Tópicos | maio 2015

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou baixa de 1,68% no trimestre de março a maio deste ano na comparação com o trimestre imediatamente anterior, pela série ajustada do BC. Na comparação com idênticos três meses de 2014, o resultado foi de uma queda de 3,42% na série observada.

O IBC-Br atingiu em maio o nível mais baixo desde fevereiro passado, na série sem ajustes sazonais. De acordo com a série histórica do Banco Central para o indicador, o IBC-Br passou de 142,63 pontos em abril (dado já revisado) para 140,82 pontos no mês seguinte. Em fevereiro, o indicador estava em 137,89 pontos pela série observada, patamar próximo ao de janeiro (138,87 pontos) e que só tinha sido observado antes em fevereiro de 2013 (137,44 pontos). Mensalmente, o BC realiza revisões do IBC-Br.

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A instituição revisou dados do Índice de Atividade Econômica na margem na série com ajuste. No caso de abril, a baixa de 0,84% foi substituída por queda de 0,88%. Em março, a variação deixou de ser de -1,51% e passou para -1,53%. Em fevereiro, a taxa de 0,70% foi substituída pela de 0,71%. Em janeiro, a taxa de -0,16% foi mantida.

Em dezembro do ano passado, o resultado de -0,97% foi substituído por -0,95%. Em novembro de 2014, o dado de -0,16% passou a ser de -0,22%. Em outubro, mudou de uma queda de 0,41% para uma baixa de 0,44%. Em setembro, a elevação de 0,68% deu lugar a uma alta de 0,66%. Em agosto, o avanço de 0,07% foi alterado para 0,05%. A taxa de julho foi modificada de +1,25% para +1,23%.

Depois de dois meses consecutivos de baixa, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) trouxe alívio ao demonstrar certa estabilidade na margem em maio, conforme informou nesta sexta-feira, 17, a instituição. Em maio, o indicador teve alta de 0,03%. O resultado, no entanto, ficou abaixo da mediana das estimativas apuradas pelo AE Projeções, de +0,10%, com 20 instituições financeiras. O intervalo dessa amostragem ia de -0,40% a +0,50%.

O indicador passou de 142,51 pontos (dado revisado) em abril na série dessazonalizada para 142,55 pontos em maio. Na série observada, é possível identificar uma redução de 1,72% nos 12 meses encerrados em maio. Nos primeiros cinco meses deste ano, a retração acumulada já está em 2,78%.

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Na comparação entre os meses de maio de 2015 e de 2014, houve diminuição de 4,75% também na série sem ajustes sazonais. Na série observada, maio encerrou com o IBC-Br em 140,82 pontos, ante 142,63 pontos de abril.

O indicador de maio de 2015 ante o mesmo mês de 2014 mostrou um resultado negativo um pouco mais forte do que o apontado pela mediana (-4,20%), se aproximando do teto das previsões (-3,40% a -5,10%) dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções.

No Relatório Trimestral de Inflação de junho, o BC apresentou previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 de -1,1%. O Ministério da Fazenda, conforme informou a Receita Federal esta semana, trabalha com uma projeção ainda pior, de retração econômica de 1,5%.

O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. Vale lembrar que, no Relatório Trimestral de Inflação de março, o BC destacou que, em função da migração das contas nacionais brasileiras para o Sistema de Contas Nacionais 2010 (SCN 2010) feita pelo IBGE, o IBC-Br "deverá experimentar revisões na série histórica ao longo dos próximos meses". Isso porque o BC passará a refletir a incorporação das mudanças metodológicas e as novas informações disponibilizadas pelo Instituto.

O consumo de gás natural caiu 5,3% em maio ante abril e 5,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) explica a queda pela baixa da atividade industrial no País, além da concorrência com o óleo combustível e o GLP.

Todos os segmentos apresentaram retração mensal na utilização do insumo: o industrial caiu 2,2% na comparação com o mês anterior, mas no acumulado de 2015 manteve-se estável. Na cogeração a gás a baixa em maio foi de 13,2% ante abril e de 6,9% em cinco meses na comparação com mesmo intervalo de 2014.

