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A China informou nesta segunda-feira (29) que adotará restrições de vistos a cidadãos americanos que se "comportaram de maneira ofensiva" a respeito a Hong Kong, uma medida anunciada antes da aguardada aprovação pelos legisladores chineses de uma polêmica lei nacional de segurança para a ex-colônia britânica.

"A China decidiu impor restrições de vistos a indivíduos americanos que se comportaram de maneira ofensiva em assuntos que envolvem Hong Kong", afirmou o ministério das Relações Exteriores.

Na sexta-feira (26), a administração do presidente americano Donald Trump anunciou que restringiria os vistos para um número não determinado de autoridades chineses por infringir a autonomia de Hong Kong.

Após as gigantescas manifestações do ano passado contra a influência de Pequim, o regime do presidente Xi Jinping anunciou no mês passado uma lei de segurança nacional em Hong Kong, mas a oposição democrática da ex-colônia considera a medida uma ferramenta para reduzir o movimento ao silêncio.

Sob o princípio "um país, dois sistemas", Hong Kong se beneficia desde seu retorno à soberania chinesa em 1997 de uma ampla autonomia, liberdade de expressão e justiça independente.

Mas a região semiautônoma é governada por um Executivo que tem integrantes vinculados a Pequim.

O governo dos Estados Unidos autorizou nesta quarta-feira (8) que as farmácias realizem testes de detecção de COVID-19 na população, incluindo o exame de anticorpos recentemente desenvolvido que revela se a pessoa já se recuperou da doença.

O secretário federal de Saúde, Alex Azar, anunciou que todos os testes autorizados pela agência americana de controle do setor farmacêutico e alimentício (FDA) a partir de agora poderão ser realizados por farmacêuticos, o que amplia o leque de medidas para monitorar e combater a pandemia nos EUA.

"A administração Trump está dando aos farmacêuticos a oportunidade de desempenhar um papel mais importante na resposta ao COVID-19, ao lado dos heroicos trabalhadores da Saúde dos Estados Unidos", disse Azar.

Quando a pessoa está infectada com o novo coronavírus, um simples teste com algodão com secreção do nariz ou da garganta pode confirmar se o vírus está ativo em seu corpo.

Após o período de contaminação, é possível analisar o sangue da pessoa em busca de anticorpos específicos. Este tipo de teste permite saber se houve infecção pelo coronavírus, inclusive assintomática, como é comum. Quando o sistema imunológico encontra o vírus, o guarda em sua memória em forma de anticorpos.

Nesta quarta-feira, em Washington, um laboratório privado anunciou a venda de um teste de serologia com resultado em 15 minutos, ao custo de 290 dólares.

Os Estados Unidos comemoraram nesta quinta-feira a libertação de dois americanos presos no Irã e Líbano, e reiteraram que a libertação de seus prisioneiros no exterior é uma prioridade do governo.

A libertação mais simbólica foi a do ex-militar Michael White pelo Irã, em um momento de forte tensão entre Washington e Teerã. O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, anunciou que White foi libertado hoje graças a uma autorização por motivos "médicos e humanitários", sob a condição de não deixar o país.

White estava detido desde 2018 no Irã, onde foi capturado enquanto visitava a namorada. A Justiça local o condenou a 13 anos de prisão em março de 2019, por insultar o aiatolá Ali Khamenei, guia supremo do Irã, e por ter divulgado fotos pessoais nas redes sociais, segundo seu advogado.

O presidente Donald Trump também anunciou a libertação de Amer al-Fakhoury, americano-libanês preso por mais de seis meses no Líbano acusado de tortura, que está "a caminho" dos Estados Unidos. Ex-integrante de uma milícia pró-Israel, Fakhoury exilou-se há mais de 20 anos nos Estados Unidos. Ao retornar ao Líbano, em setembro, foi preso e processado pela Justiça militar.

"Trabalhamos muito duro para libertá-lo", disse Trump durante entrevista coletiva sobre a crise do novo coronavírus. "Agradeço ao governo libanês por trabalhar conosco. Com câncer em estágio avançado, Fakhoury poderá, agora, ter a família a seu lado", continuou Trump, afirmando que "a libertação de americanos presos no exterior" é uma das prioridades do seu governo.

Fakhoury era membro do antigo Exército do Sul do Líbano (ESL), milícia cristã predominantemente armada e financiada por Israel que ocupou o sul do Líbano até o ano 2000. Segundo uma fonte militar, ele foi condenado à revelia por "colaboração" com Israel. Ao seu retorno, um tribunal militar o acusou de ter ordenado atos de tortura contra detidos na prisão de Kiam, administrada pelo ESL.

Ex-detidos, principalmente libaneses e palestinos, manifestaram-se em setembro ante o Ministério da Justiça em Beirute acusando-o de ter sido um "carniceiro".

A Anistia Internacional e outros grupos de defesa dos direitos humanos acusaram reiteradamente o ESL de torturar seus prisioneiros. Nos Estados Unidos, foi organizada uma campanha para defendê-lo, principalmente por iniciativa da senadora democrata Jeanne Shaheen, que comemorou hoje a sua libertação.

O secretário americano de Estado, Mike Pompeo, instou nesta terça-feira (10) o Irã a libertar todos os prisioneiros americanos devido ao risco da epidemia do novo coronavírus. "Os relatos de que o COVID-19 está se expandindo nas prisões iranianas são muito preocupantes", disse Pompeo.

"Os Estados Unidos vão considerar o regime iraniano diretamente responsável por qualquer morte de cidadão americano e nossa resposta será decisiva", advertiu Pompeo.

O secretário de Estado considerou ainda que a detenção de americanos em meio à "crescente deterioração das condições" carcerárias "é um atentado à dignidade humana mais elementar".

Nesta terça-feira, o relator da ONU para os Direitos Humanos no Irã, Javaid Rehman, disse que a resposta de Teerã ao coronavírus, incluindo a libertação temporária de 70 mil prisioneiros, foi um pouco tardia.

