Tópicos | fevereiro 2015

Depois de uma queda de 0,11% em janeiro de 2015 no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), o País voltou a crescer em fevereiro e registrou expansão de 0,36% ante o mês imediatamente anterior. Apesar da melhora entre um mês e outro, a previsão da autoridade monetária para o ano fechado ainda é de retração de 0,5%, como consta no último Relatório Trimestral de Inflação.

O índice de atividade calculado pelo BC passou de 145,50 pontos no primeiro mês do ano para 146,03 pontos agora na série dessazonalizada. O resultado do IBC-Br ficou acima da mediana das estimativas dos 30 analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções (-0,22%), e fora do intervalo de queda de 0,85% a alta de 0,20%. Na série observada, é possível identificar uma queda de 0,97% nos 12 meses encerrados em fevereiro.

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Na comparação entre os meses de fevereiro de 2015 e 2014, houve retração de 3,16% também na série sem ajustes sazonais. Na série observada, fevereiro encerrou com o IBC-Br em 135,45 pontos, no menor patamar desde fevereiro de 2013 (134,14 pontos). O indicador de janeiro de 2015 ante o mesmo mês de 2014 mostrou uma retração menor do que a apontada pela mediana (-4,00%) e ficou perto do teto das previsões (-1,30% a +4,80%) de 29 analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções.

O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. Entre os componentes do indicador estão a Pesquisa Industrial Mensal e a Pesquisa Mensal do Comércio.

O comércio dá sinais da "asfixia" no orçamento das famílias e as vendas não devem melhorar antes de 2016, afirmou o economista Fabio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Diante do fraco desempenho exibido nos resultados anunciados nesta terça-feira, 14, a entidade revisou sua projeção para o varejo restrito para alta de 0,3%, com viés de baixa. "Definitivamente não descartamos um dado negativo para 2015, e certamente será o pior ano desde 2003", afirmou.

Hoje, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou uma queda de 3,1% nas vendas do varejo restrito (sem veículos e material de construção) em fevereiro ante igual mês do ano passado. Foi o pior resultado para um fevereiro desde 2001. Na avaliação do economista da CNC, o dado é fruto da maior cautela das famílias.

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"Há uma asfixia do orçamento e o consumidor mostrou mudança no comportamento histórico ao puxar o freio de mão de maneira prudente para não se endividar ou ficar inadimplente no futuro", definiu Bentes.

"Além disso, o consumidor tem dúvidas sobre o emprego. O mercado de trabalho demora para piorar, mas, quando piora, demora para melhorar", acrescentou o economista da CNC. Nos dois primeiros meses de 2015, o desemprego aumentou em ritmo maior do que o observado normalmente nesta época, caracterizada pela dispensa de temporários. A taxa ficou em 7,4% no trimestre até fevereiro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

O consumo está tão fragilizado que não há condições de recuperação ainda neste ano, afirmou Bentes. Dessa forma, a contribuição da atividade para o Produto Interno Bruto (PIB) também deve ser negativa. O economista projeta retração da economia entre 1% e 1,5% neste ano.

As vendas do comércio varejista restrito caíram 0,1% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira, 14. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam de uma queda de 0,50% até uma alta de 1,00%, e abaixo da mediana, positiva em 0,15%.

Na comparação com fevereiro do ano passado, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo caíram de 3,1% em fevereiro deste ano. Nesse confronto, as projeções variavam entre recuo de 3,50% e queda de 0,40%, com mediana negativa de 2,25%. Até fevereiro, as vendas do varejo restrito acumulam queda de 1,2% no ano e alta de 0,9% nos últimos 12 meses.

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Em relação ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 1,1% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas colhidas pelo AE Projeções, que iam de queda de 2,90% até recuo de 0,10%, mas foi menor do que a mediana, negativa em 1,30%.

Na comparação com fevereiro do ano passado, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram queda de 10,3% em fevereiro deste ano. Nesse confronto, as projeções variavam entre queda de 11,00% e recuo de 7,50%, com mediana negativa de 9,80%. Até o segundo mês deste ano, as vendas do comércio varejista ampliado acumulam quedas de 7,5% no ano e de 3,8% nos últimos 12 meses.

O índice de média móvel trimestral das vendas do comércio varejista restrito caiu 0,7% no trimestre encerrado em fevereiro. No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, o índice de média móvel trimestral das vendas caiu 1,9% no mesmo período.

O IBGE revisou o resultado das vendas do varejo restrito em janeiro ante dezembro de 2014. O índice subiu 0,3%, menos do que a alta de 0,8% apurada inicialmente. Já no varejo ampliado, as vendas em janeiro ante dezembro de 2014 foram revisadas para queda de 0,2%, ante alta de 0,6% na leitura inicial.