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O setor residencial caiu 3,5% ante abril mas cresceu 1,3% no acumulado do ano. Por sua vez, o segmento comercial fechou maio com queda de 3,68% sobre abril e alta de 2,3% em relação ao período de janeiro a maio de 2014.

"O crescimento dos segmentos comercial e residencial, no acumulado do ano, é resultado dos investimentos das distribuidoras em expansão da rede de distribuição para captação de novos clientes", afirma o presidente-executivo da Abegás, Augusto Salomon, por meio de nota.

A geração elétrica teve queda na comparação mensal, de 3,9%, e alta de 9,9% em cinco meses.

O uso de gás natural no setor automotivo caiu 0,9% em maio sobre abril e 3,5% no acumulado do ano.

O nível de emprego na indústria de transformação recuou 0,9% em maio na comparação com abril (dado dessazonalizado) e 5,6% ante igual mês do ano passado. Nos cinco primeiros meses do ano, a baixa foi de 4,5% ante igual período de 2014. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira, 2, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Já o número de horas trabalhadas caiu 0,5% em maio sobre abril e recuou 10,2% na comparação com o mesmo mês de 2014. Nos primeiros cinco meses do ano, a queda é de 9,3%. A massa salarial, por sua vez, registrou baixa de 1,2% pelo dado dessazonalizado de abril para maio e queda de 5,9% na comparação entre os meses de maio de 2014 e de 2015.

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O rendimento médio real dos empregados da indústria, que caiu 0,3% no dado na margem, 0,4% na comparação interanual e permaneceu estável no acumulado do ano, reforça a tendência negativa para este indicador, trouxe o boletim Indicadores Industriais da CNI.

O caixa do governo federal recebeu um reforço extra de R$ 683,8 milhões em dividendos pagos pelas empresas estatais em maio. Desse total, R$ 655,7 milhões foram pagos pelo Banco do Brasil e R$ 27,7 milhões pelos demais. No acumulado do ano, as receitas com dividendos somaram R$ 2,917 bilhões, registrando uma queda de 67,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo com esse reforço de caixa, as contas do Governo Central registraram um déficit expressivo em maio, de R$ 8,05 bilhões.

Investimentos totais

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Nos cinco primeiros meses sob o comando da nova equipe econômica, os investimentos do governo registram um queda real de 37,2%. De acordo com dados do Tesouro, os investimentos pagos somaram R$ 24,128 bilhões no período. Desse total, R$ 20,946 bilhões são restos a pagar, ou seja, despesas de anos anteriores que foram transferidas para 2015.

Em maio, as despesas com investimentos foram de R$ 4,312 bilhões, com queda de 47,4% sobre o mesmo mês de 2014.

Os investimentos com o Programa de Aceleração Econômica (PAC) somaram R$ 3,431 bilhões em maio e R$ 17,063 bilhões nos cinco primeiros meses do ano. As despesas com o PAC caíram 48,7% em maio e 40,5% no acumulado do ano. (Adriana Fernandes, Lorena Rodrigues e Rachel Gamarski)

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Em meio ao ajuste fiscal realizado pela nova equipe econômica do governo Dilma Rousseff, o Ministério da Educação foi o mais afetado com os cortes nas despesas discricionárias nos cinco primeiros meses do ano, com uma queda de 10,4% dos repasses em relação ao mesmo período do ano passado.

O Ministério da Saúde também foi afetado com uma redução nos repasses e recebeu menos 5% de recursos de janeiro a maio, ante o mesmo período do ano passado.

As despesas com o pagamento do programa habitacional do governo Minha Casa Minha Vida apresentaram uma queda de 33,6% de janeiro a maio deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. Os pagamentos caíram no período R$ 3,09 bilhões, passando de R$ 9,22 bilhões de janeiro a maio de 2014 para R$ 6,12 bilhões no mesmo período deste ano.

O setor de construção civil está reclamando dos atrasos do governo no pagamento das despesas do programa, que é um das marcas da gestão da presidente Dilma Rousseff. Em maio, essas despesas caíram 1,7% ante abril e somaram R$ 1,06 bilhão.

