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O governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), disse na noite de sexta-feira, 27, que a capital fluminense é a segunda cidade mais segura do País, ao comemorar o fluxo de turistas trazidos pelo Rock in Rio. O tradicional festival de música começou na sexta-feira e vai até o próximo fim de semana.

"Recebemos hoje um dado do ISP (Instituto de Segurança Pública do Estado) muito importante. Estamos com índices que nos torna a segunda cidade mais segura do Brasil, indo a caminho de se transformar na mais segura. Isso é uma alegria, é um momento muito especial", afirmou Witzel a jornalistas, ao ser abordado no camarote VIP do Rock in Rio, conforme vídeo publicado pelo portal "G1".

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O governador não explicou a que índices do ISP se referiu, nem mencionou qual seria a cidade mais segura do País. O ISP produz dados sobre a criminalidade no Rio, como número de homicídios, roubos, furtos e mortos em confronto com policiais, compilados com base nos Registros de Ocorrência (ROs) lavrados nas delegacias de Polícia Civil. Divulgados mensalmente, os informes com os dados não trazem comparações com outros Estados o mais recente informe, referente a agosto, foi divulgado no último dia 19, como consta no site do órgão.

"O Rio de Janeiro está hoje em um momento muito especial, com essa festa maravilhosa, que é o Rock in Rio, trazendo turistas para cá", afirmou Witzel, acrescentando que falaria com o empresário Roberto Medina, idealizador e promotor do Rock in Rio, para sugerir que o festival ocorresse anualmente, e não a cada dois anos, como tem sido desde 2011.

Apesar de chamar o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), de ingrato, o PSL local desistiu da ideia de expulsar do partido quem mantivesse cargos no governo. Na semana passada, o senador Flávio Bolsonaro, presidente da sigla no Estado, chegou a pregar a desfiliação dos que não desembarcassem da gestão.

Agora, porém, após a bancada se reunir mais uma vez a fim de resolver o imbróglio, o líder do partido na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputado Dr. Serginho, disse que a permanência fica a critério de cada filiado.

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As decisões de Flávio não haviam surtido efeitos práticos, já que os integrantes do partido não largaram os cargos que ocupam. Na quinta-feira, 26, o próprio senador já havia dito que não cobrava mais a desfiliação dos correligionários. "Não vou impor nada a ninguém, não vou expulsar ninguém por causa disso (participação no governo)", afirmou Flávio Bolsonaro em entrevista à rádio Tupi, do Rio.

Eleito na esteira do bolsonarismo, Witzel começou a gerar insatisfação na sigla ao fazer críticas ao presidente Jair Bolsonaro e manifestar interesse em concorrer à Presidência em 2022. O PSL tem dois secretários no primeiro escalão do Palácio Guanabara e fez indicações para dezenas de cargos menores.

"Ante a ingratidão do governador e a falta de reconhecimento da importância do PSL para sua eleição, a bancada reafirma sua condição de independência e não se sente mais responsável pelas decisões e rumos do governo estadual", diz a nota divulgada na tarde desta sexta-feira, 27.

Veja abaixo a nota divulgada pelo líder do PSL na Alerj.

NOTA OFICIAL

Ante a ingratidão do governador e a falta de reconhecimento da importância do PSL para sua eleição, a bancada reafirma sua condição de independência e não se sente mais responsável pelas decisões e rumos do governo estadual.

Como nunca houve qualquer influência do PSL para ocupação de cargos no governo do Estado, a permanência nos mesmos fica a critério dos filiados do PSL que os ocupem.

O senador Flávio Bolsonaro reafirma seu compromisso sagrado com a população do Rio de Janeiro, que contará sempre com o PSL e o governo Bolsonaro, em especial para a recuperação do Estado.

Pela Bancada do PSL

Deputado Doutor Serginho

Líder do PSL na Alerj

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, assinou decreto que acaba com incentivo à redução de mortes provocadas por policiais. O texto foi publicado nesta terça-feira, 24, no Diário Oficial do Rio, três dias após a morte de Ágatha Félix, garota de 8 anos atingida por um tiro de fuzil nas costas durante operação no Complexo do Alemão. A menina foi enterrada nesta segunda-feira, 23.

O decreto de Witzel altera o Sistema Integrado de Metas, criado em 2009, que prevê pagamento de bônus a policiais caso consigam reduzir uma série de indicadores de criminalidade do Estado. Entre as categorias para calcular as gratificações, está a letalidade violenta.

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Na versão original, esse grupo era composto por indicadores de homicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e auto de resistência (hoje, chamado de mortes decorrentes de intervenção de agentes do Estado). Com a alteração de agora, no entanto, o programa passa a desconsiderar as mortes em confrontos com a polícia.

