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Depois da polêmica em torno do número escolhido para representar o Aliança pelo Brasil, partido que está sendo criado pelo presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro, que deve ser o vice-presidente da sigla, explicou que o número 38 é uma referência ao fato de Jair ser o 38º presidente da República do Brasil.

Depois que o número foi escolhido, por Bolsonaro ser um defensor da posse e do porte legal de armas, as pessoas começaram a ligar o número ao calibre 38 de revólveres. Jair Bolsonaro explicou ao O Globo que existiam poucos números à disposição e sobrou 38 e 44. "Qualquer número que você vai pegar, vai ter uma conotação, tá? E qual a ideia do 38, que em comum acordo nós chegamos? É um número fácil de gravar, é essa a intenção apenas, tá ok?", afirmou.

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Ainda ao jornal, a advogada Karina Kufa disse que tinha sugerido o número 80 por acreditar ser mais fácil para as pessoas na hora de votar já que, no teclado da urna eletrônica, os dígitos ficam juntos. Karina, que foi escolhida para ser a futura tesoureira do Aliança Pelo Brasil, relatou que 38 foi um pleito das pessoas que estavam presentes na convenção do partido que aconteceu na última quinta-feira (21). 

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O Aliança pelo Brasil, partido do presidente Jair Bolsonaro - que ainda está em formação - deverá ter cursos, palestras e campanhas de conscientização para formar as mulheres na política e evitar fraudes com candidaturas laranjas, que é um dos problemas que envolve o PSL, antigo partido de Bolsonaro. 

De acordo com o blog da Andréia Sadi, a intenção é que o partido discuta esse tema de forma permanente. A informação foi passada pela Karina Kufa, futura tesoureira do Aliança. A estratégia vem na tentativa de afastar a imagem do PSL, que é suspeito de lançar candidaturas laranjas para desviar dinheiro do fundo eleitoral.

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nessa quinta-feira (21), que o número escolhido para o Aliança Pelo Brasil, seu novo partido, foi o 38. "Eu acho um bom número, tínhamos poucas opções, mas acho que o 38 é um número mais fácil de gravar", afirmou o presidente em sua "live" semanal no Facebook.

O número, no entanto, já foi "escolhido" por outra sigla em formação: o Partido Militar Brasileiro, que está em fase final de criação junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Não vamos abrir mão do número, quem conseguir homologar primeiro fica com o 38", afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo o deputado Capitão Augusto (PL-SP), articulador da nova legenda. Augusto é o coordenador da bancada da bala na Câmara dos Deputados.

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O parlamentar explica que a escolha do número - uma referência ao calibre de um dos revólveres mais utilizados no Brasil, popularmente chamado de "três oitão" - foi feita por meio de uma enquete entre apoiadores. "Ganharam o 38 e o 64", contou Augusto, dizendo que a outra opção de número foi uma homenagem a 1964, ano de instauração da Ditadura Militar (1964-1985) no Brasil, que o deputado chama de "revolução que salvou o País do comunismo". "Se o partido do presidente pegar o 38 primeiro, ficamos com o 64", afirmou.

O Partido Militar Brasileiro chegou a ser procurado, conforme mostrou o Estado, por emissários de Bolsonaro como possível destino do presidente e seus aliados em meio ao racha no PSL, pelo qual o presidente se elegeu em 2018.

O pedido de criação foi protocolado em fevereiro de 2018. Segundo o tribunal, o PMB ainda se encontra na fase de coleta de assinaturas de apoio. Pela legislação eleitoral, um partido precisa atingir 491.967 assinaturas em, pelo menos, nove Estados diferentes.

Quanto ao número da legenda, o TSE explica que "é escolhido no momento em que, uma vez superada a fase de coleta de assinaturas, é protocolado no TSE o respectivo Requerimento de Registro de Partido Político". "Esse número deve ser escolhido dentre os números de 1 a 99 que ainda não estejam sendo usados por outros partidos já registrados", diz o tribunal.

