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Preocupada com o aumento da violência doméstica durante o confinamento pela pandemia, Krysia Paszko, uma polonesa de 18 anos, criou um site que parece ser uma loja online de produtos de beleza, mas que, na realidade, oferece ajuda discretamente às vítimas.

"A inspiração para essa ideia veio da França, onde, quando você vai à farmácia e pede a máscara número 19, pode indicar que é vítima de abuso", declarou à AFP a estudante de Varsóvia.

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A jovem acredita que a Polônia também precisa de uma espécie de código durante a pandemia, quando as famílias permanecem trancadas sob o mesmo teto por 24 horas, com riscos significativos de estresse e violência.

Durante o primeiro confinamento, o Centro de Direitos das Mulheres, uma ONG polonesa, registrou um aumento de 50% nas ligações para o seu número de emergência que oferece apoio em caso de violência doméstica.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) também observou um aumento desse tipo de agressão na Europa.

Krysia Paszko criou sua loja Rumianki i Bratki (Camomilas e Pensamentos) no Facebook em abril de 2020. Com fotos de sabonetes de lavanda e máscaras faciais de sálvia, a loja falsa parece real.

Mas, em vez de vendedores, do outro lado da tela está uma equipe de psicólogas voluntárias do Centro de Direitos das Mulheres.

"Se alguém faz um pedido e dá o endereço, é um sinal de que precisa da polícia para agir imediatamente", explica a jovem.

Aqueles que querem apenas conversar pedirão mais informações sobre um produto e os psicólogos farão mais perguntas importantes: "Como a pele de uma pessoa reage ao álcool?" ou "Você realmente precisa de cosméticos para crianças?"

- "Vigiada constantemente" -

A equipe já atendeu cerca de 350 pessoas, propondo principalmente assessoria jurídica gratuita e planos de ação.

Paszko ressalta que "quanto mais restrições, quanto mais difícil é sair de casa", mais pessoas lhes escrevem.

"E muitas vezes, os agressores ficam mais ativos quando o período é difícil, quando há mais infecções, mais restrições, mais medo da pandemia", afirma.

A maioria das pessoas que os contatam são mulheres com menos de 30 anos. O abuso pode ser físico ou psicológico, por um parceiro ou pai.

Entre 10% e 20% dos casos resultaram em ligações para a polícia.

"Lembro-me de uma jovem que era constantemente vigiada pelo parceiro e que só conseguia nos escrever quando dava banho no filho", explica Paszko.

A mulher já havia tentado sair do relacionamento, mas o companheiro, alcoólatra e agressor, se recusou a deixar a casa.

Graças à intervenção de sua equipe, a polícia chegou e "o fez devolver as chaves, informando-o das consequências se ele voltasse", conta Paszko. "Felizmente, foi o fim da violência."

Por seus esforços, Paszko ganhou o prêmio à solidariedade civil da União Europeia (UE), uma recompensa de 10.000 euros (quase US$ 11.900) por iniciativas ligadas à covid.

A jovem lamenta que a Polônia "ignore um pouco e ponha de lado" o problema da violência doméstica. "É necessário apoio adicional do governo".

O partido conservador e nacionalista Lei e Justiça no poder quer retirar a Polônia da Convenção de Istambul, um tratado internacional para proteger as mulheres da violência sexista.

Em 2020, o ministro da Justiça anunciou que lançaria o processo de retirada do tratado, por considerar que contém dispositivos que minam os valores conservadores sobre a família.

Apesar dos protestos na Polônia e no exterior, o processo continua.

O projeto, que está sendo debatido no parlamento por iniciativa da organização ultraconservadora Ordo Iuris, propõe uma nova convenção que proíbe o aborto e o casamento homossexual.

Homem é preso acusado de violência doméstica e descumprimento de medida protetiva contra sua própria irmã em Porciúncula (RJ), nesse sábado (20). O suspeito foi localizado no bairro Cristo Rei, Região Noroeste do Estado, pelos Policiais Civis da 139ª DP.

