A Secretaria de Defesa Social (SDS) preparou um esquema especial nesta quinta-feira (20), com intuito de manter a tranquilidade para quem for as ruas do Recife protestar. De acordo com o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, cerca de mil policiais estarão no centro do Recife, local marcado para a manifestação.

Para o ato, ainda de acordo com o secretário, não serão usadas balas de borracha e gás lacrimogêneo. "Os policiais estão impedidos de usarem esse tipo de arma. Não há pra quê a violência. Quem estiver infiltrado no protesto para causar tumulto será enviado para a delegacia e preso também", disse Damázio.

A orientação da SDS é que as pessoas levem seus cartazes e queixas, mas sempre com tranquilidade. A gente orienta que as pessoas que estão a frente para causar baderna que denunciem para que tudo transcorra na maior calmaria possível.

"As recomendações internacionais da Organização das Nações Unidas (ONU) é que a polícia facilite os protestos, além de proteger as manifestações pacíficas, inclusive daqueles que querem usar disso para gerar violência. Quem causar esse tumulto, sofrerá por isso. A polícia ainda tem o dever de minimizar danos, preservar e respeitar a vida de todos", explicou o secretário. Somente as armas de baixa letalidade como cassetetes serão utilizados no protesto. Armas de fogo só estão autorizadas com comandantes gerais na operação.

Após o fim do dia ser tomado pela água nesta terça (4), a previsão desta quarta-feira (5) não é diferente. Em Pernambuco, o tempo  será de chuvas no Litoral e Zona da Mata, além de chuvas isoladas no Agreste e Sertão do Pajeú. Há possibilidade também nas demais áreas do Estado. Os termômetros marcam a máxima de 34°C e mínima de 18°C.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o tempo no Recife ficará nublado com expectativa de chuvas durante o dia. A temperatura máxima fica em torno de 30°C e mínima de 21°C.

A Agência Pernambucana de Águas e Clima divulgou ontem (4) que a água poderá chegar hoje (5) a um nível de 30 milímetros. No dia 17 de maio, vários alagamentos no Recife ocasionaram um grande transtorno, mas o nível foi de 100 milítimetros - bem superior ao previsto - e, por isso, a APAC informou que a população não precisa se apavorar.

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Depois do desespero dos moradores, a hora é retirar os pertences de dentro dos blocos do Residencial Eldorado, localizado no bairro do Arruda, na Zona Norte do Recife. Apenas as pessoas que moram no A2 estão podendo tirar as roupas e documentos do apartamento. O bloco A1 ameaça desabar depois de vários estrondos ocorridos na manhã desta sexta-feira (24) e está impossibilitado de receber a entrada dos moradores.

Muita gente ainda lamentava a saída do local. “Estou aqui há 17 anos e pensei que tudo já estivesse caindo, porque o barulho foi muito grande. Mas graças a Deus eu, meu marido, três filhos e mãe conseguimos sair antes que acontecesse alguma coisa. Fico muito triste em ter que retirar tudo isso, depois de tantos anos morando aqui”, relatou a moradora Conceição Souza.

De acordo com o advogado que auxilia os moradores, André Gouveia, toda a documentação que comprova que o imóvel pertence a população do local está sendo organizada para que eles recebam a indenização. “Nós sabemos que, principalmente aqueles do blocos do A1, terão que ter um valor para pagar um aluguel, pois os apartamentos estão todos abalados. A SulAmérica através da Caixa vai pagar isso a eles. Isso já está garantido”, relata.

 Ainda segundo o advogado, terá que ser feita uma reestruturação nos outros blocos no valor R$ 50 mil por apartamento. "Eles serão sim ressarcidos de  todo o prejuízo", completa.

O Corpo de Bombeiros (CBMPE) atendeu, nas últimas 24 horas, 90 ocorrências tendo vários destaques. As operações de maior relevância foram três desabamentos de barreiras, quatro resgates de pessoas ilhadas, um protesto feito pela comunidade do Sapo Nu, na Zona Oeste do Recife, e neste momento uma colisão entre uma carreta e um carro na BR-101 Sul.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou nessa sexta-feira (17) 24 ocorrências de acidentes com 44 veículos envolvidos e 12 pessoas feridas. Já a Defesa Civil de Pernambuco registrou, por conta das chuvas, 173 ocorrências na capital Pernambucana. Os chamados foram para colocação de lonas plásticas, além de deslizamentos de barreiras, queda de árvore e vistorias. 

Na Região Metropolitana do Recife (RMR), 36 ocorrências foram registradas pela Defesa Civil Municipal (Comdec), sendo 32 de colocação de lonas e quatro deslizamentos parcial de barreiras sem danos. Em Camaragibe, 15 ocorrências foram registradas pela Comdec, sendo três desabamentos de muro, oito deslizamentos parciais de barreiras e quatro famílias foram removidas para casa de parentes.

Em Jaboatão dos Guararapes, também na RMR, 100 ocorrências foram registradas pela Condec, sendo seis pontos de alagamentos, uma vistoria, 53 colocação de lona, duas quedas de muro de contensão, quatro quedas de muro de arrimo, 28 deslizamento parcial de barreiras, cinco famílias removidas para casa de parentes, uma família indicada para auxílio moradia.

