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O secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, instituiu o Comitê de Política Fiscal (Copof), fórum interno de discussão que irá subsidiar a atuação do Tesouro quanto ao planejamento fiscal de médio e longo prazo. As diretrizes para o funcionamento do novo colegiado estão descritas em portaria no Diário Oficial da União (DOU). O texto considera médio prazo o período de cinco anos, incluído o exercício corrente, e longo prazo, o período mínimo de dez anos.

Entre as atribuições, o Copof terá de elaborar, anualmente, um novo instrumento denominado Plano Estratégico Fiscal (PEF) e manifestar-se previamente sobre as propostas de políticas públicas, de projetos de lei de natureza orçamentária e financeira, em especial o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) e os instrumentos de avaliação do cumprimento da legislação orçamentária e financeira, particularmente os previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

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O grupo será composto por subsecretários e coordenadores-gerais do Tesouro. O secretário do Tesouro Nacional e o seu secretário adjunto participarão das reuniões do Copof sempre que entenderem necessário. As reuniões do grupo ocorrerão trimestralmente, preferencialmente nos meses de março, junho, setembro e dezembro de cada ano.

O ministro da Fazenda afirmou nesta quarta-feira (7) que a desindexação da economia é importante e que reduz as dificuldades de conduzir a política monetária e a torna menos onerosa. Conforme antecipou o Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado), o ministro apoia a desindexação e está começando os trabalhos com o setor elétrico.

"Conseguimos alcançar a estabilidade da moeda, mas como a gente ainda tem essa lembrança do tempo inflacionário e de que tudo tem que ter um reajuste igualzinho olhando para trás e é a única coisa que todo mundo olha, para trás, a gente acaba tendo inércia na economia, o que dificulta e que torna a política monetária mais difícil de ser conduzida e mais onerosa", disse, durante o V Congresso Internacional sobre Qualidade do Gasto Público, em Brasília.

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Segundo Levy, a decisão de começar com o setor elétrico foi negociada com o segmento, que, segundo ele, tem ido bem e enfrentado desafios da seca com muita transparência. "A gente já começou de maneira muito focada e negociada na parte da energia para as (indústrias do) setor eletro intensivo, está sendo agora aprovada pelo Congresso e foi negociada com o setor", ressaltou.

No setor privado, o ministro da Fazenda citou Gerdau como um dos apoiadores da desindexação. "Há grandes defensores no setor privado para que a gente passe para a desindexação e diminua os grilhões que nos amarram ao passado. O doutor Gerdau é um dos que mais defende esse assunto para que a gente olhe para frente toda vez que discuta preços e contratos e isso vai facilitar a queda de juros do futuro". "Então, começar esse trabalho da desindexação é importante e é uma das coisas estruturais junto com a própria reorganização da arquitetura financeira e financiamento da economia e temos que começar a trabalhar se estamos querendo ter certeza que o crescimento que teremos assim que resolver as questões fiscais imediatas serão sustentáveis", continuou.

O ministro defendeu ainda a necessidade de medidas concretas para possibilitar a desindexação. "Temos que estar estudando medidas concretas, que não são necessariamente radicais, são medidas que você vai construindo ao longo do tempo", ponderou. Levy ressaltou ainda que ter como foco a inflação futura é mais importante para a tomada de decisões e isso deve ser levado em consideração na discussão sobre preços e contratos.

Eficiência do gasto público

Levy ressaltou a necessidade de o governo melhorar a eficiência do gasto público. Segundo ele, é preciso estar atento à capacidade da sociedade de financiar os custos das atividades que o governo faz para atender às demandas da própria sociedade.

O ministro citou serviços essenciais à produção, como a defesa sanitária. "Se a gente não tem esse serviço funcionando adequadamente mesmo que de forma delegada para Estados e municípios, temos dificuldade de fazer a economia exportar e não somos reconhecidos em outros países", afirmou. Para o ministro, o importante é que o governo esteja sempre prestando atenção em como e em o que ele está gastando para que os recursos públicos tenham o melhor destino.

O dirigente da Fazenda ressaltou os custos obrigatórios do governo com aposentadoria, saúde e programas de assistência social. "No Brasil, 40% do custo do gasto público do governo federal é com aposentadorias, outra parte significativa é com a saúde e temos também vários programas assistenciais de transferência de renda que são muito importantes", disse.

IRB

O ministro afirmou nesta quarta-feira que ainda não tomou uma decisão quanto ao adiamento de abertura de capital do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB). "Ainda não tomei decisão nenhuma sobre o IRB", disse.

No início do mês, o governo decidiu adiar a abertura de capital da Caixa Seguridades. As operações foram anunciadas pelo governo e são necessárias para que o governo cumpra a meta fiscal de 2015.

