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A Basf, empresa do setor químico, está com vagas abertas para o Programa de Estágio Todo Talento, que busca contratar estudantes de qualquer curso em várias regiões do Brasil. As oportunidades são ofertadas nas cidades de  São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP), Guaratinguetá (SP), Jacareí (SP), Indaiatuba (SP), Santo Antônio de Posse (SP), Camaçari (BA), Luís Eduardo Magalhães (BA), Jaboatão dos Guararapes (PE), Primavera do Leste (MT) e Trindade (GO).

De acordo com a empresa, ao longo de 2024, serão oferecidas mais de 300 vagas para a iniciativa, que atende estudantes do ensino superior de todos os cursos (bacharelado ou tecnólogo), que possam estagiar por, pelo menos, 18 meses e ensino técnico de cursos como Administração, Química, Segurança do Trabalho, Manutenção, entre outros. As inscrições são realizadas através do site da Basf

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"O programa de estágio é uma oportunidade de troca e experiência para os jovens que estão chegando no mundo do trabalho. Em razão disso, buscamos talentos que queiram estagiar numa companhia líder do seu segmento, referência em inovação e sustentabilidade, além de levar a sério questões relacionadas à diversidade”, enfatiza Juliana Alves, gerente de Recrutamento e Seleção e Marca Empregadora da BASF para América do Sul.

Os selecionados terão benefícios como auxílio transporte, auxílio farmácia, assistência médica e odontológica, seguro de vida, cartões de brinquedo e natal, restaurante no local e bolsa auxílio compatível com o mercado. A estrutura do programa também oferece cursos de língua inglesa, de powerBI, gestão de tempo, inteligência emocional, dentre outros.

 

Primeira brasileira a alcançar o posto de CEO na multinacional Basf, Renata Milanese está na direção dos negócios de Argentina, Uruguai, Bolívia e Paraguai desde julho.

A mudança, segundo a executiva, que foi jogadora profissional de vôlei do antigo Banespa e São Paulo, ocorre em tempos de grandes desafios, com muitas transformações no mundo corporativo. E um deles é ser um líder moderno que contagie toda a equipe mesmo em tempos de home office.

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Na avaliação dela, a pandemia mostrou novas possibilidades no mercado de trabalho, mas destaca que só estar em trabalho presencial não é suficiente. "Não adianta estar no escritório e ficar fechado numa sala de reunião o dia inteiro."

A seguir, os principais trechos da entrevista.

Como é assumir um posto tão relevante em tempos de grandes transformações?

Meu papel é trazer as pessoas para esse momento que o mundo e as indústrias estão vivendo, evoluir com a digitalização, com a tecnologia. É um momento desafiador, mas muito legal, de poder somar e contribuir com a organização.

Essas transformações também exigem uma mudança significativa do executivo?

Como executiva, tenho de estar aberta a escutar o que está acontecendo e aprender a se adaptar a esse novo macro ambiente. A relação de hierarquia mudou muito. A liderança não é mais só pelo poder. É realmente estar com as pessoas. Digo que meu maior papel como líder é remover as barreiras e abrir os caminhos.

É possível aprender a ser um profissional moderno, flexível?

Se um executivo quer ter sucesso, precisa aprender a ler o macro ambiente, faz parte do nosso papel. Não é só a caixa em que a gente atua. Temos de ler o macroambiente, a economia, o mundo, que está evoluindo muito mais rápido. É preciso aprender a se adaptar, a ter flexibilidade. A pandemia é o exemplo mais recente disso. Já vínhamos adotando um ou dois dias de home office, mas, quando veio a pandemia, ninguém teve escolha. Todo mundo começou a trabalhar de casa e foi sensacional.

Qual a sua opinião sobre o home office?

Para mim, o híbrido soma o melhor dos dois mundos. No home office, você consegue combinar qualidade de vida e uma alta performance. Mas, quando se está no escritório, você tem uma conexão, a discussão. Agora, não adianta estar no escritório e ficar fechado numa sala de reunião o dia inteiro. O modelo híbrido exige uma boa forma de conduzir esse híbrido.

E como tem sido trabalhar com diferentes gerações dentro da empresa?

