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A crise causada pelo surto de ebola deve piorar nos próximos meses, alertou a presidente da Libéria nesta terça-feira (26), reconhecendo o estrago causado pela epidemia. "É improvável que estejamos no ápice da propagação do ebola", disse a presidente Ellen Johnson Sirleaf, por e-mail, em resposta às questões do jornal The Wall Street Journal.

A epidemia, que tem prejudicado a política e a economia do pequeno país do oeste africano, confronta Sirleaf, de 75 anos, com uma crise importante dois anos antes do fim de seu mandato. O surto matou 1.426 das 2.615 pessoas infectadas com o vírus, sendo que metade das mortes ocorreram na Libéria. Seu governo tem sido criticado pela resposta relativamente lenta e autoridades enfrentam uma batalha crescente para conter a doença.

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Nesta terça-feira, a presidente dispensou todas as autoridades que não acataram seu ultimato, publicado no começo de agosto, que pedia o retorno de todas as viagens estrangeiras, informou seu porta-voz, Jerolimnek Piah. Ele se recusou a dizer quantas autoridades foram cassadas.

Para Sirleaf, os relatos de liberianos negando a existência do ebola foram exagerados. "A vasta maioria dos liberianos está ouvindo o governo", ela disse. "Só porque a mídia amplificou uns poucos incidentes nos quais civis não ouviram o governo e reagiram inapropriadamente essa não é a norma."

A presidente disse, no entanto, que as medidas do governo para conter a doença estão funcionando. "Nós podemos ver o fim", ela disse. Para controlar a epidemia, autoridades liberianas recorreram a medidas drásticas. Dois bairros altamente povoados foram postos em quarentena, ao mesmo tempo em que escolas foram fechadas e transformadas em centros de monitoramento para pessoas que apresentam sintomas de ebola.

"A maior preocupação para a maioria de nossos cidadãos não é que a doença tire suas vidas, mas que tire seu sustento", afirmou Sirleaf. "O que é desolador é que os métodos que precisamos usar para combater a propagação do vírus - fechar fronteiras, erguer postos de controle e fechar todos os escritórios do governo não essenciais - prejudicam a atividade comercial e os negócios."

Em seu e-mail, a primeira presidente mulher eleita da África defendeu os ganhos da Libéria em seu governo. O país estava apenas começando a reconstruir sua economia, após 14 anos de uma guerra civil na qual a Libéria perdeu 90% de seu Produto Interno Bruto (PIB). "Precisamos lembrar que, mesmo antes da epidemia de ebola, a economia da Libéria era encorajadora, mas ainda frágil", disse Sirleaf. Fonte: Dow Jones Newswires.

O vírus do ebola tem "o controle" (da situação) do atual surto da doença que matou mais de 1.400 pessoas no oeste da África, afirmou nesta terça-feira o doutor Tom Frieden, diretor do Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. Frieden afirmou, porém, que os especialistas têm as ferramentas para interromper o surto.

O médico visita, nesta semana, Libéria, Serra Leoa e Guiné, os três países mais afetados pela doença. A Nigéria também registrou casos, mas as autoridades estão otimistas de que a disseminação da doença do país pode ser controlada.

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"Muito trabalho tem sido feito, muitas coisas boas têm acontecido", disse Frieden durante reunião da qual participou a presidente liberiana Ellen Johnson Sirleaf, na segunda-feira. "Mas o vírus ainda tem o controle (da situação)."

O surto atual é o maior já registrado e sua contenção é mais complicada porque, entre outras razões, os médicos demoraram para identificar o que estava acontecendo. Além disso a doença apareceu numa região onde existe grande movimentação de pessoas e o ebola se espalhou em áreas densamente povoadas, onde muitos resistem ao tratamento ou se escondem para não serem levados aos centros médicos. A doença também sobrecarrega sistemas de saúde que já apresentavam sérios problemas, já que o ebola afeta alguns dos países mais pobres do mundo.

Mas Frieden foi otimista sobre a possibilidade de o surto ser contido. "O ebola não se espalha de forma misteriosa, sabemos como se dissemina", afirmou ele em declarações transmitidas pela televisão liberiana. "Então, temos os meios para interrompê-lo, mas isso exige tremenda atenção a cada detalhe."

Segundo os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), o surto de ebola matou 1.427 pessoas e infectou 2.615. A agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU) diz que 240 funcionários da área da saúde foram infectados, um número sem precedentes. Metades desses infectados morreu.