Recorde

Sob a gestão de Witzel, a polícia do Rio tem batido recorde de letalidade. Em julho, 194 pessoas foram mortas em ações do Estado, o maior número desde o início da série histórica, em 1998.

Em 2019, até agosto, 1.249 pessoas foram mortas pela polícia nessa situação. No mesmo período de 2018, esse número foi de 723 - houve aumento de 72,7%, portanto.

Procurado pela reportagem, o governo do Estado não se pronunciou sobre a mudança nas regras de bonificações a policiais até a publicação desta matéria.

Na segunda-feira, Witzel concedeu entrevista coletiva na qual lamentou a morte da criança, mas culpou usuários de drogas e defendeu as operações realizadas por sua gestão. "É indecente usar caixão como palanque", declarou o governador.

Os apresentadores do programa "Aqui na Band" discutiram ao vivo, nessa segunda-feira (23), ao defender visões opostas sobre o envolvimento das autoridades no assassinato de Ágatha Félix, de oito anos. A criança foi atingida por um tiro durante uma ação da Polícia Militar do Rio de Janeiro no Complexo do Alemão, na última sexta-feira (20).

A jornalista Silvia Poppovic lamentava a morte da menina e criticava a posição do governador Wilson Witzel (PSL), devido sua política de segurança pública, que "não pensa em salvaguardar a vida da população", de acordo com ela. Neste momento, o parceiro de bancada discordou.

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"Eu acho ainda um pouco precipitado dizer o que aconteceu. Ainda será feito uma perícia. Eu vejo as pessoas se voltando contra o trabalho da polícia", afirmou Ernesto Lacombe. "A polícia tem que atuar com todo cuidado para preservar a vida de inocentes, mas a polícia não pode deixar de atuar nessas áreas", e continuou, "os traficantes estão nessas comunidades exatamente porque ali estão protegidos por pessoas inocentes. Então é muito complicado acusar sempre a polícia".

Silvia o interrompeu e esclareceu que não acusava a polícia e sim o governo carioca, "que permite atirar na cabecinha, como disse o governador", reiterou. "Quando existe uma política agressiva, de matar quem está no caminho, acontece esse tipo de desgraça", constatou a apresentadora.

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Comparação com a Palestina-Lacombe chegou a comparar a situação do Rio de Janeiro com a guerra enfrentada na Palestina. "Os palestinos se protegem colocando na linha de frente mulheres e crianças”. A companheira o confrontou, "me admira muito, Lacombe, você não estar emocionado com essa história".

Enquanto o jornalista explicava que estava emocionado com a situação, Silvia o reprimiu, “essa história, para quem é carioca e brasileiro, é uma vergonha [...] Não é assim que se coíbe violência, têm políticas um pouco mais complexas, que tem inteligência e estratégia, mas não sair atirando desse jeito. Vai matando todo mundo", concluiu, antes do programa ser retomado.

Confira

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O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) transformou a coletiva sobre o assassinato de Ághata Félix, 8 anos, em uma defesa veemente de sua política de segurança, caracterizada por confrontos, que tem resultado em mortes de civis. Witzel defendeu a manutenção do excludente de ilicitude, no pacote anticrime do ministro Sérgio Moro, em tramitação no congresso.

Ele criticou ainda a oposição por usar a tragédia como palanque político.

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Witzel afirmou que a morte de Ághata "foi um caso isolado" e defendeu a política de enfrentamento que vem sendo praticado pelo seu governo desde janeiro.

Informou ainda que conversou o final de semana com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e que tem uma reunião marcada com ele para a próxima quarta-feira para debater a questão da segurança do Estado.

"A gente não pode, de maneira alguma, ligar a morte da menina Ághata à política de segurança do Rio de Janeiro", afirmou Marcus Vinícius Braga, secretário de Polícia Civil.

Na coletiva, Witzel disse que a política de segurança do Rio de Janeiro já está apresentando resultados e ressaltou que a morte da menina, após ser baleada pelas costas na noite de sexta-feira, não pode ser usada como politicamente pela oposição.

Segundo o governador, o complexo de favelas do Alemão, onde ocorreu o crime, "é extremamente conflituoso".

O presidente em exercício, Hamilton Mourão, declarou nesta segunda-feira (23) que a culpa da morte da menina Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, atingida por um tiro nas costas durante uma operação policial no Complexo do Alemão, é do tráfico de drogas.

"Isso é a guerra do narcotráfico", disse Mourão, ao chegar ao Palácio do Planalto, segundo o jornal O Globo.

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Ágatha estava em uma Kombi na última sexta-feira (20) quando foi atingida por um tiro. Segundo os moradores, não havia confronto e o disparo foi feito por uma policial em direção a um motociclista que não tinha atendido à ordem de parar.