Trabalhar com jovens é uma injeção de energia. Aprendemos muito com eles e grande parte do sucesso que temos hoje é por ter jovens integrados à experiência. Equilíbrio é conseguir extrair o melhor de cada um. Quando você consegue fazer o "match" desses mundos tão diferentes realmente você tem soluções que são evolutivas, com grande senso de realidade. É preciso entender as diferenças e também saber conectá-las.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A BASF, em parceria com a Gama Academy, abre inscrições para o seu programa de treinamento, on-line e gratuito, nas áreas de Gestão de Produtos e Marketing Digital para pessoas com deficiência (PcD). Ao todo, serão ofertadas 120 vagas. As inscrições podem ser feitas até o dia 13 de julho, através do site da BASF.

Construído a partir de uma metodologia premiada pela Singularity University, o programa visa a capacitação de pessoas com deficiência (PcD) para inserção no mercado de trabalho independente do seu nível de conhecimento prévio. O programa consiste em atrair, selecionar e treinar profissionais que possuem interesse na área, de forma 100% virtual, com conteúdos EAD e aulas ao vivo no período da noite.

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Ao final do curso, os alunos formados receberão a oportunidade de participar da feira de contratações da Gama Academy e estar em contato direto com empresas para e vagas para contratação. “O projeto contribuirá para a formação de pessoas com deficiência, entregando conhecimentos atuais e muito requeridos no mercado de trabalho para conseguirem impulsionar suas carreiras. Estar preparado para trabalhar no mercado digital é um grande atrativo para as empresas e o curso apoiará os alunos nisso”, explica Guilherme Junqueira, CEO e fundador da Gama Academy.

“Essa iniciativa faz parte da estratégia de engajamento social que a BASF implementa junto às comunidades em que atua. Sem dúvida as habilidades em Gestão de Produtos e Marketing Digital são cada vez mais exigidas atualmente junto ao desenvolvimento de habilidades socioemocionais. Queremos com essa parceria aumentar a empregabilidade das pessoas com deficiência, desenvolvendo competências que poderão ser exercidas no mercado de trabalho”, afirma Maira Lopes Simionato, gerente de Recursos Humanos da BASF para América do Sul.

A companhia alemã de produtos químicos Basf anunciou a interrupção de novos negócios na Rússia e em Belarus, nesta sexta-feira (4). A empresa afirmou que continuará realizando atividades já existentes nesses locais em acordo com as sanções ocidentais.

A Basf se junta a uma série de companhias ocidentais que congelaram investimentos na Rússia, após a invasão da Ucrânia. No início desta semana, a Wintershall Dea AG, uma empresa alemã de petróleo e gás que a Basf detém participação majoritária, disse que cancelaria seu financiamento de 1 bilhão de euros, no gasoduto Nord Stream 2 e não daria mais andamento a novos empreendimentos de energia na Rússia.

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"Novas oportunidades de negócios na Rússia e em Belarus não serão buscadas; a única exceção está relacionada à produção de alimentos no contexto de esforços humanitários", disse uma porta-voz da Basf. Ainda segundo ele, a empresa vai apenas conduzir os negócios já existentes nos países "para cumprir seus compromissos de acordo com as leis, regulamentos e regras internacionais aplicáveis".

A Basf atua na Rússia há mais de 145 anos e tem cerca de 700 funcionários no país trabalhando em 12 localidades. A companhia atende principalmente os setores de indústrias de agricultura, saúde, desenvolvimento automotivo e construção. Em 2021, a Rússia respondeu por cerca de 1% das vendas totais da Basf. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Centro de Tecnologia e Inovação da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em parceria com a Fundação Grupo Volkswagen, a ONG Divina Agulha e a Basf, apresentaram nesta segunda-feira (23) uma máscara de proteção individual contra a covid-19, com visor transparente na região da boca.

O objetivo é que o equipamento facilite a comunicação com pessoas que têm deficiência auditiva, e que realizam leitura labial. A máscara conta com um plástico transparente antiembaçante, é feita com três camadas de tecido, tem elástico ajustável, e pode ser lavada até 30 vezes para a reutilização.

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“Nós não podemos deixar de lançar mão de qualquer tipo de tecnologia que inclua as pessoas na sociedade. E incluir não é só colocar ela pertinho, é dar a ela autonomia em todos os sentidos, no limite de cada um”, destacou a secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Célia Leão.

As máscaras custam R$ 12,80, e podem ser encontradas na loja da Fundação Grupo Volkswagen.