Com o adiamento, as receitas podem não entrar no caixa este ano. O governo conta com R$ 5 bilhões em concessões e permissões em 2015. A meta de superávit para a União é de R$ 5,8 bilhões.

O superintendente da área de infraestrutura do BNDES, Nelson Fontes Siffert Filho, afirmou que existe perspectiva de o banco de fomento não contar mais com desembolsos do Tesouro, já que isso tem impacto fiscal. Segundo ele, os financiamentos totais liberados pelo BNDES este ano devem cair ante 2014, mas na área de infraestrutura haverá crescimento de 4%. Isso mesmo com a desaceleração da economia e os efeitos da operação Lava Jato, da Polícia Federal.

O representante do BNDES lembrou que, desde 2009, o Tesouro repassou quase R$ 400 bilhões à instituição, o que permitiu o seu crescimento e a destinação de financiamentos para a economia brasileira. "Este ano o banco não teve captação junto ao Tesouro e a tendência é se sustentar com o funding que dispõe hoje", explicou. Segundo ele, em 2015 mais de 90% do funding virá do retorno de investimento passados.

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Contrariando o que o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, vinha dizendo até recentemente, Siffert afirmou que o ambiente atual de Selic elevada e TJLP em alta gera condições não muito adequadas de atratividade para que os mercados de capitais ajudem no financiamento dos projetos de infraestrutura. "Temos de aproveitar 2015 e 2016 para originar os projetos, planejar, colocar em leilão. Com a perspectiva de a Selic cair em 2017 e a convergência da TJLP, a possibilidade de emissão de debêntures cresce muito", afirmou. Coutinho vinha dizendo que isso ocorreria já em 2016.

Siffert disse que o BNDES deve se preparar para contribuir com um cenário no qual a infraestrutura representará um motor de crescimento da economia. "O ideal seria que os desembolsos para infraestrutura saíssem do patamar atual de R$ 8 bilhões para algo em torno de R$ 24 bilhões, R$ 25 bilhões, mas não só com o BNDES, com uma maior participação do setor privado, com os outros R$ 17 bilhões. Esses investimentos têm externalidades sobre a economia que são bastante expressivas, aumentam a competitividade", afirmou.

Ele afirmou que, entre os Brics, o Brasil é o que possui maior participação privada no financiamento de infraestrutura e que se o governo conseguir avançar com os projetos do Programa de Investimento em Logística (PIL), a taxa de investimento em relação ao PIB pode superar 20% nos próximos anos.

O superintendente lembrou que o BNDES tem atualmente 422 projetos em sua carteira, sendo 66% aprovados e em desenvolvimento, 28% em análise e 6% em carta consulta.

Em meio a um mercado volátil e com o dólar acima dos R$ 4,00, o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, afirmou que o Tesouro Nacional está preparado para qualquer crise que venha a ser enfrentada e que tem um bom caixa. Segundo o secretário, o Tesouro está pronto para atuar. "O mercado está muito volátil e precisamos de serenidade para a escolha da estratégia", disse. "Se for necessário, Tesouro fará nova sequência de leilões", frisou.

Para ele, as aberturas de capital tanto do IRB quanto da Caixa Seguridade, que ajudariam nos resultados fiscais deste ano, ainda fazem parte das previsões do governo e ressaltou que não recebeu sinalização para interromper as operações de IPO.

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O secretário ponderou ainda que a abertura de capital do IRB, que estava prevista para acontecer até o dia 2 de outubro, pode ser postergada. "Podemos sempre adequar o programa", disse. Sobre a Caixa Seguridade, Saintive ressaltou que ainda não há decisão sobre se o IPO acontecerá ainda em 2015.

O estoque da dívida pública federal (DPF) subiu 3,16% em agosto, quando atingiu R$ 2,686 trilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 28, pelo Tesouro Nacional. Em julho, o estoque estava em R$ 2,603 trilhões.

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 36,89 bilhões no mês passado. A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 3,1% e fechou o mês em R$ 2,551 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 4,35% maior, somando R$ 134,32 bilhões (US$ 36,83 bilhões) no mês passado.

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A parcela de títulos prefixados na DPF subiu de 41,32% em julho para 41,59% em agosto. Os papéis atrelados à Selic aumentaram a fatia no período de 20,64% para 21,28%. Os títulos remunerados pela inflação caíram para 31,99% do estoque da DPF em agosto, ante 33% em julho. Os papéis cambiais tiveram a participação ampliada de 5,04% em julho para 5,14% no mês passado.

