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O cumprimento de mandados de busca e apreensão contra o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), foi comemorado no Palácio do Planalto. Na Presidência, a operação é vista como uma resposta a Witzel em duas frentes.

A primeira delas reforça o discurso de Bolsonaro de que governadores fazem o uso político do coronavírus e promovem o "pânico" com medidas de isolamento, que ele rechaça. A busca em endereços ligados ao governador, que teve celulares e computadores apreendidos, também é encarada como uma resposta no âmbito policial.

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Bolsonaro acusa Witzel de manipular investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes para implicá-lo. O presidente também atribui ao governador fluminense vazamento de informações do processo para atingi-lo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou, nesta terça, 24, notícia-crime apresentada por parlamentares do PT contra a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Mais de trinta políticos petistas entraram com a representação, junto ao STF, pedindo que seja aberto inquérito para apurar supostos crimes de tráfico de influência e advocacia administrativa cometidos pela deputada.

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O requerimento foi protocolado no final de abril, dias dias após o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, ter divulgado mensagens nas quais a deputada tenta convencê-lo a permanecer no cargo. Moro deixou o governo alegando que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal. As conversas com Carla Zambelli foram incluídas como provas da investigação, que também conta com depoimentos do próprio ex-ministro e da deputada.

Ao tomar conhecimento do pedido de demissão eminente, Zambelli tenta demover Moro da decisão e se prontifica a falar com o presidente para indicá-lo a uma vaga no STF. "Vá em setembro para o STF. Eu me comprometo a ajudar. A fazer o JB prometer", escreveu Zambelli em mensagem de WhatsApp. "Prezada, não estou à venda", responde Moro.

Caberá ao procurador-geral da República, Augusto Aras, analisar a notícias-crime e se manifestar sobre o pedido de abertura de investigação. A decisão sobre permitir ou não o início de um inquérito contra a deputada será do decano.

Após o governador Wilson Witzel dizer nesta terça-feira, 26, que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) deveria estar preso, o filho do presidente rebateu os ataques e afirmou que tem muita coisa para vir à tona contra o governante. O senador, que negou ter acesso a informações privilegiadas, disse que faz tempo que escuta sobre possíveis desvios feitos no governo do Estado.

"Tem tanta coisa errada no seu governo e é por isso que me afastei desde o início", disse o senador durante transmissão ao vivo em seu perfil em uma rede social. "Isso não é nada perto do tsunami que pode chegar contra você. Pelo menos meia dúzia de secretarias vai ter problema."

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O governador do RJ foi alvo de mandado de busca e apreensão da Polícia Federal na manhã desta terça-feira, 26. Batizada de Placebo, a operação investiga desvios de recursos públicos destinados ao atendimento do estado de emergência de saúde pública decorrente da pandemia do novo coronavírus.

O senador rebateu Witzel e negou que a operação tenha tido suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, a investigação começou na Polícia Civil do Rio de Janeiro e que a Polícia Federal cumpriu decisão do Superior Tribunal de Justiça. "Você deveria pedir desculpas para a PF, para o ministro."

Flávio afirmou que o governador precisa "baixar sua bola" e cuidar da sua defesa pois terá muito o que explicar. "De repente quer dar uma de maluco para, em vez de ir para Bangu 8, ir para um hospital psiquiátrico".

O parlamentar disse ainda que se arrepende de "ter elegido" Witzel para o governo do Estado ao se referir à autorização para que o então candidato usasse suas imagens durante a campanha eleitoral em 2018. "Jamais ia imaginar que ia ser mais um desses traidores."

Alvo de mandado de busca e apreensão na manhã desta terça-feira, 26, o governador do Rio, Wilson Witzel, classificou a operação como um ato de perseguição política do presidente Jair Bolsonaro por meio da Polícia Federal. Em pronunciamento no Palácio Laranjeiras, sua residência oficial, ele chamou o presidente de fascista e disse que o senador Flávio Bolsonaro deveria estar preso.

