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Uma escultura incomum, que representa João Paulo II levantando um grande meteorito, foi apresentada nesta quinta-feira (24) em Varsóvia, uma resposta artística à criação do italiano Maurizio Cattelan, que mostrava o antigo papa sucumbindo sob um bloco de rocha.

A escultura de Jerzy Kalina, colocada na entrada do Museu Nacional, é intitulada "Fonte Envenenada" e mostra o papa polonês em meio a uma fonte de água manchada de vermelho, como o sangue, carregando uma rocha sobre a cabeça.

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"Para Kalina, João Paulo II não é um velho indefeso esmagado por um meteorito, mas um titã dotado de uma força sobre-humana", indicou o museu em seu site.

A escultura imediatamente provocou piadas e inúmeros comentários online que a veem principalmente como um reflexo da posição ultracatólica assumida pelo governo populista polonês.

A Polônia comemorou o centenário do nascimento do papa João Paulo II nesta segunda-feira (18), em meio a fortes tensões políticas. Conservadores nacionalistas do Partido da Justiça e da Justiça (PiS) estão atualmente enfrentando oposição sobre a eleição presidencial, complicada pela pandemia.

O PiS quer organizá-la rapidamente para favorecer a provável vitória do atual presidente Andrzej Duda, mas a oposição vê isso como um movimento para reduzir as chances de seus candidatos.

Em numerosas homenagens, missas, concertos e cerimônias, foi destacado o papel do papa polonês na queda dos regimes comunistas na Europa Oriental, inclusive pelo embaixador alemão na Polônia, Rolf Nikel, que apresentou ao museu João Paulo II um fragmento do muro de Berlim.

"Com este gesto, queremos agradecer à Polônia e a João Paulo II por sua contribuição à queda do Muro de Berlim", afirmou.

O primeiro-ministro polonês Mateusz Morawiecki destacou João Paulo II como um "compatriota magnífico" que "mudou o curso da história do mundo".

"Graças a ele, graças ao Solidariedade (federação sindical liderada por Lech Walesa), o comunismo caiu e podemos construir uma Polônia livre ano após ano", afirmou.

O líder do principal partido da oposição, a Plataforma Cívica (PO, centrista), Borys Budka, que visitou Wadowice, cidade natal de Karol Wojtyla, insistiu principalmente no apoio do papa à unidade da Europa.

"A João Paulo II, ao seu compromisso no processo de adesão da Polônia à União Europeia, deve-se ao sucesso do grande referendo, no qual uma clara maioria dos poloneses se pronunciou a favor da adesão à UE", disse.

A mídia polonesa noticiou a missa que o papa Francisco celebrou na tumba de São João Paulo II e as homenagens que lhe foram prestadas no exterior, especialmente na Hungria e na Lituânia.

Nascido em 18 de maio de 1920 e escolhido papa em 16 de outubro de 1978, Karol Wojtyla morreu no Vaticano em 2 de abril de 2005. Ele foi canonizado em 27 de abril de 2014 pelo Papa Francisco.

O centenário de seu nascimento coincide com o lançamento, no último sábado, de um documentário sobre atos pedófilos na Igreja polonesa.

A cruz que ornamenta uma estátua de João Paulo II no pequeno povoado bretão de Ploërmel não apenas divide seus moradores como traz à tona novamente o debate na França sobre o respeito ao laicismo no espaço público.

"Espero que não tirem o nosso João Paulo de nós", declara Guy Olszewski, de origem polonesa, um habitante deste pequeno povoado da Bretanha, alertado pela presença de jornalistas aos pés do monumento de 7,50 metros de altura.

"O problema não é a estátua em si. O papa é um personagem como outro qualquer, poderia ser De Gaulle ou outro", replica Michel Pageot, morador desta região do oeste da França, muito católica. "Mas o fato de colocarem sobre ele uma cruz imensa o converte em um monumento religioso", assegura.

A estátua de bronze de João Paulo II está instalada desde 2006 em uma praça pública de Ploërmel, um povoado de 10.000 habitantes. Mas uma decisão de 25 de outubro do Conselho de Estado, uma jurisdição administrativa, ordenou a sua retirada em nome do laicismo que deve ser respeitado pelo Estado francês.