O funcionário avaliou que o Irã está tratando de "maquiar" o avanço da epidemia, controlando a informação sobre o número de óbitos no país. O Irã comunicou nesta terça-feira 54 novos óbitos, o dia com o maior número de mortos desde o início da epidemia no país.

No total, o novo coronavírus já infectou 8.042 pessoas e matou 291 no Irã.

O governo dos Estados Unidos retirou nesta segunda-feira (17) centenas de americanos do cruzeiro em quarentena no Japão, onde continua aumentando o número de infectados pelo novo coronavírus, que já matou 1.770 pessoas na China.

Quase 300 americanos embarcaram ao lado de suas famílias em dois aviões: o primeiro pousou na Califórnia às 7h29 GMT (4h29 de Brasília), enquanto o segundo deve aterrissar nas próximas horas no Texas. Os repatriados serão submetidos a uma quarentena de 14 dias, período de incubação do novo coronavírus.

Entre os que retornaram aos Estados Unidos estão 14 casos positivos - de pessoas cujos resultados dos exames chegaram apenas no decorrer da operação de retirada -, anunciou o Departamento de Estado americano. Os infectados foram isolados dos demais passageiros no avião.

Em paralelo, ao menos 40 americanos que foram infectados a bordo do cruzeiro "Diamond Princess" estão hospitalizados no Japão, segundo Washington. Mais de 350 cidadãos dos Estados Unidos estavam a bordo do navio, mas nem todos aceitaram sair do cruzeiro.

Outros governos, como Austrália e Itália, anunciaram a intenção de repatriar seus cidadãos. Hong Kong também expressou o desejo de retirar quase 330 pessoas do território o mais rápido possível. O Canadá tomou a mesma decisão para 250 canadenses.

Fora da China, o principal foco de infecção da epidemia no mundo continua sendo o "Diamond Princess", que foi colocado em quarentena com 3.711 pessoas a bordo no início de fevereiro no porto de Yokohama.

De acordo com o balanço mais recente divulgado pela imprensa local, que cita fontes do Ministério japonês da Saúde, ao menos 454 pessoas que viajavam no navio foram infectadas. Os pacientes com resultado positivo para a doença são levados para hospitais do Japão.

Durante a quarentena, os passageiros devem permanecer em suas cabines. Até o momento, 1.723 foram submetidos a exames para detectar o vírus.

A epidemia de COVID-19 matou 105 pessoas nas últimas 24 horas na China continental, o que eleva para 1.770 o número de vítimas fatais no país desde o surgimento da epidemia viral em dezembro em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), anunciaram as autoridades chinesas nesta segunda-feira.

Fora da China continental, cinco mortes foram registradas (uma nas Filipinas, uma em Hong Kong, uma no Japão, uma na França e uma em Taiwan), o que eleva o número de vítimas fatais para 1.775 no mundo.

O número de contagiados chega a 70.500 na China, e a quase 800, em 30 países e territórios.

- Celebrações canceladas -

Fora da China, depois de Singapura (75 casos), o Japão é o país mais afetado do mundo pela epidemia. Além dos casos no cruzeiro "Diamond Princess", as autoridades nipônicas informaram sobre 60 portadores do coronavírus em diferentes regiões do país.

O ministro da Saúde, Katrsunobu Kato, advertiu no domingo (16) que o Japão entrava em uma "nova fase" da infecção viral, depois que o país passou a constatar a cada dia casos adicionais entre pessoas que não viajaram para a China e que não estiveram em contato com visitantes procedentes deste país.

O ministro pediu aos japoneses que evitem reuniões e locais movimentados. O receio provocado pelo coronavírus provocou o cancelamento da cerimônia pública de aniversário do imperador Naruhito, assim como da maratona de Tóquio para atletas amadores.

Em outros países, a preocupação aumenta, depois que uma americana que viajava no cruzeiro "Westerdam" apresentou resultado positivo para o novo coronavírus. O navio atracou na semana passada no Camboja com 2.200 passageiros e membros de tripulação, após a recusa de cinco portos asiáticos.

Mais de 1.200 dos 1.455 passageiros desembarcaram. Alguns permaneceram em Phnom Penh e serão submetidos a exames antes da repatriação, enquanto outros deixaram o Camboja em voos comerciais com destino a seus países. Muitos deles seguiram via Malásia, onde a americana foi diagnosticada.

Em Pequim, especialistas enviados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) iniciaram reuniões com os colegas chineses.

- Parlamento chinês -

O número diário de novas mortes cresce na China, mas a um ritmo menor nas últimas 72 horas (105 na segunda-feira, contra 142 no domingo e 143 no sábado). O balanço diário de infectados aumenta moderadamente.

Em visita ao Paquistão, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse confiar em que os "esforços gigantescos da China permitirão o retrocesso progressivo da doença".

O Parlamento chinês avalia a possibilidade de adiar a sessão plenária de dez dias, o grande evento anual do regime comunista, prevista para começar em 5 de março.

Nesta segunda-feira, o Banco Central da China reduziu a taxa de juros para os empréstimos de um ano aos estabelecimentos financeiros, com o objetivo de estimular a recuperação da economia, paralisada pelo coronavírus.

O salão do automóvel de Pequim, que aconteceria de 21 a 30 de abril, será adiado devido à epidemia, anunciaram os organizadores.

A epidemia pode ter um efeito negativo no crescimento mundial em 2020, segundo a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, que mencionou uma perda de entre 0,1 e 0,2 ponto percentual.

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Dois soldados americanos foram mortos e seis outros foram feridos no sábado (8), durante um ataque cometido por um soldado afegão no leste do Afeganistão, evidenciando a insegurança neste país em guerra há 18 anos.

"As informações atuais indicam que um indivíduo usando uniforme afegão abriu fogo com uma metralhadora contra um grupo de soldados americanos e afegãos", declarou neste domingo o porta-voz das forças americanas no Afeganistão, Sonny Leggett.

Ele já havia confirmado que esses soldados haviam recebido "tiros diretos" na província de Nangarhar. Segundo o ministério afegão da Defesa, um soldado afegão também foi morto e três membros das forças de segurança da província feridos.

