Tópicos | Novo partido

O presidente Jair Bolsonaro disse estar "namorando" outro partido político para ser "dono" da legenda. Em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada nesta segunda-feira, 8, o presidente não revelou qual é a sigla, mas indicou que se filiará em breve.

Bolsonaro procura um novo partido para disputar a reeleição em 2022. De acordo com o portal R7, o presidente fechou com o Partido da Mulher Brasileira (PMB), que mudaria de nome para abrigar o chefe do Planalto e aliados.

##RECOMENDA##

"Estou namorando outro partido, tá? Onde eu seria dono dele como alternativa senão sair o Aliança", disse o presidente quando questionado sobre o Aliança pelo Brasil, partido que tentou tirar do papel, mas que naufragou ao não conseguir reunir as 491 mil assinaturas necessárias para registro na Justiça Eleitoral.

"Não é isso de você tá namorando um caso e se dar errado vou namorar aquele outro, não é isso não, mas na política tem que ficar ligado", afirmou Bolsonaro ao citar a burocracia exigida para criar uma nova legenda. Ele já havia dito que definiria até este mês.

Além do presidente, o novo partido escolhido por Bolsonaro também deve abrigar seus aliados. Entre eles, seus filhos políticos. Dois deles, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) migraram recentemente, mas o presidente da legenda, Marcos Pereira (SP), disse em entrevista ao Estadão que eles estão de passagem. Na ocasião, o dirigente disse que não iria abrir mão do comando da sigla para Bolsonaro.

O PMB foi criado em 2015 e chegou a reunir 20 deputados federais. A sigla, no entanto, foi usada como trampolim para parlamentares burlarem a lei de fidelidade partidária (que impede a troca de sigla durante o mandato) e mudarem novamente para outras legendas. Atualmente, o PMB não possui nenhum representante no Congresso Nacional.

Bolsonaro busca uma nova sigla desde novembro de 2019, quando deixou o PSL, partido pelo qual se elegeu, após se desentender com o presidente da sigla, deputado Luciano Bivar (PE). O motivo da ruptura foi justamente o controle do cofre da sigla e de diretórios locais.

Em 2018, após receber Bolsonaro, o PSL deixou de ser "nanico" e se tornou uma potência partidária. A sigla elegeu 54 deputados na esteira do bolsonarismo e passou a receber a segunda maior fatia das verbas públicas que abastecem os partidos políticos. Em 2020, recebeu cerca de R$ 200 milhões do fundo eleitoral e mais R$ 98 milhões do fundo partidário.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar que "dificilmente" irá conseguir formar um partido para as próximas eleições, em 2022, e que em março terá que decidir o que fazer. Disse ainda que uma das possibilidades é escolher outra legenda para abrigar seu nome. Apesar disso, o presidente ainda não desistiu da criação de sua sigla. "Vamos continuar fazendo", disse durante conversa com apoiadores nesta terça-feira (2).

Na segunda-feira (1º), o presidente sinalizou a apoiadores que estaria tendo adversidades para formar seu partido por causa de "problemas burocráticos", mas que nesta terça-feira, após as eleições no Congresso Nacional, já iria retomar a discussão sobre o assunto.

##RECOMENDA##

Em outro momento da conversa, Bolsonaro repetiu que até março buscará um novo partido, mas não abandonou o projeto do Aliança pelo Brasil, que ainda não obteve a quantidade de assinaturas necessárias para impulsionar a criação da sigla. Diante da imprevisibilidade, partidos como Progressistas, PSL, Republicanos, PTB, Patriota e PL já acenaram interesse no nome do presidente.

Bolsonaro está sem partido desde novembro de 2019, após se desvincular do PSL em meio a uma série de desentendimentos entre ele e o presidente da sigla, Luciano Bivar (PE).

O presidente Jair Bolsonaro sinalizou filiação a um novo partido político em março. Após não conseguir tirar o Aliança pelo Brasil do papel, o chefe do Planalto passou a negociar a filiação a uma outra legenda para tentar a reeleição em 2022 e também levar aliados a uma nova sigla.

Nesta segunda-feira (25), Bolsonaro foi questionado sobre o partido em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada. "Em março eu decido, ou decola o partido ou vou ter que arranjar outro", disse o presidente. "Se não decolar, a gente vai ter que ter outro partido, se não, não temos como nos preparar para as eleições de 2022".

##RECOMENDA##

Em 2019, Bolsonaro saiu do PSL após um racha no partido. Parlamentares da legenda se dividiram em uma disputa por espaços internos entre o presidente da República e o presidente nacional da legenda, Luciano Bivar. No ano passado, Bolsonaro passou a oferecer cargos e verbas federais a partidos do Centrão em troca de apoio no Congresso.

Sem partido, Bolsonaro é assediado pelo Centrão para uma filiação. Os convites vieram de integrantes do Progressistas, PL, PTB, Patriota e Republicanos. Os filhos Flávio Bolsonaro e Carlos Bolsonaro migraram para o Republicanos, partido ligado à Igreja Universal. O presidente da República não disse em qual partido pretende se filiar agora.

Na última quarta-feira (20), Bolsonaro recebeu o senador Jorginho Mello (PL-SC), vice-líder do governo no Congresso, no Palácio do Planalto para uma conversa sobre filiação. Conforme o Estadão/Broadcast revelou, a bancada da legenda no Congresso preparou uma carta oficializando o convite. Atualmente, o PL tem 43 deputados federais e três senadores.

Para tirar um partido do papel, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) exige 492 mil assinaturas recolhidas em todo o País. Apoiadores do presidente tentaram recolher as assinaturas necessárias para as eleições municipais, sem sucesso. A mobilização foi feita em praças e em igrejas evangélicas. Na conversa com apoiadores, Bolsonaro admitiu a dificuldade para cumprir os critérios.

"Muita burocracia, é muito trabalho, certificação de fichas, o tempo está meio exíguo", disse o presidente. "Não é por mim, eu não estou fazendo campanha para 2022, mas o pessoal quer disputar e queria estar em um partido que tivesse simpatia minha."

