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No acumulado dos seis primeiros meses de 2014, o setor de shopping centers dobrou o número de fusões e aquisições na comparação com o registrado no mesmo período do ano passado. No total, foram 10 transações, segundo dados de pesquisa realizada pela KPMG.

Em relação a 2012, o crescimento foi de 25%, quando foram realizadas oito operações. "O crescimento da classe consumidora é um fato no Brasil. Por isso, observar um aumento nos investimentos no setor de shopping centers não é nenhuma surpresa. Ainda há espaço e alguns grupos estão buscando sua consolidação através de aquisições", observa Luís Motta, sócio-líder da área de fusões e aquisições da KPMG no Brasil.

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No primeiro semestre deste ano, o maior número de fusões e aquisições ocorreu entre empresas de capital brasileiro, com seis transações. Outras duas operações aconteceram entre empresa de capital majoritário brasileiro adquirindo, de estrangeiros, capital de companhia estabelecida no Brasil. Uma operação envolveu empresa estrangeira, que comprou, empresa brasileira estabelecida no País, e outra ocorreu entre companhias de capital estrangeiro por uma empresa estabelecida no Brasil.

O lucro líquido da mineradora chilena Antofagasta caiu 16% no primeiro semestre deste ano para US$ 331 milhões, em relação ao mesmo período de 2013. Segundo a empresa, o resultado foi afetado pela queda do preço de venda do cobre, mas a expectativa de produção no ano não foi alterada.

No período, as vendas caíram 4,2% para US$ 2,66 bilhões, enquanto o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ficou em US$ 1,13 bilhões, 11,5% abaixo do registrado no primeiro semestre do ano anterior.

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O resultado sofreu o impacto da redução de 2,2% no preço médio do cobre, além da desvalorização do ouro e de uma diminuição de 4,4% na produção devido aos níveis mais baixos na atividade das minas de Los Pelambre e de Esperanza. O custo de acordos trabalhistas também afetou o desempenho no período.

A companhia reafirmou a meta de produção de 700 mil toneladas de cobre neste ano. Às 04h28 (de Brasília), as ações da empresa eram negociadas na bolsa de Londres em queda de 1,9%, a 792 centavos de Libra. Fonte: Dow Jones Newswires.

Os anúncios de fusões e aquisições, ofertas públicas de aquisições de ações (OPAs) e reestruturações societárias feitos no primeiro semestre deste ano somaram R$ 58,6 bilhões, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira, 06, pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Esse número, segundo a Anbima, representa um avanço de 14,7% em relação ao observado no mesmo período de 2013. Apesar do aumento, a Anbima destaca que esse é o segundo menor valor da série desde 2009.

Em número de transações, a primeira metade do ano foi palco de 44 operações, ante 76 observadas no ano passado. Em 2011 foram registradas 111 transações. Os fundos de private equity estiveram presentes, de forma direta ou indireta, em 13 dessas operações, movimentando R$ 10,7 bilhões no período analisado, sendo R$ 6,1 bilhões em investimentos.

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A Anbima frisou que as operações do semestre foram lideradas, em volume, pelo setor de transporte e logística, com 23,3% do total. Essa fatia, no entanto, foi inflada pela fusão da ALL com a Rumo Logística, que movimentou R$ 13,5 bilhões, a maior operação no intervalo analisado. Em seguida ficou o setor de alimentos e bebidas (19,4%) e financeiro (12,4%).

Em número de negócios, os destaques foram os setores de TI e Telecom, com uma participação de 13,5%, e de agronegócio, com 11,4% das operações.

A Anbima destacou também que, assim como observado no ano passado, os negócios entre empresas brasileiras responderam pela maior fatia, chegando a 54% em volume e 40,9% se computado o número de operações. Em volume, as aquisições de empresas brasileiras por estrangeiras ficaram com 34,6%. Em número de operações essa fatia ficou em 45,4%.