Segundo uma lei de 1905, a França é uma república laica, com um Estado neutro e separado das religiões. Muitos franceses se orgulham desse princípio, pouco frequente na Europa. Segundo uma pesquisa publicada em 2017 pelo WinGallup, 50% dos franceses se declaram ateus, diante dos 45% religiosos.

Mas o laicismo também é uma questão de constantes polêmicas, em particular sobre a presença no espaço público de adornos religiosos muçulmanos, como o véu, ou cristãos, como os presépios de Natal.

Em 2016, prefeitos conservadores quiseram proibir o "burkini", um traje de banho que cobre todo o corpo e que é usado por algumas mulheres muçulmanas. No entanto, o Conselho de Estado disse que não podia proibir a menos que provocasse desordem pública. O mesmo Conselho também autorizou a instalação de presépios em edifícios públicos, muito criticados em nome do laicismo.

Ameaças de morte

"Essa estátua não incomoda ninguém. Está aqui em seu lugar e, inclusive, atrai os turistas", diz Denis Robin, de visita ao povoado. "Não entendo essa polêmica e infelizmente acho que ela não terminou".

"Paremos de nos sentir culpados continuamente. A França é a França e nenhuma jurisdição, nem a mais alta, tem o direto de violentar nossas convicções, nossas crenças e, sobretudo, nossa cultura", declarou o prefeito conservador Paul Anselin, que impulsionou a instalação da escultura. Anselin, de 87 anos, famoso por sua excentricidade, conheceu João Paulo II em 1987 e agora quer realizar um referendo local sobre a questão.

Também é favorável à proposta do atual prefeito, Patrick Le Diffon, conservador, de privatizar o terreno onde está a estátua para que não possam aplicar a lei de 1905. "Privatizar um espaço ao redor da estátua não resolve nada, porque o problema é o caráter de ostentação da cruz", assegura Gilles Kerouedan, da Federação do Pensamento Livre de Morbihan, que se opõe à estátua há algum tempo e diz ter recebido ameaças de morte.

A decisão do Conselho de Estado também alimenta o debate nas redes sociais com a hashtag #touchepasmacroix (#nãotoqueminhacruz). A primeira-ministra conservadora polonesa, Beata Szydlo, se manifestou declarando que tentará "salvar da censura o monumento de nosso compatriota".

Uma ampola com o sangue de João Paulo II e fragmentos de osso do beato polonês Jerzy Popielusko foram roubados do Santuário Montecastello, na cidade de Tignale, na província de Brescia, no último fim de semana, informou o jornal local "Brescia Oggi" nesta quarta-feira (25).

De acordo com a publicação, as relíquias foram roubadas, possivelmente, no último sábado (21) por pessoas que se passaram por turistas. O roubo teria ocorrido no início da noite, próximo ao horário de fechamento do monastério.

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Após a divulgação da mídia, o pároco de Tignale, dom Giuseppe Mattanza, fez um apelo para que as peças sejam devolvidas, mesmo que de maneira anônima. "Elas estão catalogadas e não poderão jamais ser vendidas legalmente", disse ainda Mattanza. Ele confirmou que a polícia já está investigando o caso.

Quase 100.000 pessoas, incluindo muitos peregrinos poloneses, compareceram neste sábado a uma audiência geral do papa Francisco, no dia de São João Paulo II e de sua famosa frase "Não tenham medo".

"Queridos irmãos e irmãs, há exatamente 38 anos, quase a esta hora, nesta praça, ressoavam as palavras lançadas ao mundo inteiro: 'Não tenham medo! Abram - ainda mais - abram de par em par as portas a Cristo!'", disse Francisco, ao recordar as palavras de João Paulo II em 22 de outubro de 1978, dia da missa de entronização do papa polonês.

"Que ressoe em seus espíritos e em seus corações o chamado de seu grande cidadão a despertar a fantasia da misericórdia, para que possam testemunhar o amor de Deus a todos aqueles que têm necessidade", disse o papa aos peregrinos poloneses.

Em várias oportunidades, o papa Francisco criticou a recusa das autoridades da Polônia a receber refugiados.

Agentes da Polícia Federal (PF) prenderam um homem no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, tentando embarcar para o exterior com cocaína escondida em quadros com fotos de papas e também em uma turbina automotiva. A prisão aconteceu anteontem.