A  presidente nacional do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann (RS), afirmou, nesta sexta-feira (22), que o Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro está articulando a criação, oferece uma "mensagem de morte" aos brasileiros.

Na ótica de Gleisi, a escultura com a logo do partido formada a partir de projéteis de balas é um reflexo disso, além das diretrizes anunciadas pelos organizadores da nova sigla, ao lado de Bolsonaro, nessa quinta (21), durante o lançamento da iniciativa. 

##RECOMENDA##

"A placa do novo partido de Bolsonaro é feita de balas de revólver. A mensagem é de morte. É o que oferecem ao povo brasileiro", escreveu Gleisi, em publicação no Twitter. "Quem não morrer de fome, pelo desemprego e baixa renda, nos postos de saúde por falta de médicos, morrerá a tiros. Essa é a política deles para os pobres", acrescentou a petista.

[@#video#@]

Para formar o novo partido, Jair Bolsonaro e seus apoiadores precisam reunir 500 mil assinaturas de eleitores em, pelo menos, nove Estados brasileiros. Além do aval do Tribunal Superior Eleitoral. O Aliança pelo Brasil, de acordo com o presidente, terá nas urnas o número 38. 

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (21) que nenhum dos ministros de governo irá se filiar ao seu novo partido, Aliança pelo Brasil, ainda em fase de criação. “Não vamos ter a participação do governo na criação do partido para evitar interpretação equivocada de que estou usando a máquina pública para formar um partido”, disse, ao deixar o Palácio da Alvorada nesta manhã.

De acordo com o presidente, a nova legenda vai respeitar a legislação. “O partido tem que estar voltado, no meu entender, para suas atribuições legais: fiscalizar o Executivo, apresentar projetos, legislar”, explicou.

##RECOMENDA##

Na semana passada, Bolsonaro anunciou a saída do PSL, partido pelo qual foi eleito, e a criação do Aliança pelo Brasil. Na terça-feira (19), ele assinou sua desfiliação. Segunda maior bancada parlamentar na Câmara dos Deputados, o PSL conta com 53 deputados. No Senado, a legenda possui três integrantes.

Hoje, está prevista a participação do presidente no evento do lançamento da nova legenda, em Brasília. Mas, para ser registrado oficialmente e poder disputar eleições, ainda será necessária a coleta de 500 mil assinaturas em pelo menos nove estados. As rubricas precisam ser validadas, uma a uma, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O prazo para que o partido seja registrado no TSE a tempo de disputar as eleições municipais de 2020 é apertado: termina em março do ano que vem. A expectativa de Bolsonaro é que o TSE autorize a coleta de assinaturas por meio eletrônico. Caso seja manual, a criação da legenda deve ficar para o final de 2020. Segundo Bolsonaro, “é impossível fazer em pouco meses”.

O presidente da República está disposto também a viajar pelo país para ajudar na mobilização em prol da nova legenda. “Estamos aguardando a decisão do TSE. De acordo com a decisão, a gente vai saber se forma [o partido] para março ou para o final do ano que vem. Depende da decisão do TSE, a gente vai ter uma dinâmica para coleta das assinaturas”, disse Bolsonaro. “Se não for possível [criar até março] eu não vou entrar nas municipais ano que vem”, disse.

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro traça uma estratégia para deixar o PSL e fundar um novo partido, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta terça-feira, 12, que o "Brasil já tem partidos em demasia". Marco Aurélio é ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a quem caberá avaliar futuramente o eventual pedido de criação de uma nova sigla. Atualmente, há 32 agremiações registradas na Corte Eleitoral.

"Resta saber se vai haver aprovação. Eu, quando estive na atuação no TSE, na aprovação dos últimos partidos, eu votei pela desaprovação. Eu creio que o Brasil já tem partidos em demasia. Ao invés de se buscar a correção do fundo, se busca a correção da forma, da vitrine", criticou Marco Aurélio a jornalistas, antes de participar da sessão da Primeira Turma do STF nesta tarde.

##RECOMENDA##

Conforme informou o jornal O Estado de S. Paulo, Bolsonaro vai mesmo sair do PSL e pretende patrocinar a criação de um novo partido, que deve ser batizado como Aliança pelo Brasil. Após mais de um mês de confronto com a cúpula do PSL, Bolsonaro convocou uma reunião no Palácio do Planalto nesta terça-feira à tarde com um grupo de deputados da legenda, com o intuito de traçar os próximos passos políticos.

Dos 53 deputados do PSL, ao menos 27 prometem acompanhar o presidente, mas a equipe jurídica estuda alternativas para que eles não percam o mandato.

Afastamento

No mês passado, Bolsonaro e um grupo de 23 parlamentares do PSL acionaram a Procuradoria-Geral da República (PGR) para pedir o afastamento do atual presidente nacional da sigla, o deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE), e a suspensão dos repasses ao partido de recursos públicos do Fundo Partidário. O episódio marcou mais uma ofensiva do presidente e de uma ala de deputados do PSL contra a atual direção do partido.

Na avaliação de Marco Aurélio, em tese, não cabe ao TSE interferir na direção de partido. Segundo a reportagem apurou, outros integrantes do TSE concordam com essa avaliação do ministro, de que não caberia ao tribunal tirar Bivar do comando da sigla. O TSE poderia, no entanto, suspender repasses do Fundo Partidário ao PSL, caso sejam identificadas irregularidades no uso do dinheiro público.

"Não, de início não. Interferir da direção (do partido), não. Mas temos que aguardar porque colegiado é uma caixa de surpresa", comentou Marco Aurélio Mello. "Um partido é uma instituição jurídica de direito privado. Uma intervenção estatal já é dificílima a partir dessa premissa."