Deus, armas e oposição ao comunismo

O ato de fundação da Aliança pelo Brasil, exigência legal para que a legenda seja registrada pela Justiça Eleitoral, foi marcado nessa quinta-feira por discursos em defesa de Deus e do uso de armas, além de ataques a movimentos de esquerda e a antigos aliados, como o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC).

Para ser registrado oficialmente e poder disputar eleições, ainda será necessária a coleta de 500 mil assinaturas, em pelo menos nove Estados. O prazo para que o partido seja registrado a tempo de concorrer nas eleições municipais do ano que vem é apertado e termina em março. A expectativa é de que o presidente da República possa ser o principal fator de mobilização para conseguir os apoios necessários.

Em sua vinda ao Recife para participar do seminário ‘Mulher mais política’, na manhã desta quinta-feira (22), a presidente da Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), Simone Tebet, disse que ao ter criado um novo partido, o presidente Jair Bolsonaro "está indo na contramão da história". O Aliança pelo Brasil, que foi lançado nesta quarta-feira (21), é denominado por Bolsonaro como um sendo um partido "sem viés ideológico". 

Na opinião da senadora, um dos grandes problemas do país é a quantidade recorde de partidos e que não há democracia no mundo que conviva e que tenha bons resultados com 32 partidos instalados e 29 partidos constituídos na Câmara dos Deputados. "Nesse aspecto o presidente está indo na contramão da história daquilo que a gente quer de um processo que nós começamos lá atrás, quando ele era deputado federal, em relação a diminuir o número de partidos com cláusula de barreira mais rigorosa para que possamos daqui a 12 anos ter no máximo, algo em torno de 12 constituídos dentro da câmara", disse.

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Bolsonaro será o presidente da comissão provisória da legenda, que terá seu filho, o senador Flávio Bolsonaro como vice. De acordo com o chefe do estado, o partido terá o número 38 nas urnas. Nesta semana, o chefe do estado assinou a carta de desfiliação do PSL, partido que o lançou como presidente. Outros 30 parlamentares do PSL deverão migrar para o Aliança pelo Brasil.

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A  presidente nacional do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann (RS), afirmou, nesta sexta-feira (22), que o Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro está articulando a criação, oferece uma "mensagem de morte" aos brasileiros.

Na ótica de Gleisi, a escultura com a logo do partido formada a partir de projéteis de balas é um reflexo disso, além das diretrizes anunciadas pelos organizadores da nova sigla, ao lado de Bolsonaro, nessa quinta (21), durante o lançamento da iniciativa. 

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"A placa do novo partido de Bolsonaro é feita de balas de revólver. A mensagem é de morte. É o que oferecem ao povo brasileiro", escreveu Gleisi, em publicação no Twitter. "Quem não morrer de fome, pelo desemprego e baixa renda, nos postos de saúde por falta de médicos, morrerá a tiros. Essa é a política deles para os pobres", acrescentou a petista.

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Para formar o novo partido, Jair Bolsonaro e seus apoiadores precisam reunir 500 mil assinaturas de eleitores em, pelo menos, nove Estados brasileiros. Além do aval do Tribunal Superior Eleitoral. O Aliança pelo Brasil, de acordo com o presidente, terá nas urnas o número 38. 

O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta sexta-feira (22), que poderá tirar do papel seu partido, o Aliança pelo Brasil, em um mês, se for "positivo" o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre coleta eletrônica de assinaturas. "Se for positiva, forma num mês o partido. Se não for, vai demorar alguns meses, longos meses", disse Bolsonaro.

Para ser registrado oficialmente e poder disputar eleições, ainda será necessária a coleta de cerca de 500 mil assinaturas, em pelo menos nove Estados. O prazo para que o partido seja registrado a tempo de concorrer nas eleições municipais do ano que vem é apertado e termina em março de 2020. A expectativa é de que o presidente da República possa ser o principal fator de mobilização para conseguir os apoios necessários.

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Em parecer ao TSE, o vice-procurador-geral Eleitoral, Humberto Jacques, se manifestou contra a coleta de assinaturas digitais para criar siglas. Crítico do voto eletrônico, Bolsonaro fez um questionamento na quinta-feira (21): "o voto pode, assinatura não pode? De acordo com a decisão, a gente vai saber se forma (o partido) para março ou para o final do ano que vem", disse o presidente.