As vendas de veículos automotores caíram 3,5% em fevereiro ante janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já na comparação com fevereiro de 2014, o recuo foi de 23,7%. Os veículos foram um dos sete setores que tiveram queda nas vendas em fevereiro ante janeiro dentro do varejo ampliado (que inclui, além de veículos, material de construção). O setor de combustíveis e lubrificantes teve queda de 5,3% na passagem do mês, influenciado pelo aumento nos preços da gasolina.

Também recuaram nas vendas os segmentos de hipermercados, supermercados e produtos alimentícios (-0,2%), tecidos, vestuário e calçados (-0,7%), móveis e eletrodomésticos (-1,3%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-1,3%) e material de construção (-0,7%). Do lado positivo, tiveram incremento nas vendas os segmentos de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (+0,8%), livros, jornais, revistas e papelaria (+1,0%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (+1,8%).

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Em fevereiro, as vendas no varejo ampliado caíram 10,3% ante fevereiro de 2014, registrando a pior de toda a série histórica da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), iniciada em 2003. (IBGE). No varejo restrito, o recuo de 3,1% em fevereiro ante fevereiro de 2014 foi o mais intenso desde agosto de 2003 (-5,7%).

O menor dinamismo da produção de veículos automotores tem pesado em todos os Estados onde atuam fábricas desse segmento, afirmou o pesquisador Rodrigo Lobo, da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, regiões como Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo têm registrado resultados negativos na produção ante igual mês do ano anterior. "Todos os estados onde há produção de veículos automotores mostram não só queda, mas tem nessa atividade o principal impacto negativo", disse Lobo.

Em fevereiro, a produção no Paraná recuou 15,0% ante fevereiro de 2014, com recuo de 42,7% no segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias. No Rio Grande do Sul (-13,7%), há uma queda generalizada, mas a menor fabricação de maquinário agrícola tem papel importante no desempenho regional. Minas Gerais e Rio de Janeiro, por sua vez, registraram perda de quase metade da produção de veículos em fevereiro ante igual mês do ano passado.

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"Por outro lado, no Amazonas, a produção de televisores é o principal produto que traz a produção industrial para baixo", destacou Lobo. Nessa região, a atividade da indústria recuou 18,9% em fevereiro ante fevereiro de 2014. Do lado positivo, o Espírito Santo registrou alta de 25,6% no período, impulsionado não só pela produção de minério de ferro, mas também pelo setor de metalurgia.

Mensal

Na comparação mensal, a produção de veículos até ajudou o resultado do Paraná, que teve aumento de 2,4% na atividade industrial em fevereiro ante janeiro. Segundo o IBGE, a fabricação de caminhões ganhou força no período. "Mas não pode ser considerado uma recuperação, pois é preciso mais resultados sequenciais positivos", disse Lobo. Em janeiro, a produção paranaense havia caído 6,1%.

Em Pernambuco, a indústria, apesar de diversificada, é bastante concentrada na produção de alimentos e bebidas, que levaram à queda de 2,3% na produção em fevereiro ante janeiro. "Recentemente, os produtos alimentícios, com destaque para o açúcar, têm pressionado a indústria pernambucana. No ano passado, a cana-de-açúcar teve um comportamento muito positivo, mas depois foi perdendo ritmo. No início desse ano, continua muito baixo, provavelmente por conta da safra", explicou o pesquisador.

Do lado positivo, o Pará é influenciado pela indústria extrativa, que contribuiu para o aumento de 3,4% da atividade industrial no período. "Não só por ser 80% da indústria da região, mas também pelos sucessivos aumentos na produção de minério de ferro", disse Lobo.

O setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobras) gastou R$ 56,337 bilhões com pagamento de juros em fevereiro, segundo o Banco Central. Houve um forte aumento em relação ao gasto de R$ 18,022 bilhões registrado em janeiro. O saldo também ficou bem acima dos R$ 11,646 bilhões vistos em fevereiro de 2014.

O governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) teve no mês passado um gasto com juros de R$ 48,821 bilhões. Já os governos regionais registraram despesa com esta conta de R$ 7,072 bilhões, e as empresas estatais tiveram gastos de R$ 444 milhões.

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No primeiro bimestre de 2015, o pagamento de juros somou R$ 74,359 bilhões ou 8,69% do Produto Interno Bruto (PIB). Nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro, a despesa com o serviço da dívida chegou a R$ 343,694 bilhões ou 6,65% do PIB.

Dívida líquida

A dívida líquida do setor público recuou para 36,3% do PIB em fevereiro ante 36,6% de janeiro. Em dezembro de 2014, estava em 36,8% do PIB e, ao final de 2013, em 33,6 %. A dívida do governo central, governos regionais e empresas estatais terminou fevereiro em R$ 1,877 trilhão, segundo o BC.