Segundo os agentes, o acusado foi autuado em cumprimento de um mandado de prisão preventiva, solicitado pela vítima na lei Maria da Penha. Apesar disso e ciente das consequências, o autor enviou três áudios à vítima com ameaças, o que foi objeto de novo registro de ocorrência.

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O homem foi preso e encaminhado ao sistema prisional, onde está à disposição da Justiça.

Ao matricular o filho em uma escola pública de Maceió, em Alagoas, uma mulher de 28 anos - que não teve a identidade revelada - viu a oportunidade de denunciar sua rotina de violência doméstica. Ela aproveitou que o companheiro esperava do lado de fora e pediu socorro em um bilhete nessa terça-feira (9).

Acompanhada da criança, a jovem entrou na escola estadual Laura Dantas, no bairro do Farol, e entregou a mensagem a uma das funcionárias da instituição junto com os documentos de matrícula. A direção foi notificada e acionou a Polícia Militar, que prendeu o suspeito ainda na calçada.

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"Por favor, me ajude. Estou sendo espancada. Não posso falar. Estou com hematomas na perna e meu filho foi seriamente sofrido (sic) por psicológico. Ele me bateu com facão. Me ajude, ele não me deixa falar, me ameaça toda hora. Não consigo mais ficar calada, eu me cansei. Não me ignore", dizia o bilhete, de acordo com a Universa.

Ela apresentou as escoriações no exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal Estácio de Lima, no Tabuleiro do Martins. O laudo será entregue à Delegacia da Mulher.

Após fazer um desabafo nas redes sociais, revelando ter sido agredida pelo ex-marido, o cantor Rodriguinho, Nanah Damasceno voltou atrás e apagou as postagens. O recuo da cantora e influenciadora digital acendeu um alerta no público e aumentou a polêmica em torno do assunto. Neste sábado (23), ela voltou a fazer stories mas, dessa vez, para explicar o motivo de ter apagado os vídeos nos quais dava detalhes da agressão sofrida. 

O relato de Nanah a respeito do ex-marido repercutiu bastante nas redes sociais. Ela e o ex-líder do grupo Os Travessos passaram 11 anos casados e tiveram dois filhos. Nas primeiras publicações, a cantora revelou ter sido agredida por Rodriguinho e o acusou de ser “abusivo”. Horas depois, no entanto, ela se arrependeu e apagou as postagens.

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Neste sábado (23), após especulações por parte do público de que ela teria sido pressionada a apagar os vídeos, a cantora explicou a decisão de deletar o conteúdo. “Eu estava num momento com meu emocional abalado, muito de impulso, eu fiz algo que a Nanah não faria quando ela está centrada. Não fui pressionada, não estou com medo. Eu simplesmente pensei nos meus filhos”. 

Ela esclareceu que já está tomando medidas em relação ao ocorrido e que, a partir de agora, vai manter o assunto em sigilo. “Não vou desencorajar as mulheres, eu inspiro as mulheres pelo que eu sou. Tenham um pouco mais de empatia porque a mulher Nanah resolve as coisas quando elas tem que ser resolvidas, sem polêmica”. 

 

A cantora Nanah Damasceno foi às redes sociais, na noite da última quinta (21), para denunciar o ex-marido, o também cantor Rodriguinho, por agressão física. Eles anunciaram o fim do casamento de 11 anos no início de 2021, após meses de boatos sobre sua separação. 

Nos vídeos, publicados nos stories de sua conta oficial no Instagram, Nanah relatou um episódio de agressão, protagonizado por Rodriguinho, durante uma festa. Ela também revelou ter sido agredida em outras ocasiões. “Gente, eu estava na festa da Heloísa com meus filhos e eu cansei de esconder o filho da p*** que o Rodrigo é! Ele é um desgraçado, foi um abusador, tive um relacionamento abusivo durante anos. Não sei o que deu nele, o que ele viu. Ele me bateu dentro da festa! Eu estava saindo e ele me bateu, como já me bateu várias vezes”.