Ao afirmar que é inocente e que está indignado com a operação - que apreendeu, por exemplo, seus celulares -, Witzel disse que o País é governado por um presidente que, além de ignorar o perigo do coronavírus, inicia perseguição política contra aqueles que considera inimigos. "Não abaixarei minha cabeça, não desistirei do Estado do Rio e continuarei trabalhando para uma democracia melhor, continuarei lutando contra esse fascismo que está se instalando no País, contra essa ditadura de perseguição."

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Numa atitude rara - relacionar sua eleição em 2018 com a de Bolsonaro -, afirmou ainda que o presidente pretende ser um ditador. "Não permitirei que esse presidente que ajudei a eleger se torne mais um ditador na América Latina."

Segundo Witzel, a PF engaveta inquéritos contrários ao presidente e age com celeridade em casos que investigam adversários políticos dele. Foi neste contexto que o governador alegou que Flávio Bolsonaro deveria estar preso.

"O senador Flávio, com todas as provas que já temos contra ele - dinheiro em espécie depositado em conta corrente, lavagem de dinheiro, bens injustificáveis -, já deveria estar preso", disse. " A PF deveria fazer o seu trabalho com a mesma celeridade que faz aqui no Rio porque o presidente acredita que estou perseguindo a família dele. E ele só tem essa alternativa de me perseguir politicamente."

O governador fez um comentário que tem referência indireta ao ex-governador Sérgio Cabral, ao alegar que não foram encontrados dinheiro e joias no Palácio Laranjeiras, um dos locais alvos da operação. Ao todo, foram cumpridos mandados em 12 endereços, que incluem ainda a casa pessoal do mandatário e o escritório da primeira-dama Helena Witzel.

Essas "narrativas fantasiosas, investigações precipitadas", apontou Witzel, serão desmentidas no Superior Tribunal de Justiça, que teria sido induzido ao erro quando autorizou os mandados. "O que aconteceu comigo vai acontecer com outros governadores considerados inimigos", disse.

O presidente Jair Bolsonaro parabenizou nesta terça-feira (26) a Polícia Federal (PF) pelas buscas realizadas pela manhã no Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), adversário político do presidente. "Parabéns para Polícia Federal", respondeu Bolsonaro, com um sorriso no rosto, quando questionado por um apoiador sobre a operação.

"A coisa está preta lá no Rio", disse o apoiador. O presidente, então, aponta para a máscara preta que estava usando e disse que tinha sido informado há pouco sobre a operação. A ação foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e mira um suposto esquema de desvios de recursos públicos destinados ao combate ao coronavírus.

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Segundo investigadores, a PF também busca provas em outros três endereços: no Palácio da Guanabara, onde o chefe do Executivo fluminense despacha; em sua antiga casa, usada antes de se eleger; e em um escritório da mulher dele.

A operação, batizada de Placebo, busca provas de um possível esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e "servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do Estado do Rio de Janeiro", diz a PF.

Witzel é desafeto de Bolsonaro, que recentemente mudou a cúpula da Polícia Federal, gesto que motivou a saída do então ministro da Justiça, Sérgio Moro, do governo.

A ação desta terça-feira foi deflagrada um dia após ser nomeado o novo superintendente da corporação no Rio, Tácio Muzzi. A representação da PF no Estado está no centro de uma investigação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que apura se o presidente busca interferir politicamente em investigações da corporação.

A investigação da PF no Rio apura fraudes na contratação da organização social Iabas para a montagem de hospitais de campanha. O inquérito contra Witzel foi aberto a partir de um depoimento de Gabriell Neves, ex-subsecretário de Saúde preso sob suspeita de fraudes na compra de respiradores.

Neves mencionou o nome do governador ao Ministério Público do Rio de Janeiro. Estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e São Paulo.

A operação se baseia em apurações iniciadas no Rio de Janeiro pela Polícia Civil, pelo Ministério Público Estadual e pelo Ministério Público Federal. Os dados obtidos foram compartilhados com a Procuradoria-Geral da República, que conduz a investigação perante o STJ.