Já a dívida bruta do governo geral encerrou o mês passado em R$ 3,386 trilhões, o que representou 65,5% do PIB. Em janeiro, o saldo da dívida estava em R$ 3,315 trilhões, ou 64,4% do PIB. Em dezembro de 2014, essa relação estava em 63,5% e, em dezembro de 2013, em 56,7%.

De acordo com o BC, no ano, a relação dívida/PIB recuou 0,4 ponto porcentual devido à desvalorização cambial do período, de 8,4%, o equivalente a -1,3 ponto porcentual. Também impactaram o resultado o superávit primário (-0,4 ponto porcentual), o efeito do crescimento do PIB nominal (-0,3 ponto porcentual) e a incorporação de juros (+1,4 ponto porcentual).

Embora as despesas do governo central tenham crescido no primeiro bimestre do ano, o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, disse na manhã desta terça-feira, 31, que os gastos devem apresentar um menor ritmo a partir dos dados fechados ao fim de abril. Negou haver dificuldade para controlar os gastos. "Nosso compromisso é com o pagamento tempestivo das despesas. Se é para pagar em um determinado mês vamos pagar. Não há nada distorcido ou fora do nosso controle", afirmou.

O secretário do Tesouro diz que o objetivo é controlar mais de perto o limite de gastos para os órgãos a partir de fevereiro, a partir do Decreto de Programação Orçamentária. "Veremos um decréscimo nas despesas a partir do primeiro quadrimestre. A evolução real no primeiro bimestre não é tão importante", disse.

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Segundo ele, ainda não há uma decisão para o tamanho do contingenciamento que deve ser anunciado pelo governo como parte desse controle. "O contingenciamento é uma discussão em curso e será no montante necessário para o cumprimento da meta, esse é o dado relevante. Queremos cortar em custeio em vez de investimentos, mas essa será uma decisão que será tomada ao longo do mês de abril", completou.

O secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, avaliou nesta terça-feira, 31, que o déficit primário de R$ 7,357 bilhões em fevereiro das contas do Governo Central é um resultado "de certa forma esperado". Esse foi o pior resultado para o mês desde 1997, quando começa a série histórica do dado.

"O resultado de fevereiro contrapõe um pouco o mês de janeiro, mas todos sabemos que o mês de fevereiro é mais fraco em termos de receitas e isso impactou o resultado. Não foi tão diferente do resultado de fevereiro de 2014", disse Saintive. "Há uma queda nas receitas administradas e decidimos fazer uma adequação de pagamentos pelo lado do custeio, o que fez com que o resultado tivesse essa performance", completou.

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O secretário destacou uma queda de R$ 916,5 milhões em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2014 na cota de compensações financeiras, devido à queda no preço do petróleo. Essa rubrica apresentou receitas de R$ 1,194 bilhão no mês passado. Saintive também citou a redução de R$ 2,981 bilhões nas receitas com dividendos na mesma comparação, para R$ 132,9 milhões.

O secretário afirmou ainda que no bimestre houve queda de 4,6% das receitas e manutenção das despesas. Estamos atentos e vigilantes na contenção das despesas, e na arrecadação há uma tendência atual de queda, conforme já anunciado pela Receita Federal", completou.

A taxa de desemprego apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 5,9% em fevereiro de 2015. A taxa é a maior desde junho de 2013, quando ficou em 6,0%. O resultado foi ainda o mais elevado para os meses de fevereiro desde 2011, quando a taxa de desocupação estava em 6,4%, segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgados pelo IBGE. Em fevereiro de 2014, a taxa de desemprego tinha ficado em 5,1%.

O resultado de 5,9% ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam um resultado entre 5,40% a 6,20%, e acima da mediana de 5,70%. Em janeiro, a taxa de desocupação foi de 5,3%. O rendimento médio real dos trabalhadores registrou queda de 1,4% em fevereiro ante janeiro e redução de 0,5% na comparação com fevereiro de 2014.

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A massa de renda real habitual dos ocupados no País somou R$ 50,0 bilhões em fevereiro, um recuo de 2,5% em relação a janeiro. Na comparação com fevereiro de 2014, a massa diminuiu 1,5%. Já a massa de renda real efetiva dos ocupados totalizou R$ 50,7 bilhões em janeiro, uma queda de 19,8% em relação a dezembro de 2014. Na comparação com janeiro de 2014, houve redução de 1,4% na massa de renda efetiva. O rendimento médio real dos trabalhadores em fevereiro foi de R$ 2.163,20, contra R$ 2.194,22 em janeiro. Em fevereiro do ano passado, a renda média também era maior, R$ 2.174,35.

