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Até às 18h20 desta quarta-feira, 4, as equipes de resgate ainda procuravam os cinco tripulantes desaparecidos no naufrágio de um barco pesqueiro em São Francisco do Sul, no litoral norte de Santa Catarina. De acordo com a Capitania dos Portos, o acidente aconteceu por volta da 1 hora próximo à Ilha dos Tamboretes, a 4 milhas de distância da costa. Outras 12 pessoas que estavam na embarcação conseguiram se salvar, foram atendidas e passam bem.

Durante a tarde, o Corpo de Bombeiros de Florianópolis auxiliou nas buscas com o helicóptero Arcanjo, que sobrevoou as proximidades do local. Às 14h30, a tripulação do aparelho encontrou possíveis destroços, que não foram confirmados como pertencentes ao pesqueiro Vô João G. A Capitania dos Portos divulgou a lista com os nomes dos tripulantes. Os cinco desaparecidos são: Cedenir do Nascimento, Rudnei Peixoto, Emerson Luiz, Laureci Batista e Carlos Alberto, cujo sobrenome é desconhecido. Junto com os outros 12 sobreviventes, eles estavam a caminho do Rio.

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O barco pertencia à empresa J.Gonçalves, da capital catarinense, e era licenciado para a pesca de tainha. Tinha 28 metros de comprimento e 6,8 de largura. Segundo o comandante Mario Sérgio Jacinto, o mar estava agitado e uma onda virou a embarcação. Nesta terça-feira, 3, dia anterior ao naufrágio, o centro de meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) divulgou um boletim alertando para rajadas de ventos de até 80km/h e agitação em toda a costa.

No sábado, 31, outra embarcação virou no litoral catarinense, em Balneário Barra do Sul, cidade que fica na jurisdição da Capitania dos Portos de São Francisco do Sul. Na ocasião, quatro pessoas saíram para pescar camarão. A 8 quilômetros da costa, uma rede se prendeu a uma pedra e o barco virou. Um jovem de 24 anos não conseguiu se salvar. Na terça-feira, a Capitania dos Portos havia anunciado o cancelamento das buscas. Nos dois casos, inquéritos foram abertos para investigar as causas dos naufrágios. O prazo para a conclusão é de 90 dias.

Pelo menos três cidades de Santa Catarina tiveram desistências de profissionais cadastrados no programa Mais Médicos. Guaraciba, no extremo-oeste do Estado, Itaiópolis, no norte, e Santo Amaro da Imperatriz, na Grande Florianópolis, esperavam a chegada de um médico cada nesta segunda-feira, 2. Nesta primeira etapa, 16 cidades catarinenses deveriam receber 24 médicos brasileiros.

"O profissional que estava inscrito entrou em contato comigo, anteriormente, anunciando a desistência", disse o assessor de Projetos Especiais da prefeitura de Santo Amaro da Imperatriz, Willian Westphal. Para nenhum destes três municípios, o Ministério da Saúde deu prazo para a chegada de substitutos.

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Na capital catarinense, nenhum dos seis médicos previstos se apresentou. De acordo com a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde, tampouco há confirmação de desistência ou outros dados por parte do Ministério da Saúde. Já estão definidos os locais onde os médicos do programa trabalharão, mas a secretaria prefere não anunciá-los para evitar expectativas na população dos bairros.

Já Palhoça, na região metropolitana da capital, recebeu os dois médicos previstos, que foram apresentados nos novos locais de trabalho. O médico Thiago Obiorama Pordeus veio de Rondônia e já nesta quarta-feira, 4, vai liderar uma nova equipe de saúde familiar na Unidade Central de Saúde da cidade.

Já o médico Felipe Montezuma, do Piauí, prestará atendimento no posto da Guarda do Cubatão, uma localidade rural. Montezuma ainda está resolvendo a documentação com o Conselho Regional de Medicina (CRM) do Estado. Por isso, ainda não há previsão para que comece a trabalhar. "Há a previsão da chegada de mais dois médicos brasileiros, mas o Ministério da Saúde ainda não deu notícias", disse a diretora de Atenção Integral à Saúde de Palhoça, Sandra Ribeiro de Abreu.

Ao menos 25 cidades do Rio Grande Sul registraram neve ao longo da madrugada desta terça-feira, 27. Segundo a Somar Meteorologia, nevou também em três municípios da serra catarinense: São Joaquim, Painel e Urupema. É a terceira ocorrência de neve na região sul do País em pouco mais de 30 dias. Em Vacaria, no RS, a Polícia Rodoviária Federal precisou bloquear a BR-116 devido ao acúmulo de neve.