Os papéis atrelados à inflação estão fora das bandas do Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2015. O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para títulos que têm o índice de preço como referência é de 33% a 37%. Todos os outros papéis estão dentro das metas do PAF de 2015. O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para títulos prefixados é entre 40% e 44%. Para os títulos remunerados pela Selic vai de 17% a 22%. No caso dos que têm o câmbio como referência, a meta é de 4% a 6%.

A participação dos investidores estrangeiros no estoque da DPMFi caiu de 19,56% em julho para 19,14% em agosto, somando R$ 488,51 bilhões, segundo os dados do Tesouro Nacional. Em julho, o estoque nas mãos de estrangeiros estava em R$ 484,07 bilhões.

A parcela das instituições financeiras no estoque da DPMFi teve queda de 25,96% em julho para 25,48% em agosto. Os fundos de investimentos aumentaram a fatia de 19,85% para 20,53%. Já as seguradores tiveram queda na participação de 4,15% para 4,07%.

O Brasil enfrenta uma crise fiscal, mas, paradoxalmente, nunca houve tanto dinheiro no caixa do Tesouro Nacional como agora. Ao final de junho de 2015, o saldo das disponibilidades financeiras do governo federal no Banco Central superou R$ 774 bilhões, o equivalente a 13,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse é um número recorde. Pela série histórica, publicada desde janeiro de 2000,a média anual foi de 9,6% do PIB. Mesmo comparado com a posição de um ano antes, o saldo aumentou em 1,6 ponto do PIB. Os números fazem parte de um estudo do especialista em contas públicas José Roberto Afonso, que será publicado no fim deste mês pela FGV-RJ.

"Esse paradoxo de ter uma exuberância financeira com crise fiscal advém da forma como se mede o resultado primário, que se dá pelo regime de caixa, e não de competência", diz Afonso. Ele levantou a chamada "conta financeira" do governo, formada pelo dinheiro que entra nos cofres pela emissão de títulos públicos, por parte do Tesouro Nacional, e das operações compromissadas, feitas pelo Banco Central.

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"De onde veio tanto depósito para o caixa do governo?", questiona Afonso, que responde: "O governo se endividou para entesourar". A venda de títulos públicos tem sido tão grande que, recentemente, o Tesouro foi obrigado a aumentar o limite do Plano Anual de Financiamento (PAF) deste ano e explicou que fez isso para fazer frente à demanda dos investidores por papéis do governo, que pagam juros elevados.

Na teoria, esse dinheiro - chamado de financeiro - não pode ser usado para o superávit primário, usado para o pagamento de juros da dívida.

No fim do ano passado, excepcionalmente, o governo editou uma medida provisória (MP 661) permitindo que a sobra de caixa financeiro pudesse ser usada para pagar despesas primárias, como aposentadorias.

Em geral, a conta financeira serve para gastos financeiros, com juros, por exemplo, enquanto a conta primária, formada pela receita que vem de impostos, serve para os gastos direcionados a programas obrigatórios, como salários de servidores e aposentadorias do INSS, e também discricionários, como os investimentos públicos.

Dívida

O resultado prático desse aumento da quantidade de dinheiro nos cofres do Tesouro foi a elevação da dívida pública. A dívida bruta chegou a 68,3% do PIB em junho e julho, dez pontos porcentuais acima do verificado no fim de 2008. "Não resta dúvida que, especialmente em 2015, o governo federal está entesourando como nunca e muito à custa de mais dívida em mercado."

Segundo Afonso, uma possível explicação para esse movimento de entesouramento é que o Ministério da Fazenda, comandado hoje por Joaquim Levy, que foi secretário do Tesouro, estaria "correndo por liquidez, objetivando montar um caixa monumental em caráter preventivo". Seria uma estratégia de proteção para o caso de o País perder o rating (o que ocorreu na quarta-feira). "Daí investidores tentarem exigir do Tesouro juros mais altos e papéis mais curtos."

Outra possível explicação seria justamente o "espelho" do setor privado: todos estão buscando títulos públicos, então, inevitavelmente, a entrada de recursos financeiros nos cofres federais aumenta. "Nem mesmo para pagar impostos alguns contribuintes querem sacar o que possuem em caixa, que para o setor privado corresponde a dinheiro aplicado em papéis, com liquidez (no limite, que possam ser sacados no dia seguinte) e com segurança", diz o especialista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tesouro Nacional solicitou a retirada de pauta de novos pleitos de empréstimos de entidades internacionais para Estados e municípios, conforme antecipou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, na quarta-feira (12). O pedido foi feito aos membros da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), órgão do Ministério do Planejamento responsável pela operacionalização desses financiamentos, em reunião naquele dia.