A arrecadação de tributos e contribuições federais em fevereiro somou R$ 89,982 bilhões, uma alta real de 0,49% em relação ao mesmo mês de 2014. Na comparação com janeiro, o recolhimento de impostos registrou queda de 29,04%. Segundo os dados divulgados nesta terça-feira, 24, pela Receita Federal, o resultado é o maior da série disponibilizada pela Receita Federal. A arrecadação de fevereiro ficou acima da mediana projetada pelos analistas ouvidos pelo AE Projeções. O intervalo ia de R$ 82,4 bilhões a R$ 121,2 bilhões, com mediana de R$ 88,307 bilhões.

A alta real de 0,49% registrada na arrecadação em fevereiro só foi alcançada graças ao recebimento de receitas extraordinárias no valor de R$ 4,64 bilhões. De acordo com a Receita Federal, sem as receitas extraordinárias, a arrecadação teria apresentado queda real de 4,7% no mês passado. A Receita informou ainda que esses tributos decorrem da transferência de ativos entre empresas.

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O próprio órgão contabilizou em seu relatório o resultado sem o pagamento de receitas extraordinárias, o que não costumava ser feito na gestão anterior e era alvo de críticas por falta de transparência nos dados.

Desonerações em fevereiro

As desonerações concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 9,912 bilhões, R$ 1,335 bilhão a mais do que em fevereiro de 2014. Nos dois primeiros meses do ano, o governo deixou de arrecadar R$ 20,190 bilhões por conta das desonerações, aumento de 20,48% - o equivalente a R$ 3,432 a mais. A desoneração referente à folha de salários somou R$ 1,866 bilhão em fevereiro e R$ 3,732 bilhões no primeiro bimestre.

Refis

Em fevereiro, as receitas com o programa mais recente de parcelamento de dívidas da Receita (Refis) somaram R$ 581 milhões em fevereiro e R$ 1,265 bilhão no bimestre. Com o Refis de 2013, o resultado foi uma arrecadação de R$ 292 milhões no mês e de R$ 594 milhões no ano; com o de 2009, a arrecadação foi de R$ 531 milhões em fevereiro e de R$ 1,080 bilhão no bimestre.

A demanda das empresas por crédito cresceu 5,8% em fevereiro ante janeiro, na série sem ajuste sazonal, informou a Serasa Experian, nesta terça-feira (17). Na comparação com fevereiro de 2014, houve alta de 4,8% no Indicador de Demanda das Empresas por Crédito, enquanto, no primeiro bimestre, a expansão ficou em 5,6% sobre os dois primeiros meses do ano passado.

As micro e pequenas empresas puxaram a alta da busca por crédito no segundo mês de 2015, com avanço de 6,2% ante janeiro. Houve recuos tanto entre médias (-0,1%) como entre as grandes companhias (-1,3%) na margem. Na comparação interanual, a diferença é ainda maior. A procura dos micro e pequenos empreendimentos por fontes de financiamento avançou 5,9% ao passo que entre as grandes o nível caiu 3,7% e, entre as médias, recuou 11,5% na comparação com fevereiro de 2014.

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Este movimento, analisam os economistas da Serasa Experian, pode indicar que as empresas de menor porte "estariam buscando outras fontes alternativas de financiamento, como o crédito mercantil, por exemplo", diante do cenário econômico adverso e da maior seletividade do crédito.

Na análise por segmento de atividade, na passagem de janeiro para fevereiro, houve incremento na demanda por crédito na Indústria (3,6%), no Comércio (5,5%) e nos Serviços (6,6%). Em relação a fevereiro do ano passado, foi registrado recuo apenas na Indústria (-22,7%), enquanto houve alta nos Serviços (8,3%) e no Comércio (10,6%).

Sob a ótica geográfica, a busca das empresas por crédito cresceu em todas as regiões nas duas bases comparativas: No Nordeste o incremento foi de 2,9% na margem e de 2,1% na comparação interanual. No Norte, de 4,7% e de 5,8%, respectivamente. No Sul, de 6,2% ante janeiro e de 6,5% sobre fevereiro de 2014. No Sudeste, os avanços foram de 6,5% e 3,3%, nas mesmas bases comparativas. Já a região Centro-Oeste apresentou as altas mais expressivas, de 7,3%, na base mensal, e de 7,8%, na anual.

Metodologia

O indicador da Serasa é construído a partir de uma amostra de aproximadamente 1,2 milhão de CNPJs consultados mensalmente na base de dados da empresa. A quantidade de CNPJs consultados, especificamente nas transações que configuram alguma relação creditícia entre as empresas e as instituições do sistema financeiro ou empresas não financeiras, é transformada em número índice (média de 2008 = 100).