O valor médio dos negócios também apresentou crescimento no primeiro semestre deste ano. Segundo a Anbima, a participação de operações superiores a R$ 1 bilhão passou de 14,4% no primeiro semestre do ano passado para 29,5% em igual período deste ano.

Ranking

A Anbima também divulgou o ranking das instituições financeiras envolvidas no negócios. A líder no período em termos de anúncios realizados foi o Itaú BBA, à frente de 20 operações, seguido por BTG Pactual, Credit Suisse e Bradesco BBI. Tratando-se de fechamento de negócios no mesmo período, o BTG Pactual liderou, em volume das operações, e o Itaú BBA em número de operações.

A exportação do agronegócio brasileiro alcançou US$ 49,6 bilhões no primeiro semestre deste ano, uma queda de 0,92% em relação ao mesmo período de 2013. A importação foi de US$ 8,8 bilhões (aumento de 0,2%), resultando em superávit de US$ 40,8 bilhões no período. Os dados fazem parte do boletim do Agronegócio Internacional, desenvolvido pela Superintendência de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O agronegócio teve participação de 44,4% no resultado da balança no primeiro semestre. Dado consolidado indica que a participação do setor em 2013 foi de 41,3% das vendas externas do País e de 39,5% em 2012.

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O desempenho do agronegócio contrasta com o resultado negativo da balança comercial do País, que teve déficit de US$ 3 bilhões no acumulado do primeiro semestre de 2014. As exportações totais somaram US$ 110,5 bilhões e as importações, US$ 113 bilhões.

De acordo com a CNA, a soja continua como principal item das exportações brasileiras do agronegócio, respondendo por 14,8% do total das vendas externas de US$ 16,1 bilhões no primeiro semestre. O principal destino dos embarques de soja foi a China, que comprou, de todos os seus fornecedores, 34,2 milhões de toneladas no primeiro semestre, um aumento de 24,4% em relação ao volume importado em igual período de 2013. No acumulado deste ano, as vendas brasileiras de soja para a China renderam US$ 12,2 bilhões, um aumento de 9,4% em valor e de 14,5% em volume.

Também foram destaque na exportação a carne bovina (US$ 2,7 bilhões) café em grão (US$ 2,6 bilhões) e celulose (US$ 2,6 bilhões).

No boletim, a CNA também avalia o cenário do comércio agrícola do Brasil com os Estados Unidos, a União Europeia e a Rússia. No bloco europeu, destaque para o crescimento de 7,5% nas importações de carne de frango industrializada no Brasil em virtude da redução do ritmo de desembarque da carne proveniente da Tailândia.

De acordo com os dados comerciais de 2014, a Rússia passou a ser o 4º destino das exportações brasileiras do agronegócio. Até o ano passado, o país ocupava o 6º lugar. Nos seis primeiros meses do ano, os principais produtos exportados para Moscou foram: complexos carnes (US$ 989,7 milhões), sucroalcooleiro (US$ 244,4 milhões) e soja (US$ 196 milhões).

O comércio eletrônico brasileiro teve faturamento de R$ 16 bilhões no primeiro semestre de 2014, segundo divulgou nesta quarta-feira, 30, a E-bit, empresa especializada em informações do comércio eletrônico. O faturamento do setor teve crescimento nominal de 26% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

A E-bit reiterou sua expectativa de crescimento de 21% nas vendas do comércio eletrônico no acumulado de 2014, chegando a R$ 35 bilhões.

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Neste primeiro semestre, o número de pedidos chegou a 48,17 milhões contra 35,54 milhões nos seis primeiros meses de 2013. Um fator que explica este crescimento, na avaliação da E-bit, é a entrada de novos consumidores no varejo online. Até junho, os ingressantes no comércio eletrônico foram 5,06 milhões, fatia importante do total de 25,05 milhões de consumidores que fizeram compras pela internet no primeiro semestre.