Os empréstimos a Estados e municípios dependem de garantia do Tesouro Nacional. Na prática, o pedido do Tesouro significa que novos aportes estão suspensos. "Esse encaminhamento reflete o momento econômico atual e o vultoso volume de operações de crédito para entes subnacionais propostas e aprovadas nos últimos anos", disse nota do Ministério da Fazenda divulgada nesta sexta-feira (14).

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O ministério destaca que houve um crescimento acelerado no endividamento dos entes subnacionais. Somente para os Estados, o desembolso anual passou de R$ 9 bilhões em 2011 para R$ 33,5 bilhões no ano passado.

Na nota, o Tesouro Nacional afirma ainda que as mudanças no ambiente macroeconômico e os rebaixamentos da nota de risco do Brasil forçam uma reavaliação na política de garantias da União e na expansão da dívida pública de Estados e municípios, o que tem impacto na dívida bruta do governo e na dívida externa do setor público.

O Tesouro informou ainda que está fazendo um levantamento sobre o endividamento de Estados e municípios e sobre os riscos para o equilíbrio fiscal de cada unidade da Federação. "As implicações diretas e indiretas das garantias oferecidas pelo governo federal, em particular, vêm sendo analisadas com crescente acurácia", completa a nota.

Essa análise deverá definir a criação de diretrizes para a concessão das garantias da União. "Até que sejam concluídas essas avaliações, mostrou-se prudente e necessária a retirada de pauta dos pedidos de operação de crédito, para não prejudicar eventuais aprovações mais à frente", conclui o texto.

A parcela de títulos prefixados na Dívida Pública Federal (DPF) subiu de 41,92% em maio para 42,52% em junho. Os papéis atrelados à Selic diminuíram a fatia, de 20,21% para 20,15%.

Os títulos remunerados pela inflação caíram para 32,62% do estoque da DPF em junho, ante 32,85% em maio. Os papéis cambiais tiveram a participação reduzida de 5,01% em maio para 4,71% em junho.

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Todos os papéis estão dentro das metas do PAF de 2015. O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para títulos prefixados é entre 40% e 44%. Para os títulos remunerados pela Selic vai de 17% a 22%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta é de 33% a 37% e, no de câmbio, de 4% a 6%.

O caixa do governo federal recebeu um reforço extra de R$ 683,8 milhões em dividendos pagos pelas empresas estatais em maio. Desse total, R$ 655,7 milhões foram pagos pelo Banco do Brasil e R$ 27,7 milhões pelos demais. No acumulado do ano, as receitas com dividendos somaram R$ 2,917 bilhões, registrando uma queda de 67,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo com esse reforço de caixa, as contas do Governo Central registraram um déficit expressivo em maio, de R$ 8,05 bilhões.

Investimentos totais

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Nos cinco primeiros meses sob o comando da nova equipe econômica, os investimentos do governo registram um queda real de 37,2%. De acordo com dados do Tesouro, os investimentos pagos somaram R$ 24,128 bilhões no período. Desse total, R$ 20,946 bilhões são restos a pagar, ou seja, despesas de anos anteriores que foram transferidas para 2015.

Em maio, as despesas com investimentos foram de R$ 4,312 bilhões, com queda de 47,4% sobre o mesmo mês de 2014.

Os investimentos com o Programa de Aceleração Econômica (PAC) somaram R$ 3,431 bilhões em maio e R$ 17,063 bilhões nos cinco primeiros meses do ano. As despesas com o PAC caíram 48,7% em maio e 40,5% no acumulado do ano. (Adriana Fernandes, Lorena Rodrigues e Rachel Gamarski)

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Em meio ao ajuste fiscal realizado pela nova equipe econômica do governo Dilma Rousseff, o Ministério da Educação foi o mais afetado com os cortes nas despesas discricionárias nos cinco primeiros meses do ano, com uma queda de 10,4% dos repasses em relação ao mesmo período do ano passado.

O Ministério da Saúde também foi afetado com uma redução nos repasses e recebeu menos 5% de recursos de janeiro a maio, ante o mesmo período do ano passado.

As despesas com o pagamento do programa habitacional do governo Minha Casa Minha Vida apresentaram uma queda de 33,6% de janeiro a maio deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. Os pagamentos caíram no período R$ 3,09 bilhões, passando de R$ 9,22 bilhões de janeiro a maio de 2014 para R$ 6,12 bilhões no mesmo período deste ano.

O setor de construção civil está reclamando dos atrasos do governo no pagamento das despesas do programa, que é um das marcas da gestão da presidente Dilma Rousseff. Em maio, essas despesas caíram 1,7% ante abril e somaram R$ 1,06 bilhão.

