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O presidente Lula (PT) esteve nesta terça-feira (6) no município de Goiana, na Mata Norte de Pernambuco, para o lançamento de uma nova linha de produção no pólo automotivo da fábrica Stellantis. A montadora, dona da Jeep, Fiat, Citroën, Ram e Peugeot, é considerada referência de indústria sustentável no país.

O presidente aproveitou sua fala para alfinetar a oposição, principalmente em se tratando da gestão federal anterior. 

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“A única razão que eu voltei a me candidatar a presidente da república foi para provar outra vez à elite atrasada brasileira que um torneiro mecânico é capaz de fazer o que eles não conseguiram fazer em tantos anos nesse país”, declarou.

Em seu discurso, Lula enfatizou alguns pontos de crescimento de Pernambuco, colocando em evidência a sua relação com a indústria automobilística, onde teve início sua carreira política, como presidente do sindicato dos metalúrgicos do ABC paulista, em São Paulo.

Lula trouxe em seu discurso palavras de motivação para o público, predominantemente formado por trabalhadores da indústria automobilística. “Vamos à luta, companheiros, porque juntos vamos conquistar tudo aquilo que a gente sonha. Um abraço”, finalizou o presidente.

O evento durou toda a tarde, sendo finalizado com uma cerimônia para receber o comitê presidencial. A primeira-dama Janja vem acompanhando a agenda de Lula durante a semana. Também participaram do evento os ministros Rui Costa, da Casa Civil, Luciana Santos, da Ciência, Tecnologia e Inovação, e André Paula, da Pesca e Agricultura, os senadores Humberto Costa e Teresa Leitão, além de deputados federais e estaduais, prefeitos e a governadora Raquel Lyra (PSDB). 

Discursos de líderes

Na ocasião, Lula foi recebido pelo presidente da Stellantis na América do Sul, Antonio Filosa. “O país precisa de desenvolvimento regional”, declarou Filosa em sua fala. Inaugurado em 2015, o parque fabril já produziu mais de 1,4 milhão de automóveis e transformou a economia da região.

Foto: Ricardo Stuckert

Outras lideranças também compuseram a mesa de cerimônia, como Henrique Gomes, presidente do sindicato dos metalúrgicos de Pernambuco (SINDMETAL – PE). “Acreditamos que podemos chegar novamente com o PIB que o estado teve de 9,1%, como aconteceu no seu primeiro governo, com a valorização do salário dos trabalhadores de Pernambuco”, comentou.

A governadora Raquel Lyra se pronunciou diretamente ao presidente, passando uma mensagem de “bandeira branca” por cima de suas divergências políticas e ideológicas. “O que nos une é o nosso estado, que é muito maior do que aquilo que eventualmente nos separe”, enfatizou. A chefe do executivo estadual aproveitou seu tempo de fala para “reafirmar o compromisso de crescimento no estado”.

Durante a cerimônia, o presidente ainda entregou uniformes da empresa para funcionárias, como símbolo do início da nova linha de produção de um modelo de carro híbrido.

Na quarta-feira (7) o presidente Lula cumpre agenda na capital pernambucana, para o relançamento do programa Farmácia Popular, e na cidade de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, para a inauguração de um novo campus do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE).

A Stellantis e a Amazon fecharam uma série de "acordos globais e plurianuais que transformarão a experiência de dirigir para milhões de clientes", informaram as empresas nesta quarta-feira (5).

As parcerias envolvem a Amazon Devices, a Amazon Web Services (AWS) e a Amazon Last Mile e permitirá que a Stellantis acelere a sua transformação em uma empresa tecnológica de mobilidade sustentável. As duas vão colaborar para implementar a tecnologia e a experiência dos softwares da Amazon em toda a organização da Stellantis.

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Entre as colaborações, estão soluções de software para a nova plataforma STLA SmartCockpit e serão lançadas iniciativas para acelerar o prazo para a comercialização de novos produtos digitais.

"Trabalhar com a Amazon é uma parte integral do nosso roteiro baseado no desenvolvimento de competências internas e colaboração com as líderes na tecnologia. Com a inteligência artificial e as soluções em nuvem, os nossos veículos serão transformados em espaços personalizados e melhorarão a experiência", destacou o CEO da Stellantis, Carlos Tavares.