"Se passar só para biometria também ajuda. acho que maior parte dos eleitores estão na biometria, daí a gente resolve isso aí", afirmou Bolsonaro nesta sexta.

Excludente de ilicitude

O presidente disse não saber se haverá resistência ao projeto de lei que trata de excludente de ilicitude para agentes em ações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), mas citou a "esquerda" e disse "qualquer coisa é culpa da polícia". "Não sei (se haverá resistência). Existe a reação da esquerda. O falso direitos humanos. Qualquer problema é culpa da polícia. Tivemos Estados onde a polícia não foi para a rua, vê a desgraça que aconteceu. Temos de prestigiar o policial", disse Bolsonaro.

O mandatário não quis especular quando o projeto deve ser aprovado. "Não posso. Pelo amor de Deus. Fiquei 28 anos lá dentro (do Congresso). Tem projeto meu (tramitando) desde quando assumi em 1991", afirmou.

Mercosul

Bolsonaro disse, ainda, que o resultado mais importante do encontro de líderes do Mercosul em Bento Gonçalves (RS), no começo de dezembro, será "consolidar o acordo com a União Europeia". O presidente será anfitrião do evento.

<p>No podcast desta sexta-feira (22), o cientista político Adriano Oliveira aborda sobre a Aliança pelo Brasil, o novo partido criado pelo presidente Bolsonaro e que será presidido pelo mesmo.</p><p>Segundo o cientista político, o &quot;Aliança pelo Brasil&quot; significa que o presidente irá valorizar a defesa da população brasileira. Entretanto, Adriano Oliveira ressalta que este novo partido não apresenta alguns fatores que deveriam ser abordados, como educação, inclusão social, saúde, entre outros. Logo, o &quot;Aliança pelo&nbsp; Brasil&quot; é um contra ponto ao Partido dos Trabalhadores(PT). O cientista político destaca ainda que existe uma dúvida se os demais partidos irão orbitar em torno destes dois - Aliança pelo Brasil e o PT.</p><p>De acordo com Adriano Oliveira, o número escolhido, o 38, é emblemático, uma vez que faz referência a arma de fogo - sacar, atirar e matar. Segundo ele, fica o questionamento, se foi uma escolha provocativa ou para deixar&nbsp; claro o objetivo do presidente Bolsonaro em relação a sociedade brasileira.</p><p>O podcast de Adriano Oliveira tem duas edições, nas segundas e nas sextas-feiras. Além disso, também é apresentado em formato de vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h, na fanpage do LeiaJá.</p><p>Confira mais uma análise a seguir:</p><p>
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite dessa quinta-feira (21) que o número de seu novo partido, o Aliança pelo Brasil, será 38. O anúncio foi feito durante sua live semanal transmitida no Facebook. Na manhã de ontem, o presidente participou da 1ª Convenção Nacional da legenda, realizada em um hotel de Brasília. Bolsonaro também admitiu que, caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não autorize a coleta de assinaturas por meio eletrônico, o seu partido não deverá estar homologado para disputar as eleições do ano que vem.

"Por ocasião das eleições do ano que vem, acredito que nós podemos ter o partido funcionando, desde que as assinaturas sejam de forma eletrônica. Caso contrário, nós só poderemos estar em condições de disputar as eleições, aquelas de 2022", disse. "E o número escolhido é o 38. Tínhamos poucas opções e acho que o número 38 é mais fácil de gravar", acrescentou. O que remete a um dos tipos de revólver, o de calíbre 38.

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Para a legenda Aliança pelo Brasil ser homologada e poder disputar as eleições, ainda será necessária a coleta de cerca de 500 mil assinaturas em pelo menos nove estados. As rubricas precisam ser validadas, uma a uma, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O prazo para que o partido seja registrado a tempo de disputar as eleições municipais de 2020 termina em março.