Segundo a PF, o homem é um espanhol de 39 anos que ia embarcar para Cotonou, cidade que fica no Benin, país do oeste da África. Durante um procedimento de rotina, os policiais desconfiaram do homem, que demonstrava nervosismo na fila do check-in. Como ele não respondeu às perguntas dos agentes de maneira convincente, foi levado à delegacia que fica no aeroporto, para prestar mais esclarecimentos e passar por revista.

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As bagagens do homem também foram levadas para averiguação. Os três quadros com fotos dos papas Francisco, João Paulo II e Bento XVI estavam na mala do espanhol. Segundo a PF, ele escondeu a cocaína nas molduras. A outra parte da droga foi encontrada na turbina. No total, foram apreendidos 28 quilos de cocaína.

O homem, que não teve o nome revelado, foi autuado em flagrante por tráfico internacional de drogas. Durante depoimento, ele preferiu ficar em silêncio. O suspeito foi levado para um Centro de Detenção Provisória. A polícia quer descobrir quem passou a droga para o espanhol.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um pedaço de pano manchado com o sangue do Papa João Paulo II, canonizado em 2014, foi furtado na madrugada deste domingo (6) da catedral de Colonia, região oeste da Alemanha.

"O valor material é pequeno, mas o valor espiritual é muito elevado", disse o reitor da catedral Gerd Bachner, que pediu aos ladrões que "reflitam e devolvam a relíquia".

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Uma paroquiana comunicou o roubo depois de encontrar a cápsula de vidro, que continha o tecido, quebrada e vazia, aos pés do relicário de prata de 40 centímetros, que representa o Sumo Pontífice desde a visita à catedral de Colonia em 1980.

O pontificado de Karol Wojtyla, que se tornou papa João Paulo II, começou em 1978 e seguiu até sua morte em 2005, o terceiro mais longo da história do catolicismo depois dos pontificados de São Pedro e Pio IX.

Mehmet Ali Agca, o turco que atirou em João Paulo II em 1981, visitou o túmulo do ex-papa neste sábado e depositou flores brancas. Segundo um porta-voz do Vaticano, Ciro Benedettini, a visita surpresa durou apenas alguns minutos. Como não existem pendências legais em relação a Agca, ele tem total liberdade para visitar o Vaticano. Emissoras de TV italianas mostraram um breve vídeo da visita de Agca ao túmulo. É possível ouvi-lo murmurar: "Mil vezes obrigado, santo" e "vida longa a Jesus Cristo".

Em 1983, João Paulo II, que havia perdoado Agca, o visitou em uma prisão de Roma. Depois, em 2000, o papa voltou a intervir para pedir que o agressor fosse solto. Agca foi extraditado para a Turquia, pelo assassinato de um jornalista em 1979, e cumpriu mais dez anos de prisão lá.

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Quando Agca foi preso após atirar contra o pontífice na Praça São Pedro durante uma audiência pública, ele disse que agiu sozinho. Entretanto, depois ele sugeriu que os serviços secretos da Bulgária e da União Soviética planejaram o ataque contra o papa, que era polonês. Por duas vezes júris italianos absolveram três búlgaros e três turcos por suposta participação no crime. Agca já deu diversos depoimentos contraditórios e alega ser um enviado de Deus. Fonte: Associated Press.

A Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, localizada no centro do Recife, celebra nesta terça-feira (27) uma missa de ação de graças pela canonização de João Paulo II. A cerimônia será conduzida, a partir das 11h, pelo Vigário Episcopal, Frei Joaquim Ferreira da Luz, da Ordem dos Carmelitas.

Durante a celebração, o novo santo ganhará uma imagem que ficará exposta na igreja. O evento marca ainda o dia de devoção a João Paulo II, que será comemorado sempre no dia 27 de cada mês, na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.

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Com informações da assessoria

Milhares de pessoas assistiram nesta quarta-feira à inauguração de uma estátua do Papa João Paulo II em Sarajevo, três dias após a sua canonização, para agradecê-lo por suas incansáveis orações pela paz na Bósnia durante o conflito dos anos 1990.

"Durante seu pontificado, João Paulo II rezou em 263 ocasiões pela paz na Bósnia. Sua estátua na praça da catedral de Sarajevo é uma mensagem eterna pela paz neste país", declarou durante a cerimônia o arcebispo de Sarajevo, o cardeal Vinko Puljic.