Carla Zambelli

Nesta segunda-feira, em entrevista à Rádio Gaúcha, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), aliada de Bolsonaro, falou de um suposto represamento de operações contra governadores, que passariam a ser deflagradas a partir de agora.

"A gente já teve algumas operações da PF que estavam na agulha para sair, mas não saíam. A gente deve ter nos próximos meses o que a gente vai chamar de 'covidão' ou não sei qual vai ser o nome que eles vão dar. Mas já tem alguns governadores sendo investigados pela PF", comentou.

Quando um jornalista, de longe, questionou hoje Bolsonaro se Zambelli tinha informações sobre as investigações da PF, ele respondeu: "Pergunta para ela, pergunta para ela".

Na semana passada, perguntado em entrevista à youtuber Bárbara Destefani sobre uma possível 'covidão', Bolsonaro disse: "já começou a estourar acusações da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Dando minha opinião, porque eu nunca procurei saber inquéritos na Polícia Federal. Nunca procurei saber de inquéritos na Polícia Federal. Acho que tem metástase: vai pegar um Estado vizinho e mais gente pelo Brasil, tá? É isso que está parecendo."

A Operação Placebo, desencadeada nesta terça-feira para apurar indícios de desvios de recursos públicos destinados ao atendimento do estado de emergência de saúde pública do coronavírus no Rio, também tem como alvo o escritório de advocacia da primeira-dama Helena Witzel.

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta terça, 26, no Palácio Laranjeiras, mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao governo estadual do Rio de Janeiro. Agentes estão no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador Wilson Witzel, na zona sul da capital fluminense, na casa em que o mandatário morava antes de assumir o governo Rio, no Grajaú, zona norte, e ainda no Palácio da Guanabara, sede oficial do governo fluminense.

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Segundo a PF, há indícios de um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do Estado do Rio de Janeiro.

Agentes cumprem 12 mandados de busca e apreensão em endereços de São Paulo e no Rio de Janeiro. Já em São Paulo, os agentes vasculham a sede da Organização Social IABAS, que celebrou contrato de R$ 850 milhões com o governo do Rio para implantação de hospitais de campanha no Estado.

As ordens foram expedidas pelo Superior Tribunal de Justiça - em razão das menções a Witzel, que tem foro privilegiado. Em nota, a Polícia federal informou que foram compartilhadas com a Procuradoria-Geral da República, dentro da investigação em curso no STJ, provas obtidas durante as investigações iniciadas no Rio de Janeiro pela Polícia Civil, pelo Ministério Público Estadual e pelo Ministério Público Federal.

Até a publicação desta matéria, a reportagem não havia obtido o posicionamento dos citados. O espaço está aberto para manifestações.

Depois de agentes da Polícia Federal (PF) terem cumprido mandados de busca e apreensão em suas residências, o governador do Rio, Wilson Witzel, afirmou nesta terça-feira que a operação comprova a interferência do presidente Jair Bolsonaro no órgão. "A interferência anunciada pelo presidente da República está devidamente oficializada", disse, em nota, o mandatário fluminense.

A acusação foi feita num contexto em que a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), por exemplo, deu a entender que sabia que a PF preparava operações contra governadores. "Estranha-me e indigna-me sobremaneira o fato absolutamente claro de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais nos últimos dias uma operação da Polícia Federal direcionada a mim, o que demonstra limpidamente que houve vazamento, com a construção de uma narrativa que jamais se confirmará", apontou Witzel.

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O governador foi alvo da operação Placebo, que cumpriu 12 mandados nesta manhã - incluindo buscas no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador, sua casa pessoal, o escritório de advocacia de sua mulher, Helena Witzel, e o Palácio Guanabara, onde ele despacha. O foco são desvios em contratos na Saúde durante a pandemia do novo coronavírus - que já levaram dois ex-subsecretários executivos e outras três pessoas à prisão.

