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Uma pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) revelou, nesta segunda-feira (6), que os empreendedores negros foram os mais impactados pelos efeitos da pandemia da Covid-19, entre os donos de pequenos negócios no Brasil. A partir das conclusões obtidas, o estudo indicou que 70% dos negócios conduzidos por negros estão situados em cidades que tiveram fechamento parcial ou total dos empreendimentos, enquanto 60% dos negócios comandados por brancos estavam em locais com restrições.

Realizado de 29 de maio a 2 junho, o estudo contou com a participação de 7.403 empresários entrevistados. Um dos recortes revelou que 39% dos empreendedores brancos têm empresas onde aconteceu maior reabertura, “ao contrário dos negros, que são apenas 29%”.

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“A amostragem também identificou que 46% dos negócios liderados por negros tiveram que interromper temporariamente o funcionamento, enquanto 41% dos negócios mantidos por brancos tiveram interrupção temporária”, detalhou o Sebrae, por meio da Agência Sebrae de Notícias. O estudo, batizado de “O impacto da pandemia de coronavírus nos pequenos negócios”, quarta edição, foi desenvolvido em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Ainda segundo a pesquisa, os negócios mantidos por negros sofreram mais impacto porque “não conseguiram funcionar”, principalmente, de acordo com o Sebrae, “por atenderem em sua maioria (45%) somente de forma presencial”. Quarenta por cento dos empresários brancos, por outro lado, continuaram com suas empresas com o auxílio de ferramentas digitais.

“A amostragem identificou ainda que, entre os empreendedores negros, a maior proporção (70%) é de Microempreendedores Individuais (MEI), em sua maioria mais jovem, formado por mulheres e com menor nível de escolaridade em comparação aos brancos”, acrescentou o Sebrae.

Internet

O levantamento traz também um recorte exclusivo sobre redes sociais. Segundo a pesquisa, os pequenos negócios dirigidos por negros usam menos esses recursos para vendas, no entanto, demonstram vontade em passar a utilizar a grande rede para efetuar suas transações.

“Enquanto 48% dos empreendedores brancos já vendiam com auxílio da Internet antes da pandemia, entre os negros são 45%. Por outro lado, entre os que não utilizavam ainda o ambiente online, 21% dos negros responderam que em breve pretendem utilizar, enquanto 17% dos brancos responderam que têm interesse. Entre os que conseguiram expandir as vendas, os negros venderam menos online (37%) do que os brancos (41%). No entanto, dos empreendedores negros que vendem pela Internet, a maior parte utiliza o Whatsapp (88%), enquanto entre os brancos, sites próprios e Facebook são mais utilizados”, detalhou o Sebrae.

Dívidas

Carlos Melles, presidente do Sebrae, revelou que os empresários negros são maioria entre os empreendedores endividados. Melles alertou para dificuldade de acesso a crédito enfrentada pelos donos de negócios. “A dificuldade de acesso a crédito é um grande obstáculo enfrentado pelos pequenos negócios no momento, atingindo com mais força os empreendedores negros que, além de mais endividados (69%), tiveram mais recusa dos bancos”, declarou o presidente do Sebrae.

Conforme o levantamento, 55% dos empreendedores brancos tiveram acesso a crédito negado. O percentual entre os empresários negros foi de 61%.

Os motivos que explicam as desigualdades entre empresários negros e brancos não foram revelados no texto de divulgação da pesquisa. A seguir, o Sebrae destaca as principais conclusões percentuais do estudo:

* Empreendedores negros foram mais afetados pelas restrições de circulação de pessoas, sendo 70% dos negócios localizados em municípios onde houve fechamento parcial (61%) e fechamento total (9%).

* Empreendedores negros tiveram mais interrupção temporária (46%) do que os brancos (41%).

* Entre os negócios conduzidos por negros, 45% não conseguiram funcionar por só existirem presencialmente, entre os brancos a proporção foi 36%.

* Entre as empresas que conseguiram funcionar, 40% são lideradas por brancos que fizeram uso de ferramentas digitais como site e aplicativos. Entre os empreendedores negros, 32% conseguiram funcionar com o uso desses recursos.

* Entre os que conseguiram expandir as vendas, os empresários brancos (41%) passaram a vender mais online do que os negros (37%).

* 87% dos negros e brancos acusam diminuição de faturamento. * Há entre os empreendedores negros, maior proporção de MEI, negócios mais recentes e que faturam menos (39% a menos).

* Entre os empreendedores negros, é maior a proporção de jovens, mulheres e pessoas com baixa escolaridade.

* Os negros utilizam menos redes sociais, aplicativos ou internet para vender, mas gostariam mais de passar a usar. Enquanto os negros usam proporcionalmente mais WhatsApp, os brancos usam mais Facebook e sites próprios.

* É maior a proporção de negros com empréstimos (69%). Entre os negros que têm dívidas, dois em cada três estão em atraso (relação maior que a dos brancos).

* Negros e brancos pediram empréstimo em bancos em proporção semelhante, mas os negros tiveram maior recusa (61%), enquanto para os brancos foi de 55%. O valor solicitado pelos negros (R$ 28 mil) é 26% mais baixo do que o solicitado pelos brancos (R$ 37 mil).

Com informações da Agência Sebrae de Notícias

A Petrobras e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) prorrogaram o prazo de candidaturas do edital do programa Petrobras Conexões para Inovação. Representantes de startups e pequenas empresas da área tecnológica de todo o Brasil terão até a sexta-feira (3) para realizar as inscrições.

Os inscritos disputarão o valor total de até R$ 10 mi para a elaboração das propostas vencedoras. O concurso, que possui nove áreas tecnológicas, tem por objetivo a efetiva implantação dos produtos nos procedimentos da empresa. “Nossa intenção é buscar junto a essas empresas o desenvolvimento ágil de soluções para superação de desafios, gerando valor para o nosso negócio e, consequentemente, para o setor de óleo e gás. Estamos em busca de respostas criativas”, explica o coordenador do programa, Ricardo Ramos, do Centro de Pesquisas e Inovação da Petrobras (Cenpes), de acordo com a assessoria da instituição.

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Na visão do coordenador, a ousadia é essencial para que os projetos sejam bem sucedidos. Podem ser inscritos projetos nas áreas de tecnologias digitais, robótica, eficiência energética, catalisadores, corrosão, redução de carbono, modelagem geológica, tecnologias de inspeção e tratamento de água. Cada projeto poderá ser custeado em até R$ 500 mil, podendo chegar a R$ 1 milhão, a depender do valor atribuído ao negócio da Petrobras.