A estátua do santo padre, de três metros de altura, foi instalada no local onde Karol Wojtyla saudou os habitantes da capital da Bósnia, atualmente cidade de maioria muçulmana, durante sua visita em 1997.

"João Paulo II havia compreendido nosso sofrimento e, apesar de nossas diferenças, abraçava o homem que sofria", acrescentou Puljic.

Para o membro muçulmano da presidência colegial da Bósnia, Bakir Izetbegovic, "as mensagens do Papa eram uma esperada mensagem de esperança na Bósnia" durante a guerra entre sérvios (cristãos ortodoxos), croatas (cristãos católicos) e muçulmanos que deixou 100.000 mortos no país.

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A Igreja Católica celebrou, no último domingo (27), a missa para canonização de dois novos santos, João Paulo II e João XXIII. A celebração foi presidida pelo papa Francisco, com a presença do papa emérito Bento XVI. Muitos peregrinos vararam a noite e enfrentaram a chuva para guardar um lugar e assistir à cerimônia. 

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Mas a visibilidade da cerimônia não se limitou à Praça de São Pedro.  Ela foi vista em mais de 90 países ao redor do mundo. Nas Filipinas, país asiático de maioria católica, os fiéis também acompanharam através de um telão e se mostraram bastante entusiasmados por participar do momento da canonização. Foi um dia para ficar guardados nas mentes e corações de cada um deles. 

Milhares de fiéis - poloneses, principalmente, mas também latino-americanos e de outros países -, seguiram neste domingo com devoção e carregando suas próprias bandeiras a canonização de João Paulo II e de João XXIII na Praça de São Pedro.

Muitos deles passaram a noite em claro, sob a chuva, para reservar um bom lugar para a cerimônia.

O altar estava localizado aos pés da Basílica de São Pedro e os lugares de destaque foram ocupados pelo papa emérito Bento XVI - muito aplaudido pela multidão -, por cardeais, bispos e delegações oficiais.

Outros milhares de peregrinos foram se aglomerando com o passar das horas nas ruas próximas à praça de São Pedro e avançavam pela Via da Conciliação, embora os jovens voluntários da Defesa Civil, formando correntes humanas, tentassem contê-los para evitar incidentes.

Medidas de segurança importantes, mas não proibitivas, cercavam o Vaticano, onde também existiam postos para fornecer assistência médica de urgência e garrafas de água aos peregrinos.

O Vaticano estimou que 500.000 pessoas estavam presentes na região de São Pedro e 300.000 acompanhavam a cerimônia através dos telões instalados em diferentes pontos da cidade, como o Coliseu.

Em certo momento, quando a cerimônia estava prestes a começar, era praticamente impossível caminhar sem esbarrar em alguém.

- Milhares de poloneses invadiram a esplanada -

Os poloneses, o grupo mais notável, que carregavam consigo cadeiras dobráveis, mochilas com comida e almofadas, abriam um espaço para se ajoelhar quando a cerimônia exigia.

"Sinto-me muito feliz, muito comovida e muito cansada depois desta cerimônia", comentou Anna Wiswinska, uma professora polonesa que conheceu João Paulo II em Cracóvia.

"Viemos pelos quatro Papas, os dois vivos e os dois canonizados", contou à AFP a jovem italiana e estudante de engenharia Letizia Montironi.

"Mas acredito que o Papa mais importante para a juventude italiana é Francisco", ressaltou, reconhecendo que sua geração conhece pouco ou nada do papa italiano João XXIII, que convocou o Concílio Vaticano II na década de 60 para modernizar a Igreja.

Provenientes de México, Argentina, Peru, Equador, Chile e Costa Rica, entre outros países, os latino-americanos disseram se sentir mais próximos de João Paulo II, a quem conheceram em suas viagens à América Latina, já que João XXIII, que viajava pouco, faleceu em 1963.

"João Paulo II visitou várias vezes o México e todas as vezes nos dizia que se sentia mexicano. Para nós isso é muito importante. Mas eu vim também porque, quando a minha mãe estava grávida de mim, veio ao Vaticano e ele lhe deu a bênção", contou à AFP Juan Pablo Almeyda, de 23 anos, originário de Guadalajara.