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Nanah também disse que escondeu os detalhes de seu relacionamento para preservar a imagem de Rodriguinho, ex-vocalista do grupo Os Travessos. “Esse é o Rodriguinho de vocês. Fui mulher pra cara*** pra aguentar um cara desse durante anos. E quando me separei, me separei da melhor forma, pra ele ficar bem, não queimar ele no Brasil inteiro! Só que é essa bosta que ele é, esse lixo, um abusador filho duma p****!".

Uma mulher foi atropelada pelo marido no pátio da delegacia após denunciá-lo por violência doméstica em Parauapebas, no estado do Pará, na segunda-feira (28). O homem foi preso em flagrante.

Segundo a Polícia Civil, a mulher compareceu à delegacia para denunciar ser vítima de lesão corporal e ameaça cometidas pelo marido. Pouco tempo depois, o suspeito foi até o local e tentou agredir a esposa, além de atropelá-la com uma moto.

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O homem foi contido pela polícia e autuado por violência doméstica e familiar. Suspeito e vítima foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito.

Após a exposição de alguns áudios e conversas nas redes sociais, o comentarista esportivo dos canais do Esporte Interativo, Alê Oliveira, está sendo acusado de agressões verbais contra a sua ex-esposa, Tereza. De acordo com apuração do UOL divulgada nesta quinta-feira (10), existem seis boletins de ocorrência dela contra o jornalista que é acusado de violência doméstica. As conversas foram divulgadas pela filha de Tereza de outro relacionamento

Alê, há alguns dias, vem fazendo postagens através do Instagram afirmando que está impedido de ver a filha que tem com Tereza. O casal se separou em maio deste ano. Entretanto, de acordo com o UOL, Laís Adriane, filha de Teresa de outro relacionamento, expôs que é a filha do casal que não quer ver o comentarista. O motivo seria a forma agressiva que Alê tratava Tereza chamando-a de "burra, jumenta", entre outras acusações. De acordo com Laís, ele também reclamava das fotos de biquíni que ela postava e afirmou que "não tinha vocação para ser mãe" por conta disso. 

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Em resposta à reportagem, Alê Oliveira disse que as agressões eram mutúas e ainda disponibilizou um vídeo com Tereza arranhando o carro dele, o que resultou em um BO contra a ex-esposa. Em uma das agressões verbais, Alê fala no termo "sangrada". "É o seguinte, se você não colaborar com as coisas da casa, não quero ninguém mais em casa. Não quero gato, não quero porra nenhuma. Você está ouvindo o que estou falando? Está ouvindo bem o que estou falando, não é? Se não já vou dar a primeira sangrada, já vou dar hoje mesmo. É só uma mensagem e acabou", teria dito Alê, segundo o UOL.

Alê argumentou, de acordo com o UOL: "Quando no início do processo de separação afirmei que iria separar as contas correntes do então casal, utilizei o termo de efetuar uma 'sangria' (termo comum a qualquer comerciante que se refere ao procedimento de retirada não programada de dinheiro do caixa). A discussão era, como sempre, financeira e a interpretação dada a isso é um factóide". Ele ressalta que ambas as partes passaram do ponto, mas alega que nunca houve agressão física. Alê está impedido, por meio de uma medida restritiva, de falar com Tereza seja por qualquer forma.

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Policiais civis do Departamento Geral de Polícia de Atendimento à Mulher (DGPAM) da Polícia Civil do Rio de Janeiro fazem nesta quarta-feira (9) uma operação para cumprir mandados de prisão contra suspeitos de violência contra a mulher. Também são alvos da operação pessoas em débito com pensão alimentícia.

Até as 7h10 de hoje, 20 pessoas já tinham sido presas, de acordo com informações da assessoria de imprensa da Polícia Civil.

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Além de se cumprir a lei, a ação contra devedores de pensão alimentícia tem o objetivo de chamar a atenção para a paternidade irresponsável, em que o pai foge da obrigação de cuidar de seus filhos.