O ministério indicou que uma investigação está em andamento e garantiu que prosseguirá com os Estados Unidos a luta contra o "terrorismo". O governador da província, Shah Mahmood Meyakil, disse em uma mensagem em áudio à imprensa que três soldados afegãos ficaram feridos.

Ele afirmou que não estava claro se o incidente foi um ato deliberado de uma pessoa "infiltrada" ou se foi um acidente. "Não houve confronto entre as forças. Estamos investigando", disse Meyakil.

O porta-voz das forças americanas também declarou que o motivo do ataque era desconhecido no momento. Não houve reivindicação do ataque.

O porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, não quis comentar o ataque, dizendo em uma mensagem à AFP que seu grupo estava "investigando".

Em um tuíte, o 7º Grupo de Forças Especiais do Exército americano apontou que vários de seus soldados foram mortos ou feridos.

O ano passado foi o mais mortal para as tropas americanas no Afeganistão desde o final oficial das operações de combate em 2014.

- Negociações complexas -

Em dezembro, talibãs se infiltraram nas fileiras das forças armadas afegãs e mataram nove soldados afegãos no centro do país.

Em julho, um soldado afegão matou dois soldados americanos em uma base militar afegã no sul da província de Kandahar.

O incidente ocorreu semanas depois que outro soldado afegão matou um coronel do exército afegão na província de Ghazni.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou no Congresso na terça-feira seu desejo de retirar os soldados americanos do Afeganistão, insistindo que o seu país não tem vocação para manter a ordem em território afegão.

"No Afeganistão, a determinação e o valor de nossos combatentes nos permitiram fazer enormes progressos e as negociações de paz estão em andamento", disse ele durante seu discurso sobre o Estado da União.

"Não é nosso papel servir de agente de manutenção da ordem para outros países", acrescentou, reafirmando seu desejo de "acabar com a guerra americana mais longa e trazer de volta nossas tropas para casa".

"Estamos trabalhando para acabar com as guerras americanas no Oriente Médio", disse ele.

Os Estados Unidos negociam há um ano e meio com o Talibã um acordo que deve permitir que o exército americano inicie uma retirada gradual em troca de garantias na luta contra o terrorismo e a abertura de conversas diretas de paz sem precedentes entre os insurgentes islamitas e o governo de Cabul.

Mas a assinatura desse texto, iminente no início de setembro, foi cancelada no último minuto por Donald Trump, depois de um ataque que matou um soldado americano.

As discussões foram retomadas em Doha, no Catar, mas parecem esbarrar na exigência americana de uma redução significativa da violência por parte dos rebeldes.

Três bombeiros americanos morreram nesta quinta-feira (23) na queda de seu avião no sudeste da Austrália, onde os incêndios avançam em função dos ventos e de um novo aumento nas temperaturas. 

Os incêndios florestais que devastam esta região da Austrália há semanas perderam força nos últimos dias, graças às chuvas e à queda das temperaturas. A batalha contra o fogo se intensificou nesta quinta-feira, porém, principalmente contra sete focos. 

Em um deles, localizado nas Montanhas Nevadas, em Nova Gales do Sul, trabalhava o Hércules C-130, com o qual o contato foi perdido no início da tarde. As autoridades australianas confirmaram logo depois que o avião caiu cerca de 120 quilômetros ao sul de Camberra, e os três americanos a bordo morreram.

As causas deste acidente ainda são desconhecidas, mas o chefe dos bombeiros das zonas rurais de Nova Gales do Sul, Shane Fitzsimmons, mencionou pouco antes que as condições de trabalho para esses aviões eram "muito complicadas", devido ao vento.

O ministro dos Serviços de Emergência da Austrália, David Littleproud, disse que a tragédia ilustra os perigos que os bombeiros estão dispostos a enfrentar para proteger a população.

As autoridades anunciaram que as bandeiras seriam hasteadas a meio pau até sexta-feira, em Nova Gales do Sul, em homenagem a esses três bombeiros. Com essas mortes, o número de vítimas fatais sobe para 32 desde o início dos incêndios na Austrália.

Os três americanos tinham muita experiência nesse tipo de situação e trabalhavam para a empresa canadense Coulson Aviation, contratada para ajudar a Austrália no combate às chamas.

A empresa decidiu manter todos os seus aviões aterrados após o acidente. O apoio aéreo nas tarefas de combate a incêndios é essencial, embora a principal força seja a de um batalhão de bombeiros e voluntários em terra.

Para esta quinta, os serviços meteorológicos australianos previram ventos de cerca de 90 km/h na região. Fitzsimmons comentou que eles eram mais fortes no momento do acidente.

"Estamos tentando encontrar aviões e helicópteros maiores, mas é difícil. É muito perigoso para que voem", disse.

A temporada de incêndios florestais está sendo especialmente difícil este ano na Austrália, devido à seca, alimentada principalmente pelas mudanças climáticas.

Desde setembro, uma área de mais de 100.000 km2, ou seja, maior do que um país como Portugal, foi devastada pelas chamas. Mais de 2.000 casas foram destruídas, e 1 bilhão de animais morreram nos incêndios.

Na semana passada, o tempo mudou abruptamente. Houve tempestades de areia, chuvas fortes e até granizo.

A chuva foi recebida com alívio por moradores e bombeiros e permitiu que alguns incêndios fossem sufocados. Ao mesmo tempo, complicou a tarefa de limpeza de certas áreas.

Na sexta-feira, as temperaturas devem cair novamente, mas "a temporada de incêndios não terminará em Nova Gales do Sul até o final de março", alertou Fitzsimmons.

Os Estados Unidos podem encarar um longo conflito no Oriente Médio. Há cerca de 80 mil militares americanos na região, espalhados por 27 bases e instalações distribuídas em 12 países - bem equipados e com apoio pesado, representado pela presença de um, e as vezes dois porta-aviões nucleares, acompanhados de destróieres, cruzadores e quase sempre por um submarino de ataque.