Segundo a OMS, o alto número de funcionários da saúde infectados deve-se à falta de equipamentos de proteção e ao seu uso inapropriado, além da falta de pessoas capacitadas para tratar da grande quantidade de pacientes.

Um surto separado da doença surgiu no final de semana no Congo, embora especialistas digam que ele não tem relação com a epidemia na África ocidental. O grupo Médicos Sem Fronteiras (MSF), que gerencia muitos dos centros de tratamento na África ocidental, disse que também está enviando especialistas e suprimentos para Equateur, uma província do noroeste do Congo. Mas a organização médica já advertiu que o surto no oeste africano exauriu seus recursos. Fonte: Associated Press.

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O programa Opinião Brasil desta semana fala sobre uma das doenças que mais tem assustado a população mundial nos últimos meses, a febre hemorrágica conhecida como ebola. Provocada por um vírus, essa enfermidade tem provocado centenas de morte em vários países da África. Para falar sobre esse assunto, o apresentador Thiago Graf recebe nos estúdios do Portal LeiaJá os infectologistas Demétrius Montenegro e Luciano Arraes, que tiram dúvidas sobre essa doença.

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Segundo Montenegro, a primeira manifestação essa patologia aconteceu no final da década de 70, no continente africano. 

“O primeiro surto foi descrito em 1976 e aconteceu, principalmente, na região do Congo. Esse nome vem do fato de que esse surto inicial ocorreu em um vilarejo próximo a um rio chamado Ebola. Existem cinco sorotipos (micro-organismos causadores de uma mesma doença e que tem diferentes tratamentos) desse vírus, mas o que contamina o humano até então foi encontrado só na África. Inicialmente na região central do Congo e, agora, pela primeira vez eatamos tendo esse surto um surto na costa oeste no continente”, descreve o médico.

Luciano Arraes também alerta para os sintomas da doença, cujo tratamento é difícil devido à precariedade econômica dos países em que o ebola acontece.

“Ele vai gerar uma reação inflamatória como a maioria dos vírus. Então, o organismo vai procurar se defender disso e essa resposta inflamatória é que vai levar as manifestações clínicas, como a febre, além do que chama mais atenção: as manifestações hemorrágicas, que podem se apresentar em até 50% dos casos, dor articular e dor no corpo. O ebola funciona como uma virose, o problema é que é uma doença pouco estudada porque se dá em país pobre, que tem poucos recursos de diagnóstico, de investigação terapêutica”, afirma o infectologista.

Essa semelhança com outras doenças também dificulta o diagnóstico, que pode ser confundido com a malária, outra doença que também ataca a África. Confira o programa completo no vídeo acima.

 

O Opinião Brasil é exibido toda semana aqui, no Portal LeiaJá.

O país mais afetado pelo vírus do Ebola até agora, a Libéria, já soma 576 vítimas fatais da doença, conforme informou nesta sexta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS). A OMS teme que o saldo real de mortes seja ainda maior, já que muitas pessoas com os sintomas podem não estar passando despercebidas pela vigilância do governo. As novas clínicas de tratamento que foram abertas no país, nas duas últimas semanas, já estão sobrecarregados de pacientes com suspeita do vírus.

Na última quarta-feira, um adolescente morreu depois de ter sido baleado por agentes de segurança da Libéria, na comunidade pobre de West Point, que foi cercada nesta semana para impedir a contaminação do Ebola. O garoto, identificado como Shakie Kamara e de idade aproximada entre 15 e 16 anos, foi uma das três pessoas que entraram em confronto com os agentes, após terem ficado revoltados com o bloqueio das vias que dão acesso à comunidade, onde moram cerca de 50 mil pessoas.

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A morte elevou as tensões em West Point, que já estava em situação delicada. No fim de semana passado, moradores da comunidade saquearam uma clínica para tratamento do Ebola na região, depois de terem percebido que pacientes de outras partes da cidade estavam se tratando no local. Eles fugiram com materiais hospitalares, incluindo colchões com sangue.

Com medo da disseminação do vírus, países da África ocidental continuam a impor algumas restrições nas fronteiras com os principais países afetados, como Guiné e Serra Leoa, além da própria Libéria. As medidas vão de encontro às recomendações da OMS, que tem pedido aos governos que evitem tomar esse tipo de medida.

Nesta sexta-feira (22), o Gabão anunciou que está barrando todos os voos e embarcações que venham de países atingidos pelo Ebola. O Senegal anunciou também, na quinta-feira, que estava fechando suas fronteiras aéreas com a Guiné, Serra Leoa e Libéria, com extensão para as terras no caso de Guiné. A África do Sul disse na quinta-feira que estava adotando algumas proibições para estrangeiros que estejam viajando com origem em algum destes países, a não ser que a viagem seja considerada muito importante. No início da semana, Camarões impôs barreiras de voos com a Nigéria.