As vendas no varejo brasileiro caíram 5,1% em fevereiro, na comparação com igual mês do ano passado, sem considerar o desempenho do comércio de combustíveis e materiais de construção. O dado é da pesquisa SpendingPulse, da Mastercard. Nos últimos quatro meses, o resultado é um crescimento de 0,9%.

Dos sete setores pesquisados, dois, o de farmácia e o de artigos pessoais, apresentaram desempenho acima da média do varejo geral. Os setores de supermercados, combustíveis, materiais de construção, móveis e eletrônicos e vestuário ficaram abaixo da média de vendas.

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As regiões Norte (-3,6%), Sul (-1,1%), Centro-oeste (-4,5%) e Sudeste (-7,6%) também apresentaram queda nas vendas, na análise comparativa com 2014. Já a região Nordeste (+2,4%) teve crescimento acima da média.

Crescimento online

As vendas pela internet cresceram 4,2% em fevereiro no comparativo com o mesmo período do ano passado. As vendas online de móveis e vestuário cresceram acima da média, enquanto as de eletrônicos ficaram abaixo do número de vendas totais.

O Índice de Confiança do Consumidor se mantém em queda, registrando uma redução de 4,9% em fevereiro, que, combinado com as pressões inflacionárias, cria um ambiente hostil para as vendas.

A pesquisa também observou que a concessão de crédito apresenta uma gradual desaceleração e o comprometimento da renda familiar se mantém em níveis altos, fatores que devem influenciar as vendas no varejo nos próximos meses.

De acordo com Sarah Quinlan, vice-presidente sênior e diretora de Market Insights da MasterCard Advisors, "o cenário econômico geral irá influenciar negativamente a performance dos setores nos próximos meses e esperamos gastos mais moderados".

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,22% em fevereiro ante uma variação de 1,24% em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira, 6. O resultado ficou acima do teto das previsões dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que iam de uma taxa de 1,01% a 1,21%, com mediana de 1,08%.

Como resultado, a taxa acumulada no ano foi de 2,48%, e o resultado em 12 meses ficou em 7,70%. É o segundo mês consecutivo que o IPCA fica acima do teto da meta de tolerância do governo, de 6,5%. Em janeiro, a taxa em 12 meses estava em 7,14%., acima do teto da meta estipulada pelo governo, de 6,50%. É a maior alta do IPCA em 12 meses desde maio de 2005, quando ficou em 8,05%. Em fevereiro de 2014, o IPCA foi de 0,69%.

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Gasolina

Os preços da gasolina subiram 8,42% em fevereiro, fazendo do item o principal destaque da inflação medida pelo IPCA. A elevação refletiu o aumento nas alíquotas do PIS/COFINS, que entrou em vigor em 1º de fevereiro. Como resultado, a gasolina foi responsável por 25,41% da taxa de inflação no mês, uma contribuição de 0,31 ponto porcentual para a variação de 1,22% registrada pelo índice.

Também sob influência do aumento nas alíquotas do PIS/CONFINS, o óleo diesel teve alta de 5,32%. Já o etanol ficou 7,19% mais caro. Os gastos com transporte cresceram 2,20%, maior impacto de grupo no mês, o equivalente a 0,41 ponto porcentual. Além dos combustíveis (7,95%), as famílias tiveram de gastar mais com trem (3,10%), automóvel novo (2,88%), ônibus urbano (2,73%), metrô (2,67%), ônibus intermunicipal (1,68%), táxi (1,21%) e conserto de automóvel (1,20%).

Com menos sobras por mês e o atual ciclo de alta dos juros básicos e do dólar tornando outros investimentos mais atrativos, a caderneta de poupança teve o pior desempenho mensal da história em fevereiro. Mais do que isso, os resgates R$ 6,264 bilhões maiores do que os depósitos no mês passado somam quase a cifra negativa de um ano todo. Em 1999, por exemplo, o volume de retiradas líquidas no acumulado do ano foi de R$ 8,769 bilhões. Em 2000, o resultado ficou negativo em R$ 7,541 bilhões.

De acordo com dados do Banco Central divulgados nesta quinta-feira, 5, o saldo de fevereiro estava bem pior. Até o dia 26, os saques somavam R$ 10,5 bilhões. O valor registrado até o penúltimo dia útil do mês era maior, inclusive, do que o ano inteiro de 2003, primeiro ano do governo do PT, quando os resgates líquidos da poupança somaram R$ 10,425 bilhões. Foi o maior volume de retiradas em um ano dos últimos 20 anos.

