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O número de mortos na epidemia da febre hemorrágica do Ebola aumentou para 7.373 de um total de 19.031 casos registrados nos três países mais afetados do oeste da África (Serra Leoa, Libéria e Guiné), segundo o último balanço atualizado este sábado pela OMS, com dados coletados até 16 de dezembro.

Desde 17 de dezembro, data da publicação do balanço anterior da Organização Mundial da Saúde, o número de mortos aumentou em 458 e o de casos, em 428.

- Serra Leoa -

Serra Leoa, que registra o maior número de casos, contabilizou em 17 de dezembro 8.759 casos (contra 8.356 anteriormente) e 2.477 mortes (contra 2.085).

- Libéria -

A Libéria, durante muito tempo o país mais afetado pela epidemia, observou um abrandamento da propagação do vírus. Em 14 de dezembro, a Libéria tinha contabilizado 7.819 casos (7.797 anteriormente), sendo 3.346 fatais (contra 3.290 anteriormente).

- Guiné -

Na Guiné, onde a epidemia atual surgiu há cerca de um ano, 2.453 casos (2.416 anteriormente) foram registrados em 16 de dezembro, sendo 1.550 mortais (contra 1.525).

- Outros países afetados -

Além dos três países mais castigados pelo Ebola, o balanço de casos fatais se manteve inalterado: seis no Mali, onde o último paciente teve resultado negativo para o vírus em 6 de dezembro, um nos Estados Unidos e oito na Nigéria.

A Espanha e o Senegal, que se declararam livres do Ebola, tiveram um caso cada um, nenhum deles mortal.

O Ebola, um dos vírus mais perigosos para o homem na atualidade, afeta sobretudo o pessoal médico. Até 14 de dezembro, 649 funcionários sanitários tinham sido contaminados e 365 morreram, de acordo com a OMS.

O número de pessoas que se acredita terem contraído o vírus ebola passou de 10 mil, indicando que a doença continua se espalhando, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo a agência, o número de casos confirmados, prováveis e suspeitos subiu para 10.141, sendo que já foram registradas 4.922 mortes. Cerca de 200 novos casos foram registrados desde o último relatório, divulgado há quatro dias.

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A OMS alertou para a possibilidade de os números estarem subestimados, já que muitas pessoas nos países mais afetados não procuram ajuda médica. Fonte: Associated Press

A presidente da Libéria, Ellen Johson Sirleaf, levantou a possibilidade de que toda uma geração de africanos pode ser perdida devido à "catástrofe econômica" relacionada ao Ebola, informou neste domingo a rede de rádio e TV britânica BBC. Em carta, Ellen fez um apelo a todos os países para que unam esforços a fim de erradicar a doença.

Segundo a presidente, "todos temos um interesse na batalha contra o Ebola", porque o vírus "não respeita fronteiras". A carta foi enviada pela líder para ser lida nas emissoras da BBC pelo mundo. "O Ebola não é apenas uma crise de saúde. Em todo o Oeste da África, uma geração de jovens corre o risco de se perder pela catástrofe econômica", destacou.

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Ellen salientou ainda que "é o dever de todos nós, como cidadãos globais" enviar um sinal de que milhões de pessoas na África Ocidental não serão abandonadas à sua própria sorte "contra um inimigo que não conhecem e contra o qual não têm defesa".

O surto de ebola já matou mais de 4 mil pessoas no mundo. A doença deixou as fronteiras da África Ocidental, região mais afetada, e já se espalhou para outros países. Porém, os aeroportos do Brasil ainda não estão preparados para fiscalizar. Pelo menos, é o que relatam os passageiros que desembarcam no País. 

Como é o caso da administradora Eduarda Prado*, de 31 anos. Ela veio ao Recife de Angola, na África, para passar 15 dias de férias na capital pernambucana. Com o surto do vírus ebola na região onde Prado trabalha desde o início de 2014, a brasileira imaginou que, ao descer em solo pernambucano, fosse passar por uma espécie de fiscalização a fim de detectar se os passageiros estivessem com suspeita da doença, mas o pensamento da empresária foi frustrado.