Já em Olinda, 37 ocorrências foram registradas, sendo 12 deslizamentos, sem vítimas, 18 pedidos de colocação de lonas, três cortes de árvores e quatro pedidos de vistoria. Na cidade de Paulista, 12 ocorrências foram registradas, sendo 11 colocações de lonas, e um deslizamento parcial de barreira. 

Em São Lourenço da Mata, na RMR, 17 ocorrências foram registradas, sendo dois deslizamentos parciais de barreira, 12 colocação de lonas, e duas famílias relocadas para casa de parentes.

Na capital pernambucana, 172 ocorrências foram registradas, sendo 43 deslizamentos, duas vistorias de árvore, 123 alagamentos, três danos em residência e um desabamento de muro.

Nas demais cidades houve apenas pontos de alagamento. 

Os transtornos causados pela chuva que cai no Recife e Região Metropolitana, nesta sexta-feira (17), também estão impactando no funcionamento do Terminal de ônibus Cais de Santa de Rita, área central da capital pernambucana. Mesmo não havendo grandes filas de passageiros no local, nesta tarde, as linhas que, geralmente, passam no intervalo de cinco a dez minutos, estão demorando cerca de uma hora para atender os passageiros.

De acordo com a administração do Terminal, os coletivos vindos de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, e os oriundos de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana, são os que mais estão demorando. Ainda segundo a administração, caso a chuva persista, a tendência é a demora aumentar. A senhora Lurdes da Silva é moradora do bairro do Parador, em Jaboatão dos Guararapes (RMR), e reclamou dos engarrafamentos. “Está tudo parado. Não sei que horas vou chegar em casa”, disse.

Na manhã da sexta-feira (17), habitantes do bairro de Jardim São Paulo, localizado na zona oeste do Recife, acordaram ilhados. Casas e comércios foram tomados pela água do Canal Garulhos. Colchões, tábuas e pneus serviram de transporte para muitas pessoas, que ainda tentam sair de suas residências.

Segundo o autônomo Thiago Alves, a situação é complicada. Ele nunca havia presenciado um caos desses. “A água está chegando quase na cabeça. Os móveis estão suspensos, os carros estão submersos e sem contar que não temos contato com os vizinhos”, desabafa o morador.

Durante o dia foi possível observar pessoas carregando pertences e animais de estimação.  A moradora da rua Bragança – logradouro adjacente ao canal -, falou sobre a negligência das gestões da Prefeitura do Recife. “Entra ano e sai ano e só piora. Estou com um bebê de cinco meses em casa e não o que vou fazer. Realmente está muito complicado”, conclui emocionada.

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Vários internautas mostraram através das redes sociais a situação caótica do Recife na manhã desta sexta-feira (17). Dentro do metrô da capital pernambucana, passageiros tinham que seguir com a água até a panturrilha para chegar até o metrô. Além desse transtorno, muita gente não conseguiu sequer sair de casa para ir até o trabalho, colocando fotos no Facebook.

"Impossível sair de casa desse jeito", disse Bruna Campos. Já Marcella César, utilizou a rede para soltar uma piada. "Alguém me empresta um barco por favor?", conta. Além delas, a população reclamou do preparo da cidade para a Copa das Confederações. "Gente, Recife parou! Ninguém consegue ir a lugar nenhum! Não tem, de verdade, transporte! Ainda receberemos Copa das Confederações no mês que vem?", indaga.

Sandro Luiz postou em sua página no facebook o vídeo abaixo, com imagens da avenida Caxangá, importante corredor da capital pernambucana.

A capital pernambucana prova mais uma vez que não está preparada para receber chuva. Desde a madrugada desta sexta-feira (17), chove intensamente no Recife, deixando vários bairros cheios de água. A Rua da Amizade, no bairro das Graças, na área Central da cidade, os motoristas tem que enfrentar a via totalmente alagada. 

Na Rui Barbosa, muita gente teve que passar pela calçada com a água acima do tornozelo, além de ficarem esperando os coletivos em cima dos bancos na parada de ônibus devido ao caos. Na Agamenon Magalhães, uma das principais vias da cidade, os condutores estão seguindo para o trabalho com cautela. Algumas escolas e faculdades suspenderam as aulas no turno da manhã.

No sentido Boa Viagem, o início do viaduto Capitão Temudo está completamente tomado por veículos. Passageiros descem dos ônibus e os motoristas não conseguem sair do lugar. O cuidado deve ser redobrado na manhã de hoje (17).

No início da manhã, uma Casa foi atingida por barreira e feriu duas pessoas em Jaboatão dos Guararapers, região metropolitana do Recife.

Pelas redes sociais, internautas de toda região metropolitana vem destacando pontos de alagamento, como a Av. Caxangá, que aparece neste vídeo completamene alagada. 

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Além do tráfego complicado por causa das chuvas no Recife desde a madrugada desta quarta-feira (24), os semáforos de várias localidades apresentaram problemas. Na Avenida Boa Viagem com a Rua Padre Carapuceiro, além de sinais da Domingos Ferreira e Rua Cosmorana, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife deixaram todas as vias com trânsito lento.

No bairro da Encruzilhada, na Zona Norte da cidade, alguns também complicaram o trânsito local. De acordo com a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), equipes técnicas foram enviadas ao local para fazer o conserto dos semáforos.