Os empresários receberão assessoria da Petrobras e do Sebrae, durante e após o processo seletivo, a fim de que suas propostas sejam implementadas e gerem valor em pouco tempo. Para o Sebrae, a parceria é importante para alcançar melhores resultados entre os empreendedores.

“O Sebrae estará apoiando as micro e pequenas empresas selecionadas nos editais com consultorias empresariais complementares aos projetos de inovação desde o seu início, favorecendo o ingresso efetivo da solução inovadora no mercado e aumentando sua competitividade”, conta o diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick. 

Nesta terça-feira (9), em coletiva de imprensa, o presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Carlos Melles, junto à equipe técnica da entidade, anunciou uma série de protocolos para a retomada segura de atividades econômicas de micro e pequenas empresas. Até o momento, há 12 cartilhas disponíveis para consulta das orientações, que recebem apoio do Ministério da Economia e Saúde.

Passados três meses do decreto que fechou negócios não essenciais, devido à pandemia do novo coronavírus, o Sebrae reúne informações técnicas para estabelecer uma retomada segura para os 47 segmentos setoriais, que correspondem a 75% dos pequenos negócios do Brasil não essenciais.

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“Os documentos são muito relevantes para que o empresário, juntamente com seus colaboradores, fornecedores e clientes, consigam, de fato, superar esta fase. Mais importante do que abrir, é se manter aberto e ter um local mais seguro. O Sebrae acredita muito que essa ação será um diferencial para que possamos ter uma retomada consistente em nosso país”, declarou Melles.

Além do presidente do Sebrae, participaram da coletiva o diretor técnico Bruno Quick, que realizou a apresentação do plano de retorno às atividades, que é dividido em etapas. O diretor executivo do Sebrae Eduardo Diogo, e o secretário de produtividade do Ministério da Economia Carlos da Costa, também estiveram na apresentação.

Na primeira etapa da retomada, com início em 4 de junho, o Sebrae atendeu aos empresários dos segmentos que representam 57% dos pequenos negócios, formados pelos setores de moda, beleza, estética, bares, lanchonetes, restaurantes, lojas de rua e de shoppings, academias de ginástica e clínicas de saúde. Na segunda etapa, planejada para esta quarta-feira (10), será disponibilizado no site da instituição novos conteúdos para os outros segmentos da alimentação, em especial para o microempreendedor individual (MEI), confeitarias, panificadoras, feiras livres, minimercados e mercearias.

Além das publicações no site o Sebrae, há dicas práticas por meio da redes sociais da entidade. Os empresários são instruídos sobre os protocolos através de e-books, vídeos curtos com orientações objetivas e simples, informando como e quais os procedimentos eles deverão adotar na empresa, garantindo assim a seguridade diante a pandemia global.

Na última etapa, planejada para 15 de junho, os empresários terão acesso a ferramentas de apoio para facilitar a implementação das medidas recomendadas, como um check-list. Através desse recurso, os donos de pequenos negócios poderão realizar um monitoramento de quais práticas foram executadas e quais precisam de atenção. Isso inclui as recomendações como distanciamento social e higienização. 

“As orientações são concretas e garantem a seguridade para mitigar os efeitos da pandemia na retomada de pequenos e micro empresas às atividades de forma adequada”, enfatizou Carlos da Costa, secretário de Produtividade do Ministério da Economia.

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, atividades econômicas foram interrompidas a fim de desacelerar a proliferação de casos por contágio do vírus. Segundo o Sebrae, verifica-se que, entre os impactos ocasionados pela pandemia nos últimos 30 dias, cerca de 76% dos microempreendedores individuais fizeram demissões.

Nos pequenos pequenos negócios também houve um percentual expressivo, com 52% dos empresários que fizeram demissões. Os setores mais atingidos foram o da economia criativa; turismo; academias e atividades físicas; artesanato e moda.

Linhas de crédito

Durante coletiva, o secretário Carlos da Costa apontou que “a seguridade e a liberação de linha de crédito” são as preocupações fundamentais para empresas menores. Dentre as formas de concessão de crédito, estão o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe). “No Pronampe, fizemos uma regulamentação em tempo recorde, em menos de duas semanas concluímos. Regulamentação debatida com as instituições financeiras para que o crédito chegue na ponta”, enfatizou Costa. 

Além do Pronampe, o secretario mencionou o Programa Emergencial de Acesso a Crédito destinado para médias e pequenas empresas. O secretário não contou mais detalhes, mas afirma que ainda este mês haverá uma comunicação sobre outras regulamentações, que no momento, estão em curso.

Em mais uma edição que destacará projeções para a sociedade brasileira, o programa ‘Quando passar... Como será o mundo após a pandemia?’ realiza, nesta quarta-feira (10), uma live interativa, às 16h30. “Os desafios de empreender diante da maior crise dos últimos tempos” é o tema da transmissão que contará com o empresário Janguiê Diniz, fundador e controlador do grupo Ser Educacional e presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo.

O coordenador do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em Pernambuco, Leonardo Carolino, também participará da live, revelando estratégias para os pequenos negócios superaram a crise provocada pela Covid-19. O empreendedor e professor de redação Diogo Xavier, um dos criadores do pré-acadêmico ‘Squadrão Show”, completa a equipe de convidados. A mediação é do jornalista Nathan Santos.

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“Vamos falar dos desafios de empreender no mundo após a pandemia. Esperamos vocês”, destacou Janguiê Diniz. Em seu percurso de vida, o empresário coleciona exemplos natos de um grande empreendedor, como os descritos em sua autobiografia, intitulada “Transformando sonhos em realidade – a trajetória do ex-engraxate que chegou à lista da Forbes”.

Janguiê Diniz é fundador do Ser Educacional, considerado um dos maiores grupos do setor no Brasil, atendendo mais de 160 mil alunos em 60 unidades distribuídas por todos os estados brasileiros. Mais de 11 mil colaboradores fazem parte do Ser Educacional.

Em maio de 2019, o empresário lançou o Instituto Êxito de Empreendedorismo, do qual é presidente. A instituição realiza atividades que buscam fomentar o espírito empreendedor entre a população brasileira, oferecendo, por exemplo, qualificações gratuitas.

O ‘Quando passar’ é uma idealização do LeiaJá em parceria com o projeto Vai Cair No Enem. O programa é exibido todas as quartas-feiras, às 16h30, no YouTube do LeiaJá, bem como por meio do Instagram.

Proposta - Os convidados do programa não apresentam “verdades absolutas” sobre a futura sociedade do período pós-pandemia, uma vez que há muitas dúvidas acerca de como os países se recuperarão das consequências causadas pela proliferação do vírus em diferentes áreas. Porém, eles revelam projeções, a partir das suas vivências pessoais e principalmente profissionais, que possam nos apresentar possíveis panoramas. As temáticas abordadas nas lives serão diversas, permeando áreas como educação, mercado de trabalho, esportes, política, medicina, ciência, tecnologia, cultura, entre outras.