 

As empresas BASF, LinkedIn, Natura e Visa anunciaram, nessa segunda-feira (28), o lançamento de um novo programa que visa promover a inclusão social de pessoas trans e travestis por meio do trabalho, cultura, saúde e bem-estar. O programa parte da ideia de que “Somos Mais fortes em conjunto” (SOMA) e terá uma grade disciplinar com dez semanas de treinamento e desenvolvimento profissional.

O projeto será voltado, inicialmente, para apoiar iniciativas que beneficiarão mulheres trans e travestis que vivem no Centro de Acolhida Especial Casa Florescer, em São Paulo. As iniciativas do SOMA ainda oferecerão conteúdos e dinâmicas, em sua maioria virtuais, e darão apoio às participantes para que elas busquem oportunidades no mercado de trabalho, com mentorias individuais junto aos grupos de afinidades das companhias.

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De acordo com o grupo de empresas, a jornada de aprendizado foi construída baseada em quatro pilares de conhecimento: amabilidade, autogestão, socialização e resiliência emocional. As participantes poderão contar também com a ferramenta ChatClass, desenvolvida pela BASF, que dará suporte e viabilizará os conteúdos a serem aprendidos.

Ao final do programa, a expectativa das empresas é que as participantes tenham todas as ferramentas para planejar suas carreiras e se sintam preparadas para buscar uma colocação profissional de acordo com as áreas de interesse particular.

“Queremos apoiar essas pessoas a se desenvolverem com autoconhecimento, recebendo ferramentas práticas, despertando um senso de autonomia e pertencimento. E ainda há a possibilidade de envolver nosso ecossistema de parceiros, ampliando o potencial do programa”, disse, por meio de nota, Carlos Henrique Almeida, coordenador de experiências do onono (Centro de Experiências Científicas e Digitais da BASF) e o responsável por apresentar a ideia na BASF.

Até o dia 2 de abril, jovens que tenha concluído a graduação, mestrado ou doutorado entre dezembro de 2014 e dezembro de 2016 poderão se inscrever para o Programa de Trainne da BASF. Os interessados em participar do processo seletivo devem se inscrever através do site da seleção.

A empresa química, que é de São Paulo, está oferecendo 11 vagas para formados em administração, agronomia, ciências contábeis, cursos de TI, direito, economia, marketing, publicidade e propaganda, química, Relações Internacionais, engenharias e zootecnia.

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O processo de seleção inclui testes online de eficiência em resolução de problemas, de aderência às competências e valores da BASF e inglês; dinâmicas de grupo e entrevistas junto a executivos da empresa. Entre os requisitos para participar também estão ter disponibilidade para trabalhar em outro país, cidade ou estado, possuir algum curso que tenha o Pacote Office avançado e ainda ter curso inglês avançado, ou espanhol e alemão (se desejável).

O teste será realizado em abril e as possíveis admissões ocorrerão entre junho e julho deste ano. Todos os retornos (positivos ou negativos) serão enviados por e-mail. O Programa de Trainee 2017 da BASF tem duração de 18 meses.

 

Ao menos uma pessoa morreu e várias ficaram feridas ou desaparecidas em uma explosão que aconteceu na manhã desta segunda-feira, dia 17, em uma fábrica do grupo químico Basf na zona portuária de Ludwigshafen, no oeste da Alemanha, de acordo com informações do jornal "Süeddeutsche Zeitung".

De acordo com uma publicação da empresa no Facebook, os motivos exatos da explosão ainda estão sendo investigados, mas já se sabe que o ocorrido se deu durante trabalhos em gasodutos usados para o transporte de líquidos inflamáveis e outros produtos químicos de embarcações para a fábrica.

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Como o local da explosão armazenava tanques de óleo e de gás, chamas altas e uma densa e escura nuvem de fumaça foram vistas.

No entanto, segundo as autoridades das cidades de Ludwigshafen e de Mannheim, que se encontra na margem oposta do rio Reno em relação à explosão, "as medições não revelaram substâncias nocivas no ar" e, por isso, a fumaça "não representa um perigo para a saúde".

Mesmo assim, as autoridades recomendaram que os moradores da região fiquem em casa, com as portas e janelas fechadas e com eventuais dispositivos de ventilação e de ar-condicionado desligados.

As medidas de segurança colocadas em prática são destinadas a cerca de 21 mil pessoas que habitam em dois quarteirões no norte de Ludwigshafen e mais outros três em Mannheim. 