Usuários do Twitter simpáticos ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) estão mobilizados em apoio a uma eventual criação de legenda que possa receber o presidente e seu grupo político. Desde às 11h desta terça-feira, 5, a expressão #EuAssinoBolsonaro está entre os assuntos mais comentados do Twitter brasileiro.

A campanha é uma referência à necessidade de validar quase 492 mil assinaturas, colhidas em ao menos nove Estados, para que se encaminhe ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o pedido de criação de um partido.

##RECOMENDA##

"Nunca tinha visto pessoas que nunca foram filiadas a um partido externar a vontade de se filiar no novo partido de Bolsonaro", tuitou o deputado Bibo Nunes (PSL-RS), que integra a ala bolsonarista do PSL. Recentemente, o partido se dividiu entre os que defendem que Bolsonaro controle a legenda e os que querem manter o grupo de Luciano Bivar (PSL-PE) no comando.

No domingo, 3, em entrevista à Record TV, Bolsonaro afirmou que as chances de deixar o PSL são de 80% e de 90% para a criação de um novo partido. Nos últimos dias, o deputado Capitão Augusto (PL-SP), que presidente a Frente Parlamentar da Segurança Pública, colocou seu Partido Militar Brasileiro, ainda em fase de criação, à disposição do presidente. Segundo Augusto, a nova agremiação seria a única do Brasil "realmente de direita".

O ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência Gustavo Bebianno vai se filiar ao PSDB a convite do governador de São Paulo, João Doria. A informação foi revelada pelo site Congresso em Foco e confirmada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Bebianno articulou a ida do presidente Jair Bolsonaro para o PSL, coordenou a campanha presidencial de 2018, mas deixou o partido e o governo depois de se desentender com o presidente.

##RECOMENDA##

O ex-ministro ainda não decidiu se disputará algum cargo na eleição do ano que vem. Segundo ele, o momento agora é de pensar no Brasil e não em projetos pessoais. Por isso, já declarou apoio à pré-candidatura de Doria para a sucessão de Bolsonaro.

"Meu objetivo é olhar para o País. Tem que acabar com esse extremismo. Entre os dois polos existe um espaço imenso e João Doria representa isso", afirmou.

Segundo Bebianno, que se define como "centro-direita", não vai haver dificuldade de relação com a ala histórica do PSDB. "O presidente Fernando Henrique fez um governo liberal".

A criação do Partido da Defesa Nacional, ou PDN, sugerida pelo presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira, 28, teria de ser concluída em um dos prazos mais curtos dos últimos anos para que a nova sigla concorra às eleições presidenciais de 2022. As cinco legendas com os registros mais recentes no País levaram, em média, três anos e nove meses até receberem autorização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para registrar seus candidatos, contados a partir da data de sua fundação.

Para disputar a próxima eleição para presidente, um partido deve ter o registro aprovado no TSE até seis meses antes do pleito. Isso significa que, caso decida construir um partido completamente do zero, o presidente tem cerca de três anos e seis meses para finalizar o processo de aprovação.

##RECOMENDA##

A maior parte das legendas registradas nos últimos anos não conseguiu completar o processo nesse prazo. As exceções são o Solidariedade, do sindicalista Paulinho da Força, e a Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva.

"Não é um processo fácil, demanda muito tempo até a conferência nos cartórios, você leva 100 assinaturas e eles autenticam 80, 90, precisa refazer por conta de algum erro", exemplificou o professor de direito eleitoral Alberto Rollo, do Mackenzie.

A declaração do presidente ocorre em meio a uma briga interna no PSL. Durante o fim de semana, Bolsonaro disse que poderia romper com a sigla e ficar sem partido.

O que é preciso?

De acordo com as regras do TSE, é preciso ter pelo menos 491,9 mil assinaturas para serem apresentadas na data de protocolo de criação de partido em no mínimo nove Estados. A coleta das assinaturas não pode demorar mais de dois anos desde a data da fundação do partido - regra introduzida por uma resolução no ano passado, que dificultou o registro.

Além disso, um novo partido precisa ter pelo menos 101 fundadores com domicílio eleitoral em, no mínimo, um terço dos Estados.

Questionado sobre se o presidente poderia se unir a outra legenda em fase final de criação, Rollo disse que essa possibilidade existe. Há um total de 76 partidos em formação registrados no TSE atualmente. "Enquanto o partido não for julgado e registrado, é possível mexer. Agora, se o partido está em fases finais, as comissões provisórias já foram conhecidas. Se quiser mudar, o registro vai andar para trás e não para frente", diz o especialista.

Rollo enfatiza também que deputados que quiserem deixar o PSL e migrarem para uma eventual sigla nova correm o risco de perder o mandato. "Ao contrário de criar novos partidos, deveríamos fortalecer os já existentes. Partido não é clube de futebol para ficar criando mais. É uma sinalização ruim para a sociedade", sugeriu.

Relembre alguns processos de criação

Novo: O Novo levou mais de quatro anos para obter seu registro no TSE. O partido foi fundado em fevereiro de 2011 e ficou cerca de três anos e meio coletando assinaturas e trabalhando na divulgação de suas propostas. A autorização foi deferida no TSE em setembro de 2015, e o partido recebeu autorização para lançar candidatos nas eleições municipais de 2016. O Novo elegeu quatro vereadores, de 144 candidaturas protocoladas.

Rede: Concebida com a saída de Marina Silva do Partido Verde (PV), a Rede Sustentabilidade teve dificuldades para conseguir seu registro no tempo planejado. O partido foi lançado em fevereiro de 2013 com a intenção declarada de disputar as eleições presidenciais do ano seguinte, mas foi inicialmente rejeitado pelos ministros do TSE. A aprovação só viria em setembro de 2015, mais de um ano e meio após a fundação, na segunda tentativa de registrar o partido. A justificativa para a recusa, em 2013, foi de que o partido não conseguiu reunir o número mínimo de assinaturas em apoio à sua criação. Como parte delas foi impugnada por cartórios eleitorais, o tribunal validou apenas 442 mil das assinaturas apresentadas. Como resultado, os partidários da Rede ficaram abrigados provisoriamente no PSB. Marina concorreu como vice da chapa de Eduardo Campos, então governador de Pernambuco, que morreu em um acidente aéreo durante a campanha.