"Eu vim de Madri, onde moro. Estou emocionada por ter tido a oportunidade de presenciar uma cerimônia histórica. João Paulo II era muito bom, se dava bem com todos, por isso gostamos tanto dele", contou a equatoriana Enid Vásquez.

Para María Patricia Cardoza de Peña, do Peru, ir a Roma era o sonho de sua vida.

"Ontem na Basílica deixei a João Paulo todos os pedidos e orações que trouxe de meu país. E hoje me sinto muito emocionada porque aquele Papa era, de certa forma, o cuidador de meus filhos", confessou.

Entre as muitas delegações se destacava a de Uganda, formada por 220 pessoas, algumas com seus trajes tradicionais, contou à AFP o sacerdote Jacinto Shibuca, que guiava o grupo.

"João Paulo II esteve em nosso país em 1993 e sua influência trouxe paz e um melhor entendimento, por isso o amamos tanto", contou.

Cansados devido às longas horas de espera, mas felizes, os peregrinos começaram a abandonar a praça após o papa Francisco percorrer de automóvel, de forma excepcional, a Via da Conciliação, para saudar de perto e despertar alegria e entusiasmo nos fiéis provenientes de todas as partes do mundo.

Jovens da Arquidiocese de Olinda e Recife realizam evento, no próximo domingo (27), no município de São Lourenço da Mata, em comemoração a canonização do Papa João Paulo II. Além deste Beato, a igreja católica também canonizará o Papa João XXIII, em cerimônia que ocorre às 6h da manhã, horário de Brasília, na cidade de Roma, na Itália.

O evento pernambucano, chamado “Peregrino do Amor”, título pelo qual a juventude tratava o Papa João Paulo II, será divido em duas partes. A primeira ocorrerá no pátio da Igreja Matriz de São Lourenço Mártir, e a segunda no Colégio Agrícola Dom Agostinho Ikas (Codai), na Avenida Doutor Francisco Correia, no centro de São Lourenço.

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A programação do evento conta com caminhada, mesa redonda, louvores, missa e show musical. 

Santos – O Papa João Paulo II liderou a Igreja Católica de 16 de outubro de 1978 até sua morte, em 2 de abril de 2005. Era conhecido como o “Papa da Juventude”. Ele foi  responsável por fundar a Jornada Mundial da Juventude, cuja última edição foi realizada no Rio de Janeiro em 2013. 

João XXIII permaneceu no posto de papa de 28 de outubro de 1958 até 3 de junho de 1963, quando morreu. É considerado o patrono dos delegados pontifícios. 

Dois cardeais que foram secretários particulares dos papas que serão canonizados amanhã - d. Loris Capovilla, de João XXIII, e d. Stanislaw Dziwisz, de João Paulo II - deram seu testemunho sobre a vida deles, na entrevista coletiva do Centro de Imprensa da Santa Sé, mostrando que os dois já eram santos, antes de serem eleitos sucessores de São Pedro.

"Falo como um velho cansado e confuso, mas com a alegria e a profunda emoção de ver o papa Francisco canonizar Angelo Roncalli, de quem fui secretário por mais de dez anos, primeiro quando era o patriarca de Veneza e depois no Vaticano", disse Capovilla, de 98 anos. Residente em Sotto il Monte, no norte da Itália, onde João XXIII nasceu, Capovilla foi nomeado cardeal em fevereiro último.

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Capovilla vai acompanhar a cerimônia pela televisão, porque a idade não lhe permite viajar. Ele participou da entrevista coletiva por teleconferência. Enquanto os tradutores de inglês e espanhol resumiam o que havia falado, o cardeal se agitava em seu escritório, intrigado com a tecnologia da transmissão ao vivo do Centro Televisivo Vaticano. Reagia como uma criança, depois de afirmar que João XXIII nunca foi um santo porque nunca deixou de ser criança.

O cardeal Dziwisz, hoje arcebispo de Cracóvia, que foi secretário de João Paulo II na Polônia e depois durante todo o tempo de seu pontificado, lembrou a vida de oração de Karol Wojtyla. "Ele rezava o tempo todo e tinha grande devoção a Nossa Senhora", disse o cardeal polonês. "Antes das audiências, rezava por quem ia encontrar e, depois das audiências, voltava a rezar pelas pessoas com as quais tinha encontrado",revelou.