Na manhã desta sexta-feira, autoridades de saúde da Irlanda relataram que um padre irlandês morto na África poderia ter sido vítima do Ebola, no entanto, exames realizados com os restos mortais, em Dublin, provaram que o homem, identificado como Adrian Gavigan, não chegou a ser contaminado pelo vírus.

O médico carioca Paulo Sergio Reis viu mais de 70 pacientes morrerem em decorrência de ebola na África Ocidental, onde trabalhou por três meses, em centros de tratamento dos Médicos Sem Fronteiras (MsF). Ainda assim, não hesitou em aceitar voltar para lá - o que fará nos próximos dias, para nova missão.

"Não sinto medo. Quando você tem conhecimento e toma todas as precauções, não tem por quê. Não considero que seja mais arriscado do que andar no trânsito do Rio", disse Reis em entrevista nesta quinta-feira, 21 na sede da ONG, no Rio.

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De folga na cidade há 20 dias, o clínico de 42 anos, nos MsF há nove, prepara-se para mais uma temporada difícil, com carga horária de trabalho de até 13 horas diárias. Da família e dos amigos, ouviu piadas. "As pessoas brincam, mas entendem. Falam 'você é maluco, vou te amarrar no pé da cama'. Mas não tem por que ficar mais preocupado do que em qualquer outra missão dos MsF. Meus pais estão acostumados e apoiam."

Desde que chegou da África, afere sua temperatura três vezes ao dia, para ter certeza de que se mantém saudável. Ele não acredita na possibilidade de o ebola se disseminar no Brasil caso um doente desembarque no País, pelo fato de os rituais fúnebres que constituem importante forma de contágio não serem seguidos aqui. Lá, morriam sete em cada dez pacientes que chegaram à unidade médica onde trabalhava.

Reis contou que um dos inúmeros desafios do trabalho que desenvolveu de março a agosto em Serra Leoa e em Guiné foi vencer a resistência da população saudável. "Quem não teve contato com a doença tem muita suspeita, crendice, pode ser agressivo, jogar pedra no nosso carro. Você vê criança se escondendo. Há todo tipo de história que se possa imaginar, muita gente não acredita que a doença exista. Já quem tem informação nos trata muito bem."

Outra dificuldade é o calor sob a vestimenta especial usada para lidar diretamente com os doentes em isolamento, semelhante à de um astronauta: a roupa, o capuz, os dois pares de luva e a máscara são incinerados depois de cada uso; as botas de borracha, o avental de borracha e os óculos de segurança são desinfetados em seguida com cloro.

"Nenhuma parte do corpo fica exposta. Nos dias de calor, que pode chegar a 40 graus, termino todo molhado de suor, como se tivesse saído do chuveiro, porque a roupa não permite a transpiração. Os óculos ficam embaçados com o suor. Não consigo ficar mais de 40 minutos com a roupa, fico exausto."

Quando deixou Serra Leoa, no último dia 1º, o centro de tratamento em que trabalhava era o único do país inteiro, e a ronda dos médicos incluía até 18 pacientes por dia. Nos poucos momentos de lazer, churrasco e exibição de filmes divertem as equipes estrangeiras hospedadas em hotéis.

Experiência

Reis decidiu entrar para os MsF aos 17 anos, ao ver reportagem sobre o grupo. Formado em medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio (Uni-Rio), participou da primeira seleção da organização no Brasil. Hoje é considerado um dos mais experientes brasileiros nas missões - já participou de 17, em países da África, na Indonésia, na Colômbia e no Complexo do Alemão, no Rio. Em 2012, já havia lidado com o ebola.

O mais recente surto de Ebola na África ocidental matou mais de 1.200 pessoas desde seu início, em dezembro de 2013, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira. Mais de 2.200 pessoas foram contaminadas, segundo os últimos dados da agência da Organização das Nações Unidas (ONU).

Autoridades lutam para conter o surto, que teve início na Guiné e se espalhou pela Libéria, Serra Leoa e Nigéria. Alguns locais foram colocados sob quarentena e há restrições de viagem para os doentes e aqueles que entraram em contato com os infectados, o que algumas vezes inclui vilas e países inteiros, mas representantes de governos advertiram que as restrições algumas vezes prejudicam a entrega de alimentos.