PMB: Última sigla a conseguir o registro no TSE, o Partido da Mulher Brasileira (PMB) ficou cerca de sete anos em processo de gestação. O projeto de criação da sigla teve início em 2008, segundo seu site oficial, e só em 2014 protocolou oficialmente seu pedido de registro. Para dar entrada no processo é necessário já ter reunidas as assinaturas de apoio. Uma vez protocolado no TSE, no entanto, o processo teve andamento relativamente rápido. O plenário da Corte julgou e aprovou a criação do PMB em cerca de um ano.

Pros e Solidariedade: O Partido Republicano da Ordem Social (Pros) e o Solidariedade tiveram os registros aprovados no mesmo dia pelo TSE, em setembro de 2013. O Pros havia sido fundado mais de três anos antes, em janeiro de 2010. Já o Solidariedade, ligado à Força Sindical, tinha cerca de um ano de existência, e teve um dos processos de criação mais rápidos dos últimos anos - junto com o PSD de Gilberto Kassab, fundado em 2011. À época, as assinaturas coletadas chegaram a ser alvo de investigação por suspeita de fraude. Houve relatos de fichas de assinaturas de apoio aos dois partidos encontradas misturadas. Para acelerar o trâmite, o Solidariedade encaminhou as certidões de apoio diretamente ao TSE, sem passar pela triagem de tribunais regionais. Esse expediente já havia sido usado na criação do PSD, mas o risco de recusa das assinaturas era considerado alto.

O Partido da Defesa Nacional, citado nesta segunda-feira, 28, pelo presidente Jair Bolsonaro, é pouco ou nada conhecido entre os aliados do presidente no Congresso. As deputadas Bia Kicis (PSL-DF) e Carla Zambelli (PSL-SP) dizem nunca ter ouvido falar sobre a nova sigla. O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) afirmou já ter ouvido a ideia, mas não sabe se há iniciativas em andamento para viabilizar a legenda.

O primeiro passo para se criar o PDN no Brasil é recolher 101 assinaturas de fundadores com domicílio eleitoral em, no mínimo, nove Estados. Depois, passa-se à fase de coleta do apoio mínimo de eleitores, a ser validado pelos cartórios eleitorais.

##RECOMENDA##

Já o deputado Bibo Nunes (PSL-RS) aponta o Partido da Defesa Nacional, ou PDN, como uma das possibilidades estudadas por Bolsonaro para deixar a atual legenda. "É um das possibilidades entre tantas. O que importa agora é sair do PSL", afirmou Nunes ao Estadão/Broadcast Político.

Nesta segunda-feira, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, Bolsonaro disse pensar em criar a sua própria legenda. O nome, afirmou ele, poderia ser Partido da Defesa Nacional ou PDN. Para Nunes, Bolsonaro deve deixar o PSL após o partido concretizar a expulsão o filho dele, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), atual líder da bancada da sigla na Câmara.

Um processo foi aberto no Conselho de Ética do PSL na semana passada para destituição de Eduardo do cargo ocupado por ele, como presidente do Diretório de São Paulo, e para sua expulsão da legenda. O deputado tem até sexta-feira para apresentar uma defesa.

Até chegar ao PSL, o presidente Jair Bolsonaro passou por sete partidos em 31 anos de vida pública. Ele escolheu a sigla como uma espécie de novo guarda chuva para concorrer ao pleito de 2018 e, além de se eleger, conseguiu angariar votos para uma gama de políticos transformando a legenda na dona da segunda maior bancada da Câmara dos Deputados. Mas, até quando Bolsonaro e seu clã permanecerão no PSL? 

As indagações vêm percorrendo as principais reuniões políticas de Brasília porque o crescimento do PSL e seu direito a uma fatia grande do fundo partidário e do eleitoral tem sido o plano de fundo das brigas internas capitaneadas, de um lado pelo presidente, seus filhos e aliados, os bolsonaristas, e do outro por bivaristas, como estão sendo chamados os que estão alinhados ao presidente nacional da legenda Luciano Bivar (PE). 

##RECOMENDA##

Jair Bolsonaro, inclusive, já chegou a ameaçar o desembarque do partido e disse que com ele sairiam inúmeros deputados, mas como as regras eleitorais não deixam muitas brechas para a mudança de partido e os parlamentares poderiam perder seus mandatos, ele adotou uma postura de cautela. Contudo, vez ou outra, solta frases de ruptura com o PSL como nesta segunda (28). 

“O ideal agora é [tratar] como se fossem gêmeos xifópagos [ligados entre si por uma parte do corpo]. Precisa separar. Cada um segue seu destino", cravou sobre a crise interna. 

O questionamento agora é: qual partido quer a família Bolsonaro em suas hostes? Desde que iniciou o imbróglio, o Patriotas - partido com o qual o presidente havia firmado um compromisso de filiação antes de ingressar no PSL - colocou-se à disposição para abrigar Bolsonaro e seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro. 

Em meio às brigas internas, o chefe do Executivo Federal também chegou a conversar com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, mas negou que tenham tratado sobre uma eventual filiação. 

Além disso, a União Democrática Nacional (UND) que está em fase final de criação já declarou estar de portas abertas para abrigar o presidente e seu clã.  

Pelo visto, apesar das opções já postas, Jair Bolsonaro não pretende escolher entre as legendas. Ele admitiu, nesta segunda, que já estuda a criação de um novo partido. Desta forma, com as suas próprias regras e sob sua batuta, as dificuldades internas seriam mais facilmente resolvidas por ele e seus filhos, como vem fazendo quando surgem fissuras entre seus herdeiros e os ministros do seu governo.  