Para a quarta-feira, 28, a previsão é de madrugada ainda mais fria, com mínimas variando de 3ºC negativos a 1ºC negativo na região Sul. Há probabilidade de ocorrerem geadas nos estados gaúcho e catarinense e também no oeste do Paraná.

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Pouco mais de três semanas após a maior onda de frio registrada na Região Sul, com a ocorrência de neve em 107 municípios, o fenômeno reapareceu na manhã desta quarta-feira, 14, na cidade de São Joaquim (SC), uma das mais frias do Brasil. A neve caiu por cerca de 20 minutos com os primeiros flocos sendo vistos às 6 h.

A cidade amanheceu com temperatura de 1,1ºC. Por volta das 8h10, a temperatura caiu ainda mais, chegando a 0,5ºC, com sensação térmica de -7,7ºC. Entre 6h e 8h30, segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, a neve chegou a acumular em alguns pontos, especialmente nas áreas rurais da cidade.

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Foi a terceira vez neste ano que houve registro de neve em São Joaquim. Como a previsão é de frio intenso no Estado, especialmente nas áreas mais altas da serra e nas regiões meio-oeste e oeste, não está descartada a possibilidade de novas precipitações de neve em várias cidades catarinenses ao longo desta quarta-feira.

A onda de ar polar que trouxe neve e geada em proporções atípicas para o tradicional inverno catarinense também representou prejuízos para dezenas de municípios. A forte e extensa geada que se formou na manhã desta quarta-feira (24), representou perda de 70% da produção agrícola do município de Angelina, distante cerca de 70 quilômetros de Florianópolis.

Plantações de repolho, couve-flor, brócolis, alface, beterraba, fumo e morango, entre outras hortaliças, que representam 80% da economia da cidade de 5,7 mil habitantes, foram completamente destruídas.

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As cidades de Rancho Queimado, Major Gercino, Leoberto Leal, Chapecó, Joinville, Jaraguá do Sul e Lages também contabilizaram perdas na agricultura e pecuária. Apiúna, na região do vale do Itajaí, registrou prejuízo de R$ 500 mil das plantações de fumo e reflorestamento de eucaliptos.

O frio intenso, combinado com o acúmulo de gelo, provocou quedas de árvores sobre as linhas transmissão que levam energia para as cidades. Itaiópolis, no Planalto Norte, chegou a decretar situação de emergência. Na madrugada de terça-feira, cerca de 35 mil casas dos municípios de Canoinhas, Major Vieira, Monte Castelo, Papanduva e Santa Terezinha foram afetadas.

Além das perdas na agricultura e falta de energia, a neve causou prejuízos com o desabamento de cobertura de galpões, de ginásios de esportes, postos de combustíveis e telhados de algumas residências com estrutura inapropriada para suportar o acúmulo do gelo.

Vinte e nove cidades catarinenses registraram neve na madrugada e ao longo desta segunda-feira, 22. Levantamento feito pelo Centro de Informações de Recursos Ambientais e Hidrometeorologia do Estado (Ciram) informou que os municípios 'contemplados' foram de Água Doce, Bom Jardim da Serra, Caçador, Campos Novos, Catanduvas, Chapecó, Coronel Freitas, Curitibanos, Erval Velho, Fraiburgo, Herval do Oeste, Itapiranga, Iporã do Oeste, Jaborá, Joaçaba, Lages, Lebon Régis, Painel, Pinhalzinho, Pinheiro Preto, São Miguel d'Oeste, São Joaquim, Tangará, Timbó Grande, Urubici, Urussanga, Urupema, Xanxerê e Xaxim.

O frio deve continuar intenso até a próxima sexta-feira, 26. As mais baixas temperaturas serão, conforme o Ciram, entre terça e quarta-feira. A partir de quinta, a massa de ar polar, que se desloca da Argentina, começa a se dissipar e com isso os termômetros voltam a subir.

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Para esta terça-feira, as mínimas esperadas estarão próximas de 0ºC em boa parte do Estado. Na quarta-feira, a temperatura poderá cair de -10ºC a -8ºC, especialmente em Urupema, Urubici, Painel, Bom Jardim da Serra e São Joaquim, cidades do planalto sul situadas em altitudes próximas ou superiores aos 1.000 metros. No litoral, as mínimas podem variar entre 0ºC a 4ºC.

Além da neve, na madrugada e manhã de segunda-feira houve registro de chuva congelada em algumas cidades catarinenses. Trata-se de uma precipitação que cai na forma de gelo, mas não é confundida com granizo porque ocorre sempre em áreas de transição entre a chuva a neve. Trata-se do estágio inicial da neve antes de chegar na sua forma tradicional em flocos. Já a neve é a precipitação de cristais de gelo translúcidos e brancos, formados pelo congelamento do vapor d'água que se encontra suspenso na atmosfera.

Ela pode cair como partículas mais pesadas, as chamadas pelotas de neve, ou na forma de grãos com diâmetro inferior a um milímetro. A elevação da umidade do ar vai diminuir a ocorrência de neve a partir de terça-feira. Com isso haverá a ocorrência de geada forte e ampla no Estado até a próxima sexta-feira. São esperados prejuízos na agricultura e pecuária.

A frequente chuva que cai em todo o Estado fez a Defesa Civil disparar um alerta para a possibilidade de alagamentos e desmoronamentos de encostas. Vários agentes do órgão já foram deslocados para as cidades de risco, especialmente na região do Vale do Rio Itajaí, no litoral norte, onde o represamento dos rios é ocasionado pela elevação da maré. Em Blumenau e Itajaí, pelo menos 20 famílias tiveram que abandonar suas casas por causa de alagamentos e risco de deslizamento de terra.

O Dia Nacional de Lutas em Santa Catarina foi marcado pelo bloqueio de estradas. Dois pontos da BR-101, rodovia que atravessa o Estado pelo litoral, foram os que mais trouxeram problemas para os motoristas. Houve filas nos dois sentidos, embora por pouco tempo.

Por volta das 15h30, cerca de 1.500 manifestantes de Joinville, Brusque, Blumenau e de outras cidades do litoral tomaram a estrada no km 117, em Itajaí. Manifestantes de 12 entidades sindicais protestaram pelo fim do fator previdenciário, reforma agrária e mais recursos para a saúde e educação.

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Em Laguna, no sul, no km 319, a cabeceira da ponte sobre a Lagoa Santo Antônio foi o ponto escolhido para o fechamento da estrada pelos aposentados da Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas de Santa Catarina (Feapesc). A paralisação durou cerca de 30 minutos. Nos dois pontos, as filas não ultrapassaram oito quilômetros.

Em Imbituba, a cerca de 30 quilômetros de Laguna, e em Garopaba, manifestantes fecharam a BR por cerca de 40 minutos.

Em Chapecó, no oeste, a BR-480 foi bloqueada numa manifestação que durou menos de meia hora. Mais de 1,5 mil manifestantes, ente eles líderes sindicais, representantes de movimentos sociais e estudantes se reuniram em frente ao prédio da Sadia e caminharam por cerca de sete quilômetros em direção na praça Coronel Bertaso, no centro da cidade, onde aconteceu um grande ato público.

Na BR-116, que corta o Estado pela região serrana, pela manhã cerca de 500 pessoas ligadas ao Sindicato de Trabalhadores Rurais e ao Movimento Sem Terra (MST) bloquearam as cabines da praça de pedágio do km 233, em Correia Pinto. O tráfego de veículos funcionou pela via lateral sem cobrança de tarifa.

Em Florianópolis, manifestantes ligados a entidades sindicais, entre elas a Central Única dos Trabalhadores (CUT), tomaram parte das principais ruas e se concentraram em frente ao Terminal Integrado do Centro (Ticen). As empresas de ônibus urbano paralisaram o serviço das 14h30 às 16h30. Houve conflito entre manifestantes e a Polícia Militar quando alguns começaram a participar do "catracasso", ato de pular as catracas sem pagar a passagem. Duas pessoas foram presas.

Terminou nesta quarta-feira a paralisação dos caminhoneiros na região oeste de Santa Catarina, depois de três dias de protesto. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as rodovias federais foram totalmente liberadas após a intervenção da equipe de pronto-emprego da PRF nos cinco pontos de manifestações. As Rodovias BR-282, no trevo de Maravilha, e BR-158, em Cunha Porã e Palmitos, onde havia bloqueio feito pelos caminhoneiros deste segunda-feira, 1, foram liberadas de forma pacífica após a chegada da tropa da PRF.

Em pontos isolados de algumas vias federais da região oeste, foram registradas manifestações, porém sem comprometer o fluxo de veículos. Inicialmente, os bloqueios permaneceriam até o início da tarde desta quinta-feira, 4, porém o fim foi antecipado. Os cerca de 500 caminhoneiros reivindicavam melhores condições de trabalho, redução do preço do óleo diesel e isenção de pedágios. Parados, eles aguardavam a aprovação da alteração da Lei 12.619, que defende a mudança no intervalo entre uma viagem e outra de 12 para seis horas.

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O movimento comprometeu a cadeia de produção agroindustrial. Os prejuízos superaram os R$ 10 milhões diários em toda região, de acordo com estimativa da Coorpercentral Aurora Alimentos, a principal agroindústria da região. Mais de 150 mil aves deixaram de ser industrializadas por dia em cinco plantas da empresa em Chapecó. A situação normalizou-se, até mesmo com o restabelecimento no fornecimento de rações nas propriedades rurais, onde está um plantel permanente de 25 milhões de aves e 950 mil suínos alojados em mais de 15 mil estabelecimentos rurais. A Aurora afirmou que não houve mortandade de animais durante os quase três dias de movimento.

A greve dos caminhoneiros nas Regiões Meio-Oeste e Oeste, que chegou ao segundo dia, já afeta o setor agroindustrial de Santa Catarina. Os prejuízos passam de R$ 8 milhões por dia, conforme o presidente da Coopercentral Aurora Alimentos, Mário Lanznaster. A Aurora, segundo Lanznaster, é a principal agroindústria brasileira prejudicada porque o movimento se concentra na região onde a cooperativa central mantém as principais plantas industriais. A falta de ração para os animais criou uma "situação dramática".

A base produtiva da Aurora é formada por um plantel permanente de 25 milhões de aves e 950 mil suínos alojados em mais de 15 mil estabelecimentos, pertencentes a 4.050 criadores de suínos, 2.600 criadores de aves e 8.500 produtores de leite. Esse plantel necessita diariamente de 3.500 toneladas de rações para nutrição animal - alimento que não está mais chegando ao campo. A falta de nutrientes pode provocar canibalismo e alta mortalidade, especialmente entre aves. Também não está chegando aos avicultores os 800 mil pintinhos/dia para reposição dos criatórios de aves.

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Segundo o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC), Marcos Zordan, pelo menos 20 milhões de aves e 800 mil suínos já estão sem alimentos. Como se não bastasse, 145 mil aves deixaram de ser industrializadas por dia na região de Chapecó. Caminhoneiros que aderiram a greve e que são responsáveis pelo transporte de suínos, aves, leite e ração na região, conforme o presidente da OCESC, ainda não dimensionaram os prejuízos que o movimento está proporcionando ao setor.

"Além do grande prejuízo para o setor, a redução da produção vai causar impacto no aumento do preço e a escassez dos produtos no mercado", alertou. Lembrou que no caso das exportações, a greve comprometerá o cumprimento dos contratos; os produtos ficarão fora da bitola exigida pelos países exportadores e a falta de ração poderá ocasionar o canibalismo entre os animais.

Zordan afirmou que a situação ficará crítica caso a paralisação permaneça até quinta-feira, 4, data escolhida para o fim da greve. Apelou para que pelo menos os caminhões responsáveis pelo abastecimento de alimentos para os animais voltem a abastecer as agroindústrias da região. Os caminhoneiros reivindicam subsídio no preço do óleo diesel, isenção de pagamento em pedágios, a criação da Secretaria do Transporte Rodoviário de Cargas e a imediata votação da Lei do Motorista.

Os trabalhadores do transporte coletivo da Grande Florianópolis, em Santa Catarina, entraram em greve à 0h desta segunda-feira (10). A decisão pela paralisação foi tomada em assembleia na noite desse domingo (9). De acordo com o sindicato da categoria (Sintraturb), mais de 3 mil pessoas estavam presentes na reunião. Os funcionários reivindicam um aumento salarial igual para todos os cargos, um vale alimentação de R$ 460 e a unificação da jornada de trabalho.

O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros da capital catarinense (Setuf) informou que já ofereceu um reajuste imediato de 7,16% para todos os empregados e mais 2,63% a partir de agosto deste ano. O vale refeição teria um aumento de R$ 420 para R$ 450, passando ao valor exigido de R$ 460 também em agosto.

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A categoria rejeitou a proposta e afirmou que o reajuste é oferecido apenas a motoristas e cobradores - eles exigem um aumento para todos os funcionários dos demais setores de garagem, manutenção, limpeza, escritório e agentes de terminais. Os grevistas querem ainda a eliminação das três jornadas de trabalho existentes (de 3h, 6h e 6h20) para a criação de uma jornada única de 6h.

Na sexta-feira (7), o Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina determinou uma frota mínima de 100% do transporte coletivo durante os horários de pico (das 5h30 às 8h e das 17h30 às 20h) e de 50% nos demais horários dos dias de greve. No entanto, de acordo com o jornal Diário Catarinense, os usuários ficaram horas nos terminais esperando os ônibus nesta manhã. Segundo a Secretaria Municipal de Transportes, Mobilidade e Terminais, cerca de 240 mil passageiros dependem diariamente da circulação dos coletivos.