A E-bit identificou impacto da Copa do Mundo nas vendas. Cresceu a participação de TVs no total de vendas de eletrônicos no varejo online nos meses que antecederam o evento. Em janeiro, a fatia dos aparelhos de TV no total de eletrônicos vendidos era 39% e em junho esse porcentual chegou a 48%. Apesar desse impacto, apenas 11% dos consumidores entrevistados em pesquisa da E-bit disseram ter sido motivados a comprar algum produto por causa da competição de futebol.

Mesmo com o estímulo à venda de eletrônicos, a categoria de Moda e Acessórios manteve a liderança conquistada há um ano nas vendas do comércio eletrônico brasileiro. Com participação de 18% no volume total de pedidos, é seguida por Cosméticos, Perfumaria e Saúde (16%), Eletrodomésticos (11%), Livros, Assinaturas e Revistas (8%), Telefonia e Celulares (7%) e Informática (7%).

Preços

Os preços no comércio eletrônico caíram em média 0,34% ao mês no período de março a junho de 2014, segundo o Índice FIPE/Buscapé, divulgado pela E-bit com apoio da FecomercioSP, Camara-e.net e ABComm.

Dos dez grupos de produtos analisados pelo indicador durante o primeiro semestre de 2014, seis apresentaram redução nos preços e quatro registraram alta. O grupo com a maior queda foi Moda & Acessórios, que registrou redução de 8,61% nos preços.

O Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (GRU Airport) registrou um aumento de 12,9% na movimentação de passageiros no primeiro semestre deste ano. Entre janeiro e junho, 19,111 milhões de usuários embarcaram ou desembarcaram no aeroporto. Em 2013, este número foi de 16,926 milhões, no mesmo período.

Em junho, 3,095 milhões de pessoas viajaram por Guarulhos, número 8,3% superior ao mesmo mês do ano anterior, quando esse total chegou a 2,859 milhões de usuários.

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Na soma dos primeiros seis meses deste ano, o GRU Airport realizou 148.221 operações de pousos e decolagens, crescimento de 9,3% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram realizadas 135.670 atividades aéreas.

Apenas no mês de junho houve um aumento de 7,8% no total de voos realizados na comparação com 2013. Foram 24.190 procedimentos realizados contra 22.437 registrados em maio de 2013.

Os volumes de fusões e aquisições no primeiro semestre atingiram 254 transações, um recuo de 15% em relação a igual período do ano passado. As operações totalizaram R$ 53,4 bilhões em receita, alta de 58%, de acordo com levantamento da Greenhill, empresa especializada em assessorar negócios, com base nos dados da Capital IQ, a pedido do jornal "O Estado de S. Paulo".

"Embora as operações tenham caído em volume, superam em valores, uma vez que as transações estão com valor mais alto", disse Daniel Wainstein, presidente da Greenhill no Brasil. Segundo ele, as transações superiores a R$ 500 milhões aumentaram significantemente o volume financeiro neste primeiro semestre. No período, 21 operações superaram R$ 500 milhões.

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Uma das grandes operações realizadas mês passado foi a venda da BR Towers, que pertencia à gestora GP Investiments, para a American Tower, uma transação de R$ 2,18 bilhões.

Fontes ouvidas pela reportagem acreditam que o número total de operações deverá recuar este ano, mas os valores devem ser superiores aos do ano passado. Em 2013, as transações de fusões e aquisições totalizaram 811 negócios, movimentando R$ 88 bilhões. "Tem investidor que prefere esperar o cenário eleitoral para tomar decisão", disse um executivo de um importante banco de investimento.

A Greenhill, que abriu seu escritório no Brasil em outubro passado, tem mais de 20 negócios em andamento. Na TozziniFreire, um dos principais escritórios de advocacia com foco em fusões e aquisições, há 67 operações no horizonte. "Esse mercado segue aquecido para nós", disse Marcela Ejnisman.

As operações envolvendo fundos de private equity continuam firme, movimento observado nos últimos três anos. No primeiro semestre teve um salto maior, sobretudo por causa do congelamento do mercado de capitais nos últimos meses.