Com base nos acordos, a Amazon também será o primeiro cliente comercial para a nova van RAM ProMaster Battery Electric Vehicle (BEV) em 2023.

"Estamos felizes em colaborar com a Stellantis para transformar a indústria automobilística e reinventar a experiência no interior dos veículos. Juntos criaremos as bases para a Stellantis se transformar de uma empresa automobilística em uma líder mundial no desenvolvimento do 'software-driven'", afirma o CEO da Amazon, Andy Jassy. 

Da Ansa

A operadora telefônica TIM anunciou, nesta terça-feira (6), o lançamento de um aplicativo, com outras nove empresas, que tem o objetivo de acelerar o acesso das mulheres ao mercado de trabalho brasileiro. Entre as gigantes envolvidas na promoção do app “Mulheres Positivas”, que pretende ser uma plataforma de vagas, capacitação e desenvolvimento do gênero feminino, estão a Accenture, Adidas, Enel, Generali, Microsoft, Oracle, Pirelli, Stellantis e Via.

"Acreditamos que diversidade e inclusão são valores importantes, e não é moda. Estamos entre as empresas da B3 [bolsa de valores do Brasil] com mais mulheres no conselho de administração. Queremos agora fazer algo de concreto e para impulsionar as mulheres na economia", afirmou Pietro Labriola, presidente da Tim.

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No aplicativo, criado pela empresária Fabiana Saad, as usuárias poderão acessar de maneira gratuita vagas de emprego nas empresas parceiras e conteúdos voltados para o empoderamento feminino, além de uma seção com materiais exclusivos sobre carreira, negócios, tecnologia e inovação. Para as clientes TIM, a navegação ocorrerá sem consumir o pacote de dados da internet. Além disso, uma mentoria “intercompany”, com duração de seis a oito meses, focada no desenvolvimento de mulheres nas empresas participantes, será disponibilizada.

As sessões serão cruzadas: uma diretora da Microsoft, por exemplo, poderá atuar como mentora de uma colaboradora da Pirelli e assim por diante. A iniciativa é coordenada pela CMI Business Transformation, empresa sob a liderança de Maristella Iannuzzi, executiva da área de tecnologia e especialista em diversidade e inclusão com trabalhos ligados à ONU Mulheres e aos Princípios de Empoderamento da Mulher (WEPs).

Lançamento da campanha

O lançamento desta terça-feira ocorreu com transmissão pelo YouTube, e contou com a presença da cantora Iza, embaixadora da iniciativa. Na sequência, a audiência acompanhou um bate-papo sobre a importância do incentivo à participação feminina em carreiras nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

Falaram sobre suas experiências a imunologista Ester Sabino, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), e coordenadora do trabalho de sequenciamento do novo coronavírus, e a engenheira aeroespacial Ana Paula Castro, que participou de missão simulada realizada pela Agência Espacial Europeia e pode se tornar a primeira astronauta brasileira.

O grupo Stellantis e a Foxconn - fornecedora da Apple - desenvolverão tecnologias digitais avançadas para automóveis em uma joint venture chamada Mobile Drive, informam as duas empresas em nota oficial nesta terça-feira (18).

As marcas firmaram um memorando de acordo não vinculante para dar vida a nova joint venture, que terá investimento igual das partes (50/50). A ideia é acelerar as mais avançadas tecnologias para o mercado automobilístico, tanto dentro do carro como para os "carros conectados".

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Ainda conforme a nota, a Mobile Drive estará apta a colocar em campo ofertas competitivas para contratos globais dos veículos da Stellantis e de outras empresas do setor automobilístico. A ideia é juntar toda a capacidade da Stellantis para projetar automóveis com a capacidade da Foxconn de desenvolver softwares e hardwares destinados ao consumidor final. Assim, a mistura quer romper "novas fronteiras" nas informações a bordo dos veículos e a capacidade de entretenimento.

O CEO da Stellantis, Carlos Tavares, afirmou que "depois do nascimento da Stellantis, estamos aqui de novo falando de um movimento estratégico".

"O [anúncio] de hoje é um tijolo na estratégia que apresentaremos ao fim do ano. Quando nós criamos a Stellantis, em 16 de janeiro de 2021, disse claramente que nós colocaríamos o software e a experiência do cliente no centro da Stellantis. Para nós, é muito claro, desde o primeiro dia, que precisamos nos transformar e o software está no centro do nosso compromisso. Através dessa joint venture, mudaremos o modo como projetamos nossos carros, o ritmo com o qual fazemos isso e a frequência", afirmou Tavares na coletiva.

Por sua vez, o presidente da Foxconn, Young Liu, disse que "os veículos do futuro serão sempre mais guiados e caracterizados por softwares". "Os clientes de hoje e aqueles de amanhã pedem e esperam soluções sempre mais criativas e baseadas em softwares, soluções que permitam conectar os condutores e os passageiros do veículo, dentro e fora. Mobile Drive pretende andar ao encontro e superar essas expectativas graças ao envolvimento dos times de design e engenharia de software e hardware", acrescentou.

Da Ansa

Os fabricantes PSA (Peugeot-Citroën) e FCA (Fiat-Chrysler) se unem oficialmente neste sábado (16) para formar Stellantis, o quarto grupo automotivo mundial.

A partir de agora, os Fiat, Opel, Peugeot, Alfa Romeo, Chrysler, Dodge, Jeep e Maserati sairão das fábricas deste gigante mundial. As 14 marcas do grupo representam cerca de 9% do mercado automotivo mundial, com oito milhões de veículos vendidos em 2019.

"Teremos um papel de primeiro plano na próxima década na redefinição da mobilidade, como fizeram nossos pais fundadores, com muita energia", disse o presidente da FCA John Elkann, referindo-se a uma "fusão histórica".

Na segunda-feira, os líderes do novo grupo franco-italo-americano lançarão a ação Stellantis nas Bolsas de Milão e Paris, e na terça-feira na New York Stock Exchange.

Na terça, o ex-presidente do conselho de administração da PSA e novo diretor-geral da Stellantis, Carlos Tavares, apresentará em uma primeira coletiva de imprensa sua visão para o grupo de 400.000 funcionários. Nos próximos meses, revelará seu plano estratégico.

O novo gigante terá inúmeros desafios pela frente, entre eles o processo de eletrificação, a tendência para os veículos de segunda mão ou de aluguel e a crise de saúde, que prejudica a fabricação e as vendas. Em 2020, as vendas mundiais da PSA (Peugeot, Citroën, DS, Opel, Vauxhall) caíram 27,8%.

Para Matthias Heck, da agência Moody's, a fusão é positiva porque os grupos "melhoram sua cobertura mundial, podem colaborar em nível tecnológico e em vários segmentos e vão economizar graças às sinergias e à experiência da PSA, que soube estabelecer o preço justo e gerenciar suas despesas".

PSA e Fiat-Chrysler estimaram que as sinergias permitiriam agora até 5 bilhões de euros (cerca de 6 bilhões de dólares) ao ano, em gastos de fabricação e de investigação.

Itália no capital?

O governo francês, que a princípio se opôs à união da Fiat com a Renault, acabou elogiando a criação da Stellantis, assim como fez o governo italiano.

Mas os dois países estarão atentos a que o novo gigante "contribua também ao emprego industrial na Itália e França", afirmaram no início de janeiro o ministro francês da Economia, Bruno Le Maire, e seu homólogo italiano, Stefano Patuanelli.

Para manter o controle, a Itália planeja entrar no capital da Stellantis.

"Uma possível presença do Estado no capital social do novo grupo, semelhante à do governo francês, não pode e não deve ser tabu", disse o vice-ministro italiano da Economia, Antonio Misiani, ao jornal La Repubblica.

O Estado francês tem uma participação de 6,2% no capital da Stellantis.

Para concretizar essa fusão, os dois grupos adaptaram o contrato para que a união seja igualitária. A FCA reduziu o valor de um dividendo excepcional para seus acionistas, de 5 bilhões para 2,9 bilhões de euros. A PSA se retirou do fabricante de equipamentos Faurecia.

Por parte dos sindicatos, a maioria aceitou a fusão, que para muitos era inevitável. No entanto, garantiram que não baixarão a guarda.

"Nossa confiança no futuro será acompanhada ao longo do ano por uma vigilância sobre a adequação das políticas sociais e industriais", alertou em um comunicado Olivier Lefebvre, delegado sindical da PSA.

Os fornecedores dos dois grupos também estarão atentos a essas novas sinergias. "Haverá dúvidas, mas também oportunidades", declarou à AFP Claude Cham, presidente da Federação de Fabricantes de Equipamentos (FIEV).

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