O Tesouro Nacional pagou ainda R$ 7,5 bilhões em subsídios e subvenções econômicas entre janeiro e maio deste ano, resultado R$ 2,9 bilhões (61,2%) superior a igual período do ano passado. O salto nesses gastos é explicado principalmente pela correção mais acelerada do total devido pelo Tesouro ao BNDES no âmbito do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que oferece crédito subsidiado às empresas.

Além disso, o Tesouro também gastou 15,6% no seguro-desemprego, programa que foi alvo das chamadas "pedaladas fiscais" nos últimos dois anos. Apesar desse incremento no seguro aos trabalhadores demitidos, o governo gastou 58,2% menos com o abono salarial entre janeiro e maio deste ano e igual período de 2014.

O desemprego entre os jovens continua aumentando de forma mais intensa do que nas demais faixas etárias. Em maio, a taxa de desocupação entre os jovens de 18 a 24 anos atingiu 16,4%, contra 12,3% em maio do ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"De modo geral, os jovens têm as maiores taxas de desocupação. Mas é um crescimento muito grande. Uma taxa que costuma já ser maior agora cresceu mais. A conjuntura não está favorecendo redução na taxa de desocupação de ninguém, menos ainda entre os jovens", afirmou Adriana Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

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Boa parte do aumento do desemprego se deve à maior procura por trabalho. A população não economicamente ativa de 18 a 24 anos, que crescia 7,0% em maio de 2014 em relação a igual mês do ano anterior, agora cai 1,2% na comparação interanual, apontou o órgão.

O contingente de pessoas com carteira assinada diminuiu 1,5% na média de janeiro a maio deste ano em relação a igual período de 2014, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, 181 mil pessoas perderam o emprego formal no período. "Desde 2004 não havia redução no emprego com carteira assinada para a média de janeiro a maio", notou Adriana Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE. Naquele ano, mesmo assim, a redução foi de aproximadamente 3 mil vagas formais. "São menos pessoas com as prerrogativas que o emprego com carteira oferece, como seguro-desemprego, fundo de garantia", acrescentou Adriana.

Apenas em maio, o emprego com carteira recuou 1,8% ante maio de 2014, uma redução de 213 mil vagas formais. O fechamento de postos na indústria é o principal culpado, responsável por 116 mil vagas. "A redução do emprego com carteira vem da indústria, da construção e dos outros serviços, que são setores que vêm tendo mais perda de emprego", explicou.

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Por outro lado, o emprego por conta própria segue crescendo. Na média de janeiro a maio, a alta foi de 2,5%, uma diferença de 108 mil pessoas. "Boa parte dos empregos por conta própria é de pessoas ligadas a comércio ambulante, pedreiros autônomos", exemplificou a técnica.

Pressão

Segundo Adriana, a queda nos rendimentos dos trabalhadores tem levado mais pessoas a procurar emprego e, com isso, há mais gente pressionando o mercado de trabalho. Essa pressão, no entanto, não tem se convertido em criação de vagas. Pelo contrário. A destruição de postos de trabalho tem feito crescer ainda mais a fila do desemprego.

"A população economicamente ativa cresceu, e isso está indo sobretudo para a população desocupada. Além disso, você tem dispensa de pessoas", disse. Ainda que a população ocupada esteja diminuindo, segundo Adriana, ela não exerce maior pressão para que taxa (de desemprego) suba, avaliou a técnica do IBGE. A parcela mais expressiva dessa pressão, segundo ela, vem do aumento da população economicamente ativa, que reflete a maior busca por trabalho. Sem encontrar vagas, essas pessoas engrossam a população desocupada.

No ano passado, a população (ativa) tendia a diminuir, pois a inatividade estava absorvendo muitas pessoas. Elas não procuravam trabalho porque não queriam fazê-lo naquele momento. "O que se mostra agora é um crescimento menor da inatividade e o que tem a ver com esses fatores apontados é a variação do rendimento", disse Adriana. "Há mudança de movimento, que passou de queda da desocupação para aumento, e aumento em porcentuais elevados", acrescentou.

O emprego na construção brasileira registrou queda de 1,14% em maio, na comparação com abril, segundo pesquisa do SindusCon-SP em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foi a oitava retração mensal consecutiva. O saldo entre demissões e contratações ficou negativo em 36,7 mil trabalhadores com carteira assinada em maio, enquanto nos primeiros cinco meses do ano, o saldo negativo chega a 126,9 mil vagas, uma baixa de 3,83% em relação a dezembro.

