitados no segundo maior massacre registrado em presídios no Brasil - em 1992, 111 morreram no Carandiru, em São Paulo.

Treze funcionários e 70 presos foram feitos reféns e 184 homens conseguiram fugir. Outros quatro presos foram mortos no Instituto Penal Antonio Trindade (Ipat), também em Manaus. Segundo o governo do Amazonas, o ataque foi coordenado pela facção Família do Norte (FDN) para eliminar integrantes do grupo rival, o Primeiro Comando da Capital (PCC).

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