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Tanto no embarque quanto no desembarque, a pernambucana não passou por nenhuma vistoria no aeroporto. “Não passei por nenhuma fiscalização nos aeroportos do Brasil. Confesso que achei isso muito estranho e até perigoso. Esperei, ao menos, que passassem algum sensor de temperatura em mim, para verificar se eu estava com febre, ou pelo menos um questionamento para saber de onde eu vim, mas isso também não aconteceu”, disse.

Neste mês de outubro, amigos da administradora também vieram da África para o Brasil e passaram pela mesma situação. “Temos um grupo no WhatsApp (aplicativo de troca de mensagens) no qual diversas pessoas relataram que também não passaram por nenhuma vistoria nos aeroportos do Brasil e também no do Recife”, comentou a empresária. 

Diante dos relatos, a reportagem do Portal LeiaJá procurou a Infraero a fim de saber como está sendo realizada as fiscalizações no Aeroporto. A resposta obtida foi de que a responsabilidade é de competência da Secretária de Saúde do Estado (SES). O órgão, no entanto, jogou o encargo para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

Em resposta, a Anvisa disse que segue as diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde para o controle de doenças em todo País. A fiscalização do vírus ebola, segundo a Agência, não fica de fora dos parâmetros. 

“A área de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Anvisa adota protocolo internacional para detecção e isolamento de casos suspeitos. A fiscalização de passageiros e cargas não é um fato novo”, esclareceu a assessora de imprensa da Agência, Lílian de Macedo. 

Com a suspeita do vírus no Brasil, a Anvisa adotou medidas ainda mais sérias. “Estamos enviando comunicados aos capitães de aeronaves e embarcações para que relatem casos suspeitos. Os casos incluem isolamento a bordo e o desembarque é realizado o mais rápido possível para um hospital de referência. Esse transporte é feito por ambulâncias específicas do SAMU, por meio de equipes com treinamento neste tipo específico de atendimento”, acrescentou a assessora.

Ainda de acordo com Macedo, os casos suspeitos são de pessoas que tenham circulado nos últimos 21 dias por Serra Leoa, Libéria ou Guiné e apresentaram os sintomas da doença. “Estes sintomas podem ser febre de início súbito, podendo ser acompanhada de sinais de hemorragia, como diarréia sanguinolenta, gengivorragia, enterorregia, hemorragias internas, sinais purpúricos e hematúria”, finalizou. 

*Nome fictício 

A Casa Branca informou que não está considerando restringir viagens como parte dos esforços de fronteiras para conter o vírus ebola. O órgão citou a eficácia de medidas de precaução já estabelecidas e a necessidade de manter o sistema de transportes aberto.

"Não há considerações sobre restringir viagens neste momento", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest. "Há um sistema de monitoramento muito sofisticado, multilateral para garantir que a viagens públicas são seguras."

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A declaração acontece após o diagnóstico do primeiro caso de ebola nos EUA, na cidade de Dallas. O paciente chegou ao país após viajar da Libéria. A Casa Branca deve detalhar nesta sexta-feira sua resposta à pandemia de ebola, responsável por milhares de mortes na África Ocidental. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um paciente com sintomas que poderiam ser do vírus mortal Ebola, e que viajou recentemente à Nigéria, foi internado nesta sexta-feira (3) em um hospital de Washington, informou à AFP um porta-voz da instituição.

"Podemos confirmar que um paciente deu entrada no Howard University Hospital, em condições estáveis, após fazer uma viagem à Nigéria e apresentar sintomas que poderiam ser associados ao Ebola", disse Kerry-Ann Hamilton, porta-voz do centro médico.

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"Como medida de extrema precaução, ativamos os protocolos de infecção adequados, inclusive o isolamento do paciente", prosseguiu. Não foram dados maiores detalhes sobre a pessoa infectada.

A Nigéria é um dos cinco países da África ocidental mais afetados pela pior epidemia de Ebola de que se tem notícia. Desde o início do ano, esta febre hemorrágica infectou mais de 7.000 pessoas e matou cerca da metade.

Os sintomas do Ebola incluem febre, dores musculares e nas articulações, vômito e diarreia. O vírus é transmitido por contato com fluidos corporais do doente, no momento em que está apresentando os sintomas.