Serviço

Programa 'Quando passar... Como será o mundo após a pandemia?'

Quando: quarta-feira (10)

Horário: 16h30

Convidados: Janguiê Diniz (fundador e controlador do grupo Ser Educacional e presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo) / Leonardo Carolino (coordenador do Sebrae-PE) / Diogo Xavier (empreendedor e professor de redação)

Onde assistir:

youtube.com/leiajaonline

youtube.com/vaicairnoenem

facebook.com/leiajaonline

Instagram @leiaja

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) oferece, a partir desta quinta-feira (4), consultorias gratuitas sobre biossegurança para pequenos negócios dos setores de bares e restaurantes, salões de beleza e ambientes comerciais. Para solicitar um atendimento, os interessados devem preencher um formulário eletrônico.

Por meio do programa Sebraetec Express, os empreendedores dos pequenos negócios terão consultorias totalmente remotas, com carga horária total de nove horas, certificação e um manual para empreendedores que fizerem a capacitação. A consultoria é dividida em duas etapas. Na primeira, com duração de três horas, o consultor do Sebrae vai se reunir com o cliente, de maneira digital, para alinhar e dar o diagnóstico, isto é, entender de fato com funciona o negócio. Já na segunda etapa, com duração acima de seis horas, após o estudo do empreendimento do empresário atendido, vai ser emitido um manual para o cliente, no qual serão dadas também todas as orientações de boas práticas de saúde, segurança e higiene para serem adotadas no negócio.

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De acordo com Polliana Luna, gerente da Unidade de Design de Produtos e Conteúdos do Sebrae/PE, a instituição visa atender a demanda urgente do empreendedor para voltar às atividades. “O nosso objetivo é o de orientar o empreendedor sobre como ele deve proceder nas questões de biossegurança e atendimento ao cliente no combate ao coronavírus. Então, desde as empresas que estão abertas agora, a exemplo das áreas de alimentos e delivery, até as que estão se preparando para reabrir. Serão orientações segmentadas, direcionadas aos novos procedimentos de higienização (local, funcionários, clientes e delivery)”, explica.

Para saber mais informações, acesse a central de atendimento do Sebrae através do número 0800-570-0800 ou entre em contato pelo Whatsapp da instituição: (81) 9.9194-6690.

O Facebook e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) anunciaram, nesta quinta-feira (4), uma parceria que visa apoiar o desenvolvimento de empreendedores e de micro e pequenas empresas em todo o país. Essa parceria vai disponibilizar especialistas da rede social para treinar e capacitar os consultores do Sebrae em marketing digital.

Com o intuito de ajudar os pequenos negócios a gerar mais lucros e garantir ainda mais empregos, os treinamentos serão disponibilizados em todos os canais do Sebrae, em uma série de 28 vídeos para capacitar em diferentes objetivos como, por exemplo, engajar públicos ou gerenciar e analisar a efetividade de anúncios.

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Essas ações de treinamento fazem parte do Impulsione com Facebook, programa de desenvolvimento que oferece qualificação gratuita em marketing digital e nas ferramentas do Facebook, Instagram, Messenger e WhatsApp Business. “Este tipo de parceria chega em boa hora, pois os empresários de pequenos negócios reconhecem a importância de utilizar o meio digital para atravessar este momento de crise. Com isso temos o objetivo de alcançar o maior número possível de empresários possibilitando o acesso a canais de venda digital e de relacionamento com clientes e fornecedores”, explica o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

Empreendedores poderão conferir, além da série de vídeos, treinamentos e mesas redondas virtuais com especialistas para discutir soluções para os setores mais afetados pela crise. As mesas redondas serão feitas por lives e webinars e poderão ser acessados na Página do Facebook e no Perfil do Instagram do Sebrae. De acordo com o diretor de pequenas e médias empresas do Facebook na América Latina, Denis Caldeira, a digitalização, que já era uma aliada das micro e pequenas empresas, no período de pandemia, se tornou ainda mais essencial. “Pequenas e médias empresas estão se digitalizando cada vez mais rápido. Esta parceria com o Sebrae permite que ainda mais PMEs tenham acesso a capacitação em marketing digital, e utilizem todo o potencial das redes para gerar renda, empregos e crescer”, explica Caldeira.

Um estudo realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), revelou que os negócios liderados por empreendedores mais velhos são os que sofrem impactos na crise provocada pelo novo coronavírus. De acordo com a pesquisa, entre os entrevistados com 56 anos ou mais, 51% fecharam suas empresas temporariamente, enquanto 45% dos gestores de até 35 anos resolveram mudar os rumos dos segmentos que atuam e continuam no mercado.

Chamados de sêniores, os empreendedores com 56 anos ou mais, segundo o estudo, amargaram mais prejuízos. Quarenta e seis por cento desses empresários acreditam que seus negócios funcionam apenas com a presença dos donos. “Por outro lado, 35% dos empreendedores com até 35 anos passaram a utilizar ferramentas digitais, tendência que se estendeu em diversos setores nos pequenos negócios, principalmente nesse período da crise. Em todas as faixas etárias houve significativa diminuição do faturamento, com queda maior entre os mais velhos, chegando a 71% de perda, onde houve queda. Onde houve acréscimo de receita, os negócios dirigidos pelo público mais jovem chegaram a alcançar 40% de aumento em relação a uma semana normal”, acrescentou o Sebrae.

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No total, 10.384 empreendedores participaram da pesquisa, promovida do dia 30 de abril a 5 de maio. O Sebrae revelou o perfil dos participantes: “O público com até 35 anos é composto majoritariamente por Microempreendedores Individuais (MEI) com maior participação do total de entrevistados nas áreas de comércio e serviços, conforme identificou a amostragem do Sebrae. Em relação ao gênero, 53% do empresariado mais jovem é composto por mulheres. Considerando o grau de instrução dos entrevistados, entre os empreendedores mais velhos está a maior proporção de pessoas com baixa escolaridade: 18% tem ensino médio incompleto ou menos. No entanto, nessa faixa etária é quando os empreendedores mais arrecadam. Os mais novos faturam R$ 23,3 mil e os empresários com 56 anos ou mais chegam aos R$ 32,6 mil”.