Após dizer que poderia romper com o PSL e ficar sem partido, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (28), que também pensa em criar a sua própria legenda. O nome, afirmou ele, poderia ser Partido da Defesa Nacional ou PDN. "Eu não teria dificuldade em criar um partido nesse sentido. Mas gostaria que fosse pacificado tudo (com o PSL)", disse o presidente ao deixar Abu Dabi, pela manhã, no horário local, com destino ao Catar.

Questionado se ir para o Patriotas seria uma opção, ele respondeu que, apesar de gostar da legenda e ter cogitado se filiar antes do processo eleitoral, seria melhor formar uma nova agremiação. "Por enquanto eu não pretendo (sair do partido). Mas todas as possibilidades estão na mesa. Eu nunca saltei de paraquedas sem ficar com um paraquedas reserva", declarou.

##RECOMENDA##

Bolsonaro avaliou que a situação no PSL é "grave" e seguirá exigindo acesso e transparência nas contas da sigla. Em outro momento, chegou a dizer que o preferível no momento seria uma separação entre ele e o partido. "O ideal agora é como se fossem gêmeos xifópagos (ligados entre si por uma parte do corpo). É separar. Cada um segue seu destino."

Bolsonaro disse também que pretende interferir o mínimo possível nas eleições municipais de 2020. "Se eu fecho com alguém, começo a perder apoios, e não quero perder apoios. Tenho objetivo de governar o Brasil", afirmou.

O presidente também ironizou a possibilidade de candidatura à Presidência da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-líder do governo na Câmara. "Boa sorte para ela. É fácil!", reagiu. Ele reconheceu a atuação de Joice como líder do governo e acredita que ela "se precipitou" em razão do interesse de disputar a prefeitura de São Paulo. Sobre uma possível reconciliação entre os dois, afirmou que quem errou é que tem que procurar o outro.

Depois de militar 38 anos no PT, o ex-prefeito do Recife João Paulo se filiou, nesta sexta-feira (6), ao PCdoB. João Paulo deixou a legenda petista em meio a imbróglios internos diante da resistência de alguns setores petistas em aliar-se novamente ao PSB para a disputa eleitoral deste ano. O ex-prefeito estava na linha de frente de articulação para a reaproximação entre os partidos e havia sido cotado, inclusive, para ser candidato a vice-governador na chapa de Paulo Câmara.

João Paulo foi recebido com festa pelos membros do PCdoB, partido que nos últimos anos esteve na linha de frente de defesa tanto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto da ex-presidente Dilma Rousseff, ambos do PT. No evento de filiação, o ex-prefeito foi chamado de “guerreiro do povo brasileiro” pelos militantes e as lideranças comunistas, como a presidente nacional, deputada federal Luciana Santos, e o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira, exaltaram a chegada de um político que não muda de trincheira, mas de legenda. 

##RECOMENDA##

Diante do contexto que o país vive, e com os resquícios de insatisfação interna com o PT, João Paulo afirmou que pode contribuir mais estando no PCdoB do que permanecendo no antigo partido. “Não é fácil deixar um partido. Podemos comparar a vida de um casal que conviveu 38 anos. Foi uma experiência positiva para mim, mas posso contribuir com o PT estando no PCdoB”, declarou. 

Indagado se ficava algum tipo de fissura com a saída do PT, João Paulo negou. “Não aconteceu nada que tivesse trago constrangimento”, garantiu. “Teve o pedido de toda a executiva nacional [para que eu ficasse], mas achei que era o momento de sair, isso não quer dizer que todos os meus compromissos do partido  foram encerrados, vou lutar para que Lula seja candidato, mas tinha a necessidade de mudar de partido”, completou.

João Paulo também detalhou ter conversado durante mais de duas horas com o presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro, nessa quinta (5), antes de assinar a desfiliação do PT. E não quis se posicionar quando foi questionado se agora ficaria mais difícil o PT se aliar ao PSB para o pleito. 

“Não vou falar pelo PT, estou chegando agora ao PCdoB, vou conversar e discutir a conjuntura e decidir qual o melhor caminho para o povo pernambucano”, disse, também fazendo referência a possibilidade dele concorrer a algum cargo nas eleições. 

O movimento Livres vai anunciar na próxima segunda-feira (22), em coletiva marcada às 12h [horário de Brasília], como será a sua participação nas eleições deste ano. O grupo era ligado ao PSL e vinha sendo denominado como a "renovação" da legenda, mas deixou o partido depois que o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) anunciou que se filiará a agremiação para disputar à Presidência da República. 

O anúncio será feito pelo presidente interino do Livres, Paulo Gontijo. De acordo com ele, o movimento abriu diálogo com sete legendas e já tem 13 pré-candidaturas possíveis em diversos estados.

##RECOMENDA##

Em pronunciamento recente, Gontijo disse que o presidente do PSL, deputado federal Luciano Bivar (PE), “fez um cálculo no qual interessava mais ter o projeto do Bolsonaro no partido” do que o grupo que estava, segundo ele, promovendo uma renovação interna. 

“A gente estava construindo um projeto de médio e longo prazo, que já estava se viabilizando para além da cláusula de barreira, com a perspectiva de criar o legado político de um partido liberal. Porquê o Luciano abriu mão disso por um resultado mais imediato eu não sei”, observou.

Apesar do Livres ter cerca de 200 pessoas filiadas ao PSL, Bivar disse que o partido só teve a ganhar com a chegada de Jair Bolsonaro. Entre os que deixaram o PSL, está o próprio filho de Luciano, Sérgio Bivar. 

O senador Fernando Bezerra Coelho filiou-se ao PMDB na manhã desta quarta-feira (6). Durante o evento, que aconteceu na sede do partido em Brasília, o parlamentar afirmou que chega ao partido para reencontrar as “bandeiras” que defende e trazer para Pernambuco um “projeto de governo” que, segundo ele, será apresentado juntamente com um grupo que deve ser composto pelo PTB e o PSDB. Para isso, entretanto, ele deve encontrar o enfrentamento de nomes como o do deputado Jarbas Vasconcelos e do vice-governador Raul Henry que gerem o partido no estado e são aliados do governador Paulo Câmara (PSB), que buscará a reeleição. 