Com emoção, Dziwisz disse que estava na ambulância que socorreu João Paulo II, após o atentado de 13 de maio de 1981, na Praça de São Pedro. "O papa não sabia quem havia atirado nele, nem por que tinha feito isso, mas dizia que perdoava o autor do atentado", recordou. "João Paulo II passou por muitos sofrimentos, a começar pela perda da mãe e de um irmão quando era ainda muito jovem", observou.

A dupla canonização de João Paulo II e João XXIII é um golpe de mestre do Papa Francisco para reconciliar duas visões da Igreja e balancear o culto à personalidade suscitada pelo conservador e carismático pontífice polonês.

Elevar à glória dos altares em uma única cerimônia no dia 27 de abril na Praça de São Pedro o carismático e conservador João Paulo II (1978-2005), primeiro Papa não italiano em mais de quatro séculos, e João XXIII (1958-63), que abriu a Igreja à pluralidade do mundo moderno, gerou tanto elogios quanto críticas.

A decisão de canonizar João XXIII (Angelo Giusepe Roncalli) sem comprovação de milagres não é tomada com frequência, mas corresponde a uma prerrogativa do chefe da Igreja Católica, que quis, assim, valorizar o exemplo do chamado "Papa Bom", autor da encíclica "Pacem in terris", e equilibra de certa forma a veneração provocada pelo polonês Karol Wojtyla.

"Francisco quis santificar alguém que considera realmente um santo", embora não seja atribuído a ele nenhum milagre específico, sustenta o vaticanista do jornal La Stampa Marco Tosatti, ao se referir ao Papa italiano.

João XXIII entrou para a história como o pontífice que convocou o grande Concílio Vaticano II (1962-1965), que abriu a Igreja ao mundo ao modernizá-la. Foi uma pessoa simples e de bom humor, uma atitude parecida com a mantida atualmente por seu sucessor Francisco, primeiro Papa latino-americano e primeiro jesuíta à frente do Vaticano.

A canonização conjunta mostra, por um lado, a intenção de Francisco de manter o equilíbrio entre duas figuras tão contrastantes quanto "a água e o óleo", afirmou o especialista em assuntos religiosos espanhol Juan Bedoya.

Hostilidade na Igreja polonesa

Esta decisão valeu a Francisco críticas indiretas de uma parte da Igreja polonesa, reduto do catolicismo na Europa, que encara com inquietação o interesse do Papa argentino pelos problemas dos laicos e sua abordagem de questões sociais.

O presidente da conferência episcopal polonesa, Stanislaw Gadecki, reconheceu recentemente que "colocar em prática o estilo do papa Francisco pode ser difícil para nossa Igreja", criticando o estilo direto e pouco protocolar do pontífice que, em 2013, sucedeu o alemão Bento XVI (Joseph Ratzinger), que renunciou ao cargo.

Milhares de poloneses viajarão à Itália com todo o tipo de meios de transporte para assistir à cerimônia solene, embora considerem que será em parte ofuscada pela canonização simultânea do "Papa Bom".

A morte de João Paulo II em abril de 2005 desencadeou o grito espontâneo da multidão reunida na Praça de São Pedro para que fosse declarado "Santo Súbito"

Para o cardeal falecido Carlo Maria Martini, identificado como a cabeça pensante dos setores progressistas da Igreja, não era necessário canonizar João Paulo II, afirma em um livro o fundador da Comunidade de Santo Egídio, Andrea Riccardi.

João Paulo II "já era um homem de Deus, não era necessário torná-lo santo", declarou Martini, que havia questionado a decisão de João Paulo II de não renunciar, apesar de sua grave doença, seguida pelo mundo inteiro dramaticamente ao vivo.

A canonização do primeiro papa polonês da história é realizada em um prazo recorde, embora tenha seguido todos os passos exigidos pela Igreja, entre eles a demonstração, segundo a Igreja, de dois milagres, um deles realizado no dia de sua beatificação, 1º de maio de 2011, com a cura inexplicável da doença de Parkinson de uma mulher da Costa Rica.

Os caminhos da santidade foram muito diferentes para os dois Papas.

"Um era reformista, aberto e bonachão; o outro amava o espetáculo (Karol Wojtyla foi um jovem ator na Polônia) e era intransigente e inimigo do pensamento teológico livre", sustenta Bedoya.