Na terça-feira, anunciou-se o diagnóstico do primeiro caso de Ebola nos Estados Unidos. Trata-se de um homem de nacionalidade liberiana, que viajou para o Texas e ficou doente dias depois de chegar. Atualmente, ele está em quarentena, sua família foi isolada em seu apartamento - sob vigilância de um policial - e as autoridades buscam as pessoas com as quais ele manteve contato.

Enquanto isso, a emissora de TV NBC News informou que um de seus jornalistas, um cinegrafista freelance, será repatriado nesta sexta-feira, após contrair o Ebola na Libéria. Trata-se do quarto americano que se contagia com Ebola no país, depois que três missionários cristãos foram infectados em centros médicos.

Oficiais da saúde do Texas estavam monitorando, nesta sexta-feira (3), 100 pessoas com sinais do Ebola e ordenaram que quatro parentes próximos fiquem em casa enquanto as autoridades investigam o primeiro caso confirmado da doença. O paciente, identificado como Thomas Eric Duncan, viajou da Libéria para o Texas em setembro e começou a apresentar os sintomas aproximadamente uma semana antes de ser diagnosticado e isolado, causando preocupações sobre quantas outras pessoas podem ter sido expostas.

Autoridades da saúde estão monitorando uma lista de aproximadamente 100 pessoas que podem ter tido algum nível de contato com Duncan. "Nós estamos começando com esta rede, incluindo pessoas que tiveram até mesmo breves encontros com o paciente", afirmou o Departamento de Serviços de Saúde do estado do Texas em sua conta no Twitter.

"O número cairá conforme nós nos focarmos naqueles casos em que o contato pode representar um risco potencial de infecção", adicionou. Enquanto isso, os quatro familiares serão legalmente instruídos a permanecer em suas casas sem receber visitas até o dia 19 de outubro.

Também será exigido que eles forneçam amostras de sangue, concordem em se submeter a qualquer exame de saúde e reportem qualquer sintoma do Ebola, como febre, dores musculares, vômito e diarreia. "Nós testamos protocolos para proteger o público e impedir a disseminação da doença", declarou David Lakey, comissário de saúde do Texas.

"Esta ordem nos dá a capacidade de monitorar a situação da maneira mais meticulosa", acrescentou. O homem infectado foi liberado do hospital em 26 de setembro, mas só foi formalmente diagnosticado com Ebola no dia 30 de setembro.

O período de incubação do Ebola é de até 21 dias depois da exposição. Pacientes infectados são contagiosos apenas quando começam a apresentar os sintomas, e o vírus só pode ser transmitido por contato direto através de fluidos corporais.

O sobrinho de Duncan, Josephus Weeks, disse à NBC News, na quarta-feira, que havia ligado para o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos no dia 28 de setembro com a preocupação de que seu tio não estivesse recebendo os cuidados apropriados. "Eu liguei para o CCPD para que algumas medidas fossem tomadas porque estava preocupado com sua vida. Ele não estava recebendo cuidados apropriados", disse Weeks.

"Fiquei com medo de que outras pessoas também pudessem ser infectadas se ele não fosse tratado", disse Weeks à NBC via Skype. Um oficial do hospital no qual Duncan está sendo tratado disse, na quarta-feira, que o paciente havia informado a uma enfermeira em seu primeiro exame, em 26 de setembro, que tinha viajado recentemente para a África. Tal informação, combinada com os sintomas, deveria ter levado o hospital a considerar imediatamente a possibilidade de Ebola.

"Lamentavelmente, essa informação não foi completamente comunicada para toda a equipe", disse Mark Lester, vice-presidente executivo dos Serviços de Saúde do Texas. A informação foi enviada para casa porque a equipe médica "sentiu que, clinicamente, era uma doença viral comum de baixa intensidade".

A África Ocidental enfrenta o maior surto desse vírus hemorrágico na história, que já causou a morte de mais de três mil pessoas este ano.

O primeiro caso de ebola foi diagnosticado nos EUA, informou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglÊs). Autoridades de saúde federais confirmaram que um paciente tratado em um hospital em Dallas foi testado positivamente com ebola.

De acordo com a Sky News, o paciente é um homem infectado na Libéria que viajou para o Texas, onde foi hospitalizado com sintomas confirmados de serem causados pelo vírus fatal.