Nessa conta, feita em setembro pelo Centro de Estudos Estratégicos, de Washington, não entram os complexos relativamente próximos mantidos no Afeganistão e no Paquistão. O mapa do sistema abrange o Bahrein (3 unidades), Djibuti (1), Egito (1), Iraque (1), Israel (2), Jordânia (1), Kuwait (4), Omã (6), Catar (2), Arábia Saudita (1), Turquia (2) e Emirados Árabes (3).

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O Pentágono faz um rodízio constante no efetivo para combater o estresse. O número nunca é inferior a 65 mil. No território iraquiano o contingente permanente tem sido mantido na faixa de 5,1 mil soldados. Donald Trump ordenou o envio de outros 3,5 mil.

As armas atômicas, 50 delas, ficam estocadas na Turquia, em uma célula de alta segurança da base de Incirlik. São do tipo B61-12, pequenas e com a tecnologia atualizada pela última vez há mais de 20 anos - mas são 10 vezes mais potentes que a lançada sobre Hiroshima, em 1945.

No gigantesco conjunto dos Emirados Árabes, a base aérea de Al-Dhafra hospeda a 380.ª Ala Expedicionária da Força Aérea americana. A frota transferida de Plattsburgh, Nova York, abrange grandes jatos KC-10 com capacidade de realizar reabastecimento em voo, drones do tipo RQ-4 Global Hawk, aviões de alerta avançado e controle E-3 Sentry, aeronaves de espionagem U-2 Dragon Lady e um esquadrão dos caças F-22 Raptor, tão avançados que não podem ser exportados.

Uma lei federal protege suas características de baixa visibilidade aos radares e sensores de rastreamento. É uma máquina cara: o programa de desenvolvimento custou US$ 68 bilhões. Os exemplares dos lotes finais dos 187 jatos operacionais produzidos saíram por US$ 167 milhões - preço estimado. Desde os anos 80, diversos presidentes americanos teriam investido entre US$ 7 bilhões e US$ 11 bilhões em obras na rede de instalações. Em certos casos, o dinheiro produziu efeitos no setor civil. O aeroporto de Muscat, em Omã, serve às linhas comerciais e também à aviação militar.

As bases americanas seriam os alvos prioritários de uma eventual represália do Irã ao bombardeio que matou o general Qassim Suleimani, na sexta-feira. Segundo o general Hussein Dehgahn, assessor de segurança do aiatolá Ali Khamenei, "a América agiu diretamente contra nós, e nós reagiremos diretamente contra a América." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um grupo de mórmons norte-americanos foi alvo de uma emboscada no México, informou a imprensa local. Ao menos nove pessoas morreram, sendo que algumas teriam sido queimadas vivas. O ataque ocorreu na segunda-feira (4). 

O grupo, membros da família Le Barón, viajava em três carros por Rancho de la Mora, entre Chihuahua e Sonora, perto da fronteira com os Estados Unidos, quando caiu em uma emboscada de homens armados, que atiraram contra os veículos.

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De acordo com o procurador de Chihuahua, César Augusto Peniche, ao menos nove vítimas foram confirmadas, mas o número total ainda é incerto, pois algumas pessoas estão sendo consideradas como desaparecidas.

Entre as vítimas, há quatro crianças, sendo dois gêmeos recém-nascidos de seis meses. Todas faziam parte da comunidade religiosa dos mórmons e desempenham trabalhos missionários no México. A família vivia no país há duas décadas.

Em um dos carros, foram encontrados os corpos de uma mãe e de seus quatro filhos. Outros dois automóveis foram encontrados pela polícia em uma zona mais distante, mas também com duas mulheres e duas crianças.

Cerca de cinco ou seis crianças teriam conseguido fugir. Outras pessoas do grupo, porém, como uma adolescente, teriam corrido para uma mata e estão desaparecidas.

A polícia mexicana suspeita que carteis de droga estejam envolvidos com o crime e que a família tenha sido confundida. No entanto, membros da família são ativistas e fazem campanha contra grupos criminosos de Sonora e Chihuahua.

Esse não é o primeiro caso em que um Le Barón é assassinado no México: em 2009, Benjamin Le Barón, que era um ativista anticrime, foi morto em Chihuahua.

Da Ansa

Militares americanos e turcos iniciaram, neste domingo (8), patrulhas conjuntas no nordeste da Síria, em um setor que deve se transformar, com o tempo, em uma "zona de segurança", graças a um acordo entre ambos os países.

Seis veículos blindados turcos cruzaram a fronteira rumo à Síria e se uniram a tropas americanas para sua primeira patrulha conjunta. O movimento acontece no âmbito de um acordo concluído em 7 de agosto passado.

Os blindados turcos e americanos se deslocaram vários quilômetros para o sul do território sírio, antes de se dirigirem para o oeste, observou um fotógrafo da AFP.

A patrulha terminou seu trabalho por volta do meio-dia (horário local), com o retorno da unidade turca para casa.

O acordo entre Turquia e Estados Unidos prevê a criação de uma zona de segurança entre a fronteira turca e as zonas sírias controladas pelas milícias curdas Unidades de Proteção Popular (YPG), ao leste do rio Eufrates.

O apoio americano a estas milícias curdas foi um dos maiores desafios entre Ancara e Washington, já que ambos fazem parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

"Aplicamos o acordo e não vemos qualquer problema, desde que sirva para evitar a guerra", disse à AFP Riyad Al Jamis, chefe do conselho militar das Forças Democráticas Sírias (FDS), integradas majoritariamente por milícias curdas.

No final de agosto, os curdos começaram a se retirar da fronteira turca, eliminando barreiras de terra e retirando algumas das unidades das YPG.

- Discrepâncias sobre 'zona de segurança -

Recentemente, Washington e Ancara criaram um centro de operações conjuntas para a coordenação do estabelecimento da "zona de segurança".

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, assegurou que o presidente americano, Donald Trump, havia prometido a ele que a zona tampão terá 32 quilômetros de extensão.

Erdogan também ameaçou iniciar uma operação militar no nordeste da Síria, se a Turquia não conseguisse controlar essa "zona de segurança".