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O Programa de Alimentos da ONU informou que se prepara para entregar alimentos para 1 milhão de pessoas nos próximos três meses no oeste africano.

"Eu acho que agora há um alto nível de vigilância em todos os países", afirmou Fadela Chaib, porta-voz da OMS, aos jornalistas em Genebra. "Eu não consigo me lembrar da última vez em que tivemos de alimentar 1 milhão de pessoas numa situação de quarentena." Fonte: Associated Press.

O surto de ebola que já matou mais de 1.000 pessoas transformou partes da África ocidental numa zona de batalha, situação que pode durar até mais seis meses, advertiu o Médicos Sem Fronteiras (MSF) nesta sexta-feira (15), mesmo dia em que um outro trabalhador humanitário, que está na Libéria, reconheceu que o número exato de mortos pela doença é desconhecido.

Tarnue Karbbar, que trabalha para o grupo Plan International no norte da Libéria, disse que as equipes de emergência simplesmente não são capazes de documentar todos os casos que surgem. Muitos dos doentes ainda são escondidos dentro de casa por parentes por terem muito medo de ir até os centros de tratamento da doença. Outros são enterrados antes que as equipes possam chegar para identificar a doença, disse ele. No últimos dias, cerca de 75 casos surgiram em apenas um distrito.

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"Nosso desafio agora é colocar em quarentena a região para interromper a transmissão com sucesso", afirmou ele, referindo-se à área de Voinjama. Os centros de tratamento para o ebola estão sendo totalmente ocupados numa velocidade maior do que são montados, prova de que o surto no oeste africano é mais grave do que mostram os números, afirmou um funcionário da Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta sexta-feira.

Nesta sexta-feira, o Médicos Sem Fronteiras comparou a situação a um estado de guerra e disse que o surto pode durar mais seis meses. "Estamos correndo atrás de um trem que segue adiante", disse Joanne Liu, presidente internacional do MSF, em Genebra na sexta-feira. "E é literalmente mais rápido do que estamos fazendo em termos de resposta."

Na quinta-feira, a OMS advertiu que a contagem oficial de 1.069 mortos e 1.975 infectados pode "estar enormemente subestimando a magnitude do surto". A agência da ONU diz que medidas extraordinárias são necessárias "numa escala enorme para conter o surto em ambientes caracterizados pela extrema pobreza, sistemas de saúde disfuncionais, uma grave escassez de médicos e medo desenfreado".

O fluxo de pacientes para cada centro de tratamento recém-aberto é a prova de que as ferramentas oficiais não estão se sustentando, disse Gregory Hartl, porta-voz da OMS, em Genebra. Hartl disse que um centro de tratamento com 80 leitos aberto na capital da Libéria nos últimos dias ficou sem vagas assim que começou a funcionar. No dia seguinte, dezenas de pessoas foram até o local em busca de tratamento.

O ebola causa febre alta, hemorragia e vômito. A doença não tem cura nem um tratamento comprovado e é fatal em pelo menos 50% dos casos, dizem especialistas em saúde. A doença costuma surgir nas regiões leste e central da África, geralmente em comunidades isoladas, onde surtos tendem a ser "autolimitantes", disse Hartl.

Mas o atual surto se espalhou rapidamente para cidades e capitais da Guiné, Libéria e Serra Leoa, o que o torna mais difícil de ser controlado. Fonte: Associated Press.

Após a internação de um angolano em um hospital particular do Recife, vários rumores surgiram de que o paciente portava o vírus ebola. Procurada pela equipe do LeiaJá, a assessoria de comunicação da unidade hospitalar negou o boato. 

“Essa informação não procede. O hospital nega. Criaram essa suspeita só pelo fato dele ter vindo de Angola. Os médicos estão investigando o que ele tem, mas não é ebola”, garantiu a assessoria.

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A assessoria completou alegando que não poderia passar mais detalhes sobre o paciente, pois a informação de saúde é confidencial.

Números- Os mortos pelo surto do ebola no Oeste da África chegam a 961, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Sintomas da doença incluem febre, fadiga e diarreia. Na tarde desta sexta-feira (8), o Ministério da Saúde informou que ainda não há casos da doença no Brasil. 

A British Airways (BA) informou que suspendeu temporariamente os voos com partida e chegada da Libéria e Serra Leoa até o final de agosto em razão da piora na epidemia de ebola nesses países. A decisão foi tomada "em razão da situação de saúde pública em deterioração nos dois países", afirmou a empresa.