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O Hospital Presbiteriano de Saúde de Texas informou que recebeu um paciente não identificado que está sendo mantido isolado. Funcionários do hospital afirmaram que estão seguindo as recomendações do CDC para manterem a equipe médicas e pacientes a salvo. Fonte: Dow Jones Newswires.

Pelo menos 3,7 mil crianças da Guiné-Conacri, da Libéria e de Serra Leoa ficaram órfãs, tendo perdido pelo menos um dos seus pais, devido ao vírus ebola, indicam estimativas do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgadas nesta terça-feira (30). O Unicef alertou que, como a epidemia se intensificou nas últimas semanas, o número de órfãos por causa do vírus pode duplicar até meados de outubro.

“Sabemos que os números que temos são apenas a ponta do iceberg”, disse Manuel Fontaine, diretor regional do Unicef para a África Ocidental, em uma videoconferência a partir de Dacar, capital do Senegal. Um dos principais problemas enfrentados por esses menores é o repúdio por parte da família por receio de que possam transmitir a doença.

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“Vemos que alguns familiares ou vizinhos lhes dão de comer, mas poucos querem acolhê-los”, disse Fontaine, salientando ser “raríssimo na África que a família não assuma o cuidado das crianças”, o que “mostra o medo que reina”.

Diante da situação, o Unicef está tentando criar centros infantis para acolher os órfãos. Uma das possibilidades é que os que sobreviveram ao vírus fiquem encarregados das crianças. De acordo com os dados divulgados pelo Unicef, dos mais de 3.100 mortos por causa do ebola, 15% eram menores de 15 anos.

As Nações Unidas informaram que de um total de US$ 987 milhões solicitados para a luta contra o ebola, apenas US$ 254 milhões foram recebidos até agora, o que corresponde a 26%. Em seis meses, o ebola infectou 6.553 pessoas, na maior epidemia da doença registrada desde que o vírus foi descoberto em 1976 no antigo Zaire, que é atualmente a República Democrática do Congo.

 

 

Ultrapassa 3 mil o número de pessoas que morreram em decorrência do surto de ebola na África Ocidental, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo atualização dos dados da agência, subordinada à Organização das Nações Unidas (ONU), subiu para 3.091 o total de vítimas de casos confirmados, suspeitos ou possíveis do vírus ebola. O número de casos relatados totaliza 6.574.

No balanço anterior, divulgado na última quinta-feira (25), a OMS relatou que 2.917 pessoas tinham morrido de ebola dentre 6.263 casos em cinco países do oeste africano afetados pela doença, até 21 de setembro.

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A doença permanece concentrada em países da África Ocidental. Juntos, Libéria, Guiné e Serra Leoa, registraram 3.083 mortes - 99,7% do total. Outras 42 mortes foram registrados na República Democrática do Congo. Segundo a OMS, não há novos casos confirmados na Nigéria ou em Senegal, outros dois países onde o vírus foi confirmado.

Do total de vítimas, 211 eram profissionais da área da saúde. Para a Organização, a exposição de médicos, enfermeiros e auxiliares é "uma característica preocupante dessa epidemia".

Na última sexta-feira, a OMS anunciou que milhares de doses de vacinas experimentais contra o ebola devem estar disponíveis nos próximos meses e poderão, eventualmente, ser dadas a trabalhadores da saúde e a outras pessoas que tiveram contato com doentes.

Também nessa sexta-feira, o Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou a liberação de US$ 130 milhões para os países mais afetados pelo surto de ebola. Guiné vai ter à sua disposição US$ 41 milhões, a Libéria poderá retirar até US$ 49 milhões e Serra Leoa receberá até US$ 40 milhões.

O financiamento deve ajudar a cobrir o rombo na balança de pagamentos e nos orçamentos dos países provocado em função da epidemia. A estimativa é de um déficit de US$ 100 milhões em cada um dos países.

O missionário espanhol que contraiu ebola enquanto trabalhava como diretor médico de um hospital em Serra Leoa chegou à Espanha para tratamento. O irmão Manuel García Viejo, de 69 anos, foi levado ao centro de saúde Carlos III, em Madrid, e examinado na manhã de segunda-feira (22), disseram autoridades.