A ideia de uma "Igreja dos pobres", que foi a principal proposta de João XXIII com o Concílio Vaticano II, "foi um caminho que não foi seguido por João Paulo II e Bento XVI", afirma em um artigo o renomado teólogo progressista espanhol Juan José Tamayo.

Francisco, em seu primeiro ano de pontificado, voltou a construir algumas pontes com a Teologia da Libertação, que havia sido marginalizada nos tempos de João Paulo II e Bento XVI.

A dupla canonização convida a apreciar e a venerar dois modelos de religiosos, tanto por seu modo de agir quanto de pensar, apesar da rivalidade histórica entre setores conservadores e progressistas no seio da Igreja.

Ironia da história, no ano 2000 João Paulo II beatificou (passo anterior à canonização) João XXIII junto com Pio IX, que tiveram trajetórias inversas.

Enquanto o chamado "Papa Bom" passou de um eclesiástico conservador ao pontífice da abertura, Pio IX (1846-1878), com uma imagem inicial de liberal, se converteu no Papa que rejeitou o modernismo.

A autoridade que está à frente do pedido de beatificação do papa João Paulo II, monsenhor Slawomir Oder, afirmou nesta terça-feira que não há documentação existente que prove uma relação entre o pontífice e o escândalo envolvendo a ordem religiosa Legionários de Cristo.

O escândalo dos Legionários é o caso mais notório de omissão da hierarquia católica em relação às vítimas de abuso sexual. O papa João Paulo II e seus conselheiros próximos apoiaram a ordem e seu fundador, o padre mexicano Marcial Maciel, mesmo após o Vaticano ter condenando-o em 2006, sob acusações de pedofilia e uso de drogas.

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Apesar de não haver documentação sugerindo que o papa João Paulo II sabia que Maciel era pedófilo, o caso ainda era uma questão problemática para dois escritórios do Vaticano: a Congregação para Religiosos e, posteriormente, a Congregação para Doutrina da Fé.

Em 2010, o papa Bento XVI assumiu a ordem dos Legionários e conduziu o caminho para sua reforma. Agora, o papa Francisco considera se deve aprovar ou não as novas constituições da ordem. Fonte: Associated Press.

O papa Francisco elogiou o legado do papa João Paulo II no dia em que se celebra o novo aniversário de morte do pontífice polonês. Uma multidão de peregrinos e turistas, incluindo alguns da Polônia, aplaudiu quando Francisco lembrou em sua audiência na Praça da São Pedro que João Paulo II morreu em 2 de abril de 2005.

João Paulo II será canonizado em 27 de abril, no mesmo dia em que o Papa João XXIII será elevado à santidade. Francisco instou ao fiéis para se prepararem-se para o acontecimento "reavivando o legado de fé que nos foi deixado por João Paulo".

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As cidades de Wadowice, onde João Paulo nasceu em 1920, e Cracóvia, onde foi padre e bispo por quase 40 anos, irão fazer orações às 16h37 (de Brasília), o horário em que ele morreu. Fonte: Associated Press.

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O maratonista Piotr Kurylo, de 42 anos, está realizando uma corrida de fé. A fim de prestigiar a canonização do Papa João Paulo II, primeiro pontífice polonês, ele saiu do norte da Polônia e está percorrendo um trajeto até o Vaticano, onde vai ser realizada a cerimônia no dia 27 de abril.

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De acordo com Kurylo, ainda faltam cerca de 2 mil quilômetros para completar o percurso. "Faço todas as refeições enquanto ando. Não paro", explica. Segundo ele, a intenção é apenas propagar a mensagem de santidade do Papa e não se tornar uma celebridade.

Os hotéis e alojamentos em Roma já estão quase todos reservados, a menos de um mês e meio da dupla canonização do Papa João Paulo II e do Papa João XXIII, indicou nesta quinta-feira (6) a Federação Italiana de Hotelaria Federalberghi.

Para o fim de semana de 26 e 27 de abril - as canonizações serão celebradas na Praça de São Pedro no domingo, dia 27 - mais de 82% dos quartos já estão reservados. Dos 3.178 hotéis, albergues e alojamentos de habitantes inscritos no site do Booking.com da capital, apenas 509 ainda têm lugares disponíveis. "A situação é boa. Espero, e isso seria muito positivo, que a lotação seja completa", declarou o presidente da Federalberghi em Roma, Giuseppe Roscioli, citado pela agência Ansa.