O Sindicato dos Químicos Unificados de Campinas e Região divulgou nota na quarta-feira (24) manifestando posição contrária à nova negociação do acordo homologado em 2013 pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), garantindo assistência de saúde vitalícia às vítimas da contaminação ambiental ocorridas na planta industrial da Shell e Basf, em Paulínia, interior de São Paulo.

Cerca de 400 ex-funcionários da Shell entraram na Justiça do Trabalho de Paulínia com petições, manifestando interesse em permutar o plano de saúde por uma indenização que pode chegar a R$ 1,5 milhão por beneficiário. Para o sindicato, o acordo foi uma "expressiva vitória em defesa dos trabalhadores, não sendo admitida a comercialização desse direito básico ao acesso à saúde e ao atendimento médico-hospitalar". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Os 1.068 ex-funcionários de Basf e Shell, que movem ação coletiva contra as companhias, aceitaram a proposta de indenização nesta sexta-feira (8) à tarde. A reunião no Sindicato dos Químicos Unificados, em Campinas (SP), aprovou por unanimidade a oferta discutida na última audiência de conciliação entre as partes, realizada na terça-feira (5), no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. A proposta discutida no TST inclui pagamento de uma indenização de R$ 200 milhões por danos morais coletivos e assistência médica vitalícia a todos os trabalhadores e seus dependentes.

Em ação civil pública, as companhias foram condenadas por expor trabalhadores a contaminantes de alta toxicidade por um período de quase 30 anos. A ação tramita na Justiça há seis anos.

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Segundo o advogado do sindicato, Vinicius Cascone, cerca de 200 pessoas participaram da assembleia. A ata da reunião será encaminhada ao TST na próxima segunda-feira (11), prazo final para que as partes se posicionem.

Reportagem publicada na edição de quarta-feira (6) do jornal O Estado de S.Paulo mostrou que fontes que acompanham o processo dizem que a Basf deve recusar as condições do acordo. Se a empresa alemã não assinar, a Shell poderia assumir sozinha as indenizações, que podem chegar a R$ 370 milhões.

Terminou na tarde desta terça-feira a audiência entre os ex-trabalhadores da Basf e Shell no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. As partes chegaram a um acordo e as empresas, que foram representadas por seus advogados no encontro, têm até o dia 11 de março para ratificar os termos do acordo. A Shell explicou em comunicado que pediu este prazo para analisar a proposta e dar a aprovação final.

Por danos morais coletivos as companhias pagarão indenização de R$ 200 milhões. Deste total, R$ 50 milhões serão destinados à construção de um hospital maternidade em Paulínia, interior de São Paulo. Os R$ 150 milhões restantes serão divididos em cinco parcelas iguais anuais entre o Centro de Referência à Saúde do Trabalhador e a Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho.

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Por danos morais e materiais individuais, foi fixado o valor equivalente a 70% do valor da sentença, montante ainda não divulgado. As empresas deverão conceder assistência médica a 1.068 ex-trabalhadores reconhecidos hoje e habilitados por decisão judicial. Vítimas que mantém ações individuais também poderão habilitar-se na ação. Basf e Shell já foram condenadas por exporem trabalhadores a substâncias contaminantes por 30 anos. A ação tramita na Justiça há seis anos.

A segunda reunião de conciliação entre as empresas Shell e Basf, ex-trabalhadores e Ministério Público do Trabalho terminou na tarde desta quinta-feira sem acordo, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. As partes voltam a se encontrar na sexta-feira (1) pela manhã, em reunião reservada e informal. Na segunda-feira (4), uma nova audiência ocorrerá às 15 horas.

Caso não haja acordo na próxima semana, o processo será encaminhando para julgamento. Em ação civil pública, as companhias são acusadas por expor trabalhadores a contaminantes de alta toxicidade por um período de quase 30 anos. A ação tramita no Judiciário há cerca de seis anos.

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Shell e Basf haviam proposto a criação de um fundo de R$ 52 milhões para prover assistência médica aos 884 funcionários que, comprovadamente, desenvolveram problemas de saúde a partir da contaminação durante sua jornada de trabalho. A média de indenização calculada, por grupo familiar, está entre R$ 120 mil e R$ 330 mil.