O religioso está com febre e desidratado, e seus rins e fígado foram muito afetados pela doença, informou o chefe de clínica médica do hospital, Francisco Arnalich, em coletiva de imprensa. "A situação dele é séria", acrescentou.

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García, um especialista em clínica médica e doenças tropicais, é membro da Ordem Hospitaleira de São João de Deus, uma congregação católica apostólica romana que dirige uma instituição de caridade para vítimas do ebola. Ele trabalhou na África durante 30 anos, e passou os últimos 12 anos como diretor de medicina de um hospital em Lunsar, no norte de Serra Leoa.

A ordem da qual o religioso participa notificou o governo espanhol no sábado sobre seu desejo de voltar ao país. No domingo, um avião militar da Espanha foi enviado para buscá-lo. Essa foi a segunda vez que um cidadão espanhol retornou da África desde o início do surto mais recente de ebola.

O missionário não recebeu tratamento com a droga experimental Zmapp, usada em outros pacientes, porque não havia estoque suficiente do medicamento, afirmou uma autoridade do hospital de Madrid. Em vez disso, os médicos estudam outros tratamentos experimentais aprovados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Mais de 2,6 mil pessoas morreram no Oeste da África nos últimos nove meses, na maior epidemia do vírus já registrada. Cerca de um quinto dessas mortes ocorreram em Serra Leoa. Fonte: Dow Jones Newswires.

A epidemia de Ebola deixou 2.793 mortos na África Ocidental, em 5.762 casos registrados, segundo o mais recente balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS) com data de 18 de setembro e publicado nesta segunda-feira (22).

A Libéria, de longe o país mais atingido, registrou 1.578 mortes em 3.022 casos, segundo relatório publicado pela representação africana da OMS. Na Guiné foram 623 mortes, em 965 casos, e em Serra Leoa, 584 mortes, em 1.753 casos.

Na Nigéria, foram registradas oito mortes em 21 casos. No Senegal, apenas um caso foi registrado, o de um estudante originário da Guiné. Na semana passada, o Conselho de Segurança da ONU adotou uma resolução que classifica a epidemia de Ebola como uma "ameaça à paz e à segurança internacionais", e pediu que os países forneçam ajuda urgente para a luta contra o avanço da doença.

A resolução foi adotada de forma unânime depois de o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, ter advertido que o número de infectados pelo Ebola está duplicando a cada três semanas.

A presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, pediu nesta quarta-feira (17) que o mundo faça mais para encerrar o surto de ebola, dizendo que a "Libéria não pode derrotar a doença sozinha". Na terça-feira, o presidente Barack Obama anunciou que vai ordenar o envio de 3 mil militares para a África ocidental para ajudar a conter a doença, que já matou pelo menos 2.400 pessoas.

Os Estados Unidos planejam o envio de 17 centros de tratamento, com 100 leitos cada, para a Libéria, país que tem sido mais atingido pelo surto. A presidente Sirleaf disse nesta quarta-feira que o compromisso é significativo, mas que espera que esta determinação para combater a doença esteja apenas começando.

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"Nós esperamos que esta decisão dos Estados Unidos estimule o resto da comunidade internacional e a leve a agir", declarou ela em comunicado por escrito lido pelo ministro da Informação, Lewis Brown, durante coletiva de imprensa. "Esta doença não é apenas uma problema na Libéria ou da África ocidental. Toda a comunidade de nações tem interesse em encerrar esta crise."

O surto de ebola na África ocidental também atinge a Guiné, Serra Leoa, Senegal e Nigéria. Acredita-se que tenha infectado cerca de 5 mil pessoas. Trata-se do maior surto da doença já registrado. Segundo especialistas médicos, os três países mais atingidos - Libéria, Serra Leoa e Guiné - precisam desesperadamente de todo o tipo de apoio para conter o ebola, de trabalhadores da área da saúde a roupas de proteção para evitar que se contaminem.

Nas última semanas, promessas de ajuda aumentaram significativamente e Sirleaf elogiou o compromisso de Obama, que está entre as maiores promessas de ajuda de um único país. A Libéria foi fundada por ex-escravos norte-americanos e os dois países têm laços estreitos.

Mas, embora ela tenha saudado a ajuda, Sirleaf lembrou que os planos têm de ser formalizados. Autoridades norte-americanas esperam abrir os primeiros centros de tratamento em algumas semanas, mas não está claro quando todos os funcionários e equipamentos estarão instalados.