Desde 2016, a Turquia lançou duas operações no norte da Síria contra as YPG e ameaçou, várias vezes, lançar uma terceira.

Ainda que se desconheça a extensão exata e a data, em que a zona tampão será estabelecida, Erdogan disse estar "determinado" a que seja antes do final de setembro.

Com a criação da "zona de segurança", Ancara espera que sejam instalados ali uma parte dos 3,6 milhões de refugiados sírios que vivem hoje na Turquia.

"Embora façam patrulhas conjuntas, não há uma opinião compartilhada sobre a função da zona de segurança", explica Nicolas Danforth, do German Marshall Fund of the United States.

Para Danforth, enquanto os Estados Unidos desejam preservar a autonomia das milícias curdas, a Turquia quer acabar com elas.

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Chamada de "os invisíveis" ou "os outros sonhadores", uma geração única começa a ser formada no México mostrando que o problema migratório com os EUA vai além de um muro. Estudos mostram que os americanos filhos de mexicanos ou casais mistos - americanos e mexicanos - levados para o México mais que dobraram entre 2000 e 2015. Hoje, são quase 600 mil menores de 18 anos nascidos nos EUA.

O número se destaca quando comparado com o total da população de mexicanos nascidos no exterior que vive no país: apenas 1,2 milhão em um universo de 127 milhões de habitantes.

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Essa geração de jovens que tem passado por grande desafio de integração à sociedade mexicana é resultado de um retorno em massa que os imigrantes mexicanos experimentaram nos anos anteriores à chegada do presidente Donald Trump ao poder.

Ainda que haja outros fatores, as principais explicações, segundo Claudia Masferrer, professora do Centro de Estudos Demográficos, Urbanos e Ambientais do Colégio de México, são a crise financeira de 2008 nos EUA e o grande número de deportações durante o governo Barack Obama.

Sem emprego, muitas famílias decidiram voltar para seu país. Algumas deixaram seus filhos com parentes nos EUA, mas outras levaram esses americanos que, em muitos casos, nem sequer falavam espanhol.

Claudia explicou, em entrevista ao Estado, que esses jovens têm passado por vários problemas de adaptação. Em muitos casos, sem documentos de identificação mexicano ainda, eles não conseguem ter acesso, por exemplo, às escolas.

Estima-se que eles representem 3% dos estudantes das escolas públicas do México. Segundo a professora, que teve como base os últimos censos para elaborar seu estudo (em parceria com outras duas pesquisadoras), a dificuldade é esclarecer a toda a rede de ensino, incluindo dos lugares mais remotos, a situação dessas crianças. "Essas crianças e jovens estão espalhados por todo o país", afirma Claudia.

Escola na fronteira

Por esse motivo, grande parte das famílias decidiu viver na região de fronteira entre México e EUA. Assim, os filhos americanos das famílias mexicanas podem continuar frequentando escolas nos EUA, uma realidade que observadores afirmam estar longe da ideal. Em uma reportagem da revista California Sunday Magazine de janeiro, a professora de sociologia do Colegio de la Frontera Norte Maria Dolores Paris Pombo afirmou que são estudantes que não conseguem se adaptar ao México e, ao mesmo tempo, não pertencem aos EUA. "É uma geração que foi deixada no meio", afirmou ela à revista.

As implicações de se ter famílias e estudantes transnacionais, segundo Cláudia, é apenas mais uma prova de como os dois países estão integrados em diferentes aspectos, não só na economia, mas com suas populações.

E apesar de toda a crise migratória criada na fronteira dos EUA com o México sob o governo Donald Trump - atingindo principalmente imigrantes da América Central -, o problema para os mexicanos foi maior nos anos Obama, segundo ela. Em seus oito anos de governo, Obama deportou 3 milhões de imigrantes mexicanos.

"Trump tem feito muito barulho na mídia, mas Obama deportou um número muito maior de mexicanos. Mais até que os governos passados e não sabemos o por quê", disse.

Ainda que os números do governo democrata tenham sido muitos maiores, a especialista afirma que hoje o temor de ser deportado nas comunidades de imigrantes é muito maior. "O dia a dia das pessoas mudou demais porque elas sentem que serão deportadas a qualquer momento, mesmo que não estejam presas." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ao pousar na Lua em 1969, os americanos Neil Armstrong e Buzz Aldrin pisaram com seus próprios pés no astro que alimentou as fantasias da humanidade por anos.

"Um imaginário envolvendo a lua muito poderoso atravessou os séculos, até que o sonho se tornou realidade", resume o astrofísico Jean-Pierre Luminet.

Seja na literatura, na poesia ou no cinema, o satélite da Terra foi objeto por mais de 15 séculos, desde a antiguidade até a década de 1940, de expedições imaginárias, cada vez mais fantasmagóricas.

À Lua se viajou em uma onda durante uma tempestade em "História Verdadeira" de Luciano de Samósata no século II; com a ajuda do orvalho em "Viagem à Lua" de Cyrano de Bergerac, em 1657; ou mesmo em um barco voador em "As Aventuras do Barão de Münchhausen", em 1785.

E nela estavam os demônios de "Somnium", do astrônomo alemão Johannes Kepler (1634); cogumelos gigantes, como no filme poético de Méliès "Viagem à Lua", de 1901; e selenitas (o nome dos supostos habitantes do satélite terrestre) que viviam na Lua de H. G. Wells em "Os primeiros homens na Lua".

Mas tudo tem seu fim: a realidade finalmente alcançou a ficção científica, que se revelou racional e premonitória em obras como "Da Terra à Lua", de Jules Verne (1865), onde se menciona a propulsão, ou no filme "A Mulher na Lua", de Fritz Lang (1929), e a história em quadrinhos "Rumo à Lua: as aventuras de Tintim", de Hergé (1950), em que apareceram os foguetes.

"Desde os anos 1930-1940, os avanços na indústria aeroespacial começaram a se concretizar. A viagem à lua passou a ser algo verossímil e o imaginário lunar ganha contornos claros", explica Natacha Vas Deyres, professora de Letras da Universidade de Bordeaux-Montaigne.