A companhia aérea tem quatro voos semanais saindo de Londres com escala em Freetown (capital de Serra Leoa) e terminando em Monróvia (capital da Libéria). A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que mais de 800 pessoas na Guiné, Serra Leoa e Libéria já morreram em razão do surto da doença, para a qual não existe tratamento.

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A British Airways informou que passageiros com passagens para esses países receberão reembolso ou poderão remarcar os voos para uma data posterior. "A segurança dos passageiros, tripulantes e funcionários é sempre nossa principal prioridade e manteremos a rota sob constante análise nas próximas semanas", afirmou a empresa.

A Air France informou que trabalha com outras autoridades e "mantém o monitoramento da situação em tempo real". Para os funcionários da empresa em Conacri, na Guiné, em Freetown, em Serra Leoa, existe um "plano específico" para a doença em vigor. Passageiros são submetidos a um exame médico antes de embarcarem nesses voos.

Um porta-voz da Deutsche Lufthansa informou que a empresa não tem voos para as regiões afetadas.

Surgem casos suspeitos na Nigéria e Arábia Saudita

O comissário de Saúde de Lagos, maior cidade da Nigéria, Jide Idris, informou que sete pessoas com sintomas de ebola foram colocadas em quarentena após terem tido contato com o homem que viajou de avião para Lagos e morreu em decorrência da doença em julho.

A informação foi divulgada um dia depois da confirmação de que um médico contraiu ebola após prestar atendimento para o paciente que morreu.

Idris disse nesta terça-feira (5) que outras pessoas podem ter sido infectadas em Lagos, cidade com 21 milhões de habitantes, antes de os médicos suspeitarem, de que o liberiano-americano Patrick Sawyer tinha a doença. Sawyer foi colocado em isolamento 24 horas depois de ter chegado ao hospital.

Segundo o comissário, as oito pessoas em quarentena estão entre as 14 que tiveram "sério contato direto" com Sawyer, a maioria delas no hospital. Ele disse que as autoridades acompanham o estado de saúde de 70 pessoas que tiveram contato primário com Sawyer.

A Arábia Saudita informou nesta terça-feira que realiza exames num homem que apresentou sintomas de ebola após uma recente viagem a Serra Leoa. O Ministério da Saúde disse que o homem de 40 anos apresentou sintomas num hospital da cidade de Jedá. Ele está em estado grave e é tratado numa unidade com isolamento e controle de infecções.

A causa do doença do paciente é desconhecida, mas o ebola não pode ser descartado tendo em vista o histórico de viagem do homem. Exames excluíram a possibilidade de ele ter dengue.

O porta-voz do Ministério da Saúde, dr. Khalid al-Marghalani, disse à Associated Press que o homem chegou à Arábia Saudita vindo de Serra Leoa na noite de domingo. Autoridades buscam detalhes do voo feito pelo paciente, incluindo a lista de passageiros e parentes ou outras pessoas que possam ter tido contato com ele desde que chegou ao país. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) registrou mais 44 novos casos de Ebola no oeste da África até a última sexta-feira, incluindo 21 mortes. As infecções já atingiram a capital dos três países afetados pels infecções, Guiné, Serra Leoa e Libéria. Ao total, foram contabilizadas 539 mortes desde o começo do surto, considerado o maior já visto.

Na Guiné, os primeiros casos foram registrados em março, logo após os contágios na Libéria. Dois meses depois, quando já se esperava uma remissão dos contágios, foram descobertas infecções em Serra Leoa.

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Segundo pesquisadores, o surto não tem relação com casos anteriores encontrados em Uganda e no Congo. Eles acreditam que os casos podem estar relacionados com o contato com morcegos portadores do vírus.

Segundo os Médicos Sem Fronteira, o número de doentes poder ser "apenas a ponta do iceberg". "Estamos sobre pressão, quanto mais tempo se leva para identificar pessoas que tiveram contato com os doentes, mais difícil controlar o surto", disse Anja Wolz, coordenadora do grupo humanitário.

Autoridades da OMS esperam retomar controle sobre o surto nas próximas semanas. O diretor-geral assistente do organização, Keiji Fukuda, afirmou que é preciso redobrar os esforços, mas que "existem claras soluções para lidar com o vírus".

O Ebola é uma febre hemorrágica, sem cura ou vacina, que pode levar as vítimas a sangrar pelo ouvido e nariz. Os pacientes recebem apenas hidratação e suporte. Devido a alta mortalidade e falta de tratamento, muitos familiares evitam levar os doentes para as clínicas, onde ficariam em quarentena.