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Só no último dia de fevereiro entraram aplicações no valor de R$ 4,229 bilhões. O movimento de concentração no fechamento dos meses é comum por conta de economias dos salários dos poupadores que muitas vezes vão de forma automática para a aplicação.

Com o resultado de fevereiro, o saldo total da poupança ficou em R$ 658,191 bilhões, já incluindo os rendimentos do período, no valor de R$ 3,678 bilhões. O Banco Central começou a compilar os dados atuais em 1995. Até o dado conhecido hoje, o maior resgate líquido mensal da poupança havia sido em março de 2006, de R$ 3,8 bilhões, superado posteriormente pelo resultado de janeiro. No primeiro mês de 2015, as retiradas já foram superiores às aplicações em R$ 5,529 bilhões. Foi a primeira vez que isso ocorreu após nove meses consecutivos de depósitos superiores aos resgates.

Os depósitos na caderneta em fevereiro somaram R$ 135,907 bilhões, enquanto as retiradas foram de R$ 142,171 bilhões. No primeiro bimestre do ano, a poupança já acumula um resgate líquido de R$ 11,792 bilhões.

Rumores

Em meados do mês passado, o Ministério da Fazenda divulgou nota à imprensa informando que não procediam as "informações que estariam circulando pela mídia social de que haveria risco de confisco da poupança ou de outras aplicações financeiras". A nota da pasta dizia ainda que "tais informações são totalmente desprovidas de fundamento, não se conformando com a política econômica de transparência e a valorização do aumento da taxa de poupança de nossa sociedade, promovida pelo governo, através do Ministério da Fazenda".

Remuneração

A forma de remuneração da aplicação mudou em maio de 2012. Pela nova regra, sempre que a taxa básica de juros, a Selic, for igual ou menor que 8,5% ao ano, o rendimento passa a ser 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR). Atualmente, a taxa básica está em 12,75% ao ano. Quando o juro sobe a partir de 8,75% ao ano passa a valer a regra antiga de remuneração fixa de 0,5% ao mês mais a TR.

O encarecimento da energia elétrica pesou sobre a inflação dos paulistanos no mês de fevereiro. Dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostram que o item energia elétrica teve variação expressiva de 10,92% no mês passado ante 2,26% em janeiro, reagindo ao sistema de bandeira tarifária vermelha e à cobrança de PIS/Confins.

Com a alta da energia, o grupo Habitação atingiu 1,82% em fevereiro, após 0,41% em janeiro. Este conjunto de preços foi um dos principais responsáveis a limitar uma desaceleração mais intensa do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) fechado de fevereiro, que ficou em 1,22% (de 1,62%). O grupo Habitação contribuiu com 0,56 ponto porcentual do resultado do IPC do segundo mês do ano.

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A segunda maior influência ficou com Transportes, que subiu 2,39% em fevereiro, depois de 4,15% no primeiro mês do ano. O grupo teve participação de 0,42 ponto porcentual na alta do índice cheio, influenciado pelos aumentos dos combustíveis. Os preços do etanol e da gasolina tiveram altas de 8,29% e 8,69%, respectivamente, no IPC de fevereiro. Em seguida, aparece o grupo Alimentação, que passou de 1,57% para 1,00% no mês passado, e teve influência de 0,23 ponto porcentual.

O núcleo do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou alta de 0,73% em fevereiro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira, 2. O resultado foi inferior ao de janeiro, quando a variação havia sido de 0,79%. No mesmo período de comparação, o indicador cheio apurado pela instituição passou de uma taxa de inflação de 1,73%, no primeiro mês de 2015, para 0,97% no mês seguinte.

A medida de núcleo do IPC-S é calculada por médias aparadas com suavização, com a exclusão de 20% das maiores altas e de 20% das maiores quedas de preços dos itens coletados pela FGV. Em fevereiro, foram excluídos 38 dos 85 itens de expressão componentes do IPC-S. Destes 38 itens eliminados, 24 registraram variações abaixo de 0,28%, que foi a linha de corte inferior, e outros 14 apresentaram taxas acima de 1,10%, que foi a linha de corte superior.

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Nos últimos 12 meses acumulados até fevereiro de 2015, o núcleo do IPC-S atingiu alta de 6,57%, o que representou aceleração ante a marca de 6,35% acumulada até janeiro. No mesmo período, o índice cheio também avançou. Atingiu variação positiva acumulada em 12 meses de 7,99% até fevereiro ante 7,66% no acumulado até janeiro.

"Já é um sinal concreto de curto prazo de que a complicação chegou", comentou o coordenador do IPC-S, Paulo Picchetti, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. "Já é um núcleo com uma taxa acumulada em 12 meses acima do teto da meta em fevereiro", acrescentou, referindo-se à meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o indicador oficial de inflação do País, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 4,5%, com tolerância de 2 pontos porcentuais para cima ou para baixo.