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A canonização do Papa Karol Wojtyla, ainda muito popular entre os católicos, deve atrair centenas de milhares de europeus, e principalmente poloneses. Já João XXIII, muito amado na Itália, deverá atrair menos fiéis. A cidade eterna espera um fluxo comparável apenas ao do funeral de João Paulo II em 2005, que reuniu milhares de pessoas.

Um livro contendo anotações pessoais de João Paulo II, que seu ex-secretário particular Stanislaw Dziwisz não queimou, contrariando a última vontade do Papa, foi publicado nesta quarta-feira (5) na Polônia, e levantou polêmica sobre a atitude de seu ex-assessor.

Em seu testamento divulgado após sua morte em 2 de abril de 2005, o Papa polonês pedia para que suas anotações pessoais fossem queimadas. Mas Dziwisz, atualmente cardeal e arcebispo de Cracóvia (sul da Polônia), decidiu manter os documentos e entregar parte das anotações à editora local Znak.

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As reflexões teológicas de João Paulo II foram reunidas sob o título "Estou bem nas mãos de Deus. Anotações pessoais 1962-2003" em um volume de 640 páginas, acompanhadas por fotos e facsímiles.

"O Papa revelou um pouco de sua alma, de seu encontro com Deus, a contemplação, sua devoção, e é aí que reside o maior valor desta publicação", afirmou o monsenhor Dziwisz ao anunciar o lançamento em janeiro deste livro, com base em dois cadernos em que Karol Wojtyla registrou suas reflexões durante retiros espirituais.

Estas anotações, escritas em polonês com passagens em latim, em um estilo livre e variado, incluindo palavras soltas, meditações mais desenvolvidas, muito ricas em referências bibliográficas e cuidadosamente classificadas e datadas pelo autor, foram publicados em sua totalidade.

Antes da publicação, elas foram examinados pela Congregação para as Causas dos Santos, como parte do processo de beatificação de João Paulo II.

"Eu não tive dúvida. Estas são coisas importantes, que falam da espiritualidade, do homem, de um grande Papa, que teria sido um crime destruí-las", declarou o ex- secretário particular de Karol Wojtyla por quase 40 anos.

Mas sua opinião está longe de ser unânime na Polônia.

"Estas são notas pessoais. Deveriam ter sido queimadas, de acordo com o testamento, ou depositadas no fundo dos arquivos do Vaticano ou do arcebispo" de Cracóvia, disse à AFP Pawel Boryszewski, sociólogo da religião.

Segundo o padre Tadeusz Isakowicz-Zalewski, "a decisão sobre a publicação de notas pessoais do Papa é prejudicial".

"Esta é a violação de uma vontade. Ainda hoje, na cultura europeia, a última vontade é obrigatória", disse o padre em um site.

Em resposta a seus críticos, Dziwisz assegurou que "as anotações e correspondência que deveriam ser queimadas foram queimadas, destruídas".

No entanto, ele reconheceu que ainda tem outros manuscritos de João Paulo II.

A imprensa polonesa acusa o arcebispo de Cracóvia de rentabilizar a memória de João Paulo II, com a publicação de suas próprias memórias ou por distribuir as relíquias do futuro santo.

Uma parte dos lucros da publicação das anotações pessoais do falecido Papa será utilizada para financiar a construção de um Centro João Paulo II perto do Santuário da Divina Misericórdia em Lagiewniki , nos arredores de Cracóvia.

Este centro terá como objetivo "imortalizar o imenso patrimônio" do Papa polonês e de seu pontificado que durou 27 anos, de 1978 a 2005.

A canonização de João Paulo II, marcada para 27 de abril no Vaticano junto a do Papa italiano João XXIII, que liderou a Igreja Católica entre 1958 e 1963, coincidirá com o 75º aniversário do cardeal Stanislaw Dziwisz.

João Paulo II, primeiro Papa polonês da história, conservador e muito popular em mais de cem países onde levou a palavra da Igreja Católica, será canonizado em tempo recorde, apenas nove anos depois de sua morte.

Seu sucessor, o Papa Bento XVI escolheu ignorar o período obrigatório de cinco anos para estabelecer a causa de beatificação (ele foi beatificado maio 2011 ) e de canonização de seu antecessor.

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