Confira, a seguir, os principais resultados do levantamento realizado pelo Sebrae em parceria com a FGV:

- Entre os donos de pequenos negócios mais velhos, há uma proporção mais alta dos que fecharam temporariamente (51%);

- Entre os mais novos, há uma proporção mais alta dos que mudaram mais o funcionamento (45%); - Os mais velhos tiveram mais negócios que não conseguem funcionar, pois só funcionam presencialmente (46%);

- Os mais novos passaram a utilizar mais ferramentas digitais (35%);

- Todas as faixas etárias tiveram diminuição de faturamento, mas a queda foi maior entre os mais velhos. Onde houve queda, a queda foi de -71%, nesse grupo dos mais velhos;

- Onde houve aumento de faturamento, foi maior entre os mais novos (+40%);

- Os mais novos têm 3,3 empregados, em média. Os mais velhos 3,7, em média;

- Os mais velhos conhecem mais a medida governamental de redução de jornada e salários. Mas foram os mais novos que mais utilizaram a redução de jornada e salário;

- Em geral, os mais velhos são os que mais costumam buscar e mais conseguem empréstimo bancário;

- Os mais novos precisam 21% a menos para manter o negócio sem fechar (R$11,6 mil contra R$ 14,6 mil entre os com 56 anos ou +);

- Entre os mais jovens, há maior proporção de mulheres (53%); - Entre os mais velhos é alta a proporção de pessoas com baixa escolaridade (18% têm ensino médio incompleto ou menos);

- Os empreendedores mais novos têm negócios com 4,6 anos, em média. Os mais velhos 9,8 anos, em média;

- Os mais novos faturam R$ 23,3 mil, em média. Os mais velhos faturam R$ 32,6 mil em média.

Promovido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e as instituições federais de Pernambuco, o Startup Way Federais Club é um evento voltado para estudantes do ensino médio, graduação e pós-graduação das universidades e institutos federais do estado que desejam empreender. Os interessados podem se inscrever até o dia 9 de junho por meio do formulário eletrônico.

O Startup Way visa incentivar os estudantes ao empreendedorismo e à inovação para a criação de soluções no contexto pós pandemia. O evento é realizado pelas Universidades Federais de Pernambuco (UFPE), Rural de Pernambuco (UFRPE), do Agreste de Pernambuco (Ufape) e do Vale do São Francisco (Univasf) e pelos Institutos Federais de Pernambuco (IFPE) e do Sertão Pernambucano (IF-Sertão) em parceria com o Sebrae/PE e o Sebraelab.

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O evento será realizado a partir de 10 de junho de forma on-line. Os participantes terão que escolher um problema dentre as opções que serão dadas e criar maneiras de solucioná-lo. Os cinco melhores trabalhos apresentarão a proposta para a banca de avaliadores.

Nos dias 3 a 23 de junho, a programação será voltada para sessões de mentorias, palestras e avaliações para a seleção das melhores soluções desenvolvidas. A programação completa será divulgada somente no canal de comunicação oficial dentro da plataforma Telegram.

As cinco melhores equipes participarão do curso Bootcamp na Unidade Regional mais próxima, conforme programação disponibilizada. A melhor equipe também poderá participar do processo de incubação ou ganhará pontuação diferenciada, de acordo com o edital das incubadoras das instituições federais. 

Os participantes que concluírem as entregas receberão certificado de 30 horas, referente à participação de toda a trilha do Startup Way Federais Club. Outras informações podem ser obtidas através do regulamento.

Diariamente, a curva de crescimento do novo coronavírus no Brasil é detalhada pela imprensa. Na última semana do mês de maio, o Ministério da Saúde registrou 438.238 casos de Covid-19 e, desde as confirmações, o isolamento social e o fechamento de estabelecimentos não essenciais têm sido uma das medidas mais sugeridas pelos órgãos de saúde para combater a disseminação da doença.

Devido a isso, os pequenos negócios, neste momento de "quarentena", estão tendo que se reinventar para conseguir se manter no mercado. “Os pequenos negócios precisam buscar novas formas de se reinventarem para não ter grandes prejuízos com a crise. Os empresários que estiverem trabalhando com caixa apertado podem se prejudicar mais nessa época de instabilidade econômica”, é o que diz o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

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Reinvenção em meio à crise

Thayane Gabriele, dona da loja de roupas ‘Use e Abuse’, diz que antes da pandemia não havia pensado ainda em um plano de crise, mas após passar por uma dificuldade nas vendas, desenvolveu uma estratégia para se reinventar e hoje ela comemora o crescimento nas comercializações.

“Antes da pandemia, eu nunca tinha pensado em um plano de crise ou em uma uma situação de risco. Quando percebi que as coisas estavam apertando, entrei em pânico com medo de não conseguir manter as vendas, afinal, a loja, mesmo que virtual, é o meu emprego. Eu não tinha capital para investir em novos produtos, precisava queimar o estoque 'antigo' para pode pensar em algo novo", conta a empreendedora.

Ela revela suas estratégias: “Precisei pegar dinheiro emprestado com minha mãe para poder reinvestir na loja. Agora eu deixo um certo valor reservado para emergência como se fosse um crédito para o próprio negócio. Mudei também todas as minhas ações na loja, pois eu precisava chamar meu público para junto de mim, humanizar mais a relação, e isso deu muito certo. Comecei a aparecer mais nos stories e falar sobre a própria loja. Antes eu não investia em personalizados, depois disso, tive a oportunidade de fazer sacolas personalizadas e isso foi um grande divisor de águas, pois toda cliente te marca em um story, porque achou a sacola bonita; é mesmo que ganhar ouro”. 

A dona da loja ‘Use e Abuse’ comemora aumento nas transações, mesmo neste período de crise. “As vendas triplicaram, o estoque que eu passava três semanas para vender, agora mal dá para uma semana. Acredito que antes eu mesma não enxergava a loja como um negócio de verdade, precisei passar por uma dificuldade para entender que não pode se acomodar e ficar na mesma coisa sempre”, finaliza.

A empreendedora Thais Ferreira, dona do pequeno negócio ‘Brownie do rolê’, atuante na Zona Norte do Recife, fala sobre as reinvenções que teve que fazer para levar seu negócio adiante, mesmo com limites de produção e entrega. Ela e sua equipe estão utilizando esse tempo para trabalhar home office e pensar em uma forma para se consolidar no mercado pós crise.

“Num momento como esse, foi necessário testar a flexibilidade do nosso negócio. Nós investimos em novas estratégias de divulgação, fizemos promoções, ajustes na logística de entregas e nos dias de produção. Além disso, alteramos a logística de compra de materiais e redobramos o cuidado na produção”, conta. A empresária ainda diz: “Para diminuir a exposição das nossa equipe e preservar a saúde de todos, nossos dias de produção e entrega foram limitados. Por outro lado, o aumento de atividades do e-commerce fez com que nosso público se expandisse e acabamos alcançando novas pessoas. Estamos tentando prezar pela sobrevivência e melhora do nosso negócio em relação a produtos e serviços. Agora o negócio está parado neste período de Lockdown, mas este tempo está sendo utilizado para reorganizar o cardápio e serviços em home office. A vontade é sobreviver a isso tudo e conseguir nos consolidar no cenário pós crise”, conclui.