Indicador de difusão

Segundo Picchetti, o indicador de difusão do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de fevereiro alcançou a marca de 69,12%. O resultado foi menor que o de 70,59% do fim de janeiro. Foi maior, no entanto, que o de 63,82% de fevereiro de 2014.

A medida do indicador de difusão representa o porcentual de preços de itens em alta do IPC-S, que é coordenado por Picchetti e abrange sete capitais do País: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife.

Em fevereiro de 2015, o índice geral da FGV apresentou taxa de 0,97% ante inflação de 1,73% em janeiro. No segundo mês de 2014, o IPC-S havia registrado taxa de inflação bem mais amena, de 0,66%.

O grupo Alimentação, que desacelerou de 0,95% na terceira leitura de fevereiro para 0,77% na última quadrissemana do mês, foi o que mais contribuiu para a contração da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) divulgada nesta segunda-feira, 2, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador geral desacelerou 0,11 ponto porcentual nessa base de comparação. Na terceira quadrissemana, havia ficado em 1,08%. Na quarta quadrissemana e, portanto, no fechamento do mês de fevereiro, ficou em 0,97%. Em janeiro, o IPC-S havia registrado uma inflação e 1,73%.

Os itens com as maiores influências de baixa foram Passagem aérea (de -22,51% para -19,76%); Leite tipo longa vida (de -3,55% para -3,82%); Batata-inglesa (de -0,92% para -7,36%); Frango em pedaços (de -0,82% para -1,58%), e Protetores para a pele (de -2,29% para -1,64%).

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Já os cinco itens com as maiores influências de alta foram Gasolina (de 5,09% para 8,35%); Refeições em bares e restaurantes (de 1,32% para 1,10%); Aluguel residencial (de 1,06% para 1,10%); Etanol (de 4,10% para 5,28%); e Automóvel novo (de 1,67% para 1,19%).

Dentre as cinco classes de despesas que registraram decréscimo em suas taxas de variação, a FGV também destacou o comportamento dos itens restaurantes, no grupo Alimentação, cuja taxa passou de 1,32% para 1,10%; tarifa de eletricidade residencial (2,88% para 1,09%), no grupo Habitação; cursos formais (1,81% para 0,05%), no grupo Educação, Leitura e Recreação; tarifa de telefone móvel (0,57% para 0,26%), no grupo Comunicação, e cigarros (2,33% para 1,84%), no grupo Despesas Diversas.

Apesar dos esforços da indústria para ajustar seus estoques - o que intensificou a queda na produção na virada do ano -, a avaliação dos empresários é de que a demanda continua fraca. Com isso, o cenário para o mercado de trabalho no setor enfrenta o momento mais delicado dos últimos 15 anos, afirmou na tarde desta segunda-feira (23), o superintendente adjunto de inflação da Fundação Getulio Vargas (FGV), Aloisio Campelo.

A confiança da indústria recuou 3,1%, segundo a prévia divulgada nesta segunda. "As empresas estão olhando as perspectivas de venda para os próximos meses, elas fizeram um esforço muito grande para diminuir a produção e ajustar estoques. Mas a confiança do consumidor está lá embaixo, a renda está crescendo menos. O ajuste fiscal promove um aperto na economia, que resulta em contenção de demanda. Agora, temos o câmbio mais favorável, mas esses movimentos não são suficientes para compensar os fatores desfavoráveis", disse Campelo.

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Segundo a FGV, a queda na confiança foi puxada principalmente pelas expectativas, que recuaram 4,8% na prévia. Se este resultado for confirmado, aos 82,0 pontos, o nível deste indicador ficará em posição semelhante ao observado em setembro de 2014 (81,9 pontos), que por sua vez foi o menor desde abril de 2009. "Isso não é um bom sinal para contratações e investimento", avaliou o superintendente da FGV.

Em termos de emprego, o cenário já é bastante complicado. Segundo a prévia, o indicador de emprego previsto deve ficar, em fevereiro, abaixo dos 100 pontos pelo décimo mês seguido. Isso quer dizer que o número de empresas dizendo que pretendem diminuir o quadro de funcionários é superior ao número das que vão contratar.

"Tem 15 anos que não temos um ciclo tão longo e negativo", notou Campelo. Segundo ele, em 2008, no auge da mais recente crise mundial, este indicador permaneceu na zona desfavorável por oito meses. "Foi uma saída rápida. Ainda se tinha mais folga na área fiscal, o governo poderia fazer algumas medidas de estímulo", comentou.