Frente a maio de 2014, foram fechadas 366 mil vagas, o que corresponde a um recuo de 10,29%. Na comparação do acumulado de 2015 contra o mesmo período do ano passado, a queda foi de 8,37%, com o corte de 297 mil empregos.

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Diante do cenário de contínua queda no nível de emprego, o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, alerta para novos fatores negativos, como a redução da desoneração da folha de pagamento no setor. "Onerar a indústria da construção com aumento de 125% da Contribuição Previdenciária sobre a Renda Bruta é um contrassenso total. Necessitamos ainda que o governo coloque em dia os atrasos de pagamento do PAC e do Minha Casa, Minha Vida, que também estão contribuindo para suspensões de obras e demissões", afirma.

De acordo com uma das principais propostas em debate no Congresso, a revisão na política de desoneração da folha de pagamento seria acompanhada de uma elevação de 2% para 4,5% no tributo cobrado sobre o faturamento.

Segundo o executivo, o ritmo de demissões deixa o setor cada vez mais próximo da projeção de que serão perdidos 750 mil empregos entre 2014 e 2015. "A indústria da construção necessita urgentemente de estímulos para reverter esse cenário. Por isso, neste momento o pior que pode acontecer é a redução da desoneração da folha de pagamentos do setor", reforça o presidente do Sinduscon-SP.

Segmentos

Na análise por segmento, a retração em Infraestrutura foi de 15,31% em 12 meses, o que reflete um conjunto de fatores, como a redução de investimentos da Petrobras, a conclusão de grandes obras de infraestrutura na área de energia e o contingenciamento no orçamento da União, Estados e municípios, anunciado pelo governo federal no mês passado, de acordo com o Sinduscon.

Em preparação de terrenos foi registrada uma baixa de 9,01% em 12 meses, enquanto a queda foi mais acentuada em engenharia e arquitetura, com perda de 10,48% na mesma base de comparação.

Considerando apenas o Estado de São Paulo, o nível de emprego em maio registrou queda de 1,23% em relação a abril, com o saldo entre contratações e demissões negativo em 10.284 trabalhadores. Nos primeiros cinco meses do ano, o indicador apresentou saldo negativo de 12.024 vagas, com retração de 1,43% em relação a dezembro. Com isso, ao final de maio, o número de trabalhadores do setor empregados no Estado totalizava 826,8 milhões.

No acumulado do ano em relação ao mesmo período do ano anterior, houve retração de 6,27%, com o fechamento de 55.965 vagas. Em relação a maio de 2014, a queda foi de 7,27%, uma perda de 64.828 vagas.

A população desocupada cresceu 4,8% em maio ante abril, com 75 mil pessoas a mais na fila do desemprego, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com maio de 2014, a diferença foi ainda mais significativa. O aumento nos desempregados foi de 38,5%, o que significa 454 mil pessoas a mais nesta condição.

Na comparação interanual, também houve queda no emprego. O número de pessoas ocupadas diminuiu em 155 mil, uma queda de 0,7% em maio ante maio do ano passado. Na comparação de maio ante abril de 2015, houve aumento de 0,1%, ou 19 mil vagas criadas.

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A população economicamente ativa - que trabalha ou está em busca de emprego - subiu nas duas comparações. Ante abril, o avanço foi de 0,4% (+94 mil pessoas). Já na comparação com maio de 2014, o aumento foi de 1,2% (299 mil pessoas a mais).

Por outro lado, a população não economicamente ativa - que está em idade de trabalhar, mas não demonstra interesse - ficou estável em maio ante abril e subiu 0,3% na comparação com maio do ano passado. No confronto interanual, 62 mil pessoas migraram para a inatividade, segundo o IBGE.

A taxa de desemprego de 6,7% registrada no mês de maio de 2015 é a maior para o mês desde 2010, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Naquele ano, a taxa de desocupação ficou em 7,5% em maio.

A massa de renda real habitual dos ocupados no País somou R$ 48,9 bilhões em maio, queda de 1,8% em relação a abril, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com maio de 2014, o montante diminuiu 5,8%.

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O rendimento médio real do trabalhador, já descontados os efeitos da inflação, foi de R$ 2.117,10 em maio, segundo o IBGE. O resultado significa queda de 1,9% em relação a abril e recuo de 5,0% ante maio de 2014.

A indústria de máquinas e equipamentos faturou R$ 7,356 bilhões em maio, queda de 1% na comparação com abril e recuo de 9,6% ante o mesmo mês do ano passado. Os números foram divulgados nesta quarta-feira, 24, pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Com o resultado, o faturamento líquido do setor acumulado nos cinco primeiros meses de 2015 é de R$ 36,594 bilhões, montante 4,9% menor do que o registrado em igual período de 2014.

O consumo aparente de máquinas e equipamentos em maio, por sua vez, caiu 7,4% ante abril e recuou 4,3% em relação a maio do ano passado, ao atingir R$ 10,995 bilhões no quinto mês deste ano. No acumulado de 2015 até maio, o consumo aparente soma R$ 56,436 bilhões, o equivalente à queda de 3,4% na comparação com o mesmo intervalo de tempo do ano passado.

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Balança comercial

O déficit comercial da indústria de máquinas e equipamentos em maio somou US$ 965,04 milhões, o equivalente à queda de 19,9% ante abril e a retração de 14,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. Com o resultado, o déficit acumulado nos cinco primeiros de 2015 é de US$ 5,462 bilhões, montante 16,6% menor do que em igual período do ano passado.

Esse déficit é resultado de exportações que somaram US$ 633,35 milhões em maio, o que corresponde a crescimento de 3,1% em relação a abril, porém queda de 35,1% frente um ano atrás. Nos cinco primeiros meses de 2015, as vendas externas somam US$ 3,266 bilhões, montante ainda 20,2% menor na comparação com igual período do ano passado.

Já as importações totalizaram US$ 8,728 bilhões de janeiro a maio deste ano, queda de 18% ante o mesmo intervalo de tempo de 2014. Somente em maio de 2015, as importações chegaram a US$ 1,598 bilhão, queda de 12,1% na comparação com abril e recuo de 23,9% em relação a maio do ano passado.

Nuci e emprego

Os dados da Abimaq divulgados nesta quarta-feira mostram ainda que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor em maio ficou em 65,7%, menor do que o verificado em abril deste ano (68,2%) e do que o registrado em maio do ano passado (76,7%). Já a carteira de pedidos do setor caiu 9,4% em maio ante abril e tombou 18,6% em relação ao mesmo mês do ano passado.

A indústria de máquinas e equipamentos encerrou o mês de maio com 346.873 empregados, volume 1% menor do que o de abril e 6,4% mais baixo do que o total de funcionários de maio de 2014. De acordo com dados da Abimaq, nos últimos 12 meses, o setor já demitiu 23.538 pessoas.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, revisou as projeções para o crescimento do crédito no ano. Para o crédito total, a expectativa passou de 11% para 9%; no direcionado, de 16% para 14%; no livre, recuou de 6% para 5%. Segundo Maciel, essa revisão decorre do ajuste macroeconômico em curso. "Nossas pesquisas de condições de crédito apontam para um menor crescimento do crédito em 2015", afirmou. "No crédito direcionado, estamos tendo um ajuste mais significativo", disse.

Os bancos públicos, que cresceram no ano passado 16,7%, tinham projeção em março de 14%. Agora, o BC reduziu para 13%. Para os privados, a expectativa caiu de 7% para 4%. As instituições privadas estrangeiras tiveram projeção mantida em 7%. "O crédito como um todo mostra esse menor crescimento. Dois fatores são importantes, um é o ciclo monetário, o outro é o menor crescimento da atividade econômica", disse Maciel.

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Com esse desempenho, a projeção do BC para o crédito como proporção do PIB ficou em 56%. A autoridade monetária, no entanto, preferiu não comparar essa projeção com a anterior porque a forma de cálculo do PIB mudou.

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) cresceu 1,83% em maio, atingindo R$ 2,496 trilhões, informou o Tesouro Nacional, nesta terça-feira, 23. Em abril, o estoque estava em R$ 2,451 trilhões.

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 31,65 bilhões no mês passado. A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) cresceu 1,64% e fechou o mês em R$ 2,372 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 5,53% maior, somando R$ 124,19 bilhões no mês passado.

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A parcela da DPF a vencer em 12 meses caiu de 22,82% em abril para 21,07% em maio, segundo o Tesouro. O prazo médio da dívida subiu de 4,67 anos em abril para 4,69 anos em maio. O custo médio acumulado em 12 meses da DPF passou de 13,60% ao ano em abril para 14,03% ao ano em maio.

A parcela de títulos prefixados na DPF subiu de 39,69% em abril para 41,92% em maio. Os títulos remunerados pela inflação tiveram a participação reduzida para 32,85% do estoque da DPF em maio, ante 35,41% em abril.

A fatia dos papéis atrelados à Selic aumentou levemente, de 20,09% para 20,21%. Os papéis cambiais elevaram a participação na DPF de 4,81% em abril para 5,01% em maio.

Em relação às metas do Plano Anual de Financiamento (PAF) 2015, apenas a participação dos papéis atrelados a índices de preço está desenquadrada. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta é de 33% a 37% e, no de câmbio, de 4% a 6%. O intervalo perseguido pelo Tesouro para os títulos remunerados pela Selic em 2015 vai de 17% a 22%.

 

Estrangeiros

Os estrangeiros aumentaram a compra de títulos do Tesouro Nacional em maio. A participação dos investidores não-residentes no Brasil no estoque da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu de 20,49% em abril para 20,80% em maio, somando R$ 493,46 bilhões. Em abril, o estoque nas mãos de estrangeiros estava em R$ 478,08 bilhões.

A parcela das instituições financeiras no estoque da DPMFi cresceu de 26,65% em abril para 26,84% em maio. Os Fundos de Investimento reduziram a fatia de 19,95% para 19,33% no período. Já as seguradoras tiveram crescimento na participação de 4,01% para 4,03%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,99% em maio, após ter registrado alta de 0,71% em abril, divulgou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o índice acumula altas de 5,99% no ano e de 8,76% nos 12 meses encerrados em maio. O INPC mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos e chefiadas por assalariados.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, disse nesta segunda-feira, 8, que as projeções para produção, vendas e exportações de veículos neste ano levam em conta um cenário de queda de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2015.

Segundo ele, as previsões também consideram um IPCA encerrando 2015 entre 8,8% e 8,9% ao ano. Já para o dólar, a Anfavea prevê que a moeda americana termine o ano cotada a R$ 3,15 até R$ 3,20. Moan afirmou ainda que a Anfavea trabalha com um cenário de taxa básica de juros a 14,25% ao ano no fim deste ano. Atualmente, ela está em 13,75% ao ano.

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As vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus caíram 3% em maio na comparação com abril e 27,5% ante o mesmo mês do ano passado, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Em maio, foram emplacadas 212.696 unidades em todo o País. Com o resultado, os licenciamentos acumulam queda de 20,9% nos primeiros cinco meses deste ano em relação a igual período de 2014.

Considerando somente automóveis e comerciais leves, foram emplacados 205.229 unidades em maio, o equivalente a recuos de 3,2% na comparação com abril e de 26,3% ante um ano atrás. Em maio deste ano, foram vendidos 175.671 automóveis e 29.558 comerciais leves. Com o resultado, as vendas de autos e leves juntas acumulam queda de 20% neste ano até agora em relação ao mesmo intervalo de tempo de 2014.

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As vendas de caminhões, por sua vez, atingiram 6.016 unidades em maio, alta de 3,9% na comparação com abril, porém recuo de 52,7% ante maio do ano passado. Após o resultado do quinto mês do ano, os emplacamentos de caminhões acumulam retração de 42,4% em 2015 até maio, na comparação com o mesmo período do ano passado.

No caso dos ônibus, foram vendidas 1.451 unidades no quinto mês do ano, quedas de 7% na variação mensal e de 35,3% ante maio do ano passado. Diante do desempenho das vendas no mês passado, os licenciamentos de ônibus acumulam recuo de 27,9% nos cinco primeiros meses deste ano frente um ano atrás.

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