A Polícia Militar do Rio de Janeiro afirmou em nota que que agentes foram atacados por traficantes e revidaram.

Este foi o primeiro pronunciamento público sobre o caso de uma autoridade ligada à Presidência da República. O presidente Jair Bolsonaro ainda não fez nenhum comentário.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse confiar que os fatos serão "completamente esclarecidos pelas autoridades".

"O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, lamenta profundamente a morte da menina Agatha, é solidário à dor da família, e confia que os fatos serão completamente esclarecidos pelas autoridades do Rio de Janeiro. O Governo Federal tem trabalhado duro para reduzir a violência e as mortes no País, e para que fatos dessa espécie não se repitam", disse, por meio de nota divulgada pela assessoria.

Ágatha foi a quinta criança morta por bala perdida este ano no Rio e 57ª desde 2007, de acordo com levantamento da ONG Rio de Paz.

O Departamento de Homicídios do Rio de Janeiro vai ouvir nesta segunda-feira os policiais militares da UPP Fazendinha que participaram da ação que terminou na morte da menina.

Da Sputnik Brasil

<p>No podcast desta segunda-feira (23), o cientista político Adriano Oliveira analisa as ações e falas do governador do estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que tem uma política agressiva de segurança pública, além de empoderar negativamente a Polícia Militar. Desde que assumiu, o governador tem falas polêmicas, dando a entender que a polícia tem a autorização de matar, principalmente em áreas pobres, onde se tornou comum ações com helicópteros e fuzis.</p><p>No final de semana, uma menina de oito anos, acompanhada pela mãe, foi morta com um tiro de fuzil disparado por um policial militar. Ontem (22) aconteceu o enterro dela, que não teve a presença do governador e nem uma declaração de pesar. O cientista questiona se ele teria a mesma ação se a criança morasse em um local rico da cidade do Rio de Janeiro, como o Leblon. Sem ter se posicionado, para Adriano, Witzel parece partir do princípio de que todos que moram em áreas pobres são potencialmente traficantes.</p><p>O programa Descomplicando a Política é exibido na fanpage do Leia Já, em vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h. Além disso, também é apresentado em duas edições, no formato de podcast, às segundas e sextas-feiras.</p><p>
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O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) defendeu neste sábado, 21, no Twitter, o impeachment do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), e o acusou de ser "um assassino". Haddad afirmou, sem especificar, que "coisas absurdas estão acontecendo".

Ele afirmou também na postagem que "há razões de sobra" para a destituição de Witzel por impeachment. Haddad disse que ele é "o grande responsável pelas atrocidades que se cometem no Rio". O ex-prefeito de São Paulo e o governador do Rio são apontados como possíveis candidatos a presidente em 2022. A reportagem entrou em contato com a assessoria de Witzel e aguarda um posicionamento.

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Leia a íntegra do tuíte de Haddad:

"Fora Witzel: Tenho evitado tuitar esses dias. Coisas absurdas acontecendo. Mas, com toda sinceridade, eu realmente penso que há razões de sobra para que se peça o impeachment de Witzel. Ele é o grande responsável pelas atrocidades que se cometem no Rio de Janeiro. Um assassino!"

Assuntos ligados à política nacional mobilizam o Twitter na manhã deste sábado (21). Dos dez assuntos mais comentados na rede social, a hashtag "A culpa é do Witzel" está em primeiro lugar, em referência à morte de uma menina de oito anos, que foi atingida por uma bala perdida na noite de ontem no Complexo do Alemão (RJ). Nas publicações, usuários questionam o governo do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), sobre uma possível participação da Polícia Militar na ação.

Em segundo lugar está a hashtag "Eu Sou Bolsonaro". Nas postagens referentes à hashtag, usuários da rede social publicam fotos e textos de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, que fará discurso na Assembleia-Geral da ONU. Entre os posts, usuários pedem para o mandatário resgatar a credibilidade do Brasil no exterior e elogiam as ações do governo federal.

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Enquanto os deputados estaduais do PSL do Rio ainda tentam entender como funcionará a nova relação com o governo Wilson Witzel (PSC), os dois secretários filiados ao partido do presidente Jair Bolsonaro permaneciam nos cargos nesta quinta-feira, 19.

Ao contrário do que determinou o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), presidente estadual da legenda, os secretários de Ciência e Tecnologia, Leonardo Rodrigues, e de Vitimização e Amparo à Pessoa com Deficiência, Major Fabiana, ainda não deixaram os cargos.

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A tendência é que Rodrigues continue no governo e se filie ao PSC. Nesta quinta-feira, 19, Witzel disse que os insatisfeitos do PSL "serão muito bem-vindos" no PSC. Já Major Fabiana, que foi uma indicação mais vinculada à sigla do que o secretário de Ciência e Tecnologia, deve sair do governo do Estado.