E mais ainda, depois de "percebemos que a Lua era um astro completamente morto, que não havia muito o que fazer, exceto, é claro, avanços científicos", diz Jean-Pierre Andrevon, escritor de ficção científica.

É neste momento que Marte assume a dianteira, com obras como "As Crônicas Marcianas", do americano Ray Bradbury (anos 1940), "Life on Mars?", o sucesso de David Bowie escrito no final dos anos 1960, a trilogia sobre Marte de Kim Stanley Robinson dos anos 1990 ou ainda "Perdido em Marte" de Ridley Scott, em 2015.

- 1969, entrada na cultura pop -

"À medida que exploramos, expandimos os lugares onde situamos coisas extraordinárias", explica o astrofísico Roland Lehoucq, presidente do festival internacional de ficção científica Les Utopiales.

Em 20 de julho de 1969, o grande passo para a humanidade terminou com o imaginário lunar?

De maneira nenhuma: "Depois de 1969, a Lua se tornou um objeto da cultura pop, dos mangás, das séries de televisão...", comenta Natacha Vas-Deyres, que cita a série "Espaço: 1999" (1975-1977), "uma verdadeira série que marcou o imaginário da ficção científica".

"E a aventura continua" com Grendizer (de 1975 a 1977), "o mais poderoso dos robôs" e o primeiro mangá animado. A Lua se torna um campo militar extraterrestre que deve ser destruído.

E mesmo se viajar para a Lua já não faz sonhar a tantos, o satélite não deixou de ser um solo fértil para alguns autores.

"Nós passamos a fantasiar com uma Lua cheia de homens vivendo sob cúpulas, em bases pressurizadas, etc. O que todo mundo tem em suas cabeças é a parte lunar de '2001: Uma Odisseia no Espaço' (1968), de Stanley Kubrick", lembra Jean-Pierre Andrevon.

Outros fantasiam com o lado oculto, como Pink Floyd e seu "The Dark Side Of The Moon" (1973), o álbum mais vendido do grupo.

A Lua também oferece a possibilidade de imaginar o futuro da Terra. O astro explode por causa dos experiências militares de Georges-Jean Arnaud nos quadrinhos "La Compagnie des glaces) (1980-2005) e nos convida a refletir sobre a clonagem e inteligência artificial no filme "Moon" DE Duncan Jones ( 2009) e sobre o colonialismo em "Revolta na Lua" (Robert A. Heinlein, 1966).

"Na ficção científica, independente do que façamos ou onde vamos, mesmo nas galáxias mais distantes, sempre colocamos problemas terrestres: a diferença, a luta pelo poder, a guerra, a colonização...", aponta Jean-Pierre Andrevon.

Algumas questões estão se somando como a mudança climática e o fim da civilização "desde que nos tornamos seriamente conscientes do que nos espera", acrescenta o escritor.

Centenas de manifestantes participaram neste sábado da "Marcha pela Ciência" em Washington e em outras cidades dos Estados Unidos. Trump se classificou como um "gênio muito estável", mas Isaac Newton, no caso um manifestante vestido como o pai da teoria da gravidade, não concorda.

"Conhecendo muitos gênios, e sendo eu mesmo um deles, me atreveria a dizer que essa foi uma afirmação bastante pretenciosa de sua parte", diz "Newton", na realidade Dean Howarth, um professor de física de uma escola em Virgínia.

Os manifestantes em Washington, pediam uma "mudança tangível" e uma "maior prestação de contas dos funcionários públicos para promulgar políticas baseadas em evidência", segundo os organizadores.

Muitos dos participantes levavam mensagens mais simples e diretas, em implícita crítica a Trump, que anunciou a retirada dos Estados Unidos do acordo de Paris sobre o clima, apoia a indústria do carvão e busca desmontar várias regulações ambientalistas. Além disso, Trump ainda não nomeou seu principal assessor em matéria científica.

"Make America Smart Again" ("Façamos os EUA inteligentes novamente"), se lia no cartaz de um manifestante, em contrapartida evidente ao slogan de campanha do magnata republicano "Make America Great Again" ("Façamos os Estados Unidos grandes novamente").

Do outro lado do país, em Los Angeles, um manifestante reiterava a mensagem: "Sem a ciência é somente ficção" dizia o cartaz.

De mosquetes a metralhadoras, os americanos têm com as armas de fogo uma relação tão antiga, e complicada, como a do próprio país. Essa relação íntima com as armas tem sido analisada depois do pior massacre civil da história recente dos Estados Unidos, que deixou 58 mortos em Las Vegas.

Os Estados Unidos surgiram após uma violenta rebelião contra a Inglaterra, marcada por uma terrível guerra civil, com uma população indígena dizimada, e foram construídos sobre os relatos de rudes heróis do Oeste selvagem.

As armas fazem parte da história da nação.

"Não acho que o nosso amor pelas armas seja único no mundo, mas claramente os americanos são fascinados pelas armas e amamos nossas armas", disse Adam Winkler, autor de "Gunfight: The Battle Over the Right to Bear Arms in America" (Troca de tiros: a batalha pelo porte de armas na América, em tradução livre).

"Acho que, em parte, poderia provir do fato de que somos um país que idealiza a fundação, na qual revolucionários armados decidiram lutar contra um governo tirânico", assegurou Winkler, professor de Direito Constitucional na Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA). "Também somos uma nação cuja identidade está muito mais vinculada a coisas como o Oeste selvagem e a fronteira, nos quais definitivamente havia uma cultura das armas", disse à AFP.

"A arma tem um lugar mais ou menos central na mitologia nacional", concorda A.J. Somerset, cujo livro "Arms: The Culture and Credo of the Gun" também analisa a posse de armas nos Estados Unidos. "Toda a mitologia proveniente da revolução americana coloca o rifle no centro", opina Somerset, proprietário de armas e ex-membro das Forças Armadas do Canadá.