Em entrevista ao LeiaJá, a empreendedora Amanda Tavares, dona da loja de roupas on-line ‘SrtaManalu’, conta que no começo do mês de março, quando os casos da Covid-19 ainda estavam sendo confirmados no país, ela não havia entendido a gravidade da situação e depois que viu todos os grandes centros de compras fechados, passou um mês sem vender direito. “Passei exatamente 1 mês sem produzir, o dinheiro acabou. Por várias vezes eu pensei 'e agora?'".

"Alguns fornecedores voltaram a funcionar e mesmo sem poder viajar, comecei divulgar toda a coleção nas redes sociais. Porém, eu sabia que não era o suficiente, tinha que ter algo a mais. Com um pequeno valor que sobrou, fiz 100 balinhas personalizadas da loja e produzi um cartão lindo com um texto que eu mesma elaborei”, relembra. Ela continua: “Quando postei nas redes sociais que todas as clientes da semana ganhariam um mimo, foi um sucesso, porque todas queriam saber o que era. Toda a coleção já chegou vendida. E quando todas as meninas fizeram stories, automaticamente começara, a chegar mais clientes e os pedidos dobraram. Tudo isso por causa de um cartão com uma balinha e um atendimento diferenciado”, pontua.

Amanda Tavares investiu em mimos personalizados. Foto: Cortesia

Dicas para os pequenos negócios

Para auxiliar os pequenos empreendedores, o LeiaJá entrevistou o analista do Sebrae, Danilo López, que pontuou algumas dicas para os empreendedores que desejam sobreviver no mercado e se reinventar neste momento de crise. Confira:

1- Pesquisa de mercado

O primeiro passo é fazer uma pesquisa de mercado, pois tem que ser sensível a essas mudanças. Pesquisar o cliente e os concorrentes e, acima de tudo, entender quais são as necessidades e as oportunidades.

2 - Fazer um planejamento

Tem que fazer um planejamento para você estruturar como vai ser o plano operacional, como vai ser o marketing e até o financeiro. Ou seja, como vai produzir? Como vai se legalizar? Quais são a infraestrutura e os equipamentos necessários? Como vai divulgar? Em quais canais você conversa melhor com seu público?

3 - Fazer um plano financeiro

É bom para estabelecer qual é o investimento correto. Quanto você deve vender para pagar o que foi adquirido? É preciso entender a viabilidade financeira e as metas que você tem que ter para gerar lucro. Fora que, é importante testar o mercado, pois cautela é a palavra de ordem nesse momento.

4 - Testar o mercado

A dica é criar versões menores do que você deseja introduzir no mercado. Não atender uma região muito extensa e sim mais locais como a vizinhança ou bairros próximos. Sempre testando e sentindo o mercado. Se um produto está parado, é importante criar estratégias para colocar ele para frente e depois trocá-lo por outros produtos mais interessantes. "A situação está complicada, mas a inovação e a reinvenção muitas vezes surgem do caos. Se você quer ver resultados diferentes, você tem que agir diferente; e esse agir diferente mexe na zona de conforto e com a atitude empreendedora que nós devemos ter neste momento", conclui o analista do Sebrae.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) oferece um documento com uma coletânea com as principais linhas de créditos oferecidas por instituições financeiras. O intuito da iniciativa é ofertar aos proprietários de micro e pequenas empresas informações qualificadas para a tomada de decisão, na hora da seleção de uma linha de crédito. Entre 27 de março e 11 de maio, aproximadamente 4 mil empreendedores já haviam realizado download do conteúdo.

“Estamos saindo na frente para oferecer às micro e pequenas empresas ferramentas para minimizar os efeitos da crise. A intenção é auxiliar o empreendedor para que ele faça a melhor escolha para o seu negócio”, alega o presidente do Sebrae, Carlos Melles. Segundo o último balanço estatístico publicado, foram detectadas 145 linhas de crédito, envolvendo 25 estados da federação, 5 entidades públicas federais, 1 banco privado, 28 bancos regionais, agências de fomentos, OSCIPs de microcrédito, 5 sistemas cooperativos e 10 cooperativas singulares.

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A pesquisa faz o detalhamento das seguintes entidades: bancos públicos federais, instituições privadas com atuação nacional, bancos regionais, agências de fomento e cooperativas financeiras. O detalhamento é conduzido pela Unidade de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae, com o auxílio das equipes do Sebrae nos estados e no Distrito Federal (DF). A íntegra do documento pode ser acessado no portal do Sebrae. Para acessar o documento, clique neste link.

*Com informações do Sebrae

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) está realizando um evento on-line chamado Movimento MEI, que tem como objetivo auxiliar os Microempreendedores Individuais (MEI’s) a adaptar e reinventar seus negócios durante a pandemia de Covid-19. Iniciado na última segunda-feira (18), o evento não tem data definida para o término.

Entre os assuntos abordados, estão WhatsApp Business para negócios, a importância do delivery, vendas pelo Instagram, Marketing Digital, como se tornar MEI e reabertura de salões e barbearias após a quarentena, entre outros. Haverá, ainda, eventos como o “MEInspira”, cuja proposta é apresentar MEI’s com histórias inspiradoras para o público do evento.

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O Sebrae Pernambuco preparou uma programação específica para o Movimento MEI que inclui oficinas, palestras e orientações. Os interessados devem se inscrever no site da Loja do Sebrae. No mesmo endereço eletrônico é possível obter mais detalhes sobre a iniciativa.

Tendo em vista a necessidade de adaptar os negócios para a esfera digital e manter as vendas nesta época de pandemia do novo coronavírus, um grupo de empreendedores do setor de panificação e confeitaria resolveu participar do Sebrae Acelera Digital pouco antes da páscoa. Em dez dias, de acordo com informações do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, 90% dos 22 participantes aumentaram as vendas e a presença nas redes sociais.

Distribuídos em pequenos grupos no WhatsApp, os empresários receberam orientações on-line acerca de tecnologias e marketing digitais voltados para o empreendimento. O Sebrae Acelera Digital é um projeto on-line de curta duração que tem por objetivo ajudar pequenos empreendedores que não vendem pela internet ou já vendem, mas não sabem como impulsionar suas ofertas.