“Chego no PMDB para somar. Espero que os companheiros que fazem o PMDB de Pernambuco possam aceitar a nossa proposta de unirmos em torno da causa e da coesão interna do partido para que o PMDB unido possa atravessar este momento”, declarou sem citar nomes. “É verdade, temos um projeto para Pernambuco, mas não será de uma pessoa, um grupo ou partido. É o projeto de uma frente política. Certo que caberá ao PMDB um papel de destaque”, acrescentou, citando a presença do senador Armando Monteiro (PTB) e do ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), no ato de filiação. 

##RECOMENDA##

Com a postura de quem recebeu carta branca para conduzir o processo, Fernando Bezerra disse ainda que vai estar aberto “para um diálogo franco, aberto e transparente com as forças políticas do nosso estado” e pontuou que o movimento é para “poder ajudar o PMDB a conquistar governos estaduais, ampliar as vagas na Câmara e disputar vagas no Senado”. 

Até o momento, a intenção exposta pela direção local do partido era de manter a aliança com Paulo Câmara e concorrer ao Senado com Jarbas Vasconcelos. Nos bastidores também havia a especulação de que Fernando Bezerra deveria ocupar a direção do PMDB no estado, hoje gerido por Raul Henry. A reorganização não foi ainda oficializada, mas a postura do senador e do presidente nacional, senador Romero Jucá, tendem a isso. 

Pouco antes de Bezerra, Jucá chegou a dizer que o senador se filia no PMDB para organizar a disputa pelo Governo de Pernambuco. “Ele conversou com diversos partidos, mas fez a opção de vir ao PMDB para cumprir uma finalidade que é a preparação para disputar o Governo de Pernambuco. O PMDB está se reestruturando e vamos ter excelentes candidatos aos governos dos estados”, declarou. 

Reencontro de identidade

O embarque de Fernando Bezerra na legenda peemedebista acontece depois de uma série de desconfortos expostos com lideranças do PSB. Os imbróglios chegaram ao ápice com a postura do parlamentar a favor das ações do governo do presidente Michel Temer (PMDB) - no qual a legenda socialista se coloca como oposição. O movimento de ingresso ao PMDB se deu, de acordo com Bezerra, com o objetivo de “procurar me aproximar dos partidos com os quais nos identificamos com suas bandeiras programáticas, ideais e desejos para o futuro do Brasil”.  

“Apesar de todas as dificuldades, o PMDB teve a iniciativa de se apresentar com um projeto de ponte para o futuro, a defesa de reformas tão essenciais para que o Brasil possa se encontrar. Os primeiros resultados começam a aparecer, fizeram avançar aqui matérias importante para que o Brasil possa voltar a se reencontrar com o crescimento e a geração de empregos”, declarou o senador. 

Novo fôlego para um desejo de 2014 de disputar o governo

Como primícia de justificativa para a desfiliação, o senador disse que não havia mais “clima na legenda” por conta de processos internos que tramitavam contra parlamentares que, assim como ele, estariam apoiando Michel Temer. Diante disso, o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, disse que a “desfiliação é um ato pessoal e intransferível” e, ao contrário da insatisfação exposta por FBC com as contestações do partido, o dirigente também afirmou que não havia nenhum processo interno para punir o pernambucano. 

“A decisão foi política. Ele nunca foi notificado de processo algum. Os outros podem até falar disso, mas ele não. Sempre estive de portas abertas para o diálogo com todos. Também nunca falei em expulsão, são eles que falam, mas sempre deixei claro que o partido tem uma identidade e que não podemos mudar isso”, cravou.

Apesar do afastamento nítido com o alinhamento do PSB diante da gestão federal, o desconforto não é de hoje e se arrasta de forma sutil desde a eleição de 2014, quando o desejo de Bezerra de ser candidato a governador foi sufocado pela escolha de Eduardo Campos, que preferiu indicar o governador Paulo Câmara (PSB) ao cargo. 

Nos bastidores, de lá para cá episódios de racha interno entre os grupos liderados por Bezerra e pelo governador vez ou outra apareciam, enquanto isso também surgiam as especulações de que o senador estaria articulando para ocupar a liderança da majoritária em 2018, caso Câmara fracassasse na administração estadual. Em fevereiro deste ano, inclusive, o assunto tomou corpo, mas foi considerado “intriga” pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (PSB). 

PSB perde uma força no Sertão

Com o desembarque de Bezerra Coelho, que é um político com raízes eleitorais do Sertão de Pernambuco, o PSB também deve perder o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, e outros parlamentares ligados ao grupo. Estes, no entanto, devem aguardar a janela partidária para o desembarque, já que o partido não pode contestar o mandato do senador por ser um cargo majoritário. 

O impacto do desembarque, de acordo com o deputado Isaltino Nascimento (PSB), não pode ser mensurado numericamente agora, mas a legenda vai buscar outras forças para preencher as lacunas. 

“Sempre que a gente tem pessoas com participação política no partido [que se desfiliam] essa ausência é sentida. Tem contribuição, história, experiência… De fato não é algo bom. Mas muitas vezes a convivência no espaço político é dado pela identificação das ideias, chega um momento em que elas não estão mantidas em convergência”, observou. 

Indagado sobre o que o PSB perde eleitoralmente, o deputado disse que “não tem como aferir porque o voto muitas vezes não é apenas no grupo, mas também no arranjo político”. “Não tem como fazer uma mensuração agora. Sabemos que tem espaço, tem voto, mas não dá para se fazer uma medida na questão de percentuais”, frisou.

Em 2014, Fernando Bezerra Coelho foi eleito senador com 2.655.912 milhões de votos, quase o dobro do segundo lugar, o ex-prefeito do Recife, João Paulo.