"Estamos aguardando aqui. Na próxima semana o Tribunal Superior Eleitoral vai decidir se podemos ou não colher assinaturas, para a sua fundação, via eletrônica ou não. Se for via eletrônica, eu tenho certeza de que, com o apoio de todos vocês, creio que em um mês, no máximo, a gente consegue as 500 mil assinaturas. Caso não seja possível, a gente vai ter que colher assinatura física, aí demora mais e não ficará pronto o partido tão rápido. No meu entender, um ano ou um ano e meio para ficar pronto o partido", projetou o presidente. O TSE analisa o assunto no âmbito de um consulta pública em andamento na Corte, que foi apresentada pelo deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS) no fim do ano passado.

Partido conservador

Durante a live, Bolsonaro também destacou as principais características da sua nova legenda partidária. "Um partido conservador, que respeita todas as religiões, dá crédito aos valores familiares, defende a legítima defesa, defende a posse e o porte de arma com requisitos, o livre comércio com todo mundo, sem o viés ideológico", disse.

Na semana passada, Bolsonaro anunciou a saída do PSL, partido pelo qual foi eleito. A desfiliação foi confirmada na última terça-feira (19). O grupo político mais próximo ao presidente, além dele próprio, vinha se desentendendo, nos últimos meses, com o fundador e presidente nacional da legenda, o deputado federal Luciano Bivar (PE).

Segunda maior bancada parlamentar na Câmara dos Deputados, o PSL conta com 53 deputados. No Senado, a legenda possui três integrantes.

Jair Renan Bolsonaro, filho homem mais novo do presidente Jair Bolsonaro, integrará a comissão provisória de trabalho do Aliança pelo Brasil, partido que está sendo criado pelo líder brasileiro. O anúncio da executiva do (possível) partido foi feito na manhã desta quinta-feira (21), em um hotel de luxo de Brasília, Distrito Federal. 

Jair Bolsonaro é quem comandará o grupo e terá Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidente, como vice. O ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga e a advogada Karina Kufa completam a cúpula da legenda. 

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Em discurso proferido no começo da tarde desta quinta-feira (21), durante a primeira convenção nacional da Aliança pelo Brasil, partido que pretende fundar, o presidente Jair Bolsonaro disse querer uma nova legenda "que reze nossa cartilha". "Assim atingiremos de verdade os nossos objetivos", explicou.

A fala de Bolsonaro foi feita a uma plateia inflamada, com seus apoiadores participando, aos gritos, em apoio ao presidente. Não faltaram também críticas da plateia a parlamentares vistos pelos bolsonaristas como "traidores", como o deputado federal por São Paulo Alexandre Frota, agora no PSDB.

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Aos apoiadores, o presidente Bolsonaro disse que críticas ao governo são bem-vindas, mas pediu comedimento. "Vamos fazer críticas, mas moderadas", disse.

O partido Aliança pelo Brasil, que o presidente Jair Bolsonaro trabalha para tirar do papel, realiza, nesta quinta-feira (21), a sua convenção de lançamento, sob forte discurso de respeito a Deus, a religiões e de oposição a movimentos de esquerda.

Em um auditório lotado de um hotel de luxo de Brasília, a advogada Karina Kufa fez a leitura dos princípios do partido. "O povo deu norte da nova representação política. Em 2019, novo passo precisa ser dado. Criar partido que dê voz ao povo brasileiro", afirmou.

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Karina Kufa afirmou que o partido é conservador, comprometido com a liberdade e ordem, soberanista e de oposição às "falsas promessas do globalismo".

O programa tem os seguintes princípios: "respeito a Deus e à religião"; "respeito à memória e à cultura do povo brasileiro"; "defesa da vida"; "garantia de ordem e da segurança".

O programa afirma que o partido "reconhece o lugar de Deus na vida, na história e na alma do povo brasileiro". Há ainda defesa da posse de armas. Karina disse que o partido "se esforçará para divulgar verdades sobre crimes do movimento revolucionário, como comunismo, globalismo e nazifascismo". Ainda segundo a advogada, o partido estabelecerá relações com siglas e entidades de países que "venceram o comunismo", como os do Leste Europeu.

"O Aliança pelo Brasil repudia o socialismo e o comunismo", disse Karina. A frase foi bastante aplaudida pelos presentes. A plateia começou a gritar: "A nossa bandeira jamais será vermelha".