O Tesouro Nacional pagou ainda R$ 7,5 bilhões em subsídios e subvenções econômicas entre janeiro e maio deste ano, resultado R$ 2,9 bilhões (61,2%) superior a igual período do ano passado. O salto nesses gastos é explicado principalmente pela correção mais acelerada do total devido pelo Tesouro ao BNDES no âmbito do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que oferece crédito subsidiado às empresas.

Além disso, o Tesouro também gastou 15,6% no seguro-desemprego, programa que foi alvo das chamadas "pedaladas fiscais" nos últimos dois anos. Apesar desse incremento no seguro aos trabalhadores demitidos, o governo gastou 58,2% menos com o abono salarial entre janeiro e maio deste ano e igual período de 2014.

Os recursos destinados ao pagamento do Programa Bolsa Família têm sido liberados tempestivamente e, de acordo com a solicitação do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), não estáhavendo pendência de liberação de recursos, defendeu nesta quarta-feira (24) nota de esclarecimento divulgada pela assessoria de Comunicação Social do Ministério da Fazenda. Segundo a nota, o mesmo procedimento tem sido adotado com os recursos destinados ao pagamento do seguro-desemprego e do abono salarial disponibilizados pelo Tesouro, "os quais também têm sido liberados, tempestivamente, e de acordo com a solicitação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), não havendo pendência de liberação de recursos".

O governo, na nota, descarta ainda a existência de pendências em relação às transferências de royalties e compensações financeiras ou salário educação. "Os pagamentos ao INSS também têm sido feitos de maneira absolutamente tempestiva e não há pendências a esse respeito, conforme demonstrado para este e os outros recursos nas tabelas anexas", cita a nota.

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A Fazenda esclarece também que o pagamento da equalização de encargos financeiros sobre os saldos médios diários de financiamentos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) continua a ser executado conforme regras estabelecidas, segundo a Fazenda, pela portaria que define os procedimentos operacionais para esses pagamentos, até conclusão de avaliações que estão sendo realizadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Conforme a nota, essa decisão foi tomada "não obstante a recomendação do TCU de que a STN apresentasse um cronograma para o pagamento dos eventuais saldos referentes às operações de financiamentos contratados a partir de abril de 2012, porque tal recomendação está entre aquelas que foram objeto de pedido de reexame pela Advocacia-Geral da União (AGU), pedido este acolhido pelo Tribunal". O Tesouro Nacional aguarda a resolução da questão para formular proposta ao TCU e posição semelhante se dá em relação a valores eventualmente devidos ao Banco do Brasil (BB).

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) cresceu 1,83% em maio, atingindo R$ 2,496 trilhões, informou o Tesouro Nacional, nesta terça-feira, 23. Em abril, o estoque estava em R$ 2,451 trilhões.

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 31,65 bilhões no mês passado. A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) cresceu 1,64% e fechou o mês em R$ 2,372 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 5,53% maior, somando R$ 124,19 bilhões no mês passado.

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A parcela da DPF a vencer em 12 meses caiu de 22,82% em abril para 21,07% em maio, segundo o Tesouro. O prazo médio da dívida subiu de 4,67 anos em abril para 4,69 anos em maio. O custo médio acumulado em 12 meses da DPF passou de 13,60% ao ano em abril para 14,03% ao ano em maio.

A parcela de títulos prefixados na DPF subiu de 39,69% em abril para 41,92% em maio. Os títulos remunerados pela inflação tiveram a participação reduzida para 32,85% do estoque da DPF em maio, ante 35,41% em abril.

A fatia dos papéis atrelados à Selic aumentou levemente, de 20,09% para 20,21%. Os papéis cambiais elevaram a participação na DPF de 4,81% em abril para 5,01% em maio.

Em relação às metas do Plano Anual de Financiamento (PAF) 2015, apenas a participação dos papéis atrelados a índices de preço está desenquadrada. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta é de 33% a 37% e, no de câmbio, de 4% a 6%. O intervalo perseguido pelo Tesouro para os títulos remunerados pela Selic em 2015 vai de 17% a 22%.

 

Estrangeiros

Os estrangeiros aumentaram a compra de títulos do Tesouro Nacional em maio. A participação dos investidores não-residentes no Brasil no estoque da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu de 20,49% em abril para 20,80% em maio, somando R$ 493,46 bilhões. Em abril, o estoque nas mãos de estrangeiros estava em R$ 478,08 bilhões.

A parcela das instituições financeiras no estoque da DPMFi cresceu de 26,65% em abril para 26,84% em maio. Os Fundos de Investimento reduziram a fatia de 19,95% para 19,33% no período. Já as seguradoras tiveram crescimento na participação de 4,01% para 4,03%.