Sem partido desde que anunciou o desembarque do PSB após ser derrotado na disputa pela prefeitura de Olinda, o advogado Antônio Campos estuda ingressar no Partido Podemos, a nova roupagem do PTN. Neste fim de semana, ele anunciou que recebeu o convite para fazer parte da legenda durante uma reunião com a presidente do Podemos, a deputada federal Renata Abreu, durante uma reunião em São Paulo. 

Antes de encontrar com Renata Abreu, o irmão do ex-governador Eduardo Campos já havia conversado com o deputado federal pernambucano Ricardo Teobaldo, que é presidente do Podemos no estado. Antônio Campos foi convidado por Renata a compor o Diretório Nacional e colaborar com o novo programa da legenda.

##RECOMENDA##

“Estou analisando com carinho o convite e em breve irei tomar uma decisão. O projeto político do Podemos é inovador, resgata sentimentos de esperança e sonhos, num país que passa por uma grave crise e passa por uma verdadeira depressão coletiva. Juntos podemos mudar e ajudar o Brasil”, afirmou o ex-pessebista.

Segundo ele, o senador Álvaro Dias que é pré-candidato a presidente da República pelo Podemos também apoiou o convite de filiação. A transição do PTN para o Podemos será oficializada durante um evento no próximo dia 1º de julho, em Brasília. Na ocasião, haverá uma solenidade com várias filiações, entre elas a de Álvaro Dias. 

Após meses namorando o PSOL, o ex-deputado federal Paulo Rubem Santiago decidiu oficializar a filiação à legenda. O evento será no dia 13 de março, a partir das 17h, na Câmara Municipal do Recife. Em março de 2016, Paulo Rubem deixou o PDT insatisfeito com a aliança da legenda em Pernambuco com o PSB. 

Na época, o ex-parlamentar era presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) no então governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) a quem, segundo ele, os “socialistas” faziam “oposição conservadora”.

##RECOMENDA##

O ato de filiação de Paulo Rubem será comandado pelo deputado estadual Edilson Silva, o vereador do Recife Ivan Moraes, e a presidente do PSOL em Pernambuco, Albanise Pires. Segundo a assessoria de imprensa do ex-parlamentar, os deputados federais Chico Alencar, Jean Willys, Ivan Valente, o presidente nacional da legenda, Luiz Araújo já confirmaram presença no evento. 

Perfil

Paulo Rubem Santiago é formado e leciona no curso de Educação Física da Universidade Federal de Pernambuco. Em 1976, começou a militar no movimento estudantil. Na área sindical foi um dos fundadores da CUT e sempre teve um trabalho voltado para a área de educação. 

Em 1979, Paulo Rubem foi eleito presidente da Associação dos Professores do Ensino Oficial de Pernambuco (Apenope), atual Sintepe. Foi diretor da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe). É um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT). Passou 28 anos no PT, saindo em 2007, quando se filiou ao PDT. Ele já foi vereador, deputado estadual e federal.

Foi lançado oficialmente nessa quinta-feira (28) o partido Frente Favela Brasil, com uma festa no Morro da Providência, a primeira favela do país. O coordenador da Frente no Distrito Federal, Anderson Quack, disse que o partido nasce da necessidade de dar visibilidade e oportunidade às favelas e à população negra do país.

“Hoje temos 52% da população negra no país. Temos 15 milhões de favelados, somos do tamanho da Bolívia, dentro das favelas o nosso PIB [Produto Interno Bruto] equivale à economia do Paraguai e não temos a devida atenção dos Poderes Públicos de nenhuma esfera, nem na instância municipal, estadual, nem na federal e nem nas instâncias do Poder Legislativo, Judiciário nem Executivo".

##RECOMENDA##

O lançamento é o primeiro passo para a formalização da legenda. Agora, será necessário apresentar a documentação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), colher as assinaturas de apoio e formar os diretórios regionais. A Frente já tem representação nas 27 unidades da federação. Segundo Quack, o partido não é nem de esquerda nem direita. “Vamos para a frente. Nem esquerdista, nem direitista, favelista”, definiu.

Cufa - Um dos principais incentivadores da iniciativa é o fundador da organização não-governamental Central Única das Favelas (Cufa), Celso Athayde. A entidade não faz parte oficialmente do núcleo político da Frente, mas apoia o projeto.

“A gente sempre quis apoiar algum partido que não apenas desse um espaço para o negro. Você tem por exemplo o Tucanafro, que é uma caixinha para os negros dentro do PDSB. Os negros estão em todos os partidos ali numa sala, mas eles não têm expressão, não fazem parte das cabeças. Quer dizer, na medida em que você é mais da metade da população, o espaço que existe para o negro na política é muito pequeno, e ele é responsável por isso, uma vez que ele não se organiza”, ponderou.

Segundo Athayde, fundar um partido que represente os negros e as favelas vai além da ideia de disputar espaços e espaços de poder apenas pelo poder. “É o poder pela possibilidade de você transformar a vida das pessoas. Então, a gente não quer apenas uma caixinha, a gente acha importante a existência de um partido de negro, e que não tenha só negros, mas que também tenha favelados. Um partido com recorte e um viés étnico e racial, porque não tem só negros na favela, mas pessoas de todo tipo de etnia. A gente acha que se a gente se organiza, a gente não fica apenas votando nas pessoas que não tem compromisso conosco e vem apenas em época de campanha”.

Um dos princípios do novo partido é o voluntariado, que vai atingir inclusive quem alcançar cargos eletivos. “Os parlamentares desse partido devolverão 50% do seu salário para a fundação do partido, que devolve para a sociedade a partir de um edital anual. A gente entende que o exercício parlamentar não é para ser feito por pessoas que querem fazer carreira na política, mas por pessoas que tenham comprometimento com a coletividade real”, disse Athayde.

O presidente da Cufa Global, Preto Zezé, ressalta que o movimento significa organização e empoderamento dos pretos e dos favelados, em um momento histórico de tomada de protagonismo nos processos políticos, antes delegadas a outras pessoas que falavam por essa parte da população.