- 'A arma era uma ferramenta' -

"Em meados do século XIX tivemos uma súbita inovação em armas de fogo, como o revólver Colt, o rifle com carregamento pela culatra, que levou ao fuzil de repetição, o Winchester, e assim sucessivamente", assinalou. "Esta revolução na tecnologia das armas de fogo coincidiu com o grande período da expansão para o oeste americano", disse Somerset em entrevista por telefone. "E foi nesse ponto que o país começou realmente a mitificar a sua relação com as armas", acrescentou.

Atualmente há mais de 300 milhões de armas nos Estados Unidos - mais de uma por pessoa - e as armas de fogo estão envolvidas em cerca de 30.000 mortes por ano, dois terços das quais são suicídios.

Cerca de quatro em cada 10 americanos vivem em uma casa onde há uma arma, de acordo com um estudo divulgado em junho pelo Pew Research Center. Cerca de 67% das pessoas que possuem armas alegam que a própria proteção é o principal motivo para tê-las.

A maioria dos americanos acredita que ter uma arma é um direito garantido pela Segunda Emenda da Constituição.

Para os primeiros americanos "a arma era uma ferramenta", afirma David Courtwright, professor de História na Universidade do Norte da Flórida e autor de "Violent Land: Single Men and Social Disorder from the Frontier to the Inner City" (Terra violenta: homens solteiros e distúrbio social da fronteira ao interior, em tradução livre). "Os lares da fronteira sem algum tipo de arma de fogo eram uma raridade e alguns acham que essa herança continua funcionando", disse.

- Temor de aumento da criminalidade -

Ainda que os faroestes de Hollywood e da televisão possam ter desempenhado um papel de romantizar a cultura das armas de caubóis, Courtwright e outros acreditam que o medo provocado pelo aumento no número de crimes iniciado na década de 1960 tenha um papel mais importante ao explicar a atual expansão da posse de armas.

"Não é fácil imaginar agora como estavam presentes em 1970 os temas vinculados ao crime e à Justiça penal", explica Winkler, professor da UCLA.

Ele explica que a Associação Nacional do Rifle (NRA), o poderoso lobby das armas, ajudou a vender aos americanos a ideia de que eles precisavam de uma arma para se proteger. "Essa ideia se espalhou e o movimento pelo direito às armas se tornou uma força real na política americana", disse.

Efetivamente, o direito ao porte de armas e o controle destas é atualmente um dos pontos de discussão mais intenso nos Estados Unidos, e motivo de divisão entre partidos. Cerca de 44% dos republicanos consultados em uma pesquisa do Pew Research disseram ter uma arma, contra 20% dos democratas.

Possuir armas é "um poderoso símbolo de identificação partidária", afirma Courtwright. "Trata-se de uma identidade, não somente se proteger das pessoas ruins".

Apenas um terço dos americanos aprova a gestão de Donald Trump após os seis primeiros meses de seu mandato na presidência dos Estados Unidos. A rejeição ao presidente chega a 61%, mostra pesquisa da Universidade de Quinnipiac (Connecticut) divulgada nessa quarta-feira (2). A informação é da Agência EFE.

O índice de 33% de aprovação é o mais baixo registrado por Trump nos levantamentos da universidade, superando os 34% obtidos no início de junho.

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A pesquisa revela que 55% dos americanos "reprovam fortemente" Trump, enquanto 6% o "reprovam de alguma maneira", chegando à cifra global de 61%, a mais alta dos últimos seis meses.

Trump também perde entre os cidadãos brancos sem estudos universitários, que foram sua principal fonte de votos nas eleições, com rejeição de 50% e uma aprovação de 43%. Entre os republicanos, 76% o aprovam e 17% o rejeitam.

Além disso, 52% dos entrevistados desaprovam sua gestão da economia, 59% são contrários à política externa, o mesmo percentual que rejeita a política migratória, enquanto 65% não são favoráveis à administração da saúde.

Sobre a personalidade do presidente, 62% acreditam que ele é desonesto, 63% consideram que ele não tem habilidades de liderança e 59% afirmam que ele não se preocupa com o americano médio. Além disso, 69% querem que Trump pare de usar o Twitter.

A pesquisa foi feita entre 27 de julho e 1º de agosto, dias depois que Trump e os republicanos fracassaram em sua tentativa de derrubar o Obamacare (sistema de saúde criado pelo governo Obama) e substituí-lo com uma reforma que deixaria milhões de americanos sem cobertura médica.

O levantamento foi feito com 1.125 eleitores de todo o país e tem margem de erro de 3,4%

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou neste domingo que 755 diplomatas americanos deverão abandonar o território russo, em uma medida de resposta à nova rodada de sanções que os Estados Unidos devem adotar contra a Rússia.

Na semana passada, a Câmara dos Representantes e o Senado dos EUA aprovaram um conjunto de medidas para punir a Rússia, após agências de inteligência americanas terem concluído que Moscou tentou interferir nas eleições presidenciais do ano passado. A lei também impede que o presidente dos EUA, Donald Trump, afrouxe as penalidades sem aprovação do Congresso. Irã e Coreia do Norte também sofreriam sanções com a nova legislação.

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Para a lei entrar em vigor, Trump ainda precisa assinar a medida, mas o governo já sinalizou que aprova a proposta. Na noite de sexta-feira, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, afirmou que o presidente "revisou a versão final, aprova a lei e pretende assiná-la".

Em uma entrevista à rede de TV Vesti.ru, Putin disse que o corte de 755 diplomatas americanos "igualará o número de diplomatas russos nos EUA. Serão 455 pessoas de cada lado". O presidente russo comentou, ainda, que o país tem "diversas medidas" para responder diplomaticamente aos EUA, já que Washington tomou um passo "absolutamente improdutivo" para as nossas relações bilaterais. "Decidi que é hora de mostrar aos EUA que não deixaremos suas medidas sem resposta", afirmou Putin.

Na sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia apontou que expulsaria diplomatas americanos e que fecharia um retiro diplomático dos EUA próximo a Moscou, em retaliação à nova rodada de sanções de Washington.