Nos EUA, segundo a Greenhill, as operações envolvendo private equities se mostram mais estagnadas nos últimos anos. Do total das transações realizadas este ano no Brasil, 23,7% envolvem fundos de private equity. Nos EUA, 28,8%. No entanto, esse porcentual que tem se mantido nesses patamares desde 2012. "Existe uma percepção que o valor de empresas americanas está um pouco alto, impulsionado pela recente performance de mercado. Por outro lado, os investidores de private equity veem oportunidades globalmente e realocam seus fundos. No caso brasileiro, a percepção é que o valor não está assim tão alto e que as oportunidades de expansão são mais claras do que nos EUA."

Médias

Levantamento da consultoria Deloitte feito para o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, mostra que o número de operações com empresas de médio porte está crescendo e deve se acentuar no Brasil. Das 72 operações realizadas por empresas de private equity e venture capital entre janeiro e junho, 52 delas, ou 73%, envolveram companhias com faturamento abaixo de R$ 500 milhões.

Reinaldo Grasson, responsável pela área de corporate financial advisory da Deloitte, disse que boa parte das operações está nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, onde estrangeiros e fundos mostram interesse em analisar negócios. "Nessas regiões existem muitas empresas familiares e fechadas, onde há crescimento contínuo de renda e consumo, por consequência potencial de expansão para empresas que atuam nessas regiões". (Colaborou Cynthia Decloedt) As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os planos de previdência privada arrecadaram R$ 38,6 bilhões no primeiro semestre deste ano, resultado que equivale a um aumento de 16,92% na comparação com os R$ 33 bilhões somados em igual intervalo de 2012, segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi). A carteira de investimentos do setor chegou ao final do mês de junho com R$ 354 bilhões. A cifra é 16,89% maior, na mesma base de comparação.

O melhor desempenho do semestre coube aos planos VGBL, modalidade indicada para quem declara o Imposto de Renda pelo modelo simplificado, cuja carteira arrecadou R$ 226,6 bilhões, ou 23,92% mais em um ano. Já o PGBL, modalidade recomendada para os participantes que declaram o Imposto de Renda pelo formulário completo, apresentou expansão de 9,67%, atingindo R$ 75,9 bilhões. Os planos tradicionais somaram R$ 51 bilhões em novos aportes, com a menor elevação do período, de 1,66%.

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Se avaliada a arrecadação por produto, o destaque foram os planos individuais com arrecadação de R$ 34,5 bilhões. Os planos empresariais e para menores registraram aportes de R$ 3,3 bilhões e R$ 840,7 milhões, respectivamente, no primeiro semestre.

O saldo de recursos acumulados pelos titulares dos planos do sistema de previdência complementar aberta (provisões) foi a R$ 344,5 bilhões, com alta de 18,58%, no primeiro semestre de 2013 ante mesmo intervalo do ano passado. As provisões do VGBL cresceram 24,30%, para R$ 226,6 bilhões, enquanto as dos planos PGBL avançaram 9,84% no período, para R$ 75,9 bilhões. As reservas de planos tradicionais, por sua vez, passaram de R$ 38,5 bilhões para R$ 41,5 bilhões, no período, aumento de 7,79%.

Atualmente, o sistema de previdência complementar aberta conta com 12.760.460 contratos ativos e 95.557 pessoas que já estão usufruindo de benefícios como aposentadoria, pecúlio, pensão, renda por invalidez e renda a menores.

Ranking

A liderança do mercado de planos de previdência privada aberta no primeiro semestre deste ano ficou com a Bradesco Vida e Previdência, respondendo por 32,61% do total das reservas. Em seguida vem a Itaú Vida e Previdência, com 24,10%. A empresa de previdência do Banco do Brasil, a BrasilPrev, ocupou a terceira colocação com uma fatia de 21,39%. Zurich Santander e Caixa Vida e Previdência vieram em seguida com participações de 5,91% e 5,77%, respectivamente.