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) cresceu 4,79% em março, atingindo R$ 2,441 trilhões, informou, nesta segunda-feira, 27, o Tesouro Nacional. Em fevereiro, o estoque estava em R$ 2,329 trilhão. A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 41,39 bilhões no mês passado. A DPF inclui a dívida interna e externa.

A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) cresceu 4,66% e fechou o mês em R$ 2,316 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 7,27% maior, somando R$ 124,72 bilhões em março.

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A parcela de títulos prefixados na DPF cresceu 39,71% em fevereiro para 41,08% em março. Já os papéis atrelados à Selic diminuíram a fatia, de 20,01% para 19,13%, no período. Os títulos remunerados pela inflação caíram para 34,62% do estoque da DPF em março, ante 35,25% em fevereiro. Os papéis cambiais elevaram a participação na DPF de 5,02% para 5,18%.

Todos os papéis estão dentro das metas do Plano Anual de Financiamento (PAF). O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos prefixados em 2015 é de 40% a 44%, enquanto para os papéis remunerados pela Selic vai de 17% a 22%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta é de 33% a 37% e, no de câmbio, de 4% a 6%.

Estrangeiros

A fatia dos investidores estrangeiros na dívida pública ficou praticamente estável em março em relação a fevereiro. A participação dos investidores no Brasil no estoque da DPMFi passou de 20,28% para 20,27% em março, somando R$ 469,61 bilhões. Em fevereiro, o estoque estava em R$ 448,95 bilhões.

A categoria das instituições financeiras teve queda na participação do estoque da DPMFi de 27,75% em janeiro para 27,39% em março. Os fundos de investimentos reduziram a fatia de 20,37% para 19,80%. Já a participação das seguradores passou de 3,98% para 3,97%.

Em meio às difíceis negociações no Congresso Nacional para aprovar o pacote fiscal, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, promoveu uma troca na assessoria de Assuntos Parlamentares do ministério. Levy nomeou Ilma Ferreira Lima para ocupar a vaga de chefe da assessoria para assuntos parlamentares do gabinete ministerial no lugar de Salomão Miguel de Sousa. A troca foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 6.

Também estão publicadas no DOU as mudanças no Tesouro Nacional e na Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae). Levy nomeou hoje Andrea Pereira Macera para o cargo de subsecretária de Concorrência Internacional e Defesa da Economia Popular da Seae. Ela ocupará a vaga de Pricilla Maria Santana, que foi nomeada para a subsecretaria do Tesouro Nacional que cuida da relação com Estados e municípios, no lugar de Eduardo Coutinho.

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Foi nomeado ainda Otávio Ladeira de Medeiros para o cargo de subsecretário de Planejamento e Estatísticas Fiscais do Tesouro Nacional. Ele substituirá Cleber Ubiratan de Oliveira, exonerado. As mudanças no Tesouro Nacional já tinham sido antecipadas pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, na quinta-feira, 2, e confirmadas pelo Ministério da Fazenda.

Às vésperas de completar cem dias no cargo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, autorizou mudanças no comando do segundo escalão do Tesouro Nacional, responsável pelas áreas fiscal e de Estados e Municípios. Serão afastados os subsecretários mais identificados com a política fiscal implementada pelo ex-secretário do Tesouro Arno Augustin e pelo ex-ministro da Fazenda Guido Mantega.

O secretário da Receita, Federal, Jorge Rachid, que até agora não promoveu grandes alterações na equipe desde que retornou ao cargo, também recebeu sinal verde para fazer mudanças no Fisco, segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

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A política fiscal de Mantega e Augustin foi marcada pelo uso de manobras contábeis para garantir mais receita ao caixa do Tesouro, maquiagem nas previsões oficiais, "pedaladas" fiscais (postergação de despesas), uso dos bancos públicos, afrouxamento dos controles da dívida dos governos regionais e retorno dos déficits mensais nas contas do governo.

Essa deterioração culminou com o rombo histórico de R$ 32,53 bilhões nas contas do setor público em 2014 - quadro que a nova equipe econômica tenta reverter com as medidas de arrocho fiscal.

O secretário do Tesouro, Marcelo Saintive, já comunicou internamente o afastamento do subsecretário de Planejamento e Estatísticas Fiscais, Cléber Oliveira. Essa área do Tesouro é justamente a responsável pelo acompanhamento das contas públicas, contabilidade e análise de riscos para o cumprimento das metas fiscais. Para o lugar de Oliveira foi escolhido Otavio Ladeira de Medeiros, atual coordenador-geral de Planejamento Estratégico da Dívida Pública.