Autoridades da área médica advertiram que a janela para acabar com o surto está se fechando e que as promessas devem ser convertidas em ação rapidamente. A Austrália anunciou nesta quarta-feira que vai enviar mais US$ 6,4 milhões para combater a doença. A Organização das Nações Unidas (ONU) estimou em US$ 1 bilhão o custo para conter o Ebola. Fonte: Associated Press.

O vírus ebola matou perto de 2,3 mil pessoas na África Ocidental desde o início da epidemia, no começo do ano, anunciou nesta terça-feira (9) a Organização Mundial da Saúde (OMS), sublinhando que quase metade dos casos mortais foram assinalados nos últimos 21 dias.

A febre hemorrágica ebola fez 2.296 mortos em 4.293 casos (confirmados, prováveis e suspeitos), segundo o último balanço da OMS, referente a dados verificados até 06 de setembro. O balanço anterior, publicado na sexta-feira, registrava 2.105 mortos em 3.967 casos assinalados.

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De acordo com dados atualizados, foram 1.224 mortes na Libéria, 555 na Guiné-Conacri e 509 em Serra Leoa. A agência das Nações Unidas relata ainda oito mortos na Nigéria, em 21 casos (confirmados, prováveis e suspeitos), além de três casos no Senegal, entre os quais só um confirmado por enquanto.

Nos três países mais afetados pela epidemia, 47% dos casos mortais e 49% dos novos casos foram assinalados nos últimos 21 dias. “A progressão dos casos continua a aumentar nos países onde a contaminação acontece em larga escala, e de forma intensa”, indicou a organização, que na semana passada alertou que a Libéria contaria “muitos milhares de novos casos nas próximas três semanas”.

Com essa previsão, a OMS pretendeu alertar os parceiros internacionais que estão tentando ajudar a Libéria para a necessidade de se prepararem para “aumentar os esforços atuais em três ou quatro vezes”. O ebola tem fustigado o Continente Africano regularmente desde 1976, sendo o atual surto o mais grave desde então. A OMS decretou, em 08 de agosto, estado de emergência na saúde pública mundial.

A principal enviada da Organização das Nações Unidas (ONU) à Libéria informou que ao menos 160 trabalhadores da Saúde contraíram ebola e 80 morreram durante a epidemia no País. Karin Landgren considerou o surto uma "praga contemporânea" que cresce exponencialmente.

Landgren disse ao Conselho de Segurança da ONU nesta terça-feira que a maioria dos trabalhadores passou longos períodos sem o equipamento de proteção adequado, treinamento ou salário. Ela contou que "os ritos funerários locais, que envolvem o toque e a lavagem dos mortos, levaram a incontáveis novas mortes, e precisarão ser substituídos por rituais mais seguros, o que demandaria compromisso religioso e líderes tradicionais".

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O ministro da Defesa da Libéria, Brownie Samukai, disse ao conselho que a "Libéria enfrenta uma ameaça séria à sua existência nacional". Ele afirmou que "a negação insistente, as práticas tradicionais, os rituais religiosos, o medo e a resistência comunitária continuam sendo obstáculos para o progresso". Fonte: Associated Press.

Um hospital de Atlanta informou nesta segunda-feira que um novo paciente infectado com ebola será trazido do Oeste da África para sua unidade de tratamento isolada. O Hospital da Universidade de Emory afirmou que o doente deve chegar na terça-feira (9) pela manhã.

O porta-voz da Força Aérea, tenente-coronel James Wilson, disse que avião trazendo o paciente pousaria na base aérea de Dobbins, nas proximidades de Atlanta. O hospital não publicou mais nenhum detalhe sobre o infectado.

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Dois trabalhadores da Saúde que haviam contraído o ebola enquanto trabalhavam na Libéria foram tratados com sucesso em Emory no mês passado. Um terceiro paciente está sendo tratado em Nebraska. Fonte: Associated Press.

Os Estados Unidos e a Inglaterra planejam, enviar funcionários do Exército para ajudar a conter a epidemia de ebola no Oeste da África. Nesta segunda-feira (8), a Organização Mundial da Saúde alertou que milhares de novas infecções devem surgir na Libéria nas próximas semanas.

