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Com o fim do pleito eleitoral, as especulações de reaproximação do PT com o PSB no Recife voltaram a permear os bastidores da política local. A possibilidade, entretanto, foi negada pelo senador Humberto Costa (PT). Ele garantiu que a sigla manterá o seu papel de oposição ao governo do prefeito reeleito, Geraldo Júlio (PSB). Segundo o parlamentar, este é o caminho “natural” do partido. 

“Seguiremos o caminho que as urnas indicaram. E vamos seguir fazendo uma oposição responsável e combativa, denunciando as falhas da gestão e estando junto da população, defendendo os seus direitos”, afirmou.

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Ao conceder entrevistas nesta segunda-feira (31), Geraldo Julio colocou-se à disposição do partido para qualquer tipo de apoio. “Estamos abertos a receber o apoio de todos os recifenses porque o momento já é de muita dificuldade para o governo. A gente precisa se unir e somar, pois a população já está pagando um preço tão caro”, declarou. 

Sob a ótica de Humberto Costa, o PSB venceu no Recife “por vários fatores que não dizem respeito à gestão” que, segundo ele, é “fraca”.  “É bom lembrar que estávamos enfrentando o prefeito no cargo, disputando a reeleição com a máquina do Estado, da prefeitura e do governo federal. Além disso, vivemos uma campanha de desgaste que nenhum outro partido viveu na história desse país e inegavelmente isso influenciou de maneira negativa o resultado das urnas”, avaliou.

Para o senador, apesar do resultado não ter sido favorável aos petistas, os números mostram que a legenda ainda segue com força no Recife.  “Mesmo não tendo chegado à vitória, foi no Recife que o partido mostrou sua resistência. Os mais de 333 mil votos em João Paulo mostram também a representatividade política dele, que fez uma excelente gestão no Recife, que é lembrada por todos”, ponderou. 

O Governo de Pernambuco está impedido de fazer operações de empréstimos até o fim deste ano. Isto porque o Governo Federal não liberou a autorização do Plano de Ajuste Fiscal (PAF) até a data limite, último dia 31. A renovação PAF, correspondente a 2014-2016, só deverá beneficiar o estado a partir de 2015, primeiro ano da gestão do governador eleito Paulo Câmara (PSB). 

De acordo com o secretário estadual de Planejamento e Gestão, Fred Amâncio, mesmo que agora seja liberada a autorização do plano, não haverá impacto para este ano.  Desde abril, quando o governador João Lyra Neto (PSB), assumiu a gestão que o estado vem pleiteando a renovação do PAF no governo federal, no entanto foi sem sucesso. A primeira estimativa era que a liberação acontecesse até junho, depois o prazo limite foi outubro e nada aconteceu. O plano fiscal permite que o governo faça operações de crédito por três anos. 

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Os postulantes João Paulo (PT) e Fernando Bezerra Coelho (PSB) fizeram questão de rebater a colocação da adversária, Albanise Pires (PSOL), que colocou os partidos como defensores das mesmas teses e candidaturas.  Ao participarem de um debate para candidatos a senador, promovido pelo Clube de Engenharia de Pernambuco, nesta terça-feira (29), os ex-aliados não pouparam ironias e críticas um contra o outro e afirmaram ser inviabilizada "qualquer aproximação futura do PT com o PSB".

Levando em consideração que alguns brasileiros ainda não absorveram a ruptura entre as duas siglas, João Paulo sugeriu ser esta eleição é o estopim para fechar as portas de diálogo entre PSB e PT. "A sociedade não absorveu esta ruptura com o governo do PT. Será que nós com esta eleição, vamos fechar todas as portas do nosso relacionamento? Pode ser que sim. Tem relações na política que não tem como conciliar mesmo. Não se pode querer ser um cínico na política. Tem relações que vão se romper mesmo, no ponto de vista da política", ponderou. 

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Ironizando o petista, Bezerra Coelho alertou aos presentes pela diferença entre as legendas e não poupou críticas contra a gestão do adversário na administração da Prefeitura do Recife. "É uma enorme diferença (entre o PT e o PSB). E a comparação que a gente pode fazer é que foram 12 anos de PT na prefeitura do Recife e apenas uma do PSB que se inicia. Nos primeiros quatro anos de João Paulo o investimento foi inferior a R$500 milhões e no primeiro ano de Geraldo mais de R$500 milhões", exemplificou o socialista. 

Com o debate acalorado e deixando a entender que tinha esperança de retomar a aliança com os socialistas, João Paulo elencou os posicionamentos de Bezerra Coelho como "um esforço de tentar inviabilizar qualquer aproximação futura do PT com o PSB". "Este tipo de ataque a Dilma e a nossa gestão que eles participaram e foram beneficiados com secretarias, o desqualifica para relações futuras da política", cravou. 

Reforçando a tese do "novo ciclo político", o candidato socialista afirmou que as críticas a Dilma e ao adversário não são para desqualificar. "É preciso falar menos e fazer mais. Não desqualifico ninguém, apenas mostro a verdade dos fatos da administração petista. O PT é muito bom de fala, mas muito ruim de entrega e realização. Ele é muito rápido em querer adjetivar o debate político, mas faltam substantivos ao que ele fala", alfinetou. 

João Paulo ainda afirmou que talvez seja pela falta de identidade política que a candidatura do PSB esteja "patinando tanto". " Antes Dilma era a princesa, era a rainha, porque ela fez muito por Pernambuco. Depois só vieram críticas. Agora uma crítica a Lula ele (Eduardo Campos) não faz e nós (PTB e PT) não vamos ter política nenhuma diferente que possa desconstruir o governador Eduardo Campos". 

A segunda reunião de conciliação entre as empresas Shell e Basf, ex-trabalhadores e Ministério Público do Trabalho terminou na tarde desta quinta-feira sem acordo, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. As partes voltam a se encontrar na sexta-feira (1) pela manhã, em reunião reservada e informal. Na segunda-feira (4), uma nova audiência ocorrerá às 15 horas.

Caso não haja acordo na próxima semana, o processo será encaminhando para julgamento. Em ação civil pública, as companhias são acusadas por expor trabalhadores a contaminantes de alta toxicidade por um período de quase 30 anos. A ação tramita no Judiciário há cerca de seis anos.

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Shell e Basf haviam proposto a criação de um fundo de R$ 52 milhões para prover assistência médica aos 884 funcionários que, comprovadamente, desenvolveram problemas de saúde a partir da contaminação durante sua jornada de trabalho. A média de indenização calculada, por grupo familiar, está entre R$ 120 mil e R$ 330 mil.

No entanto, em reunião na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT), no último dia 19 de fevereiro, advogados dos trabalhadores apresentaram contraposta pedindo que os ex-funcionários sejam automaticamente admitidos como vítimas, sem precisar passar por junta médica. Eles também pedem prazo de 90 dias para a inclusão de outros trabalhadores na lista de beneficiados de fundo.

Eles também solicitaram que as companhias mantenham o valor de R$ 52 milhões do fundo de assistência médica à medida que a verba for usada para financiar os tratamentos. A proposta é de que Basf e Shell destinem mais recursos ao fundo quando ele chegar a R$ 10 milhões, mantendo o total de R$ 52 milhões.

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