Também já foi afastado Eduardo Coutinho, subsecretário de Relações Financeiras Intergovernamentais - área que cuida das dívidas dos Estados e municípios. A atual subsecretária de Concorrência Internacional da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), Priscila Maria Santana, deverá ocupar a vaga de Coutinho. Ela já trabalhou com Saintive na Seae e é muito próxima dele. A mudança ocorre num momento crucial da negociação entre a União, Estados e municípios em torno da regulamentação da lei que alterou o indexador de correção das dívidas.

A dança das cadeiras dentro do Ministério da Fazenda deverá continuar na Receita Federal, que passa por um momento delicado depois que a Polícia Federal deflagrou a Operação Zelotes, que investiga o pagamento de propinas nos julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) - o tribunal que julga os recursos dos contribuintes contra as autuações dos fiscais. O desvio no esquema de corrupção no Carf pode chegar a R$ 19 bilhões.

O ministro Levy esperou essa fase de transição para tomar pé do quadro fiscal, principalmente das despesas que foram postergadas por Augustin nos últimos anos e que ainda provocam estrago nas contas públicas deste ano. Levy quer a Receita e o Tesouro atuando de forma mais afinada para garantir o cumprimento da meta fiscal de 2015 e dos próximos anos.

Embora as despesas do governo central tenham crescido no primeiro bimestre do ano, o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, disse na manhã desta terça-feira, 31, que os gastos devem apresentar um menor ritmo a partir dos dados fechados ao fim de abril. Negou haver dificuldade para controlar os gastos. "Nosso compromisso é com o pagamento tempestivo das despesas. Se é para pagar em um determinado mês vamos pagar. Não há nada distorcido ou fora do nosso controle", afirmou.

O secretário do Tesouro diz que o objetivo é controlar mais de perto o limite de gastos para os órgãos a partir de fevereiro, a partir do Decreto de Programação Orçamentária. "Veremos um decréscimo nas despesas a partir do primeiro quadrimestre. A evolução real no primeiro bimestre não é tão importante", disse.

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Segundo ele, ainda não há uma decisão para o tamanho do contingenciamento que deve ser anunciado pelo governo como parte desse controle. "O contingenciamento é uma discussão em curso e será no montante necessário para o cumprimento da meta, esse é o dado relevante. Queremos cortar em custeio em vez de investimentos, mas essa será uma decisão que será tomada ao longo do mês de abril", completou.

O secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, avaliou nesta terça-feira, 31, que o déficit primário de R$ 7,357 bilhões em fevereiro das contas do Governo Central é um resultado "de certa forma esperado". Esse foi o pior resultado para o mês desde 1997, quando começa a série histórica do dado.

"O resultado de fevereiro contrapõe um pouco o mês de janeiro, mas todos sabemos que o mês de fevereiro é mais fraco em termos de receitas e isso impactou o resultado. Não foi tão diferente do resultado de fevereiro de 2014", disse Saintive. "Há uma queda nas receitas administradas e decidimos fazer uma adequação de pagamentos pelo lado do custeio, o que fez com que o resultado tivesse essa performance", completou.

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O secretário destacou uma queda de R$ 916,5 milhões em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2014 na cota de compensações financeiras, devido à queda no preço do petróleo. Essa rubrica apresentou receitas de R$ 1,194 bilhão no mês passado. Saintive também citou a redução de R$ 2,981 bilhões nas receitas com dividendos na mesma comparação, para R$ 132,9 milhões.

O secretário afirmou ainda que no bimestre houve queda de 4,6% das receitas e manutenção das despesas. Estamos atentos e vigilantes na contenção das despesas, e na arrecadação há uma tendência atual de queda, conforme já anunciado pela Receita Federal", completou.

A dívida do Tesouro Nacional com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nos pagamentos a título de equalização de taxas de juros saltou R$ 8,68 bilhões em 2014 ante o ano anterior, atingindo R$ 26,1 bilhões. A equalização é o valor que o Tesouro paga ao BNDES por empréstimos de linhas cujos juros ficam abaixo da taxa de juros de longo prazo (TJLP, hoje em 6% ao ano). A TJLP, elevada em 0,5 ponto porcentual na quinta-feira, 26, baliza tanto os empréstimos concedidos pelo banco quanto o crédito que ele toma para então emprestar às empresas.

Normalmente, nenhum banco empresta a juros inferiores àqueles que paga para se financiar - na verdade, parte do lucro das instituições financeiras vem de empréstimos aos clientes por taxas superiores àquelas pagas para tomar crédito; a diferença é chamada de "spread".

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Portanto, para oferecer financiamentos com juros abaixo da TJLP, o BNDES teria prejuízo. Como o crédito subsidiado é considerado de interesse social, o Tesouro paga pelo "prejuízo". As linhas de crédito passíveis de equalização, segundo o BNDES, são o Programa de Sustentação do Investimento (PSI, criado como reação à crise de 2008, com juros mais baratos para os investimentos das empresas), o Pronaf (crédito à agricultura familiar), o Revitaliza e Programas Agropecuários.