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Segundo a pesquisa de satisfação feita com o grupo escolhido para o projeto piloto, a maior parte acha que a participação no Sebrae Acelera Digital proporcionou aprendizado acerca dos mecanismos digitais, trouxe possibilidades para inovar no negócio e proporcionou o compartilhamento de experiências com empreendedores. Desde seu lançamento, em 27 de abril, o Sebrae Acelera Digital já obteve 1.200 inscrições de pequenos empreendedores com interesse em participar.

A instituição espera atender 20 mil negócios com o projeto. O diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick, conta que a participação na iniciativa é só o início de uma nova jornada para o empresário, que mesmo depois da passagem da pandemia da Covid-19 ,dará de cara com uma nova realidade. “É muito importante que o empresário de uma empresa tradicional dê esse primeiro passo. O Sebrae Acelera Digital tem essa capacidade de empoderamento para inserção no mundo digital”, destacou.

Segundo Quick, a experiência do primeiro grupo que participou da iniciativa mostrou que se pode realizar mudanças no empreendimento de maneira ágil e com resultados. Desde a última sexta-feira (8), os pequenos empreendedores que tenham interesse em participar podem se inscrever de acordo com o estado em que moram e receberão instruções das unidades regionais do Sebrae. De acordo com a instituição, “as vagas disponibilizadas abrangem MEIs e micro e pequenas empresas de diversos segmentos, com destaque para serviços de alimentação, varejo de moda, minimercados, petshop e economia criativa”.

Com o objetivo de auxiliar docentes e discentes do Distrito Federal que não podem ir à escola por conta da progressão do novo coronavírus (Covid-19), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) está preparando materiais audiovisuais a respeito de educação empreendedora para serem exibidos a nível nacional, pela TV Justiça, que será reprisado na Rede Gênesis, TV União e no YouTube.

O projeto integra uma parceria entre a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), que idealizou a exibição de aulas por TV a estudantes da rede pública de ensino na pandemia. Serão elaborados vídeos de até 15 minutos abordando os assuntos de empreendedorismo, projeto de vida, carreira e educação financeira. O material é direcionado aos alunos do ensino médio e nível profissionalizante.

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Segundo a analista do Sebrae no Distrito Federal, Ana Emília, os conteúdos elaborados estão à disposição para serem utilizados pelas redes de ensino em outros estados de maneira livre e sem custo. “Nossa intenção é dar o melhor suporte possível para a comunidade escolar, que também enfrenta grande desafio diante da pandemia. Sabemos que mesmo com o retorno das aulas, pode haver uma mudança na carga horária ou até ensino parcialmente à distância. Queremos levar essa tranquilidade tanto para o professor, que precisa de condições adequadas para dar aulas, quanto para o aluno, que necessita da melhor aprendizagem possível”, declarou. Confira mais detalhes sobre as transmissões.

Pouco antes da pandemia e do isolamento social, algumas pessoas estavam em processo de contratação e aguardavam o primeiro dia no novo emprego. Nesse meio tempo e com o avanço do coronavírus, as empresas tiveram que se adaptar ao sistema home office e esses novos contratados já passaram a trabalhar em casa sem conhecer o ambiente físico do escritório e os colegas de trabalho.

O técnico de suporte em tecnologia da informação Samuel Soares, 31 anos, conta que conhece seus colegas de trabalho apenas por voz e foto e, por conta disso, ele enfrentou dificuldades para se adaptar à empresa. "Todo contato que tenho com os demais funcionários é via WhatsApp. Então, além de ter que recorrer a eles pra quase tudo, ainda tem o atraso de esperar a pessoa ver e responder minhas mensagens", diz. Apesar das dificuldades, Soares afirma que a empresa ofereceu suporte na configuração das ferramentas de trabalho, o que garantiu seu acesso ao sistema da organização estando em casa.

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De acordo com Esmeralda da Cruz, consultora de negócios do Sebrae, o funcionário que entrou em home office sem antes conhecer a empresa, vai ter dificuldades em se sentir confortável com a equipe. "Para tirar dúvidas, ele vai ter apenas aquele que o contratou como referência. Neste caso, a dica é pedir para que o chefe apresente esse empregado aos demais colegas por meio de reuniões online, e pontuar algumas pessoas que podem ajudar o funcionário a tirar dúvidas", recomenda.

Ao adotar o home office, a empresa precisa cuidar da parte técnica. "É preciso garantir que o funcionário tenha um bom equipamento, normalmente oferecido pela empresa, uma boa conexão com a internet e garantir que o sistema da empresa seja acessado fora do ambiente de trabalho com as devidas seguranças", indica.

Aqueles que foram contratados e colocados para trabalhar online vão ter mais dificuldades em se adaptar à cultura organizacional. Segundo a consultora Esmeralda, os valores culturais são adquiridos pelo funcionário de acordo com sua experiência de trabalho, e o atual momento pode colaborar para esse aprendizado. "Perceber que a empresa se preocupa com o bem estar dos funcionários, se a companhia está tendo postura contra ou a favor da quarentena e analisar se a empresa está sendo flexível na cobrança de seus clientes por conta das atuais condições são informações e dados culturais que vão ser percebidos com o passar do tempo", destaca.

Devido à pandemia do novo coronavírus, diversos estabelecimentos comerciais de microempreendedores estão fechados como medida preventiva à Covid-19. Em decorrência disso, o país vem passando não somente por uma crise sanitária, mas também econômica. Contudo, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) divulgou um alcance de 10 milhões de microempreendedores individuais (MEI), uma marca histórica que tende a beneficiar a economia neste período de turbulência.

A empresária baiana Géssica Cristina, do município de Chorrochó, tornou-se o MEI de 'número 10 milhões'. O Mercadinho Estrela, negócio criado por Géssica, se une a um universo de outros empreendimentos que têm contribuído com o aquecimento da economia, reduzindo o desemprego, aumento a arrecadação e combatendo à informalidade.

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O Microempreendedor Individual (MEI), figura jurídica criada há pouco mais de dez anos, é considerada a maior política pública de formalização da economia existente no mundo, segundo o Sebrae. O MEI nasceu para incentivar a formalização de pequenos negócios e de trabalhadores autônomos como vendedores, doceiros, manicures, cabeleireiros, eletricistas, entre outros, a um baixo custo.

Podem aderir ao programa os negócios que faturam até R$ 81 mil por ano (ou R$ 6,7 mil por mês) e têm no máximo um funcionário. Com a criação dessa figura jurídica, profissionais que trabalhavam de forma autônoma e informal puderam regularizar sua situação, passaram a ter um novo status no mercado e direitos que, em muitos casos, até então estavam fora de sua realidade.