Witzel negou que tenha qualquer envolvimento com os atos de corrupção. "Não há absolutamente nenhuma participação ou autoria minha em nenhum tipo de irregularidade nas questões que envolvem as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal", alegou. "Estou à disposição da Justiça, meus sigilos abertos e estou tranquilo sobre o desdobramento dos fatos. Sigo em alinhamento com a Justiça para que se apure rapidamente os fatos. Não abandonarei meus princípios e muito menos o Estado do Rio de Janeiro."

Em entrevista exclusiva ao Estadão no final de abril, no dia da demissão do ex-ministro Sergio Moro, Witzel já havia comentado que, enquanto desafeto de Bolsonaro, "não se sente seguro" com possíveis interferências do presidente na PF.

Na reunião ministerial do dia 22 de abril, o presidente Jair Bolsonaro xingou João Doria, Wilson Witzel e Arthur Vigílio Neto, respectivamente prefeitos das cidades de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Manaus (AM), por suas políticas em combate à covid-19. Witzel foi chamado de "estrume", enquanto Vigílio e Doria foram classificados como "bosta". 

"Os caras querem nossa hemorroida", afirmou Bolsonaro, sobre os prefeitos. O presidente disse ainda que as medidas adotadas por estados e municípios impedem "direito de ir e vir" e que iria a qualquer lugar do Brasil quando bem entendesse, independementemente da pandemia da covid-19.

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O ex-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), confirmou que foi diagnosticado com o novo coronavírus, nessa terça-feira (19). Ele é pré-candidato às próximas eleições municipais e almeja assumir o posto de Marcelo Crivella (Republicanos).

Paes garantiu que não apresenta sintomas, mas a contaminação foi confirmada através de um exame de sangue. Para evitar a proliferação, o democrata contou à CNN que permanecerá isolado em sua casa, no bairro de São Conrado, na Zona Sul.

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Ele também criticou a relação conflituosa entre o governador Wilson Witzel (PSC) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e afirmou que faria diferente para conter a pandemia no Estado.

 “Acho que o governador, o prefeito e o presidente precisam trabalhar em conjunto. No Rio, temos 1.800 leitos fechados e prontos para atenderem a população. Boa parte está na rede municipal e federal e, enquanto isso, fazemos um monte de hospital de campanha. Não estou dizendo que não precisa, mas se abrisse os leitos que já existem... Isso é o quê? Articulação”, concluiu.

O governador do Rio, Wilson Witzel, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro "caminha para o precipício e quer levar com ele todos nós". Segundo Witzel, que se referia ao decreto presidencial que classificou academias e salões de beleza como serviços essenciais, não há nenhum sinal de que as medidas restritivas devem ser flexibilizadas.

"Estimular empreendedores a reabrir estabelecimentos é uma irresponsabilidade. Ainda mais se algum cliente contrair o vírus. Bolsonaro caminha para o precipício e quer levar com ele todos nós", disse o governador.

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O Estado do Rio não vai aderir ao decreto presidencial. Isso porque, explica o governo, o Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu que estados e municípios têm autonomia para adotar regras de isolamento social durante a pandemia.

Atualmente, lembra o Palácio Guanabara, o decreto reeditado por Witzel tem validade até o dia 31 deste mês. No Rio, o que se considera no momento é justamente o oposto do que Bolsonaro sinaliza: o Estado vem, via medidas progressivas dos municípios, adotando uma espécie de 'lockdown' paulatino, com fechamentos mais radicais em áreas consideradas críticas, como a zona oeste da capital fluminense.

Até o prefeito Marcelo Crivella, tido como aliado de Bolsonaro, segue em direção oposta a do presidente. Classificadas por ele como um "semi-lockdown", medidas publicadas nesta segunda, 11, em decreto extraordinário, incluem a proibição do tráfego de pessoas e veículos em regiões centrais de alguns bairros das zonas norte e oeste, de estacionamento na orla, de comércio nas favelas e de se fazer apostas em casas lotéricas.

Na noite da última quinta-feira, 7, Witzel enviou um ofício ao Ministério Público em que afirma ter determinado a elaboração de um plano para o Estado caminhar rumo a um isolamento mais radical. O governador cita medidas como o fechamento de estradas intermunicipais e uma maior restrição à circulação de pessoas e veículos, por exemplo. Além disso, o mandatário tem dito que a Polícia Militar está à disposição dos municípios que decretarem seus próprios isolamentos.