O surto atual de ebola é o maior registrado na história. A doença se espalhou da Guiné para Serra Leoa, Libéria, Nigéria e Senegal, matando mais de duas mil pessoas. Até o momento, mais de 3,5 mil pacientes foram infectados, quase a metade deles na Libéria. Segundo a agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU), um "crescimento exponencial" de novos casos é esperado para as próximas semanas.

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"Assim que uma nova instalação de tratamento do ebola é aberta, imediatamente o centro se enche de pacientes, a ponto de superlotar, o que aponta para um número grande de casos invisíveis", afirmou a OMS em um depoimento sobre a situação na Libéria nas próximas três semanas.

Como resposta para o desastre, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse neste domingo que o Exército do país ajudaria a montar unidades de isolamento e providenciar segurança aos trabalhadores da saúde que tratam da epidemia. Militares devem instalar um hospital de campanha com 25 camas na capital da Libéria, afirmou o porta-voz do Pentágono coronel Steven Warren nesta segunda-feira. A clínica será usada para tratar funcionários da Saúde, muitos dos quais ficaram doentes no surto.

Assim que for construído, o centro será entregue ao governo do país. Não existe plano para que os membros do Exército norte-americano sirvam como funcionários do hospital, disse Warren. O governo liberiano recebeu bem a notícia. "Esta não é uma luta particular da Libéria, é uma luta na qual a comunidade internacional deve se engajar de forma muito, muito séria, e enviar todos os recursos possíveis", afirmou o ministro das Informações liberiano, Lewis Brown.

Além disso, o Reino Unido deve abrir um centro de tratamento com 62 camas em Serra Leoa nas próximas semanas. A unidade será operada por engenheiros militares e funcionários da Saúde, com ajuda da organização sem fins lucrativos Save the Children, informou o Departamento britânico para Desenvolvimento Internacional nesta segunda-feira. A clínica também vai incluir uma seção especial para tratar trabalhadores da Saúde, oferecendo a eles cuidado especializado de alta qualidade, afirmou o depoimento. Fonte: Associated Press.

Pesquisadores da universidade japonesa de Nagasaki desenvolveram um método simples e barato que pode detectar a presença do vírus ebola em meia hora. Desenvolvido por cientistas em conjunto com a empresa Eiken, o novo método ajudará a detectar, de forma mais rápida, o vírus, que pode levar à morte e que está afetando gravemente vários países da África Ocidental, onde já causou mais de 1.500 mortes.

O novo exame, que utiliza uma substância desenvolvida para detectar, amplificando ou aumentando, apenas os genes específicos do vírus, pode pode ser feito em um tubo de ensaio aquecido até 60 ou 65 graus Celsius.

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Para a realização de todo o processo é necessária apenas uma pequena pilha, pelo qual o teste é adequado para as regiões afetadas pelo ebola, disse o responsável pelo Departamento de Doenças Infeciosas da Universidade de Nagasaki, Jiro Yasuda.

O procedimento mais utilizado atualmente, o teste molecular RT-PCR, demora até 24 horas, requer uma equipe dedicada e o fornecimento estável de eletricidade, o que torna difícil aplicá-lo nas regiões com escassa infraestrutura energética.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que a epidemia de ebola, que afeta a África Ocidental, é uma das emergências sanitárias mais complexas dos últimos anos, e que são necessários pelo menos US$ 490 milhões para tentar conter os contágios, que estão aumentando de forma significativa.

No atual surto, o vírus ebola contagiou 3.069 pessoas, das quais 1.552 morreram, segundo o mais recente levantamento da OMS.

Por Pollyanne Brito

Com o surto do vírus ebola na África do Sul, a Secretaria de Saúde do Estado, emitiu nesta segunda-feira (1°) uma nota técnica para que a população veja como proceder em caso de contaminação ou suspeita da doença - mesmo com o risco baixo de contágio em Pernambuco e no Brasil.  O intuito é expandir o conhecimento sobre a doença para profissionais de saúde, além de reforçar medidas para prevenção e controle de infecção nos níveis de atenção aos serviços de saúde.