"Qualquer um que mantenha pessoas suspeitas de infecção em casa pode ser processado segundo a lei do país", afirmou recentemente o presidente da Libéria Ellen Johnson, pressionando a população a levar os doentes para os centros médicos. Em Serra Leoa, o governo emitiu comunicado semelhante para evitar casos de pacientes que são retirados pelas famílias dos hospitais.

No interior de Serra Leoa, ativistas também tentam espalhar orientações sobre a doença através de músicas, uma vez que grande parte da população é analfabeta. As canções explicam que não há cura, mas é possível se prevenir evitando contato com pessoas infectadas e animais como morcegos e macacos, possíveis transmissores do vírus. Fonte: Associated Press.

A Vigilância Sanitária do Recife interditou, nesta quinta-feira (3), o restaurante Giotto, que fica dentro do hotel Nobile Beach Class Convention, na Rua Maria Carolina, em Boa Viagem. Suspeita-se que 17 funcionários tenham adoecido depois de comer no estabelecimento. O local foi interditado depois de uma denúncia anônima. 

Porém o motivo da interdição não foi o surto alimentar, já que ainda não houve confirmação. “Decidimos interditar porque constatamos que a água não possui cloro, e há algumas pendências em relação às boas práticas. A cozinha onde os hóspedes e funcionários do hotel se alimentam não está concluída, eles estão utilizando a estrutura de apoio”, explicou a inspetora sanitária Elisa Araújo. “Além disso, os alimentos não têm etiquetas com as informações necessárias e o fluxo dentro da cozinha não é adequado. A pia, que é obrigatória dentro da área de manipulação de alimentos, ainda está sendo instalada”, completou.

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De acordo com a Vigilância, há dificuldade em investigar o caso, porque, além do restaurante Giotto, há outro refeitório no local utilizado pelos funcionários da obra do hotel, no qual a comida é terceirizada. “A informação que recebemos é de que 17 funcionários (do hotel) ficaram doentes, mas quando chegamos ao local, o gerente disse que não tem conhecimento sobre o assunto”, disse a gerente de Visa, Andréa Lima.

O estabelecimento vai continuar fechado por tempo indeterminado.

Um surto de ebola iniciado há algumas semanas no oeste da África já provocou a morte de 147 pessoas, segundo boletim divulgado hoje pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Além dos 147 óbitos, a OMS confirmou mais de 240 casos da doença em Guiné e na Libéria.

A maioria dos casos foi registrada em Guiné, onde 136 pessoas morreram. As outras 11 mortes ocorreram na Libéria.

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A doença provocada pelo vírus ebola causa febre alta, hemorragia interna e sangramentos externos. A doença não tem cura, não há vacina e o índice de óbitos por infecção é extremamente elevado. Surtos de Ebola são raros no oeste África, sendo mais comuns nas regiões central e leste do continente. Fonte: Associated Press.

O surto de Ebola na África Ocidental provocou a morte de mais de 120 pessoas, de acordo com o mais recente levantamento divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Não há vacina ou cura contra o vírus, e sua disseminação na África Ocidental, longe dos locais onde anteriormente haviam sido detectados casos, África Oriental e Central, causou pânico. Profissionais de saúde estão tentando conter a propagação da doença, rastreando todas as pessoas com quem o doente tenha tido contato.

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O Mali anunciou hoje que as amostras de todos os testes em casos suspeitos no país tiveram resultado negativo. O ministro de Saúde do Mali, Ousmane Kone, disse que o país havia enviado 10 amostras para teste em laboratórios dos Estados Unidos e do Senegal, mas todas deram negativo para Ebola. Com isso, não há mais suspeitas da doença no Mali.

Até a segunda-feira, a OMS havia contabilizado um total de 200 casos suspeitos ou confirmados de Ebola, a maioria na Guiné. Esse número inclui alguns casos no Mali, que agora devem sair do levantamento. A organização destacou que as 121 mortes causadas pela doença ocorreram na Guiné e na Libéria. Fonte: Associated Press.

As autoridades japonesas ordenaram o sacrifício de 112 mil frangos no sul do país depois que funcionários confirmaram neste domingo (13) um surto de gripe aviária em uma fazenda especializada da região. Os testes feitos em algumas das aves afetadas confirmaram a presença da cepa H5 do vírus em uma fazenda localizada no distrito de Kumamoto, onde 56.000 frangos devem ser sacrificados. Nesse sábado (12), o proprietário informou sobre uma grande quantidade de mortes súbitas entre as aves, segundo o Ministério da Agricultura.