Ferrenho adversário político do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), criticou o presidente pela conduta exibida em Brasília na manhã desta terça-feira (5). Por três vezes Bolsonaro interrompeu perguntas mandando os jornalistas calarem a boca. Ele também criticou a imprensa em geral e o jornal Folha de S. Paulo em particular.

"Mandar um jornalista calar a boca é tentar calar a boca da democracia", escreveu Witzel no Twitter. "Quando você tem um cargo público relevante na sociedade você precisa responder à imprensa e não agredi-la, ofendê-la, espezinhá-la, humilhá-la", completou o governador.

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A reação à mensagem de Witzel foi bem variada. Enquanto alguns seguidores do governador criticaram Bolsonaro e aplaudiram o governador, outros reclamaram que Witzel deveria estar trabalhando em vez de gastar tempo publicando mensagens nas redes sociais.

O governador do Rio, Wilson Witzel, se reuniu na tarde desta quinta-feira, 23, com os secretários de Saúde, Edmar Santos, e de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais, Lucas Tristão, para discutir um plano de reabertura progressiva da economia no Estado. No entanto, no dia em que o País registrou o recorde de mortes pela covid-19, o mandatário fluminense afirmou que a atividade econômica só vai ser retomada após a inauguração dos hospitais de campanha e os índices da Saúde melhorarem.

"Em especial na Ásia, há países que flexibilizaram suas regras de isolamento social e observaram uma segunda onda de contaminações", disse o governador. "Precisamos ter ao menos indícios de melhora tanto no índice de vítimas fatais quanto da capacidade de atendimento hospitalar para que tomemos decisões mais acertadas, e não sejamos obrigados a voltar atrás e recrudescer as normas novamente."

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A reunião com os secretários foi por videoconferência, já que tanto Witzel quanto Edmar Santos estão infectados pelo coronavírus.

Assim como o plano anunciado pelo governador de São Paulo, João Doria, as medidas que devem ser tomadas no futuro pelo governo do Rio serão regionalizadas. Algumas áreas do Estado são menos afetadas pela propagação do vírus do que outras. No início do mês, Witzel chegou a flexibilizar o isolamento em municípios do interior em que não havia casos da covid registrados.

Segundo o governo, o Plano Estadual de Reabertura Planejada da economia será baseado em três eixos: definição prévia do ritmo de abertura; orientações de comportamento; e protocolos de operação para administradores, empresários e trabalhadores. Será feito um mapeamento de risco das atividades e das regiões do Estado.

"No Estado do Rio de Janeiro a curva de contaminação ainda é alta, apesar de estar sob controle. E é exatamente por estar sob controle que nós estamos muito preocupados com qualquer reabertura da atividade econômica", comentou o governador.

O Rio tem 6.172 casos confirmados da covid, com 530 mortes. A previsão é de que os oito hospitais de campanha anunciados pelo governo fiquem prontos no dia 30 deste mês e sejam inaugurados ao longo de maio. A taxa de ocupação de leitos de UTI da rede estadual já ultrapassa os 70%, que é o considerado razoável.

Em meio à crise do coronavírus, o governo do Estado do Rio de Janeiro promoveu mudanças em sua equipe de Saúde. A subsecretária de Gestão da Atenção Integral da Saúde, a médica Mariana Scardua, foi exonerada do cargo, junto com o seu chefe de gabinete, o advogado Luiz Otávio Mendonça.

Mariana respondia por áreas envolvidas no combate ao coronavírus, como as de gestão de unidades de saúde do Estado, regulação de leitos e protocolos sobre manejo de medicamentos.

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Ela integrava a equipe de saúde desde o início do mandato do governador Wilson Witzel (PSC), em 2019.

Witzel está na linha de frente dos governadores que criticam o presidente Jair Bolsonaro pela política de combate à covid-19.

Pelo levantamento do governo estadual, foram confirmados até agora 1.074 contaminações e 47 óbitos no Rio.