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, destaca que o MEI deu a milhões de autônomos do país o direito a uma cidadania empresarial. “Com o MEI, esses milhões de brasileiros puderam se tornar empreendedores. Desse modo, o microempreendedor individual tornou-se a maior porta de entrada para a atividade empreendedora no Brasil”, comenta Melles, que foi relator, como deputado federal, do Projeto de Lei que criou o MEI.

MEI e suas vantagens

Conforme esclarece o Sebrae, o registro de MEI permite ao microempreendedor ter CNPJ, a emissão de notas fiscais, o aluguel de máquinas de cartão e o acesso a empréstimos (com juros mais baratos). Além disso, poderá vender seus produtos, ou serviços, para o governo, além de ter acesso ao apoio técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.

No Portal do Empreendedor, há quase 500 atividades listadas que podem ser exercidas por microempreendedores individuais. Entre elas, carreiras mais tradicionais, como cabeleireiros e açougueiros, algumas mais recentes, como "bikeboys", e outras exóticas, como comerciante de artigos eróticos, de perucas e humorista e contador de histórias.

O Sebrae explica que, ao se cadastrar como MEI, o empresário é enquadrado no Simples Nacional – com tributação simplificada e menor do que as médias e grandes companhias – e fica isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL). O custo de R$ 52,25 é o valor mais baixo que o MEI paga. Se tiver ISS pagará mais R$ 5 e se tiver ICMS pagará mais R$ 1. Se tiver os dois, o custo adicional é de R$ 6.

O MEI e a crise do novo coronavírus

De acordo com pesquisa realizada pelo Sebrae entre os dias 3 e 7 de abril, quase 90% dos Microempreendedores Individuais declararam ter sofrido uma redução no seu faturamento. Segundo o levantamento, 78% deles atuam entre as atividades que tiveram seu funcionamento suspenso por determinação de decretos estaduais ou municipais.

Mais de 60% dos entrevistados gostariam de receber auxílio temporário para poder sustentar suas famílias e 51% declararam que precisariam de empréstimos para manter o negócio operando. Ainda de acordo com o levantamento do Sebrae, 24% dos MEI já haviam tentado obter um empréstimo no sistema financeiro, mas 72% deles não conseguiram ter o crédito aprovado.

Nas últimas semanas, o governo federal anunciou um conjunto de medidas para apoiar esses empreendedores que estão sofrendo com a perda de consumidores ocasionada pela crise do Coronavírus. Segundo dados do Sebrae, o Auxílio Emergencial de R$ 600, implementado pelo governo, deve atender a cerca de 3,6 milhões de MEI que estão contemplados no critério de renda (até 3 salários mínimos).

O Serviço Brasileiro de Apoio a Micros e Pequenas Empresas (Sebrae) criou mais um caminho para auxiliar empreendedores em tempos de pandemia. A partir desta segunda-feira (27), o programa Sebrae Acelera Digital abre a pré-inscrição para que pequenos negócios tradicionais promovam suas empresas na Internet. Para participar, basta preencher um formulário no site da instituição (clique aqui para acessar). Os escolhidos serão anunciados durante a “Semana da Transformação Digital”, evento online e gratuito que tem início hoje e vai até sexta-feira (1º de maio). 

Os encontros com os empresários selecionados para o Sebrae Acelera Digital acontecem por meio de grupos fechados no WhatsApp. Serão três reuniões em dez dias de programa. A orientação abrange mentoria sobre marketing digital do negócio e aplicação dos métodos no segmento da empresa. Durante o direcionamento, os empreendedores poderão aplicar o conteúdo apresentado em tempo real.

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As experiências recém absorvidas no decorrer da jornada são opções inovadoras para que os negócios sintam menos impacto no período de isolamento social. Além das micro e pequenas empresas, os Microempreendedores Individuais (MEI) vão poder participar do programa. O Sebrae não impôs pré-requisitos para matrícula e seleção. Os escolhidos vão receber contato direto das equipes da instituição que devem detalhar o andamento da participação do empreendedor.

Devido à pandemia do novo coronavírus, diversos comércios não essenciais estão fechados para combater a disseminação da doença. Porém, os pequenos negócios são os mais afetados por essa crise. Para ajudá-los, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) firmou um acordo com o Magalu, empresa atuante no comércio, para promover o ingresso desses pequenos negócios na economia digital e enfrentar a queda nas vendas.

 A estratégia proporcionará aos pequenos varejistas acesso à plataforma do Parceiro Magalu, uma ambiente de negócios que inclui novos canais de vendas, como o site do Parceiro Magalu, marketing, logística de entrega, ferramenta de faturamento e instrumentos de análise de dados (analytics) em tempo real para gestão da loja, entre outros benefícios.

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 Com essa parceria, o Sebrae disponibilizará sua capilaridade no território nacional e know how de capacitação, consultoria e inovação tecnológica para os pequenos negócios, preparando-os para o mundo digital.  "O comércio eletrônico é um processo irreversível em todo o mundo, mas que estava restrito aos médios e grandes estabelecimentos. Modernizar e fortalecer o pequeno negócio tradicional, que atua na loja física e agora está com dificuldade de chegar ao cliente, é uma das principais missões do Sebrae neste momento de crise. Apostamos nesta parceria com o Magalu para oferecer uma ferramenta fácil e eficiente para ampliar as vendas e reforçar os caixas das empresas durante a pandemia", ressalta o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

 O Sebrae informa que a cooperação foi lançada no começo das restrições impostas pelo combate da Covid-19. A plataforma permite, de forma rápida e fácil, que o pequeno varejistas MEI ou pertencente ao Simples disponibilize seus produtos no site, app e, futuramente, lojas do Magalu (por intermédio do Mobile Vendas). Até 31 de julho deste ano, a empresa vai cobrar um percentual de 3,99% por venda, apenas para cobertura dos custos de operação.

 “Levamos alguns anos para digitalizar o Magalu, e fomos bem sucedidos. Agora queremos digitalizar o Brasil, sobretudo os pequenos empreendedores, um propósito ambicioso que ganha ainda mais relevância num momento como este”, afirma Frederico Trajano, CEO do Magalu. “Contar com o talento e conhecimento do Sebrae nessa jornada nos dá mais segurança de que chegaremos lá", acrescentou.

 A parceria, segundo o Sebrae, será realizada inicialmente em Pernambuco e São Paulo, como projeto-piloto. Depois, será expandida para um estado em cada região do país e, por fim, sendo consolidada no restante dos estados.

Com parte da população isolada e tentando se adaptar a uma nova rotina, empresários precisaram traçar novas estratégias para manter suas empresas funcionando durante a pandemia. Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de pandemia, a Gazin Semijoias passou a focar em vendas online. "Intensificamos o patrocínio em redes sociais, mudamos o estoque físico para o online e contratamos mais pessoas para trabalhar no e-commerce, pois as vendas desse seguimento aumentaram", conta o CEO da empresa, Caio Gazin, 32 anos.