A maioria dos parlamentares do PSL, que pretendem migrar para a nova sigla, ocupava as primeiras fileiras do auditório. Alguns não conseguiram lugar nas primeiras cadeiras porque chegaram mais tarde. Outros quase não conseguiram entrar. Havia ainda dezenas de apoiadores ao lado de fora do auditório, por causa da lotação. Apenas poucos jornalistas tiveram acesso ao auditório principal.

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (21) que nenhum dos ministros de governo irá se filiar ao seu novo partido, Aliança pelo Brasil, ainda em fase de criação. “Não vamos ter a participação do governo na criação do partido para evitar interpretação equivocada de que estou usando a máquina pública para formar um partido”, disse, ao deixar o Palácio da Alvorada nesta manhã.

De acordo com o presidente, a nova legenda vai respeitar a legislação. “O partido tem que estar voltado, no meu entender, para suas atribuições legais: fiscalizar o Executivo, apresentar projetos, legislar”, explicou.

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Na semana passada, Bolsonaro anunciou a saída do PSL, partido pelo qual foi eleito, e a criação do Aliança pelo Brasil. Na terça-feira (19), ele assinou sua desfiliação. Segunda maior bancada parlamentar na Câmara dos Deputados, o PSL conta com 53 deputados. No Senado, a legenda possui três integrantes.

Hoje, está prevista a participação do presidente no evento do lançamento da nova legenda, em Brasília. Mas, para ser registrado oficialmente e poder disputar eleições, ainda será necessária a coleta de 500 mil assinaturas em pelo menos nove estados. As rubricas precisam ser validadas, uma a uma, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O prazo para que o partido seja registrado no TSE a tempo de disputar as eleições municipais de 2020 é apertado: termina em março do ano que vem. A expectativa de Bolsonaro é que o TSE autorize a coleta de assinaturas por meio eletrônico. Caso seja manual, a criação da legenda deve ficar para o final de 2020. Segundo Bolsonaro, “é impossível fazer em pouco meses”.

O presidente da República está disposto também a viajar pelo país para ajudar na mobilização em prol da nova legenda. “Estamos aguardando a decisão do TSE. De acordo com a decisão, a gente vai saber se forma [o partido] para março ou para o final do ano que vem. Depende da decisão do TSE, a gente vai ter uma dinâmica para coleta das assinaturas”, disse Bolsonaro. “Se não for possível [criar até março] eu não vou entrar nas municipais ano que vem”, disse.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que, "por enquanto", o futuro do presidente do "Aliança pelo Brasil" será ele. O novo partido terá o processo de formação iniciado numa convenção marcada para esta quinta-feira (21), em Brasília. Nesta terça-feira (19), Bolsonaro assinou a carta de desfiliação do PSL, pondo fim à relação conturbada com o partido pelo qual se elegeu.

"Por enquanto, sou eu (o presidente do no partido). Mas isso também pode mudar. Na política, tudo muda", afirmou Bolsonaro no início da noite desta terça-feira ao chegar ao Palácio do Alvorada.

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A reunião para o lançamento do partido será realizada nesta quinta, em Brasília. Além de Bolsonaro, há a possibilidade do seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, assumir o comando da legenda. Flávio entregou nesta segunda-feira, 18, a carta de desfiliação ao PSL.

Mais cedo, a advogada do presidente Karina Kufa afirmou que não há nenhum obstáculo para que o presidente possa ocupar também a presidência do partido. Admar Gonzaga, advogado que integra a equipe de consultores que atua no processo da saída do presidente do PSL, afirmou que essa é a hipótese viável e "aconselhada."

Bolsonaro entrou em rota de colisão com o PSL em outubro, quando, sabendo que estava sendo filmado, disse a um apoiador que Bivar estava "queimado". A partir do episódio, a situação rapidamente se deteriorou até que, semana passada, Bolsonaro e seus aliados anunciaram a criação do novo partido. A intenção, no entanto, depende de uma série de procedimentos, incluindo a reunião de assinaturas de apoiadores, em várias partes do País.

A cisão entre bolsonaristas e o PSL é atribuída a uma disputa pelo fundo partidário. Gonzaga, no entanto, disse que a versão é incorreta. "Não estamos preocupados com o fundo partidário até porque os candidatos do partido quase ou nada foram utilizados desses recursos."

Novo partido

O estatuto do Aliança pelo Brasil, seus fundadores e a diretoria deverão ser apresentados na quinta durante a convenção. Bolsonaristas terão 140 dias para reunir assinaturas necessárias para a criação do partido, caso tenha interesse em participar das eleições municipais.

Nesta terça-feira, um parecer enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo vice-procurador-geral eleitoral, Humberto Jacques, é contrário a coleta de assinaturas digitais para a criação de partidos. A manifestação do Ministério Público Eleitoral (MPE) pode afetar as pretensões do presidente de coletar assinaturas digitais para garantir que o seu novo partido.

O posicionamento do MPE foi feito no âmbito de uma consulta formulada pelo deputado federal Jerônimo Pizzolotto Goergen (PP-RS).

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira, 18, que poderá assumir a presidência da sigla que, ao lado de dissidentes do PSL, irá formar nos próximos dias. Batizada de Aliança pelo Brasil, o novo partido terá seu processo de formação iniciado numa convenção marcada para esta quinta-feira, 21, em Brasília. Questionado sobre a possibilidade de presidir o partido, afirmou: "Acho que sim."

O desfecho já era esperado. Desde a semana passada, quando o anúncio da nova sigla foi feito, parlamentares já diziam que Bolsonaro assumir a presidência da sigla seria o caminho mais natural e óbvio. "O partido é do presidente Bolsonaro e das pessoas que são fiéis ao que ele sempre defendeu", resumiu a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), na semana passada.

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A criação da sigla é o desfecho de uma disputa que começou em outubro, com uma declaração do próprio presidente. A apoiadores, ele afirmou, que o presidente do PSL, Luciano Bivar, estava "queimado para caramba". A afirmação, que estava longe de ser um deslize, foi a deixa para iniciar um rápido desgaste, seguido da solução esperada pelo grupo do presidente.

A expectativa é de que, dos 53 deputados do PSL, partido pelo qual Bolsonaro se elegeu, 27 o acompanhem na nova legenda. O grupo bolsonarista deverá permanecer no PSL até que o novo partido esteja aprovado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A estratégia se explica. Caso os parlamentares deixem agora a sigla, há o risco de perda do mandato.

Assim como na eleição de Bolsonaro, a ideia é se valer do apoio da tecnologia para colher assinaturas necessárias para a criação da nova sigla, em vários Estados do País. Também ficou definido que o presidente Bolsonaro vai usar redes sociais, dele e de aliados, para chamar pessoas dispostas a atuar na coleta de assinatura para a criação do partido.

Por enquanto, a ideia é de que a executiva do partido tenha 15 integrantes. Além de 27 bolsonaristas dispostos a migrar para a nova legenda, haveria outros 10 parlamentares, hoje em outros partidos, interessados em ir para o Aliança pelo Brasil, segundo informou Zambelli.

Ao deixar o PSL, parlamentares estão conscientes de que perderão tempo na TV e também fundo partidário. Mas, para a deputada, esse é um fato menor. Ela argumenta que muitos dos políticos do PSL se elegeram sem essas condições e com financiamentos de campanha por meio de "vaquinhas". Algo que, de acordo com ela, poderá ser repetido.

Em reunião com um grupo de aliados do PSL, no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro anunciou na terça-feira (12) que deixará o partido pelo qual foi eleito e fundará uma nova sigla, batizada de Aliança pelo Brasil. A saída do PSL ocorre após uma crise que expôs a fratura da legenda, mas Bolsonaro escolheu esta semana para fazer o comunicado com o objetivo de acentuar o clima de polarização com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deixou a prisão depois de o Supremo Tribunal Federal derrubar a possibilidade de execução antecipada da pena.