Centrais sindicais estiveram reunidas em videoconferência nessa sexta-feira (3) com o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). O objetivo, logicamente, era buscar alternativas para o combate à pandemia do coranavírus no Estado, mas o assunto levou o ex-aliado de Jair Bolsonaro a tecer críticas e até prever a queda do presidente da república.

Segundo a coluna Painel , da Folha de S. Paulo, Witzel teria dito que Jair Bolsonaro “cria muitas mentiras” e que não sabe quanto tempo mais ele durará no cargo.

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O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo confirmou ao site da entidade, o tom de críticas ao governo federal. Witzel teria reafirmado que Bolsonaro “se isola e prejudica o enfrentamento ao problema grave da pandemia”. 

O governador do Rio, Wilson Witzel, disse na tarde desta quinta-feira, 2, que o presidente Jair Bolsonaro deve ser responsabilizado por declarações que vão na contramão das orientações de combate ao novo coronavírus. O procurador-geral da República, Augusto Aras, entendeu que o presidente tem liberdade de expressão e a imunidade do cargo para dar esse tipo de opinião.

"A responsabilidade pelo que se fala é muito grande quando se ocupa o cargo de presidente da República. E as sanções por aquilo que se fala podem ser graves", apontou Witzel em entrevista coletiva no Palácio Guanabara. "Então eu espero que o presidente reflita sobre o que está fazendo, porque a população não pode estar confusa nesse momento."

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A declaração foi dada quando questionado sobre vídeos compartilhados recentemente nas redes sociais do presidente que contêm ataques aos mandatários estaduais.

Outra crítica do governador tem como foco a provável ida de Bolsonaro ao Rio nesta sexta-feira para encontrar o prefeito Marcelo Crivella, de quem tem se aproximado. O presidente visitaria o hospital de campanha do Riocentro, na zona oeste. Witzel disse que não foi convidado, mas que não iria ao que considera um evento político.

"Neste momento, o exemplo que devemos dar é não fazer política em cima de uma situação dramática como a que estamos vivendo. E muito menos causar aglomeração", criticou o governador, um dos alvos preferidos de Bolsonaro no âmbito da crise.

Witzel também reforçou que os pronunciamentos do presidente não têm validação alguma, já que não foram "colocados no papel". Se transformar suas visões em medidas efetivas, Bolsonaro seria confrontado no Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou o mandatário do Rio.

O governador e o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, lamentaram ainda a demora do governo federal em enviar aos Estados materiais como respiradores e testes rápidos da doença. A lentidão em adotar medidas econômicas que favoreçam os Estados também é criticada pelas autoridades fluminenses.

Contato: caio.sartori@estadao.com

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), que há meses troca farpas com o presidente Jair Bolsonaro, divulgou um curto vídeo em que comenta o pronunciamento do presidente em cadeia nacional de rádio e TV, na noite dessa terça-feira (24).

Ao longo de apenas 20 segundos, Witzel afirmou que Bolsonaro "contraria as determinações da Organização Mundial da Saúde" e diz: "nós continuaremos firmes, seguindo as orientações médicas e preservando vidas". Por fim, Wilson Witzel faz um apelo: "eu peço a você que, por favor, fique em casa".

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Ao lado, no vídeo estava o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, que permaneceu calado durante o pronunciamento do governador.

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O presidente Jair Bolsonaro voltou a alfinetar o governo do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, pelas medidas estabelecidas em combate à pandemia do novo coronavírus no Estado. "Lamentavelmente, tem um governo de Estado que só faltou decretar independência do mesmo".

Nessa quinta-feira, 19, Witzel proibiu, por quinze dias, o transporte de passageiros, por terra e ar, entre o Rio de Janeiro e outros Estados brasileiros. Também restringiu realização de eventos e abertura de pontos turísticos.

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"Tem alguns falando em liberar pedágio, energia e cria expectativas. O governo federal e estadual não têm condições de bancar isso. Essas falsas expectativas não podem vir no bojo de uma campanha política", disse.

O assunto e medidas devem ser discutidas em reuniões nos próximos dias. Bolsonaro disse que colocará, cada vez mais, freios nessas ações. "A gente vai colocando eles na linha da racionalidade."

O governador do Rio, Wilson Witzel, afirmou que pode suspender por 60 dias as contas de água, luz, gás e telefone dos moradores, por causa da crise motivada pela propagação do novo coronavírus. O Estado praticamente dobrou o número de casos registrados desta terça para quarta-feira, passando de 33 para 63 confirmados em um dia.

Em entrevista publicada nesta quinta-feira (19), pelo jornal O Globo, Witzel disse que já pediu à Cedae, empresa estatal de água do Estado, para avaliar a suspensão dos pagamentos.

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"Ela tem dinheiro em caixa para suportar isso", garantiu o governador. "Estamos falando de conta de água, luz, gás e telefone, que hoje também é essencial para a sobrevivência das pessoas. Já os tributos, estou avaliando. Evidentemente alguma coisa vai ter que ser feita. O comércio não vai faturar. Então não vai nem ter o que pagar."

O Rio entrou em estado de emergência após decreto publicado pelo governador nesta Terça-feira. Entre as medidas impostas estão a suspensão, por 15 dias, das aulas e de eventos e atividades com presença de público e aglomerações. A regra inclui eventos esportivos, shows, funcionamento de salão de festas ou casa de festas, feiras, evento científico, comício, passeata e afins. Também estão suspensas atividades como cinema e teatro.

O governo também suspendeu a visitação a detentos em unidades prisionais e o transporte de detentos para a realização de audiências de qualquer natureza. Segundo o texto, "a visita de advogados nos presídios do Estado do Rio de Janeiro deverá ser ajustada pelo Secretário de Estado de Administração para possibilitar o atendimento das medidas do presente Decreto".

No transporte público, o governo suspendeu a circulação de ônibus interestaduais com origem em Estado com circulação confirmada do coronavírus. Fica proibido por um período de 15 dias o uso de passe livre por estudantes. Além disso, ônibus, barcas, trens e metrô terão que reduzir o transporte de passageiros a 50% da capacidade de lotação. Na entrevista dada ao Globo, Witzel disse que estuda até paralisar totalmente a circulação dos meios de transporte.

Nesta sexta-feira (13), o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, decretou a suspensão de eventos públicos no estado e antecipou as férias escolares das redes pública e privada. A medida tem como objetivo conter a pandemia do novo coronavírus.

A suspensão de eventos públicos inclui comícios, passeatas e manifestações. As autorizações da prefeitura já concedidas para eventos foram canceladas. A suspensão abarca eventos esportivos, shows, teatros, eventos científicos e feiras. Quaisquer eventos privados que dependam da autorização da prefeitura também foram suspensos.

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A medida também antecipa as férias escolares de 15 dias, que terão início a partir da segunda-feira (16). A suspensão das aulas poderá ser revalidada em duas semanas. As aulas de universidades públicas no estado também foram suspensas.

As repartições públicas do estado também terão expediente reduzidos para evitar aglomerações. O governo do estado sugere também que as empresas adotem regime de trabalho de casa.

Da Sputnik Brasil

Em manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) na sexta-feira passada (31), o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que ação movida pelo PSOL contra o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), sobre falas a respeito da segurança pública não é instrumento adequado para evitar ações do Estado na área. Para ele, não é possível que haja "cerceamento prévio e genérico da palavra do governador".

A ação cita declaração dada por Witzel em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo em novembro de 2018. "O correto é matar o bandido que está de fuzil. A polícia vai fazer o correto: vai mirar na cabecinha e… fogo! Para não ter erro", afirmou Witzel logo após as eleições. "As declarações de Wilson Witzel como candidato podem ter gerado divergências e críticas sociais, que são inerentes à democracia", escreveu Aras.

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No pedido, o PSOL pede para que o Rio de Janeiro "se abstenha de adotar a política pública de segurança que estimule o abatimento e/ou neutralização de pessoas".

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