“De acordo com a diretora do DGPAM, delegada Sandra Ornellas, conforme dados do Instituto Brasileiro de Direito de Família, em 2019 havia no Brasil 5,5 milhões de crianças sem pai declarado em seus registros. A irresponsabilidade paternal faz com que a mulher acabe tendo que arcar sozinha com a responsabilidade relacionada aos filhos”, diz a nota da Polícia Civil.

A ação de hoje conta com a participação das 14 delegacias especiais de Atendimento à Mulher do estado do Rio.

O Governo de Pernambuco poderá ter que priorizar a contratação de mulheres vítimas de violência doméstica. Isso acontecerá se um projeto de lei apresentado pela deputada estadual Gleide Ângelo (PSB), que prevê a prioridade, for aprovado pela Assembleia Legislativa (Alepe). A proposta impacta na seleção de cargos terceirizados das empresas contratadas pelo Estado.

O texto pretende viabilizar a inserção das mulheres em situação de violência doméstica no mercado de trabalho – desde que estas estejam inscritas em programas de geração de emprego, renda, qualificação técnica e profissional do Governo do Estado. “Muitas das mulheres agredidas, saem de casa, se mudam para a casa de parentes. Mas, com o passar do tempo, sem conseguir um emprego que garanta seu sustento, essas mulheres, muitas vezes, não têm outra saída a não ser voltar a viver com seu agressor”, pondera Gleide. 

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Um relatório da ONG suíça Centro pelo Direito à Moradia contra Despejos (Cohre), apontou que a dependência econômica do companheiro aparece como o principal impedimento para que as mulheres rompam os ciclos de uma relação abusiva e violenta. Cerca de 24% das que foram ouvidas pelo estudo disseram que, apesar dos ataques que sofrem, não se separam porque não têm como se sustentar.

Além disso, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA, 2019) nas capitais do Nordeste, 11,9% das mulheres entre 15 e 49 anos sofrem violência emocional e 5,3% sofrem violência física, a cada ano.

“Um emprego remunerado vai significar uma cura para essas mulheres. Vai levar para elas esperança, oportunidades de vida. É preciso libertar essa mulher, mostrar que ela é capaz e que pode muito mais”, observou a deputada.

*Com informações da assessoria de imprensa

O combate à violência doméstica ganhou hoje (26) um aplicativo (app) que vai facilitar o envio direto de pedidos de medida protetiva aos órgãos competentes, sem precisar recorrer a advogados ou intermediários. O Maria da Penha Virtual foi criado por uma equipe de estudantes de direito e de tecnologia do Centro de Estudos de Direito e Tecnologia (Ceditec), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A equipe é liderada pela professora e vice-diretora da Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, Kone Prieto Furtunato Cesário, e o aplicativo será implementado pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Coem), vinculada ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).

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As mulheres que estejam em situação de violência doméstica podem usar o aplicativo Maria da Penha Virtual para encaminhar seus pedidos a uma das juízas especializadas do Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Capital.

Inicialmente como projeto piloto, o aplicativo atenderá apenas as mulheres que sofrerem violência no município do Rio de Janeiro, mas, em breve, deverá ser estendido a todo o estado. Isso vai ao encontro do entendimento do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, para quem a tecnologia serve de alicerce para que os tribunais alcancem as metas de satisfação e usos tecnológicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O lançamento, nesta quinta-feira, foi durante evento virtual organizado pela Escola da Magistratura do Rio de Janeiro. A equipe de universitários, que criou a tecnologia, cedida para o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), fez uma apresentação para mostrar como o aplicativo funciona e reforçou a importância da integração da universidade com o Judiciário.

A violência doméstica é um problema enfrentado por mulheres de todas as idades, classes sociais e não se limita às agressões físicas. Não foram poucos os relatos de mulheres que passaram por relacionamentos abusivos que provocaram impactos psicológicos e morais. Em muitos casos, este foi um fator que impediu a denúncia da vítima, muitas vezes, coagida e cercada pelo agressor.

A Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006, define, entre outras aplicações, a punição adequada aos agressores. A legislação foi criada para reduzir os casos de violência doméstica contra mulheres.

 

A cantora gospel Quesia Freitas foi vista sofrendo agressões, por parte do próprio marido, em um shopping no Rio de Janeiro. O irmão da artista, o também cantor Juninho Black, divulgou imagens do crime, em sua conta no Instagram, e revelou que sua irmã vem sofrendo violência doméstica há bastante tempo. 

Nas imagens, é possível ver o homem segurando Quesia pelo braço enquanto ela tenta se desvencilhar dele. Ainda é possível ouvir a voz de uma outra mulher gritando ‘solta ela’, enquanto outros três homens aparecem para apartar o casal e conter o agressor. 

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Na postagem, Juninho Black denuncia que a irmã vem sofrendo agressões há bastante tempo e que possui outros vídeos provando a violência. “Minha irmã vem sofrendo tortura psicológica, abuso emocional, agressões físicas e coação. Resolvi trazer a público o caso depois de perodar várias vezes. Ele a agrediu dessa vez em público (...) Família, não quero que minha irmã caia nas estatísticas de feminicídio".

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Nesta quarta (25), é celebrado o Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher, Quesia publicou em seu perfil uma imagem pedindo pelo fim desse mal e postou a hashtag #chegadesilêncio. Nos comentários, o público da artista deixou palavras de solidariedade e encorajamento. 

Nesta quarta-feira (18), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), enviou à Assembleia Legislativa do estado o projeto de lei que reajusta o auxílio-financeiro pago às mulheres em situação de violência doméstica e familiar, com risco de morte, que estão sob proteção nas casas de abrigo do estado.

Com o reajuste, o auxílio passa de R$ 250 para R$ 446,04 pago em parcela única às mulheres beneficiadas com a ação de apoio à transferência domiciliar. Esse valor é para custear o pagamento das despesas básicas e emergenciais. 

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O projeto altera a Lei Estadual nº 13.977 (Lei do Abrigamento) instituída em 2009, que determina o abrigo, atendimento e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar, sob risco de morte, em Pernambuco. Está fundamentado na Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), importante instrumento legal de garantia de direitos às vítimas de violência doméstica e familiar.

“Essa lei prevê também o serviço 24h de técnicos e policiais que vão até a origem da ameaça e oferecem proteção à mulher, seja no deslocamento para um lugar seguro ou para uma casa abrigo, a depender da vontade da vítima", explica Bianca Rocha, que é diretora de Enfrentamento da Violência contra a Mulher, da Secretaria da Mulher de Pernambuco.

Segundo divulgado pela Polícia Militar de Pernambuco, o feminicídio cresceu em Pernambuco. Foram 51 crimes em 2019 e 59 em 2020, o que representa um aumento de 15,7%. Além disso, os homicídios contra mulheres não tiveram variação percentual no mês de outubro, que registrou 22 casos tanto em 2019 como em 2020 - até este mês de outubro. O acumulado do ano mostra um aumento de 18 vítimas, quando comparado janeiro a outubro de 2019 com 2020, saindo de 170 casos para 188, uma variação de 10,6%.

Por outro lado, segundo dados da PM, houve uma redução no número de queixas de violência doméstica e familiar contra a mulher, uma retração de 4,1% quando comparado com o mesmo período de 2019, saindo de 3.903 para 3.743 denúncias. 

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Com 163 casos registrados em outubro, os número de mulheres estupradas também apresentou uma queda, segundo divulgado pela PM. Se comparado com os 227 registros do mês de outubro de 2019, houve uma queda de 28,19% dos casos de estupro registrados pela polícia.

A Região Metropolitana apresentou uma redução de 48,65% de registros de estupro nesse período, saindo de 74 para 38 casos. No acumulado do ano, a retração foi de 13,79% no Estado, saindo de 2.182 casos de estupro em 2019 para 1.881 em 2020. Nesse período, a maior redução, de 19,95%, ocorreu no Recife, saindo de 391 para 313 registros desse tipo de crime.

“Mesmo os números mostrando redução, sempre temos de levar em consideração a subnotificação, uma vez que esses crimes ocorrem dentro dos lares. E colaboram para isso o medo e constrangimento das vítimas e, muitas vezes, a cumplicidade de familiares e pessoas próximas", destaca a delegada Julieta Japiassu, gestora do Departamento de Polícia da Mulher (DPmul). 

A delegada aponta que, com a expansão dos tipos de violência contra a mulher, que podem ser denunciados pela internet, verificou-se, nos meses de maior isolamento, um aumento dos boletins de ocorrência eletrônicos. 

"Agora, aumentou a procura na forma presencial. É importante ressaltar que, durante todo esse período pandêmico, as unidades da Delegacia da Mulher mantiveram o pleno funcionamento, investigando e ajudando a responsabilizar os agressores", acentua Julieta.

Uma tentativa de feminicídio resultou na prisão de um homem, que ameaçava a companheira com uma faca, na cidade paulista de Cunha (a 229 km da capital). Para escapar do agressor, a mulher saltou da janela de um apartamento, com altura de cinco metros, e foi socorrida por agentes da Polícia Militar (PM).

De acordo com os policiais, a viatura da corporação passava próximo ao local e foi avisada por moradores sobre o caso. Ainda segundo os agentes, a mulher alegou que saltou da janela como último recurso, pois o companheiro a havia agredido com socos, chutes e pegou uma faca para matá-la.

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Já no local do crime, a PM localizou o agressor em situação de descontrole mental e ainda em posse da arma com a qual ameaçou a vítima. Os agentes invadiram o apartamento, renderam o agressor, além de apreenderem a faca e o celular do acusado. Ele foi preso em flagrante pelos crimes de tentativa de feminicídio e violência doméstica. A mulher foi atendida no pronto-socorro e, embora não apresente risco de morte, segue sendo monitorada pela equipe médica após fazer uma bateria de exames.

Com um mandado de prisão em aberto, um homem foi preso nesta última sexta-feira (24), após agredir a companheira com um martelo. A Polícia Militar e a Guarda Municipal foram acionadas para atender a ocorrência de violência doméstica. O caso aconteceu em Cruzmaltina, Paraná. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

Quando a PM chegou, a vítima já havia passado por atendimento médico, informando aos policiais que havia sido agredida pelo companheiro com golpes de martelo na cabeça. Além disso, segundo o TN Online, a mulher estava com vários hematomas pelo corpo.

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O suspeito, que havia fugido do local, foi encontrado em um sítio localizado na PR-272. A Polícia Militar só confirmou que o homem estava com um mandado de prisão em aberto ao consultar o sistema. O suspeito recebeu voz de prisão e foi levado para a 53ª Delegacia Regional de Polícia de Faxinal.

Um homem investigado por mais de 70 registros de violência contra a companheira foi preso em Cuiabá-MT na quarta-feira (30). A prisão ocorreu após denúncia anônima.

O suspeito estava com ordem de prisão decretada pela 1ª Vara de Violência Doméstica da Capital com base em investigações na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM).

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A denúncia anônima relatava o bairro em que estaria morando um foragido da Justiça com perfil extremamente violento. Segundo a Polícia Civil, ele estaria pensando em fugir da cidade e deixar seus filhos em um abrigo.

A polícia fez monitoramento e localizou o foragido em frente ao condomínio em que estava morando. Ele foi encaminhado à Delegacia da Mulher.

A Caixa de Assistência dos Advogados de Pernambuco (CAAPE), entidade assistencial da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), criou uma rede de apoio para advogadas e estagiárias vítimas de violência doméstica. O objetivo é prestar atendimento psicológico, assessoramento jurídico e hospedagem para que as vítimas tenham segurança e tranquilidade em um momento de dor. Todas as informações sobre como pedir ajuda estão disponíveis no site do CAAPE

Para vice-presidente da CAAPE, Patrícia Maaze, o primeiro ponto é entender que a vítima jamais é culpada e a implantação de políticas públicas eficazes no combate à violência contra a mulher é urgente e necessária.  “Nem todas as mulheres contam com apoio para se defrontar com o flagelo da violência doméstica, por isso estaremos juntas atacando esse mal social tão devastador. Nós planejamos a Rede de Apoio CAAPE com cuidado e respeito, objetivando resguardar advogadas e estagiárias, com a oferta de assistência digna e completa para todas que acometidas pelas agressões de seus parceiros e familiares, sintam-se acolhidas por nós que compomos a CAAPE”, disse ela. 

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Já Fernando Ribeiro Lins, presidente do CAAPE, vê o projeto de forma positiva por fornecer amparo às estagiárias e advogadas. “Esse projeto é muito importante para que as advogadas e estagiárias que sofrem violências domésticas saibam que não estão sozinhas. Esperamos que esse apoio psicológico, jurídico e social ajude e mude essa realidade que infelizmente ainda existe”, declarou.

O ator norte-americano Bryshere Gray, da série Empire, foi preso no domingo (12), por violência doméstica.

Nas redes sociais, o departamento de polícia da cidade de Goodyear, no estado do Arizona, nos Estados Unidos, informou que a prisão aconteceu após receberem uma ligação de uma mulher dizendo ser a esposa do ator.

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No comunicado, a polícia informou que a mulher tinha machucados visíveis e foi encaminhada ao hospital, alegando ter sido estrangulada por Gray até perder a consciência.

O ator teria resistido à prisão e só aceitou sair da casa onde estava após a chegada de uma equipe tática. Além da acusação de agressão, ele também responderá por agressão agravada e desordem. A vítima recebeu tratamento e foi liberada.

Ele tem 26 anos de idade e ficou conhecido por interpretar o personagem Hakeen Lyon na série.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (9) o projeto de lei que estabelece medidas excepcionais para garantir às mulheres vítimas de violência o afastamento do agressor durante a pandemia de Covid-19. A matéria segue para o Senado. 

O texto estabelece a ampliação de vagas em abrigos, que deverão cumprir as normas de combate ao vírus, como distanciamento entre as famílias; ambientes ventilados e higienizados; e oferta de máscaras para proteção individual. O poder público ficará responsável pelo aluguel de casas, quartos de hotéis, espaços e instalações privados quando não houver vagas disponíveis nos abrigos para essas mulheres. 

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O projeto também garante às mulheres de baixa renda em situação de violência doméstica, que estejam sob medida protetiva decretada, o direito a duas cotas do auxílio emergencial dois meses a partir da solicitação. Atualmente, o valor mensal do benefício é de R$ 600, mas R$ 1,2 mil para mães chefes de família. 

Nos crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher cometidos durante o período de emergência pública, a autoridade policial terá 24 horas enviar o pedido de medidas protetivas de urgência à Justiça. O mesmo prazo terá o juiz do caso para decretação dessas medidas. 

O texto prevê o atendimento domiciliar para o registro de casos de estupro, feminicídio ou situação de iminente risco à segurança e integridade da mulher junto às Delegacias Especializadas em Atendimento à Mulher.

Violência doméstica

De acordo com o relatório “Violência Doméstica durante a Pandemia de Covid-19”, os casos de feminicídio cresceram 22,2% entre março e abril deste ano em 12 estados brasileiros, tendo um aumento de 117 para 143 ocorrências. No Acre, o aumento de casos foi de 300%. Também tiveram destaque negativo o Maranhão, com variação de 6 para 16 vítimas (166,7%), e Mato Grosso, que iniciou o bimestre com seis vítimas e o encerrou com 15 (150%). Os números caíram em apenas três estados: Espírito Santo (-50%), Rio de Janeiro (-55,6%) e Minas Gerais (-22,7%).

O levantamento aponta ainda que os registros de lesão corporal dolosa caíram 25,5% e os de estupro de vulnerável tiveram redução de 28,2%. O documento foi produzido a pedido do Banco Mundial pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). 

“Esses números não refletem o aumento drástico do número de casos de violência doméstica e familiar contra a mulher ocorrido desde o início da pandemia, muito pelo contrário. A realidade nos mostra que mulheres e seus filhos estão excepcionalmente mais vulneráveis na crise sanitária que ora vivemos, e têm tido maiores dificuldades em formalizar queixas contra seus agressores e buscar o auxílio e a proteção do poder público”, defendeu a deputada Natália Bonavides (PT-RN).

Essenciais

Na mesma sessão, os deputados aprovaram um projeto de lei que torna essenciais os serviços de acolhimento institucional às mulheres e seus dependentes que forem vítimas de violência doméstica durante a pandemia de Covid-19. A matéria segue para apreciação do Senado.

As mulheres vítimas de violência doméstica terão direito a acolhimento institucional temporário de curta duração em abrigos ou até mesmo em hotéis, pousadas ou outros imóveis custeados pelo poder público para garantir a separação do agressor. 

Balanço divulgado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, destacou que as denúncias de violência contra mulheres tiveram um aumento de 35,9% em abril, em comparação ao mesmo período de 2019. A cada dia os casos se tornam mais visíveis em decorrência de políticas públicas que se propõem a garantir a segurança das mulheres e dos movimentos sociais que visam o empoderamento feminino.

Segundo, André Novaes, coordenador do Curso de Psicologia da Universidade UNIVERITAS e especialista em terapia cognitivo comportamental para múltiplas necessidades terapêuticas, a violência contra a mulher vem a cada dia sendo mais vista, isso não quer dizer que antes não havia, pois há tempos que a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitia alertas sobre violência destes âmbitos. “Hoje, as mulheres têm ganhado mais voz e, portanto, os casos parecem mais evidentes. Este problema de saúde pública é grave, mas precisamos enxergá-los diante de várias óticas para melhores soluções”, explica.

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“A quarentena trouxe à tona uma realidade muito mais presente do que imaginávamos, com a obrigatoriedade do isolamento o convívio familiar aumentou em tempo e, infelizmente, intensidade, gerando um número maior de agressões. Cabe salientar que neste momento de confinamento há uma tendência de aumentar a agressividade e sentimentos como a raiva, uma vez que nossa liberdade foi restringida sem opção de escolha. Diante disso, sentimentos foram deslocados e por vezes direciono meu descontentamento com a frustração de estar “preso” para alguém que entendo que não poderia me causar um mal em retorno à ação de agressão e não menos importante, lembrarmos que vivemos em uma cultura coercitiva e que entende a punição como mecanismo de mudança de comportamento”, completa Novaes.

Vale salientar que o Brasil ainda vivencia uma cultura patriarcal e originada por regimes escravocratas a doença se espalha, e neste caso uma doença cultural, social e que suas raízes vão muito mais longe do que imaginamos.

As pesquisas comprovam que nas Américas, por exemplo, este problema generalizado tem afetado de diferentes maneiras cada região, os índices vão de 14% das mulheres, com idade entre 15 e 49 anos em algum momento de suas vidas até 60% da população feminina.

Importante ressaltar que as consequências deste cenário podem levar ao feminicídio, doenças associadas à infecção pelo HIV, suicídio e mortalidade materna, bem como lesões, infecções sexualmente transmissíveis (IST), gravidez indesejada, problemas na saúde sexual e reprodutiva e transtornos mentais segundo dados da OMS.

“Oferecer às vítimas suporte é muito importante e necessário, entretanto precisamos mais do que remediar os estragos causados pela agressão, devemos promover medidas de caráter profilático, é sempre menos oneroso gastar com remediação do que com a prevenção, preços pagos que não têm como serem restituídos, como no caso do feminicídio e sem falar nas consequências vinculadas a autoestima”, finaliza.

Da Assessoria de imprensa UNG

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