Não menos importantes, fatores como elevação de custos com energia elétrica e preocupação com o risco de racionamento de água e energia contribuem para que a confiança permaneça deprimida. Há ainda temor de que a Operação Lava Jato, comandada pela Polícia Federal e que investiga um suposto esquema de desvio de recursos na Petrobras, provoque uma paralisia nas obras do País.

Entre novembro do ano passado e este mês, o índice de confiança oscilou entre altos e baixos, mas não sustentou a melhora. "De qualquer forma, a confiança tinha subido muito pouco. A região (em que se encontra o índice, abaixo dos 100 pontos) é extremamente desconfortável em todo esse tempo", analisou Campelo. "É mais provável que, no fim do ano, notícias favoráveis sobre 2016 comecem a gerar mais ânimo. Hoje ainda está tudo muito incerto", acrescentou.

Além da menor confiança, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) denuncia o aumento da ociosidade da indústria. Embora o indicador prévio de fevereiro, aos 82%, tenha ficado no mesmo patamar de janeiro, o patamar é inferior ao verificado em fevereiro do ano passado (84,6%). "Está aumentando a ociosidade da indústria quando se olha no longo prazo", afirmou o superintendente.

A média diária das exportações em fevereiro, até a terceira semana, é de US$ 692,9 milhões, uma queda de 13% em relação à média diária registrada em fevereiro de 2014, de US$ 796,7 milhões, de acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Os embarques de produtos básicos registram uma retração de 19,4%, por conta, principalmente, de soja em grão, minério de ferro, carne bovina e suína e minério de cobre. As vendas externas de manufaturados diminuíram 8,1%, principalmente em razão das quedas de exportação de polímeros plásticos, máquinas para terraplenagem, motores e geradores, óxidos e hidróxidos de alumínio, motores para veículos, açúcar refinado e autopeças. Nos semimanufaturados, a retração é de 1,3%, puxada por açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro/aço, ferro-ligas, couros e peles e ferro fundido.

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Nas importações, a média diária até a terceira semana de fevereiro é de US$ 829,8 milhões, 8,1% abaixo da média de fevereiro de 2014, de US$ 903,1 milhões. Nesse comparativo, decresceram os gastos, principalmente, com farmacêuticos (-24,8%), borracha e obras (-18,4%), veículos automóveis e partes (-16,9%), instrumentos de ótica/precisão (-16,6%), combustíveis e lubrificantes (-16,1%), químicos orgânicos/inorgânicos (-13,8%) e equipamentos mecânicos (-13,3%).

A falta de confiança do empresário brasileiro se aprofundou mais uma vez e teve o pior resultado em 16 anos. O Índice de Confiança do Empresário Industrial chegou a 40,2 pontos em fevereiro, o menor patamar da série histórica, que tem início em janeiro de 1999. Os dados foram divulgados, na tarde desta segunda-feira (23), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O índice caiu 4,2 pontos na comparação com janeiro, quando estava em 44,4 pontos. A queda de janeiro para fevereiro foi o maior recuo mensal desde julho de 2013. Em 12 meses, a queda acumulada é de 12,2 pontos. Nessa pesquisa, os números variam de 0 a 100. Os valores abaixo de 50 indicam falta de confiança dos industriais.

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"O aumento do pessimismo é resultado da percepção negativa dos industriais em relação às condições atuais da economia e das empresas e da piora das expectativas para os próximos seis meses", avalia a CNI.

A entidade aponta que a ausência de confiança, além de crescer, se tornou mais disseminada no mês de fevereiro. Isso porque a falta de confiança teve elevação em todos os portes, regiões e segmentos da indústria brasileira.

O índice que mede o ânimo dos empresários em relação às condições atuais caiu 3,5 pontos e chegou a 32,2 pontos em fevereiro. O índice que mede as expectativas caiu 4,6 pontos na passagem de janeiro para fevereiro e ficou em 44,1 pontos. Com o distanciamento da linha dos 50 pontos, o resultado indica grande pessimismo dos empresários para os próximos seis meses.

Nos três segmentos da indústria houve queda do índice de confiança em fevereiro ante janeiro. No setor de construção, passou de 44,6 pontos para 39,8 pontos. Na indústria extrativa, caiu de 45 pontos para 42,7 pontos. No segmento de transformação, o recuo foi de 44,2 pontos para 40,1 pontos.

Considerando o porte das empresas, o índice de confiança também mostrou queda em todas as categorias. Nas pequenas, recuou de 45,5 pontos para 39 pontos; nas médias, de 42,9 pontos para 38,7 pontos; nas grandes, de 45,5 pontos para 41,5 pontos.

A CNI informou que a pesquisa foi realizada entre os dias 2 e 12 de fevereiro e englobou 2.830 empresas. Dessas, 1.091 são pequenas, 1.080 são médias e 659 são de grande porte.

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