“É um caminho que estamos construindo que é novo, apesar das demandas serem antigas, em que nós estamos apostando na potência e na criatividade, não somente num discurso trágico de problemas, mas na potência que esse novo Brasil tem. Não haverá um outro Brasil se ele não for apresentado para as favelas, não haverá um Brasil desenvolvido se não dividirmos as oportunidades e poder. Do contrário, vamos compartilhar as tragédias que essa desigualdade produz”.

Representação - Ativista do movimento negro e feminista, Eliana Maria Custódio disse que a Frente é uma oportunidade para as mulheres também serem incluídas na política de forma eficaz, já que hoje ocupam menos de 20% dos cargos apesar de serem 51% da população.

“Uma oportunidade de reverter esse quadro é a próxima eleição, mas até a Frente Favela Brasil ter condições de colocar uma mulher, de preferência uma mulher negra para disputar as eleições, a gente vai trabalhar para formar e fortalecer as mulheres dessa proposta. Quando as mulheres vão para dentro dos partidos políticos, para as cotas, elas não têm o mesmo respaldo financeiro, de investimento, de material que os homens, ou seja, elas estão indo para cumprir cotas. E para cumprir cotas não nos interessa. A gente quer ter o mesmo direito e o mesmo investimento financeiro que qualquer outro candidato do sexo masculino”, criticou.

O comunicador popular Enderson Araújo, membro do Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), não pode comparecer ao lançamento no Rio de Janeiro, mas contribuiu com a plataforma de juventude do partido. Segundo ele, a construção coletiva torna o projeto mais autêntico e inclusivo.

“Foi um processo totalmente colaborativo, construído por negros e negras de várias partes do Brasil e construído através da rede, principalmente, com poucas reuniões presenciais. A gente está vivendo um novo modelo, criando um novo modelo de se se fazer política, de se construir política, de apresentar política, porque as pessoas estão descrentes da atual política, não conseguem ter uma esperança no futuro com essa política que está posta”.

O ator Lázaro Ramos participou da festa no Morro da Providência e disse que observa e incentiva o movimento, apesar de não fazer parte formalmente do partido. “Acho que a gente precisa de novas ideias para a política brasileira, acho que é uma semente que está sendo plantada agora, que provavelmente só vai acontecer mesmo daqui a dois anos, porque é o tempo natural de se fundar um partido. Mas acho uma coisa muito importante quando tem um partido como esse, que pega uma parcela tão importante da sociedade, que não tem a sua voz devidamente escutada e resolve entrar no Congresso, entrar no Senado, para falar em nome dessa população”, elogiou.

A coleta de assinaturas de apoio para a criação do partido Frente Favela Brasil está prevista para começar em 20 novembro, Dia da Consciência Negra. Segundo Athayde, são necessárias 510 mil assinaturas, mas o movimento espera reunir 4 milhões.

A Rede Sustentabilidade divulgou, nesta quarta-feira (7), um balanço das filiações de políticos que exercem mandatos eletivos em todo o país. De acordo com o partido, em menos de quinze dias foram filiados 21 membros com mandatos de senador, deputado federal e estadual, prefeito e vereador.

Na Câmara dos Deputados, os parlamentares Miro Teixeira (RJ), Eliziane Gama (MA), Alessandro Molon (RJ), Aliel Machado (PR) e João Derly (RS) migraram para a legenda. Somando cinco deputados, a Rede já adquiriu prerrogativa de bancada. No Senado, a Rede conquistou o ex-psolista Randolfe Rodrigues (AP).

##RECOMENDA##

Entre os deputados estaduais, no Distrito Federal se filiaram Chico Leite, Cláudio Abrantes e Luzia de Paula. Além deles, o deputado estadual Luiz Castro (AM) também compõe o quadro de parlamentares do partido.

A legenda também tem nove vereadores, distribuídos em algumas cidades do país. Compõem essa lista Luiz Eustáquio (Recife), Jefferson Moura (Rio de Janeiro), Heloisa Helena (Maceió– AL), Evaldo Stanislau (Santos-SP), Lelo Pagani (Botucatu-SP), Jorge Bernardi (Curitiba – PR), Flávio Vicente (Maringá-PR), Glória Menegotto (Farroupilha-RS) e Nelson Souza (Macapá-AP).

A lista dos 21 políticos que exercem funções públicas se completa com dois ocupantes de cargos no Executivo. São eles o prefeito de Serra (ES), Audifax Barcelos, e o vice-prefeito de Macaé (RJ), Danilo Funke Leme.

Idealizadora do agora partido Rede Sustentabilidade, a ex-senadora Marina Silva (PSB) afirmou, nesta quarta-feira (23), que a nova legenda “é um esforço para atualizar a política”. Sob a ótica da ambientalista, a melhor forma de fazer isto é inserindo a “sustentabilidade no centro da discussão do desenvolvimento econômico do país”. 

“Rede é um esforço para atualizar a política e a questão mais urgente dessa agenda é a sustentabilidade política. Estamos perdendo muito daquilo que ganhamos na economia, na inclusão social, no meio ambiente e na própria democracia em função do atraso na política”, observa, em publicação na sua página pessoal no Facebook. 

##RECOMENDA##

Reafirmando teses expostas em seus discursos, a ex-senadora ressalta que para a reformulação programática dos governos e da política é necessário acabar com a “distribuição de pedaços do Estado”. “A Rede quer contribuir para que se retire da agenda política brasileira a composição de governos e de maioria no Congresso com base na distribuição de pedaços do Estado. Queremos que a governabilidade brasileira seja uma governabilidade programática, baseada em programa, em projeto e visão de país e não em projeto de poder pelo poder”, reforça.

A legalização da Rede Sustentabilidade foi autorizada na noite dessa terça (22) pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esta foi a segunda vez que o pedido foi julgado. Em 2013, o grupo não conquistou a autorização por falta de assinaturas de apoio.  

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando