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A série de atentados em Santa Catarina entrou em seu sexto dia com mais seis ações criminosas entre a noite de segunda-feira (04) e a madrugada desta terça-feira. Agora já são 56 as ocorrências em 18 municípios das quatro regiões do Estado.

Em Ilhota, município do Vale do rio Itajaí, três ônibus que estavam no pátio da garagem da prefeitura foram incendiados. Dois ficaram parcialmente destruídos e o terceiro teve perda total. Poucos quilômetros do local, em Itajaí, um fusca foi incendiado por volta da meia-noite. A Polícia Militar informou que um homem teria passado de bicicleta e colocou fogo no veículo que estava parado. Ainda na região litorânea do Estado, um caminhão abandonado foi incendiado por volta das 5h30 em Joinville. Agora, são 12 os atentados desde o dia 30 de janeiro.

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Em Chapecó, dois homens ingressaram em um ônibus da Auto Viação Chapecó e obrigaram passageiros, motorista e cobrador a sair para em seguida incendiá-lo. Foi o terceiro ataque na cidade nos últimos dois dias. A cidade de Tubarão, no Sul, teve seu primeiro registro de atentado na madrugada. A ocorrência foi contra um micro-ônibus e foi provocada por um homem que teria jogado combustível no veículo estacionado em frente a uma casa. O incêndio foi controlado pelo dono da casa.

Outras ocorrências foram registradas nas últimas horas. Ainda no Sul, uma pessoa ficou ferida após ser atingida por uma pedra jogada contra um ônibus e em São José, na Grande Florianópolis, na segunda-feira (04), bandidos tentaram incendiar uma loja de eletrodomésticos. O incêndio teve início no banheiro do estabelecimento e logo foi contido. A PM encontrou no local garrafas pet com gasolina, artefato semelhante utilizado na maioria dos atentados contra ônibus em Santa Catarina.

Mais três ataques foram registrados nesta segunda-feira em Santa Catarina, na série de atentados que já dura cinco dias. Em Navegantes, no litoral norte, um ônibus estacionado em uma rua do bairro Meio Praia teve perda total depois de incendiado durante a madrugada. A Polícia Civil não soube informar a procedência do veículo nem a autoria da ação.

Outro ônibus, em Itajaí, foi alvo de tiros de arma de fogo quando passava pelo bairro Cordeiros. Ninguém foi ferido. A polícia investiga se existe relação de bandidos envolvidos na onda de ataques registrados pelo Estado desde o dia 30 de janeiro.

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Em Joinville, local da primeira morte de um suspeito das ações criminosas na noite de sábado e cidade com a maior população de SC, um Fiat Uno foi incendiado pela manhã. O incidente ocorreu no bairro Pinheiros, na zona leste da cidade. A cidade lidera em número de ataques, com 12 registros.

A Polícia Militar encontrou dentro do carro uma garrafa que pode ter sido usada como artefato que originou o sinistro (coquetel molotov), além de um galão que deve ter sido usado para armazenar líquido inflamável. O material foi recolhido e disponibilizado para a perícia.

Santa Catarina enfrentou outra noite de atentados e mais uma cidade entrou na lista de alvo dos bandidos. Em São Francisco do Sul, no litoral norte do Estado, um grupo de homens interceptou um ônibus por volta da 0h45 deste sábado e ateou fogo ao veículo após pedir para passageiros, motorista e cobrador desembarcarem.

Os criminosos também atacaram unidades policiais. O primeiro ataque ocorreu às 23h30 da sexta-feira, quando dois homens de moto dispararam cinco tiros contra a base da Polícia Militar, no Campeche, em Florianópolis. Havia apenas um policial no local, que não ficou ferido.

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Por volta da 1h30 do sábado, criminosos jogaram um coquetel molotov em um veículo estacionado no pátio de uma delegacia. O carro estava no local porque havia sido apreendido.

Em São José, no bairro Areias, os bandidos alvejaram a base da Guarda Municipal, atingindo com 10 tiros o prédio da instituição e duas viaturas que estavam estacionadas no pátio. O ataque ocorreu às 3h30.

"Apesar dos ataques, fica evidente que a onda de violência perde força. Isso ocorre pela presença ostensiva das polícias nas ruas e do trabalho de inteligência", afirmou João Batista Réus, major do Centro de Comunicação Social da PM. Desde o início dos ataques, 47 pessoas foram detidas por envolvimento com os atentados.

O estado de tensão da população, porém, é evidente. Nesta madrugada, a polícia recebeu denúncias com base em eventos rotineiros. Em Gaspar, um grupo de pessoas fazia uma fogueira na praia próximo a duas Kombis. Com medo, algumas pessoas pensaram que era um incêndio e ligaram para denunciar.

Outro caso foi de um caminhoneiro em Itajaí que fazia uma fogueira à noite e, após denúncia por telefone, acabou sendo abordado pela polícia para apuração dos fatos. "Isso mostra que as pessoas ainda estão tensas, mas atentas a qualquer caso", explicou o major.

Santa Catarina chega ao final de semana com a violência em alta. Nesta sexta-feira (16), os criminosos voltaram a atacar em plena luz do dia. Por volta das 10h30, em São José, homens abordaram um ônibus, ordenaram aos passageiros deixarem o veículo e atearam fogo. Ninguém saiu ferido. Da noite de quinta-feira (15) até a madrugada desta sexta, foram registrados incêndios em três ônibus e outros dois ficaram parcialmente queimados. Um carro também foi incendiado e a polícia investiga se o fogo que consumiu uma fábrica de cordas é resultado de algum atentado.

As cidades atacadas são Florianópolis, São José, Tijucas e Navegantes. Duas pessoas morreram em uma troca de tiros com a Polícia Militar, em Tijucas, às 23h. Suspeita-se que os dois homens estariam planejando o assassinato de policiais em retaliação à morte de um suposto comparsa, ocorrida em Itapema durante a tarde de quinta-feira, logo após um ataque a ônibus. Desde o início da crise, 46 pessoas ligadas aos atentados foram presas, num total de 62 suspeitos.

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Nesta sexta, o comércio abriu normalmente apesar do feriado. Quem continua sofrendo são os usuários de ônibus. Além do temor de vivenciarem algum atentado, precisam encarar filas e ônibus lotados. A prefeitura optou em adotar horário de feriado, reduzindo a frota a 40%. "Tivemos que colocar ônibus extras para dar conta da demanda porque hoje as pessoas trabalharam normalmente", disse Elise Gaussmann, gerente de informações da Canasvieiras Transportes, empresa que já teve pelo menos três ônibus incendiados.

Segundo Elise, o final de semana seguirá com os horários normais, mas não há definição sobre segunda-feira. "Esperamos que a polícia continue com as escoltas, mas é difícil priorizar as linhas que devem receber segurança. O nosso primeiro ataque ocorreu na comunidade do Lami, que sempre foi muito calma", afirmou Elise.

O aumento do número de policiais nas ruas para combater a onda de atentados que aflige Florianópolis desde o início da semana gerou um efeito colateral positivo. Segundo a percepção de equipes do Copom, serviço da Polícia Militar que registra ocorrências da população, o número de casos de veículos tomados por assalto despencou.

Em média, cada turno de trabalho do Copom costuma registrar cerca de cinco crimes deste tipo. Algumas vezes, tem-se o dobro de ocorrências. Nos últimos dias, porém, a incidência caiu e houve turnos sem reclamações sobre assaltos a carros. "O motivo desta queda seria o receio dos bandidos em transitar com automóveis roubados, sabendo que o risco de se deparar com alguma viatura ou blitz é maior, já que o efetivo nas ruas foi reforçado em virtude dos atentados", disse um policial que atua no Copom.

Foi divulgado nesta sexta o nome do novo diretor da Penitenciária de São Pedro de Alcântara, de onde teriam partido a ordem dos ataques e base da suposta facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC). O agente Renato Fernandes Silva irá substituir Carlos Alves, que pediu afastamento. Silva é agente penitenciário há seis anos e trabalha em São Pedro de Alcântara.

Até às 7 horas desta sexta-feira, 46 suspeitos de envolvimento na onda de ataques em Santa Catarina foram presos. Outras 16 pessoas são procuradas e três morreram em confrontos com as forças de segurança, informou a Secretaria Estadual de Segurança Pública. Os ataques vêm sendo feitos desde a segunda-feira (12). Os detidos são suspeitos de incendiar ônibus, carros, órgãos públicos além de atacar bases das polícias militar, civil e da Guarda Municipal em diversas cidades. Os atentados se repetiram entre a noite de quinta-feira (14) e a manhã desta sexta-feira.

Ao menos oito novos casos foram registrados, de acordo com o jornal Diário Catarinense. As cidades onde houve os ataques são Florianópolis, São José, Tijucas, Criciúma, Navegantes e Itapema. Mais um carro e seis ônibus foram queimados, o último nesta manhã, na rodovia SC-407, em São José, na Grande Florianópolis. Uma fábrica de cordas também foi incendiada em Navegantes. Testemunhas disseram ter visto um grupo de homens carregando galões perto do local.

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Em Tijucas, dois suspeitos foram mortos pela Polícia Militar por volta das 23h de quinta-feira (15) após uma troca de tiros. Eles estariam planejando o assassinato de policiais, em resposta à morte de um criminoso em Itapema na quarta-feira (14), informou a polícia. Em Criciúma, um homem foi baleado e três adolescentes foram detidos após mais uma troca de tiros, no bairro de Tereza Cristina. O confronto teria começado depois que uma viatura da PM foi alvejada.

O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, disse nesta quinta-feira (15) que está em contato com o Ministério da Justiça e com os serviços de inteligência do governo federal para ajudar no combate à onda de violência que se iniciou no Estado na segunda-feira.

"Acho que nesta hora você tem que somar todas as forças, não há por que fazer qualquer tipo de análise política. Estamos buscando todo o sistema de informação, estou em contato com o Ministério da Justiça, com os órgãos de inteligência do governo federal, estamos trabalhando juntos. Se houver um recrudescimento, se houver necessidade, nós vamos buscar apoio", afirmou o governador em entrevista ao Jornal do Almoço, da RBS TV de Santa Catarina.

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Colombo também destacou que pela manhã houve uma reunião com os representantes das empresas de transporte coletivo, para discutir a manutenção do serviço com segurança para os trabalhadores e passageiros. Nas regiões com maior índice de ataques, os ônibus continuam sendo escoltados por policiais. Ele também afirmou que a polícia está "equipada e motivada". "Estamos prontos para cumprir nosso dever."

Sobre a motivação dos ataques, que incluem queima de ônibus e ataques a postos policiais, o governador admite que uma das possibilidades é que o comando tenha partido de dentro do presídio de São Pedro de Alcântara, mas avalia que também são investigados atos de vandalismo. Colombo afirmou que Santa Catarina é o Estado menos violento do País e "agora é um momento crítico, um momento de desafio e nós estamos prontos pra dar a sociedade toda a segurança".

Dois novos ataques a ônibus foram registrados nesta quinta-feira. O primeiro foi pela manhã, em Itajaí, e outro, à tarde, em Itapema. Durante a última madrugada foram pelo menos 12 ataques.

Um ônibus da empresa Canasvieiras foi incendiado por vândalos em frente a uma igreja do bairro Ingleses, no norte de Florianópolis, região mais afetada pela onda de violência que começou na segunda-feira (12). O atentado ocorreu por volta das 20h30 desta quarta-feira e já o 26º em Santa Catarina.

Uma testemunha que não quis se identificar informou que viu indivíduos encapuzados entrando no ônibus e em seguida uma explosão e muita fumaça. Quem estava na igreja fugiu pela porta dos fundos. O incidente aumenta ainda mais o clima de terror que se instalou na capital catarinense desde segunda-feira(12). Este é terceiro ônibus da mesma empresa a ser queimado. Os outros dois não tinham seguro, o que já causou um prejuízo de R$ 600 mil.

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Milhares de passageiros que utilizam o transporte coletivo em Florianópolis deixaram de tomar o ônibus nesta quarta-feira com medo de novos ataques, após a onda de violência no Estado.A polícia de Santa Catarina prendeu 36 suspeitos, entre eles 15 adolescentes, envolvidos em ataques em diversas cidades ocorridos desde a noite de terça-feira. Vinte e dois crimes, como incêndios a ônibus, atentados a uma delegacia e a um presídio, ocorreram entre as 18h de terça-feira (13), e as 6h desta quarta-feira. Os números são da Diretoria de Informação e Inteligência (Dini) da Secretaria de Segurança Pública.

A série de atentados dos últimos dias tirou a população de Florianópolis de sua rotina.Pequenos comerciantes, principalmente donos de bares noturnos, apesar de negarem toque de recolher, fecharam as portas mais cedo na terça-feira(13). O clima ainda é de apreensão e medo.

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Moradores que pediram para não ser identificados, principalmente do zona norte de Florianópolis, região mais afetada pelos ataques, temem que a situação fuja do controle. "Moro aqui há mais de 20 anos e nunca vi nada parecido nem na época em que eu morava em São Paulo", desabafa uma moradora do bairro Ingleses.

De acordo com a empresa de transporte coletivo Canasvieiras,o prejuízo apenas com dois coletivos incendiados - um na segunda-feira (12), outro na terça-feira (13) - ultrapassa R$ 600 mil. Os ônibus não possuíam seguro.

Policiais militares passaram o dia vigiando terminais de integração nos bairros da Trindade e de Santo Antônio de Lisboa para evitar ataques em locais de grande concentração de ônibus e de pessoas.

Se a situação é complicada para a população, também é nova para os policiais catarinenses que poucas vezes são obrigados a enfrentar esse tipo de violência no Estado. Alguns profissionais já atuam sem descanso há mais de 80 horas.

Na 2º Distrito Policial, no bairro do Saco dos Limões, uma viatura da polícia civil foi parcialmente incendiada na noite de segunda-feira (12). No dia seguinte, bandidos avisaram por

telefone novos atentados. Na noite de terça-feira (13), um veículo com quatro bandidos armados passou pela rua do DP em alta velocidade disparando contra a delegacia. Houve troca de tiros com os policiais, mas ninguém foi preso. Outras ameaças por telefone foram feitas na tarde desta quarta-feira, prometendo novos ataques para a noite. Uma equipe do Departamento Estadual de Investigações Criminais DEIC passou a fazer plantão no DP durante a tarde.

Vídeo

Um vídeo gravado dentro do presídio de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, foi divulgado no fim da tarde desta quarta-feira pela televisão local. Nele, os presos Rodinei do Prado e Adílio Ferreira, conhecido como Cartucho, agradecem os comparsas pelo "apoio e empenho em prol da facção". Em outro trecho, Rodinei informa detalhes de um assalto a um supermercado e sobre a chegada de drogas e armas vindas "de um contato bom lá de cima".

Para o presidente da Associação dos Delegados de Polícia (Adepol) em Santa Catarina, Renato Hendges, criminosos paulistas estariam ordenando bandidos de Santa Catarina a cometerem os crimes no Estado.

Verão

Moradores e comerciantes já se preocupam com os reflexos da onda de violência no movimento da cidade, principalmente às vésperas de um feriado prolongado. A situação também pode interferir na temporada de verão em Santa Catarina. O Estado recebe cinco milhões de turistas por ano. Por enquanto, não há registro de cancelamento de reservas em hotéis ou pousadas de Florianópolis.

Após os atentados que ocorreram em Florianópolis na noite de segunda-feira e manhã desta terça-feira (13), a polícia reforçou o efetivo nas ruas e passou a escoltar ônibus em áreas consideradas de risco. No entanto, nenhum suspeito foi identificado. Em conversa com jornalistas na tarde desta terça, a cúpula da segurança pública não confirmou se a série de ataques tem ligação com o assassinato, em outubro, da agente prisional Deise Fernanda Melo Pereira Alves, esposa do diretor da penitenciária de São Pedro de Alcântara, Carlos Antônio Alves. "É uma das linhas de investigação, mas não podemos afirmar nem negar", afirmou o secretário de Segurança Pública, César Grubba.

A ligação entre os casos ganha força com a divulgação de imagens feitas na semana passada dentro do presídio. Os presos instalaram um celular com câmera para registrar a entrada na cela de agentes prisionais. Os agentes, liderados pelo marido da mulher assassinada, usaram de força para conter os presos. A cúpula da segurança minimiza o caso.

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"O que nos foi mostrado até aqui representa uma ação legítima. Houve uso progressivo da força para evitar rebelião. Antes da entrada na cela, um preso havia tentado dominar um agente (imagens do circuito interno flagraram a ação). Precisávamos conter a situação no presídio", defendeu Leandro Antônio Soares Lima, diretor do Departamento de Administração Prisional (Deap).

A agência de inteligência da Secretaria de Segurança Pública teria interceptado mensagens de celular entre integrantes de uma facção criminosa ordenando os ataques. "É para sair para pista e sentar o dedo nesses vermes do Deap e taca (sic) fogo no busão, em resposta a covardia em São Pedro", dizia a suposta mensagem divulgada na imprensa local.

Florianópolis viveu 12 horas de terror na noite de segunda e madrugada desta terça, lembrando a série de atentados contra policiais em São Paulo. Em poucas horas, os bandidos atearam fogo em dois ônibus, no norte de Florianópolis, em uma viatura da Polícia Militar e no carro particular de um policial civil. A onda de terror também resultou no ataque com oito tiros, à 1h desta terça, contra uma base da polícia em Palhoça, cidade vizinha à capital.

Em Blumenau, na manhã desta terça, o presídio regional também recebeu ataque a tiros, mas, segundo a polícia, os suspeitos foram presos e não há ligação com os atentados em Florianópolis.

A estudante catarinense Isadora Faber, de 13 anos, visitou na segunda-feira (12) a redação do jornal O Estado de S. Paulo. Criadora do Diário de Classe, página do Facebook em que cobra melhorias para sua escola, em Florianópolis, a garota diz que não vai mais sozinha para a Escola Municipal Maria Tomázia Coelho, onde cursa a 7.ª série do ensino fundamental.

Embora o colégio tenha sido reformado após a criação do Diário - que já conta com mais de 430 mil ‘curtidas’ e motivou dezenas de projetos semelhantes -, a aluna sofre ameaças constantes de colegas. "Meus pais precisam me levar e me buscar", afirma. "Às vezes me sinto só. Quando vêm me ameaçar, até meus amigos saem de perto."

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Os professores também não a apoiam e a relação com a direção é conflituosa. Mas o que deixou Isadora triste mesmo foi o apedrejamento de sua casa, na semana passada. A avó dela, de 65 anos, foi atingida na cabeça. O Ministério Público investiga os ataques contra a garota.

"Não quero sair da escola, porque 2013 será meu último ano lá, nem acabar com a página", diz Isadora, entre uma olhada e outra no temido smartphone que usa para atualizar o Facebook. Ela diz querer ser jornalista. "Acho que posso ajudar as pessoas dando informações." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Com 1,74% das seções apuradas, o candidato Cesar Souza (PSD) lidera a votação para a prefeitura de Florianópolis com 57,12% dos votos válidos, contra 42,88% de Gean Loureiro (PMDB). As informações são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A primeira parcial da apuração em Joinville (SC) mostra o peemedebista Udo Döhler com 71,70% dos votos válidos, após terem sido computados os sufrágios de 7,35% das seções eleitorais. Kennedy Nunes, do PSD, aparece com 28,30%. As informações são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A apuração da eleição municipal para prefeito de Blumenau mostra o candidato do PSDB, Napoleão Bernardes (PSDB), à frente com 69,19% dos votos válidos. Jean Kuhlmann, do PSD, tem 30,81%. Foram apurados 17,36% do total de seções do município catarinense. As informações são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Com as últimas pesquisas indicando empate técnico em Florianópolis, os candidatos aproveitaram o momento do voto para conquistar os últimos eleitores indecisos. No último levantamento do Ibope, havia 10% de intenções para branco/nulo e 6% que não souberam ou não responderam.

Entre os candidatos, o primeiro a votar foi Cesar Souza Junior (PSD). Com 40 minutos de atraso em relação ao horário divulgado, o candidato chegou na Escola de Educação Básica José do Valle Pereira, no bairro João Paulo, por volta das 9h40. Ele estava acompanhado do pai, o político e comunicador Cesar Souza, e da filha Lara, de dois anos.

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O motivo do atraso foi a notícia da morte da avó materna nesta madrugada. Doraci Pereira, 78 anos, morreu devido a complicações pulmonares. "A vitória será dedicada a ela, que sempre acompanhava as campanhas eleitorais", afirmou Cesar Souza Junior.

A confiança do candidato vem da reação nas pesquisas. "Estamos com o sentimento claro de virada. Tiramos 10 pontos porcentuais entre a primeira e a última pesquisa Ibope realizada neste turno. Mas a sensação principal da virada vem das ruas, onde percebemos uma movimentação bem maior a nosso favor", disse.

Gean Loureiro (PMDB) votou pouco tempo depois. O candidato chegou às 10h15 no Colégio Catarinense, no centro de Florianópolis. Acompanhado da esposa Cintia e da filha Ana Clara, de quatro anos, o candidato lembrou da reação no final do primeiro turno para animar os militantes e conquistar votos. "A apuração nos deu 7,5 pontos porcentuais a mais que a pesquisa Ibope indicava. Nossa campanha é forte na reta final. Agora, também vamos melhorar e conquistar mais eleitores", afirmou.

Gean retornará para a zona eleitoral à tarde ao lado da filha mais velha, Beatriz, de 16 anos, para acompanhá-la na votação. "Essa foi a campanha mais difícil e acirrada que participei, mas somos a única chapa que conseguiu apoio de partidos neste segundo turno, além de uma participação grande dos militantes petistas", disse.

Após ter sido derrotado nas eleições municipais, o atual prefeito da cidade de Xaxim, oeste catarinense, Gilson Luiz Vicenzi (PSD), exonerou 80% dos cargos comissionados e desligou os professores contratados temporariamente. O gestor suspendeu também outros serviços públicos essenciais à população e, por isso, o Ministério Público de Santa Catarina entrou com uma ação que determina o retorno imediato de algumas atividades exercidas pelo poder público do município.

De acordo com o MP, após as eleições municipais, a Prefeitura teria suspendido alguns serviços, inclusive na área de saúde, como a terceirização dos médicos especialistas e também cancelou o transporte para os idosos, além de bloquear a verba para o maquinário da cidade. Por isso, a Justiça determinou que os serviços sejam retomados e estabeleceu multa de R$ 5 mil por dia ao prefeito, em caso de descumprimento da liminar.

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A explicação da Prefeitura para os cortes em saúde, educação e infraestrutura é de que houve queda na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Apesar dos problemas, o procurador da Prefeitura que se pronunciou porque o prefeito está viajando, garantiu que o município de Xaxim está cumprindo o que a lei prevê.

Os candidatos Cesar Souza Junior (PSD) e Gean Loureiro (PMDB) disputarão o segundo turno das eleições à prefeitura de Florianópolis (SC). Todas as urnas foram apuradas. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os candidatos obtiveram 31,68% e 27,37% dos votos válidos, respectivamente.

Chega a 19 o número de crianças intoxicadas pelo leite da marca Holandês, produzido pela empresa Papenborg Comércio de Laticínios Ltda., em Biguaçu, na região metropolitana de Florianópolis (SC). O caso mais recente foi diagnosticado no último domingo, 23. São quatro crianças que continuam internadas em hospitais de Santa Catarina e devem receber alta até o final desta segunda-feira, 24, garante a Secretaria de Saúde do Estado.

Agentes desta secretaria e a de Agricultura lacraram, no último sábado, 22, a sede da fábrica que produziu a bebida. Uma mangueira que transportava amônia se rompeu e misturou a substância com nitrito. A química entrou em contato com o leite e causou as intoxicações, conforme o laudo da Secretaria da Saúde.

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A falha foi corrigida. O local continua produzindo leite, que deve ser pasteurizado e reaproveitado para a fabricação de queijo. Os produtos, porém, só devem voltar a ser comercializados depois de passarem por uma segunda análise para comprovar a ausência do nitrito.

A maioria das crianças que consumiram o produto, embalado em pacotes plásticos, é menor de dois anos de idade. Algumas delas precisaram passar por ventilação mecânica.

Laudos preliminares produzidos em laboratório pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) apontaram presença de nitrito até dez vezes superior ao máximo tolerado em amostras de leite pasteurizado produzido pela empresa.

Entre os sintomas da intoxicação por nitrito estão arroxeamento da região em volta dos lábios e falta de ar. A substância induz a oxidação do ferro da hemoglobina, o que impede o sangue de transportar oxigênio.

Para orientações relacionadas à assistência, diagnóstico e tratamento, as pessoas devem ligar para o Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina, por meio do número 0800-643-5252.

O Hospital Regional Dr. Omero de Miranda Gomes, na cidade de São José, Região Metropolitana de Florianópolis, teve o setor de emergências fechado na manhã desta terça-feira, para uma desinfecção. O procedimento foi motivado pela constatação da superbactéria KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase) na unidade, identificada em um paciente que morreu no final de semana. Após uma reunião realizada na segunda, a direção do hospital, a Superintendência Hospitalar e a Secretaria Estadual de Saúde de Santa Catarina decidiram pela interdição da ala, que irá até as 20h de quinta-feira, 6. Os demais setores continuam funcionando normalmente.

Até o fim da desinfecção a Secretaria Estadual de Saúde recomenda que os pacientes que necessitam de atendimento de emergência se dirijam ao Hospital Governador Celso Ramos e ao Hospital Florianópolis, ambos estaduais e na cidade de Florianópolis. Segundo a pasta, há uma equipe de médicos de prontidão no Hospital Regional para atender pacientes que não possam se deslocar para outras unidades, mas apenas em casos excepcionais. A ala de emergência do complexo atende normalmente uma média de 40 mil pacientes por mês.

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Bactéria

A bactéria KPC costuma surgir em ambientes hospitalares, onde oferece o maior risco. Ela caracteriza-se pela alta resistência a antibióticos e pode causar complicações como infecções sanguíneas e pneumonia, especialmente em idosos, crianças, pessoas com doenças crônicas ou com a imunidade baixa. Entre os sintomas apresentados por quem a contrai estão febre, tosse e dores no corpo (especialmente na bexiga).

A Secretaria Estadual de Saúde de Santa Catarina informou que este foi o primeiro caso de morte causado pela bactéria no Estado neste ano. O paciente morto no fim de semana, segundo a pasta, foi a óbito em função de uma pneumonia. Sua identidade não foi revelada.

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta quinta-feira a aprovação de um empréstimo de R$ 512,5 milhões ao Estado de Santa Catarina, primeira operação no âmbito do Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e Distrito Federal (Proinveste). Anunciado no início de junho, o Proinveste engloba um pacote de R$ 20 bilhões a serem emprestados aos governos estaduais para ampliar a capacidade de investimento público.

Segundo nota do BNDES, o financiamento aprovado para Santa Catarina será direcionado para o plano de investimentos do governo estadual no período de 2012 a 2015, denominado "Programa Caminhos do Desenvolvimento". O foco é a infraestrutura, incluindo cabeamento de fibra óptica e projetos de conservação e ampliação de rodovias, bem como medidas para prevenção de desastres decorrentes de enchentes, desabamentos e secas. O BNDES afirma ainda que também estão previstos investimentos na área de segurança pública.

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De acordo com as regras do Proinveste, a operação terá prazo total de 240 meses e custo financeiro de TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), atualmente em 5,5% ao ano, mais remuneração do BNDES de 1,1% ao ano. O Proinveste foi regulamentado por resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) em 5 de julho e tem dotação orçamentária total de R$ 20 bilhões. O prazo de vigência vai até 31 de janeiro de 2013, data-limite para a contratação dos financiamentos.

O programa poderá financiar projetos de planos plurianuais e da lei orçamentária anual dos estados e do Distrito Federal, incluindo aquisição de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional, credenciados na Finame, linha de crédito do BNDES para compra de bens de capitais. A participação máxima do banco de fomento poderá atingir até 100% dos itens financiáveis. As condições do empréstimo variam de acordo com a modalidade da operação e a obtenção ou não de garantia da União.

Com a garantia, o custo dos financiamentos é de TJLP mais 1,1% ao ano. Sem garantia da União, o custo é de TJLP mais 2,1% ao ano. Nas operações diretas, em ambos os casos, a taxa além da TJLP é de remuneração do BNDES; nas indiretas, a taxa adicional é dividida entre o banco e o agente financeiro repassador.

Um novo boletim divulgado nesta quinta-feira pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina aponta que o vírus H1N1 foi responsável pela morte de mais 10 pessoas neste ano, alcançando o total de 62 vítimas e 685 casos diagnosticados.

Entre as vítimas, apenas uma não apresentava outras doenças associadas e duas eram pacientes maiores de 65 anos. O relatório não informa se os pacientes estavam vacinados. O novo boletim mostra ainda que Santa Catarina segue com o maior número de mortes associadas à gripe A neste ano.

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O Rio Grande do Sul registrava 33 mortes até a última segunda-feira e o Paraná somava 23 mortes no período. Mesmo com o novo boletim de SC, o Paraná é o Estado com o maior número de casos diagnosticados, 760. O Rio Grande do Sul deve atualizar os números referente à gripe A até o final desta quinta-feira.

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