A veterana banda de rock AC/DC decidiu suspender sua turnê pelos Estados Unidos depois que seu vocalista, Brian Johnson, 68 anos, foi alertado pelos médicos de que corre o risco de perder totalmente a audição.
"Johnson foi aconselhado pelos médicos a interromper a turnê imediatamente pelo risco de perda de audição total", afirma o grupo em um comunicado.
##RECOMENDA##
O AC/DC, conhecido por tocar a decibéis elevadíssimos, informou ainda que os últimos dez shows da turnê serão realizados posteriormente, mas com um vocalista convidado.
Johnson uniu-se à banda em 1980 depois que o cantor Bon Scott morreu em consequência de excesso de álcool.
A banda australiana, pioneira do hard rock, em dezembro anunciou uma turnê com 30 apresentações nos Estados Unidos e na Europa em 2016, o que desmentiu os rumores sobre uma aposentadoria aos 60 anos de seus principais integrantes.
O grupo, cujo álbum, "Back in Black" (1980), é um dos mais vendidos da história da música, iniciou sua turnê em 2 de fevereiro em Tacoma, Washington.
O périplo incluiria 20 apresentações nos Estados Unidos, e terminaria em 4 de abril com um show no Madison Square Garden, em Nova York.
Em seguida, iriam à Europa, onde começariam sua turnê em 7 de maio em Lisboa e terminariam em 12 de junho em uma casa com capacidade para 46.000 pessoas em Aarhus, Dinamarca.
A nova turnê deu continuidade à intensa agenda de 2015, durante a qual a banda fez 53 shows em todo o mundo.
O AC/DC, que também lançou um álbum no ano passado após seis anos sem novas produções, voltou aos palcos sem seu membro-fundador, Malcolm Young, que se aposentou devido à demência.
A banda também rompeu relações com o baterista Phil Rudd, condenado na Nova Zelândia por ameaçar de morte seu ex-chefe de segurança.
O próprio Brian Johnson declarou no ano passado que os integrantes do AC/DC estavam "constantemente supresos e assombrados de como mantêm o sucesso".
"Um bom jogador de futebol, um bom jogador de hóquei sobre o gelo não querem se aposentar, mas infelizmente às vezes há um momento em que é preciso fazê-lo", disse Johnson ao jornal Morning Sun de Michigan na ocasião.