No entanto, em reunião na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT), no último dia 19 de fevereiro, advogados dos trabalhadores apresentaram contraposta pedindo que os ex-funcionários sejam automaticamente admitidos como vítimas, sem precisar passar por junta médica. Eles também pedem prazo de 90 dias para a inclusão de outros trabalhadores na lista de beneficiados de fundo.

Eles também solicitaram que as companhias mantenham o valor de R$ 52 milhões do fundo de assistência médica à medida que a verba for usada para financiar os tratamentos. A proposta é de que Basf e Shell destinem mais recursos ao fundo quando ele chegar a R$ 10 milhões, mantendo o total de R$ 52 milhões.

Ex-trabalhadores da Shell e da Basf decidiram estudar a proposta apresentada por ambas as empresas durante audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, na sexta-feira (15). Um novo encontro foi marcado para a próxima terça-feira (19), às 9 horas, no Ministério Público do Trabalho (MPT).

Shell e Basf propuseram a criação de um fundo de aproximadamente R$ 52 milhões para prover assistência médica aos 884 funcionários que, comprovadamente, desenvolveram problemas de saúde a partir da contaminação durante sua jornada de trabalho. A média de indenização calculada pela empresa, por grupo familiar, está entre R$ 120 mil e R$ 330 mil. Os detalhes da proposta serão discutidos no MPT. No dia 28 deste mês, haverá uma audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho.

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A sessão, que se encerrou na tarde desta quinta-feira, foi convocada pelo presidente do TST, ministro João Oreste Dalazen, e buscava acordo entre as multinacionais e o Ministério Público do Trabalho, representando os ex-funcionários, para encerrar a ação civil pública em que as companhias são acusadas por expor trabalhadores a contaminantes de alta toxicidade por um período de quase 30 anos. O processo tramita no Judiciário há cerca de seis anos.

Histórico

Em 1977, a Shell instalou uma indústria química no bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia, onde eram produzidos pesticidas agrícolas. Ao vender a fábrica, em 1992, para a multinacional Cyanamid, ela realizou uma consultoria ambiental internacional que apurou a existência de contaminação do solo e dos lençóis freáticos.

A Shell foi obrigada a realizar uma auto-denúncia da situação à Curadoria do Meio Ambiente de Paulínia, que resultou em um termo de ajuste de conduta. No documento, a empresa reconhece a contaminação do solo e das águas subterrâneas por produtos denominados aldrin, endrin e dieldrin, compostos por substâncias altamente cancerígenas. Ainda foram levantadas contaminações por cromo, vanádio, zinco e óleo mineral em quantidades significativas.

Após os resultados toxicológicos, a agência ambiental entendeu que a água das proximidades da indústria não poderia mais ser utilizada, o que levou a Shell a adquirir todas as plantações de legumes e verduras das chácaras do entorno e a passar a fornecer água potável para as populações vizinhas, que utilizavam poços artesianos contaminados.

Mesmo nas áreas residenciais no entorno da empresa foram verificadas concentrações de metais pesados e pesticidas clorados (DDT e drins) no solo e em amostras de água subterrâneas. Constatou-se que os "drins" causam hepatotoxicidade e anomalias no sistema nervoso central.

A Cyanamid foi adquirida pela Basf, que assumiu integralmente as atividades no complexo industrial de Paulínia e manteve a exposição dos trabalhadores aos riscos de contaminação até 2002, segundo a ação, ano em que os auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) interditaram o local.

No ano de 2007, o MPT ingressou com ação civil pública para garantir os direitos dos ex-trabalhadores ao custeio de tratamento de saúde, juntamente com uma indenização milionária. Exames de saúde dos ex-trabalhadores comprovaram doenças como câncer e apontaram o elo entre a contaminação e o desenvolvimento da doença.

Na ação, a procuradoria pede que as multinacionais se responsabilizem pelo custeio do tratamento de saúde dos ex-trabalhadores e de seus filhos. As empresas, porém, negam até hoje qualquer nexo causal entre a contaminação do solo e do lençol freático e os danos de saúde dos ex-trabalhadores. Desde o começo do processo, eles apresentam recursos, para evitar o pagamento dos tratamentos. Foi a partir de novembro de 2011, que parte dos ex-funcionários começaram a receber parte dos benefícios exigidos pela Justiça como tutela antecipada. (Colaborou Ricardo Brandt)

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