Das 328 unidades de negociação analisadas pelo Sistema de Acompanhamento de Salários do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (SAS-Dieese), 85% conquistaram aumento real para os pisos salariais no primeiro semestre de 2013, na comparação com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o órgão, que divulgou o estudo nesta quinta-feira, 22, mesmo com um recuo em relação ao quadro registrado em 2012, quando 96,3% das categorias registraram aumento, os dados deste semestre não tiveram um comportamento discrepante em relação ao de anos anteriores.

"Em que pese o recuo observado no resultado das negociações de 2013 frente ao observado em 2012, os dados revelam que as negociações deste ano encontram-se no mesmo patamar de reajustes com ganhos reais observado nos últimos anos", diz trecho do estudo.

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Por setores econômicos, o comércio liderou as negociações com reajustes acima da variação do INPC, com 98%. Na indústria, a fatia de reajustes acima da inflação foi de 85%. Já em serviços a proporção ficou em 79%.

O Dieese apontou, entre outros fatores, como possível causa da redução das negociações com ganho real, o aumento da inflação, que "resultou na necessidade de índices de reposição mais elevados, o que dificultou a negociação de aumentos reais e diminuiu a margem de ganho dos trabalhadores", pontuou a entidade. "Outro fator é o desaquecimento da economia, que vinha sendo observado desde meados do ano passado, e resultou no baixo crescimento do PIB em 2012 e na redução no ritmo de geração de empregos."

Apesar de o primeiro semestre ter demonstrado uma piora de cenário quando comparado aos resultados do ano passado, a entidade mostrou-se otimista com relação ao quadro da segunda metade do ano, em razão de fatores como a desvalorização do real, a tendência de queda da inflação e a retomada do crescimento, ainda que tímida.

A economia brasileira cresceu 2,5% no acumulado do primeiro semestre ante o mesmo período de 2012, aponta o Indicador de Atividade Econômica, divulgado nesta quarta-feira, 21, pela Serasa Experian. No ano passado, a expansão em relação ao primeiro semestre de 2011 havia sido de apenas 0,6%. Apesar da melhora, o resultado deste ano ficou bem abaixo do ritmo dos primeiros semestres de 2011 (3,8%) e 2010 (9%).

Em nota divulgada nesta quarta-feira, 21, a Serasa Experian destacou os desempenhos da agropecuária e dos investimentos na primeira metade de 2013. A atividade agropecuária cresceu 12,8% frente ao primeiro semestre de 2012, refletindo as previsões de uma safra recorde de 188 milhões de toneladas de grãos, puxada pelo aumento na produção de soja (24%), trigo (33%) e milho (12%).

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De acordo com o indicador da empresa, a atividade industrial exibiu crescimento de apenas 0,7% e o setor de serviços registrou avanço de 2,2%. O que mais prejudicou a indústria, na avaliação da Serasa Experian, foi o impacto negativo da alta da inflação em alguns setores importantes como alimentos e bebidas.

Os investimentos, pelo lado da demanda agregada, cresceram 6,5% no primeiro semestre, com destaque para o aumento de 51% na produção de caminhões. O consumo das famílias, também afetado pela inflação em alta, avançou 2,5%. Já o consumo do governo fechou o semestre com crescimento de 1,1%.

O que mais segurou a expansão da atividade econômica no primeiro semestre, segundo o indicador, foi a combinação de exportações crescendo só 0,7% enquanto as importações (que entram com sinal negativo na composição do PIB) cresceram 7,9%. A Serasa Experian lembra que esse movimento levou a balança comercial a acumular déficit de US$ 3 bilhões na primeira metade do ano, pior resultado para o período nos últimos 18 anos.

A produção da indústria brasileira de embalagens encerrou o primeiro semestre com alta de 2,66% ante igual período de 2012, de acordo com levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV) feito a pedido da Associação Brasileira de Embalagem (Abre). O resultado foi impulsionado pela expansão de 4,81% registrada no primeiro trimestre. No segundo trimestre, o indicador cresceu apenas 0,56%.