Também decidiu-se sacrificar outras 56 mil aves em outra fazenda que o dono da primeira possui na região, para evitar possíveis contágios. Trata-se do primeiro surto confirmado de gripe aviária no Japão nos últimos três anos. As autoridades locais proibiram o traslado de frangos procedentes das duas fazendas afetadas, assim como de outras situadas nas proximidades.

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Além disso, continuam fazendo análises e trabalhos de desinfecção na zona. Uma equipe de especialistas foi enviada à região para determinar a origem da infecção das aves.

Um paciente que iria realizar um procedimento cirúrgico no Hospital Otávio de Freitas, no bairro do Sancho, na Zona Oeste da cidade, faz a esposa de refém neste momento, em frente à unidade de saúde. De acordo com a assessoria do hospital, o homem, de nome não revelado, teve um surto no local pouco antes do procedimento e saiu com a esposa, ameaçando feri-la.

Os policiais militares da unidade de saúde estão no local juntamente com os Bombeiros, que enviaram uma ambulância de apoio. A negociação está sendo feita pela polícia.

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Desde que se tornou uma epidemia no país, em 2008, a dengue já gerou mais de cinco milhões de casos registrados. Desta vez, mais um subtipo da doença foi descoberto, classificado como DEN-4, e deve ser motivo de preocupação em 2014. “A chance de surto do DEN-4 existe porque só no primeiro semestre de 2013, quase 60% dos casos de dengue diagnosticados eram do novo subtipo”, explica o infectologista José Ribamar Branco.

A dengue, uma doença infecciosa, é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti contaminado. “Uma pessoa contaminada pelo DEN-1, o tipo mais comum da doença, não vai desenvolver novamente esse sorotipo, mas pode vir a contrair os outros três. Para quem nunca teve dengue, há quatro possibilidades”, lembra o especialista.

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Os primeiros sintomas da doença aparecem cerca de cinco dias depois da picada do mosquito: febre alta, dor nos ossos e articulações, cansaço e moleza, dor de cabeça atrás dos olhos, tonturas, náuseas e vômitos, perda de apetite e de paladar. “Após esse período, manchas vermelhas aparecem no corpo do paciente infectado”, completa Franco.

O diagnóstico é feito por uma conversa entre o médico e o paciente, pois o vírus só apresenta resultado positivo no exame de sangue após sete dias do início dos sintomas. “Não é possível diagnosticar a dengue apenas com base nos sintomas, pois eles são os mesmos de qualquer doença infecciosa. É preciso também avaliar se há um surto próximo ao local de convivência do paciente”, explica o médico.

Apesar de não ser uma doença de risco, exige cuidados quando os pacientes sofrem de doenças crônicas, são idosos ou crianças. Não há um tratamento específico para a dengue, mas alguns remédios sintomáticos ajudam a combater febre e dor, além de um acompanhamento da quantidade de plaquetas e leucócitos no sangue, sempre receitados pelos médicos. A forma mais eficaz de prevenção é o combate ao mosquito transmissor. “É preciso ficar atento e eliminar os depósitos de água parada para evitar a proliferação do Aedes aegypti”, finaliza.

Com informações da assessoria

Maceió (AL) - O Secretário da Saúde do Estado de Alagoas, Jorge Villas Boas, concedeu uma entrevista coletiva pela manhã da última quinta-feira (01) para explicar as medidas adotadas pelo Governo no combate ao surto de diarréia.

Segundo dados da Secretaria de Saúde, o surto atinge todo o estado. Desde maio desse ano, 51 vítimas foram fatais, sendo 29 idosos, 19 crianças e três adultos, mais de 80 mil casos foram registrados. Em relação ao ano anterior, que registrou 45.633 pacientes com diarreia, houve um aumento de 76% dos atingidos pela doença. Os municípios mais afetados pelo surto são os de Palmeira dos Índios, Estrela de Alagoas e Santana do Ipanema.

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“É inadmissível que em pleno século 21 pessoas sejam  levadas a óbito por conta de diarreia. Parece que estamos no século XIX.  O cuidado começa em casa”, afirma Villas Boas

Ainda de acordo com o secretário os médicos não têm culpa das mortes causadas, já que o tratamento da doença começa em casa, com noções básicas de higiene.

“A causa não é apenas a água consumida, existe os agentes etiológicos. A secretaria da saúde busca semanalmente dados em conjunto com os municípios e vemos que os números da doença têm diminuído”, garante.