Um manifesto do partido a ser criado por Bolsonaro prega "uma nova e verdadeira atitude de aliados que almejam livrar o País dos larápios, dos espertos, dos demagogos e dos traidores que enganam os pobres e os ignorantes que eles mesmos mantêm, para se fartar". Mesmo sem citar o PT, o documento tem trechos que estimulam o clima do "nós contra eles" e destaca que a Aliança é o caminho escolhido para o resgate de um País "massacrado pela corrupção e pela degradação moral".

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A portas fechadas, Bolsonaro tem dito que já começou a construir a estratégia para o seu projeto de reeleição, em 2022, e por isso "não poderia ficar" em um partido como o PSL, acusado de lançar candidaturas laranjas no ano passado e de desviar verba pública. Um dos planos do presidente é fazer uma dobradinha com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, que seria candidato a vice em sua chapa.

A estratégia montada no Planalto prevê o reforço do enfrentamento com Lula. A avaliação ali é a de que as disputas para as prefeituras, no ano que vem, serão "fundamentais" para consolidar o projeto da extrema-direita e derrotar o PT e a esquerda, pavimentando a estrada para 2022.

Dos 53 deputados do PSL, 27 pretendem acompanhar Bolsonaro na nova sigla - uma intenção que, se der certo, esvazia a legenda comandada por Luciano Bivar (PE). Mas, ao contrário do presidente - que deve ficar sem partido até a Aliança pelo Brasil sair do papel -, os bolsonaristas querem permanecer no PSL e fazer a migração apenas quando estiver tudo aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pois, caso contrário, correm o risco de perder o mandato. Não será uma tarefa fácil: o grupo do deputado Bivar (PE) já avisou que pretendem impedir a criação da legenda de Bolsonaro no TSE.

"A porta da rua é serventia da casa. Mas o mandato é do partido", disse a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP). Bivar, por sua vez, também tenta negociar a fusão do PSL com o DEM, como antecipou o jornal O Estado de S. Paulo, mas há resistências internas ao acordo. Além disso, a cúpula do PSL vai acelerar processos disciplinares contra deputados considerados "infieis", e pedir expulsões. Em conversas reservadas, Bivar disse que não abrirá mão dos recursos públicos a que a sigla tem direito. Somente de Fundo Partidário o PSL vai arrecadar R$ 110 milhões neste ano. Até 2022, o partido deve receber aproximadamente R$ 1 bilhão, se incluído o Fundo Eleitoral.

Desde a redemocratização, apenas o então presidente Itamar Franco ficou sem partido por um período. Em 1992, antes mesmo da renúncia do então presidente Fernando Collor, hoje senador, Itamar deixou o PRN. Com a queda de Collor, o político mineiro - que era vice - assumiu o Planalto sem legenda. Ele retornou ao PMDB - partido ao qual já havia sido filiado - somente em 1997.

Para que o pedido de criação de um partido seja protocolado no TSE são necessárias 491,9 mil assinaturas em nove Estados. Na prática, porém, a Aliança só participará das eleições municipais de 2020 se todos os trâmites forem cumpridos até o fim de março. A lei exige que as mudanças sejam feitas até seis meses antes das eleições. A equipe jurídica de Bolsonaro, capitaneada pelo ex-ministro do TSE Admar Gonzaga e pela advogada Karina Kufa, estuda a possibilidade de lançar um aplicativo para coletar assinaturas digitais. A inovação, porém, ainda terá de ser aceita pelo TSE.

O reportagem apurou que a Aliança deve ser presidida pelo próprio Bolsonaro. O deputado Eduardo Bolsonaro (SP), filho do presidente e atual líder do PSL na Câmara, pode assumir a fundação ligada à legenda. A convenção para apresentar o estatuto da nova sigla será realizada no dia 21, em Brasília. "O partido vai se manter sempre alinhado àquilo que o presidente defendeu na campanha", disse o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (GO).

Destituída da liderança do governo no Congresso, Joice criticou bolsonaristas pelo Twitter. "As lambanças do Palácio, dos filhos e do próprio PR conseguiram o impossível: dividir o único partido q. era 100% do gov. (...) Q os xiitas saiam juntos e deixem os adultos trabalharem", escreveu. A resposta, irônica, não tardou. "Falou a Bolsonaro de saias, a mais filha que os filhos", disse Eduardo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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