Para a segunda metade do ano, os números projetados são mais discretos, uma vez que a base de comparação do segundo semestre de 2012 é mais expressiva. A produção brasileira de embalagens deve crescer 1%.

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Dessa forma, o resultado projetado para o acumulado de 2013 aponta uma alta de aproximadamente 2% sobre 2012, similar à estimativa apresentada em fevereiro passado pelo coordenador de análises econômicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV e do estudo, Salomão Quadros. Na oportunidade, Quadros havia projetado expansão de aproximadamente 2,5% no primeiro semestre e de até 1,5% no segundo semestre.

O material aponta ainda que receita do setor, medida pelo valor da produção física de embalagens, somará R$ 50,4 bilhões. O montante representa uma expansão de 7,9% em relação à receita de R$ 46,7 bilhões do ano passado.

O dólar comercial foi a única aplicação que superou a inflação no primeiro semestre. A alta da moeda americana foi de 9,10%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) - uma prévia da inflação oficial do País - acumula alta de 3,45% no período. O IPCA fechado de junho será divulgado na sexta-feira, 05/07, pelo IBGE.

A moeda americana também teve o maior avanço para o primeiro semestre desde 2002, quando subiu 21,76%. Neste ano, a alta tem sido impactada principalmente pela sinalização do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de retirar os estímulos da economia já neste ano.

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O segundo melhor investimento do semestre foi a poupança antiga, cujo rendimento ao mês é garantido em 0,5% mais a variação da Taxa Referencial (TR). A aplicação rendeu 3,04%, abaixo, portanto, do IPCA-15. Em seguida ficaram os fundos DI e o CDB. "As aplicações a juros em geral continuam ruins mesmo com o Banco Central subindo a Selic. Quando o investidor tira taxa de administração e Imposto de Renda, o rendimento fica próximo de zero ou negativo", disse Fabio Colombo, administrador de investimentos. "A vida do investidor nas aplicações a juros continuará difícil."

A última posição do ranking de investimento foi ocupada pela Bovespa. O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) recuou 22,14% nos primeiros seis meses do ano - somente em junho, a queda foi de 11,31%. Segundo analistas, a forte queda da Bolsa pode trazer uma boa oportunidade para o investidor que deseja diversificar a carteira. "Estamos vivendo um evento raro. E, se nada de pior acontecer, pode ser uma oportunidade para comprar ativos baratos", disse Michael Viriato, professor do Insper.

O ouro também acumula forte queda. No semestre, o recuo é de 19,27%. Em junho, o tombo foi de 6,55%. Esse ativo não paga rendimentos, e o investidor aposta no ouro quando os juros estão baixos. "Agora, como os juros tendem a subir, o investidor vende o ouro e ‘compra’ juros", disse Viriato.

Diversificação

Para os analistas, a turbulência do mercado nesse primeiro semestre mostrou a importância de o investidor fazer a diversificação dos seus investimentos. "Quem tinha uma diversificação por classe de ativos sofreu menos", disse Richard Ziliotto, sócio-fundador da Taler, empresa de gestão de patrimônio. "É preciso olhar os ativos financeiros e o mercado real, como imóveis."

A diversificação da carteira depende do apetite pelo risco e do objetivo do investidor. Diante do cenário atual, Beto Domenici, diretor de Multi-Assets & Portfólios da Rio Bravo, sugere ações, papéis de renda de fixa - como prefixados e títulos indexados à inflação - e uma parcela nos fundos multimercados. "Os multimercados têm a oportunidade de operar juros, dólar e commodities." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O número de passageiros embarcados e desembarcados em voos domésticos e internacionais de todos os aeroportos da rede Infraero cresceu 7,94% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2011, segundo dados do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) divulgados nesta quarta-feira.

A variação está abaixo da verificada entre os primeiros seis meses do ano passado e igual intervalo em 2010, quando o crescimento foi de 19,74%. Conforme o SNEA, de janeiro a junho deste ano, o movimento somou cerca de 93 milhões de passageiros.

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Os aeroportos de Campinas, no interior de São Paulo, Confins, em Minas Gerias, e Galeão, no Rio de Janeiro, apresentaram taxas de crescimento acima da média no primeiro semestre (22,25%, 17,86% e 20,84%, respectivamente), devido principalmente à disponibilidade de capacidade, informa o sindicato.

No sentido contrário, indicando esgotamento de capacidade, Congonhas, na capital paulista, apresentou variação negativa de 0,93%. O maior recuo no movimento de passageiros foi em Salvador, onde houve queda de 6,56%.

Guarulhos, o aeroporto mais movimentado do Brasil, registrou movimento de 15,608 milhões de passageiros entre janeiro e junho, volume 8,62% maior do que nos seis primeiros meses de 2011. O aeroporto de Brasília, que foi concedido à iniciativa privada em fevereiro junto com Guarulhos e Campinas, apresentou crescimento de 3,45% no período.

Apenas em junho, houve alta de 14,95% em relação ao mesmo mês de 2011, porcentual superior à media de crescimento dos meses anteriores. O dado, na visão do SNEA, indica uma recuperação no setor em relação à expansão no tráfego de passageiros.

O aumento no saldo de captações da caderneta de poupança deve sustentar o funding do crédito imobiliário até meados de 2015, ao contrário de previsão anterior, que projetava um limite em 2014, de acordo com Octavio de Lazari Junior, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). "Com o crescimento da captação da poupança e o menor crescimento do volume de financiamentos, o funding vai se estender até 2015", disse.

Segundo Lazari, o aumento no saldo de captações na caderneta, verificado após as mudanças nas regras de remuneração da aplicação, também deu mais tranquilidade para o funding do setor. O presidente da Abecip ainda estimou que a captação da caderneta mantenha o ritmo de alta ao longo do segundo semestre, mesmo com o cenário de redução da taxa básica de juros (Selic). "No segundo semestre, muitas categorias de trabalhadores terão aumento salarial. Com mais dinheiro na mão, também haverá mais dinheiro disponível para aplicação na caderneta", explicou.

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Pelas regras do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), 65% dos depósitos da poupança devem ser destinados ao crédito para financiamento de imóveis residenciais. Com a mudança nas regras de remuneração da poupança, em maio, havia preocupação do mercado que os depósitos migrassem para outros investimentos e comprometessem o funding, o que não ocorreu. As novas regras da poupança atrelam o rendimento da poupança ao juro básico da economia sempre que a Selic estiver em 8,5% ao ano ou menos. Em 30 de maio, a taxa caiu exatamente para esse patamar, o que acionou o gatilho. Desde então, os novos depósitos já pagam a remuneração composta de 70% da Selic somada à Taxa Referencial (TR), o que corresponde a pouco mais de 0,48% ao mês. Aplicações antigas recebem juro maior: 0,5% ao mês mais a TR.

CRIs

A emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que também compõem o funding do crédito imobiliário, deve ter uma alta de 10% no segundo semestre de 2012 em relação ao mesmo período de 2011, de acordo com estimativa de Lazari. Segundo ele, o primeiro semestre foi mais fraco para esse mercado devido ao baixo volume de lançamentos de novos projetos imobiliários por parte das incorporadoras. "Isso tornou o crescimento mais limitado", disse, acrescentando que, com o aumento nas captações da poupança, há menor necessidade de outras captações para compor o funding.

O presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Octavio de Lazari Junior, atribuiu a desaceleração no volume de financiamentos imobiliários ao longo de 2012 ao menor crescimento da economia brasileira, associado à redução no total de novos empreendimentos lançados pelas incorporadoras ao longo do primeiro semestre. "As incorporadoras se voltaram para si mesmas e concluíram que não poderiam crescer no mesmo ritmo. Os últimos balanços mostram que elas foram penalizadas", disse nesta manhã em entrevista à imprensa.