Segundo parentes de pacientes, o que falta é orientação. A dona de casa, Edvânia Dantas, mora no Benedito Bentes e relata que a água consumida é de qualidade, porém quando sua filha ficou doente percorreu três postos de saúde, onde não recebeu nenhuma informação. “Tive que trazer minha filha para o Hospital Geral do Estado (HGE), e a médica constatou uma bactéria que estaria causando a diarreia. Ela foi medicada e passa bem”, conta Edvânia.

Já a costureira, Maria Cícera Santos, residente no conjunto Salvador Lyra, está esperando desde 6h da manhã por um diagnóstico de sua irmã. “Ela estava passando muito mal, e acabei trazendo ela para o HGE. Parece uma virose, mas ninguém me disse o que era para fazer ou que remédios dar. Estou esperando há mais de oito horas apenas para saber o que ela tem”, relata Maria Cicera.

A secretaria da saúde irá distribuir aos municípios afetados mais de sete mil caixas de hipoclorito de sódio, como uma das ações para conter o surto no estado. 

Por Marcelo Terra

Apesar dos mais de 80 mil casos de diarreia e 51 mortes em Alagoas, somente em 2013, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) afirma que os números já estão estabilizados. Em coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (1), em Maceió, o secretário da Saúde, Jorge Villas Bôas, e a superintendente Estadual em Vigilância à Saúde, Sandra Canuto, disseram que irão distribuir 7.500 caixas de hipoclorito nos 25 municípios alagoanos que estão com o surto epidêmico.

Jorge Villas Bôas disse que todos os casos de morte ocasionados pelo surto serão investigados. “Vamos analisar todas essas mortes para saber realmente o que aconteceu”, disse.Segundo Sandra Canuto, a principal causa da diarreia foi a seca. A população consumiu água de cacimbas, carros-pipas e outras fontes. “Onde as pessoas achavam água ele as a utilizavam para consumo", explicou.

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Segundo o último boletim da Vigilância Epidemiológica da Sesau, o quantitativo de casos verificados nos seis primeiros meses deste ano é quase o dobro do registrado no mesmo período de 2012, onde foram contabilizados 45.633 casos. De acordo com as informações do levantamento, 46 municípios alagoanos estão em alerta e apenas 26 dentro da normalidade.

 

 

MACEIÓ (AL) - O surto de diarreia que atinge 27 municípios de Alagoas e já causou 37 mortes vai ser investigado pelo Ministério Público do Estado. A informação veio nesta quarta-feira (27), quando foi confirmado um encontro em Arapiraca (AL), entre procuradores e promotores que irão apurar os responsáveis pelo surto, procurando saber se houve omissão por parte do poder público.

O procurador, Geraldo Magela, explicou que será feito um levantamento, tendo por base os relatórios da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) dos municípios que foram atingidos pelo surto. “Após todas essas análises, elaboraremos uma estratégia de atuação, onde começará pela cobrança de explicações aos órgãos responsáveis pelo tratamento e distribuição da água nas cidades, que são eles: a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), as prefeituras, o Estado e até o Exército, que é responsável pelo transporte dos carros- pipas”, afirmou.

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A região mais atingida pela epidemia é o Agreste e o Sertão do Estado, de acordo com o relatório da Sesau. Entre os municípios atingidos estão a União dos Palmares, Estrela de Alagoas e  Palmeira dos Índios.  Neste último já foram registradas 10 mortes e mais de 7,2 mil atendimentos por diarreia somente este ano.

De acordo com a Sesau, o surto se deu por conta da água contaminada que é consumida pela população e ela pode ter vindo do sistema de abastecimento da Casal, dos carros-pipas, da distribuição ou venda particular de água por meio de carroças de burro e carros de boi que captam o líquido em locais contaminados ou ainda do uso da água da barragem.

A promotora, Michele Tenório, afirma que apenas no mês de maio deste ano, o número de atendimentos médicos por conta de casos de diarreia aumentou em mais de 200% em relação ao mesmo período de 2012. 

A gravidade do surto de gripe que atinge 47 Estados norte-americanos fez com que o governador de Nova York, Andrew Cuomo, declarasse estado de emergência de saúde pública no Estado, informa o site da rede BBC.

Cerca de 20 mil casos de gripe foram registrados no Estado de Nova York neste inverno, mais de quatro vezes o número de casos do mesmo período do ano passado.

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Na semana passada, 7,3% das mortes nos Estados Unidos foram causadas por pneumonia e gripe, porcentual imediatamente acima do nível considerado epidemia, informou o Centro para o Controle de Prevenção de Doenças (CDC, pela sigla em inglês). Os únicos Estados onde não há uma epidemia da doença são Califórnia, Havaí e Mississippi.

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