Estima-se que políticos do PSL tenham feito cerca de 40 indicações para funções menores em órgãos estaduais. Desses, ninguém renunciou até aqui, estima-se na agremiação. A única sinalização explícita de desembarque envolve a vice-liderança do governo na Assembleia Legislativa (Alerj), ocupada pelo deputado Alexandre Knoploch (PSL). Ele deve deixar a função.

De modo geral, porém, ainda não está claro como funcionará a relação entre o governador do Rio e o braço fluminense do PSL, muito próximo de Witzel. O governador aparece, por exemplo, ao lado do deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL), o mais votado do Rio em 2018. Amorim está ao lado do hoje governador na emblemática foto em que exibe, quebrada, uma placa com o nome da vereadora Marielle Franco, assassinada a tiros, pelas costas, em 18 de março de 2018, com o motorista Anderson Gomes.

"Falar em oposição quando nós temos tantas linhas em comum acho até difícil", disse Witzel nesta quinta. Ele começou a mudar o discurso na tentativa de se posicionar como alguém mais moderado que Jair Bolsonaro para a eleição de 2022. A ordem para que o PSL desembarcasse do governo estadual foi dada porque o governador criticou Bolsonaro, disse que quer concorrer ao Planalto e negou que tenha sido eleito na esteira do bolsonarismo em 2018.

Sem citar expressamente a decisão do PSL de deixar a base de apoio de sua administração, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSL), alfinetou o partido, durante evento nesta quarta-feira, 18, ao elogiar "quem tem lado" e "cumpre com a palavra".

"O deputado estadual Max Lemos (MDB) e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), durante a eleição tinham outro candidato e foram até o fim com o candidato deles. E eu valorizo quem tem lado, quem tem palavra e cumpre com a palavra. Depois de nós vencermos a eleição, o MDB se reuniu comigo, assim como outros partidos, e disse: Governador, grande parte das suas propostas são nossas propostas. Queremos estar juntos do governo. Isso é demonstração de lealdade, de fortalecimento da democracia, e quem ganha com isso é a população", afirmou o governador durante a cerimônia de abertura do 1º Encontro Nacional dos Diretores de Departamentos de Homicídios das Polícias Civis, realizado na Academia de Polícia Sylvio Terra (Acadepol), no centro do Rio.

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Em outro momento, Witzel citou o senador Flávio Bolsonaro, presidente estadual do PSL no Rio e responsável pela decisão de deixar a base aliada do governo. O governador agradeceu a Flávio pela articulação que garantiu a aprovação, no Senado, de um projeto de lei que garante a distribuição a Estados e municípios de recursos obtidos pelo governo federal com leilões de blocos de exploração de petróleo.

"Agradeço ao Flávio Bolsonaro por isso e por ter caminhado comigo durante as eleições. Lá em Nova Iguaçu nós caminhamos juntos no calçadão, rumo à vitória. Agradeço todo o trabalho do senador. Queria dizer ao Flávio que meu projeto político é o mesmo dele: governar bem o Rio, juntamente ao Congresso Federal e o Senado da República", concluiu.

Projeto para o Brasil

Dois dias após perder o apoio do PSL, sob acusação de querer disputar a Presidência da República, em 2022, mesmo contra Jair Bolsonaro, Witzel afirmou que o projeto para o Brasil não é seu, mas de seu partido.

O governador afirmou que o PSC tem um projeto para o Brasil: "Não é um projeto Wilson Witzel. Eu apenas sou presidente de honra do partido. O partido tem um projeto para o Brasil", disse.

Caso Marielle

Witzel também criticou a decisão de Raquel Dodge, que na terça-feira, 17, em seu último dia como procuradora-geral da República, pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que a investigação dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes seja transferida da Polícia Civil do Rio para a Polícia Federal.

"Registro a mais absoluta discordância com o pedido de federalização. Com todo respeito à Raquel Dodge, ela está politizando a situação. Será que a Polícia Federal vai ser melhor que a Polícia Civil?", questionou Witzel.

"Tenho respeito pelos delegados de Polícia Federal, mas sabem investigar lavagem de dinheiro, tráfico internacional, corrupção. A PF não tem expertise nenhuma na investigação de crimes de homicídio", prosseguiu o governador. "Será que a Polícia Federal tem mais capacidade técnica do que as polícias para investigar? A PF não tem departamento de homicídios", questionou.

Recuperação Fiscal

Witzel negou haver risco de o Estado do Rio ser excluído do Regime de Recuperação Fiscal, como tem sido alertado pelo governo federal: "Se olharmos quais são esses riscos que a Secretaria do Tesouro Nacional está apontando, vamos verificar que é muito pouco, não chega nem a R$ 100 milhões. São bobagenzinhas que serão resolvidas", afirmou o governador.

O senador Flávio Bolsonaro, que preside o PSL no Rio de Janeiro, tem dado determinações rigorosas para os integrantes do partido no Estado. Após orientar a saída da legenda da base do governo Wilson Witzel (PSC), o filho do presidente Jair Bolsonaro soltou nota nesta quarta-feira, 18, na qual prega a desfiliação de quem quiser manter cargos na gestão estadual.

"Aqueles que quiserem permanecer devem pedir desfiliação partidária. Nossa oposição não será ao Estado do Rio, mas ao projeto político escolhido pelo governador Wilson Witzel", afirmou o senador. O anúncio do desembarque, feito oficialmente nessa segunda-feira, 16, se deu após o governador criticar o presidente da República e negar que tenha sido eleito na esteira do bolsonarismo.

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Além de ter a maior bancada da Assembleia Legislativa (Alerj), com 12 deputados, a sigla exerce ampla influência em nomeações para cargos no Executivo, incluindo dois secretários - o de Ciência e Tecnologia, Leonardo Rodrigues, e a de Vitimização e Amparo à Pessoa com Deficiência, Major Fabiana. No entanto, ninguém renunciou até agora.

Prefeitura

A imposição de Flávio é um teste de força para o parlamentar como dirigente partidário. Alvo da investigação que domina o noticiário político desde o fim de 2018, na qual se apura suspeita de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no período em que era deputado estadual, o senador viu recentemente seu escolhido para concorrer à Prefeitura do Rio, o deputado fluminense Rodrigo Amorim, minguar dentro do partido.

Ainda não há uma definição sobre como o PSL chegará à disputa pelo Executivo carioca em 2020. Há um conflito interno que envolve, como é comum nas decisões políticas do clã do presidente da República, discordâncias entre Flávio e Carlos Bolsonaro, vereador no Rio pelo PSC. Conhecido pela influência que exerce sobre o pai, Carlos discorda do nome de Amorim e conta com o beneplácito do presidente. O deputado federal Hélio Lopes, conhecido como Hélio Negão, seria o candidato favorito de Jair Bolsonaro.

Essa desarmonia entre os irmãos não é nova. Em 2016, Carlos - ao lado do pai - foi contra a candidatura de Flávio à Prefeitura. O então deputado estadual acabou indo bem e teve 14% dos votos, o que afastou a ideia de que ele poderia registrar um fracasso eleitoral e enfraquecer o projeto de Jair Bolsonaro de concorrer à Presidência.

Maior partido da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) com 12 deputados, o PSL anunciou nesta segunda-feira, 16, o desembarque da base do governo de Wilson Witzel (PSC). A legenda, comandada no Rio pelo senador Flávio Bolsonaro, era a principal sustentação do governador, que foi eleito na esteira do bolsonarismo. A discordância se deu justamente por Witzel ter feito críticas ao presidente Jair Bolsonaro em entrevista à Globonews e afirmado que quer concorrer à Presidência.

A ordem foi dada por Flávio após a entrevista, na qual Witzel também negou que sua vitória eleitoral tenha se dado por causa da onda bolsonarista. Ele tinha 1% das intenções de voto no início do período eleitoral, segundo os principais institutos de pesquisa.

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A bancada já vinha insatisfeita com o governador, que há alguns meses tenta se desvencilhar do PSL a fim de marcar posição para uma eventual disputa contra Bolsonaro. Isso se deu tanto na distribuição de cargos no governo quanto na relutância em apoiar a pré-candidatura à prefeitura do Rio do deputado estadual Rodrigo Amorim, que é do partido do presidente.

Os parlamentares do PSL terão que abandonar os cargos que ocupam na gestão Witzel, o que também inclui a vice-liderança do governo na Alerj, ocupada atualmente por Alexandre Knoploch - que criticava publicamente a postura política do governador, mesmo sendo seu representante na Casa. Ao jornal O Estado de S. Paulo, ele disse em agosto que Witzel deveria "ter caráter" e apoiar o PSL na eleição municipal.

A bancada do PSL se reuniu nesta segunda-feira, quando bateu o martelo sobre o desembarque do governo. Uma nota assinada pelo líder da sigla na Assembleia, Dr. Serginho, diz que a saída da base de Witzel se dá "por discordar de posicionamentos políticos do governador. Os 12 deputados do partido reiteram o compromisso com o Estado do Rio de Janeiro."

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), sinalizou nesta segunda-feira, 9, que o presidente da República, Jair Bolsonaro, falha ao liderar sua base no Congresso Nacional para agilizar as reformas estruturais necessárias. Ele afirmou que há lentidão no andamento da reforma da Previdência e disse que isso seria resultado de uma falta de liderança.

Questionado sobre quem deveria assumir essa liderança, se limitou a dizer: "No meu Estado quem faz isso é o governador."

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Segundo ele, o chefe do Executivo precisa ter o controle de suas bases para direcionar o Congresso na aprovação de pautas que interessem ao governo.

"Para governar é preciso liderar também o Congresso Nacional. Por um acaso os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, estão fazendo esse trabalho, mas o governo precisa ter uma articulação melhor", disse Witzel.

Cessão onerosa

O governador do Rio afirmou também que, com os recursos do leilão da cessão onerosa, o governo do Estado terá condições de fechar o ano no azul. Em 2020, no entanto, sem essa receita extraordinária, o Estado voltaria a ter um déficit, de cerca de R$ 10 bilhões.

Segundo Witzel, mesmo sem a cessão onerosa, o governo do Rio teria condições de entregar 2019 "no zero a zero", sem déficit, mas sem um superávit das contas.

O Rio terá direito a R$ 2,5 bilhões do total arrecadado pela União no leilão dos poços de petróleo destravados pelo acordo da cessão onerosa com a Petrobras.

Após ser informado que o técnico português pode deixar o Flamengo no fim do ano devido aos problemas de segurança pública no Rio de Janeiro, o governador Wilson Witzel (PSC) afirmou que terá uma conversa pessoal com o treinador para tentar convencê-lo a ficar no clube. Witzel já disse em entrevista que é "desde criancinha, corintiano", mas frequentemente é visto nos jogos do clube rubro-negro, inclusive vestindo a camisa do clube carioca.

"Vou falar pessoalmente com o Jorge Jesus. Mostrar ao querido técnico que não há necessidade de ir embora. Muitos brasileiros estão voltando para o Rio de Janeiro. Os índices (de criminalidade) estão sendo sensivelmente reduzidos. Ele terá paz para fazer o melhor pelo Flamengo", afirmou o governador, segundo informou o jornal O Globo.

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Jorge Jesus tem contrato com o Flamengo até junho do ano que vem. Desde que chegou ao time, recolocou-o na ponta de cima da tabela do Brasileirão e vem bem na Copa Libertadores - a equipe carioca abriu a disputa das quartas de final da competição vencendo o Internacional por 2 a 0. O treinador caiu nas graças dos cartolas e dos dirigentes.

Uma informação veiculada por um canal de notícias português esta semana, contudo, dá como improvável a permanência dele no País em 2020. "Jorge Jesus não vai continuar no Flamengo no próximo ano. Vai passar o Natal em Portugal e creio que não voltará ao Flamengo", declarou o jornalista Rui Santos em um programa de TV.

"O futebol brasileiro é apaixonante, mas ao mesmo tempo muito complicado. Há a questão da segurança, insegurança no Rio de Janeiro e, portanto, em termos de avaliação, o Jorge Jesus terá uma estada curta pelo Flamengo. Há conversas para renovar, mas não vai renovar", afirmou o jornalista português.

Questionado sobre o assunto após o jogo de quarta-feira com o Internacional, Jorge Jesus não quis comentar.

A Ordem dos Advogados do Brasil emitiu nota de repúdio na sexta, 16, à declaração do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que colocou na conta dos defensores de direitos humanos os cadáveres dos jovens assassinados nos últimos dias durante operações policiais.

Segundo a OAB, com a afirmação o governador afrontou a Constituição Federal ao não reconhecer o papel da polícia militar de preservação da ordem pública. "Não há legislação no Brasil que permita a polícia matar indiscriminadamente", indicou a entidade máxima de representação dos advogados no Brasil.

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Durante evento em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, o Witzel defendeu a necessidade de matar pessoas que estiverem armadas com fuzis e afirmou: "Quando eu digo que quem está de fuzil na mão deve ser abatido, levantam-se vários defensores dos direitos humanos. Quando eles matam inocentes, dizem que foi a polícia que matou. Mas, quando digo que tem que abater quem está de fuzil, eles são contra. Mas são esses que estão de fuzil a tiracolo nas comunidades que atiram nas pessoas inocentes. Pessoas que se dizem defensoras dos direitos humanos, pseudodefensores dos direitos humanos, não querem que a polícia mate quem está de fuzil, mas aí quem morre são os inocentes".

"Esses cadáveres (de inocentes mortos durante confrontos) não estão no meu colo, estão no colo de vocês, que não deixam que as polícias façam o trabalho que tem que ser feito. Quanto mais vocês defenderem esses narcoterroristas, outros cadáveres serão colocados no colo de vocês, pseudodefensores dos direitos humanos", completou o governador.

Em apenas cinco dias, entre 9 e 14 de agosto, pelo menos seis jovens moradores da periferia do Rio morreram atingidos por balas perdidas durante confrontos entre policiais e criminosos. Entre eles está um estudante de 16 anos que jogava na categoria sub-16 do América-RJ que foi alvejado quando saía de casa, em Niterói, para ir treinar futebol.

Em nota, a Ordem assinalou que o governador tentou transferir para defensores de direitos humanos a responsabilidade de mortes ocorridas a partir de ações do Estado, e indicou que, com tal declaração, Witzel foge de sua atribuição de chefe das forças de segurança.

"A política de segurança defendida pelo governador tem como método violência e morte, enquanto a que os defensores de direitos humanos defendem é a política da vida para todos", destacou a entidade.

Na nota de repúdio, a entidade destacou ainda os números das mortes por intervenção policial no Estado. De janeiro a junho deste ano, 881 pessoas morreram após intervenção policial no Rio, ante 769 no mesmo período de 2018, segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP).

No primeiro semestre de 2019, as mortes por intervenção policial no Estado bateram recorde na série estatística de 21 anos, iniciada em 1998. As Polícias Militar e Civil do Rio mataram 434 pessoas de janeiro a março deste ano - quase cinco (4,82) mortos por dia, segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP-RJ).

A OAB ressaltou que a polícia também é vítima da "política de morte" defendida pelo governo. A entidade indicou que em 2018, 92 policiais militares morreram no Rio de Janeiro - 24 em serviço, 55 durante suas folgas e 13 reformados.

Na avaliação da ordem, outra vítima da política do governo de Witzel é o princípio da presunção de inocência - ‘ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória’.

"É justamente por defender direitos humanos que uma pessoa não pode defender o assassinato dos outros, muito menos execuções sumárias, sem o devido processo legal, cometidas por agentes do Estado", diz o texto.

A OAB indicou ainda que ao fazer a declaração, Witzel colocou em risco a vida dos defensores de direitos humanos, que, segundo a entidade, vem cada vez mais sendo ameaçados.

"A liberdade de expressão, os direitos políticos e o direito à vida daqueles que vêm tentando dar voz aos setores mais vulneráveis em uma sociedade entre as mais desiguais e mais violentas do mundo não pode ser colocada em questionamento em um Estado Democrático de Direito", ressalta a OAB.

A mudança da política pública de segurança do Rio, concretizada pelas ações do governador, é alvo de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental no Supremo Tribunal Federal. Em junho, o PSOL pediu que a Corte estabelecesse uma medida cautelar para que o Rio de Janeiro ‘se abstenha de adotar a política pública de segurança que estimule o abatimento e/ou neutralização de pessoas’.

O pedido inicial do partido cita uma declaração de Witzel ao Estadão em entrevista após sua eleição. "O correto é matar o bandido que está de fuzil. A polícia vai fazer o correto: vai mirar na cabecinha e… fogo! Para não ter erro", afirmou o governador.

Segundo o PSOL, as declarações do governador ‘legitimam a violência policial’ e ‘passaram a integrar sua atuação como autoridade máxima do Estado do Rio de Janeiro e Chefe das Polícias Civil e Militar’.

No último dia 9 foi registrada a mais recente movimentação do processo. O ministro Edson Fachin, deu dez dias para que o Governador do Rio de Janeiro se manifeste sobre o assunto, ‘em vista da gravidade dos fatos noticiados’.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do governo do Rio.

A banca de qualificação de doutorado do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), na tarde desta quinta-feira, 15, acabou em confusão do lado de fora, já que o acesso à sala não foi permitido. A etapa anterior à defesa da tese, no meio do curso, ocorreu em um câmpus da Universidade Federal Fluminense (UFF) diferente daquele para a qual estava prevista.

Seguranças à paisana interditaram o andar do prédio e, após pressão de estudantes que queriam assistir à qualificação, a Polícia Militar chegou. A presença dos cerca de quinze PMs causou mais tumulto. Ao deixar o prédio cercado por seguranças, o governador ouviu gritos de "pare de matar estudantes", "fascista" e "genocida".

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Ele acenou para os cerca de 50 alunos, que o questionavam sobre os jovens mortos pela polícia do Rio nos últimos dias. O Estadão/Broadcast furou o bloqueio e questionou Witzel sobre como foi o momento acadêmico, mas não teve resposta. A tese do governador, intitulada A dimensão política da jurisdição, é vinculada à ciência política.

Após o alarde em torno da data da qualificação, com a promessa de atos dos estudantes, o local foi alterado sem aviso. Aconteceu no prédio da Faculdade de Administração, em outro câmpus da universidade, também em Niterói, região metropolitana do Rio. Witzel já havia sido alvo de protesto em Niterói na noite desta quarta-feira, 14, quando participou de evento com o prefeito da cidade, Rodrigo Neves (PDT). O motivo era o mesmo: a política de segurança do governo estadual.