Alemanha e União Europeia manifestaram cautela com as sanções do Congresso americano, já que a medida, caso aprovada por Trump, pode afetar empresas europeias envolvidas na tubulação do gás natural russo. O ministro de Relações Exteriores alemão, Sigmar Gabriel, comentou que Berlim não irá deixar de pressionar por uma abordagem conjunta em relação a penalidades contra o Kremlin. Em um comunicado, ele afirmou que "continua a ser o caso de que não aceitaremos de forma alguma uma aplicação extraterritorial das sanções dos EUA contra empresas europeias".

Um piloto australiano e quatro turistas americanos que estavam em férias morreram em um acidente aéreo nesta terça-feira (21), em Melbourne, na Austrália. O avião que os transportava, um bimotor Beechcraft Super King Air, teve uma pane elétrica ao decolar e se chocou contra um shopping center, que não estava aberto ao público no momento da queda, causando um incêndio, segundo fontes oficiais.

A embaixada dos EUA em Camberra confirmou que quatro dos mortos eram cidadãos americanos. Os texanos Greg Reynolds De Haven e Russell Munsch haviam sido identificados como vítimas por seus parentes em redes sociais. O piloto era Max Quartermain, proprietário da companhia de charter aéreo Corporate and Leisure Travel.

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A aeronave se dirigia à Ilha King, na Tasmânia, e caiu pouco após decolar às 9h locais (19h de segunda-feira em Brasília) do Aeroporto de Essendon, o segundo mais importante de Melbourne.

O piloto emitiu um alerta quando decolava, segundo declaração do superintendente da polícia de Victoria, Mick Frewen, explicando que aparentemente se tratou de "uma falha catastrófica do motor".

A polícia afirmou que nenhuma pessoa do centro comercial ficou ferida. No entanto, diversas testemunhas, em estado de choque, tiveram de ser atendidas. Fonte: Associated Press

Uma carta pública obtida pela Folha de S.Paulo, que será divulgada ainda nesta quarta-feira (18), assinada por 12 deputados do Partido Democrata dos Estados Unidos, defende Luiz Inácio Lula da Silva afirmando que o ex-presidente está sendo “perseguido”. O documento será enviado para o embaixador do Brasil em Washington, Sergio Amaral.

Segundo a Folha, uma parte do texto diz que os parlamentares estão preocupados com “a perseguição do ex-presidente Lula da Silva, que viola as normas de tratados internacionais, que garantem o direito da defesa para todos os indivíduos”.

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Em outro trecho, eles citam que o governo Temer tem agido “para proteger figuras políticas corruptas para impor uma série de políticas que nunca seriam apoiadas em uma eleição nacional e pressionar adversários nos movimentos sociais e nos partidos de oposição”.

O deputados ainda declararam que Lula é uma das figuras políticas mais populares no Brasil. “Nos últimos meses, ele tem sido alvo de uma campanha de calúnias e acusações não comprovadas de corrupção pelos grandes veículos privados de mídia alinhados com as elites do país”. 

Nessa terça (17), Lula divulgou na sua página do Facebook um link que direciona para uma matéria intitulada “Mentiras sobre Lula tiveram início há mais de 30 anos”. “Não é de hoje que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua família são vítimas de mentiras e boatos infundados. Não raramente, tais mentiras são repetidas e fomentadas por setores da imprensa, partidos políticos e até funcionários públicos, como promotores e delegados”, diz uma parte da reportagem.  

 

 

Uma comissão disciplinar do Comitê Olímpico Internacional (COI) analisará o caso da falsa comunicação de assalto envolvendo quatro nadadores da delegação americana, entre eles o 12 vezes medalhista olímpico Ryan Lochte, informou um membro do COI nesta sexta-feira (19) à AFP. "Haverá uma investigação sobre os quatro nadadores", informou o funcionário. "Vamos ver se há material para uma sanção".

Ryan Lochte afirmou ter sido vítima de assalto à mão armada com outros três nadadores americanos. Segundo ele, o caso aconteceu depois que o grupo saiu de uma festa na Lagoa, zona sul do Rio, uma informação que as investigações revelaram ser mentirosa.

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Os quatro nadadores olímpicos americanos que disseram terem sido vítimas de um assalto no Rio de Janeiro não foram roubados, declarou nesta quinta-feira (18) Fernando Veloso, chefe da Polícia Civil do Rio, Fernando Veloso. "Não houve roubo praticado contra os atletas", declarou Veloso para dezenas de jornalistas brasileiros e estrangeiros. "As imagens das câmeras de vigilância não mostram nenhum tipo de violência contra eles", acrescentou.

O nadador americano Ryan Lochte, que tem doze medalhas olímpicas, e três de seus colegas denunciaram terem sofrido um assalto a mão armada por homens vestidos de policiais na madrugada de domingo, quando voltavam de táxi na Vila Olímpica após terem ido a uma festa na Casa da França, na Lagoa.

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O incidente provocou forte indignação em plenos Jogos Olímpicos do Rio-2016 e preocupou as autoridades na cidade, conhecida pelos elevados índices de criminalidade. Mas a justiça encontrou rapidamente contradições entre os testemunhos de Lochte e seu colega, James Feigen, alimentando o mistério sobre o que realmente aconteceu aquela noite.

Veloso afirmou que os nadadores pararam no meio do caminho em um posto de gasolina, "que teria sido alvo de vandalismo por um ou mais de um deles". Depois, os atletas deixaram dinheiro para pagar os danos, detalhou.

O chefe de polícia civil afirmou que a investigação está em andamento e que é necessário ouvir todas as testemunhas e os envolvidos para estabelecer responsabilidades e decidir se serão acusados de algum crime. A polícia já ouviu o taxista que os transportou e os agentes de segurança do posto de gasolina, entre outros. "Em tese, eles podem vir a responder por falsa comunicação de crime e dano ao patrimônio", afirmou Veloso.

A polícia interrogou na quinta-feira os outros dois nadadores, Jack Conger e Gunnar Bentz, depois de terem sido retirados do avião no qual pretendiam voltar ao país. Veloso disse que segundo um deles, "Ryan (Lochte) era o mais exaltado por estar sob efeito de bebidas" alcoólicas. Lochte é o único dos quatro atletas que está nos Estados Unidos.

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