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De acordo com a Vigilância, é necessário que qualquer pessoa evite o contato direto com os pacientes com suspeita do vírus. Para um contato seguro, é preciso estar com o equipamento adequado para que outras pessoas não sejam contaminadas e isolar o paciente. A transmissão do Ebola ocorre após o aparecimento de vários sintomas como febre, dores fortes de cabeça, inflamação na gargante e dores fortes no corpo. Confira mais dicas de prevenção abaixo:

- Evitar tocar superfícies com as luvas ou outros Equipamento de Proteção Individual (EPI) contaminados ou com mãos contaminadas;

- Não circular dentro do hospital usando os EPI; estes devem ser imediatamente removidos ao sair do quarto de isolamento;

- Restrição do número de pessoas que entram no quarto de isolamento, definindo-se, inclusive, uma equipe exclusiva para o atendimento daqueles com suspeita de infecção pelo vírus Ebola;

- O acesso ao quarto de isolamento deve ser controlado, mantendo-se o registro do nome de todas as pessoas que nele tenham ingressado, pelo menos uma vez (não é necessário registrar entradas sucessivas);

- Eliminar ou restringir o uso de itens compartilhados por pacientes e também  utilizados pelos profissionais de saúde como canetas, pranchetas e telefones. Confira a nota técnica na íntegra AQUI

A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu nesta quinta-feira que o número de pessoas afetadas pelo vírus do ebola pode subir para 20 mil nos próximos nove meses e projetou que cerca de meio bilhão de dólares serão necessários para financiar os esforços com o objetivo de interromper a disseminação da doença.

Em documento publicado nesta quinta-feira, a agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU) disse que o surto da doença "continua a se acelerar". Mais de 40% dos casos relatados surgiram nas últimas três semanas, diz o relatório.

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Autoridades de saúde dos quatro países afetados - Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa - relataram 3.069 casos da doença desde o início do surto, em dezembro. O ebola é causado por um vírus que provoca febre tão alta que leva à perfuração de vasos sanguíneos e, consequentemente, a hemorragia interna. A doença, para a qual não existe vacina ou tratamento comprovado, já matou 1.552 pessoas.

"Isso ultrapassa em muito os números qualquer outro surto de ebola. O maior surto registrado anteriormente foi de 400 casos", disse o doutor Bruce Aylward, diretor-geral assistente para emergências operacionais da OMS, aos jornalistas.

"Não estamos dizendo que esperamos 20 mil casos", declarou ele. "Mas temos de ter um sistema implantado para que possamos lidar com números robustos.

"O que vemos hoje, em contraste com surtos anteriores de ebola, são vários pontos com infectados nesses países e não um surto numa única e remota área de floresta, o tipo de ambiente com o qual tínhamos de lidar no passado. Por fim, não são apenas vários pontos de infecção em um país, mas sim uma doença internacional." Outra questão, lembrou ele, é a dificuldade em lidar com o ebola em cidades grandes e áreas amplas.

A OMS, cuja sede fica em Genebra, disse em seu relatório - considerado um roteiro para confrontar o ebola - que é necessário melhorar as instalações laboratoriais e aumentar o número as equipes com mais experiência para conter o surto. A infraestrutura de saúde pública também precisa ser melhorada para lidar com futuras ameaças.

O roteiro apresentado pela OMS presume "que em muitas áreas de transmissão intensa, o número verdadeiro de casos pode ser quatro vezes maior do que o registrado atualmente". O relatório pede o estabelecimento de centros de isolamento para infectados pelo ebola e que o sepultamento das vítimas que seja supervisionados por especialistas, entre outras medidas mais específicas para conter a doença.

Segundo a agência da ONU, levar especialistas em saúde para as regiões afetadas pelo surto é uma prioridade urgente, mas lembrou que isso tem se tornado mais difícil depois de companhias aéreas internacionais, dentre elas Air France, British Airways e Emirates Airlines terem suspendido voos para alguns dos quatro países afetados.

O doutor Aylward disse que a agência está pedindo às companhias aéreas que levantem a maior parte de suas restrições de viagem para países afetados porque uma ligação aérea previsível é necessária para lidar com a crise.

O programa da OMS deve custar por volta de US$ 490 milhões e exigir contribuições de governos regionais, da ONU e de organizações não governamentais, assim como de organizações humanitárias.

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