Conselheira universitária, a estudante de Relações Internacionais Diana Vidal, de 20 anos, disse que os manifestantes queriam fazer um protesto pacífico dentro da sala. Eles tentaram entrar pela escada do prédio, mas seguranças à paisana impediram a entrada dos alunos e dos jornalistas. Os jovens discutiram com os homens e, depois, com os agentes da PM.

"Queríamos mostrar, durante a qualificação, os rostos dos jovens mortos pelo governo. Sem agredir ninguém", explica Diana. "Nós somos estudantes da universidade e temos o direito de assistir à qualificação. Interditaram todo um setor e a reitoria disse que autorizou a entrada da Polícia Militar."

Procurado, o governador disse via assessoria de imprensa que "respeita qualquer manifestação, desde que ocorra dentro dos limites legais e da democracia".

Em nota, a UFF disse que o esquema de segurança foi organizado pela equipe do governador e que "só eles possuem detalhes sobre o seu planejamento." A universidade afirmou ainda que os policiais acompanhavam a comitiva de Witzel. "Neste evento, a relação da UFF com o governador foi uma relação de uma instituição de ensino com o seu estudante."

Já a Polícia Militar alegou que tem o "dever constitucional de garantir a segurança e a integridade física tanto do Governador do Estado como das demais autoridades constituídas democraticamente." E disse que a presença dos agentes no campus foi solicitada pela própria universidade.

O governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), provocou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em seu discurso nesta sexta-feira, 9, sobre a assinatura do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) por omissão em relação aos prejuízos da construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, no Rio de Janeiro. Segundo Witzel, o governador de São Paulo herdou um Estado que "navega em mar de almirante", por causa dos seus antecessores como o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), enquanto ele herdou o legado "de dois presidiários", referindo-se aos ex-governadores Sergio Cabral (MDB) e Luiz Pezão (MDB), ambos condenados pela Justiça

Witzel assinou como réu um TAC no valor de R$ 815 milhões junto com a Petrobras e o Inea, órgão ambiental do Estado.

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Os recursos serão usados em investimentos na região afetada pelo Comperj, uma obra da Petrobras que está sendo construída há anos e foi um dos símbolos da corrupção na Operação Lava Jato.

Tanto Witzel quanto Doria são cotados para disputar a presidência da República em 2022.

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse ao canal de entrevistas Na Lata, apresentado por Antonia Fontenelle, que seu desejo é ser presidente da República, "de preferência sucedendo o presidente Bolsonaro". De início, o governador, desconfortável, evitou responder qual seria o seu desejo, mas acabou confirmando para a apresentadora que deseja se candidatar ao cargo máximo do Executivo.

"Witzel é candidato em 2022", disse Fontenelle após a resposta de Witzel. O governador, no entanto, evitou comentar se será candidato de fato nas próximas eleições majoritárias, afirmando que "estará em parceria com Bolsonaro, estaremos juntos".

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Wilson Witzel é mais um governador brasileiro com mandato a sondar suas possibilidades para o Planalto. O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), vem sendo apontado por diversos setores da esquerda como candidato natural da oposição no pleito de 2022.

João Doria (PSDB), governador de São Paulo, também vem buscando viabilizar nos bastidores sua candidatura ao Planalto nas próximas eleições, buscando um descolamento do presidente Jair Bolsonaro, de quem se aproximou no segundo turno do pleito do ano passado.

O governador do Rio, Wilson Witzel, anunciou nesta quinta-feira, 25, a criação da primeira Secretaria de Vitimização e Atendimento à Pessoa com Deficiência do País. Anunciada no Encontro Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais (ENEME), em São Paulo, a nova secretaria atenderia policiais vítimas de violência e também a população em geral.

"A secretaria vai beneficiar não apenas o policial, o bombeiro e suas famílias, mas também pessoas com deficiência e a população", afirmou Witzel, lembrando que a medida faz parte da política estadual de enfrentamento à criminalidade. "A ideia é, a partir dos próximos três anos, consolidar a secretaria."

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Números da violência no Rio divulgados na semana passada pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) confirmam a tendência que já vinha sendo apontada desde o início do governo Witzel: a redução do número de homicídios em geral, inclusive de policiais, e o aumento do número de civis mortos por policiais.

O consolidado dos últimos seis meses revela que os crimes contra a vida registraram uma queda de 23% em relação ao mesmo período do ano passado - foram 608 homicídios a menos. No primeiro semestre de 2019 as mortes de policiais civis e militares em serviço e de folga caíram 54% em relação ao primeiro semestre de 2018. Nesse período, 31 agentes foram mortos, contra 67 no ano passado.

Em compensação, as mortes de civis vítimas de agentes do estado aumentaram 15% entre janeiro e junho deste ano. Foram 881 mortos este ano contra 764 no ano passado.

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