O economista Mansueto Almeida, especialista em contas públicas e pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), calcula que 90% dos gastos com equalização são do PSI. "Quase metade do ativo do BNDES é equalizável." Em vários períodos, os juros dessas linhas estiveram abaixo da TJLP.

Até o ano passado, as taxas do PSI variavam de 4% a 8% ao ano. Ao ser renovado para 2015, o PSI veio com orçamento menor e as taxas passaram para 6,5% a 11% ao ano. Reduzir os subsídios nos juros é um dos itens defendidos pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na mudança de rota da política econômica.

Para Almeida, do Ipea, ainda não está claro como a nova equipe da Fazenda lidará com o pagamento da diferença nos juros. Até ontem, o governo pagou apenas R$ 161,73 milhões ao BNDES a título de equalização do PSI. Ainda assim, há um saldo de "restos a pagar" (valores que ficam de um exercício para o seguinte) de R$ 8,73 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tesouro Nacional divulgou nota nesta sexta-feira (13) com informações sobre a emissão, ontem, de R$ 376 milhões em Certificados Financeiros do Tesouro (CFT-E1), em favor do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A decisão está presente na Portaria nº 145, de 12 de março de 2015, publicada no Diário Oficialda União de hoje.

Segundo o Tesouro, trata-se de uma emissão rotineira, que ocorre praticamente todos os meses, feita em atendimento à solicitação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), gestor do Fies. "Os referidos Certificados destinam-se ao pagamento de financiamentos estudantis concedidos pelas instituições de ensino superior, na forma da Lei nº 10.260/2001, e somente podem ser utilizados pelas instituições para o pagamento de tributos federais (arts. 7º a 10 da mencionada Lei nº 10.260)", cita a nota.

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Esta foi a segunda emissão do ano, também destaca o Tesouro. A primeira emissão foi realizada em janeiro no valor de R$ 84 milhões, conforme Portaria nº 26, de 15 de janeiro de 2015. "Conforme a Lei 10.260/2001, a operacionalização do Fies ocorre por meio da emissão de títulos da dívida pública, representados por certificados de emissão do Tesouro Nacional (CFT-E)", cita a nota.

O Ministério da Fazenda informou nesta quinta-feira (26), que o decreto que estabelece provisoriamente a programação financeira do governo sinaliza o efetivo comprometimento de todo o governo federal com a realização do ajuste fiscal necessário. Em nota à imprensa, a Fazenda informa que o ministro da Fazenda terá autorização, preventivamente, de autorizar a ampliação ou remanejamento dos valores constantes dos anexos, por ato próprio ou delegação. A medida, de acordo com a nota, visa a permitir o tratamento de situações excepcionais e que requeiram atendimento imediato.

Segundo o Ministério da Fazenda, o decreto é uma medida de ajuste financeiro que se alinha ao escopo do decreto anterior, de janeiro deste ano, para garantir o equilíbrio entre receitas e despesas, necessário à reconstrução da credibilidade fiscal.

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"Nesse sentido, o decreto tem o propósito de conferir aos órgãos, fundos e entidades do Poder Executivo previsibilidade acerca da disponibilidade financeira para a execução de suas atividades, até a aprovação da programação financeira e do cronograma de execução mensal de desembolso", diz a nota.

Segundo o Ministério da Fazenda, o decreto preserva a execução de atividades prioritárias dos diversos órgãos, dos fundos e das entidades do Poder Executivo.

O governo publicou, nesta quinta-feira (26), em sessão extraordinária do Diário Oficial (D.O.), o Decreto nº 8.412, que traz a reprogramação da execução financeira dos órgãos do Poder Executivo para o primeiro quadrimestre. Mais cedo, o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, antecipou que o governo iria reescalonar os pagamentos dos ministérios para conseguir ajustar as despesas às receitas.

Segundo o decreto, as despesas de custeio e investimentos foram limitadas a R$ 75,155 bilhões em pagamentos com custeio da máquina pública e para investimentos. Desse montante, R$ 15,175 bilhões serão usados exclusivamente para pagamento de despesas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Outros R$ 59,980 bilhões serão usados em custeio e demais investimentos.

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O decreto estabelece que o Tesouro Nacional poderá requerer dos órgãos setoriais do Sistema de Administração Federal a transferência ou devolução de saldos financeiros em excesso nas unidades. Os ministros da Fazenda e do Planejamento poderão, por ato conjunto, ampliar ou remanejar os valores constantes no decreto.

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