A pasta disponibilizou em cinco pontos da cidade cerca de 200 vans e micro-ônibus dos serviços de turismo e escolas. O transporte alternativo vai custar entre R$ 5 e R$ 7. O valor normal da tarifa de ônibus em Florianópolis é de R$ 2,90.

O Estado de Santa Catarina enfrenta uma nova onda de violência desde a madrugada da última segunda-feira, 20, quando um ônibus foi incendiado em São José, na Grande Florianópolis. Um grupo criminoso assumiu o ataque e deixou no local do crime dois DVDs contendo denúncias de maus tratos e superlotação na penitenciária de São Pedro de Alcântara, também na região metropolitana da capital.

Na semana anterior, o Ministério Público de Santa Catarina já havia denunciado ao governo estadual a situação do presídio. Segundo o MP, há problemas de abastecimento de água, falta de colchões e do kit de higiene entregue aos detentos. No dia 20, o governador Raimundo Colombo (PSD) se reuniu com os secretários de Segurança Pública e de Justiça e Cidadania (pasta responsável pela administração dos presídios) para investigar a denúncia e determinou alerta total das polícias civil e militar no Estado.

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Do primeiro ataque até esta segunda-feira, 27, já são 12 as ocorrências contabilizadas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) de SC. Segundo a Polícia Militar, somente em outros dois casos ficou comprovado o envolvimento de facções criminosas. "Os casos ainda estão sob investigação e não há evidências de que as facções mandantes tenham ligação entre si", afirma a coronel da PM de Santa Catarina, Claudete Lehmkuhl.

Para Claudete, há fortes indícios de que as demais ocorrências não passem de atitudes de vandalismo. Nem a SSP nem a PM indicaram alguma correlação entre os ataques.

Além da queima de ônibus e veículos particulares, criminosos atiraram contra os prédios da Câmara de Vereadores de Itajaí e da Delegacia Civil de Blumenau ao longo da última semana. Os disparos também entram nas atitudes de violência classificadas como "crimes comuns" (sem o mando de um grupo criminosos) da PM. "Estamos investigando os casos sem ter a precipitação de já classificar como um atentado. É preciso verificar se não se trata de vandalismo, de vingança pessoal", disse a coronel. Ainda segundo a policial, um esquema especial de operações está em andamento no Estado.

Depois de quatro anos tramitando na Justiça veio a público a denúncia de abuso sexual e agressões físicas contra crianças e adolescentes cometidas pelo ex-deputado estadual Nilson Nelson Machado, o Duduco, de 52 anos. Também ex-vereador por dois mandatos por Florianópolis e atual suplente, Duduco fez carreira política com ações sociais, sendo administrador de uma creche que há 30 anos leva seu nome em uma comunidade carente próxima ao centro da capital catarinense.

A suspeita de abuso sexual, com indícios de pedofilia e agressões contra crianças e adolescentes, foi divulgada na quarta-feira, 1º, por uma adolescente que morou na creche dos sete aos 14 anos. Sem se identificar, ela disse que foi agredida por dois de seus irmãos menores e outros dois adultos, segundo ela, a mando de Duduco em represália às denúncias que confirmou em processo que tramita no Ministério Público Estadual. Seu ex-sogro também foi vítima dos agressores. Disse que, enquanto morou na creche, foi estuprada inúmeras vezes. "Não só comigo, mas com meus irmãos também aconteceu isso", declara a jovem, atualmente com 21 anos. Seus irmãos ainda moram na creche.

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Nos autos do processo, consta uma declaração de Duduco que confirmou, sem saber que estava sendo gravado, manter relacionamento com crianças. "Toda vida eu trabalhei contra esse tipo de relacionamento, mas agora que eu fui mais fraco, eu fui!", afirma em um trecho da gravação. No vídeo de meia hora, Duduco até cita nomes dos jovens com os quais se relacionou. Atualmente ele nega que tenha tido relacionamentos. Em entrevista a um canal de televisão local, se disse surpreso com as denúncias e quer que o assunto seja tratado na esfera judicial.

Pelos depoimentos e investigações, os abusos sexuais seriam feitos apenas contra meninos. A advogada Jack Francieli Anacletto, que deu início ao processo no Ministério Publico, disse que convive com as denúncias desde 2009. "Eu estava cansada de ouvir as coisas que aconteciam lá dentro. Ele se aproveitava destas crianças com favores sexuais e, como se não bastasse, ganhava incentivo da prefeitura para manter a creche e verbas da iniciativa privada e ainda tinham relatos que as crianças passavam fome. Aquilo tinha que ter um fim", afirmou a advogada. A Polícia e o Ministério Público não se manifestaram oficialmente sobre o caso uma vez que o processo corre em segredo de justiça. O inquérito possui mais de 200 páginas.

As diligências feitas pela Força Nacional de Segurança, atuante no Estado desde a madrugada de sábado (16) junto à Polícia Civil, já resultaram na prisão de 147 suspeitos de participação nos atentados em Santa Catarina. Maykon Aurélio Saturnino, de 29 anos, foi preso em ação cumprida pela Diretoria de Investigações Criminais (Deic) na madrugada desta terça-feira. Ele foi detido às 4 horas em apartamento de cobertura no bairro João Paulo, considerado de classe média alta de Florianópolis.

Maykon, suspeito de ser o principal mandante, em liberdade, dos atentados, conforme o diretor da Deic Akira Sato, é cunhado de Rodrigo Oliveira, o "Rodrigo da Pedra", conhecido traficante catarinense, um dos líderes da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC) e incluído entre os 40 presos que foram transferidos para um presídio federal no último sábado. A sogra e a mulher de Rodrigo da Pedra já haviam sido presas no último sábado por suspeitas de participação em atentados. No apartamento de Maykon, a polícia encontrou munição de calibre 9mm de uso restrito.

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Desde o último sábado mais de 70 mandados de prisão foram cumpridos durante a Operação Divisas anunciada pelo ministro da Justiça José Eduardo Cardozo. Entre suspeitos de envolvimento com a PGC e com os autores de atentados estão quatro advogados. Eles serão encaminhados ainda nesta terça-feira para uma sala do 8º Batalhão da Polícia Militar de Joinville, onde há seis dias encontra-se a advogada Fernanda Fleck, presa em janeiro por suposto envolvimento na morte da agente penitenciária Deise Alves. A vítima era esposa do diretor da Penitenciária de São Pedro de Alcântara. O assassinato ocorreu no ano passado.

A Agência de Inteligência da PM ainda não associou à onda de atentados em Santa Catarina as cinco ocorrências registradas na noite de segunda e madrugada desta terça-feira. Os ataques foram contra automóveis particulares nas cidades de São Francisco do Sul, Joinville, Canoinhas, Chapecó e Tubarão.

O transporte coletivo em Florianópolis permanecerá com horários restritos e esquema especial de segurança por tempo indeterminado. Com a abertura do ano letivo, os ônibus passam a circular a partir das 5h30 às 19 horas, diariamente, embora tenha diminuído a frequência de ataques na capital catarinense e região.

O serviço, nas chamadas linhas sociais - cerca de 15 - que atendem aos morros, permanecerá com o acompanhamento de escolta da Polícia Militar e Guarda Municipal. Nas demais, linhas de longa distância e intermunicipais, há escolta. Das 19 horas às 23 horas, o fluxo de ônibus será reduzido com os veículos saindo do Terminal do Centro (Ticen) em comboio, sempre acompanhados por escolta da PM.

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Desde o dia 13 de fevereiro que nenhum atentado é registrado em Florianópolis. "Estamos confiantes que a situação a partir de agora deve se normalizar. Acredito que em muito breve o sistema passe a operar dentro da normalidade", comenta Valdir Gomes, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis (Setuf). Representantes de ônibus, da prefeitura e da Polícia Militar vão manter reuniões diárias para avaliar o andamento do plano de ação voltado a garantir a segurança dos passageiros, motoristas e cobradores.

A sensação de insegurança combinada com a limitação de horários das linhas que atendem a região do bairro Trindade, onde está instalada, fez a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) suspender o início das aulas do período noturno. Desde o início das ações criminosas provocadas pelos integrantes da facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC), no dia 30 de janeiro, já foram incendiados 43 ônibus em Santa Catarina, sendo seis em Florianópolis.

A série de atentados em Santa Catarina aumentou, mesmo durante o período de intervenção da Força Nacional de Segurança (FNS). Nas 48 horas de atuação dos cerca de 350 agentes federais, cinco ocorrências foram registradas pela Polícia Militar catarinense. Agora já são 111 os atentados praticados em 36 municípios nos últimos 20 dias. Do total de atentados, 43 foram contra ônibus.

A ação mais danosa aconteceu no início da madrugada desta segunda-feira, em Rio Negrinho, no planalto norte do Estado. Conforme o sistema de monitoramento de uma empresa de ônibus, três homens, com o rosto coberto, invadiram a garagem e incendiaram três veículos, sendo que dois foram completamente destruídos.

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Em Palhoça, na Grande Florianópolis, às 23 horas de domingo, um Chevrolet D-20 foi completamente queimado por dois homens que fugiram em uma moto. Também no domingo, às 22h15, uma base da PM de Água Doce, na região meio oeste, foi alvo de disparo de arma de fogo. Em Joinville, nesta madrugada, um veículo Gol foi queimado parcialmente dentro do terreno de seu proprietário. Uma garrafa pet com gasolina, colocada embaixo do motor, foi usada para provocar as chamas.

Já no sábado (16), por volta das 17h30, um centro de artes e lazer da prefeitura de Itajaí, no litoral, abriu a série de atentados do final de semana. A instalação foi arrombada e em seguida incendiada com o uso de um coquetel molotov. O alarme disparou e o fogo foi controlado pelo segurança do prédio. Danos apenas nos móveis e o forro de uma das salas.

Novos ataques foram registrados nesta quarta-feira (13) em Santa Catarina, elevando para 97 o número de ocorrências, envolvendo 30 municípios do Estado. Um ônibus ficou parcialmente queimado em Florianópolis e um adolescente foi apreendido quando tentava atear fogo a veículo no bairro Ponte do Imaruim, em Palhoça (região metropolitana).

Com mais uma ocorrência, Florianópolis iguala-se a Joinville em número de ataques (15), que tiveram início no dia 30 de janeiro. Itajaí (com oito), Tubarão (sete) e Criciúma (seis) estão entre as cidades com a maior frequência de atentados.

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Já foram incendiados 37 ônibus nas ações criminosas a mando da facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC), em protesto à rígida política disciplinar do sistema de segurança catarinense. Pelo menos 31 adultos foram presos e 17 adolescentes, apreendidos.

Às 6h30 desta quarta-feira, dois homens armados invadiram um ônibus de uma empresa de turismo enquanto ele saía da garagem, no bairro Tapera, em Florianópolis. Os dois mandaram o motorista descer e em seguida jogaram um coquetel molotov num banco do veículo. O motorista, que teve roubados a carteira e o celular, conseguiu conter o fogo. Apenas dois assentos foram queimados e parte do teto foi destruída.

Em Palhoça, um adolescente, de 16 anos e com diversas passagens pela polícia, foi capturado em flagrante às 8h18 desta quarta-feira quando tentava atear fogo em um veículo no bairro Ponte do Imaruim. Parte da frente do veículo foi danificada.

Esta é a segunda onda de atentados no Estado. A primeira, que durou pouco mais de uma semana, ocorreu em novembro do ano passado. A Polícia Militar acredita que os ataques só serão interrompidos por ordem de líderes da facção, que cumprem pena em algumas penitenciárias de Santa Catarina.

Com mais nove ocorrências, entre a noite de quinta-feira (7) e a tarde desta sexta-feira (8), já chega a 83 o número de atentados em Santa Catarina desde 30 de janeiro. Os números do relatório oficial da Polícia Militar supera todos os registros da primeira onda de atentados em novembro do ano passado

Já foram queimados 33 ônibus contra 27 do ano passado. A PM já prendeu 26 e investiga 126 pessoas. Um suspeito foi morto em troca de tiros com a polícia em Joinville.

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A cidade de Rio do Sul, no Alto Vale do rio Itajaí-açu entrou na lista de ocorrência com um incêndio em um ônibus de linha, às 12h50, da tarde desta sexta-feira.

A onda de atentados em Santa Catarina chegou ao seu nono dia com mais seis ocorrências, registradas na noite de quinta-feira (07) e na madrugada desta sexta-feira. Agora já são 80 os atentados, em 25 cidades, conforme relatório oficial da Polícia Militar. As ações criminosas começaram no dia 30 de janeiro. A autoria seria da facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC), em protesto pelo excessivo rigor disciplinar aplicado nas penitenciárias e presídios de Santa Catarina.

Os últimos atos de protesto começaram por volta das 20h30 da quinta-feira (07) quando quatro adolescentes armados pararam um ônibus no bairro Ipiranga, em São José, e atearam fogo no veículo. Ainda na Grande Florianópolis, em Palhoça, por volta das 5 horas, um homem de moto jogou um coquetel molotov contra um estabelecimento comercial que foi incendiado. São Bento do Sul, na região Norte do Estado, é mais uma cidade na lista das atingidas por ataques. Logo no início da madrugada, um caminhão foi incendiado parcialmente no bairro Centenário.

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Navegantes

O litoral Norte também voltou a conviver com atentados. Por volta das 23h20 de quinta-feira (07), no bairro São Paulo, dois veículos - um Fiat Uno e um Chevette - que estavam estacionados em frente a um ferro-velho foram incendiados. Em Chapecó, por volta da 01h30, no bairro São Cristovão, cinco adolescentes atearam fogo em um Ford Fiesta. Até o momento nenhum suspeito foi preso. Às 03h45, em Tubarão, no Sul do Estado, outro veículo, um Renault Sandero, foi incendiado, dentro de uma garagem de residência.

Mesmo diante das ameaças e ataques que predominam em Santa Catarina nos últimos sete dias, a programação de Carnaval está mantida em Florianópolis. No ano que não haverá desfile das escolas de samba, a movimentação de foliões se concentrará no centro da cidade. A capital ocupa o segundo lugar no ranking de ataques protagonizados por integrantes da facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC).

O prefeito César Souza Júnior garante que Florianópolis se manterá entre as cidades com os menores índices de criminalidade no país. "Os lugares frequentados pelos turistas não são alvo de ataques. Apesar do problema, ainda ostentamos em Florianópolis os maiores índices de segurança do País. Estamos na atual temporada com os hotéis lotados. A primeira ocorrência grave envolvendo turistas foi registrada na madrugada desta terça-feira, no mirante da Lagoa da Conceição, sem qualquer envolvimento com a onda de ataques", acentuou César Souza.

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A secretária de Cultura, Esporte e Turismo da capital Maria Cláudia Evangelista esclareceu que o alvo dos ataques são os bens do patrimônio público e não as pessoas. Mesmo assim, o efetivo policial recrutado para atuar no período será o maior da história do carnaval em Florianópolis, garante o Coronel João Henrique, comandante da Polícia Militar da 1ª Região Segundo o oficial, o efetivo está em plena atividade em três linhas de ação: as operações "Alegria", "Veraneio" e os "Ataques". "Já sustamos as férias de muitos policiais, recrutamos alunos de cursos para trabalhar na operacionalização do sistema e deslocamos muita gente da área administrativa para atuação nas ruas. Não posso precisar qual é o porcentual deste aumento de efetivo, porém posso adiantar que será um dos mais significativos da história do carnaval de Florianópolis", garantiu o comandante.

A proposta é pulverizar, ao máximo, o efetivo na cidade e nos bairros de risco, acrescentou. Rondas constantes serão realizadas em horários diferenciados. "A regra é geral: situação de controle para que as pessoas possam desfrutar ao máximo do carnaval", completou. Todo o efetivo da Guarda Municipal de Florianópolis também atuará nos dias de folia, voltada ao comando de trânsito.

Cópias de um CD com voz de um homem, que denuncia violência contra os presos dos presídios de São Pedro de Alcântara, de Criciúma e de Itajaí, em Santa Catarina, foram entregues em uma delegacia e na Prefeitura de Florianópolis.

O conteúdo do material foi interpretado como um recado às autoridades de segurança do Estado, que teriam deixado de cumprir um acordo, entre poder público e presos, para coibir os excessos no campo disciplinar dos presídios. Realizado em novembro do ano passado, o trato coincide com a ocasião em que foi registrada a primeira onda de atentados em Santa Catarina.

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Entre as frases, divulgadas com exclusividade pelo Jornal Notícias do Dia, a voz destaca: "Se continuar dessa forma, a bomba vai explodir. Se não for atendido nossos direitos aqui na penitenciária, a bomba vai explodir". "Os presídios de Canhanduba, em Itajaí, e Penitenciária Sul, de Criciúma, estão passando pelas mesmas situações desumanas para reabilitar um preso". "Nós já tentou dialogar. Já tentou chegar numa conversa várias vezes, mas da forma pacífica e legal nós nunca tivemos melhoria alguma. Nunca tivemos melhorias. Nenhum resultado positivo. Só mais umas pancadas e humilhações".

A suspeita é que a voz seja de um dos detentos e possível chefe do Primeiro Grupo da Capital (PGC), facção criminosa que estaria por trás dos atentados no Estado. Conforme informações preliminares, a gravação teria sido feita em São Pedro de Alcântara, município da Grande Florianópolis.

Questionado sobre o suposto acordo entre internos e autoridades, o diretor do Departamento Prisional (Deap), Leandro Lima, negou a existência de qualquer tipo de negociação. Até o momento, os atentados no Estado já somam 56 ocorrências em 18 municípios. Uma pessoa morreu e 24 suspeitos foram presos desde o dia 31 de janeiro.

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