Apesar do aumento do setor, Gazin afirma que o coronavírus reduziu o faturamento da empresa, o que o obrigou a adotar algumas estratégias, como suspender alguns contratos, trabalhar com banco de horas e a fábrica, que abria todos os dias, agora só abre uma vez por semana.

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O empresário John Lenon, da franquia Chicken in House | Foto: Divulgação

A Chicken in House também foi impactada pela crise do coronavírus. Segundo o CEO John Lenon, 38 anos, a empresa teve que dar isenção de dívidas a todos os franqueados. "Além disso, estamos ajudando nas negociações com os proprietários dos imóveis, temos incentivado promoções e o delivery tem sido diferenciado", comenta ele, destacando que o serviço de entrega tem sido a principal estratégia da empresa diante da crise. "A Chicken in House sempre foi muito forte no delivery. Nascemos disso, então estamos muito fortes nesse momento. Nosso grande diferencial e estratégia durante a pandemia é oferecer um serviço de entrega aos clientes, com motoboys treinados", complementa.

O sócio da Turn the Table Brasil, Humberto Munhoz, 38 anos, responsável por gerenciar bares e restaurantes, entre eles, O Pasquim, Vero Coquetelaria, A Saideira e Fome, comenta que os estabelecimentos foram fechados, antes do decreto de pandemia. "Acreditamos que isso é uma questão de saúde pública. Fizemos apenas o nosso papel", diz Munhoz. Desde então, a empresa tem concentrado suas estratégias para a retomada dos negócios. "Nós vamos voltar, e vamos voltar muito forte”, afirma.

Humberto Munhoz é sócio da Turn the Table Brasil | Foto: Divulgação

Munhoz tem aproveitado o isolamento social para fazer das redes sociais uma importante ferramenta de aproximação com os clientes. Por isso, tem investido em lives e depoimentos motivacionais. "Queremos nos aproximar do cliente mesmo estando longe. Acreditamos que isso vai trazer uma retomada menos dolorosa. Vai demorar um pouco, mas quando chegar o momento, vamos estar preparados", explica.

O consultor do Sebrae Davi Jeronimo explica que muitas empresas observaram que a melhor saída neste momento era utilizar os canais digitais ou serviços de delivery. Aquelas que já utilizavam essas estratégias sentiram um impacto menor em comparação as que tiveram que se adaptar ao seguimento online do dia pra noite. "A dica é usar o mundo digital como ferramenta para se comunicar com o cliente. A empresa precisa inovar, pois só os canais tradicionais não irão resolver o problema", orienta Jeronimo. "Os hábitos dos consumidores irão mudar após a quarentena", finaliza.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) está oferecendo 450 espécies de soluções para que os pequenos empreendimentos encarem a crise gerada pelo novo coronavírus (Covid-19), que tem causado impacto negativo nas micro e pequenas empresas no Brasil e no mundo.

“São oferecidos vídeos, tutoriais, cursos on-line, atendimento aos empreendedores, artigos e lives, dentre muitas outras iniciativas”, informa a instituição. Desde que a pandemia começou a ganhar força, no último mês de março, até o momento, mais de 500 mil pequenos negócios buscaram o Sebrae.

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“Muitos estão querendo saber sobre crédito/finanças; legislação (inclusive trabalhista); mercado (inclusão no mercado digital, novos negócios ou adaptação do modelo de negócios atual)”, diz o gerente de Soluções do Sebrae, Diego Demétrio, que explica que lives diárias englobam vários assuntos para tirar todas as dúvidas dos empresários. “Há uma grande preocupação com o fluxo de caixa. Estamos explorando as dores dos empreendedores e os caminhos alternativos propostos, inclusive em outros países”, declara.

Diego ressaltou que o foco do trabalho é concentrado nos setores de mercado, em que o proprietários de micro e pequenas empresas podem entender sobre os novos caminhos de seus negócios ou acerca de finanças.

A instituição agregou e liberou todas as soluções em seu portal. De acordo com a instituição, “Também é possível contar com informações nos sites estaduais do Sebrae, que contém informações regionalizadas”.

Com informações do Sebrae

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--> Site ajuda pequenos negócios a enfrentarem crise

Com o objetivo de ajudar as Micro e Pequenas Empresas (MPE) de Pernambuco no atual cenário de crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) fizeram uma parceria para simplificar o acesso a créditos das MPEs e do Micro e Pequeno Empreendedor Individual (MEI), Com esta ação, os empreendedores contarão com condições especiais de prioridade no atendimento às análises dos pedidos de empréstimos nas linhas feitas para simplificar o acesso aos recursos no atual cenário de crise.

O Sebrae oferta consultoria de crédito totalmente grátis para os pequenos empreendimentos do Estado. A parceria com o BNB dá prioridade a atendimentos vindos do Sebrae para agilizar o procedimento de avaliação. Cada empresa recebe duas horas de consultoria, de segunda a sábado, das 9h às 17h, tendo a possibilidade, que será avaliada, de atendimento nos dias de domingo.

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“Vai ser disponibilizado atendimento para dois produtos do BNB. A linha de crédito especial para o MEI operada pelo Banco é o Crediamigo - o primeiro produto - com juros de 0,99 até 2,4% ao mês em valores de R$ 100 até R$ 21 mil. Isso com a finalidade de capital de giro ou investimento, prazo de até sete meses e carência de 60  dias para pagamento da primeira parcela. Concessão de crédito poderá ser solidário em grupos (sem garantia) ou crédito individual (garantia de avalista); Para MPE: são duas linhas de crédito MPE Giro: a '1' não requer comprovação de uso do crédito, com taxa de juros a partir de 0,58% ao mês, carência de seis meses para começar a pagar e até 48 meses de prazo total. A '2' requer comprovação de uso do crédito, com taxa de juros a partir de 0,38% ao mês, carência de três meses para começar a pagar e até 36 meses de prazo total”, informa o Sebrae.

Ainda de acordo com o Sebrae, as garantias requeridas serão as habituais que o BNB já determina e que podem ser, por exemplo, aval dos sócios com capacidade financeira, aval de terceiros, hipoteca, alienação fiduciária, entre outros, dependendo de cada situação. A linha de crédito especial tem validade somente durante o período de pandemia do novo coronavírus e as garantias serão cumulativas.

Para mais informações sobre como funcionará o acesso ao crédito, acesse o site do BNB, clicando na opção “empresas” e em seguida, na opção “seja nosso cliente”. O atendimento será de graça e apenas pela plataforma nacional a seguir: Fale com o Sebrae.

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