Nos últimos 12 meses encerrados em junho, segundo a Abecip, o volume de financiamentos chegou a R$ 79,954 bilhões, equivalente a um avanço de 15,3%. Os dados acumulados dos últimos 12 meses mostram que os financiamentos passam por uma desaceleração desde o início de 2012. Em janeiro, a alta acumulada em 12 meses foi de 39,6%, passando para 31,0% em março e 20,1% em maio.

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Já para a segunda metade do ano, Lazari acredita que o crédito imobiliário deve apresentar uma melhora, com boa parte do volume de lançamentos de projetos das incorporadoras concentrado nesse período. "Vamos acompanhar os próximos lançamentos. O segundo semestre deve ser melhor", disse.

Lazari avaliou que o ciclo de redução das taxas de juros já foi sentido no setor, com forte queda dos juros dos financiamentos concedidos pelos bancos públicos - Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Questionado, ele acredita que os bancos privados também já têm condições de baixar os juros. "Na prática, isso já está acontecendo. Nos últimos seis meses, houve redução", ponderou, estimando a possibilidade de novas quedas nas taxas das instituições privadas. "O comprador de imóveis faz um comparativo entre as taxas e mostra disposição em negociar", disse.

O montante de recursos destinados para financiamento imobiliário no País ficou praticamente estável no primeiro semestre deste ano, enquanto o volume total de imóveis financiados diminuiu, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

O financiamento imobiliário com recursos da poupança mostrou uma leve variação positiva de 0,1% no primeiro semestre de 2012 em comparação com igual período de 2011. No período, o montante de empréstimos atingiu R$ 37,043 bilhões, praticamente estável em comparação com os R$ 37,005 bilhões movimentados no período anterior.

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Em junho, o volume financiado foi de R$ 7,416 bilhões, queda de 4,6% em comparação com igual ês do ano passado.

Nos últimos 12 meses encerrados em junho, o volume de financiamentos chegou a R$ 79,954 bilhões, equivalente a um avanço de 15,3% ante o período anterior. Os dados acumulados dos últimos 12 meses mostram que os financiamentos passam por uma desaceleração desde o início de 2012. Em janeiro, a alta acumulada em 12 meses foi de 39,6%, passando para 31,0% em março e 20,1% em maio.

Unidades - De acordo com a Abecip, o número de unidades financiadas apresentou queda de 9,3% no primeiro semestre de 2012 ante o primeiro semestre de 2011. Entre janeiro e junho, foram financiados 214,3 mil imóveis, ante 236,4 mil nos primeiros seis meses do ano passado.

Em junho, o número de imóveis financiados caiu 9,9% em relação ao mesmo mês de 2011, atingindo 41,8 mil unidades. No acumulado dos últimos 12 meses, o total de unidades financiadas ficou praticamente estável, em 470,7 mil.

A venda de medicamentos genéricos cresceu 20,95% em unidades de dose (um comprimido ou 1 ml) no primeiro semestre de 2012, para 321,2 milhões, na comparação com 265,6 milhões contabilizadas em igual período do ano passado. Já os medicamentos em geral tiveram um crescimento de 7,89% na primeira metade do ano, para 923,9 milhões unidades, segundo dados da consultoria IMS Health.

No segundo trimestre de 2012 o crescimento foi de 10,29% em relação ao primeiro trimestre. Já o mês de junho apresentou aumento de 18,98% comparado ao mesmo período do ano passado.

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Os afiliados à Associação Brasileira dos Distribuidores de Laboratórios Nacionais (Abradilan) atualmente representam 21% do volume de unidades de medicamentos genéricos vendido no Brasil. Para atender a demanda, segundo enquete realizada pela associação, 38,9% estão focados na ampliação do centro de distribuição e qualificação da equipe.

Para o diretor da Abradilan, Geraldo Monteiro, o crescimento do mercado farmacêutico está aliado aos preços baixos oferecidos pelos genéricos e iniciativas do governo, como o Programa Farmácia Popular.

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